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PODER JUDICIÁRIO

1- FUNÇÕES TÍTPICAS E ATÍPICAS

1.1. Função TÍPICA: Função jurisdicional .A jurisdição em todo o Brasil é UNA (a definitividade só é dada
pelo Poder Judiciário) e indivisível , exercida pelo Judiciário nacionalmente ( em um só poder,
materializado por diversos órgãos,federais e estaduais).
1.1.1. - Princípio da unidade da jurisdição: O Judiciário configura-se em uma única estrutura nacional
hierarquizada.
1.2. Funções ATÍPICAS:
Legislativa: Fazer seus regimentos internos.
Executiva: Quando atua internamente
2- ÓRGÃOS do PODER JUDICIÁRIO:
I- STF - Supremo Tribunal Federal;
II - STJ - Superior Tribunal de Justiça;
III - Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - Tribunais e Juízes do Trabalho;
V- Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - Tribunais e Juízes Militares;
VII - Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
VIII - CNJ – Conselho Nacional de Justiça

O STF , os Tribunais Superiores e o CNJ têm sede na Capital Federal.


 O STF e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
O CNJ não tem jurisdição nacional.
STF e os Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM) são órgãos de convergência, ou seja, cada uma
das justiças especiais da União (trabalhista, eleitoral e militar) tem por cúpula seu próprio Tribunal
Superior, que é o responsável pela última decisão nas causas de competência dessa Justiça. Nas
matérias processadas na Justiça Federal e na Estadual, a convergência conduz ao STJ, que é um dos
Tribunais Superiores, embora não integre Justiça alguma. Em matéria constitucional, convergem para o
STF.
2.1..- Justiça Comum → Justiça Federal e Justiça Estadual comum .
2.2.- Justiça Especial →Justiça do Trabalho; Justiça Eleitoral ; Justiça Militar (da União e dos Estados)
2.3- CONTROLE EXTERNO DO JUDICIÁRIO:- As unidades administrativas do Judiciário sofrem a
fiscalização contábil, financeira , orçamentária, operacional e patrimonial realizada pelo Poder
Legislativo, com o auxílio do TCU (art. 71, CF).
- A súmula 649 do STF prevê que: “ É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, de órgão de
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou
entidades.”
3- STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (art. 101 a 102)
3.1.- Composição: O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com + de 35 e - de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. (Brasileiro
naturalizado não pode ser Ministro do STF, pois o Presidente do STF é o 4º na ordem de sucessão do
Presidente da República e qualquer um dos 11 Ministros poderá ser Presidente do STF.
 Os Ministros do STF não precisam ter diploma de curso superior de Direito.
3.2. Nomeação: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
3.3.- Eleição do Presidente do STF: A escolha do Presidente do STF é feita por eleição direta de seus
membros, com mandato de 2 anos, sendo expressamente vedada a recondução.
3.4. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição( ler arts . 102 e
103 CF )
QUESTÃO DE PROVA: Após a EC/nº 45/2004 compete ao STJ e não mais ao STF, a homologação de
sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.( São insuscetíveis de
cumprimento, no Brasil, cartas rogatórias que caracterizem ofensa à ordem pública ou à soberania
nacional ou que possuam caráter executório, ressalvadas as expedidas com fundamento em acordos
ou convenções internacionais.Para poder ser executada no Brasil, primeiro tem que haver a
homologação da sentença estrangeira pelo STJ).
3.5.- Jurisprudência do STF:
- Compete ao STF dirimir conflito de atribuições entre os MP Federal e Estadual, quando não
configurado virtual conflito de jurisdição que, por força de interpretação analógica do art. 105, I, “d” da
CF, seja da competência do STJ. Firmou-se o entendimento que é da competência do STF julgar cera
matéria diante da inexistência de previsão específica na CF a respeito. Pet.3528/BA, DJ 03.03.06.
O STF admitiu a sua competência para julgamento de ação popular em que se vislumbrou situação de
potencial conflito entre a União e um Estado-membro. ACO 622 – DJ 07.11.07 – Informativo 487.
4- STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (art. 104 a 105, CF)
- Compete ao STJ apreciar, em última instância, questões relacionadas com infração a tratados ou leis
federais.
4.1.- Composição: pelo menos, 33 Ministros. 1/3 de juízes dos TRF’s; 1/3 Desembargadores dos TJ’s;
1/6 de advogados e 1/6 de membros do MP Federal, Estadual, do DF e Territórios, alternadamente.
4.1.1.- Procedimento →Juízes dos TRF’s e Desembargadores dos TJ’s: STJ elaborará lista tríplice a ser
enviada ao Presidente da República, que indicará o nome e o nomeará após sabatina no Senado.
4.1.1.- Órgãos de superposição: O STF e o STJ são denominados órgãos de superposição, pois não
pertencem a nenhuma justiça e suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos
inferiores das Justiças comum e especial.
4.1.2. Investidura : Os Ministros são escolhidos e nomeados pelo Pres. República , após serem
sabatinados pelo Senado e aprovados pelo voto da maioria absoluta ( = sabatina de Ministros do STF)
4.1.3. Requisitos para o cargo: ser brasileiro nato ou naturalizado!
4.2. Competência: Art. 105, CF - Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (ler em casa).
4.3.- Jurisprudência:
- O STJ é incompetente para processar e julgar, originariamente, Mandado de Segurança contra ato de
órgão colegiado presidido por ministro de estado. Súmula 177 do STJ.
- É da competência do STJ dirimir conflito envolvendo juízo federal e juizado especial federal, ambos
sediados no mesmo estado-membro. CC 47.516 – DJ 22.02.06 e CC 87.781 DJ 24.10.07.
5- Tribunais Regionais Federais – TRF’s e Juízes Federais (art. 106 a 110, CF)
5.1. Organização: Organizada em 2 graus de jurisdição, a Justiça Federal é composta por:
I - os Tribunais Regionais Federais;
II - os Juízes Federais.
5.1.1.-Os TRF’s atualmente se dividem em 5 Regiões:
1ª Região : AC, AP, AM, BA, DF, GO, MA, MT, MG, PA, PI, RO, RR, TO
2ª Região: RJ e ES
3ª Região: SP e MS
4ª Região: RS, SC, PR
5ª Região: AL, CE, PB, PE, RN, SE
5.2.-Composição dos TRF’s: Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, 7 juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República
.Requisitos: ser brasileiro nato ou naturalizado e ter mais de 30 e menos de 65 anos de idade.
5.3. Competência: Art. 108, CF - Compete aos Tribunais Regionais Federais: (ler em casa)
Os TRF’s instalarão a Justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários.
Os TRF’s poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à Justiça em todas as fases do processo.
5.4. FEDERALIZAÇÃO DE CRIMES CONTRA DIREITOS HUMANOS: (art. 109, V-A e § 5º, CF). É um
incidente suscitado pelo PGR – Procurador Geral da República no STJ, objetivando o deslocamento da
competência para a Justiça Federal.
5.5- JUÍZES FEDERAIS
5.5.1. – Ingresso na carreira: Ingressam no cargo inicial da carreira (juiz substituto) mediante concurso
público de provas e títulos, com participação da OAB em todas as fases, devendo ser obedecida a
ordem de classificação para as nomeações.
5.5.1.1. O concurso e a nomeação são da competência do Tribunal Regional Federal, sob cuja jurisdição
se achem os cargos a serem providos.
5.5.2. Promoção: Para ser promovido não há prazo certo.
5.5.3. Competência: são todas as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas na condição de autores, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidente do trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e á do Trabaho e todas as causas
indicadas no art. 109 da CF.
6- JUSTIÇA ESTADUAL E DO DF:
- A competência dos tribunais estaduais será definida na Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão.
- Se uma determinada comarca não for sede de vara de juízo federal, a lei (ordinária) poderá permitir
que causas de competência da Justiça Federal sejam julgadas pela Justiça Estadual. Ex: Na Bahia,
somente os municípios de Salvador e Ilhéus são comarcas com varas da Justiça Federal. Assim, um
segurado do INSS que resida em Chorrochó/BA, poderá ajuizar uma ação contra o INSS na sua cidade.
Os recursos dos processos julgados nestes casos, no entanto, serão apreciados pelo TRF da área de
jurisdição do juiz de primeiro grau e não, pelo TJ.
6.1.- Promoção dos juízes estaduais:
a)→Promoção por merecimento (art. 93, II, “b”, CF): 2 anos de exercício na respectiva entrância e
integrar o juiz a 1ª quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos
quem aceite o lugar vago. A aferição do merecimento será feita levando-se em conta o desempenho e
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e
aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. A sessão será pública, em
votação nominal, aberta e fundamentada.
b)Promoção por antigüidade: O Tribunal só poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado
de 2/3 de seus membros, assegurada a ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.
Não será promovido juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartorio sem o devido despacho ou decisão.
Não será promovido juiz que, injustificadamente, retiver autos (processos) em seu poder além do
prazo legal.
7- JUSTIÇA ELEITORAL: São órgãos da Justiça Eleitoral:
a) TSE – Tribunal Superior Eleitoral;
b) TRE’s – Tribunais Regionais Eleitorais;
c) Juízes Eleitorais.
7.1.- TSE - Tribunal Superior Eleitoral: É composto de 7 membros:
a) escolhidos, mediante eleição pelo voto secreto, sendo:
- 3 juízes dentre os Ministros do STF;
- 2 juízes dentre os Ministros do STJ;
b) Por nomeação do Presidente da República, 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo STF.
 O Presidente e o Vice-Presidente do TSE serão eleitos necessariamente dentre os Ministros do STF e
o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do STJ.
 Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais (TSE e TRE's) , dos
juízes de direito e das juntas eleitorais. Como essa lei complementar ainda não foi elaborada, entende-
se que os artigos do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) que tratam sobre esses assuntos foram
recepcionados pela CF/88 com força (“status”) de Lei Complementar.
 São irrecorríveis as decisões do TSE , salvo as que contrariarem a CF e as denegatórias de habeas
corpus ou mandado de segurança.
7.2.- TRE's – Tribunais Regionais Eleitorais: (7 membros)
- Haverá um TRE na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
- Os TRE's são compostos :
a) Mediante eleição, pelo voto secreto:
- de 2 juízes dentre os desembargadores do TJ;
- de 2 juízes , dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ;
b) De um juiz do TRF com sede na Capital do Estado ou no DF, ou , não havendo, de juiz federal,
escolhido, em qualquer caso, pelo TRF respectivo;
c) Por nomeação , pelo Presidente da República, de 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.
 O TRE elegerá o seu Presidente e o Vice- Presidente dentre os desembargadores.
 Os juízes dos tribunais eleitorais , salvo motivo justificado, servirão por 2 anos, no mínimo, e nunca
por mais de 2 biênios consecutivos.
8- JUSTIÇA DO TRABALHO: São órgãos da Justiça do Trabalho:
a) O TST – Tribunal Superior do Trabalho;
b) Os TRT’s – Tribunais Regionais do Trabalho;
c) Os juízes do trabalho.

