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GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Alessandra Muylaert Archer
Frieda Marti
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Boa leitura!
conteudistaS
Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu-
lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En-
genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia
Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor
da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de
Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci-
plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos
e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva.
Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma-
peamento, análise e melhoria de processos.
Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela
Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares
pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração
da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise
e melhoria de processos.
Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom
Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada
(EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da
AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico.
Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de
Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera-
ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em
Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/
UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área
de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de
carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen-
to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no
serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento.
Índice
1. Introdução 09
6. BIBLIOGRAFIA 49
1 INTRODUÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
2 Origens do governo
e da administração pública
Objetivos específicos
• capitanias
• comarcas
• termos
• freguesias
• bairros
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
A estrutura de governo inicialmente organizada em capitanias hereditárias,
Vice-rei: delegado ime- com a sua falência, foi substituída pelo Governo Geral, inicialmente insta-
diato do soberano, designado
para regularizar assuntos lado na Bahia, e que mais tarde viria a ser o Vice-Reino, quando já estava
relativos à religião, justiça, sediada no Rio de Janeiro. As capitanias eram administradas pelo governador
fazenda, tropa, agricultura,
navegação, comércio, política
ou capitão-general ou ainda capitão-mor. Por ser sede do Governo Geral, o
e outros que surgissem. governador do Rio de Janeiro também era chamado de [vice-rei]. Existiam as
capitanias gerais e subalternas, sendo que os governadores das primeiras exer-
ciam atribuições semelhantes às do vice-rei.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O Ministro do Reino atuava também como ministro assistente ao despacho
do gabinete e como presidente do Real Erário, instituição então destinada a
centralizar a gestão corrente das contas públicas.
Após dez anos no poder, D. Pedro I abdica do trono em favor de seu filho, então
com cinco anos de idade. Com essa mudança, assumiu o poder uma Regência A Regência Trina caracterizou o
primeiro governo após a que-
Trina, que enfrentou uma série de crises que terminaram por ensejar, em 1841, a
da do imperador D. Pedro I e,
declaração da maioridade do imperador menino, aos quinze anos de idade. em seus dois períodos (provi-
sória e permanente), tinha um
O período anterior à maioridade de D. Pedro II (1831 – 1840) ficou marcado representante de cada vertente
por diversas reformas constitucionais, que instituíram a Regência Una, aboli- política do país: os liberais, os
conservadores e os militares.
ram o Conselho de Estado, criaram as assembleias legislativas provinciais e o
cargo de presidente do conselho de ministros, conferindo maior estabilidade
ao governo imperial.
Diversos conflitos nos últimos anos do Império exerceram forte pressão sobre a A Regência Una teve início
monarquia, dentre estes, cabe destacar: em 1835 quando ocorreu a
primeira eleição para escolha
• O fim do trabalho escravo, que suprimiu uma das bases de sustentação do regente único, saindo do
pleito vitorioso o padre Diogo
da ordem imperial. Antônio Feijó. Essa Regência
durou de 1835 a 1837. Diogo
• O problema da autonomia das províncias.
Antônio Feijó foi sucedido por
• A Guerra do Paraguai. Pedro de Araújo Lima, cuja Re-
gência durou até 1840.
• O forte desequilíbrio das finanças.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Esse ambiente político conturbado foi a “mola propulsora” para o movimento
republicano. Segundo Kehrig (2005), vários republicanos, inclusive os de ori-
gens liberais, convenceram o Marechal Deodoro da Fonseca a liderar a procla-
mação da República em 15 de novembro de 1889.
De acordo com Lescura et. al. (2010), a administração do Brasil na era colonial
era centrada no rei e em seus conselheiros. As leis e as ordens não seguiam
uma sequência, não obedeciam a princípios uniformes de divisão de trabalho,
simetria e hierarquia, e não possuíam uma ordenação coerente. As determi-
nações de cunho particular eram as que definiam os rumos a serem tomados,
predominando os costumes e as tradições da nobreza e as decisões pessoais
do monarca, caracterizando a administração patrimonialista.
Esta falta de estrutura e de unidade fazia com que a esfera privada se confun-
disse com a pública. Segundo Holanda (1995), ocorria a invasão do Estado
pela família, de modo que os sentimentos relativos a esta, particularista e
antipolítica, predominavam em toda a vida social.
• Instituições metropolitanas;
• Administração central;
• Administração regional;
• Administração local.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Segundo Prado Júnior (1979), as principais características da administração
colonial são:
• Centralização;
• Ausência de diferenciação (de funções);
• Mimetismo;
• Profusão e minudência das normas;
• Formalismo e a morosidade.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Apesar das melhorias na estrutura administrativa, disfunções como a não
distinção entre a esfera econômica e política acarretavam a apropriação do
patrimônio estatal por parte dos representantes do Estado.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3 A organização dos poderes
Objetivos específicos
A “separação dos poderes” foi esboçada pela primeira vez na obra Política,
escrita por Aristóteles. O pensador já descrevia a existência de três funções dis-
tintas, exercidas pelo Estado como meio para se alcançar a felicidade humana,
mas exercidas por uma única pessoa. Eram elas: a função administrativa, a
legislativa e a judicial.
Montesquieu, em sua célebre obra O Espírito das Leis (De L’esprit des Lois),
admitiu que o homem investido de poder tende, inconscientemente, a dele
abusar até que encontre limites. Afirmou também que o poder só pode ser
limitado pelo próprio poder (“le pouvoir arrête le pouvoir”). Assim, sustentou a
necessidade de um outro poder ser capaz de limitar o próprio poder. Disse que
no Estado existem três poderes distintos: o Poder Legislativo (com a função de
legislar), o Poder Executivo (com a função de administrar) e o Poder Judicial ou
Judiciário (com a função de julgar). Importante afirmação feita pelo pensador
foi para o fato de que, num Estado, para que exista liberdade política, é impe-
rioso que estes três poderes não estejam reunidos na mão de um único órgão
(ALEXANDRINO e PAULO, 2009).
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Essa divisão é baseada no modelo de separação flexível do poder e também do
[sistema de freios e contrapesos] (checks and balances), no qual cada poder
exerce suas funções típicas e outras denominadas atípicas, visando garantir
o equilíbrio e a harmonia entre estes, sendo considerada como um aspecto
fundamental e estruturante do Estado brasileiro.
Sistema de freios e Visto isso, será apresentada uma visão particular de cada poder, com suas
contrapesos: sistema em que
cada poder deve ser autôno- características e funções, de acordo com a Constituição Federal de 1988.
mo e exercer determinada
função, porém o exercício
desta função deve ser con-
trolado pelos outros poderes. 3.1 Poder Legislativo
Utilizando este sistema, os
poderes são independentes,
O Poder Legislativo tem por função legislar, ou seja: ordenar ou preceituar
porém harmônicos entre si.
por lei, fazer leis. Deve, também, fiscalizar o Poder Executivo e julgá-lo, se ne-
cessário, além de julgar também os seus próprios membros. Cabe ressaltar que
o Legislativo também administra de acordo com suas funções atípicas.
I. Emendas à Constituição;
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
IV. Leis delegadas;
V. Medidas provisórias;
VII. Resoluções.
Cabe ressaltar que o Executivo também legisla e julga, de acordo com suas
funções atípicas.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
3.3 Poder Judiciário
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4 Os fatores culturais e históricos
da administração pública
Objetivos específicos
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
4.1 Administração pública
durante o período colonial
a) Expedições
O envio da carta ao rei D. Manuel de Portugal, escrita por Pero Vaz de Cami-
nha: o primeiro documento oficial sobre o Brasil foi um passo importante para
o início das ações da corte no Brasil, visto que descrevia o descobrimento, a
paisagem e os costumes dos habitantes da nova colônia para a Coroa. Essa
mesma carta apresenta um dos primeiros registros do patrimonialismo que es-
tava sendo instalado, quando Pero Vaz de Caminha pede ao rei uma colocação
para seu genro: “por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé
a Jorge de Osório, meu genro” (LESCURA et. al., 2010).
