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Exemplo de Datilologia:
Ana Paulo
A- N - A P-A-U-L-O
O surdo, hoje, precisa ser visto em sua integralidade, ou seja, é um ser social,
político, capaz como todo e qualquer ser humano. Embora ele seja visto apenas
como falante de uma língua minoritária, na verdade ele é dotado de habilidades
e competências linguísticas como todo falante natural.
Na Grécia
Para os gregos, os surdos não eram seres competentes, pois defendia que
o pensamento só se desenvolvia com linguagem e, para eles, só a fala
desenvolvia a linguagem. Assim, os surdos não recebiam educação,
Aristóteles, em 355 a.C., defendeu que os que nasciam surdos, por não
terem linguagem, eram incapazes de raciocinar.
UM PONTO A FAVOR
Com base na fundação do INES, este dia ficou decretado (Lei nº 11.796, de 29 de
Outubro de 2008) como o dia Nacional do Surdo.
• Institui o Dia Nacional dos Surdos. O Presidente da República. Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
• Art. 1º Fica instituído o dia 26 de setembro de cada ano como o Dia Nacional
dos Surdos.
• Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
• Brasília, 29 de outubro de 2008; 187º da
• Oralismo:
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Comunicação Total:
Bilinguismo:
VANTAGENS DESVANTAGENS
Quando adquirido na infância faz com que a Pode retardar a inteligência verbal por
criança tenha um sotaque como o de um até dois anos, ou seja, a criança pode
nativo. Naturalmente deve-se ter em conta demorar mais para falar, pois
que a criança imitará seu padrão linguístico, aprenderá dois sinônimos para cada
ou seja, seu pai ou sua mãe; palavra: um numa língua e outro na
outra
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Bilinguismo desde a infância faz com que a Uma língua sempre, de uma forma ou
criança desenvolva superioridade em de outra, influencia a outra. Isso não
habilidades em geral; necessariamente é ruim. Entretanto, é
comum a criança associar algumas
regras gramaticais e contextos de
uma língua à outra, criando situações
de desentendimento. Isso, segundo o
autor, se corrige automaticamente
com o tempo.
Saunders observou diversas vezes que o Q.I. Pode ocorrer mudança de idioma
de seus filhos ou o grau de aprendizado era caso não se saiba uma palavra em
superior àquele de crianças monolíngues; uma das línguas.
MODELOS DE BILINGUÍSMO
Modelo Sucessivo
Modelo Simultâneo:
SURDEZ:
Conceito:
TIPOS DE SURDEZ
3 Surdez congênita: Quando uma criança nasce surda a causa pode ser
hereditária (genética) ou embrionária (intrauterina).
Causas intrauterinas:
Como Reconhecer:
Nos primeiros meses o bebê reage a sons como o de vozes ou de batidas
de portas, piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos;
Se o bebê não reage a sons de fala, cuidado!, pois desde cedo ele
distingue, pela voz, as pessoas que convivem com ele diariamente;
Não reage a sons que não pode ver; pede que repitam várias vezes o que
lhe foi dito, perguntando "o quê?", "como?" ou tem problemas de
concentração na escola.
a) Surdos de Nascença;
GRAUS DE SURDEZ:
Leve:
(PERDA DE 25 a 40 DÉCIBEIS)
Esta perda impede que a pessoa perceba igualmente todos os fonemas, tendo
igualmente dificuldade de perceber todos os sons da fala, a voz fraca e distante
não é ouvida.
Moderada:
(PERDA ATÉ 40 A 70 DÉCIBEIS)
Severa:
(PERDA ATÉ 70 A 90 DÉCIBEIS)
Anacusia
Perda total da audição;
Caso a criança não seja estimulada ou não desenvolva uma língua de
sinais, pode desenvolver deficiência mental.
O que fazer
Como evitar
A) Interpretar o som;
B) Garantir acesso completo à Linguagem;
C) Permitir que uma criança completamente surda adquira a fala como
uma ouvinte;
D) Fazer um som elétrico ser interpretado do mesmo modo que um som
acústico.