8.1.- O TST – Tribunal Superior do Trabalho : É composto por 27 Ministros, escolhidos entre brasileiros
com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado, sendo:
a) 1/5 entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT –
Ministério Público do Trabalho, com mais de 10 anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94,CF.
b) Os demais dentre juízes dos TRT’s, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio TST.
Lei Ordinária disporá sobre a competência do TST.( O TSE é por lei complementar!!!).
8.2.- TRT’s - Tribunais Regionais do Trabalho: Compõem-se de , no mínimo, 7 juízes, recrutados, quando
possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
30 e menos de 65 anos de idade, sendo:
a) 1/5 entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT –
Ministério Público do Trabalho, com mais de 10 anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94,CF.
b) Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
 Os TRT’s instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários.
 Os TRT’s poderão funcionar descentralizadamente , constituindo Câmaras Regionais, a fim de
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
8.3.- Juízes do Trabalho: A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo TRT. Nas
varas do trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
8.3.1.- Jurisprudência atual do STF: Causas trabalhistas entre o Poder Público e servidores com vínculo
estatutário ou de caráter jurídico-administrativo , segundo entendimento do STF, não são de
competência da Justiça Trabalhista e sim, da Justiça Comum (Federal ou Estadual). Vide ADI 3.395-6 .
Mas segundo a CF, art. 114, I, a competência para julgar essas causas é da Justiça do Trabalho.
 Então, cuidado com o que o examinador vai perguntar na prova → se perguntar “segundo
entendimento do STF”, a resposta será Justiça Comum, mas se perguntar “ segundo a literalidade da
CF”, a resposta será Justiça do Trabalho!
 Quanto às ações indenizatórias decorrentes de acidentes de trabalho, há duas competências:
a) As ações propostas por empregado contra empregador, fundadas em acidente do trabalho →
competência da Justiça do Trabalho;
b) As ações propostas por empregado contra o INSS, fundadas em acidente do trabalho →
competência da Justiça Comum Estadual (TJ).
 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical, entre
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores. – Resp 735.710 .
 Compete à Justiça do Trabalho julgar ações de cobrança de honorários , desde que ajuizada por
advogado na condição de pessoa natural.

9.- JUSTIÇA MILITAR: São órgãos da Justiça Militar:


a) O STM – Superior Tribunal Militar;
b) Os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
9.1.- STM – Superior Tribunal Militar: O STM compõe-se de 15 Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado (por maioria simples), sendo:
a) 3 dentre oficiais-generais da Marinha;
b) 4 dentre oficiais-generais do Exército;
c) 3 dentre oficiais-generais da Aeronáutica e
d) 5 dentre civis, escolhidos pelo Presidente da República entre advogados, juízes auditores e membros
do MP da Justiça Militar.
9.2. Competência: À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei
cometidos por militares das Forças Armadas.
- A lei disporá sobre a organização o funcionamento e a competência da Justiça Militar.
- Não se confundem a Justiça Militar da União com a Justiça Militar dos Estados. Desse modo, o STM
não tem competência para julgar os recursos ou habeas corpus interpostos contra decisões dos
Tribunais Militares dos Estados.
9.2.1.- Justiça Militar Federal: A Justiça Militar Federal tem competência para processar e julgar os
militares integrantes das Forças Armadas, Marinha de Guerra, Exército, Força Aérea Brasileira, civis e
assemelhados. Os servidores militares também se dividem em duas categorias : militares federais e
militares estaduais.
- No Estado democrático de Direito, que tem como fundamento a observância de uma Constituição
estabelecida pela vontade popular por meio de uma Assembléia Nacional Constituinte, no caso do
Brasil um Congresso Constituinte, não existe nenhum impedimento para a realização de um julgamento
militar que tenha como acusado um civil.
- As leis militares, Código Penal Militar, Código de Processo Penal Militar, Leis Especiais Militares,
definem as situações em que um civil poderá ser julgado por um juiz ou Tribunal Militar. Se um civil
praticar um crime de furto em local sujeito a administração militar, como por exemplo, um quartel,
poderá responder a uma ação penal militar perante a justiça militar federal de 1ª instância.
- A 2 ª instância da Justiça Militar Federal é exercida pelo Superior Tribunal Militar - STM, com sede em
Brasília, que possui competência originária e derivada para processar e julgar todos os recursos
provenientes das auditorias militares distribuídas pelo território brasileiro.
9.2.2.- Justiça Militar Estadual:
- A Justiça Militar Estadual tem competência para processar e julgar os policiais militares e bombeiros
militares nos crimes militares definidos em lei. Os crimes militares estão definidos no Código Penal
Militar, CPM, e nas Leis Militares Especiais. Deve-se observar, que por força de disposição constitucional
a Justiça Militar Estadual tem competência apenas e tão somente para julgar os militares estaduais,
que são os integrantes das Forças Auxiliares (Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares).
- Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar , singularmente, os crimes militares
cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares de militares , cabendo ao Conselho
de Justiça processar e julgar os demais crimes militares.
- A Justiça Militar Federal e a Justiça Estadual possuem organização judiciária semelhante, com algumas
particularidades.
- A 2 ª instância da Justiça Militar Estadual nos Estado de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, é
exercida pelo Tribunal de Justiça Militar que possui competência originária e derivada para processar e
julgar os recursos provenientes das auditorias militares estaduais. Nos demais Estados-membros da
Federação, a 2 ª instância da Justiça Militar é exercida por uma Câmara Especializada do Tribunal de
Justiça em atendimento ao Regimento Interno e Lei de Organização Judiciária.
- Por força da CF/88, que diversamente das demais deu um tratamento melhor a Justiça Militar
Estadual, os juízes auditores ou juízes de direito que atuam junto as auditorias militares, não poderão
determinar com pena acessória a perda da graduação da praça condenada a uma pena privativa de
liberdade superior a dois anos. Somente o Tribunal possui competência para fazê-lo, existindo alguns
julgados que entendem que até mesmo no aspecto administrativo somente o Tribunal competente
poderá decidir sobre a perda da graduação.
- A Justiça Militar Estadual se faz presente em todos os estados e também no Distrito Federal, sendo
constituída :a) Em primeira instância → pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça, Especial e
Permanente, presididos pelo próprio Juiz de Direito.
- A 1 ª instância da Justiça Militar denomina-se Conselho de Justiça, que tem como sede uma auditoria
militar. O Conselho de Justiça divide-se em Conselho de Justiça Permanente e Conselho de Justiça
Especial. O primeiro destina-se ao julgamento das praças. O segundo destina-se ao julgamento dos
oficiais.
- Os Conselhos de Justiça são constituídos por cinco julgadores, sendo quatro pertencentes à carreira
militar, oficiais, e um juiz civil, denominado auditor militar, que foi provido ao cargo por meio de
concurso de provas e títulos. A presidência do Conselho de Justiça é exercida pelo oficial de mais alta
patente.
b) Em segunda Instância, nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul → pelos
Tribunais de Justiça Militar
b1) E nos demais estados e no Distrito Federal →pelos Tribunais de Justiça estaduais.
No âmbito da União, a Segunda Instância da Justiça Militar é constituída pelo Superior Tribunal
Militar (STM).
9.2.2.1.- Julgamento de civil na Justiça Militar:
- Se um civil praticar um crime de furto em um quartel da Polícia Militar do Estado de São Paulo ou
qualquer outro Estado membro da Federação, este será processado e julgado perante a Justiça Comum
do Estado (TJ), com fundamento no Código Penal e Código de Processo Penal.
Crime militar definido em lei, praticado por militar estadual contra militar tem julgamento na Justiça
Militar.
Crime militar definido em lei, praticado por militar estadual contra civil tem julgamento na Justiça
Militar, ressalvada a competência do tribunal do júri.
9.3.- Histórico:
- O primeiro tribunal militar no Brasil foi criado em 1º de abril de 1808, pelo regente D. João, e chamado
de Conselho Supremo Militar e de Justiça, sendo, assim, o mais antigo tribunal superior do país. Em
1891 foi organizado o Supremo Tribunal Militar, com as mesmas competências do extinto Conselho
Supremo Militar e composto por 15 ministros (quatro da Marinha, oito do Exército e três togados,
presididos pelo oficial-general mais graduado entre estes).
- No ano de 1934, a Justiça Militar da União foi inserida pela primeira vez na Constituição Federal, e no
ano de 1946 foi a vez da Justiça Militar dos estados. Em 1946 teve alterado o nome para Superior
Tribunal Militar.Com o advento da Constituição Federal, tem ocorrido uma maior divulgação da Justiça
Militar, Federal e Estadual. A Emenda Constitucional n° 45/2004, aumentou a competência da Justiça
Militar Estadual.
9.4.- Questões importantes:
-A Justiça Militar, Federal ou Estadual, está presente em todos os Estados-membros da Federação. A
Justiça Militar da União possui Lei de Organização Judiciária própria e dotação orçamentária, em
atendimento ao disposto na Constituição Federal. As Justiças Militares Estaduais que também possui
dotação própria ainda que pequena, possui sua competência tratada na Lei de Organização Judiciária
dos Estados.
- É importante se observar, que a Justiça Militar não é uma criação do Brasil, mas um órgão
especializado do Poder Judiciário, que se faz presente em outros países, como os Estados Unidos da
América, Portugal, Israel, entre outros.
- Afirmar que a Justiça Militar Estadual é criação do movimento de 1964 é desconhecer a história jurídica
do país, tendo em vista que na Constituição Federal de 1946 a Justiça Castrense Estadual ali já estava
prevista, existindo em período em muitos Estados-membros da Federal, como no caso de Minas Gerais,
São Paulo e Rio Grande do Sul.
- Além disso, outro erro que tem sido cometido ao tratar da competência da Justiça Militar é afirmar
que esta Justiça no período de 1964 a 1985 julgou crimes contra a segurança nacional. Somente a
Justiça Militar da União por força da Constituição de 1967, alterado pela Emenda Constitucional n º 01
de 1969 possuía competência para processar e julgar os civis acusados em tese da prática de crimes
contra a segurança Nacional, competência esta confirmada na Lei de Segurança Nacional, e atualmente
alterada pela Constituição Federal de 1988 que determina a Justiça Federal como competente para
processar e julgar os crimes previstos na atual Lei de Segurança Nacional.
- O conhecimento da competência da Justiça Especializada Militar permite o seu estudo, afastando
afirmações que tem como fundamento apenas o empirismo, segundo as quais a Justiça Castrense seria
um Tribunal de Exceção que tem por objetivo favorecer os acusados que são processados e julgados
perante os seus órgãos de 1ª e 2ª instância. Nas democracias modernas, a Justiça Militar se faz presente
e presta um serviço de qualidade ao Estado, permitindo um controle efetivo das atividades de
segurança pública que são exercidas pelos integrantes das Forças Armadas e Forças Auxiliares.
9.4.1. – Texto extraído do site do STM: “A Justiça Militar da União é justiça especializada na aplicação da
lei a uma categoria especial, a dos militares federais - Marinha, Exército e Aeronáutica, julgando apenas
e tão somente os crimes militares definidos em lei. Não é um tribunal de exceção, já que atua,
ininterruptamente, há quase duzentos anos, possui magistrados nomeados segundo normas legais
permanentes e não é subordinado a nenhum outro Poder. É valido citar que, em 1936, o então Supremo
Tribunal Militar reformou sentenças proferidas pelo Tribunal de Salvação Nacional, este sim um tribunal
de exceção, e que, no período de regime militar de 1964 a 1984, levou juristas famosos na luta em
defesa dos direitos humanos, como Heleno Fragoso, Sobral Pinto e Evaristo de Morais, a tecerem
candentes elogios à independência, altivez e serenidade com que atuou o Superior Tribunal Militar na
interpretação da Lei de Segurança Nacional e na aplicação dos vários Atos Institucionais.”
9.5.- Jurisprudência do STF acerca de militares:

