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LICENCIATURA EM HISTÓRIA
SEMINÁRIO DE HISTÓRIA ANTIGA II
PROFESSORA: AIRAN BORGES
ALUNA: EVELYNE JOYCE DANTAS LUCENA
século XIX, tinha como figura central o homem, branco, geralmente detentor de
Essa história defendia seus pontos de vista, reproduzia seus valores, negava
infuenciados pela história nova. Tais estudos tinham forte influência dos movimentos
mulheres feministas dentro desse contexto, e depois foi adotada pela produção
acadêmica. O uso de gênero ajudou os estudos com ênfase nas distinções sociais
relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos” e “uma forma
como afirma a própria Scott (1999, p. 27) sobre a prática historiográfica que muitas
categoria de análise, não era a única. Scott (1989, p. 4) sugere que desde o início do
uso do gênero como categoria de análise, raça e classe, eram utilizadas junto com o
gênero nos estudos sobre a mulher por pesquisadores que “tinham uma visão
fazer isso foi a descritiva, como já citado. “(…) vem sendo, há muito tempo, a missão
relatos sobre o passado” (SCOTT, 1999, p. 24). Porém, quando o objetivo desses
apagados”, o trabalho dos historiadores se torna limitado, visto que, primeiro, tomam
a evidência como reflexo do real, “ao invés de uma maneira de explorar como se
estabelece a diferença, como ela opera, como e de que forma ela constitui sujeitos
das mulheres acrescentaria não só novos temas como também iria impor uma
sem considerar a forma como os indivíduos são formados e como o próprio discurso
linguagem como fator constitutivo da própria experiência, e não tomar como dadas
ignorar a existências de tais categorias, se o objetivo for examinar de que forma elas
surgem e operam.
Essa postura também é utilizada pela autora quando ela amplia sua área de
reconhecer grupos de identidade” (SCOTT, 2005, p. 12) não pode ser resolvida
contingente, visto que é historicamente que ela é praticada, porém quando uma
como exemplo a identidade dos movimentos trabalhista, que podia não satisfazer
muitos dos trabalhadores, mas era a identidade através da qual seu movimento de
luta se estruturava.
direitos civis não podiam deixar de se colocar no lugar de mulheres para fazerem
das categorias sociais nas quais as pessoas eram “enquadradas”, quase sempre
a mudança social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCOTT, J. W. Experiência. (Trad. Ana Cecília Adoli Lima). In.: SILVA, A.L.; LAGO,
M.C.S. & RAMOS, T.O.R. (Orgs.) Falas de Gênero. Santa Catarina: Editora
Mulheres, 1999, Pp. 21-55.
SCOTT, J. W. Gender: a useful category of historical analyses. In: ___. Gender and
the politics of history. New York, Columbia University Press, 1989. (Tradução feita
por Christine Rufino Dabat Maria Betânia Ávila, 1999).