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“Quero Bolsonaro vivo, mas política é outra coisa”, disse Ciro Gomes

Raniery Soares, direto de Boqueirão (PB)


Em sua primeira visita oficial a Paraíba como candidato à presidência da República, Ciro
Gomes (PDT) afirmou que independente do que aconteceu com o presidenciável Jair Bolsonaro,
a sua campanha não mudará de tom. “Nós precisamos separar bem o que é a solidariedade
humana e cristã, que foi o que eu imediatamente expressei, pois eu quero Bolsonaro vivo e
inteiro, mas a questão política é outra coisa”, disse.
Acompanhado da candidata à vice-governadora Lígia Feliciano (PDT-PB), ele preferiu fugir das
maiores cidades e participou de um ato em Boqueirão (PB), distante 175 km da capital João
Pessoa, onde fica localizado o reservatório que leva o nome da mesma cidade e que é
beneficiado diretamente pela Transposição do Rio São Francisco.
Sobre Bolsonaro, Ciro falou que apesar de não concordar com nada do que Jair defende em seus
discursos, frisou que a sua atitude solidária reforça apenas a postura que todo cidadão brasileiro
precisa ter diante de um fato como esse.
“Ainda que os políticos, às vezes de forma irresponsável, se precipitem com os seus
radicalismos, nós precisamos entender que a eleição é um momento de discutir ideias, para que
depois, quando o processo eleitoral passar, possamos nos unir por um projeto bem maior, que é
sanar os problemas que o nosso país enfrenta”, falou Ciro.
A escolha do lugar não foi à toa. Gomes relembrou que há dez anos visitou o Açude de
Boqueirão ao lado do então presidente Lula, já focados no projeto de transposição do Rio São
Francisco. Inaugurado por Juscelino Kubistchek em 1957, o manancial é o maior reservatório de
água da Paraíba, com capacidade total de 436 milhões de metros cúbicos.
“Confesso que fico emocionado vendo que hoje, dez anos depois, o povo ter condições de matar
a sede com a água do São Francisco”, resumiu.
“O Brasil está perdendo a batalha contra o crime”
O Agreste paraibano, que é onde Boqueirão está localizada, é o principal alvo das quadrilhas de
explosão de bancos. O caso mais recente aconteceu em Caturité, distante apenas 13 km do local
onde Ciro Gomes participou do evento deste sábado (8). Segundo ele, apesar do Brasil está em
desvantagem em relação ao crime organizado na questão de segurança, é papel do Governo
Federal resolver esta situação.
“O Brasil irresponsavelmente permitiu que 90% das transações financeiras fossem concentradas
em cinco bancos. Do outro lado tem o problema da segurança. O seguro dos bancos está
encarecido exatamente porque o Brasil está perdendo a batalha contra o crime organizado e as
facções criminosas. Vou jogar muito duro com eles [os criminosos] e vou puxar a
responsabilidade deste combate para o Governo Federal”, comentou.

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