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Oligodontia: o problema e alguns Resumo


caminhos para tratá-los Em nossa clínica diária, frequentemente recebemos
pacientes com ausência congênita (agenesia) de dentes.
São casos que requerem cuidados especiais, o que jus-
Oligodontia: the problem and treatment tifica uma revisão do assunto. Como abordar ortodon-
alternatives ticamente o problema da ausência de múltiplos dentes?
Como lidar com os aspectos emocionais do paciente e
seus familiares? Quais as condutas da equipe interdis-
ciplinar? A proposta deste artigo é fazer uma revisão
Eustaquio Araújo1 de conceitos e protocolos com ênfase em um de seus
Cristiana V. Araújo2 aspectos mais extremos - a Oligodontia. Pretende-se
igualmente avaliar soluções para estes desvios não tão
incomuns em nosso dia a dia.
Descritores: Agenesia, oligodontia, reabilitação,
displasia ectodérmica.

Abstract
In our daily orthodontic practices, we often deal
with patients with congenitally missing teeth. These
cases require special care and a review of this condition
is warranted. How to approach missing teeth cases in
orthodontics? How to deal with patients and families
anxieties and expectations? How does the interdisciplin-
ary team work? The purpose of this article is to review
principles and approaches related to this condition with
emphasis in one of the extreme situations – the Oligo-
dontia. It is also an objective of this article to discuss
treatment protocols and alternatives for these compli-
cated but not so rare situations.
Descriptors: Agenesis, oligodontia, rehabilitation,
ectodermal displasia.

1
CD, MDS, Especialista e Mestre - University of Pittsburgh, Diplomado
do American Board of Orthodontics, Diplomado do Board Brasileiro
de Ortodontia, Pete Sotiropoulos Endowed Professor of Orthodontics,
Diretor Clínico, Center for Advanced Dental Education, Saint Louis
Relato de caso / Case report

University.
2
CD, MS, Especialista e Mestre pele Saint Louis University, Diretora
do Fellowship in Orthodontics and Clinical Research, School of
Orthodontics, Jacksonville University.

E-mail do autor: araujoea@slu.edu


Recebido para publicação: 25/07/2013
Aprovado para publicação: 1/08/2013
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Introdução
Frequentemente recebemos pacientes com ausência custo elevado de uma reabilitação oral, sobretudo se
congênita (agenesia) de dentes. São casos que requerem for total. Infelizmente, como manifestado por Kokich5
cuidados especiais, o que justifica uma revisão do assunto. (2011), “nossos objetivos devem ser viáveis também
Isso é o que se propõe neste artigo, com ênfase em um economicamente”.
de seus aspectos mais extremos - a Oligodontia. Pretende-
-se igualmente avaliar soluções para estes desvios não tão A equipe interdisciplinar
incomuns em nosso dia a dia. Como se sabe, o tratamento de problemas com-
plexos de ausência dentária envolve profissionais de
Conceitos e variáveis campos variados. Isso nos alerta quanto aos cuidados
É imperativo, de início, revisarmos alguns conceitos e critérios ao se constituir essa equipe. Uma abordagem
e princípos que, com certeza, permitirão um melhor en- interdisciplinar inadequada compromete um tratamento
tendimento desta abordagem. A literatura categoriza a e facilmente provoca altos níveis de frustração de todos
ausência de dentes em três níveis: Anodontia, Hipodon- os envolvidos.
tia e Oligodontia. A Anodontia é definida como ausên- Interdisciplinaridade e multidisciplinaridade são ter-
cia total dos elementos dentários; a Hipodontia, como mos muitas vezes tomados como sinônimos, mas aqui
ausência de um ou poucos dentes e a Oligodontia6 chamamos atenção para o que é específico no significa-
como a ausência de seis ou mais elementos, excluindo- do de cada um. Multi- denota a presença de várias dis-
-se os terceiros molares. ciplinas em busca de soluções, sem explorar a articula-
Como abordar ortodonticamente o problema da ção entre elas. Inter-, por sua vez, mesmo sem definir o
ausência de múltiplos dentes? número de especialidades envolvidas, enfatiza a necessi-
Para responder essa pergunta, começamos por dade do vínculo entre elas, do trabalho em equipe. Des-
elencar todos os ‘personagens’ envolvidos no caso: o sa forma, interdisciplinaridade traduz com mais precisão
paciente, sua família e o time de profissionais a quem nosso pensamento sobre uma parceria que se quer es-
compete primordialmente o processo de decisões e es- tabelecer a serviço do paciente. Ortodontia, Periodontia,
colhas para tratamentos tão complexos. Prótese com mais frequência e, às vezes, Odontopedia-
tria, Cirurgia e Endodontia, se encontram num esforço
O paciente e seus familiares comum buscando alcançar o melhor possível para os
O clínico envolvido neste tratamento precisa estar pacientes, tanto estética quanto funcionalmente.
preparado para lidar com pacientes e familiares afeta- Com vistas a um trabalho em equipe bem sucedi-
dos emocionalmente pelo problema, carregados de an- do, é recomendável que, a partir do estudo completo
siedade e, de modo geral, de expectativas irreais para o de cada caso, seja confeccionado um cronograma de-
caso. Não é incomum que pais e pacientes esperem uma lineando as etapas de tratamento e a participação das
solução fácil e rápida para o problema. Têm como meta diversas especialidades. Isso vem a ser um importante
urgente a (re)conquista da estética e o restabelecimento instrumento para manter todos os envolvidos a par do
da autoestima, pois a desarmonia do sorriso e da face andamento dos trabalhos e, ao mesmo tempo, permitir
e as assimetrias dentárias costumam estar associadas à que paciante/familiares acompanhem as etapas previs-
complexidade do quadro. Muitos pais também lidam tas.
com um certo tipo de culpa, uma vez que se sentem,
de alguma forma, responsáveis diretos ou indiretos pelo Literatura
problema do(a) filho(a), o que gera a necessidade de Estudos1,9,10 apontam a prevalência da Oligodontia
satisfação pessoal rápida e eficaz. Na realidade, não há variando entre 0,08% a 0,16%. São categorizadas em
solução imediata para o problema; e esses pacientes, de Oligodontia isolada não-sindrômica ou Oligodontia as-
fato, demandam tratamentos mais prolongados. sociada às síndromes. A Oligodontia não-sindrômica é
Assim, há que se deixar clara a distinção entre um autossômica dominante com penetrância incompleta,
tratamento ideal e o real. Deve ser explicado ao paci- estando normalmente relacionada às mutações do ge-
ente e à família que, diante das complexidades, uma nes PAX9 e MSX1. De 60 a 65% de dentes ausentes são
abordagem terapêutica ideal nem sempre é possível, o segundos pré-molares e incisivos laterais maxilares, mas
que nos aconselha a optar pelo que é exequível. Toda outras anomalias podem também estar presentes10.
essa fundamentação quanto ao tratamento deve con- Num estudo associado a sua tese de doutorado,
Araújo E, Araújo CV.