DEMONSTRATIVO:
CULTURA SURDA
O ser surdo é aquele que apreende o mundo por meio do contato visual,
que é capaz de se apropriar da língua de sinais e da língua escrita e de outras
de modo a propiciar seu pleno desenvolvimento cognitivo, cultural e social. A
língua de sinais permite ao ser surdo expressar seus sentimentos e visões sobre
o mundo sobre significados, de forma mais complexa e acessível afirma Lacerda
Entendendo...
Povo Surdo é grupo de sujeitos surdos que tem costumes, história, tradições
em comuns e pertencentes às mesmas peculiaridades, ou seja, constrói sua
concepção de mundo através da visão.
As comunidades surdas no Brasil têm uma história longa. O povo surdo
brasileiro deixou muitas tradições e histórias em suas organizações das
comunidades surdas, que podem ser associação de surdos, federações de
surdos, confederações e outros.
Associação iniciou diante de uma necessidade de povos surdos terem um
espaço ao se unirem e resistirem contra as práticas ouvintistas que não
respeitavam a cultura deles.
No inicio as associações de surdos tinham exclusivamente o objetivo de
natureza social devido ao baixo padrão de vida no século XVIII, os sujeitos
surdos tinham a finalidade de ajudar uns aos outros em caso de doença, morte e
desemprego e, além disso, as associações se propunham a fornecer informações e
incentivos através de conferências e entretenimentos relevantes. (Widel, 1992).
Como afirma MONTEIRO:
Construto Patológico
Construto Sócioantropológico
•
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A maioria dos estudos tem como base a ideia de que a identidade surda está
relacionada ao uso da língua. Usar a língua de sinais em contato com outro surdo é o
que define, basicamente tal identidade. O que ocorre segundo Santana (2007) é que, na
interação entre surdos que usam a língua de sinais, surgem possibilidades de
compreensão, de diálogo e de aprendizagem, que não são possíveis apenas por meio
da linguagem oral. Isso porque a aquisição de uma língua, e de todos os mecanismos
afeitos a ela, faz que se credite à língua de sinais a possibilidade de ser a única capaz
de oferecer uma identidade ao Surdo.
Terá sempre duas línguas, mas sua identidade irá ao encontro da identidade
surda;
Não conseguem viver bem na comunidade surda porque não falam por sinais e
DEFICIÊNCIAS E TERMINOLOGIAS
deficientes.
DEFICIÊNCIA E EFICIÊNCIA
Nesse sentido a douta Fávera (2004 p.27), afirma que a pessoa com
deficiência não é uma pessoa incapaz, em uma perspectiva amplificada, pois
caso assim fosse, representaria, no mínimo um retrocesso a todo o esforço de
décadas para que a deficiência não seja vista de forma dissociada da ausência
de potencialidades.
Por outro lado o surdo é a pessoa como limitação sensorial de forma total.
Citamos:
O decreto n.º 3.298, de 20 de Dezembro de 1999, que regulamentou a
Política Nacional para integração da Pessoa com Deficiência dedicou uma seção
em relação ao Acesso à Educação das Pessoas com Deficiências (artigos 24 ao
29).
Segundo o artigo 24, os órgãos e as entidades da Administração Pública
Federal direta e indireta responsáveis pela educação devem dispor de
“tratamento prioritário e adequado” aos assuntos do decreto, viabilizando várias
medidas, tais como: matrículas compulsórias de pessoas com deficiência em
cursos regulares e estabelecimentos públicos e particulares na rede regular de
ensino; a inclusão da educação especial como “modalidade” de educação
escolar para todos os níveis e as modalidades de ensino e a “oferta” de forma
obrigatória e gratuita, da educação especial em estabelecimentos públicos de
ensino.
Define a educação especial como a “modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular para o educando com necessidades
educacionais especiais, entre eles, a pessoa com deficiência” (art.24,§1º).
A educação especial se caracteriza por constituir um processo flexível,
dinâmico e individualizado, que deve ser oferecido, de forma preferencial, nos
níveis de ensino considerados obrigatórios (art.24,§2º).
Destarte, percebe-se que a Educação Especial, equipada com uma gama
de profissionais diversos, deve adotar orientações pedagógicas individualizadas.
Isso significa levar em consideração as diferenças individuais. Em relação aos
Surdos, sua diferença individual é linguística e cultural.
