Professional Documents
Culture Documents
PENAL E DO CONCURSO
DE PESSOAS
www.trilhante.com.br
ÍNDICE
1. INIMPUTABILIDADE........................................................................................................ 4
Doença Mental ou Desenvolvimento Mental Incompleto ou Retardado........................................4
2. MENORIDADE...................................................................................................................8
INIMPUTABILIDADE
www.trilhante.com.br
1. Inimputabilidade
O conceito da imputabilidade decorre do que chamamos de “conceito analítico do crime”.
Para que uma conduta configure um crime, é preciso que seja típica, ilícita e culpável.
Veja: o crime é um todo unitário, mas composto de estruturas, partes constitutivas que
permitem analisar cada conduta dentro de seu caso concreto.
O conceito analítico de crime não está previsto em algum dispositivo legal, mas decorre
justamente da investigação lógica e sistemática das leis penais – cada estrutura do crime
tem correspondência legal.
Assim, para a análise da tipicidade, deve-se considerar: a conduta ativa ou omissiva, seu
resultado, o nexo causal entre a conduta e o resultado naturalístico, e a descrição contida
no dispositivo penal (tipo penal).
www.trilhante.com.br 4
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único – A pena pode ser reduzida de um terço a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação
de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Para esta finalidade, consideram-se como doença mental as patologias mentais graves,
alterações mórbidas da saúde mental, independentemente de sua origem. São exemplos
a paralisia cerebral progressiva, a esquizofrenia, a psicose maníaco-depressiva e a epilepsia
grave.
Neste caso, a inimputabilidade deve ser atestada por prova pericial que demonstre a
impossibilidade de a pessoa compreender a ilicitude da conduta ou de se determinar
conforme sua compreensão.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Há dois tipos: a sujeição a tratamento ambulatorial, quando o crime for punível com
detenção, e a internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, se o crime
cometido for mais grave e punível com reclusão.
A lei não determina prazo máximo para o cumprimento da medida de segurança, que
não necessariamente corresponde ao período da pena cominada ao crime. Isto acaba
representando grande insegurança para o sujeito submetido a estes tratamentos, o qual
poderia até passar uma vida inteira internado. Assim, o STF aplica, em analogia, o art.
75 do CP e entende que o prazo máximo possível ao cumprimento das medidas de
segurança é de 30 anos, que é o tempo máximo de cumprimento de penas privativas
de liberdade. O STJ, por sua vez, editou a Súmula nº 527 em 2015, com entendimento de
www.trilhante.com.br 5
que o prazo máximo para o cumprimento das medidas de segurança é a pena máxima
em abstrato cominada ao crime imputado.
Mesmo não prevendo prazo máximo, o art. 97, §1º do CP prevê prazo mínimo de um a
três anos para a aplicação da medida de segurança:
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto
como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
§1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto
não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser
de 1 (um) a 3 (três) anos.
§2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em
ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
§3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação
anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua
periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente,
se essa providência for necessária para fins curativos.
Nestes casos, apesar de não se configurar a plena inimputabilidade, a pena pode ser
reduzida de um a dois terços, ou então podem ser aplicadas medidas de segurança, se o
agente precisar de tratamento curativo, como prevê o art. 98 do Código Penal:
Art. 98. Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial
tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento
ambulatorial, pelo prazo mínimo de um a três anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§1º a 4º.
www.trilhante.com.br 6
2
HABEAS DATA:
RESUMO PRÁTICO
MENORIDADE
www.trilhante.com.br
OPS....
www.trilhante.com.br