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LEGISLAÇÃO BÁSICA EDUCACIONAL

DIDÁTICA - Prof. Bruno Marques


CONCURSO PROFESSOR SEDUC CEARÁ
Didática – Prof. Bruno Marques

LEGISLAÇÃO BÁSICA DA EDUCAÇÃO:


• Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214).
• Lei nº 9.394/1996 e suas alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional).
• LEI nº 13415/17 (novo ensino médio)
• Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente).
• Emenda Constitucional nº 53/2006. (FUNDEB)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

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CONCURSO PROFESSOR SEDUC CEARÁ
Didática – Prof. Bruno Marques
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988:
O artigo 206 da Constituição Federal estabelece oito princípios nos quais o ensino deve ser
baseado. São eles:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos
de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das
redes públicas;
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade;
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública,
nos termos de lei federal.
CONCURSO PROFESSOR SEDUC CEARÁ
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988:
• Art. 208 Responsabilidades do Estado para a educação:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria;
II – progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio
de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
LEI 9394/96 Diretrizes e Bases da Educação – LDB

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LDB – 9394/96
• Art. 1º - educação compreendida como processo de formação humana
• Art. 2º - educação é dever da família e do Estado. Tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e a
qualificação para o trabalho
• Art. 3º - PRINCÍPIOS:
- Igualdade acesso /permanência; Liberdade; Pluralismo de idéias; Tolerância;
- Coexistência – público /privado; Gratuidade do ensino público;
- Valorização do profissional; Gestão democrática;
- Padrão de qualidade; Valorização extra-escolar;
- Escola – trabalho – práticas.
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LDB – 9394/96
• Art. 4º - É DEVER DO ESTADO
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
Modificados pela Emenda Constitucional 14/96:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive sua oferta gratuita para
todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
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LDB – 9394/96
• Art. 4º - É DEVER DO ESTADO
III – atendimento especializado aos educandos com necessidades especiais;
IV – atendimento gratuito em creches e pré-escolas;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, adequado às suas
necessidades e disponibilidades;
VIII – atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas
suplementares (material, transporte, alimentação e assistência à saúde);
IX – padrões mínimos de qualidade de ensino.
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• Art. 5º e Art. 6º
- Ensino Fundamental: direito público subjetivo.
- Matrícula: é dever dos pais matricular os menores a partir dos 7 anos.
Modificado pela lei n.º 11.114/05:
- MATRÍCULA A PARTIR DOS SEIS ANOS.
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• ORDENAMENTO E RESPONSABILIZAÇÃO:
- Educação Infantil (creche e pré-escola) MUNICÍPIO
- Ensino Fundamental (pelo menos 9 anos) Modificado pela Lei Federal n.º
11.274/06 Prioridade dos MUNICÍPIO com a colaboração do ESTADO.
- Ensino Médio Prioridade do ESTADO.

- União deve prestar assistência técnica e financeira PARA TODAS AS ETAPAS.


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LDB – 9394/96
• GESTÃO DEMOCRÁTICA (Responsabilização dos atores escolares)
- AUTONOMIA ESCOLAR (ART. 15)
 Pedagógica, administrativa e de gestão
• financeira
- ESCOLA (ART. 12)
 Proposta pedagógica; Cumprimento do calendário; Recuperação; Articulação com as famílias; Informação
sobre rendimento.
- DOCENTES (ART. 13)
 Proposta pedagógica; Cumprimento do calendário e planejamento; Recuperação; Articulação com as famílias;
Ministrar aulas.
- COMUNIDADE (ART. 14)
 Participação na elaboração da proposta pedagógica e nos conselhos escolares.
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• REGRAS DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
- Art. 21: Pode organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, grupos não-
seriados, com base na idade, etc.
- Carga-horária mínima anual: 800 horas e 200 dias de efetivo trabalho escolar. (modificado
pela 13415/17)