QUESTÃO DE PROVA: O STF entende que é da competência da Justiça Militar , e não do tribunal do
júri, processar e julgar crimes dolosos praticados por civis contra a vida de militares em serviço. HC
91.003 – DJ 22.05.07.
 "Artigo 122 da Lei estadual n. 5.346, de 26 de maio de 1992, do Estado de Alagoas. Preceito que
permite a reinserção no serviço público do policial militar licenciado. Desligamento voluntário.
Necessidade de novo concurso para retorno do servidor à carreira militar. Violação do disposto nos
artigos 5º, inciso I, e 37, inciso II, da Constituição do Brasil. Não guarda consonância com o texto da
Constituição do Brasil o preceito que dispõe sobre a possibilidade de ‘reinclusão’ do servidor que se
desligou voluntariamente do serviço público. O fato de o militar licenciado ser considerado ‘adido
especial’ não autoriza seu retorno à Corporação. O licenciamento consubstancia autêntico
desligamento do serviço público. O licenciado não manterá mais qualquer vínculo com a
Administração. O licenciamento voluntário não se confunde o retorno do militar reformado ao serviço
em decorrência da cessação da incapacidade que determinou sua reforma. O regresso do ex-militar ao
serviço público reclama sua submissão a novo concurso público [artigo 37, inciso II, da CF/88]. O
entendimento diverso importaria flagrante violação da isonomia [artigo 5º, inciso I, da CF/88]." (ADI
2.620, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-11-07, DJE de 16-5-08).
 "Configura constrangimento ilegal a continuidade da persecução penal militar por fato já julgado
pelo Juizado Especial de Pequenas Causas, com decisão penal definitiva. A decisão que declarou
extinta a punibilidade em favor do Paciente, ainda que prolatada com suposto vício de incompetência
de juízo, é susceptível de trânsito em julgado e produz efeitos. A adoção do princípio do ne bis in idem
pelo ordenamento jurídico penal complementa os direitos e as garantias individuais previstos pela
Constituição da República, cuja interpretação sistemática leva à conclusão de que o direito à liberdade,
com apoio em coisa julgada material, prevalece sobre o dever estatal de acusar. Precedentes." (HC
86.606, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 22-5-07, DJ de 3-8-07).
 "A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou entendimento no sentido de que não afronta o
princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo
feminino e masculino da Aeronáutica." (RE 498.900-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 23-10-
07, DJ de 7-12-07).
“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.” (Súmula Vinculante 11).
 “Processo penal militar. Crime de deserção. Art. 187 do Código Penal Militar. Inaplicabilidade da Lei
9.099/1995 (...) após a edição da Lei 9.839/1999. Precedentes. Lei 10.259/2001 — Juizados Especiais
Federais. Revogação do artigo 90-A da Lei 9099/1995. Improcedência. Precedente. Ordem denegada. O
instituto da suspensão condicional do processo é inaplicável no âmbito da Justiça Militar após a
edição da Lei n. 9.839/1999. Esse diploma legal introduziu o art. 90-A na Lei n. 9.099/1995. Precedentes.
A edição da Lei n. 10.259/2001, que regulamentou a criação dos Juizados Especiais Federais, não
revogou o artigo 90-A da Lei n. 9.099/95. Precedente.”(HC 90.015, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 1º-4-08, DJE de 27-6-08).

 “A turma deu provimento ao recurso ordinário em habeas corpus para que o recorrente cumpra, na
dependência militar, a pena no regime a que tem direito – regime aberto.” (RHC 92.746, Rel. Min.
Cármen Lúcia, extrato de ata, julgamento em 11-3-08, DJE de 9-5-08). “Militar. Processo
administrativo disciplinar. Licenciamento. Ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa. A
jurisprudência desta Corte tem se fixado no sentido de que a ausência de processo administrativo ou a
inobservância aos princípios do contraditório e da ampla defesa tornam nulo o ato de demissão de
servidor público, seja ele civil ou militar, estável ou não.” (RE 513.585, Rel. Min. Eros Grau, julgamento
em 17-6-08, DJE de 1º-8-08.). O STF decidiu que compete a ele, STF, julgar habeas corpus contra
decisão emanada de Tribunal de Justiça Militar Estadual. Entendeu-se que as decisões da Justiça
Militar Estadual estão sujeitas, unicamente, ao controle do STF e do STJ, enquanto instâncias de
superposição, já que o STM não dispõe de competência para derrogar as decisões emanadas da Justiça
Militar dos Estados-membros. CC 7.346, Informativo 453.

10- GARANTIAS DA MAGISTRATURA : Os juízes gozam das seguintes garantias:

a) VITALICIEDADE, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 anos de exercício, dependendo a
perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado. Nos tribunais, todos os membros têm a garantia de
vitaliciedade, inclusive os que integram o quinto constitucional.

b) INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse público: será por decisão da maioria
absoluta(antes da EC nº 45/2004 , era por 2/3) do respectivo tribunal ou do CNJ,assegurada ampla
defesa.
c) IRREDUTIBILIDADE de subsídio. Essa irredutibilidade alcança apenas a irredutibilidade nominal do
subsídio, ou seja, não assegura o direito à atualização monetária do valor do subsídio em face da perda
do poder aquisitivo da moeda – inflação - , mas tão-somente que seu valor nominal não será reduzido.
No âmbito federal, o limite é o subsídio de Ministro do STF. No estadual, será o subsídio dos
Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF.(Lembrar que a ADI
3.854/2007 teve medida cautelar , que decidiu o seguinte: os subsídios dos Desembargadores dos TJ’s
estaduais não estão limitados a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF, nem esse valor é aplicado para
determinação do valor dos subsídios dos magistrados. O percentual de 90,25% só é aplicável como
limite para a remuneração dos demais servidores do Poder Judiciário estadual.
 Os subsídios dos membros do Judiciário só poderão ser fixados ou alterados por meio de lei
específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso, assegurada a revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
 A independência jurídica dos juízes prevê que eles não se subordinam a qualquer órgão ou “Poder”
no desempenho de suas funções, subordinando-se apenas à Constituição, às leis e à sua consciência.
11- Vedações à Magistratura:
a) EXERCER, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. O STF já
decidiu que não pode acumular função nem se for na Justiça Desportiva;
b) RECEBER, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
c) DEDICAR-SE à atividade político-partidária;
d) EXERCER a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração→ “quarentena”.
11.1.- Magistério: O CNJ determinou que aquele que exercer a atividade de magistério em cursos
formais ou informais voltados à preparação de candidatos a concursos públicos para ingreso na
magistratura, fica impedido de integrar comissão do concurso e banca examinadora até 3 anos após
cessar a referida atividade de magistério.
11.1.1.- Jurisprudência do STF: Não é possível acumular outro cargo, a não ser do magistério, mesmo que
seja na Justiça Desportiva. MS 25.938 – DJE 12/09/08.

 É constitucional ato normativo de Tribunal que disciplina o horário de trabalho dos servidores do
Judiciário, no entanto, deve ser feito por RESOLUÇÃO e não, por PORTARIA.(art. 96, I “a” e “b”, CF)
-ADI 2.907, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-6-08, DJE de 29-8-08.

 “Poder – Prerrogativa – Tribunal de Justiça- Composição. Vulnera a Constituição Federal norma de


Carta estadual que preveja limite de cadeiras no Tribunal de Justiça, afastando a iniciativa deste
quanto a projeto de lei visando à alteração.” (ADI 3.362, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgamento
em 30-8-07, DJE de 28-3-08.
 Compete aos TJ’s julgar habeas corpus contra ato de Turmas Recursais dos Juizados Especiais. HC
86.009 – DJ 27-4-07.

 "Competência por prerrogativa de função do Tribunal de Justiça para julgar crime contra a honra
de magistrado estadual em função eleitoral, praticado por Juiz de Direito (CF, art. 96, III). Firme a
jurisprudência do Supremo Tribunal no sentido de que a única ressalva à competência por prerrogativa
de função do Tribunal de Justiça para julgar juízes estaduais, nos crimes comuns e de
responsabilidade, é a competência da Justiça eleitoral: precedentes." (RE 398.042, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 2-12-03, DJ de 6-2-04).