Determina ainda que, quando a educação das escolas comuns não puder
satisfazer as necessidades educativas ou sociais do aluno, ou quando for
necessário ao bem estar do educando, os serviços de educação especial devem
ser ofertados pelas instituições de ensino público ou privados do sistema de
educação geral, seja de forma transitória ou permanente, mediante programas
de apoio para o aluno integrado ao sistema regular de ensino ou em escolas
especializadas (art.25).
No caso dos Surdos a escola própria para Surdos ou a classe de Surdos
continua juridicamente existindo como OPÇÃO para os pais ou responsáveis por
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alunos surdos, que entendem ser este modelo educacional o mais eficiente para
a preparação de um cidadão completo, por reconhecerem uma diferença
linguística, e concomitante, como reforço para alunos surdos que os
pais/responsáveis entendem ser a escola regular a ideal, mas que não satisfaz
totalmente as necessidades educacionais existentes.
Relacionado ao ensino superior devem as instituições oferecer
adaptações de provas e apoios necessários, quando solicitados previamente
pelo aluno deficiente, além de, conforme as características da deficiência,
oferecer tempo adicional para a realização da mesma. (art.27).
Quanto à educação profissional que visa proporcionar acesso ao mercado
de trabalho, o aluno com deficiência matriculado ou egresso do ensino
fundamental ou médio de instituições públicas ou privadas, tem direito ao
acesso, podendo ser oferecida em níveis básico, técnico e tecnológico ou em
escola regular, em instituições especializadas e no ambiente de trabalho. (art.28,
§1º).
Findamos afirmando que as escolas e as instituições de educação
profissional, quando se fizerem necessário, oferecerão serviços de apoio
especializado para atender às peculiaridades da pessoa com deficiência, como
adaptações dos recursos instrucionais, capacitação dos recursos humanos e a
adequação dos recursos físicos (art.29).
Isso em relação aos Surdos inclui a possibilidade de adaptação linguística
do conteúdo ministrado, o apoio especializado do tradutor-intérprete, bem como
a possibilidade de se desenvolver essa formação profissional em instituições
especializadas para os alunos surdos, como às associações.
modelo especial.
Isto é reforçado pelo § 2º do mesmo artigo, em
que determina que o atendimento escolar deva ser
oferecido em “classes, escolas ou serviços
especializados” quando em função das condições
específicas dos alunos não for possível a sua
integração nas classes comuns de ensino regular.
É interessante ressaltar que a oferta de educação especial é, segundo o
texto legal um dever constitucional do estado devendo ser oferecido desde a
educação infantil.
Portanto, é obrigação do Estado oferecer a opção de educação especial
para os Surdos, por meio de classes e escolas especiais para surdos. Qualquer
norma que estabelece diretrizes contrárias fere a garantia constitucional de
escolha entre modelos existentes.
A lei 10.436/02 dispõe sobre a língua brasileira de sinais – Libras,
definindo-a como forma de comunicação e expressão em que o sistema
linguístico de natureza visual motora, com estrutura gramatical própria constitui
no sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil (art. 1º).
Afirma ainda que o sistema educacional federal e os sistemas
educacionais, municipais e do distrito federal deve garantir a inclusão nos cursos
de formação de Educação Especial, de fonoaudiologia e de magistério, em seus
níveis médio e superior, do ensino da língua brasileira de sinais – Libras, como
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (art. 4º).
No entanto, em seu parágrafo único do art. 4º, que a Libras não poderá
substituir a modalidade escrita da língua portuguesa, defendendo a educação
bilíngue.
Ressaltamos que a educação é que deve ser bilíngue e não a política
pedagógica formadora do espaço educacional, ou seja, é a educação de surdos
que deve ser realizada em um contexto educacional que envolvam as das
línguas, e não espaço educacional (sala de aula) que deve ser bilíngue
meramente por agrupar pessoas surdas e ouvintes, até porque estes são
usuários nativos no primeiro caso de uma língua espaço-visual e no último, de
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saber utilizá-la.
Para Bernardino (2000, pág. 52), a língua de sinais para o surdo, tem um
valor importantíssimo: é ela que possibilita seu relacionamento com o mundo
surdo e com o ouvinte; é a língua de pela qual expõe naturalmente suas
emoções.
BIBLIOGRAFIA