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Drogado da porteira (Os Seminovos) Vamos interpretar o texto

1. Segundo o eu lírico, o que ele via quando viajava pelas


Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino estradas de Ouro Fino?
De longe eu avistava um menor fumando um pino
Que vinha abrir a porteira, depois vinha me pedindo 2. Com base na 1ª estrofe, informe o que o menino pedia
Dinheiro pra comprar pão, claro que estava mentindo ao eu lírico?

Quando a Hillux brecava e a poeira ia baixando 3. O que o menino dizia que iria fazer com o dinheiro?
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando Ele cumpria com que falava?
Obrigado fazendeiro, que Deus lhe ajude bastante
E corria na fissura pra encontrar um traficante 4. Com base na 2ª estrofe, responda qual era a atitude do
menino ao ganhar uma moeda?
Nos caminhos desta vida muito mala eu encontrei
Mas esse foi um sacana, e o pior é que eu ajudei 5. O que você entende pela palavra “fissura”, presente no
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei último verso da 2ª estrofe?
Vendo a porteira fechada o drogado eu não avistei
6. Na 3ª estrofe como o eu lírico se sente ao saber que
Apiei a caminhonete no ranchinho Beira-Chão teria colaborado com o vício do menino? A 5ª e 6ª estrofe
Vi uma mulher chorando quis saber qual a razão confirma sua resposta? Justifique.
Fazendeiro veio tarde meu filhinho veja só
Roubou todas nossas coisas e vendeu pra comprar pó 7. Quais foram as consequências para o menino e para a
sua família, segundo o relato do eu lírico na 4ª estrofe?
Lá pras bandas de Ouro Fino cuidando da minha pastagem
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem 8. Qual é a situação financeira do eu lírico? Justifique com
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem versos do texto.
Pra eu me lembrar do moleque sempre na maior viagem
9. Como você acha que era a situação financeira da
A mãe com a casa vazia do pensamento não sai família do menino?
Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais
Nem que ele me encha o saco e venha correndo atrás 10. No último verso da 4ª estrofe o eu lírico diz que viu a
Moeda pra viciado, prometo não vou dar mais porteira fechada e não avistou o menino drogado. O que
você acha que aconteceu com o menino?
A letra musical “Drogado da Porteira” do grupo musical
“Os Seminovos” é uma paródia da canção sertaneja de 11. O eu lírico se sente arrependido por ter dado moedas
“Sérgio Reis”, intitulada “Menino da ao menino? Justifique com base no texto.
Porteira”. Isso quer dizer que “Os Seminovos” fazem uma
relação com o texto poético de Sérgio Reis com a intenção 12. O que o menino fazia para sustentar o vício quando o
de denunciar o que tem acontecido diariamente em todo o eu lírico não lhe dava dinheiro?
mundo. Esmolas têm financiado o uso de drogas. Muitos
usuários pedem dinheiro nas ruas com intenção de 13. Na sua opinião, o que pode levar uma pessoa
sustentar o vício. Muitos, quando não conseguem o experimentar as drogas?
dinheiro através de esmolas, acabam roubando e furtando.
14. Você acha que valeu a pena para o menino ter
experimentado as drogas? Justifique.

Texto 3 - continuação

Muitas vezes, a realidade em que a gente vive é tão ruim, tão feia e tão triste, que dá vontade de escapar dela, mesmo
a qualquer preço.
O problema é que, em geral, as drogas fazem com que as pessoas acabem se esquecendo de que havia uma realidade
da qual queriam fugir - e as pessoas passam a acreditar que não foram elas que fugiram, mas que foi a realidade que mudou.
Isto é, acabam acreditando que conseguiram provocar alguma mudança no mundo e resolver algum problema, quando o que
conseguiram foi apenas colocar uma espécie de lente para mudar o seu jeito de ver um mundo que continua tão ruim, tão feito
e tão triste como antes. Só que mais perigoso.
Essa espécie de sinal de realidade, essa capacidade de distinguir entre o real e o imaginário - que se perde com a droga
- é um dos mecanismos responsáveis pela sobrevivência humana.
Quando um bebê recém-nascido está com fome, é provável que ele crie, em sua fantasia, visões do seio da mãe, farto
de leite. Esse fenômeno ajuda o bebê a tolerar a privação por algum tempo: permite que ele se acalme e não caia no maior
desespero, enquanto a mãe não vem atendê-lo.
No entanto, se não houvesse algum sinal que identificasse aquilo como irreal, se o bebê acreditasse mesmo que estava
sendo alimentado por aquele seio fantasma e se sentisse saciado com isso, acabaria por morrer de fome.
Como a Pequena Vendedora de Fósforos.
ARATANGY, Lídia Rosenberg. Doces venenos: conversas e desconversas sobre drogas.
São Paulo: Editora Olho d'Água, 1991, p. 173-175.

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