Art. 24 § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada
de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas
de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga
horária, a partir de 2 de março de 2017.
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• REGRAS DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
- Art. 21: Pode organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, grupos não-
seriados, com base na idade, etc.
- Art. 24: Carga-horária mínima anual: 800 horas e 200 dias de efetivo trabalho
escolar.(modificado pela 13415/17)
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de
forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas
de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga
horária, a partir de 2 de março de 2017.
- Avaliação do aluno: contínua
- Frequência mínima: 75%
- Históricos, declarações, certificados: responsabilidade da escola.
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• CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO BÁSICA (artigos 26 e 27):
- Formada pela Base nacional comum e parte diversificada
- Língua portuguesa, matemática, conhecimento do mundo físico e natural, da realidade social e política, arte,
educação física
- História e cultura afro-brasileira e africana (Lei nº 10.639/03)
- Língua estrangeira: a partir da 5ª série (novo texto dado pela lei 13415/17):
§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa.
- Valores, direitos e deveres, orientação para o trabalho, desporto.
• ATENÇÃO PARA A LEI 13415/17 (Inclusão da BNCC a LDB):
- Art. 3º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 35-A:
“Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio,
conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento (...).”
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• CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO BÁSICA (artigos 26 e 27):
- Formada pela Base nacional comum e parte diversificada
- Língua portuguesa, matemática, conhecimento do mundo físico e natural, da realidade social e política, arte,
educação física
- História e cultura afro-brasileira e africana (Lei nº 10.639/03)
- Língua estrangeira: a partir da 5ª série (novo texto dado pela lei 13415/17):
§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa.
- Valores, direitos e deveres, orientação para o trabalho, desporto.
• ATENÇÃO PARA A LEI 13415/17 (Inclusão da BNCC a LDB):
- Art. 3º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 35-A:
“Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio,
conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento (...).”
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• CARACTERÍSTICAS DOS NÍVEIS DE ENSINO:
- Educação Infantil: creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos);
desenvolvimento integral da criança, não existe reprovação (Art. 29 a 31)
- Ensino Fundamental: (mínimo 9 anos) objetivo de desenvolver a capacidade
de aprender, fortalecer os vínculos da família, da solidariedade e tolerância. –
pelo menos 4 horas de trabalho diário. (Art. 32-4)
- Ensino Médio: (mínimo 3 anos) aprofundamento dos estudos – tecnologia e
preparação para o trabalho (Art. 35-6)
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• CARACTERÍSTICAS DAS MODALIDADES DE ENSINO :
- Educação de Jovens e Adultos (Art. 37-8) (EJA – antigo supletivo): cursos e
exames. Idade mínima para o Ensino Fundamental 15 anos e para o Ensino
Médio 18 anos.
- Educação Profissional (Art. 39 a 42) aptidões para a vida produtiva. Articulação
com o ensino regular ou independente de escolaridade.
- Educação Especial (Art. 58 a 60) atendimento aos portadores de necessidades
especiais, preferencialmente na rede regular (inclusão). Adaptação da escola e
do currículo. Integração na vida em sociedade.
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LDB – 9394/96
• PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (ART. 61-67)
- Associação entre teoria e prática e aproveitamento de experiências
- Docentes: formação mínima em nível médio modalidade normal (antigo magistério) e nível
superior em licenciatura.
- Valorização: plano de carreira, concurso público, aperfeiçoamento, piso salarial, progressão,
condições de trabalho.
Atenção: (Lei 13415/17) Art. 6º dá nova redação ao art. 61
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, para
ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional, atestados por
titulação específica ou prática de ensino em unidades educacionais da rede pública ou
privada ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente para atender ao
inciso V do caput do art. 36; (V – formação técnica e profissional. )
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LDB – 9394/96
• FINANCIAMENTO
- Constituição Federal de 1988 / LDB Art. 69:
União deve aplicar pelo menos 18% e os Estados, DF e Municípios, 25% da
receita de impostos em Educação.
• Recursos públicos (Art. 77)
- serão destinados às escolas públicas
- podem ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas.
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LDB – 9394/96
• FINANCIAMENTO
LDB define o que é gasto com educação: (Art. 70)
- Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal; Manutenção e construção dos
equipamentos; Realização de atividades-meio; Compra de material didático-
escolar; Bolsas de estudo; Transporte escolar.
• LDB define o que NÃO é gasto com educação: (Art. 71)
- Pesquisa não vinculada à educação; Subvenção a instituições assistenciais;
Programas suplementares de alimentação, assistência médica, psicológica, etc;
Obras de infraestrutura da cidade; Trabalhadores em educação em desvio de
função.
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LDB – 9394/96
• DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS:
- Educação indígena (Art. 78-9)
- Ensino à distância (Art. 80)
- Plano Nacional de Educação (aprovado em 2001 e 2014)
- Municípios: deverão matricular todas as crianças de 6 anos de idade; oferecer
EJA; ofertar capacitação ao corpo docente e técnico.
- Até o final da década (2000) todos os professores deverão ter nível superior.
LEI 8069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE (ECA)

