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1.

A responsabilidade civil das prestadoras de serviços público abrange os danos


causados aos usuários do serviço público e terceiros não usuários do serviço
público.

2. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos respondem objetivamente pelos eventuais danos que seus
agentes causarem a terceiros ao prestarem tais serviços.

3. A marca característica da responsabilidade objetiva é a desnecessidade de o


lesado pela conduta estatal provar a existência da culpa do agente ou do serviço,
ficando o fator culpa desconsiderado como pressuposto da responsabilidade
objetiva; a caracterização da responsabilidade objetiva requer, apenas, a ocorrência
de três pressupostos: o fato administrativo; a ocorrência de dano e o nexo causal.

4. Na situação em que um detento mate um outro que estava recolhido na mesma


carceragem, há razão para se aventar a responsabilidade objetiva do Estado, pois o
dever de guarda da administração pública configura a assunção do risco
administrativo.

O STF fixou a seguinte tese de repercussão geral: "Em caso de inobservância de


seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF, o Estado
é responsável pela morte de detento". Decidiu-se que a morte do detento em
estabelecimento penitenciário gera a responsabilidade civil do Estado quando
houver inobservância do seu dever específico de proteção. Portanto, não mais
prevalece a responsabilidade objetiva pelo mero risco do desenvolvimento de
atividade prisional, admitindo-se circunstâncias que venham a excluir a
responsabilidade do Estado, tais como o suicídio, vez que se trata de culpa
exclusiva da vítima.

5. Uma concessionária do serviço público federal causou danos morais a


determinado usuário do serviço. Nesse caso, a responsabilidade da concessionária
será objetiva, e o prazo prescricional da ação, de 5 anos.

O atual entendimento do STJ é no sentido de "que a prescrição contra a Fazenda


Pública, mesmo em ações indenizatórias, rege-se pelo Decreto 20.910/1932, que
disciplina que o direito à reparação econômica prescreve em cinco anos da data da
lesão ao patrimônio material ou imaterial".
São imprescritíveis as ações de ressarcimento de danos ao erário decorrentes de
atos praticados por qualquer agente, servidor ou não, tipificados como ilícitos de
improbidade ou como ilícitos penais. (O STF acresce à redação do §5º, do art. 37
da CF, requisito não existente, excluindo da imprescritibilidade os danos
decorrentes de ilícitos civis.)

6. Requisitos responsabilidade estatal: para apuração da responsabilidade do


Estado não é necessária a demonstração de conduta dolosa ou culposa por parte de
algum agente ou de falha do serviço, bastando a presença de 3 pressupostos: i)
ocorrência do fato administrativo, sendo assim considerado como qualquer forma
de conduta comissiva, legítima ou ilegítima, atribuída ao Poder Público, ainda que
o agente estatal atue fora de suas funções, mas a pretexto de exercê-las; ii) dano
material ou moral; iii) nexo de causalidade entre o fato administrativo e o evento
lesivo. Há que se demonstrar a relação de causa e efeito entre a conduta do Estado
e o dano sofrido.

7. Teorias sobre a responsabilidade estatal:

a) Teoria da irresponsabilidade do Estado: o Estao não tinha qualquer


responsabilidade pelo atos praticados por seus agentes. The King can do no wrong.

b) Teoria da responsabilidade com culpa: essa teoria prega a responsabilidade


estatal quando demonstrado que o dano decorreu de um ato da administração
regido pelo direito privado. (atos de gestão: seriam os atos produzidos pela
Administração para gerir os seus bens e serviços e que, por não serem detentores
da imperatividade, aproximam-se dos atos de direito privado).

c) Teoria da culpa administrativa/ teoria da culpa do serviço/ teoria da faute


du service / teoria da culpa anônima / teoria da culpa não individualizada:
essa teoria não exige do lesado a identificação do agente público causador do
dano, nem, tampouco, se o ato lesivo é ato de império ou de gestão, sendo
suficiente demonstrar a falta do serviço público.

Ocorrendo qualquer destas hipóteses, presume-se a culpa administrativa e surge a


obrigação de indenizar.

É necessário que o lesado demonstre o nexo de causa e efeito entre a falha do


Estado e o seu prejuízo.

É adotada no nosso ordenamento quando se trata de responsabilidade civil do


Estado brasileiro, em razão de danos decorrentes de sua omissão.
d) Teoria do risco administrativo: a teoria do risco serve de fundamento para a
responsabilidade objetiva do Estado. Isto é, para essa teoria não é necessário
demonstrar-se o elemento subjetivo (dolo ou culpa), nem sequer de identificar o
agente causador do dano. É suficiente a demonstração do dano decorrente da
atuação do Estado, sem o concurso do lesado.

Ainda que o Estado atue de forma legítima, isto é, que os seus agentes não tenham
a intenção (dolo) de causar prejuízo, nem tenham agido com negligência,
imprudência ou imperícia (culpa), caso essa atuação estatal venha a causar
prejuízo a um ou alguns poucos, esse prejuízo deve ser suportado pela Fazenda
Pública, em face do risco inerente à atividade pública que, buscando propiciar
benefícios para a coletividade, pode, de forma legítima, causar prejuízo a alguns,
estando, nesse caso, obrigada a reparar o dano desde que o evento lesivo não tenha
decorrido da conduta do lesado.

e) Teoria da Responsabilidade Integral: segundo essa teoria, o Estado seria


responsável sempre que presente no evento lesivo. Essa teoria não admite as
excludentes de responsabilidade, o que significa, por exemplo, que caso uma
pessoa venha a se jogar de um prédio público, a responsabilidade seria do Estado,
ainda que todo o evento lesivo tenha sido causado pela própria vítima.