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
administrativas referentes à vida da colônia vinham da Coroa portuguesa,
determinadas pelo rei. A fim de manter a posse das terras, o enriquecimento
da Coroa e o povoamento da terra, a política adotada por Portugal era apenas
exploratória (Froes e Neto, 2013).
b) Capitanias hereditárias
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
O Marquês de Pombal, Sebas- De acordo com Costa (2008), o sistema não funcionou muito bem. Apenas
tião José de Carvalho e Melo
duas capitanias foram bem sucedidas: Pernambuco e São Vicente. A grande
(1699 –1782), nobre, diplo-
mata e estadista português, extensão territorial a ser administrada (e suas obrigações), a falta de recursos
tinha grande influência nas econômicos e os constantes ataques indígenas foram alguns dos motivos do
decisões do governo de seu
país. Entre 1750 e 1777 foi se- fracasso. Apesar da grande contribuição de seus donatários, fundando povoa-
cretário de Estado do Reino até ções e iniciando plantações nas diversas regiões, eles dificultaram e impediram
a morte de D. José I, em 1777.
o estabelecimento de estrangeiros no território. O sistema de capitanias heredi-
tárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
c) Governo Geral
De acordo com Froes e Neto (2013), alguns traços desse período perduram até
hoje na administração pública brasileira, entre os quais podemos citar:
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• A proteção contra a concorrência e o controle administrativo dos preços.
d) Vice-reino
Com a união das Coroas da Península Ibérica (Portugal e Espanha), não havia
muita preocupação com a divisa de terras entre as duas Coroas, o que facilitou
a incursão dos portugueses nos territórios espanhóis em busca de metais e pe-
dras preciosas. A grande preocupação em relação à defesa estava concentrada
contra os inimigos da Espanha (França, Inglaterra e Holanda), que tentavam
ocupar territórios no litoral da colônia.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
e) Reino Unido
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
foi implantada. O patrimonialismo, porém, continuava presente com as premia-
ções e reconhecimentos com cargos públicos.
Diversas mudanças, como as listadas a seguir, ocorreram com o Ato Adicional O Ato Adicional à Consti-
tuição do Império, de 12 de
à Constituição do Império, de 1834:
agosto de 1834, estabeleceu
• Criação de Assembleias Legislativas Provinciais em substituição aos Con- um conjunto de mudanças
que afetaram diretamente as
selhos Gerais das províncias, competindo-lhes legislar sobre a organiza- diretrizes da Constituição de
ção civil, judiciária e eclesiástica; 1824, aprovando uma série de
mudanças que refletiam bem
• Instituição da Regência Una (um regente), com a duração de quatro o novo cenário político sem a
anos de mandato; intervenção do poder régio.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Com o objetivo de combater as revoltas que estouravam em vários pontos do
país, em 1840 foi decretada a maioridade antecipada de D. Pedro II, então
com 15 anos de idade.
• Imigração de estrangeiros;
O Tratado de Paz e de Ami- Apesar das iniciativas e dos avanços, alguns temas, como a abolição da escra-
zade, Comércio e Navegação
vatura, a crise econômica causada pela Guerra do Paraguai, a saúde abalada
com o Paraguai foi assinado
em 1856 e permitia a passa- de D. Pedro II e o fato de o país ser a única monarquia no continente geravam
gem dos navios brasileiros um clima de instabilidade política que dava força ao movimento republicano e
pelos rios Paraná e Paraguai.
fortalecia-se, cada vez mais, a ideia de torná-lo uma república.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.3 Administração pública durante a República Velha
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
A Revolução de 1930 foi um também paulista Washington Luís, derrotando o gaúcho Getúlio Vargas. Essa
movimento armado, liderado
sequência de eventos acabou desencadeando uma intervenção do Exército,
pelos Estados de Minas Ge-
rais, Paraíba e Rio Grande do que veio a ser chamada de Revolução de 1930.
Sul, que pôs fim à Primeira
República Brasileira.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
De acordo com Wahrlich (1984 apud COSTA, 2012, p. 76), o DASP introduziu
as seguintes mudanças na administração pública brasileira:
• Administração orçamentária;
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
• O plano rodoviário que previa a ligação da capital com as capitais das
unidades federativas e vias de transportes ao longo da fronteira;
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.6 Administração pública durante a Quarta República
• A correção monetária;
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
5 Princípios, estruturação e
funcionamento da administração pública
Objetivos específicos
5.1 Fundamentos
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Os princípios da administração pública, expressos no Art. 37 da Consti-
tuição Federal de 1988 são:
• Legalidade: sempre agir de acordo com o que está previsto por lei.
• Regime de previdência;
• Licitações (obrigatoriedade);
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
5.2 Princípios constitucionais
da administração pública
a) Princípio da Legalidade
Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência da lei. O
Princípio da Legalidade nos traz a ideia de que a administração pública só
pode atuar se existir uma lei que determine ou autorize aquele ato, devendo
obedecer estritamente o que estiver estipulado na lei ou, sendo discricionária
a sua atuação, observar os termos, condições e limites autorizados na letra da
lei. A principal diferença desse princípio entre a iniciativa privada e a adminis-
tração pública é que os particulares podem fazer tudo o que a lei não proíba.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
b) Princípio da Impessoalidade
Toda a atuação da administração pública deve ter como foco principal o inte-
resse público e a sua satisfação. O Princípio da Impessoalidade tem como
fundamento o postulado da isonomia (todos são iguais perante a lei), o que
impede que os atos administrativos sejam praticados visando interesses pessoais
do agente ou de terceiros, devendo ater-se ao que está previsto na lei. Com isso
são evitados favorecimentos, discriminações e perseguições aos administrados.
c) Princípio da Moralidade
d) Princípio da Publicidade
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
e) Princípio da Eficiência
• O princípio da autotutela;
Legalidade
Impessoalidade
Princípios Constitucionais
Moralidade
da Administração Pública
Publicidade
Eficiência
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
5.3 Funções do setor público
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
• Autarquias;
• Empresas Públicas;
• Fundações Públicas.
5.4.1 Autarquias
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
XIX – Somente por lei específica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade
de economia mista e de fundação, cabendo à lei comple-
mentar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Conforme o previsto no Art. 150, Inciso VI, letra “a”, e parágrafo 2° da Cons-
tituição Federal, as autarquias possuem imunidade tributária, o que veda a
instituição de impostos sobre o seu patrimônio, rendas e serviços que venham
a prestar, desde que estes estejam vinculados a suas finalidades essenciais, ou
a que destas decorram.
O Decreto-Lei nº 200/67, em seu Art. 6º, II, define empresa pública como:
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Empresas públicas, segundo Alexandrino e Paulo (2009), podem ser concei-
tuadas como pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração
indireta, instituídas pelo Poder Público mediante autorização de lei específica,
sob qualquer forma jurídica e com capital exclusivamente público, para a ex-
ploração de atividades econômicas ou para a prestação de serviços públicos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Alguns exemplos de fundações públicas são a Fundação Nacional da Saúde,
o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a
Fundação Nacional do Índio, entre outras.
União
Administração Estados membros
Pública Direta Distrito Federal
Municípios
Administração Pública
Autarquias
Segundo Carvalho Filho (2007, p. 289) o serviço público é toda atividade pres-
tada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob o regime de direito
público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da cole-
tividade. Esses serviços podem ser classificados como delegáveis ou indelegáveis.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 142 que as Forças Armadas
destinam-se à defesa da pátria e à garantia dos poderes constitucionais. São,
portanto, o “braço armado” do Estado, responsável pela sua defesa e exercen-
do um serviço indelegável.
