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Anato 3º Bimestre

Guilherme Lago Miranda - 124


AULA 1: Boca e Faringe
-Vestíbulo = espaço situado entre os lábios e a
bochecha externamente e os dentes e gengivas
internamente. O ducto parotídeo abre-se no vestíbulo,
na altura do 2º molar superior. Quando os dentes
estão em contato, o vestíbulo comunica-se com a
cavidade oral somente por um espaço variável entre
os últimos molares e o ramo da mandíbula.
- Cavidade bucal propriamente dita = istmo das
fauces, frênulo da língua, papila sublingual (na qual
se abre o ducto submandibular), prega sublingual (de
cada lado do frênulo, onde se abrem os ductos das
sublinguais).
- A glândula parótida tem muito cálcio. Assim, em casos de desidratação, após diarréia e vômitos
por exemplo, podem ser formados cálculos desta glândula, que podem vir a obstruir o ducto
parotídeo e causar inchaço na parótida.
- Istmo das fauces = limite superior - úvula e palato mole, limite lateral - músculos palatoglosso,
palatofaríngeo e amígdala; limite inferior - língua, que forma a base. A irrigação é feita pela
artéria maxilar, e a inervação ocorre pelo plexo faríngeo. É a estrutura por onde passam a água e
a comida na deglutição.

- Palato duto - 2/3 anteriores, formado por arcabouço ósseo.


- Palato mole - 1/3 posterior, prega fibromuscular móvel.
Continua-se lateralmente com duas pregas: palatoglosso e
palatofaríngico.
- A inervação dos palatos se dá pelos pares XI (acessório -
plexo faríngico) e V (trigêmeo). Irrigação pela artéria maxilar.

TESTE DE MALLAMPATI
- Língua = a inervação dos músculos da língua é feita pelos pares V (trigêmeo), VII (facial), IX
(glossofaríngeo) e X (vago). A irrigação é feita pela artéria lingual. As glândulas
submandibulares secretam nas estrias laterais ao frênulo da língua. Já as sublinguais secretam
nas cristas laterais à saída das submandibulares. A língua possui papilas valadas, em forma de
“V”invertido, que a dividem em 1/3 posterior e 2/3 anteriores. O plexo venoso sublingual é
importante na drenagem da língua, sendo utilizado na via de administração sublingual, que
tem boa taxa de absorção.

- Faringe = inervação motora e sensitiva pelo plexo faríngeo (IX, X e XI) e ramo simpático do
gânglio cervical superior. Irrigação pela artéria faríngica ascendente e tireóidea inferior. Possui 3
músculos constrictores, inervados pelo nervo glossofaríngeo (NC IX).

- Esôfago = possui 2 musculaturas, 1 externa e longitudinal, e outra interna e circular.


Internamente a isso, existem ainda as camadas submucosa e mucosa.
- Na transição faringo-esofagiana, existe um triângulo posterior formado apenas por fibras
musculares internas (circulares), e por não contar também com as fibras longitudinais, esta
região é mais fraca, e pode com o tempo vir a formar um divertículo - Divertículo de Zenker. É
um divertículo falso, pois só a camada mucosa que protrai por entre as fibras musculares. É a
área de fraqueza da transição faringo-esofagiana.

OBS:
- Características de quem tem cálculo
de vesícula: mulher, multípara,
obesa, baixa, mais de 40 anos.
- O ponto cístico fica localizado no
hipocôndrio direito, no encontro do
rebordo costal com a borda do reto
abdominal.
- Os sinais de obstrução do colédoco
(ducto biliar comum) são colúria,
acolíria fecal e icterícia.

AULA 2: Estômago e Esôfago
ESÔFAGO
-Órgão tubular, muscular, oco, com função de levar os
alimentos da boca até o estômago. Possui uma camada
muscular com duas orientações de fibras, a mais externa
longitudinal e a mais interna é circular.
-O esôfago estende-se da extremidade inferior da faringe até o
óstio cárdico do estômago.
-Só é possível se controlar a motilidade da 1ª porção do esôfago.
-Possuui 3 porções, o esôfago cervical, o esôfago torácico e o
esôfago abdominal.
-Existe uma transição macroscópica entre esôfago (mucosa
esofagiana) e estômago (mucosa gástrica), a chamada linha Z.

-Ao atravessar o diafragma,


o esôfago sofre um
pinçamento no hiato
esofágico (cerca de 3 cm
acima da Linha Z). Este
pinçamento ocorre pela
pressão do diafragma. Nesta
região, pode ocorrer uma hérnia de hiato esofágico, quando
a linha Z hernia para cima do hiato esofágico.