solidar o processo de comunicação com pacientes e Arte1 (2001) retrata as características do genótipo e
pais e fazer parte do documento/contrato de trabalho fenótipo da Hipodontia familiar1. Buscando analisar a
a ser executado. herança da Hipodontia e achar a mutação responsável
É necessário também destacar a questão econômica do gene PAX9, a autora investigou o pedigree de 11
como um possível entrave ao tratamento, devido ao famílias com Hipodontia, dentre as quais duas apresen-
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tavam Oligodontia. O estudo confirmou o caráter au- ção, não há concordância sobre a época do início do tra-
tossômico dominante da herança, sem preferência por tamento e é comum se dar maior ênfase ao bem-estar
sexo, e comprovou a Hipodontia sendo mais comum na psicológico e comportamental dos pacientes durante a
maxila dos probandos, mas ocorrendo igualmente em infância e adolescência, com uso de próteses ‘provisó-
outros familiares. É relevante ressaltar também outras rias’, que devem ser monitoradas rotineiramente para
anomalias frequentemente detectadas. As famílias com ajustes e adaptação adequada, dada a fase ser de cresci-
Oligodontia apresentaram uma maior ocorrência da au- mento. Esse recurso é comum em casos de Oligodontia,
sência de molares permanentes, segundos pré-molares sendo recomendada, ao mesmo tempo, a reanatomi-
e laterais maxilares; a mutação do gene PAX9 estava zação das coroas clínicas de dentes hipoplásticos com
associada a ambas as famílias e tal mutação afeta a se- resina até que o paciente tenha idade suficiente para
quência do desenvolvimento. Também é interessante o coroas ou veneers permanentes.
fato de que o gene PAX9 está associado com o desen- Reconhecido como um expert em displasia ectodér-
volvimento dos dentes mais distais. mica, Bergendal2 (2010) apresentou recentemente um
A Oligodontia associada à síndrome também tem estudo no qual analisa sinais, sintomas, genética e o
sido exaustivamente estudada e mais de 150 síndromes resultado do tratamento da Oligodontia em pacientes
associam-se à Oligodontia. Dentre as síndromes asso- com DE2. Depois de acompanhar 162 casos, o autor ob-
ciadas à Oligodontia verdadeira, destacam-se as displa- servou redução no fluxo salivar em 30% deles e a perda
sias ectodérmicas (DE), síndrome de Rieger, síndrome de de 62% dos implantes utilizados.
Wolf-Hirschhorn, Hipodontia incisiva recessiva e síndro-
me Kabuki. A displasia ectodérmica é provavelmente a
Tratamento e discussão de casos
mais comum dentre elas, tendo mais de 150 tipos des-
critos e classificados em 11 subgrupos clínicos, sendo O protocolo diagnóstico deve ser meticuloso, con-
que 57% dos pacientes com DE apresentam Oligodon- sistente e a confecção de setups, digitais ou não, é es-
tia7. A herança pode estar vinculada tanto ao X quanto sencial para melhor visualização e comunicação dos re-
ser autossômica dominante ou autossômica recessiva. sultados. Os setups tradicionais, apesar de trabalhosos,
No artigo Prosthodontic Management of Ectoder- são úteis e constituem um excelente instrumento para
mal Dysplasia8 (1996), os autores constatam que, infeliz- diagnóstico (Figuras 1 e 2), gentilmente cedidos pelo
mente, a maior parte da literatura é constituída apenas Programa de Pós-Graduação em Ortodontia da Univer-
por relato de casos clínicos. Ainda segundo a publica- sidade Federal da Bahia.

