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Sobre o autor:
Professor conferencista da Faculdade de Letras e Ciências Humanas de
Estrasburgo, Julien Freund, nesta obra, o autor pretende é apenas refletir sobre pontos
relevantes do pensamento weberiano tais os conceitos de “tipo ideal”, “sistema”,
“causalidade”, “realidade”, dentre outros.
”.
RESENHA
O autor fala que certas unidades políticas, em geral as pequenas nações como
a Suíça ou a Noruega, manifestando conveniência sua soberba, não atribui em geral a
esse sentimento se não o valor puramente autonomista, pois elas só tem ciúme de sua
independência, da qualidade modelar de suas instituições ou mais simplesmente, de sua
história.
O orgulho político pode igualmente se afirmar no jogo das relações exteriores
e adotar atitude altiva da grandeza, da honra e do poderio que um país exerce no mundo:
dá-se então foros de privilégios. Esta última noção é fundamental aos olhos de Weber,
pois esclarece certo número de estruturas políticas com mais de “grandes potências”, de
nação ou de imperialismo (p. 163).
Sem dúvida, implica em uma aspiração irracional, entretanto, sem ela, certas
relações internacionais, como a hegemonia ou colonialismo, seriam incompreensíveis. O
prestígio surge como elemento dinâmico da política. Em princípio, todo poderio político
é um pretendente potencial ao prestígio, em razão da concorrência e da rivalidade entre
as unidades políticas (pouco importando as razões comerciais, ideológica ou outras)
Querer exercer influência sobre as relações internacionais, quer em nome de
um desejo de anexação e de agressão, quer de pacificação, é afirmar uma vontade de
prestígio.
As grandes potências das quais dependem em nossos dias a paz e a guerra, se
inspiram mais do que as outras nestes sentimentos. Certamente, tem-se razão de insistir
sobre as capacidades econômicas desses países, mas sem o pathos especial do prestígio, isto
é, quando não se leva em conta o papel que eles querem desempenhar, a motivação de
suas iniciativas não seria incompreensível.
O fator econômico do imperialismo deve ser levado em conta, mas o Weber
recusa esse exclusivismo economicista. Para Weber, o imperialismo imprimi igualmente
a vontade do prestígio (p. 163).
O autor aborda ainda a ideologia racista que pode exercer o papel de
fenômeno de poderio evidentemente assim como a economia a psicologia e a religião não
poderia a Biologia ser tida como fundamento da sociologia política todavia como certos
partidos ou formações políticas fazem da raça o fundamento ideológico de sua ação a
sociologia política deve levar isso em conta. Olhando as coisas de perto constata-se que a
concepção racismo é essencialmente subjetiva e negativa já que afirma sem razão
plausível a superioridade do sangue e chega a uma segregação baseada no desprezo e na
superstição.
Além do mais os parques resultados obtidos pela ciência das raças são todos
contestáveis apesar de tudo o racismo é fator determinante do poderio e Por conseguinte
do prestígio tanto mais que o conceito de nação faz intervir em noções ética mesmo que
não constituam um critério de sua definição sob este ponto de vista o conceito de raça
exerce ou pode exercer papel político determinante desde que consiga fazer crer que a
existência em comum nos limites de fronteiras determinadas tem por base uma
comunidade racial.
Weber era jurista de formação, por isso suas ideias procuravam expor as fases
e os fatores que contribuíram para a racionalização do direito moderno no contexto da
racionalização peculiar a civilização ocidental. Ele estuda ação da política, da religião, e
da economia sobre a evolução do direito, sem esquecer o esforço despendido pelos
juristas, os legistas, os advogados, em geral todos os profissionais do direito.
O autor estabelece uma distinção entre dogmática jurídica e a sociologia
jurídica.
A dogmática jurídica procura estabelecer teoricamente o sentido
intrínseco visado por uma lei, controlar a coerência lógica em relação a outras leis, ou
mesmo em relação ao conjunto de um código.
A sociologia jurídica, ao invés, tem por objeto compreender o
comportamento significativo dos membros de um grupamento, quanto as leis em vigor e
determinar o sentido da crença em sua validade ou na ordem que elas estabeleceram.
Procura pois, aprender até que ponto as regras de direito são observadas, e como os
indivíduos orientam de acordo com elas a sua conduta.
Para a dogmática jurídica uma norma é válida desde que seja estabelecida ou
figure em um código. Para a sociologia trata-se de controlar sua importância no curso da
atividade social dos indivíduos, pois não é sempre que uma lei estabelecida é respeitada.