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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
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PROFa JANINE PACHECO DA LUZ


e-mail: janine@sc.estacio.br
PROF. RAMSÉS ANTUNES DA LUZ
e-mail: ramses@sc.estacio.br
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – SANTA CATARINA 3
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TEXTO 1 - O que é a Psicologia Organizacional?1

Psicologia é a ciência do comportamento humano (e não-humano), da cognição, da emoção e da


motivação. Ela pode ser subdividida em diversas especializações, e algumas delas se preocupam
basicamente com o próprio conhecimento da psicologia enquanto ciência.

A área de aplicação que reúne o maior número de psicólogos é a de psicologia clínica. Os


psicólogos clínicos lidam com o tratamento de desordens e problemas psicológicos. A psicologia
organizacional tem um campo de aplicação menor e refere-se ao desenvolvimento e à aplicação de
princípios científicos no ambiente de trabalho.

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Os psicólogos organizacionais não lidam diretamente com os problemas emocionais ou pessoais dos
funcionários. Eles se preocupam com questões de eficiência no projeto de tarefas, seleção, treinamento e
avaliação de desempenho de funcionários. Preocupam-se, ainda, com as questões ligadas ao bem-estar

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dos funcionários no ambiente de trabalho, ao stress no trabalho, e às práticas de supervisão (de liderança).

A seguinte lista mostra as principais atividades dos psicólogos organizacionais:


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Analisar a natureza de uma atividade (análise da tarefa);
 Conduzir uma análise para determinar a solução de um problema organizacional;
 Fazer/realizar uma pesquisa sobre sentimentos e opiniões dos funcionários;
 Projetar sistemas para avaliação do desempenho de funcionário;
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 Projetar sistemas de seleção e de treinamento de funcionários;
 Desenvolver testes e avaliações psicológicas;
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 Avaliar a eficácia de uma atividade ou prática, como um programa de treinamento;


 Implementar mudanças organizacionais, ou auxiliar na sua implementação.

Os psicólogos organizacionais também buscam mudar as organizações para que elas ofereçam um
ambiente mais agradável para as pessoas, visando um clima organizacional melhor e que leve à eficácia
organizacional.
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SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2006.
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A patologia psicológica ainda está carente de mais dados sobre a real etiologia da doença mental.
Sabe-se que, de um lado, pode haver fatores físicos ou fisiológicos que favoreçam, o desajustamento
mental, mas de outro tem-se que, admitir que o neurótico e o psicótico também atingiram tal estado de
desajustamento, em virtude de fatos e vivências anteriores desconfortantes e adversas que se
incorporaram ao psiquismo impedindo-o de marchar, por vontade própria, para reações mais desejáveis e
produtivas.
Outro aspecto importante, do ponto de vista patológico, é compreender que nunca um quadro
neurótico ou psicótico se formou a partir de um único acontecimento, isto é, do mais recente. Ao examinar
a história de vida dos psicopatas, é possível reunir, ao longo dos seus anos, uma série de eventos que de
certa forma o prepararam para o desfecho final. Muitas vezes um incidente, tal como morte, ou qualquer
outra provação atual, serve apenas como disparador do estado que já há muito se vinha preparando
dentro do indivíduo.

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AJUSTAMENTO E AUTO-REALIZAÇÃO

Não se pode dizer que as frustrações ou dificuldades que se apresentam na vida de cada um sejam as

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grandes responsáveis pelo maior ou menor ajustamento evidenciado através do comportamento
observável. O mais importante é considerar como cada pessoa enfrenta essas frustrações, isto é, sua
atitude diante das mesmas.
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A busca do ajustamento e, mais amplamente, a própria auto-realização, constituem impulsos
constantes no comportamento dos seres humanos. É natural que se procure sair da situação
desconfortante representada pelos conflitos e suas decorrentes formas ansiosas de comportamento, da
mesma forma como se evitam ao máximo sentimentos angustiosos; portanto, a busca de solução dos
conflitos é constante e impulsiona o homem a agir. É necessário examinar e conhecer como o fazem e
diagnosticar a validade dos objetivos aos quais estão se propondo a cada momento de busca de
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ajustamento.
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A delicadeza do assunto começa por se evidenciar na necessidade de definição exata de termos;


assim, temos que compreender que:

Ajustamento: Etimologicamente, ajustar significa acomodar, adaptar, amoldar; portanto, pressupõe a


modificação ou alteração de alguma coisa em função das características de outra. Segundo as
características da palavra, o indivíduo, ao tentar um ajustamento, muitas vezes terá que renunciar a
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convicções e anseios pessoais, tendo em vista a necessidade de aceitar normas que lhe são impostas por
um contexto externo e alheio a si mesmo.
Auto-realização: Mais completo e abrangente que o simples conceito de adaptação, é aquele que
considera como objetivo principal da conduta adaptativa, a auto-realização. Em termos psicológicos,
procura-se, então, empregar adaptação com uma conotação de auto-realização, onde o indivíduo não só
recebe do meio informações que trabalham dentro dele, aceitando essas implicações externas e se
ajustando a elas, como também impõe ao meio, de forma produtiva, suas próprias formas de pensar, seus
valores pessoais, opiniões e crenças. Nesse sentido, não é simplesmente considerado como elemento
que se amolda passivamente, que aceita e se submete aos demais, mas também como um ser atuante,
que consegue, a partir de sua atuação, modificar e imprimir no meio em que vive sua maneira pessoal de
ser.

ESTRESSE NO TRABALHO

Refere-se ao conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psicológica, moral, e outras,
capazes de perturbar-lhe o equilíbrio. O desgaste no trabalho é uma provável reação negativa do
funcionário a um fator estressante como ansiedade, frustração, ou sintomas físicos (como uma dor de
cabeça, por exemplo).

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Os especialistas de RH podem utilizar pesquisas de atitudes para identificar fontes organizacionais de


estresse refinando os procedimentos de seleção e colocação para assegurar uma adequação entre pessoa
e cargo, bem como propor um planejamento de carreira de acordo com suas atitudes.

A exposição prolongada ao estresse contribui para o surgimento de problemas emocionais, doenças e


morte. As conseqüências da situação de estresse dependem de fatores múltiplos e interativos. Os
agentes estressantes em si – especialmente sua intensidade, número cumulativo, previsibilidade e
possibilidade de controle – são importantes como o são também o apoio social, a personalidade e os
estilos de enfrentar o estresse (minimizando a auto-dissimulação e a esquiva e recorrendo à solução do
problema e ao pensamento positivo).

Dicas - Como reduzir o estresse no local de trabalho:

A Northwestern National Life Insurance Co. dá algumas dicas:

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1. Permita que os empregados conversem amigavelmente entre si: funcionários habituados a uma
atmosfera livre e aberta em que possam consultar-se com colegas sobre assuntos de trabalho enfrentam o

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estresse com humor.
2. Reduza conflitos pessoais no trabalho: empregados podem resolver conflitos através de comunicações
abertas, negociações e respeito mútuo. Duas coisas são básicas: trate os em pregados eqüitativamente e
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defina claramente as expectativas quanto ao seu trabalho.
3. Dê aos empregados o controle sobre como de vem fazer o seu trabalho: os trabalhadores sentem-se
orgulhosos e produtivos e são mais capazes de lidar com o estresse quando têm controle sobre o que
fazer em seus cargos.
4. Assegure adequada assessoria e orçamentos de despesas: muitas empresas se defrontam com a
necessidade de reduzir custos e apertar orçamentos, mas as pessoas podem contribuir com sugestões,
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conciliando a necessidade de economia com a necessidade de assessoria.
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5. Fale abertamente com os funcionários: os gerentes devem manter seus subordinados informados sobre
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as boas ou más novidades e devem dar a eles a oportunidade de participar e decidir sobre tais assuntos.
6. Apóie os esforços dos funcionários: pergunte regularmente aos funcionários como estão indo em suas
atividades e indague sobre assuntos relacionados. Os níveis de estresse serão significativamente
reduzidos.
7. Proporcione benefícios pessoais competitivos: os funcionários que dispõem de tempo para relaxar e
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recarregar suas energias após um trabalho duro são menos passíveis de desenvolver doenças
relacionadas com estresse.
8. Mantenha os níveis atuais de benefícios aos empregados: cortes em benefícios como seguro saúde,
seguridade social, férias e afasta mentos por doença acrescentam estresse aos funcionários. Deve-se
pesar economia de dinheiro com custos elevados de afastamentos e descontentamento.
9. Reduza a quantidade de papelório para os empregados: a empresa pode baixar os níveis de
absenteísmo quando assegura que o tempo de seus funcionários não será gasto em procedimentos e
papelório desnecessário.
1O. Reconheça e recompense os funcionários: um tapinha nas costas, uma palavra pública de
reconhecimento, uma promoção ou um bônus pelo cumprimento ou contribuição de um funcionário podem
funcionar como alavanca- dores de elevado moral e produtividade do pessoal.

EXCERTOS DAS SEGUINTES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BERGAMINI, Cecília. Psicologia aplicada à administração de empresas. São Paulo: Atlas, 1981
BONOW, Iva. Elementos de psicologia. 16ª ed. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1978
GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2001.

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