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Conceitos básicos
da solidificação e
análise térmica
Relação entre processamento,
microestrutura e propriedades
A solidificação de ligas metálicas
A) CÚBICA DE CORPO CENTRADO (CCC) Metais: Cr, V, Nb, Ta, Mo, W, Fe (T > 1394oC e T < 912oC)
B) CÚBICA DE FACE CENTRADA (CFC) Metais: Cu, Ag, Au, Ca, Sr, Al, Pb, Ni, Fe (912oC < T < 1394oC)
Solução sólida
Componente solvente Componente solvente Intersticial
Solução sólida
Substitucional
FASE
ÚNICA
Componente soluto Componente soluto
Definição e conceitos fundamentais
Limite de Solubilidade:
Admitindo que o componente B (soluto) seja adicionado ao componente A (solvente), para formar uma
solução sólida.
Sabe-se que para uma dada temperatura, deverá existir um limite da quantidade do componente B que o
componente A é capaz de absorver.
Após esse limite, os átomos do componente soluto não poderão mais existir dissolvidos nos átomos do
componente solvente, ocorrendo a partir daí a precipitação de uma nova fase.
Esse limite da quantidade do componente B que o componente A pode receber é chamado de Limite de
Solubilidade.
Exemplo da solubilidade
do açúcar na água.
Observe que após o
Limite de Solubilidade o
sistema será formado por
duas fases.
Definição e conceitos fundamentais
Polimorfismo ou Alotropia:
Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e
pressão.
Materiais de mesma composição química, mas que podem apresentar estruturas cristalinas diferentes, são
denominados de alotrópicos ou polimórficos.
a e d (CCC)
Exemplos Fe g (CFC)
a (HC)
Titânio b (CCC)
SiC (chega ter 20 modificações cristalinas)
Definição e conceitos fundamentais
Microestrutura:
• É a forma como os constituintes ou fases estão presentes, suas proporções e o modo pela
qual estão distribuídas ou agrupadas.
Grãos de Ferrita
(monofásica)
Definição e conceitos fundamentais
Constituição:
A constituição de uma liga é descrita por três parâmetros:
Uma descrição mais precisa das propriedades mecânicas de um material, será aquela que diz
que estas propriedades dependem da constituição da microestrutura.
corresponde a redução de
temperatura, abaixo da
Temperatura de Fusão (Tf) na
qual a nucleação tem início (TN).
Análise Térmica
Análise Térmica
Se um metal puro for resfriado lentamente a partir de uma temperatura Tv
(vazamento), a curva de resfriamento é dada como segue:
Líquido
(1 fase)
TF
Sólido
(1 fase)
Análise Térmica
No caso de ligas metálicas, admitindo um metal puro (componente A)
no qual será inserido uma pequena quantidade de um elemento de liga
(componente B), a curva de resfriamento partindo de uma temperatura TV,
será dada por:
Diagrama de fases
Resfriamento do líquido
Tv Líquido
Temperatura
(1 fase)
Transformação de fase
(sólido + líquido) TL Sólido +
Tl Líquido
Resfriamento TS
do sólido Sólido
Ts
(1 ou + fases)
Liga binária:
Metal base (solvente) - A
Metal de liga (soluto) - B TL - Temperatura liquidus
TS - Temperatura solidus
Tempo
Análise Térmica Sn25Pb
T=230,6°C
teor de soluto
100% A Limite das
Limite das
Temperatura
Temperaturas liquidus
Temperaturas solidus Tf B
Liquido
Líquido
+
Sólido Limite das
Temperaturas solidus
100% B
A+50%B A+90%B
A+30%B Tf A
Tempo
Sólido
Curvas térmicas e levantamento das
temperaturas de transformação de fase 100% A 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% B
%B
Diagrama de Equilíbrio ou de Fases
Diagrama de Equilíbrio ou de Fases
Nucleação Modo pela qual a fase sólida surge na fase líquida na forma de
pequenos aglomerados cristalinos, chamados embriões. Em função do tamanho
inicial destes embriões, eles podem crescer originando um núcleo estável, ou
refundir-se novamente no banho do metal líquido. A nucleação pode ser homogênea
ou heterogênea.
Redução da
Temperatura
Nucleação homogênea
Nucleação heterogênea
Mecanismos de Crescimento:
Taxa de resfriamento
Teor de soluto(C0)
Estruturas dendríticas
Crescimento Dendrítico
1.) Zona coquilhada Consiste de uma camada periférica (região de contato direto com
o molde) de pequenos grãos, de orientação cristalográfica aleatória (equiaxial);
3.) Zona equiaxial central Consiste de uma zona de grãos equiaxiais, com pequenos e
grandes grãos. As propriedades mecânicas da zona equiaxial central são isotrópicas
quando comparadas com as propriedades da zona colunar.
ZONAS COQUILHADA, COLUNAR E EQUIAXIAL
(a) Ausência da Zona Equiaxial Central (b) Presença das três Zonas (c)
Ausência das Zonas Coquilhada e Colunar.
ZONAS COQUILHADA, COLUNAR E EQUIAXIAL
Imagem da seção transversal das amostras da liga Al-3%Si (a) sem inoculante e (b)
com inoculante 0,05%Ti. Ataque Keller concentrado.
Fonte: Arango, J. M. R.; Martorano, M. A. ESTUDO DO REFINO DE GRÃO DE LIGAS Al-Si ATRAVÉS DE INOCULANTES DO SISTEMA Al-Ti-B
Trabalho apresentado no 14o Congresso de Fundição (CONAF).
Controle da macroestrutura – Adição de inoculantes
OSORIO, W. R.; PEIXOTO, L. C.; GARCIA, A.. Efeitos da agitação mecânica e de adição de refinador de grão na microestrutura e propriedade
mecânica de fundidos da liga Al-Sn. Matéria (Rio J.), Rio de Janeiro , v. 14, n. 3, 2009
Controle da macroestrutura – Adição de inoculantes
Microradiografia
Nucleação e crescimento de
grão primários de Al-alfa durante
resfriamento contínuo. (a) ZA27
and (b) ZA27 with 1.1% TiB2.
F. Chen et al. /Real time investigation of the grain refinement dynamics in zinc alloy by
synchrotron microradiography/ Journal of Alloys and Compounds 630 (2015) 60–67
BIBLIOGRAFIA
Solidificação e Analise Térmica dos Metais. Arno Muller. Porto Alegre. Ed.UFRGS, 2002.