- O esôfago possui 3 estreitamentos:


1. A transição faringo-esofágica
2. Sua passagem pela região bronco fonte esquerdo
3. Anel muscular (esfíncter fisiológico), pela ação da
inervação dos plexos de Meissner e Auerbach.
Está localizado no final do esôfago.

OBS: Doença de Chagas destrói esses 2 plexos


nervosos, podendo causar uma obstrução, pelo
estreitamento do anel muscular, levando a um quadro
de megaesôfago.

- O esôfago se inicia ao nível da cartilagem cricóidea ( C6). Tem cerca de 25 a 30 cm de


comprimento.
- Sua irrigação sanguínea se dá pelas artérias tireóideas inferiores, artérias bronquiais, ramos
diretos da aorta e as artérias frênicas e gástrica esquerda.
- A drenagem das estruturas abdominais ocorre formando a veia porta, que compõe o sistema
porta-hepático. Todos os fármacos administrados pela VO passam por essa veia porta, uma vez
que sua absorção se dá principalmente no intestino.
- Existem alguns tipos de alterações
congênita de esôfago, sendo a mais
frequente (80%) o aparecimento de
um esôfago incompleto na sua parte
superior, com fístula traqueo-
esofágica na parte inferior (C).

ESTÔMAGO
- Partes do estômago: cárdia, fundo, corpo,
curvaturas menor e maior, antropilórico e canal
pilórico.
- Os primeiros ramos da aorta abdominal são as
artérias frênicas inferiores, que irrigam diafragma e
emitem a artéria supra-renal superior.
- OBS: a artéria supra-renal média é ramo da aorta
abdominal diretamente, e a artéria supra-renal inferior é
ramo da artéria renal.
- Após as artérias frênicas inferiores,
dá-se o ramo do tronco celíaco. O
tronco celíaco possui 3 ramos -
artéria esplênica, artéria gástrica
esquerda e artéria hepática comum.
• A artéria gástrica esquerda vai
para a pequena curvatura do
estômago, região que irriga.
• A artéria hepática comum dá
alguns ramos antes de chegar no
fígado, e então passa a ser
chamada de artéria hepática
própria. Alguns desses ramos são:
artéria gástrica direita e a artéria
gastroduodenal.
• A artéria gástrica direita, que também vai para a pequena curvatura do estômago, e se une
à gástrica esquerda, e fazendo uma anastomose que forma um anel.
• A artéria gastroduodenal desce por trás da 1ª porção do duodeno, e lança um ramo que se
chama artéria gastro-omental direita (ou artéria gastroepiplóica direita). Depois disso, ela
passa a se chamar artéria pancreatoduodenal superior (anterior e posterior).
• A artéria esplênica dá o ramo da artéria gastroepiplóica esquerda (ou artéria gastroepiplóica
esquerda), que irrigam a grande curvatura do estômago. Além disso, esplênica emite também
as artérias gástricas curtas, que vascularizam o fundo gástrico.
- A artéria mesentérica superior é ramo da aorta, e vasculariza todo o colo direito, metade do
colo transverso e todo o intestino delgado. Ela emite a artéria pancreatoduodenal inferior
(anterior e posterior).
- As artérias pancreatoduodenais superior e inferior se comunicam pelos seus ramos anterior e
posterior, formando um envoltório na cabeça do pâncreas.
- A anastomose das veias da porção inferior do
esôfago com a veia gástrica esquerda constitui
uma das mais importantes comunicações entre
o sistema porta e sistêmico.
- O pedículo hepático é constituído por artéria
hepática, colédoco e veia porta (medial e
posterior)
- Veias mesentéricas superior, inferior e veia
esplênica formam a veia porta hepática, que
futuramente desemboca na cava, após o sistema
porta. Veia Gástrica
- A veia gástrica esquerda acompanha a pequena Veia Esquerda
curvatura, e desemboca na porta. Além disso, Porta
traz todo o sangue da drenagem venosa do
esôfago.
AULA 3: Intestino
- O intestino começa logo após o piloro, sendo dividido
em intestino delgado e grosso.
- A principal parte da digestão ocorre no intestino
delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica,
onde se reúne com o intestino grosso.
- O peritônio parietal, assim como a pleura parietal, é
mais inervado, sendo que são os 6 últimos nervos
intercostais que fazem esse papel. Assim, o doente não
consegue dizer onde se localiza uma dor visceral, pois
ocorre o processo de dor referida.
- Sinal de Pedro Chutro - marca-se com uma caneta a
espinha ilíaca antero-superior de ambos os lados e
também se marca um ponto na parte inferior à cicatriz
umbilical. Com uma folha de papel, compara-se o
tamanho entre as cristas ilíacas e a cicatriz umbilical.
Caso a distância do lado direito seja menor, isso indica
contratura muscular como mecanismo de proteção,
devido ao processo inflamatório, um indicativo de
apendicite.