1. Agente Diretor.
a. Fiscal Administrativo;
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
c. Encarregado do Setor de Contabilidade (Contador);
a. Comandante de Subunidade;
b. Chefe de Serviços;
c. Oficiais em Geral;
d. Oficial de Dia;
e. Subtenente;
Comandante OM
(Agente Diretor)
Subcomandante
OM Setor Financeiro
(encarregado do
setor Financeiro)
Setor de
Aprovisionamento
(encarregado do setor
de Aprovisionamento )
1ª Cia (Cmt SU) 2ª Cia (Cmt SU) 3ª Cia (Cmt SU) CCAp (Cmt SU)
(Oficiais em Geral) (Oficiais em Geral) (Oficiais em Geral) (Oficiais em Geral)
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O Exército Brasileiro e suas inúmeras Organizações Militares, como parte da ad-
ministração direta do Estado, possui funcionários civis e militares que em todo
momento trabalham com recursos materiais, financeiros do Estado e portanto,
são agentes executores diretos ou indiretos da administração pública.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
6 Bibliografia
Referências Bibliográficas
49
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual do Direito Administrativo. 18ª
ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
COSTA, Frederico Lustosa da. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de
administração pública; 200 anos de reformas. Revista de administração
pública, Rio de Janeiro, v. 42, nº 5, out. 2008. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122008000500003&lng
=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 mai 2013. <http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
76122008000500003>.
DIAS, REINALDO. Ciência Política. São Paulo: Editora Atlas, 1ª ed. 2011.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
Lescura, Carolina; Freitas Jr, Dionysio Borges de; Pereira, Roberto. Aspec-
tos Culturais Predominantes na Administração Pública Brasileira. Viço-
sa: II Encontro Mineiro de Administração Pública Economia Solidária e Gestão
Social — EMAPEGS, 2010.
50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo:
Braziliense, 1979.
Leitura complementar
51
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Lucas Feliciano
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
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PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
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Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Alessandra Muylaert Archer
Frieda Marti
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Projeto Gráfico
Romulo Freitas
Boa leitura!
conteudistaS
Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu-
lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En-
genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia
Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor
da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de
Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci-
plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos
e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva.
Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma-
peamento, análise e melhoria de processos.
Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela
Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares
pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração
da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise
e melhoria de processos.
Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom
Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada
(EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da
AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico.
Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de
Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera-
ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em
Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/
UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área
de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de
carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen-
to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no
serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento.
Índice
4. Bibliografia 35
1 Administração Pública
na atualidade
Objetivos específicos
Lopes (2010) afirma que Aristóteles (IV a.C.) já escrevia sobre o Estado em sua
obra denominada A Política, abordando a organização política de Atenas e
Esparta, os órgãos de governo dessas cidades, chegando a propor uma clas-
sificação de todas as formas de governos então existentes. Por isso, podemos
considerá-lo o “fundador” da ciência do Estado. Na mesma época, Platão (IV
a.C.) escreveu a obra denominada A República, em que descrevia o Estado
Ideal. Aristóteles estudou o Estado real, tal como existia, procurando descobrir
os princípios que o regiam, enquanto Platão descreveu o Estado idealizado, tal
como devia ser, de acordo com sua própria concepção do homem e do mun-
do. Cícero (II a.C.), posteriormente, fez uma análise jurídica e moral do Estado
9
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
romano, do que era e do que deveria ser. Avançando muito tempo, no século
XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, lançando os fundamentos da política,
como a arte de atingir, exercer e conservar o poder.
Podemos definir o Estado como uma sociedade natural, tendo em vista que
decorre naturalmente do fato de que os homens vivem necessariamente em
sociedade e tem como objetivo fundamental o bem comum. Assim, segundo
essa concepção, o Estado brasileiro pode ser descrito como uma organi-
zação política administrativa que tem ação soberana, ocupa um território, é
dirigido por um governo próprio e se institui pessoa jurídica de direito público
internacionalmente reconhecida.
Quando nos referimos a Estado, estamos nos referindo à pessoa jurídica terri-
torial e soberana, formada por três elementos indissociáveis:
Como foi visto na Unidade 1 – Parte A, o Brasil, ao longo de sua história, pas-
sou por diversas mudanças sociais, políticas, organizacionais e administrativas
que afetaram sua Administração Pública.
10
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Em relação a este período, Bresser-Pereira afirma: A República Velha corres-
ponde à Primeira República
[...] durante todo o século XIX e os primeiros 30 anos (1889-1930). Pode ser sub-
dividida em:
do século XX, o Estado brasileiro era um Estado oligár-
• República da Espada (1889
quico e patrimonial, no meio de uma economia agrícola,
a 1894) – período em que
mercantil e de uma sociedade de classes mal saída do o país foi governado por
escravismo. Uma pequena elite de senhores de terra e de militares, consolidação das
políticos patrimonialistas dominava amplamente o país. instituições republicanas e
repressão aos que apoiavam
(Bresser-Pereira 2003, p. 301). a monarquia.
• República Oligárquica (1894
O período conhecido como República Velha, segundo Costa (2008), durou a 1930) – período domina-
cerca de 40 anos e, aos poucos, foi se tornando inadequada às mudanças do pelas elites agrárias que
controlavam as instituições
naquele momento histórico. As transformações ocorridas pela diversificação republicanas graças ao apoio
da economia brasileira, pelo primeiro ciclo de industrialização, pela urbaniza- dado ao governo de pre-
sidentes civis oriundos da
ção e pela organização política das camadas urbanas geraram novos conflitos
aliança entre São Paulo e Mi-
de interesse dentro dos setores dominantes, entre as classes sociais e entre as nas Gerais – a chamada polí-
regiões. tica “Café com Leite”.
11
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
A CSN (Companhia Siderúr- A partir destes marcos uma série de transformações ocorreram no aparelho do
gica Nacional) foi privatizada
Estado, tanto na morfologia, quanto na dinâmica de funcionamento, tendo
em 1993, durante o gover-
no Itamar Franco. A CSN foi sido criados inúmeros organismos especializados e empresas estatais.
vendida por cerca de R$ 1,2
bilhão, para o empresário Este crescimento pode ser identificado na afirmação de Lima Júnior (1998, p.8):
Benjamin Steinbruch, dono
da fabricante têxtil Vicunha. Até 1939, haviam sido criadas 35 agências estatais; entre
A CVRD (Companhia Vale do
1940 e 1945 surgiram 21 agências, englobando empre-
Rio Doce) foi privatizada em
6 de maio de 1997, durante o sas públicas, sociedades de economia mista e fundações.
governo de Fernando Henri-
que Cardoso. O consórcio Bra- No período de 1930 a 1945 foram criadas treze (13) novas empresas, entre as
sil, liderado pela Companhia
quais podemos citar Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Vale
Siderúrgica Nacional adquiriu
o controle acionário da Vale. do Rio Doce − ambas privatizadas na década de 1990 −, Petrobras e Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), grande pilar de fomento da
política nacional.
12
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A partir de 1967, com o Decreto-Lei nº 200, uma nova forma de Estado come- De abril de 1964 a março de
1985, o governo do país es-
çava a ser desenhada no Brasil. Algumas características podiam ser vistas no teve sob regime militar de
seu estatuto básico, que prescrevia cinco princípios fundamentais: diretriz nacionalista e desen-
volvimentista. Este período
• O planejamento (princípio dominante); teve seu início com a revolta
militar fomentada pelos então
• A expansão das empresas estatais (sociedades de economia mista e governadores dos Estados de
empresas públicas), bem como de órgãos independentes (fundações Minas Gerais, São Paulo e Rio
de Janeiro e forte apoio da
públicas) e semi-independentes (autarquias);
classe média e dos principais
• A necessidade de fortalecimento e expansão do sistema do mérito, sobre veículos de comunicação.
O início dos anos 1980 foi um período marcado pela crise mundial, reflexo do
segundo choque do petróleo (1979), pela elevação dos juros internacionais da
dívida externa, pela crise fiscal no Brasil e pela forma equivocada de interven-
ção do Estado na economia, fatos esses que contribuíram para que essa fase
recebesse a denominação de década perdida.
A Nova República é caracte-
Neste contexto, houve a necessidade de uma reforma do Estado, uma das rizada pela ampla democrati-
principais promessas da Nova República que hora se instaurava. Diversas ban- zação do país que ocorreu a
partir de 1985, quando assu-
deiras de luta, que iam muito além do rearranjo administrativo, foram levanta-
me o primeiro presidente ci-
das para serem atingidas pela reforma, podendo se destacar a vigência efetiva vil após o regime militar.
13
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
do império da lei, desobstrução do Legislativo, aparelhamento da Justiça,
reforma tributária, descentralização, reforma agrária, saneamento da previ-
dência, implantação do sistema único de saúde, erradicação do analfabetismo,
reforma do ensino básico e desenvolvimento regional.