12- Organização da Carreira:

12.1.- FÉRIAS NO JUDICIÁRIO: A atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas
nos juízos e tribunais de 2º grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal,
juízes em plantão permanente.

1- (CESPE_ANALISTA JUDICIÁRIO DO TRT 9ª REGIÃO_2007) Julgue os próximos itens, referentes à


organização dos poderes e às funções essenciais à justiça.

( ) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais,
inclusive superiores, devendo haver, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em
plantão permanente.

12.2.- Delegação: Os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de
mero expediente sem caráter decisório.

12.3.- Número de juízes e local de moradia:

12.3.1. - O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à
respectiva população.
12.3.2. - Os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente, sem caráter decisório.
12.3.3. - O juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorizaçaõ do tribunal.
12.4.- Julgamentos:
12.4.1.- Todos os julgamentos dos órgãos do Judiciário serão públicos e fundamentadas todas as suas
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
12.4.2.- As decisões administrativas serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
12.4.3.- A distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.
12.5.- Órgão Especial:
- Nos tribunais com mais de 25 membros, poderá ser constituído um órgão especial, com no mínimo 11 e
no máximo 25 membros, para o exercício de atribuições adminstrativas e jurisdicionais delegadas da
competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por
eleição pelo tribunal pleno.
12.6.- Autonomia funcional, administrativa e financeira (art. 99, CF):
- Os tribunais devem elaborar suas propostas orçamentárias. Além disso, é o próprio Judiciário quem
organiza suas secretarias e serviços auxiliares, dá provimento aos cargos de juiz , propõe a criação de
novas varas judiciais, etc.
- Lei complementar de iniciativa do STF disporá sobre o Estatuto da Magistratura.
12.7.- JUIZ NATURAL : Juiz Natural, assim, é aquele que está previamente encarregado como
competente para o julgamento de determinadas causas abstratamente previstas.Além de proibir o
juízo ou tribunal de exceção, assegura que ninguém seja processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente. Cita lição de Ferrajoli, que vê, no princípio, tríplice conteúdo: 1 – a necessidade
de que o juiz seja pré-constituído pela lei e não indicado post factum; 2 – a inderrogabilidade e a
indisponibilidade das competências; 3 – a proibição de juízes extraordinários ou especiais. Ou seja, não
se pode escolher previamente por qual juiz alguém será julgado. Ele já deve ter empossado no cargo
antes do julgamento e não se pode alterar esse juiz, em função da causa a ser julgada.
12.7.1.- Jurisprudência do STF: Não há afronta ao princípio do juiz natural na especialização de varas e na
conseqüente redistribuição dos processos, ainda que já tenha havido decisões do juízo originalmente
competente, HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-08, Informativo 521).
 Jurisprudência do STF: Se o Tribunal de Justiça aplicar ao juiz de direito a pena disciplinar de
aposentadoria compulsória com proventos proporcionais ao tempo de serviço, este perde o direito de
ser julgado no foro privilegiado. HC 89.677, DJ 11/09/07.
13.- CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (art. 103-B, CF):
13.1. Conceito: É órgão integrante do Poder Judiciário, com sede na Capital Federal, com a incumbência
de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento
dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
pelo Estatuto da Magistratura:
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los,
revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei,
sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive
contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que
atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e
correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de
autoridade;
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de
tribunais julgados há menos de um ano;
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade
da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do
Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do
Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão
legislativa.
 Não cabe intervenção do CNJ no mérito da atividade jurisdicional exercida pelos juízes, mas apenas
o controle dos atos administrativos do Poder Judiciário, bem como a fiscalização do cumprimento dos
deveres funcionais pelos magistrados, aplicando-lhes as sanções cabíveis.
13.1.1- Composição:

- É composto por 15 membros, com + de 35 e - de 66 anos , com mandato de 2 anos, admitida uma
recondução, sendo:
Membros do CNJ
Indicados pelo STF 1 Min. do STF 1 Desemb. de TJ 1 Juiz Estadual
Indicados pelo STJ 1 Min. do STJ 1 Juiz de TRF 1 Juiz Federal
Indicados pelo TST 1 Min. do TST 1 Juiz de TRT 1 Juiz do Trabalho
Indicados pelo PGR 1 Membro do 1 Membro de MP ------------xxx-------------
MPU Estadual
Indicados pela OAB 2 Advogados ------------xxx-------------- ------------xxx-------------
Indicado pela Câmara 1 Cidadão ------------xxx------------- ------------xxx-------------
Indicado pelo Senado 1 Cidadão ------------xxx------------- ------------xxx-------------

13.2. - O Conselho será presidido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, que votará somente em
caso de empate, ficando excluído da distribuição de processos naquele tribunal.

13.3. Os membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

13.3.1. Não efetuadas as indicações no prazo legal, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.

13.4.O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará


excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem
conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços
judiciários;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;
III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou
tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

13.5. Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal


da Ordem dos Advogados do Brasil.

13.6. A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de Justiça, competentes
para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder
Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de
Justiça.

13.7.- Competência para julgamento: O art. 102, I, “r”, CF prevê que “ compete ao STF processar e
julgar originariamente as ações contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e contra o Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP).

13.8- QUESTÃO DE PROVA Apesar da previsão acima, há um “pega” que cai muito em prova : a
competência do STF restringe-se aos atos emanados do próprio CNJ e CNMP, mas isso não quer dizer
que seus membros obrigatoriamente serão julgados perante o STF, pois há que ser observado o foro
por prerrogativa de função de cada autoridade que compõe esses dois Conselhos!

14. Regra do Quinto constitucional : O art. 94, CF estabelece que 1/5 dos lugares dos TRF’s , dos
Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do MP com + de 10
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
Recebidas as indicações, o Tribunal para o qual foram indicados forma uma lista tríplice (escolhe 3, dos
6). Nos 20 dias subseqüentes, o Chefe do Executivo (Governador ou Presidente dar República, no caso
do TJDFT e dos TRF’s), escolherá 1 dos 3 para nomeação.
 A EC nº 45/2004 passou expressamente a exigir a observância do quinto constitucional na
composição dos Tribunais da Justiça do Trabalho (TST e TRT) → art. 115, I e II. Então, há o quinto
constitucional nos seguintes tribunais: TJ’s, TRF’s, TST e TRT’s.
14.1. Se não existirem membros do MP que preencham os requisitos para compor a lista sêxtupla, é
possível compor com membros que tenham menos de 10 anos de carreira (ADI 1289).
14.2. Se a lista sêxtupla contiver nomes que não preenchem os demais requisitos constitucionais –
notório saber jurídico e reputação ilibada, o STF entendeu (MS 25.624/2006) que o Tribunal pode
rejeitar a lista sêxtupla, desde que fundada a recusa em razões objetivas. O Tribunal devolve a lista,
para ser refeita, total ou parcialmente. O Tribunal não pode, de forma alguma, ele mesmo substituir
algum nome da lista!
14.3. Os TRT’s instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de
atividade jurisdicional , nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários. (art. 115 § 1º, CF).
15.- SÚMULA VINCULANTE

SÚMULA VINCULANTE (art. 103-A) SÚMULA


É súmula aprovada por 2/3 dos membros Reiteradas decisões em um mesmo
do STF, de ofício ou por provocação. sentido – resumo dos julgados.
É vinculante aos demais órgãos do Possui natureza de jurisprudência e não,
Judiciário e à Adm. Pública direta e de ato normativo.
indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal.EFEITO VINCULANTE(vincula
a decisão e a fundamentação) # EFEITO
ERGA OMNES (vincula a decisão, mas a
fundamentação é livre)