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LEI 8069/90.
• Definição geral:
- O Estatuto da Criança e do Adolescente é a lei que cria condições de
exigibilidade para os direitos da criança e do adolescente, que estão
definidos no artigo 227 da Constituição Federal.
• Objetivo:
- Proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas e
expedindo encaminhamentos para o juiz.
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LEI 8069/90 e a C.F.
- A leitura e entendimento dos dispositivos do ECA devem ser realizado
conjuntamente com os artigos 227 e 228 da Constituição Federal (CAPÍTULO
VII DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO):
“ É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão”;
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LEI 8069/90
• PROTEÇÃO INTEGRAL – ART. 1º
a disposição legal que assegura que o ECA deve ser aplicado a todas as crianças
e adolescentes, sem distinção de raça, sexo, idade, classe social, etc.
• CLASSIFICA OS MENORES DE IDADE:
- Criança – de 0 a 12 anos incompletos
- Adolescente – de 12 anos até 18 anos incompletos
- Exceções – 18 a 21 anos
Art. 4: dever da família, da comunidade , da sociedade em geral e do poder
público, priorizar a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
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Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


- Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.
LDB – Art. 4º
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro)
anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
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Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
- Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III -atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de
cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.
CF - Art. 208,
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
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Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na
rede regular de ensino.

LDB - Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de
cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e,
ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.
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Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.

LDB – Art. 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de


ensino, terão a incumbência de:
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais,
sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da
escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009)
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo
representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima
de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)
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Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção
de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.

Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e


históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes
a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.

Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer
voltadas para a infância e a juventude.
Didática – Prof. Bruno Marques

Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


• Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal art. 7 parágrafo XXXIII)
• Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada
segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor
• Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;
II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III - horário especial para o exercício das atividades.
• Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de
aprendizagem.
EMENDA CONSTITUCIONAL 56/2006
FUNDEB

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EC – 53/2006.
• Definição geral:
- O Fundeb é um fundo que fornece recursos para todas as etapas da
Educação Básica – desde creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio até a Educação de Jovens e Adultos. Ele entrou
em vigor em janeiro de 2007 e deve se estender até 2020.
• Objetivo:
- Aumentar os recursos na Educação Básica e distribuir melhor esse
investimento no País.
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EC – 53/2006.
• Funcionamento:
- Cada estado e o Distrito Federal têm um fundo que funciona praticamente
como uma conta bancária. Os recursos dos municípios e dos estados são
depositados nessas contas. Então, todo o dinheiro é somado e a União inclui
sua verba. Esse total é redistribuído conforme as necessidades de cada
estado. Essa distribuição é feita de acordo com o número de alunos da
Educação Básica Pública.
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EC – 53/2006.
• Distribuição dos recursos:
- Cada estado distribui os recursos de seu próprio fundo, de acordo com o
número de estudantes que estão matriculados em sua rede de Educação
Básica. O número de alunos é baseado nos dados do Censo Escolar do ano
anterior.
- Esse método serve para distribuir melhor os recursos pelo País, já que leva
em consideração o tamanho das redes de ensino. Quanto maior a demanda
de alunos, maior os recursos destinados.
Valor por aluno (ano)
Em 2017, o gasto mínimo por estudante foi fixado em de R$ 2.875,03 (em
2016 foi de R$ 2.739,80).
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EC – 53/2006.
• Todas as etapas do ensino recebem o mesmo valor por aluno?
Não. O valor mínimo de R$ 1.722,05 é multiplicado por um número
chamado "fator de ponderação", que varia conforme a etapa e a
modalidade do ensino.

