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PROJETO SLINGSHOT
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Sumário
1. Introdução ............................................................................................................... 2
2. Objetivos .................................................................................................................. 2
3. Revisão bibliográfica .............................................................................................. 3
3.1. Constante elástica ...................................................................................................... 3
3.2. Energia potencial elástica ......................................................................................................... 3
3.3. Conservação da energia............................................................................................... 4
3.4. Lançamento de projéteis ............................................................................................. 4
3.5. Estimativa das forças agindo durante uma colisão .......................................................... 5
4. Metodologia experimental ...................................................................................... 5
4.1. Materiais utilizados ..................................................................................................... 5
4.2. Construção ................................................................................................................. 5
5. Resultados ............................................................................................................... 9
6. Conclusão .............................................................................................................. 12
7. Referências bibliográficas ................................................................................... 12
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1. Introdução
Desenvolvemos nesse projeto um Slingshot cuja única força motora é a energia potencial
elástica. Todo impulso necessário para a movimentação do projetil será gerado na transformação
da energia potencial elástica em energia cinética.
Conforme (Hewitt, 2009), um objeto pode armazenar energia em virtude de sua posição com
relação a outro objeto. Essa energia armazenada e prontamente disponível é chamada de energia
potencial, porque nesta forma ela tem o potencial de realizar trabalho. Por exemplo, em uma mola
esticada ou comprimida tem-se o potencial de realizar trabalho. Quando um arco é vergado, energia
é armazenada nele. Ele, então, pode realizar trabalho sobre a flecha. Uma tira de borracha esticada
possui energia potencial elástica. Se for parte de um estilingue, ele é capaz de realizar trabalho.
A energia que um corpo adquire quando está em movimento chama-se energia cinética. A
energia cinética depende de dois fatores: da massa e da velocidade do corpo em movimento.
Qualquer corpo que possuir velocidade terá energia cinética.
2. Objetivos
O objetivo desse trabalho é fazer com que grupos de alunos construam um Slingshot,
desenvolvendo métodos de eficazes de transformação da energia potencial elástica em cinética,
que tenha potência e controle para derrubar alvos pré-estabelecidos à 8 metros de distância
utilizando como munição bolinhas de gude. A competição terá 2 rounds, e em cada round, a equipe
terá 6 oportunidades para derrubar 6 garrafas PETs, com diferentes massas e pontuações.
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3. Revisão bibliográfica
Usaremos para desenvolver o projeto conceitos básicos da Dinâmica, que é um ramo das
ciências físicas que trata da cinemática, que analisa os aspectos geométricos do movimento, e a
dinâmica, que analisa as relações entre as forças e o movimento.
É preciso determinar a constante elástica de uma mola para saber sua capacidade de produzir uma
força elástica (ou força restauradora), para isso, é possível utilizar a Lei de Hooke. Através desta lei
é possível encontrar a força elástica, que corresponde a constante elástica da mola (k), que
depende do material de que a mola é feita e das suas dimensões, multiplicada pela deformação da
mola (∆𝑙 ), gerada por uma massa m.
𝐹 = 𝑘∆𝑙
Para que seja possível descobrir a constante elástica, é necessário conhecer a força que age na
mola, o que pode ser definido por:
𝐹 = 𝑚𝑔
𝑘𝑥²
𝐸𝑃𝐸 =
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Figura 02: Energia potencial elástica
Estando a mola deformada, a força que ela exerce no corpo sempre tem a capacidade de
realizar trabalho positivo quando ela retornar à sua configuração de mola não deformada.
T1 + V1 = T2 + V2
+
(→) 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑐 𝑡; (𝑣)𝑥 = (𝑣0 )𝑥
+ 1
(→) 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 2 𝑎𝑐 𝑡² ; 𝑥 = 𝑥0 + (𝑣0 )𝑥 𝑡
+
(→) 𝑣² = 𝑣 2 0 + 2𝑎𝑐 (𝑠 − 𝑠0 ) ; (𝑣)𝑥 = (𝑣0 )𝑥
Através destas equações podemos determinar o tempo necessário para o projetil atingir o
alvo a uma certa distância x.
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3.5. Estimativa das forças agindo durante uma colisão
𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣3
𝑚1 𝑣1 ² + 𝑚2 𝑣2 ²
𝐸𝐶0 =
2
(𝑚1 + 𝑚2 )(𝑣3 )2
𝐸𝐶1 =
2
∆𝐸 = 𝐸𝐶0 − 𝐸𝐶1
4. Metodologia experimental
4.2. Construção
O primeiro passo foi medir o máximo de alongamento que a goma de látex alcançaria sem
se deformar plasticamente e conseguir acumular a maior energia potencial possível. Para isso,
utilizamos um balde preso ao couro, unido a dois pedaços de goma de látex com as dimensões
desejadas. Foi adicionada água ao balde até a goma atingir a deformação necessária para efetuar
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o disparo no estilingue. Após atingir a deformação, foi medida a massa do balde com água para
posterior analise da rigidez elástica da goma de látex através de fórmulas.
Figura 03: Medição de carga máxima para posterior obtenção da constante elástica.