DUODENO
-A primeira porção do intestino delgado é o duodeno.
-Apresenta 4 porções (partes): superior (1ª), descendente (2ª),
horizontal ou inferior (3ª) e ascendente (4ª).
-Sua primeira porção é chamada de bulbo duodenal. Na sua
segunda porção, num local chamado papila duodenal, é onde
desemboca a bile e o suco
pancreático.
-Atrás do duodeno passa a artéria
gastroduodenal, e em caso de
úlcera profunda posterior de duodeno, pode haver sangramento
dessa artéria.
- Sua vascularização é feita pelas artérias pancreatoduodenais e
pela gastroduodenal.

JEJUNO E ÍLEO
- O duodeno é separado da segunda porção do intestino delgado, o jejuno, pelo ângulo duodeno-
jejunal (Ângulo de Treitz), que é a partir de onde um sangramento intestinal não gera mais
hematêmese, passa a sair pelas fezes.
- A vascularização de jejuno e íleo é feita Hemoptise - tosse com sangue
pela artéria mesentérica superior, ramo da Hematêmese - vomitar sangue
aorta abdominal. Melena - sangue digerido e preto nas fezes
- Juntos, possuem um comprimento de 5 a Hematoquesia - fezes normais, sangue em volta
8 metros.
- Divertículo de Meckel - é uma deficiência congênita, em que há formação de uma protuberância
parecida com uma bolsa na parede do intestino delgado. Não apresenta sintomas normalmente,
mas as protuberâncias podem segregar ácido e formar úlceras, provocando uma hemorragia
rectal indolor. As crianças com divertículo de Meckel costumam ter fezes de cor de tijolo ou
negras. Em adolescentes e adultos, o divertículo é mais propenso a provocar obstrução
intestinal. Uma inflamação súbita no divertículo, a diverticulite aguda, pode ocorrer levando a
fortes dores e sensibilidade abdominal, acompanhadas por vómitos.
- Doença de Crohn - doença inflamatória crônica do TGI. Afeta predominantemente a parte
inferior do intestino delgado e intestino grosso. Causa diarréia, cólica, febre e, às vezes,
sangramento retal. Podem ocorrer perda de apetite e perda de peso subsequente.
- Pinçamento Aorto-mesentérico, Sínsdrome da Artéria Mesentérica Superior, ou Síndrome de
Wilkie é uma obstrução ao nível da terceira porção do duodeno, ocasionada pelo seu
pinçamento entre as artérias aorta abdominal e mesentérica superior, cujos sintomas são dor
epigátrica, saciedade precoce, desconforto pósprandial, náuseas, vômitos e emagrecimento.
- Manobra de Kocher - manobra cirúrgica de rotação medial do duodeno, que permite bom
acesso para palpar o colédoco. Muito usada em procedimento de coledocotomia.

OBS: sinais de obstrução do colédoco = colúria (urina mais escura) e hipocolia ou acolia fecal
(pouca ou nenhuma bile nas fezes, com coloração esbranquiçada).