14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• A administração pública voltava a ser hierárquica e rígida.
• Surgimento de uma atitude defensiva da alta burocracia que defendeu-se Impeachment: im-
de forma irracional por sentir-se acuada e injustamente acusada. pedimento. Processo que
se instaura contra as altas
Com o fim do governo Sarney, em 1990, Fernando Collor de Mello assume o autoridades do governo com
o fim de as destituir do cargo
poder. Em sua curta “Era Collor”, sob o pretexto de reformar o Estado, realizou
por denúncia de infração gra-
corte de funcionários – que não trouxe expressiva redução de custos – redução ve dos deveres funcionais.
dos salários reais e diminuição de tamanho do Estado com a desestatização e
racionalização.
Com o [impeachment] e a renúncia de Collor, o seu vice-presidente, Itamar O Plano Real foi um progra-
ma de estabilização econô-
Franco, assume o Palácio do Planalto. Devido ao caráter de excepcionalidade
mica lançado em 30 de julho
de seu governo, adotou uma postura tímida e conservadora com relação à re- de 1994. Seu principal obje-
forma do Estado. Para conservar a ampla base de apoio que possuía, persistiu tivo era o controle da infla-
ção, que em junho de 1994
na estratégia de ressuscitar ministérios extintos por Collor e manter o progra- chegava a 46,58% ao mês.
ma de privatização. Para isso foram aplicados
diferentes instrumentos eco-
A principal contribuição do governo Itamar Franco foi o Plano Real, um pro- nômicos e políticos, como,
por exemplo, a instituição
grama de estabilização econômica, que promoveu o fim da elevada inflação da URV – Unidade Real de
que já durava aproximadamente trinta anos. Naquela época o ministro da Fa- Valor – que estabelecia regras
de conversão e uso de valores
zenda do presidente Itamar Franco era Fernando Henrique Cardoso que, após
monetários e a instituição de
o sucesso do plano, veio a ser eleito presidente por dois mandatos seguidos. uma nova moeda, o Real.
15
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
O modelo weberiano criado 1.3 Estado brasileiro na atualidade
pelo alemão Max Weber, um
dos mais renomados pensa-
O modelo weberiano não atendia às demandas da sociedade e não contri-
dores sociais, estabelecia um
conceito de burocracia basea- buía para debelar a crise econômica pujante. A burocracia do arranjo estatal
do em normas, atribuições es- se mostrou ineficiente e ineficaz para gerir as estruturas do Estado no forneci-
pecíficas, esferas de competên-
cia bem delimitadas e critérios mento de serviços públicos de boa qualidade, para atender às demandas com-
de seleção de funcionários. plexas do mundo globalizado e não elevar a carga tributária. Nesse contexto, o
modelo burocrático expressava sinais de esgotamento (COSTA, 2012).
16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
alcançados eram claros: “atacar a administração pública burocrática, defender
as carreiras de Estado e fortalecer a capacidade gerencial do Estado”.
17
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (ANTAQ) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com
efeito, as agências reguladoras tornaram-se mecanismos governamentais de
controle e normatização de setores altamente relevantes do mercado fornecedor
de serviços essenciais (telecomunicações, energia, transportes e outros).
18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
As transformações de primeira geração foram as do DASP
- Departamento de Administração de Serviço Público ‑
criado no Estado Novo, que iniciou uma série de transfor-
mações no sentido de construir uma burocracia gover-
namental profissional. As reformas de segunda geração
foram aquelas previstas no Decreto-Lei 200 [...]. A terceira
geração de transformações foi aquela da chamada era das
reformas de Estado, nos dois governos de Fernando Hen-
rique Cardoso (reforma gerencial do Estado). A ênfase das
reformas de terceira geração era a crise do Estado (apud
FROES e NETO, 2006, p. 32-33).
2ª Decreto-Lei
Estabeleceu diretrizes para a Reorganização da Administração
Modernização 1969 n° 200, de
Reforma Administrativa. Federal.
Administrativa 25/02/1967
19
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
2 O Estado brasileiro: conceito
e evolução do Estado moderno
Objetivos específicos
O desembarque da corte por- O desembarque da Coroa portuguesa no Rio de Janeiro em 1808 não pode ser
tuguesa aconteceu na cidade
considerado como um marco temporal para a construção do Estado Brasileiro,
de São Salvador da Bahia de
Todos os Santos, em 23 de pois já existia na colônia uma administração colonial que era organizada em
janeiro de 1808, e calcula-se quatro níveis:
que 15 mil pessoas estavam a
bordo das 8 naus, 3 fragatas, • Instituições metropolitanas;
2 brigues, 1 escuna de guerra,
1 charrua de mantimentos e • Administração central;
mais 20 navios mercantes.
• Administração regional;
• Administração local.
21
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
O Brasil, considerando a sua organização territorial, estava divido em capi-
tanias (maiores unidades administrativas da colônia) e estas eram separadas
territorialmente em comarcas. As comarcas, por sua vez, eram compostas
por termos (sediados nas cidades e vilas), e estes eram constituídos de fre-
guesias, que correspondiam às paróquias da circunscrição eclesiástica e eram
divididas em bairros com jurisdição imprecisa.
22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A primeira Constituição do Brasil mantinha a monarquia, O primeiro governo, a par-
a dinastia da Casa de Orleans e Bragança e D. Pedro I tir da queda do Imperador
D. Pedro I, foi marcado pela
como imperador e defensor perpétuo do Brasil. Cons-
sucessão de dois governos
tituía um Estado unitário e centralizador, cujo território conhecidos como Regência
era dividido em províncias, que substituíam as antigas Trina. O primeiro, provisório,
capitanias. Os poderes políticos eram quatro – Legislati- aconteceu por apenas dois
meses, em 1831, criando
vo, Moderador, Executivo e Judicial. Cada província era
condições para que a segunda
dirigida por um presidente nomeado pelo imperador, que Regência Trina, essa chamada
tomava posse perante a câmara da capital. Em cada uma de “permanente”, governasse
delas havia também um conselho geral, cujos membros de 1831 até 1835, seguida de
uma Regência Una, de Araú-
eram eleitos juntamente com a representação nacional.
jo Lima, que governou entre
O monarca exercia o Poder Moderador, com o apoio do 1838 até 1840.
Conselho de Estado, órgão de caráter consultivo e, ao
mesmo tempo, o Poder Executivo, auxiliado pelos seus
ministros de Estado (2008, p. 837).
Nos dez anos finais do Império no Brasil, alguns conflitos, como, por exem-
plo, a questão do trabalho escravo, a autonomia das províncias e a Guerra
do Paraguai, exerceram forte pressão no governo de D. Pedro II, sendo sufi-
cientes para desestabilizá-lo.
23
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
Do ponto de vista da federação, houve uma ligeira redução na capacidade legisla-
tiva dos estados, que perderam o poder de legislar sobre determinadas matérias.
A Revolução de 1930 foi um A Revolução de 1930 pode ser considerada um marco para a modernização
movimento armado que pôs
do Estado nacional, uma vez que significou a passagem do Brasil agrícola para
fim à República Velha com
um golpe de Estado que de- um Brasil industrial. A partir dessa revolução, o país deu início ao processo de
pôs o presidente da Repúbli- modernização das estruturas e processos do aparelho do Estado, que perdurou
ca, Washington Luís, em 24
de outubro de 1930, e impe- durante a maior parte do século XX.
diu a posse de Júlio Prestes,
presidente eleito. No início da década de 30 foram desencadeadas, como fruto da insatisfação
em setores liberais, particularmente em São Paulo, uma série de revoltas, como
a Revolução de 1932. Depois de sufocada, essa revolta ensejou a convocação
de uma Assembleia Constituinte, dando origem à promulgação da Constitui-
ção de 1934. De acordo com Costa:
24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
governador e prefeito e fixou limites para a organização
e as atribuições dos legislativos estaduais. Inaugurou o
federalismo cooperativo, com a repartição dos tributos,
beneficiando inclusive os municípios, e a coordenação de
ações entre as três esferas de governo (2008, p. 843).