Com os dados do máximo alongamento da goma partimos para o corte da peça de nylon,
que foi feito através de uma lixadeira, o corte foi de 104cm de comprimento, considerando o
alongamento da goma, mais o comprimento do gatilho e o apoio de ombro. Juntamente com o corte
da base do SLINGSHOT, foram feitos os cortes da peça onde foi fixada a goma de látex, peça que
foi fixada perpendicular à base do SLINGSHOT com comprimento de 30cm e o corte do apoio da
mão, cuja intenção é facilitar a mira. Os cortes serão mostrados nas figuras abaixo.
Figura 04: Peça da base do SLINGSHOT e peça para a fixação dos ganchos.
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Figura 05: Apoio para a mão pronto, cortado com a lixadeira, preparada com um disco de corte.
Após as peças base estarem prontas, o passo seguinte foi realizar o rebaixo na peça base
onde o projétil será colocado e onde será feito o gatilho, para o lançamento do projétil. O rebaixo foi
de 1,4cm de profundidade e 5cm de comprimento, feito a partir de 60cm da extremidade da peça
base, baseado no alongamento desejado da goma de látex. Com o rebaixo pronto, foi feito um furo
para que se passe um pino que terá a função de lançar o projétil. As figuras abaixo ilustram o
trabalho realizado.
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Figura 07: Furo feito na extremidade do rebaixo e ao lado o pino de lançamento do projétil.
O passo seguinte foi fixar a peça onde serão parafusados os ganchos do vaso de planta
para fixação da goma. A peça foi fixada com dois parafusos, foi utilizada uma furadeira com uma
broca de 3/16” para realizar os dois furos. A peça foi colocada perpendicularmente à peça base do
SLINGSHOT.
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peça de couro é segurar o projétil no SLINGSHOT. Realizadas essas etapas o equipamento está
pronto. As figuras abaixo mostram o que foi realizado.
5. Resultados
Após procedimentos para medição da massa do balde (𝑚𝐵 ) com água, obtemos:
𝑚𝐵 = 6,5𝑘𝑔
𝐹 = 𝑚𝐵 𝑎
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𝐹 = (6,5𝑘𝑔)(9,81 𝑚⁄𝑠 2 )
𝐹 = 65,765𝑁
∆𝑠 = 0,58𝑚
𝐹 = 𝑘∆𝑠
𝐹
𝑘=
∆𝑠
63,765𝑁
𝑘=
0,58𝑚
𝑘 = 109,94 𝑁⁄𝑚
Velocidade inicial:
𝑇1 + 𝑉1 = 𝑇2 + 𝑉2
(𝑣)𝑥 = 64,1𝑚⁄𝑠
𝑥 = 𝑥0 + (𝑣0 )𝑥 𝑡
8𝑚 = 0 + (64,1𝑚⁄𝑠)𝑡
𝑡 = 0,1248𝑠
𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣3
𝑣3 = 0,287𝑚⁄𝑠
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𝑚1 𝑣1 ² + 𝑚2 𝑣2 ²
𝐸𝐶0 =
2
(0,009𝑘𝑔)(64,1𝑚⁄𝑠)2 + (2𝑘𝑔)(0)²
𝐸𝐶0 =
2
𝐸𝐶0 = 18,49𝐽
(𝑚1 + 𝑚2 )(𝑣3 )2
𝐸𝐶1 =
2
(0,009𝑘𝑔 + 2𝑘𝑔)(0,287𝑚⁄𝑠)²
𝐸𝐶1 =
2
𝐸𝐶1 = 0,083𝐽
∆𝐸 = 𝐸𝐶0 − 𝐸𝐶1
∆𝐸 = 18,49𝐽 − 0,083𝐽
∆𝐸 = 18,407𝐽
Para descobrir a força que um projétil faz sobre um alvo, devemos dividir a energia cinética
antes do impacto, em J, pela distância, em m, de penetração do projétil no alvo, porém, não
dispomos de recursos para fazer tal analise. Desta forma, considerando a alta velocidade do
lançamento da bolinha de gude, causada pela rigidez elástica da goma de látex, e pelo fato do
objeto alvo ser mais rígido, não permitindo a penetração, sabemos que neste caso a força de
impacto é maior, se comparada a um objeto penetrável, assim, chegamos à conclusão de que é
possível derrubar alvos mais pesados, o que foi comprovado nos testes.
O teste consistiu em realizar vários disparos a uma distância de 8m do alvo, na qual obtemos
excelentes resultados, sendo possível derrubar alvos de 2kg.
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esticada na posição de disparo, tenha uma pequena inclinação, fazendo com que o disparo saísse
para cima. Desta forma, tivemos que mirar na parte inferior do alvo, o que dificultou um pouco o
alcance do objetivo final, que é derrubar as garrafas.
6. Conclusão
Concluímos, pois, que este trabalho foi uma excelente oportunidade para alinhar os
conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula com os conhecimentos práticos que a profissão
do engenheiro exige, bem como a fase de planejamento, elaboração, construção e execução do
projeto, e dessa forma, pudemos ter contato com o dia a dia de um profissional encarregado de
colocar projetos em prática, o que nos motiva a, cada vez mais, buscar colocar nossos
conhecimentos teóricos em prática na execução de projetos.
7. Referências bibliográficas
http://www.fem.unicamp.br/~impact/forcab.htm
http://www.if.ufrgs.br/cref/?area=questions&id=297
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