8. Teoria Adotada no Brasil: No ordenamento jurídico brasileiro, a


responsabilidade do poder público é objetiva, adotando-se a teoria do risco
administrativo, fundada na ideia de solidariedade social, na justa repartição dos
ônus decorrentes da prestação dos serviços públicos, exigindo-se a presença dos
seguintes requisitos: dano, conduta administrativa e nexo causal. Admite-se
abrandamento ou mesmo exclusão da responsabilidade objetiva, se coexistirem
atenuantes ou excludentes que atuem sobre o nexo de causalidade.

9. É assente no STF que o poder público ficará sujeito a indenizar o proprietário


do bem atingido pela instituição da reserva florestal, se, em decorrência dessa ação
administrativa, o dominus vier a sofrer prejuízos de ordem patrimonial.

10. A responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito público em face de


particular que tenha sofrido algum dano pode ser reduzida, ou mesmo excluída,
havendo culpa concorrente da vítima ou tendo sido ela a única culpada pelo dano.

11. A responsabilidade civil do Estado exige três requisitos para a sua


configuração: i) ação atribuível ao Estado; ii) dano causado a terceiros; iii) nexo de
causalidade.
12. A regra da responsabilidade objetiva do Estado não se aplica às entidades da
administração indireta que executem atividade econômica de natureza privada.

13. Um policial militar do Estado da Paraíba, durante o período de folga, em sua


residência, teve um desentendimento com sua companheira e lhe desferiu um tiro
com uma arma pertencente à corporação. Considerando o ato hipotético praticado
pelo referido policial, é correto afirmar que não há responsabilidade civil do
Estado, visto que o dano foi causado por policial fora de suas funções públicas.

14. No caso de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil da


administração pública ocorre na modalidade subjetiva.

15. A sociedade de economia mista poderá ser responsabilizada penalmente pelo


dano ambiental causado.

16. O município que for condenado a indenizar particular por dano causado por
servidor público municipal poderá cobrar regressivamente do servidor o valor da
condenação, desde que ele tenha agido com dolo ou culpa e na qualidade de
servidor público municipal.

17. O direito pátrio adotou a responsabilidade objetiva do Estado, sob a


modalidade "risco administrativo". Assim, a culpa exclusiva da vítima é capaz de
excluir a responsabilidade do Estado, e a culpa concorrente atenua o valor da
indenização devida. Ver pg. 366 do livro.

18. A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano,
independentemente de a vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.

19. Se um particular sofrer dano quando da prestação de serviço público, e restar


demonstrada a culpa exclusiva desse particular, ficará afastada a responsabilidade
da administração. Nesse tipo de situação, o ônus da prova, contudo, caberá à
administração.

20. A responsabilidade da administração é objetiva quanto aos danos causados por


atuação de seus agentes. Nos danos causados por omissão da administração
pública, a indenização é regulada pela teoria da culpa administrativa.

21. O pressuposto da responsabilidade civil é a existência de dano, ou seja, sem


que ele ocorra, inexiste essa responsabilidade.

22. Para se caracterizar a responsabilidade civil do Estado no caso de conduta


omissiva, não basta a simples relação entre a omissão estatal e o dano sofrido, pois
a responsabilidade só estará configurada quando estiverem presentes os elementos
que caracterizem a culpa.

23. Em se tratando de conduta omissiva, para configuração da responsabilidade


estatal, é necessária a comprovação dos elementos que caracterizam a culpa, de
forma que não deve ser aplicada absolutamente a teoria da responsabilidade
objetiva.

24. Se a promulgação de uma lei de efeitos concretos provocar danos a


determinado indivíduo, a doutrina majoritária entende que ficará configurada a
responsabilidade civil da pessoa federativa da qual emanou a lei, que deverá
responder à reparação dos prejuízos.

25. Pedro foi preso preventivamente, por meio de decisão judicial devidamente
fundamentada, mas depois absolvido por se entender que ele não tivera nem
poderia ter nenhuma participação no evento. No entanto, por causa da prisão
cautelar, Pedro sofreu prejuízo econômico e moral. Nessa situação, conforme
entendimento recente do STF, poderão ser indenizáveis os danos moral e material
sofridos.

26. No tocante à advocacia pública consultiva, o advogado poderá ser


responsabilicado nos casos de culpa grave, erro inescusável, dolo e quando o
parecer for vinculante.

27. De acordo com a jurisprudência do STF, não se aceita a tese da


responsabilidade civil do Estado nos casos de prisão preventiva de acusado que,
depois, seja absolvido.

28. A teoria do risco administrativo está presente no plano constitucional desde a


Constituição de 1946 e confere fundamento doutrinário à responsabilização
objetiva do Estado.

29. A responsabilidade civil pelo erro judiciário constitui garantia fundamental e


será apurada com base na teoria objetiva.

30.

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