O governo de Getúlio Vargas deu início a uma série de mudanças, como o in-
centivo à atividade industrial e a racionalização burocrática do serviço público
(padronização, normatização e implantação de mecanismos de controle nas
áreas de pessoal, material e finanças). Surgiram nesse período a Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD), atualmente um gigante em mineração, e a Compa-
nhia Siderúrgica Nacional (CSN). O Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP), de acordo com Costa, foi criado nesse período:
25
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
A burocratização do Estado brasileiro tinha como objetivos:
• Transporte;
• Energia;
• Alimentação;
• Indústria pesada.
26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
profissionalização. A cada desafio surgido na adminis-
tração do setor público, decorrente da própria evolução
socioeconômica e política do país, a saída utilizada era
sempre a criação de novas estruturas alheias à adminis-
tração direta e o consequente adiamento da difícil tarefa
de reformulação e profissionalização da burocracia
pública existente (apud COSTA, 2008. p.151).
Não resta dúvida que o Decreto-Lei n° 200 contribuiu muito para a consolida-
ção do modelo de administração voltada para o desenvolvimento no Brasil. De
acordo com Costa, este Decreto-Lei:
27
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
A tentativa de reforma e modernização do aparelho do Estado, especialmente
a partir da década de 1960, proporcionou a multiplicação de entidades da
administração pública indireta (empresas públicas, autarquias, sociedades de
economia mista e fundações), que buscavam otimizar e flexibilizar a forma de
atuação dessas entidades, melhorando, com isso, o atendimento às necessida-
des do Estado e da sociedade.
Entre os anos de 1979 e 1982, por iniciativa do Poder Executivo, surgiram dois
programas de reforma instituídos com o objetivo de aumentar a eficiência
e a eficácia na Administração Pública e fortalecer o sistema de livre empresa: a
desburocratização e a desestatização.
O Brasil, ainda nessa época, vivenciava uma severa crise econômica marcada
por crescentes desigualdades sociais. Havia a necessidade urgente da instala-
ção de sistemas administrativos que pudessem promover o desenvolvimento
do país e utilizassem toda a potencialidade de seus recursos. Dessa forma, o
governo da chamada Nova República tinha a difícil e inadiável missão de ope-
racionalizar o aparelho administrativo do Estado, tornando-o mais eficiente e
receptivo às necessidades do povo brasileiro.
28
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Em se tratando da Constituição Federal de 1988, Costa afirma:
Luiz Inácio Lula da Silva assume a Presidência da República em 2003, mantendo Impeachment (impugnação
os princípios adotados por seu antecessor, sob o pretexto de garantir a tranquili- de mandato) é um termo em
inglês que denomina o pro-
dade econômica do país. Reeleito, sua segunda gestão foi marcada pela delibe- cesso de cassação de mandato
rada expansão do Estado e por uma acentuada política de redistribuição de ren- do chefe do poder executivo
por crime comum, crime de
da. Nesse período, o Brasil viveu anos de crescimento, avanços sociais e relativa
responsabilidade, abuso de
tranquilidade político-econômica. O país adquiriu “poder de compra” suficiente poder, desrespeito às normas
para enfrentar as turbulências causadas pela crise de 2008, que causou danos constitucionais ou violação
de direitos pétreos previstos
catastróficos em diversas economias mundiais. Em 2011, é eleita presidente do na Constituição.
Brasil Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar este cargo.
29
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
3 Relações entre esferas
de governo e regime federativo
Objetivos específicos
Segundo Motta e Douglas (2000), ao dividir o poder que é uno em três grandes
órgãos do Estado – os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – com as funções
básicas de administrar, fazer leis e julgar, o Estado busca um sistema de “freio e
contrapeso” para evitar o arbítrio ou o abuso de poder de seus exercentes.
31
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
Ordem jurídica: designa O Brasil, por ser um Estado Federado, possui no plano interno uma [ordem
um sistema de normas que re-
jurídica] central e várias parciais. Cada uma destas esferas de poder possui
gula a conduta humana e que,
diferentemente das demais algum grau de autonomia, com descentralização política e administrativa
ordens sociais, contém o ele- (MOTTA e DOUGLAS, 2000).
mento da coação, isto é, exige
determinado comportamento
Isto nos levou a uma estrutura que integra a União, os Estados Federados, os
expresso por uma norma,
ligando o comportamento municípios e o Distrito Federal.
oposto a um ato de coerção,
apoiado no uso da força. Os Estados-membros da Federação, o Distrito Federal e os municípios organi-
zam-se de maneira semelhante ao governo federal, entretanto, os municípios
não possuem um poder judiciário.
32
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A soberania estabelece que um Estado não deve obediência jurídica a nenhum Para obter mais informações
sobre os bens da União e
outro e a autonomia trata da margem de discrição para decidir sobre seus
dos Estados, consulte os arti-
próprios negócios, delimitado pelo que estabelece a lei. gos 20 e 26 da Constituição
Federal, disponível no link
Para respeitar a autonomia de todas as partes nas Relações entre esferas de go- <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Constituicao/
verno e regime federativo, tornou-se fundamental definir as responsabilidades da
Constituicao.htm>
União, Estados e municípios sobre áreas do território nacional.
33
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
4 Bibliografia
Referências Bibliográficas
COSTA, Frederico Lustosa da. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de
administração pública; 200 anos de reformas. Rev. Adm. Pública, Rio de
Janeiro, v. 42, nº. 5, out. 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/
S0034-76122008000500003>. Acesso em: 15 mai 2013.
35
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 B
FROES, César e NETO, Francisco Paulo de Melo. Curso de Gestão da Admi-
nistração Pública. Rio de Janeiro: UCB/EBDEP-CEP, 2013 (apostila).
LOPES, André Luiz. Noções de Teoria Geral do Estado. Escola Superior Dom
Helder Câmara, Belo Horizonte, 2010.
Leitura complementar
36
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Lucas Feliciano
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Alessandra Muylaert Archer
Frieda Marti
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Projeto Gráfico
Romulo Freitas
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os
subtenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas
para o Quadro Auxiliar de Oficiais.
Boa leitura!
conteudistaS
Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu-
lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En-
genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia
Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor
da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de
Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci-
plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos
e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva.
Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma-
peamento, análise e melhoria de processos.
Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela
Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares
pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração
da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise
e melhoria de processos.
Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom
Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada
(EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da
AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico.
Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de
Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera-
ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em
Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/
UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área
de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de
carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen-
to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no
serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento.
Índice
3. Bibliografia 31
1 Atividades, estruturação e serviços
da Administração Pública
Objetivos específicos
Federalismo: é um sis- vidade. Hely Lopes Meirelles (1990, p.55) define a administração pública como
tema político que tem como o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do governo.
característica a descentrali-
zação política marcada pela A Constituição Federal de 1988 adotou o [Federalismo] em que é possível
coexistência de esferas políti-
cas distintas e autônomas no identificar vários níveis de poder político, todos dotados de autonomia política
mesmo território. e administrativa: a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os municí-
9
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
pios. Cada um desses entes da federação possui uma estrutura e administração
próprias, realizando suas atividades administrativas de forma independente em
relação às demais.
• C
argos e empregos públicos (incluindo as formas de acesso e de acumulação);
• Regime de previdência;
• Licitações (obrigatoriedade);
10
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A estrutura da administração pública federal é complexa, porque a fun-
ção administrativa é institucionalmente imputada a diversas entidades gover-
namentais autônomas, expressas no Art. 37 da CF/88, de onde decorre a exis-
tência da administração pública federal (União), de cada Estado (administração
estadual), a do Distrito Federal e a de cada município (administração municipal
ou local), cada qual submetida a um Poder político próprio possuidor de uma
organização governamental autônoma.
• Autarquias;
• Empresas públicas;
• Sociedades de economia mista;
• Fundações públicas.
11
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
A direção da administração federal é exercida pelo Presidente da República
com auxílio de seus Ministros, de seu assessoramento especial (Assessoria Es-
pecial e Advocacia Geral da União) e dos órgãos consultivos, como o Conselho
da República e o Conselho de Defesa Nacional.