INTESTINO GROSSO
- Íleo e cécum são limitados pela válvula íleo-cecal, que
tem a função de impedir o refluxo do conteúdo do
cécum para o íleo.
- As porções do intestino grosso são cécum, apêndice,
cólon (ascendente, transverso e descendente, sigmoide,
reto e o canal anal).
- A maior parte da digestão ocorre mesmo no jeuno e íleo,
ficando o colo responsável principalmente pela
absorção de água.
- Sua vascularização é feita pelas artérias mesentéricas
superior (cécum, colo ascendente e metade do transverso) e inferior (outra metade do
transverso, colo descendente e reto), ambas ramos da aorta abdominal.
- A drenagem dos intestinos é feita pela mesentérica inferior e superior. A mesentérica inferior
desemboca na superior, que se junta com a esplênica, formando a veia porta.
- Características: haustrações (haustos), tênias (3 faixas fibromusculares que acompanham o cólon
e o ceco, indo até a base do apêndice) e apêndices epiplóicos (formados por tecido adiposo, que
podem torcer e causar necrose e inflamação - apendagite, que não é indicativo de cirurgia).
AULA 4: Fígado, Pâncreas e Vias Biliares
FÍGADO
- Fígado é um órgão maciço, localizado no hipocôndrio
direito.
- Possui os lobos direito e esquerdo, divididos pelo
ligamento falciforme. A continuação do ligamento
falciforme forma o ligamento redondo (resíduo da veia
umbilical esquerda, indo até a parte interna da cicatriz
umbilical).
-As partes do peritônio que vem pela frente e por trás do fígado, para fixá-lo no
diafragma, se juntam e formam na parte superior do fígado os ligamentos
triangulares direito e esquerdo. Na parte em que eles não se juntam, mais no
meio superior do fígado, formam o ligamento coronário.
-Omento ou Grande Epiplon é um folheto móvel do peritônio que conecta
vísceras, saindo da grande curvatura do estômago. Possui ainda gordura e vasos
sanguíneos. Ele se movimenta dentro da cavidade abdominal, e quando há
qualquer inflamação vai em direção a ela, na tentativa de bloqueá-la.
- Existe ainda o Pequeno Epiplo, que liga-se da pequena curvatura do estômago ao hilo hepático.
- O Pedículo Hepático é formado pela artéria hepática própria do
lado esquerdo, ducto colédoco do lado direito, e posterior e
medial a veia porta. Se localiza na borda do pequeno omento.
- A manobra de Pringle é utilizada para se parar algum
sangramento que esteja ocorrendo no fígado, e consiste em
clampear as 3 estruturas do pedículo hepático.
-A veia porta vasculariza o fígado,
levando cerca de 70% do seu
suprimento sanguíneo. Os outros
30% são feitos pela artéria hepática.
A sua drenagem é feita pelas veias hepáticas, geralmente 3, que
drenam para a cava inferior.
-Existem ainda o lobo quadrado (parte anterior), que fica entre a
vesícula biliar e o ligamento redondo; e o lobo caudado (parte
posterior), entre a veia cava inferior e a continuidade do redondo.
- À nível capilar, o sangue da veia porta e da artéria hepática se misturam, nos sinusóides, e
depois formam uma nova rede venosa, que forma as veias hepáticas para desembocar na cava.
- A artéria hepática própria, conteúdo do pedículo hepático, se divide em artérias hepáticas
direita e esquerda. A artéria cística é ramo da artéria hepática direita, para realizar
vascularização da vesícula.

VESÍCULA E VIAS BILIARES


- Para testar se a vesícula biliar do paciente está inflamada (colecistite), localiza o ponto cístico,
que fica entre o rebordo costal e a borda lateral do músculo reto abdominal, e ele deve ser
pressionado durante a inspiração. Se houver dor, tem-se Sinal de Murphy positivo, indicativo
de colestite.
- Os ductos hepáticos direito e esquerdo formam o
ducto hepático comum, que se junta ao ducto
cístico (advindo da vesícula), formando o ducto
colédoco.
- Os sinais de obstrução do colédoco (ducto biliar
comum) são colúria, acolíria fecal e icterícia.
- O colédoco então passa pela cabeça de pâncreas, e
se une ao ducto pancreático, ou ducto de Wirson,
sendo que essa junção forma a Ampola de Water,
que desemboca na 2ª porção do duodeno,
precisamente na papila duodenal.
- A desembocadura do Wirsung é sujeita a muitas variações anatômicas.
-A vesícula é irrigada pela artéria cística, ramo da
artéria hepática direita. Ela passa pelo triângulo de
Callot, ou triângulo hepatocístico, que é delimitado
pelo ducto cístico, pelo ducto hepático comum e
pela borda inferior do fígado.
-Numa colecistectomia, devem ser ligados tanto o
ducto cístico quanto a artéria cística.

PÂNCREAS
-O ducto de Wirsung vai recebendo, através de
canais, a secreção pancreática, até se encontrar com
o ducto colédoco, e juntos desembocarem no duodeno.
- A obstrução do ducto de Wirsung pode causar
pancreatite, sendo que as causas mais comuns são
cálculos biliares e o alcoolimso, que torna a secreção do
pâncreas mais espessa.
- A cabeça do pâncreas fica alojada no duodeno, e ele
também possui um corpo e uma cauda, que vai até o
baço.

TRÍADE DA
DOENÇA ÍLIO BILIAR
1.Obstrução intestinal, com nível hidroaéreo
2.Ar nas vias biliares, chamado de aerobilia
3.Cálculo na fossa ilíaca direita, visto no Rx, obstruindo
a válvula íleo-secal.
-Por conta disso, cálculo de vesícula é indicação formal
de cirurgia.

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