Objetivo: dar validade, interpretação e Não vinculam


eficácia a normas constitucionais sobre
as quais haja controvérsia atual entre
órgãos judiciários ou entre esses e a
Adm. Pública, que acarrete GRAVE
INSEGURANÇA JURÍDICA e RELEVANTE
MULTIPLICAÇÃO DE PROCESSOS
SOBRE QUESTÃO IDÊNTICA
Podem provocar a aprovação, revisão Súmula impeditiva de recurso: não é
ou cancelamento de súmula vinculante vinculante, mas impede a interposição
os legitimados da ADI (art.103, CF) + de recurrsos em um determinado
Defensor Público da União+ Tribunais tribunal
(todos) + Municípios (só
incidentalmente, nos processos em que
sejam parte
Pode ter o amicus curiae
Se for descumprida: Reclamação
perante o STF que, se procedente,
anulará o ato administrativo ou cassará
a decisão judicial e determinará que
outra seja proferida.
2- (CESPE_PROCURADOR DO ESTADO DO CEARÁ_2008) A respeito do direito constitucional, julgue os
itens.
( ) O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros,
após reiteradas decisões sobre matéria constitucional e infraconstitucional, aprovar súmula que, a
partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder à sua revisão ou ao seu cancelamento, na forma estabelecida em lei.
16- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
16.1. Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias e o encaminhamento das propostas
orçamentárias ao Poder Executivo, ouvidos os outros tribunais interessados caberá a :
a)- Âmbito da União: Presidente do STF e Presidente dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos
respectivos tribunais;
b) - Âmbito dos Estados e do DF: Presidentes dos TJ’s, com a aprovação do respectivo tribunal.
16.2. Justiça Estadual é competente para julgar crimes comuns entre silvícolas (índios) – RE 419.528.
Será competência da Justiça Federal nas questões ligadas aos elementos da cultura indígena e aos
direitos sobre terras, não abrangendo os delitos isolados praticados sem nenhum envolvimento com a
comunidade indígena.
16.3. O Distrito Federal não tem Poder Judiciário próprio pois, nos termos do art. 21, XIII, CF, compete à
União organizar e manter o Poder Judiciário do DF. Portanto, é também da União a competência para a
criação de Juizados Especiais e da Justiça de Paz no DF e nos Territórios.
16.4. A lei disporá sobre a organização judiciária dos Territórios, sendo que, naqueles Territórios
Federais com + 100 mil habitantes, haverá órgãos judiciários de 1ª e 2ª instância(art. 33, CF). Nos
Territórios Federais, a jurisdição e a competência dos juízes federais caberão aos juízes estaduais, na
forma da lei.
16.5. A Justiça de Paz (art. 161 e 162, CF) é remunerada; o juiz de paz exercerá mandato de 4 anos (há
eleição); terá competência para , na forma da lei, celebrar casamentos , verificar o processo de
habilitação e exercitar atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na
legislação. Ex: arrecadar bens de ausentes, até que intervenha a autoridade competente, zelar pela
observância de normas de defesa do meio ambiente; funcionar como perito em processos, etc. Mas o
juiz de paz não pode: processar auto de corpo de delito; lavrar auto de prisão; prestar assistência a
empregado em rescisões trabalhistas, etc. O juiz de paz não tem direito à prisão especial, a não ser que
tenha curso superior.A idade mínima para juiz de paz é 21 anos.

PRECATÓRIO: Chama-se precatório o instrumento que consubstancia uma requisição judicial. Trata-se
de uma carta expedida pelos juízes da execução de sentença ao presidente do Tribunal, em virtude de a
Fazenda Pública ter sido condenada ao pagamento de quantia certa.
O precatório é o documento que formaliza a determinação do Presidente do Tribunal competente para
que a entidade governamental devedora (União, Estado, Município, autarquia, etc.) inclua determinada
verba em seu orçamento para o pagamento de dívida reconhecida em sentença judicial transitada em
julgado, ou seja, definitiva e irrecorrível.

O precatório origina-se de requisição por parte do juiz da execução de sentença transitada em julgado
dirigida ao Presidente do Tribunal competente.

Formalizado o precatório, este recebe um número de ordem e deve ser incluído no orçamento da
entidade devedora para pagamento na forma estabelecida na Constituição Federal.
Não há em nenhum lugar do mundo figura análoga ao precatório. Foi instituído pela CF/34 , com o
objetivo de proteger os credores contra a inadimplência do Poder Público, mas o instituto dos
precatórios ensejou a existência de um “Estado inadimplente” ,que paga os seus credores quando e
como quer, e também, um “Estado sem peias”, sob a falácia de que é melhor para o credor receber
precatório em vez de nada.

Art. 100. à exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal,
Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao
pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte,
quando terão seus valores atualizados monetariamente.
O art. 100 da CF estabelece que o precatório é a forma exclusiva de pagamento das dívidas
governamentais originárias de decisão judicial e que deve ser pago com respeito irrestrito à ordem
cronológica de sua apresentação.

Excetuam-se desse sistema apenas os créditos alimentares e os definidos em lei como sendo de
pequeno valor1, que obedecem a sistema diferenciado.

O parágrafo 1º do art. 100 estabelece que os precatórios apresentados até 1º de julho de cada ano
deverão ser relacionados para pagamento até o final do exercício seguinte.

Tendo em vista esse lapso temporal entre a data da inclusão (quando o precatório é atualizado antes de
sua expedição) e a data do efetivo início do pagamento, o mesmo dispositivo estabelece que os
precatórios deverão ser atualizados monetariamente na data do pagamento.

Esse dispositivo, com a redação alterada pela Emenda Constitucional nº 30/2000 (clique aqui), objetivou
evitar a expedição de precatórios complementares (anteriormente chamados de precatórios de
precatórios), emitidos para refletir apenas o valor da atualização monetária, tendo em vista que os
precatórios pagos pelo valor de face não refletiam o valor real do crédito – especialmente durante
períodos de alta inflacionária.
NOVO: “O Tribunal resolveu questão de ordem em recurso extraordinário interposto contra acórdão
que considerara que os juros de mora incidem no período compreendido entre a data da expedição e a
do pagamento do precatório, quando realizado até o final do exercício seguinte, para: a) reconhecer a
existência de repercussão geral relativamente à questão constitucional versada no recurso; b) ratificar
o entendimento firmado pelo Tribunal sobre o tema, no sentido de que, somente se descumprido o
prazo constitucional previsto para o pagamento dos precatórios, qual seja, até o final do exercício
seguinte, poder-se-á falar em mora e, em conseqüência, nos juros a ela relativos, como penalidade pelo
atraso; O relator, em seguida, apresentou proposta de nova súmula vinculante e a remeteu à Comissão
de Jurisprudência.” (RE 591.085-QO, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-12-08,
Informativo 531)
§ 1º-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado.
 O conceito de natureza alimentícia deve ser ampliativo, para abarcar: moradia, instrução, saúde,
vestimenta, lazer, etc (bens imprescindíveis à sobrevivência física do ser humano)
 Os créditos de natureza alimentícia são pagos através de precatórios , mas sem observância da
ordem cronológica daqueles referentes às dívidas de natureza diversa.
§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o
pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e
exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia
necessária à satisfação do débito.
§ 3º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual,
Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
§ 4º São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem como
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu pagamento não se faça,
em parte, na forma estabelecida no § 3º deste artigo e, em parte, mediante expedição de precatório.
§ 5º A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3º deste artigo, segundo as diferentes
capacidades das entidades de direito público.
§ 6º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar
frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade.

17- FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA:


17.1.- MINISTÉRIO PÚBLICO:
17.2.- CONCEITO: O MINISTÉRIO PÚBLICO é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. (art. 127, CF).
17.2.1. O ingresso na carreira dar-se-á mediante concurso público de provas e títulos, com a participação
da OAB em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica
(aquela desempenhada exclusivamente após a obtenção do grau ). A comprovação dos 3 anos de
exercício dar-se-á no ato da inscrição definitiva do concurso.
 O MP é órgão autônomo e independente, não subordinado a nenhum Poder – Judiciário, Executivo
ou Legislativo – constituindo em autêntico fiscal da nossa Federação, da separação dos Poderes, da
moralidade pública, da legalidade, do regime democrático e dos direitos e garantias constitucionais.
17.3. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS: unidade, indivisibilidade , independência funcional e autonomia
administrativa e financeira.
17.4. – PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL:
- Esse princípio proíbe designações casuísticas, efetuadas pela chefia do MP, para atuação neste ou
naquele processo, impedindo a existência da figura do “promotor de exceção”. Somente o promotor
natural é competente para atuar no processo, como meio de garantia da imparcialidade de sua
atuação, e como garantia da própria sociedade, que terá seus interesses defendidos privativamente
pelo órgão competente.
17.4.1. A jurisprudência do STF deixou claro que o princípio do promotor natural tem sede
constitucional.-
17.5 – Prerrogativas:
- Ao MINISTÉRIO PÚBLICO é assegurada:
a) Autonomia funcional e administrativa, podendo propor ao Poder Legislativo:
I- a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso;
II- a política remuneratória e
III- os planos de carreira;
17.6.- COMPOSIÇÃO:
O MINISTÉRIO PÚBLICO abrange:

I - o Ministério Público da União, que compreende:


a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
17.7.  O MPU tem por chefe o PGR- Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da
República entre integrantes da carreira, com + 35 anos, após aprovação do seu nome pela maioria
absoluta do Senado. A nomeação é para mandato de 2 anos, permitidas sucessivas reconduções. Mas a
cada recondução, haverá a necessidade de nova aprovação pelo Senado. A destituição do PGR , por
iniciativa do Presidente da República, dever ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado.
17.8.  O MPT e o MPM têm Procurador-Geral próprios, nomeados pelo PGR , na forma de Lei
Complementar.
17.9.  O MPDFT é chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça , nomeado pelo Presidente da República,
a partir de lista tríplice elaborada pelo próprio MP, dentre integrantes da carreira, para mandato de 2
anos, permitida uma única recondução.
17.10.  O membro do MPGO (de Goiáis) será processado no TJGO, mas o membro do MPDFT será
processado no TRF da 1ª região, pois o DF não tem Judiciário próprio!
17.11. GARANTIAS:
Os membros do MINISTÉRIO PÚBLICO gozam das seguintes GARANTIAS:
a) vitaliciedade: após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade: salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, por voto de 2/3 de seus membros, assegurada ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio.
17.12.- VEDAÇÕES:
Aos membros do MINISTÉRIO PÚBLICO é VEDADO:
a) receber: a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; ou
atividade político-partidária. Porém essa vedação é apenas para os membros que entraram na carreira
após a EC nº 45/2004, pois os que tomaram posse antes dessa emenda, terão esse direito assegurado.
Veja o caso do nosso Deputado Distrital Chico Leite, que é membro do Ministério Público e se licenciou
para exercer o mandato de deputado distrital:
e) exercer atividade político-partidária. Essa vedação só se dará para os membros do MP que
ingressaram na carreira após a EC nº 45/2004. Veja o exemplo do nosso Deputado Distrital Chico Leite,
que é membro do MP.
3- (CESPE_ANALISTA JUDICIÁRIO DO TRT 9ª REGIÃO_2007) Julgue os próximos itens, referentes à
organização dos poderes e às funções essenciais à justiça.
( )- O exercício de atividade político-partidária é permitido aos membros do Ministério Público do
Trabalho.
17.13.- FUNÇÕES INSTITUCIONAIS do MINISTÉRIO PÚBLICO:
I- promover:
a) privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
b) o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
c) a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos
Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
IV - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VI- requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
VI - exercer
o controle externo da atividade policial;
outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada
a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas
4. (CESPE_DEFENSOR PÚBLICO-AL_2003) Considerando as atribuições do Ministério Público e as
funções essenciais à justiça, julgue os seguintes itens.
( ) - Considere a seguinte situação hipotética. O Ministério Público de uma cidade do interior passou a
exercer a fiscalização de um abrigo que comportava idosos e de outro que abrigava deficientes físicos.
Constatou irregularidade em ambos. A direção do abrigo de idosos apresentou representação contra o
promotor de justiça no próprio Ministério Público, usando, entre outros fundamentos, o de que isso
não estava na esfera de atribuição e funções institucionais do órgão. Nessa situação, havia razão e
fundamento jurídico para a representação.
17.14.  O MP NÃO pode entrar com ação civil pública para tratar de assuntos tributários.(na verdade,
não é possível tratar de assuntos tributários em sede de ação civil pública).
5. (CESPE_PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO-TO_2006) No que respeita ao regime constitucional
do MP, julgue os itens.
( ) - Os membros do MP aprovados em concurso público somente adquirem vitaliciedade após
aprovação no estágio probatório; se, porém, um membro do MP for nomeado para vaga no chamado
quinto constitucional, passará a ter aquela garantia no momento da posse.
18.- CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CNMP (art. 130-A):
18.1.- Compete a ele o controle da atuação administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos
deveres funcionais de seus membros.
18.2.- Compõe-se de 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado.
18.3.- Os membros têm mandato de 2 anos, admitida apenas 1 recondução.
18.4. - Será presidido pelo PGR e deverá escolher, em votação secreta, um corregedor nacional, dentre
os membros do MP que o integram , vedada a recondução.
18.5. Os membros do CNMP são julgados pelo Senado, nos crimes de responsabilidade e , nos crimes
comuns, cada membro do CNMP responderá perante seu respectivo foro, de acordo com a função por
ele ordinariamente exercida.
19.- MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS (art. 130, CF):
19.1. A CF prevê a existência de um MP junto ao TCU, devendo ser aplicado a eles os mesmos direitos e
vedações previstos para os demais membros do MP.
19.2. O STF firmou entendimento de que o MP junto ao TCU é instituição que não integra o Ministério
Público da União. Com base nesse entendimento, é correto afirmar que cabe ao próprio TCU a iniciativa
de lei sobre a organização do MP que junto a ele atua, matéria que pode ser veiculada por lei ordinária,
visto que a iniciativa do respectivo Procurador-Geral e a exigência de lei complementar (art. 128§ 5º, CF)
só se aplicam aos ramos do MP comum, enumerados no art. 128,I e II, CF.
20.- ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO
20.1. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
 Em provas, o examinador tenta confundir o candidato, atribuindo ao Ministério Público a função de
assessoramento jurídico do Poder Executivo, o que não é correto.
20.2. A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo
Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação
ilibada.
Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
21- DEFENSORIA PÚBLICA