12
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O assunto relativo a políticas públicas é muito complexo, uma vez que é divi-
dido em diversas fases e há o envolvimento de atores de diversos setores da
sociedade. Muitos países têm investido no desenvolvimento de novas técnicas
e ferramentas que possibilitem tornar este processo mais rápido, aumentando
sua eficácia e abrangência.
De acordo com Lopes, Amaral e Caldas (2008, p.5), políticas públicas podem ser
definidas da seguinte forma: “Políticas públicas são um conjunto de ações e deci-
sões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade”.
As políticas públicas podem ser representadas como planos que visem re-
sultados que atendam ao interesse da sociedade e correspondem a direitos
assegurados pela Constituição Federal. Podem ser implantadas por iniciativa
dos Poderes Executivo, ou Legislativo, a partir das demandas e propostas da
sociedade. Elas ainda são responsáveis pelo estabelecimento de metas e por
elencar soluções para os problemas sociais nas diversas áreas (saúde, educa-
ção, segurança, meio ambiente, habitação, dentre outras). Portanto:
13
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
[...] as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas
e planos que os governos (nacionais, estaduais ou muni-
cipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o
interesse público (LOPES, AMARAL e CALDAS, 2008, p.5).
14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
De fato, as políticas públicas não conseguirão atender às expectativas de todos
os segmentos da sociedade. No entanto, podemos citar como exemplos de
ferramentas úteis no desenvolvimento de políticas públicas, no caso de um
município, o Plano Diretor e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a autora afirma que é “guiada Plano Plurianual é um ins-
pelo Plano Plurianual e destina recursos para ações do governo provenientes trumento legal de planeja-
mento que apresenta proje-
das políticas públicas” (KANEGAE, 2012, p.15). tos e programas de grande
alcance para um período de
O Art. 165 da Constituição da República Federativa do Brasil define que as leis quatro anos, estabelecendo
de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: o plano Plurianual, as diretrizes prioridades e direcionando
ações do governo. Norteia a
orçamentárias e os orçamentos anuais. elaboração de outros planos
no âmbito federal, buscando
Em se tratando de Plano Plurianual, o Art. 165 da Constituição Federal, no seu impedir danos às diretrizes já
parágrafo 4°, define que ”os planos e programas nacionais, regionais e seto- estabelecidas.
Portanto, as políticas possuem uma forte ligação com o Estado, uma vez que é
através delas que são determinados como os recursos públicos serão utilizados
(visando o benefício dos cidadãos), de como os recursos recolhidos (através
dos impostos) deverão ser acumulados e investidos, bem como de que manei-
ra as contas públicas serão prestadas ao fim desse processo.
Para Souza (2006, p.36), das diversas definições e modelos sobre políticas
públicas, podemos extrair e sintetizar seus elementos principais:
15
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
• “É abrangente e não se limita a leis e regras. Pode ser considerada como
uma ação intencional, com objetivos a serem alcançados e embora
tenha impactos no curto prazo, é uma política de longo prazo”.
I. Planejamento.
II. Coordenação.
III. Descentralização.
V. Controle.
16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Estes princípios fundamentais são explicados nos Artigos 7º, 8º, 10º, 11º, 12º
e 13º do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ilustrados na Figura 1
e resumidos a seguir:
Planejamento
Controle Coordenação
Atividades da
administração
Delegação de
Competência Descentralização
17
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
1.3.2 O serviço público
Para Carvalho Filho (2007, p.287) o serviço público é uma expressão que pos-
sui dois sentidos fundamentais: objetivo e subjetivo.
18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
No sentido objetivo, serviço público é a atividade prestada pelo Estado e
seus agentes. Já o sentido subjetivo trata dos órgãos do Estado responsáveis
pelas atividades voltadas à coletividade.
Diversos critérios podem ser usados para a classificação dos serviços públicos,
Carvalho Filho (2007) adota as quatro classificações do serviço público abaixo
relacionadas:
19
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
Sujeito
estatal
Característica Interesse
coletivo
Regime de
direito público
Serviço
público
Serviços delegáveis
e indelegáveis
Serviços administrativos
e de utilidade pública
Classificação
Serviços coletivos
e singulares
Serviços sociais
e econômicos
Concessão e permissão são Alexandrino (2009, p.637) explica que, de acordo com os incisos II e IV do Art.
instrumentos que permitem
2º da Lei 8987/1995, a concessão do serviço público é a delegação de sua
a descentralização do serviço
público. prestação, feita pelo Estado, mediante licitação, e a permissão do serviço
público a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação dos
serviços públicos.
Os serviços comuns são os que podem ser realizados por pessoas de mais de
uma esfera administrativa (ex: serviços de saúde pública, programas de constru-
ção de moradias, proteção ao meio ambiente, etc.). Já os serviços privativos,
são realizados por apenas uma esfera da administração (ex: emissão de moeda,
serviço postal, polícia marítima e aérea, etc.) (Carvalho Filho, 2007, p.293).
20
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2 Formas de controle
na Administração Pública
Objetivos específicos
21
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
Embora o controle seja uma atribuição estatal, aqueles que são administrados
também participam dele, à medida que pode e deve provocar esse contro-
le, não apenas na defesa de seus interesses individuais, mas na proteção do
interesse coletivo.
Sendo assim, de acordo com Marinela (2010, apud, Remis 2013, p.2), pode-
mos conceituar, de forma genérica, que controle é o conjunto de mecanismos
jurídicos para a correção e fiscalização das atividades da administração pública.
a) Controle interno
22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A Constituição Federal de 1988, no seu Artigo 74, determina aos poderes a
existência de sistemas de controle interno. Para regular corretamente esses
sistemas, estabeleceu alguns itens mínimos de controle, abaixo expostos:
b) Controle externo
23
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
• A anulação de um ato do Executivo por decisão do Judiciário;
c) Controle popular
Sendo assim, o controle externo popular é aquele que regula o Direito de Re-
presentação, bem como o processo de responsabilidade civil, penal e adminis-
trativa nos casos de abuso de autoridade (Lei 4.898). Segundo os Artigos 14
a 22 da Lei 8.429 (Lei de Improbidade Administrativa), por exemplo, qualquer
pessoa pode representar para que autoridade realize o controle.
Outro exemplo pode ser verificado no Artigo 5º, LXXIII, da Constituição, que
O §2º do Artigo 74 da Consti- estabelece o seguinte:
tuição Federal estabelece que
“qualquer cidadão, partido Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação po-
político, associação ou sindi- pular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
cato é parte legítima para, na ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
forma da lei, denunciar irre-
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histó-
gularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas rico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
da União”. isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.1.2 Controle da administração pública de acordo com o
momento do exercício
b) Controle concomitante
25
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
c) Controle posterior
Segundo Remis (2013), poderá ser exercido tanto pela própria administração
que praticou o ato (controle interno de legalidade) quanto pelo Poder Judi-
ciário, no exercício de sua função jurisdicional, ou pelo Poder Legislativo, em
casos previstos na Constituição Federal (controle externo de legalidade).
26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
De acordo com Alexandrino e Paulo (2009, p.746), “o exercício do controle de
legalidade pode ter como resultado a confirmação da validade ou a convalidação
do ato controlado”. Nesses casos, o ato será declarado válido (legal e legítimo)
por autoridade diversa daquela que o praticou, ou nulo (quando existir ilegalida-
de neste), podendo ser feita pela própria administração ou pelo Poder Judiciário.
A anulação terá efeito retroativo, desfazendo as relações resultantes dele.
Através da Lei nº 9.784/99, além do ato poder ser válido ou nulo, quando este
não acarretar lesão ao interesse público ou a terceiros envolvidos, foi admitida
a convalidação do ato administrativo defeituoso (Remis, 2013).
b) Controle do mérito
27
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
2.1.4 Controle da administração pública de acordo com a amplitude
a) Controle hierárquico
Este controle é irrestrito e não depende de uma norma específica que o estabe-
leça ou autorize. Com ele, é possível verificar em determinado agente ou órgão
os aspectos relativos à legalidade e ao mérito de todos os atos praticados pelos
agentes ou órgãos subordinados (Remis, 2013).
b) Controle finalístico
28
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Entretanto, deve-se observar que:
29
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
3 bibliografia
Referências Bibliográficas
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 17ª Ed. São Pau-
lo: Malheiros, 1990.
