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Obs. Marc Auge - O não lugar é diametralmente oposto ao lar, à residência, ao espaço
personalizado. É representado pelos espaços públicos de rápida circulação, como
aeroportos, rodoviárias, estações de metrô, e pelos meios de transporte - mas também
pelas grandes cadeias de hotéis e supermercados.
- diferentes de muitas práticas que não são visíveis na leitura política, a etnografia surge
para resgatar essa dimensão subjetiva. a incorporação dos atores e práticas é que
permitem a introdução de outros pontos de vista sobre a cidade para além do lucro e
poder.
- Esta é a proposição da antropologia através da etnografia, compreendendo a
importância das grandes cidades para análise e reflexão. Não uma percepção ampla
proveniente de uma fragmentação multicultural, mas sistemas de trocas em outra escala
arranjos, experiências de diferentes matizes com parceiros até então impensáveis.
- O pesquisador e o nativo são dotados dos mesmos processos cognitivos, pois ambos
participam do mesmo plano dos fenômenos fundamentais da vida do espírito (levi
Strauss) estes processos cognitivos permitem o contato em uma instancia mais
profunda, uma comunhão para além das diferenças culturais.
- A natureza da explicação etnográfica tem como base o "insight", a "sacada", que nos
permite interpretar aqueles dados que nos foram oferecidos de maneira fragmentada. O
resultado deste encontro entre pesquisador/pesquisado carrega as marcas de ambos.
- pensando em uma etnografia da cidade sobre a cidade e sua dinâmica, o olhar de perto
e de dentro é capaz de manifestar aspectos que estão excluídos de uma perspectiva de
fora e de longe representada em abordagem que não enfatizam estabelecer relação com
os habitantes da cidade.
- A idéia de uma cidade com indivíduos isolados e solitários nega o potencial manifesto
na vida dos indivíduos, e todas as possibilidades que são constituídas por eles no
cotidiano da cidade. O simples acompanhar o citadino manifestara parte deste complexo
que é a vida, suas relações, espaços freqüentados, redes, comportamentos, trajetos, tudo
isso ocorrendo na paisagem da cidade e acessando os equipamentos por ela propostos.
(ônibus, trem, hotéis, etc.).
- o autor fala sobre a Modalidade de passagem - percorrer a cidade, suas vielas, observar
os espaços, personagens, os habitos, conflitos, expedientes, se deixar imbuir pela
fragmentação que a sucessão de imagens e situações produz.
- O olhar de fora e de longe da pouco importância aos atores sociais e sua tramas.
- renunciar a uma percepção de cidade em sua totalidade não significa cair no seu
oposto, a fragmentação.
- para lidar com estas distâncias é preciso situar o foco nem tão de perto que se
confunda, e nem tão de longe a ponto de distinguir um recorte abrangente, mas
indecifrável desprovido de sentido.
- Já circuito, que aparece como uma categoria capaz de dar conta de um regime de
trocas e encontros no contexto mais amplo e diversificado da cidade (e até para fora
dela), pode englobar pedaços e trajetos particularizados. Circuito de cinema, cirquito de
acumpunturistas, circuito de astrólogos, circuito de capoeira, circuito religioso)
- Por fim, Magnani concluí que a meta é seguir em busca de uma lógica mais geral. Do
olhar de perto e de dentro, próprio da etnografia, para um olhar distanciado, em direção,
aí sim, a uma antropologia da cidade,