A B C
Relato de caso / Case report

D E F

Figura 1 (A-F) - Modelos e panorâmica inicial. (Fonte: UFBA)


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A B C

D E

Figura 2 (A-E) - O caso foi planejado com o fechamento de todos os espaços mandibulares e manutenção de espaços superiores para reconstrução protética
dos laterais e caninos maxilares. (Fonte: UFBA)

Em alguns casos, os setups tradicionais foram subs- mento (design) para facilitar a comunicação com as par-
tituídos pelos virtuais ou mesmo apenas por um planeja- tes envolvidas (Figuras 3 e 4).

A B C D
Araújo E, Araújo CV.

E F G
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H I

Figura 3 (A-I) - Imagens iniciais do paciente com ausências dentárias.

B C

Figura 4 (A-C) - A) Observa-se a panôramica e o planejamento B-C) o resultado com manutenção de espaços para laterais e pré-molar superior esquerdo
maxilares e pré-molar mandibular esquerdo.

Uma questão crucial é a avaliação de possíveis an- Uma pergunta que normalmente preocupa o clínico
quiloses dentárias, dos sinais da ausência de dentes é quanto ao momento ideal para extrair o dente decí-
permanentes e, especialmente, a identificação de an- duo em questão. Para responder, devemos nos concen-
quiloses de dentes decíduos. Dentes decíduos podem trar na altura do osso interproximal adjacente àqueles
Relato de caso / Case report

e devem ser utilizados como mantenedores de espaço, decíduos. A permanência de um dente decíduo sem
mas quando anquilosados, podem causar um defeito a presença de um permanente subsequente pode ser
vertical ósseo de difícil correção. Todo esforço deve ser aceitável e favorável desde que o osso interproximal não
feito para manutenção da altura e espessura alveolares apresente sinais de perda vertical. Contudo, quando
em sítios edêntulos. A manutenção da dimensão vertical uma perda óssea oblíqua é detectada nas interproximais
também é importante por razões estéticas e como su- adjacentes ao decíduo, sua extração é recomendada. É
porte para as restaurações permanentes no futuro. preciso lembrar que existe uma diminuição de 25% na
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espessura do alvéolo nos 4 anos seguintes à extração, e Investigando o caso através de exame radiográfico,
outros 5% nos 2 anos subsequentes, totalizando 30% observou-se a ausência de vários elementos dentários
de perda (principalmente bucal) em 7 anos3,4. (Figura 6).
Já em relação à anatomia e ao tamanho dos dentes O caso foi extensamente discutido com o paciente e
permanentes e a decisão de espaços a serem preserva- seus responsáveis e, diante de dificuldades financeiras e
dos e/ou criados para reconstrução protética, com ou impossibilidade de acesso aos vários implantes, foi elabora-
sem implantes, a participação do protesista do time é do um setup gráfico do tratamento. Os espaços maxilares
fundamental. seriam totalmente fechados, com os caninos substituindo
Vejamos como exemplo um caso de Oligodontia os laterais. No arco mandibular seria executada a exodon-
isolada não-sindrômica. Paciente afrodescendente com tia dos 7.4 e 8.4, preservando os segundos molares decí-
12 anos de idade apresentou-se para tratamento com duos pelo tempo possível (Figura 7).
a queixa “meus espaços me incomodam”. Ao exame O caso foi tratado e finalizado com limitações, mas
clínico, notou-se um diastema bem acentuado entre os de forma altamente positiva, como pode ser observado
incisivos centrais maxilares e uma oclusão de Classe I nas Figuras 8 a 10.
na dentição mista (Figura 5).

A B C D

E F G

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H I

Figura 5 (A-I) - Má oclusão inicial.


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A B
Figura 6 (A-B) - Panorâmica inicial demonstrando a ausência dos incisivos laterais maxilares e de todos os pré-molares mandibulares e panorâmica final.

B
Relato de caso / Case report

Figura 7 (A-C) - A) Setup gráfico do quadro inicial B) planejamento C) projeto de execução a médio prazo.
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A B C

D E F

G H
Figura 8 (A-H) - Imagens pós-tratamento.

PRE TX POST TX
SNA 87.8 86.0
SNB 82.5 83.7
ANB 5.3 2.3
WITS -0.7 -1.2
SN-MP 30.7 29.8
FMA 25.3 25.1
U1/5N 109.9 104.4
A B IMPA 99.0 89.2
Figura 9 (A-B) - Cefalometria inicial e final.
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A B
Figura 10 (A-B) - Radiografias panorâmicas inicial e final.
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Passemos a um caso de Oligodontia associada à sín- discrepância anterior que contribui, ao mesmo tempo,
drome. Uma paciente, sexo femininino, com 13.5 anos para o cruzamento anterior do 2.1. No arco maxilar
de idade procura os serviço de Ortodontia da Saint Louis também observou-se a presença bilateral de molares
University em busca de uma solução para seu caso. Ela é decíduos com boa formação radicular (Figura11).
uma entre vários outros membros da família diagnostica- A cefalometria não apresenta grandes divergências,
da com displasia ectodérmica. Como pode ser observado apesar de uma leve tendência à Classe III (Figura 12).
na Figura 11, detectou-se um perfil reto bem balanceado Emocionalmente, a paciente pareceu bastante tími-
e na vista frontal uma ligeira assimetria. da e ansiosa. Após uma conversa inicial passamos a um
Observa-se também a ausência simétrica de laterais, planejamento factível diante das dificuldades do caso.
segundos pré-molares e de todos os molares maxilares. Optou-se por um esquema de trabalho que permitis-
Ironicamente, todos os permanentes mandibulares es- se ao protesista, no futuro, estabelecer uma boa oclusão
tão presentes. A análise da oclusão mostra uma defici- diante das dificuldades inerentes ao caso. A Figura 13 mos-
ência transversal com mordida cruzada bilateral e uma tra o cenário inicial e o cenário planejado para o futuro.

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J Figura 11 (A-J) - Imagens iniciais.


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PRE TX POST TX

SNA 74,6 72,3

SNB 76,2 75,2

ANB -1,7 -2,9

WITS -9,4 -7,6

SN-MP 34,0 34,7

FMA 26,2 25,4

U1/5N 103,2 101,6

IMPA 80,3 78,0

Figura 12 - Cefalograma inicial e análise cefalométrica inicial e final.

Araújo E, Araújo CV.

Figura 13 (A-B) - Destaca-se o planejamento para implantes dos laterais maxilares e a extração de um incisivo inferior para compensar a discrepância.
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O caso foi tratado como planejado (Figura 14). A avaliação deve ser feita no futuro para possíveis enxer-
contenção foi feita com placas Hawley modificadas (Fi- tos e prótese.
gura 15). Quanto ao segmento superior posterior, nova

A B C D

E F G
Figura 14 (A-G) - Resultado final.

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Figura 15 (A-C) - Placa Hawley para estética e preservação de espaços para prótese futura.
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Conclusão
A conclusão ao final desta apresentação de pro- 8. Pigno M.A., Blackman R.B., Cronin R.J., Cavazos E. Prostho-
tocolos e sugestões de alternativas para tratamento dontic management of ectodermal dysplasia: a review of the
literature.; J Prosthet Dent. 1996;76:541–545.
concentra-se na obrigação de reforçar alguns pontos, 9. Rolling S., Poulsen S. Oligodontia in Danish schoolchildren.
tais como a necessidade da harmonia interdisciplinar, da Acta Odontol Scand. 2001; 59:111-112.
confecção de um setup e de uma comunicação eficien- 10. Schalk-van der Weide Y. Oligodontia. A clinical, radiographic
and genetic evaluation. Thesis, 1992. Utrecht, University of
te. Reforça-se também o fato de que, ao se planejar um Utrecht.
caso, não nos afastemos dos princípios de uma oclusão
ideal, mas que estejamos prontos para nos desviarmos
do ideal e estabelecermos objetivos reais, restauradores,
oclusais e financeiros. Este deve ser o nosso compromis-
so enquanto profissionais e, às vezes, missionários.

Referências bibliográficas
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