PIETRO, Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. 2008.
31
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 A
RAMIS, Diogo Dias. Controle da administração pública. In: Âmbito Jurídi-
co, Rio Grande, XVI, n. 108, jan 2013. Disponível em: <http://www.ambito-ju-
ridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12667>. Acesso
em: 5 jul 2013.
Bibliografia Complementar
32
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Lucas Feliciano
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO
34
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Alessandra Muylaert Archer
Frieda Marti
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Projeto Gráfico
Romulo Freitas
Boa leitura!
conteudistaS
Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu-
lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En-
genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia
Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor
da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de
Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci-
plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos
e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva.
Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma-
peamento, análise e melhoria de processos.
Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela
Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares
pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração
da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise
e melhoria de processos.
Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom
Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada
(EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da
AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico.
Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de
Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera-
ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em
Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/
UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área
de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de
carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen-
to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no
serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento.
Índice
3. Considerações finais 27
4. BIBLIOgrafia 29
1 Administração pública
direta e indireta
Objetivo específico
Administração pública é o Existe administração pública em todas as esferas de governo (federal, estadu-
conjunto das instituições
al e municipal) e em todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). É pos-
que, reunidas, dão “corpo”
ao Estado. Sua função é pres- sível identificar com nitidez o que compreende cada tipo de administração lendo
tar serviços públicos, aten- o texto estabelecido no artigo 4º do Decreto-Lei Nº 200, de 25 de fevereiro de
dendo às necessidades do ci-
dadão e da coletividade. 1967, apesar de suas disposições estarem definindo apenas o Executivo federal.
9
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
Paludo ensina:
• Presidência da República;
• Vice-presidência;
• Advocacia-Geral da União;
10
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Controladoria Geral da União; Atualmente, a administração
pública direta do governo
• Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; federal é composta por 26
ministérios, dez secretarias
• Ministérios; da Presidência e seis órgãos.
• Secretarias especiais; Acesse o portal do Governo
Brasileiro e conheça a Es-
trutura do Estado no link:
Além destes órgãos do Executivo temos também os Conselhos, as Agências Re- <http://www.brasil.gov.br/
guladoras, o Senado Federal, a Câmara dos Deputados, o Tribunal de Contas da sobre/o-brasil/estrutura/or-
ganizacao-do-governo>.
União, os Tribunais do Poder Judiciário e o Ministério Público da União. Todas es-
sas estruturas e serviços integrados fazem parte da administração pública direta.
Presidência da República,
Gabinete dos Governadores
e Prefeitos
Ministérios, Secretarias
Estaduais e Municipais
Judiciário e Ministério
Público Federais e Estaduais
Conselhos
Figura 1- Administração pública direta
11
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
A administração indireta é o conjunto de pessoas jurídi-
cas (desprovidas de autonomia política) que, vinculadas à
administração direta, têm a competência para o exercício,
de forma descentralizada, de atividades administrativas
(ALEXANDRINO e PAULO, 2009, p.28).
O inciso XIX do Artigo 37º da Constituição Federal estabelece que somente por
lei específica poderá ser criada uma autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
12
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
São exemplos de autarquias o INSS, o INCRA e o Banco Central
do Brasil.
13
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
O Decreto-Lei nº 200/67 Sobre os princípios a que estão sujeitas as entidades acima, além dos princípios
abordou a organização da
fundamentais que devem ser sempre aplicados à administração pública, Carva-
administração federal e esta-
beleceu diretrizes para a Re- lho Filho (2007) registra que três postulados merecem destaque na administra-
forma Administrativa, defi- ção pública indireta:
nindo no Inciso II do art. 4º:
“a Administração Indireta, 1. O princípio da legalidade ou reserva legal – Estabelece que todas
que compreende as seguin-
tes categorias de entidades,
as pessoas integrantes da administração indireta de qualquer poder ou
dotadas de personalidade esfera administrativa só podem ser instituídas por lei.
jurídica própria: autarquias;
empresas públicas; socie- 2. O princípio da especialidade – Nenhuma entidade pode ser instituí-
dades de economia mista e da com finalidade genérica, ou seja, a atividade a ser exercida deve ser
fundações públicas”.
consignada na lei, de forma descentralizada, pela entidade criada.
Autarquias
Fundações
Administração
Pública Indireta Empresas
Públicas
Sociedades de
Economia Mista
14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2 A evolução da administração
pública no Brasil
Objetivo específico
15
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
Espírito de Capitalismo a respeito das grandes organizações da sua época. Ado-
Burocracia é uma tou o conceito de [burocracia] como uma forma de administração cuja fonte
palavra derivada do termo
de legitimidade se baseia no poder racional-legal. Já Campelo (2010) afirma
latino burrus que é usado
para definir uma cor escura e que o ideal para a burocracia é que suas organizações sejam sistemas sociais
triste. Etimologicamente deu racionais, tendo como características o formalismo e a impessoalidade.
origem à palavra bure, que,
em francês, era usada para
A administração pública gerencial foi influenciada pelas transformações eco-
associar um tipo de tecido
que cobria as escrivaninhas nômicas e sociais a nível mundial em consequência do final da Segunda Guerra
das repartições públicas e, Mundial. Os países estavam investindo fortemente no esforço de recuperação de
por associação, deu nome
às mesas do escritório e à guerra e os novos ventos das mudanças impunham uma forma mais eficiente
própria repartição públi- e ágil de administrar as organizações, objetivando modernizar a gestão, gerar
ca ou bureau (em francês).
crescimento social e econômico, além de controle orçamentário e financeiro.
Assim, bureau+cracia (sufixo
grego que significa domínio
ou poder) deu origem à
burocracia ou “domínio da
repartição pública”. 2.1. Administração pública patrimonialista
16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
poderoso, autoritário, autolegitimado, estabelecendo com As capitanias hereditárias con-
a sociedade uma relação de total subordinação. Nunca de- figuram a primeira proposta
de um sistema de colonização
finiu limites claros entre o público e o privado, estabelecen-
do Brasil, que consistia na po-
do, como moeda de troca política, terras e cargos públicos. lítica de doação de terras para
garantir um mecanismo de
A principal característica da administração colonial portuguesa era a centra- controle do litoral brasileiro e
da exploração econômica. Esse
lização administrativa, a distribuição de cargos por meio da afeição e a troca
sistema foi criado em 1534 e
de favores envolvendo a nobreza e particulares. O modelo das capitanias as terras eram doadas a gran-
hereditárias exemplifica a ênfase patrimonialista da Coroa portuguesa. Assim, des proprietários para cultura
de produtos de boa aceitação
a forte presença do Estado na economia, uma elite econômica associada à nos mercados europeus. Con-
estrutura estatal e os subsídios na compra de commodities para regulação dos tudo, resultou em baixa ren-
tabilidade para Portugal, mas
preços são aspectos herdados desse período histórico (FROES; NETO, 2007). originou o embrião de um
sistema administrativo.
De acordo com Costa (2008), o marco da construção do Estado nacional e da
administração pública brasileira foi a chegada da família real, com sua corte
em 1808 e, mais tarde, a elevação do Brasil à parte integrante do Reino Unido
de Portugal. Estas mudanças criaram o aparato necessário à afirmação da
soberania e ao funcionamento do autogoverno.
Os anos seguintes ficaram conhecidos como República Velha, que durou cer-
ca de 40 anos e gradualmente se tornou anacrônica em relação ao Brasil que
buscava uma modernização. A eleição do paulista Júlio Prestes para suceder o
também paulista Washington Luís, derrotando o gaúcho Getúlio Vargas gerou República Velha é o nome
dado em oposição à Repúbli-
sérios conflitos políticos e sociais que culminaram com a queda da “política do ca Nova (período posterior,
café com leite”, praticada por São Paulo e Minas. Essa sequência de eventos iniciado com o governo de
Getúlio Vargas). Corresponde
políticos, fraudes e conspirações acabaram desembocando em uma interven- a Primeira República Brasileira
ção militar que veio a ser chamada de Revolução de 1930. que se estendeu da proclama-
ção da República em 1889 até
Segundo Bresser-Pereira (2003, p.1) “o Estado brasileiro, no início do sécu- a Revolução de 1930, quando
houve a deposição do último
lo XX, era um Estado oligárquico e patrimonial, no seio de uma economia presidente da República Velha,
agrícola mercantil e de uma sociedade de classes mal saída do escravismo”. Washington Luís.