Tabela dos fatores de ponderação para o ano de 2017:


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I - Creche pública em tempo integral: 1,30;
II - Creche pública em tempo parcial: 1,00;
III - Creche conveniada em tempo integral: 1,10;
IV - Creche conveniada em tempo parcial: 0,80;
V - Pré-Escola em tempo integral: 1,30;
VI - Pré-Escola em tempo parcial: 1,00;
VII - Anos iniciais do ensino fundamental urbano: 1,00;
VIII - Anos iniciais do ensino fundamental no campo: 1,15;
IX - Anos finais do ensino fundamental urbano: 1,10;
X - Anos finais do ensino fundamental no campo: 1,20;
XI - Ensino fundamental em tempo integral: 1,30;
XII - Ensino médio urbano: 1,25;
XIII - Ensino médio no campo: 1,30;
XIV - Ensino médio em tempo integral: 1,30;
XV - Ensino médio integrado à educação profissional: 1,30;
XVI - Educação especial: 1,20;
XVII - Educação indígena e quilombola: 1,20;
XVII - Educação de jovens e adultos com avaliação no processo: 0,80;
XIX - EJA integrada à educação profissional de nível médio com avaliação no processo: 1,20
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EC – 53/2006.
• Complementação do fundo
- Se o estado não atingir o valor mínimo fixado para investimentos por
estudante da rede pública, ele recebe do governo federal o dinheiro
necessário para completar o valor do seu fundo.
- Em 2017, nove estados brasileiros não devem alcançar esse valor mínimo e
receberão ajuda da União: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará,
Paraíba, Pernambuco e Piauí.
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EC – 53/2006.
• Como pode ser aplicado o FUNDEB
- No financiamento de todos os níveis da Educação Básica. Deve ser aplicado
no pagamento do salário dos professores, diretores e orientadores
educacionais (até 60%) e pode ser usado também em atividades como o
custeio de programas de melhora da qualidade da Educação, a formação
continuada dos professores, a aquisição de equipamentos, a construção e
manutenção das escolas (até 40%).
- Lembrando que a LDB define o que é ou não interpretado como gasto com
educação.
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EC – 53/2006.
• De onde vem o recurso do FUNDEB
Os impostos pagos que compõem a arrecadação do Fundo são:
- Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos
Municípios – (FPM) - são fundos, criados pela Constituição, que recebem
parte dos impostos arrecadados pela União.
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - imposto
embutido nos produtos, mercadorias e serviços de transporte e de
comunicações.
- Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações (IPI
exp) - pago por quem importa, produz ou comercializa produtos
industrializados (como fogões e geladeiras, por exemplo).
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EC – 53/2006.
• De onde vem o recurso do FUNDEB
- Desoneração das Exportações (LC nº 87/96) - valor que o governo federal
repassa aos estados para compensar a desoneração das exportações (medida
que torna a arrecadação estadual menor).
- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) - imposto pago
por quem recebe bens, heranças, doações e diferenças de partilhas.
- Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) - imposto pago
por todas as pessoas que possuem veículos automotores, ou seja, quem tem
carros, motos, aeronaves ou embarcações.
- Cota parte de 50% do Imposto Territorial Rural (ITR) devida aos municípios -
ITR é um imposto pago pelas propriedades na área rural. Seria o equivalente
ao IPTU, mas na zona rural.
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EC – 53/2006.
• De onde vem o recurso do FUNDEB
- Nenhum dos impostos arrecadados pelos municípios faz parte do Fundeb.
Os municípios já são obrigados a investir no mínimo 25% de seus tributos na
Educação, como manda o artigo 212 da Constituição Federal.

- ATENÇÃO, a verba do FUNDEB não advém exclusivamente de receitas da


UNIÃO.
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EC – 53/2006.
• Controle e fiscalização do FUNDEB
- De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),
que é responsável por coordenar e acompanhar o FUNDEB, todas as
movimentações do dinheiro do fundo são acompanhadas em escala federal,
estadual e municipal.
- Para esse controle, informa o órgão, foram criados conselhos de
Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, cujos integrantes foram
capacitados pelo Ministério da Educação (MEC).
- Existem conselhos municipais para acompanhar o repasse aos municípios.
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EC – 53/2006.
• Controle e fiscalização do FUNDEB
De acordo com o inciso IV do art. 24 da Lei nº 11.494/2007, o Conselho Municipal de
Acompanhamento e Controle Social do Fundeb no Município deverá ser composto por, no
mínimo, nove membros, sendo:
- 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria
Municipal de Educação ou órgão educacional equivalente;
- 1 (um) representante dos professores da educação básica pública;
- 1 (um) representante dos diretores das escolas básicas públicas;
- 1 (um) representante dos servidores técnico-administrativos das escolas básicas públicas;
- 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educação básica pública;
- 2 (dois) representantes dos estudantes da educação básica pública, um dos quais indicado pela entidade
de estudantes secundaristas.

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