21.1.- É instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a


defesa gratuita, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV, CF.
21.2. - As Defensorias Públicas serão organizadas em cargos de carreira, providos, na classe inicial,
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais (art. 134, § 1º, CF).
21.3.- COMPOSIÇÃO:
-A Defensoria Pública abrange:
a) Defensoria Pública da União;
b) Defensoria Pública do DF e dos Territórios;
c) Defensorias Públicas dos Estados.
 - A defensoria pública do DF e Territórios é organizada e mantida pela União.
 Não existe defensoria municipal.
21.4.- JURISPRUDÊNCIA SOBRE DEFENSORIA PÚBLICA:
a) - Há a necessidade de concurso público para ingresso na carreira – ADI 2.125.
b) - A assistência judiciária a servidor público processado em razão de ato praticado no exercício regular
de suas funções é possível, desde que prestada pelo Procurador de Estado e não, pelo Defensor Público
Estadual- ADI 3.022.
c) - Para o processo civil, os membros da Defensoria Pública deverão receber intimação pessoal em
qualquer processo e grau de jurisdição , além de terem prazo em dobro em todos os prazos.
Mas para o processo penal, o prazo em dobro para os membros da Defensoria Pública só valerá
enquanto a Defensoria Pública ainda não estiver eficazmente organizada. Quando tiver, não poderá ter
prazo em dobro nos processos penais. – HC 70.514.A intimação é pessoal.
d) - Os advogados dativos não terão prazo em dobro - Informativo 219, STF.
e) - Os advogados dativos terão direito à intimação pessoal em matéria penal, dependendo do
momento: se a intimação deu-se antes da Lei nº 9.271/96, não há essa prerrogativa; se ocorreu após, o
advogado dativo deverá ser intimado pessoalmente – HC 89.710.
f) - As prerrogativas de prazo em dobro e de intimação pessoal para a Defensoria Pública não se
aplicam ao rito dos Juizados Especiais- Informativo 362, STF.
g) - Defensor Público não pode exercer a advocacia fora das atribuições institucionais.
h)  A DEFENSORIA PÚBLICA PODE PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
22- Jurisprudência do STF sobre Poder Judiciário:

"Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04, deu-se a extensão, aos tribunais do trabalho,
da regra do ‘quinto’ constante do artigo 94 da Carta Federal" (ADI 3.490, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgamento em 19-12-05, DJ de 7-4-06).
 HC contra Turma Recursal de Juizado Especial será julgado no TJ;
MS contra Turma Recursal de juizado Especial será julgado pela própria Turma Recursal.

EXERCÍCIOS CESPE :
1- ( ) O Poder Judiciário é integrado pelos tribunais e juízes dos estados e do Distrito Federal e
Territórios, pelos tribunais e juízes militares, pelos tribunais e juízes eleitorais, pelos tribunais e juízes do
trabalho, pelos tribunais regionais federais e juízes federais (TRFs), pelo Superior Tribunal de Justiça
(STJ), pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo STF. De acordo com essa estrutura, textualmente
prevista na Constituição da República, é correto afirmar que o Poder Judiciário é nacionalmente
organizado.
2- ( ) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário deverão ser públicos, podendo a lei, se o
interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes. Todas as decisões devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. As
decisões administrativas dos tribunais também deverão ser motivadas, sendo as disciplinares tomadas
pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
3- ( ) A atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas, salvo para os
tribunais.
4- ( ) Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo e dedicar-se à atividade
político-partidária são vedações expressamente impostas aos juízes pela Constituição da República.
5- ( ) Em virtude da garantia constitucional da inamovibilidade, os juízes não podem, em hipótese
alguma, contra a própria vontade, ter modificado o lugar no qual exercem suas funções.
6- ( ) Com base na determinação constitucional de que os poderes sejam independentes e harmônicos
entre si, é correto argumentar que, quanto à legalidade e à legitimidade, o Poder Judiciário não está
sujeito à fiscalização operacional e patrimonial mediante controle externo.
7- ( ) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
8- ( ) Não existe o denominado quinto constitucional no Supremo Tribunal Federal.
9- ( ) A criação de um tribunal de alçada no Espírito Santo pode ser realizada mediante lei
complementar de iniciativa do TJES.
10- ( ) As funções do Conselho da Justiça Federal relacionadas à supervisão administrativa e
orçamentária da justiça federal de primeiro e segundo graus foram mantidas pela reforma. Junto ao STJ
funcionará também a escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados.
11- ( ) Compete ao STF processar e julgar originariamente os mandados de segurança e habeas corpus
impetrados contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
12- ( ) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar o litígio entre Estado estrangeiro ou
organismo internacional e os estados ou o DF.
13- ( ) Os conflitos entre servidores públicos temporários regidos pelo direito administrativo e a
administração pública direta da União passaram a ser de competência da justiça trabalhista, por força
do advento da Emenda Constitucional n.º 45/2005, de acordo com o entendimento do STF.
14- ( ) Se algum órgão público com competência investigatória, como o DPF ou o Ministério Público
Federal (MPF), detectar desvio de verbas destinadas ao Sistema Único de Saúde, a competência para
processar e julgar o responsável pelo desvio será necessariamente da justiça federal, uma vez que,
segundo a Constituição da República, todo o financiamento daquele sistema deve ser feito com verbas
da União.
15- ( ) Aos juízes estaduais compete processar e julgar as causas entre Estado estrangeiro ou organismo
internacional e município ou pessoa domiciliada ou residente no país.
16- ( ) As ações de acidentes de trabalho ajuizadas contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
somente são processadas na justiça estadual se a comarca do domicílio do segurado não for sede de
vara federal.
17- ( ) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tem direito à execução de débitos trabalhistas
pelo regime de precatórios.
18- ( ) A jurisprudência do STF não aceita a tese de quarto poder, defendida por doutrinadores como o
do trecho transcrito, e consagra o entendimento de que, garantida efetivamente a independência do
Ministério Público, a colocação constitucional é secundária, de interesse quase meramente teórico.
19- ( ) O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério Público da União.
20- ( ) O Procurador-Geral da República é o chefe de todo o Ministério Público.
21- ( ) Somente os ministérios públicos dos estados e o do Distrito Federal e Territórios possuem
prerrogativa constitucional de elaborar lista tríplice de integrantes da carreira para a escolha do
respectivo chefe, que deverá ser nomeado para mandato de dois anos, pelo chefe do Poder Executivo.
22- ( ) De acordo com o entendimento dos tribunais superiores, o MP não pode ajuizar ação civil pública
para pedir ressarcimento referente a danos causados a pessoa jurídica de direito público, uma vez que
essa iniciativa compete à representação judicial da própria pessoa jurídica.
23- ( ) Após o afastamento do cargo, seja por aposentadoria ou exoneração, o membro do Ministério
Público não poderá exercer a advocacia antes de decorrido o prazo de três anos.
24- ( ) Os membros do Ministério Público gozam das garantias da vitaliciedade e irredutibilidade de
subsídios, excluída a da inamovibilidade.
25- ( ) Integra o Ministério Público da União o Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU).
26- ( ) Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e
financeira do Ministério Público, sem prejuízo do controle exercido pelo Tribunal de Contas.
27- ( ) Os advogados da União representam a União, judicial e extrajudicialmente, inclusive no que se
refere à execução da dívida ativa.
28- ( ) Compete ao Advogado-Geral da União a formulação da representação interventiva contra o
Estado-membro, no caso de eventual lesão aos princípios sensíveis
29- ( ) A competência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para executar débitos fiscais não é
exclusiva, podendo ser objeto de delegação.
31- ( ) Às defensorias públicas é assegurada autonomia funcional e administrativa.
(CESPE_ANALISTA JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO) Acerca das funções
essenciais à justiça, julgue os itens.
32.( ) Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo ele propor ao
Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
público de provas ou de provas e títulos.
33.( ) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os ministérios públicos estaduais e
do DF e territórios.
34.( ) Aos membros do Ministério Público, ao contrário do que ocorre com os membros da magistratura, não é vedado o
exercício de atividade político-partidária.
Gabarito: 1-V; 2-V;3-F; 4-V; 5-F; 6- F; 7-V; 8-V; 9-F; 10-V; 11-V; 12-F; 13-F; 14-F; 15-F; 16-F; 17- V; 18- V; 19- V; 20-
F; 21- V; 22- F; 23- F; 24-V; 25-F; 26-V; 27- F; 28- F; 29- V;; 31-F; 32 – V; 33- F; 34- F. Obs: Não há questão 30.

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