17
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
A Revolução de 1930 foi o Os senhores de engenho, os cafeicultores do Vale do Paraíba e Oeste Paulista,
movimento armado ‑ lidera-
a burguesia mercantil e os criadores de gado do sertão – coronéis – formavam
do pelos Estados de Minas Ge-
rais, Paraíba e Rio Grande do as oligarquias dominantes no Brasil.
Sul‑, que depôs o presidente
da república Washington Luís
em 24 de outubro de 1930 e
impediu a posse do presiden- 2.2. Administração pública burocrática
te eleito Júlio Prestes. Culmi-
nou com o golpe de Estado,
pondo fim à República Velha. A Revolução de 1930, apoiada pela burguesia industrial emergente e pela clas-
se média tecnoburocrática, levou Getúlio Vargas ao poder. Assim, tem início,
ainda nos anos 1930, a adoção do modelo administrativo burocrático no bojo
do processo de industrialização no Brasil. Sobre isso, Tenório e Saraiva (2006
apud COSTA, 2012, p. 75) afirmam que:
18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O governo, objetivando superar o esquema clientelista em que se funda- Saiba mais sobre a burocra-
cia Weberiana lendo a publi-
mentava o patrimonialismo, iniciou uma série de mudanças para promover
cação O que é Burocracia? do
a racionalização burocrática do serviço público, por meio da padronização, Conselho Federal de Admi-
normatização e implantação de mecanismos de controle nas áreas de pessoal, nistração. Disponível no link:
<http://www2.cfa.org.br/
material e finanças. publicacoes/o-que-e-a-buro-
cracia/livro_burocracia_dia-
De todas essas medidas, a mais emblemática foi a criação do Departamento gramacao_final.pdf>
Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1938, “órgão responsável por
planejar e organizar a administração pública brasileira com base nos princípios
da burocracia weberiana”. (COSTA, 2012, p. 76).
• Administração orçamentária;
19
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
Diversas tentativas de reformas se sucederam a partir da década de 1930 com
alguns casos de ênfase na extinção e criação de órgãos e, em outros, pela
constituição de estruturas paralelas visando alterar a rigidez burocrática. No
governo de Juscelino Kubitschek foram criadas comissões especiais, como a
Comissão de Estudos e Projetos Administrativos para realizar estudos
voltados para a simplificação dos processos administrativos e reformas ministe-
riais. Da mesma forma, a Comissão de Simplificação Burocrática visava a
elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização
de serviços (PALUDO, 2012).
20
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Fortalecimento e flexibilização do sistema de mérito;
21
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
recursos humanos, no âmbito federal. No início dos anos 80, o Programa Na-
cional de Desburocratização, conduzido pelo Ministério da Desburocratização,
tinha como objetivo combater o centralismo exagerado, a lentidão administra-
tiva e o excesso de requerimentos e exigências sobre os cidadãos.
Os anos 80 marcaram o fim do ciclo militar, o início dos governos civis e a pro-
mulgação da Constituição de 1988, que fez ressurgir princípios burocráticos
clássicos como:
22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Neste contexto, Bresser-Pereira (2009) afirma que o modelo burocrático de A globalização é um dos pro-
cessos de interação econômi-
administração pública revelou-se incapaz de garantir os serviços sociais e
ca, social, cultural e política
científicos que os cidadãos exigiam. O foco deixava de ser apenas o combate que atingiu os países do mun-
à corrupção e ao nepotismo, mas proporcionar respostas compatíveis com as do no final do século XX e iní-
cio do século XXI, como uma
necessidades e demandas da sociedade. consequência do barateamen-
to dos meios de transporte e
Isso fez com que os governos dos países desenvolvidos optassem pela reforma da agilização dos sistemas de
da gestão pública, enquanto os países em desenvolvimento executavam refor- comunicação. A aproximação
dos países em uma “aldeia
mas de “enxugamento” do Estado, dentro do repertório definido pelo Banco global” − uma consequência
Mundial e pelo FMI. espontânea do mercado ca-
pitalista − tem gerado pres-
Para contextualizar o ambiente em que ocorreu a reforma gerencial no Bra- sões e impactos nos maiores
mercados internacionais, com
sil, Bresser-Pereira (2011) explica que a reforma gerencial do Estado deve ser resultados dramáticos para os
compreendida através da grande força que moldou a sociedade no século mercados internos, em fun-
ção da lógica da concorrência
XX − a globalização.
pela redução dos preços.
23
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
Saiba mais sobre os disposi- Entende Bresser-Pereira (2011) que a reforma gerencial brasileira de 1995, foi
tivos propostos pela Emenda
uma resposta aos desafios apresentados pela transformação do Estado bra-
Constitucional nº 19, de 4 de
junho de 1998, que modi- sileiro em um Estado social, depois da transição democrática de 1985. Dessa
ficou o regime, princípios e forma, talvez o Brasil tenha sido o primeiro Estado social entre os países em
normas da administração pú-
blica, servidores e agentes po- desenvolvimento. Essa reforma visava, principalmente, transformar o Estado
líticos, controle de despesas burocrático em um Estado gerencial, inaugurando a chamada “administração
e finanças públicas e custeio
gerencial”, focada na eficiência, eficácia e efetividade.
de atividades a cargo do Dis-
trito Federal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov. Para Bresser-Pereira (2005, p. 28) são traços básicos que balizam a administração
br/ccivil_03/constituicao/ pública gerencial:
Emendas/Emc/emc19.htm>.
• É orientada para o cidadão e para a obtenção de resultados;
24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Em janeiro de 1999, o Ministério da Administração Federal e Reforma do Esta- Acesse as publicações do Mi-
nistério do Planejamento, Or-
do (MARE) foi fundido com o Ministério do Planejamento, passando a denomi-
çamento e Gestão (MPOG)
nar-se Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). no respectivo Portal, dispo-
nível em: <http://www.pla-
De acordo com Bresser-Pereira (1998, p. 192), três tipos de mudanças no Esta- nejamento.gov.br/secretaria.
asp?cat=233&sec=25>
do brasileiro envolveram a implantação da administração pública gerencial:
• Propor, coordenar e apoiar a implementação de planos, programas, proje- Acesse o Portal da Secretaria
tos e ações estratégicas de inovação e aperfeiçoamento da gestão pública; de Gestão Pública e conheça os
seus diferentes departamentos.
• Promover a gestão do conhecimento e a cooperação em gestão pública; Disponível em: <http://www.
planejamento.gov.br/secreta-
• Coordenar as ações do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburo- ria.asp?cat=162&sec=6>
cratização – GESPÚBLICA –, instituído pelo Decreto nº 5.378, de 23 de
fevereiro de 2005.
25
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
3 Considerações finais
27
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
4 Bibliografia
Referências bibliográficas
29
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
________. Gestão do setor público: estratégia e estrutura para um
novo Estado. In: BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin (Orgs).
Reforma do Estado e administração pública gerencial. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2005.
COSTA, Frederico Lustosa da. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de
administração pública; 200 anos de reformas. Rev. Adm. Pública, Rio de
Janeiro, v. 42, n. 5, out. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122008000500003&lng=pt&nrm=i
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LESCURA, Carolina; FREITAS JR, Dionysio Borges de; PEREIRA, Roberto. Aspec-
tos Culturais Predominantes na Administração Pública Brasileira. Viço-
sa: II Encontro Mineiro de Administração Pública Economia Solidária e Gestão
Social – EMAPEGS, 2010.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
MATIAS-PEREIRA, José. Curso de Administração Pública: foco nas institui-
ções e ações governamentais. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 14ª Ed. São Pau-
lo: Revista dos Tribunais, 1989.
Bibliografia Complementar
PIETRO, Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: editora
Atlas. 2008, p. 692.
31
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U2 B
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Lucas Feliciano
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO