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TESTE DE MALLAMPATI
- Língua = a inervação dos músculos da língua é feita pelos pares V (trigêmeo), VII (facial), IX
(glossofaríngeo) e X (vago). A irrigação é feita pela artéria lingual. As glândulas
submandibulares secretam nas estrias laterais ao frênulo da língua. Já as sublinguais secretam
nas cristas laterais à saída das submandibulares. A língua possui papilas valadas, em forma de
“V”invertido, que a dividem em 1/3 posterior e 2/3 anteriores. O plexo venoso sublingual é
importante na drenagem da língua, sendo utilizado na via de administração sublingual, que
tem boa taxa de absorção.
- Faringe = inervação motora e sensitiva pelo plexo faríngeo (IX, X e XI) e ramo simpático do
gânglio cervical superior. Irrigação pela artéria faríngica ascendente e tireóidea inferior. Possui 3
músculos constrictores, inervados pelo nervo glossofaríngeo (NC IX).
OBS:
- Características de quem tem cálculo
de vesícula: mulher, multípara,
obesa, baixa, mais de 40 anos.
- O ponto cístico fica localizado no
hipocôndrio direito, no encontro do
rebordo costal com a borda do reto
abdominal.
- Os sinais de obstrução do colédoco
(ducto biliar comum) são colúria,
acolíria fecal e icterícia.
AULA 2: Estômago e Esôfago
ESÔFAGO
-Órgão tubular, muscular, oco, com função de levar os
alimentos da boca até o estômago. Possui uma camada
muscular com duas orientações de fibras, a mais externa
longitudinal e a mais interna é circular.
-O esôfago estende-se da extremidade inferior da faringe até o
óstio cárdico do estômago.
-Só é possível se controlar a motilidade da 1ª porção do esôfago.
-Possuui 3 porções, o esôfago cervical, o esôfago torácico e o
esôfago abdominal.
-Existe uma transição macroscópica entre esôfago (mucosa
esofagiana) e estômago (mucosa gástrica), a chamada linha Z.
ESTÔMAGO
- Partes do estômago: cárdia, fundo, corpo,
curvaturas menor e maior, antropilórico e canal
pilórico.
- Os primeiros ramos da aorta abdominal são as
artérias frênicas inferiores, que irrigam diafragma e
emitem a artéria supra-renal superior.
- OBS: a artéria supra-renal média é ramo da aorta
abdominal diretamente, e a artéria supra-renal inferior é
ramo da artéria renal.
- Após as artérias frênicas inferiores,
dá-se o ramo do tronco celíaco. O
tronco celíaco possui 3 ramos -
artéria esplênica, artéria gástrica
esquerda e artéria hepática comum.
• A artéria gástrica esquerda vai
para a pequena curvatura do
estômago, região que irriga.
• A artéria hepática comum dá
alguns ramos antes de chegar no
fígado, e então passa a ser
chamada de artéria hepática
própria. Alguns desses ramos são:
artéria gástrica direita e a artéria
gastroduodenal.
• A artéria gástrica direita, que também vai para a pequena curvatura do estômago, e se une
à gástrica esquerda, e fazendo uma anastomose que forma um anel.
• A artéria gastroduodenal desce por trás da 1ª porção do duodeno, e lança um ramo que se
chama artéria gastro-omental direita (ou artéria gastroepiplóica direita). Depois disso, ela
passa a se chamar artéria pancreatoduodenal superior (anterior e posterior).
• A artéria esplênica dá o ramo da artéria gastroepiplóica esquerda (ou artéria gastroepiplóica
esquerda), que irrigam a grande curvatura do estômago. Além disso, esplênica emite também
as artérias gástricas curtas, que vascularizam o fundo gástrico.
- A artéria mesentérica superior é ramo da aorta, e vasculariza todo o colo direito, metade do
colo transverso e todo o intestino delgado. Ela emite a artéria pancreatoduodenal inferior
(anterior e posterior).
- As artérias pancreatoduodenais superior e inferior se comunicam pelos seus ramos anterior e
posterior, formando um envoltório na cabeça do pâncreas.
- A anastomose das veias da porção inferior do
esôfago com a veia gástrica esquerda constitui
uma das mais importantes comunicações entre
o sistema porta e sistêmico.
- O pedículo hepático é constituído por artéria
hepática, colédoco e veia porta (medial e
posterior)
- Veias mesentéricas superior, inferior e veia
esplênica formam a veia porta hepática, que
futuramente desemboca na cava, após o sistema
porta. Veia Gástrica
- A veia gástrica esquerda acompanha a pequena Veia Esquerda
curvatura, e desemboca na porta. Além disso, Porta
traz todo o sangue da drenagem venosa do
esôfago.
AULA 3: Intestino
- O intestino começa logo após o piloro, sendo dividido
em intestino delgado e grosso.
- A principal parte da digestão ocorre no intestino
delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica,
onde se reúne com o intestino grosso.
- O peritônio parietal, assim como a pleura parietal, é
mais inervado, sendo que são os 6 últimos nervos
intercostais que fazem esse papel. Assim, o doente não
consegue dizer onde se localiza uma dor visceral, pois
ocorre o processo de dor referida.
- Sinal de Pedro Chutro - marca-se com uma caneta a
espinha ilíaca antero-superior de ambos os lados e
também se marca um ponto na parte inferior à cicatriz
umbilical. Com uma folha de papel, compara-se o
tamanho entre as cristas ilíacas e a cicatriz umbilical.
Caso a distância do lado direito seja menor, isso indica
contratura muscular como mecanismo de proteção,
devido ao processo inflamatório, um indicativo de
apendicite.
DUODENO
-A primeira porção do intestino delgado é o duodeno.
-Apresenta 4 porções (partes): superior (1ª), descendente (2ª),
horizontal ou inferior (3ª) e ascendente (4ª).
-Sua primeira porção é chamada de bulbo duodenal. Na sua
segunda porção, num local chamado papila duodenal, é onde
desemboca a bile e o suco
pancreático.
-Atrás do duodeno passa a artéria
gastroduodenal, e em caso de
úlcera profunda posterior de duodeno, pode haver sangramento
dessa artéria.
- Sua vascularização é feita pelas artérias pancreatoduodenais e
pela gastroduodenal.
JEJUNO E ÍLEO
- O duodeno é separado da segunda porção do intestino delgado, o jejuno, pelo ângulo duodeno-
jejunal (Ângulo de Treitz), que é a partir de onde um sangramento intestinal não gera mais
hematêmese, passa a sair pelas fezes.
- A vascularização de jejuno e íleo é feita Hemoptise - tosse com sangue
pela artéria mesentérica superior, ramo da Hematêmese - vomitar sangue
aorta abdominal. Melena - sangue digerido e preto nas fezes
- Juntos, possuem um comprimento de 5 a Hematoquesia - fezes normais, sangue em volta
8 metros.
- Divertículo de Meckel - é uma deficiência congênita, em que há formação de uma protuberância
parecida com uma bolsa na parede do intestino delgado. Não apresenta sintomas normalmente,
mas as protuberâncias podem segregar ácido e formar úlceras, provocando uma hemorragia
rectal indolor. As crianças com divertículo de Meckel costumam ter fezes de cor de tijolo ou
negras. Em adolescentes e adultos, o divertículo é mais propenso a provocar obstrução
intestinal. Uma inflamação súbita no divertículo, a diverticulite aguda, pode ocorrer levando a
fortes dores e sensibilidade abdominal, acompanhadas por vómitos.
- Doença de Crohn - doença inflamatória crônica do TGI. Afeta predominantemente a parte
inferior do intestino delgado e intestino grosso. Causa diarréia, cólica, febre e, às vezes,
sangramento retal. Podem ocorrer perda de apetite e perda de peso subsequente.
- Pinçamento Aorto-mesentérico, Sínsdrome da Artéria Mesentérica Superior, ou Síndrome de
Wilkie é uma obstrução ao nível da terceira porção do duodeno, ocasionada pelo seu
pinçamento entre as artérias aorta abdominal e mesentérica superior, cujos sintomas são dor
epigátrica, saciedade precoce, desconforto pósprandial, náuseas, vômitos e emagrecimento.
- Manobra de Kocher - manobra cirúrgica de rotação medial do duodeno, que permite bom
acesso para palpar o colédoco. Muito usada em procedimento de coledocotomia.
OBS: sinais de obstrução do colédoco = colúria (urina mais escura) e hipocolia ou acolia fecal
(pouca ou nenhuma bile nas fezes, com coloração esbranquiçada).
INTESTINO GROSSO
- Íleo e cécum são limitados pela válvula íleo-cecal, que
tem a função de impedir o refluxo do conteúdo do
cécum para o íleo.
- As porções do intestino grosso são cécum, apêndice,
cólon (ascendente, transverso e descendente, sigmoide,
reto e o canal anal).
- A maior parte da digestão ocorre mesmo no jeuno e íleo,
ficando o colo responsável principalmente pela
absorção de água.
- Sua vascularização é feita pelas artérias mesentéricas
superior (cécum, colo ascendente e metade do transverso) e inferior (outra metade do
transverso, colo descendente e reto), ambas ramos da aorta abdominal.
- A drenagem dos intestinos é feita pela mesentérica inferior e superior. A mesentérica inferior
desemboca na superior, que se junta com a esplênica, formando a veia porta.
- Características: haustrações (haustos), tênias (3 faixas fibromusculares que acompanham o cólon
e o ceco, indo até a base do apêndice) e apêndices epiplóicos (formados por tecido adiposo, que
podem torcer e causar necrose e inflamação - apendagite, que não é indicativo de cirurgia).
AULA 4: Fígado, Pâncreas e Vias Biliares
FÍGADO
- Fígado é um órgão maciço, localizado no hipocôndrio
direito.
- Possui os lobos direito e esquerdo, divididos pelo
ligamento falciforme. A continuação do ligamento
falciforme forma o ligamento redondo (resíduo da veia
umbilical esquerda, indo até a parte interna da cicatriz
umbilical).
-As partes do peritônio que vem pela frente e por trás do fígado, para fixá-lo no
diafragma, se juntam e formam na parte superior do fígado os ligamentos
triangulares direito e esquerdo. Na parte em que eles não se juntam, mais no
meio superior do fígado, formam o ligamento coronário.
-Omento ou Grande Epiplon é um folheto móvel do peritônio que conecta
vísceras, saindo da grande curvatura do estômago. Possui ainda gordura e vasos
sanguíneos. Ele se movimenta dentro da cavidade abdominal, e quando há
qualquer inflamação vai em direção a ela, na tentativa de bloqueá-la.
- Existe ainda o Pequeno Epiplo, que liga-se da pequena curvatura do estômago ao hilo hepático.
- O Pedículo Hepático é formado pela artéria hepática própria do
lado esquerdo, ducto colédoco do lado direito, e posterior e
medial a veia porta. Se localiza na borda do pequeno omento.
- A manobra de Pringle é utilizada para se parar algum
sangramento que esteja ocorrendo no fígado, e consiste em
clampear as 3 estruturas do pedículo hepático.
-A veia porta vasculariza o fígado,
levando cerca de 70% do seu
suprimento sanguíneo. Os outros
30% são feitos pela artéria hepática.
A sua drenagem é feita pelas veias hepáticas, geralmente 3, que
drenam para a cava inferior.
-Existem ainda o lobo quadrado (parte anterior), que fica entre a
vesícula biliar e o ligamento redondo; e o lobo caudado (parte
posterior), entre a veia cava inferior e a continuidade do redondo.
- À nível capilar, o sangue da veia porta e da artéria hepática se misturam, nos sinusóides, e
depois formam uma nova rede venosa, que forma as veias hepáticas para desembocar na cava.
- A artéria hepática própria, conteúdo do pedículo hepático, se divide em artérias hepáticas
direita e esquerda. A artéria cística é ramo da artéria hepática direita, para realizar
vascularização da vesícula.
PÂNCREAS
-O ducto de Wirsung vai recebendo, através de
canais, a secreção pancreática, até se encontrar com
o ducto colédoco, e juntos desembocarem no duodeno.
- A obstrução do ducto de Wirsung pode causar
pancreatite, sendo que as causas mais comuns são
cálculos biliares e o alcoolimso, que torna a secreção do
pâncreas mais espessa.
- A cabeça do pâncreas fica alojada no duodeno, e ele
também possui um corpo e uma cauda, que vai até o
baço.
TRÍADE DA
DOENÇA ÍLIO BILIAR
1.Obstrução intestinal, com nível hidroaéreo
2.Ar nas vias biliares, chamado de aerobilia
3.Cálculo na fossa ilíaca direita, visto no Rx, obstruindo
a válvula íleo-secal.
-Por conta disso, cálculo de vesícula é indicação formal
de cirurgia.