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2014
Editorial
Comitê Editorial
Magda Maria Ventura Gomes da Silva
Rosaura de Barros Baião
Gladis Linhares
Você se lembra?
Na década de 1970, o filme “Síndrome da China” despertou
a atenção do público, ao expor os riscos de um vaza-
mento de radiação em uma usina nuclear. Interpretado
pela atriz Jane Fonda e pelos atores Jack Lemmon e
Michael Douglas, o enredo do filme tráz à tona o
tema do perigo nuclear manifestado pelos am-
bientalistas. O nome tem origem na ideia de que, num vazamento de uma
usina, o núcleo aquece a temperaturas extremas, chegando ao ponto de
fundir a própria base onde está montado, começa a afundar no solo e der-
rete tudo o que encontra pelo caminho. Em razão disso, ele mergulha cada
vez mais fundo, até chegar à China, lado oposto dos EUA. Daí o nome
“Síndrome da China”.
O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
Para dar inicio à nossa reflexão, vamos começar com uma pergunta:
o que é educação ambiental? Aparentemente uma pergunta muito simples,
não é mesmo? Afinal, hoje, no senso comum, todos temos a compreensão
de que devemos nos preocupar com o meio ambiente. Na realidade, essa
pergunta não é tão simples assim!
Para começar a responder a essa Educação
pergunta, vamos recorrer ao artigo “(re) Ambiental, portanto, é
Conhecendo a educação ambiental o nome que historicamente se
convencionou dar às práticas educativas
brasileira”, de Layrargues (2004),
relacionadas à questão ambiental. Assim,
que nos auxilia a pensar a respei- “Educação Ambiental” designa uma qualidade
to dessa proposta de Educação. especial define uma classe de características
De acordo com o texto, educação que juntas, permitem o reconhecimento de
sua identidade, diante de uma educação
ambiental é uma expressão com-
EAD-14-Educação Ambiental – Proibida a reprodução – © UniSEB
A palavra educação...
Educar é um fenômeno típico, uma necessidade ontológica
de nossa espécie, e assim deve ser compreendido para que possa ser
concretamente realizado. Refere-se aos processos sociais relativos à
aprendizagem – que se traduz na dimensão pessoal pela percepção sen-
sível, capacidade reflexiva e atuação objetiva e dialógica na realidade.
Ocorre por meio de múltiplas mediações sociais e ecológicas que se
manifestam nas esferas individuais e coletivas por nós compartilhadas,
o que pressupõe, em seu movimento constitutivo, os lugares e o mo-
mento histórico em que vivemos.
A educação se concretiza pela ação em pensamento e prática, pela
práxis, em interação com o outro no mundo. Trata-se de uma dinâmica
que envolve a produção e reprodução das relações sociais, reflexão e
posicionamento ético na significação política democrática dos códigos
morais de convivência. Educar é ação conservadora ou emancipatória
(superadora das formas alienadas de existência); pode apenas reprodu-
zir ou também transformar-nos como seres pelas relações no mundo,
redefinindo o modo como nos organizamos em sociedade, como ge-
rimos seus instrumentos e como damos sentido à nossa vida. Isto não
significa vê-la como o meio singular para a mudança de valores e de
relações sociais na natureza e nem como dimensão descolada da dinâ-
mica societária total.
É uma dimensão primordial para se alterarem nossos padrões or-
ganizativos, mas não deve ser pensada como “salvação”, ignorando-se
as demais determinações sociais nas quais estamos envolvidos. Este é
um aspecto de grande relevância a ser mencionado.
LAYRARGUES, P. P. (re)Conhecendo a Educação Ambiental
Brasileira. In Identidade da Educação Ambiental. Brasília:
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
Conferência de Tbilisi
Em 1977, na cidade de Tbilisi, antiga URSS, ocorreu o mais
importante evento internacional em favor da educação ambiental, orga-
nizado pela Unesco em colaboração com o Pnuma. A “Primeira Confe-
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
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Figura 1 – Desenvolvimento econômico industrial
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
1.2.5 Rio 92
Nesse período, tivemos no Brasil a realização de um novo encontro
da ONU para debater a problemática ambiental mundial. Ocorre a Eco 92
no Rio de Janeiro, também conhecido como Rio 92.
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Esse evento foi marcante por trazer à tona uma nova concepção
de desenvolvimento para a nossa sociedade industrial globalizada, a da
sustentabilidade. Trata-se de uma concepção de desenvolvimento que
procura conciliar o crescimento econômico com a preservação do meio
ambiente.
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
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Educação Ambiental
rio20/forum-rio5-evento-da-onu-para-avaliacao-de-resultados-da-con-
ferencia-rio-92-sobre-o-desenvolvimento-sustentavel.aspx
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
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Educação Ambiental
Essa pequena viagem pela história nos permite compreender o por quê
da necessidade de uma educação que tenha preocupação com o meio am-
biente. Percebe-se que não se trata somente de preservar a natureza, mas
tentar conciliar o desenvolvimento da sociedade para todos de forma a
garantir que as futuras gerações possam usufruir
dos bens que ela oferece. Conexão:
Devemos enfatizar que, por ser um Home - Nosso Planeta,
tema recente, a compreensão da impor- Nossa Casa, dirigido pelo francês
Yann Arthus-Bertrand e produzido por
tância da preservação das condições Luc Besson. Disponível no YouTube
saudáveis do planeta ainda não está ga- na versões em inglês, alemão, espa-
nhol e francês, e na página oficial
rantida. Aí entra a educação, com ênfase
do documentário em: <http://www.
no ambiental. home-2009.com>
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
Forças da natureza
João Nogueira
Vai resplandecer
Uma chuva de prata do céu vai descer, lá, lá, iá
O esplendor da mata vai renascer
E o ar de novo vai ser natural
Vai florir
Cada grande cidade o mato vai cobrir, ô, ô
Das ruínas um novo povo vai surgir
E vai cantar afinal
As pragas e as ervas daninhas
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval.
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Educação Ambiental
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
Atividade
O texto abaixo se refere à reação do governo brasileiro na Conferen-
cia de Estocolmo de 1972 quando foi apresentado o relatório propondo o
limite do crescimento:
Foi um escândalo internacional! Quando representantes de todo o
mundo se reuniam preocupados com a degradação ambiental do
planeta, o Brasil apresentava uma proposta absolutamente em sen-
tido contrário! À época, alguns militares, então no poder, viram na
Conferência indício de tentativas de aborto do desenvolvimento dos
países pobres, através do controle ambiental. Nessa esteira, dezenas
de indústrias se instalaram no país e produziram Cubatão, Rio Guaí-
ba, Tietê, Projeto Carajás etc, cujas mazelas ainda estamos tentando
reparar (DIAS, 1991, página 4).
Leituras recomendadas
PECCEI, A; IKEDA, D. Antes que seja tarde demais. Rio de Janeiro,
EAD-14-Educação Ambiental – Proibida a reprodução – © UniSEB
Record, 1984
Aurélio Peccei (1984) faz uma analogia bastante ilustrativa da escala do
tempo do Planeta Terra com os dias da semana. Nesse calendário, veremos que
o processo de hominização aconteceu num momento entre 23:30 e 23:45 de sá-
bado (há cerca de vinte – ou talvez dez – milhões de anos). Ao soar meia-noite o
Homo sapiens, o último importante filho da natureza, surgiu em vários pontos
da Terra (há cerca de um milhão de anos ou dez mil séculos). O domingo havia
começado e com ele a Era do Homem. Essa nova era se dividia em dois perío-
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Educação Ambiental
dos, a pré-história que durou 99 por cento (dez mil séculos do homem) e o tempo
histórico que durou o um por cento restante (dez mil anos). Tudo isso correspon-
de a somente um segundo de domingo na semana de referência cosmológica.
A existência da sociedade capitalista nessa cronologia é insignificante,
como se pode perceber, porém, os efeitos da passagem do momem capitalista
são tão expressivos a ponto de deixar marcas profundas que colocam em dúvida
a possibilidade de haver o amanhecer no dia de domingo. Essa analogia permite
pensar que o homem em geral, e o homem moderno em particular, conseguiu
destruir em tão pouco tempo o que a natureza demorou tanto tempo para cons-
truir.
Devemos mencionar que o livro em que Aurélio Peccei faz essa analogia
chama-se Antes que seja tarde demais. Isso significa que o autor acredita
na existência de alternativas para mudar o rumo dessa história. É nesse sentido
que nos propusemos a oferecer esse curso. Sendo assim, nesse capítulo apre-
sentaremos algumas alternativas reais para a construção de uma sociedade
humana sustentável.
Referências
ALVES, J. E. D. População e desenvolvimento (in)sustentável. Pu-
blicado em janeiro 25, 2013 por HC. Disponível em: http://www.ecode-
bate.com.br/2013/01/25/populacao-e-desenvolvimento-insustentavel-artigo-de-jose-
eustaquio-diniz-alves/> Acesso em 2014.
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O que é Educação Ambiental? – Capítulo 1
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Educação Ambiental
No próximo capítulo
Nesse primeiro capítulo, fizemos uma introdução ao tema educação
ambiental. Procuramos esclarecer a origem da sua terminologia, expondo
o contexto histórico das discussões a respeito da questão ambiental. Para
dar continuidade à reflexão sobre esse tema, preparamos para o próximo
capítulo, a exposição das diferentes vertentes e concepções que sustentam
as propostas de educação ambiental.
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Concepções em
Educação Ambiental
Nessa parte do nosso texto, apresentare-
Você se lembra?
Sete Quedas foi a maior cachoeira do mundo em volume de água.
Essa maravilha da natureza, situada na região da Foz do Iguaçu,
existiu até o mês de outubro de 1982, quando as comportas da
Usina Hidrelétrica de Itaipu foram fechadas para a criação de
uma enorme represa.
Educação Ambiental
WIKIPEDIA
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
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Educação Ambiental
Homem Natureza
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
A relação era tão intensa que, para se cortar uma árvore, sentia a
necessidade de se justificar de forma a assegurar, no mínimo, a sobre-
vivência, argumentando que se tratava de construção de uma casa ou de
um barco. Ele recorria a rituais para “se desculpar” pelo ato tão cruel que
estava sendo cometido. Natureza e homem era a mesma coisa.
Com a evolução da espécie humana, o homem arrancou os deuses
da natureza e passou a destruí-la como se ele próprio fosse divino,
cheio de poderes absolutos. A partir de então, a natureza começou
a perder o seu status de mãe da vida (GONÇALVES, 2008, p.172).
Relação
Homem Natureza
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Trabalho
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Educação Ambiental
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
que diferencia a ação humana da ação de uma outra forma de vida sobre a
natureza.
Compreendido isso, podemos seguir para a nossa segunda pergunta
que é a seguinte: afinal quem é esse homem que causa tantos problemas
ambientais?
Essa questão já é mais complexa. Voltemos ao exemplo do desaba-
mento do morro nas cidades turísticas do Rio de Janeiro. Se os moradores
ocuparam uma área sujeito a desmoronamentos, a responsabilidade pelos
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Educação Ambiental
problemas causados pela intensa chuva é deles próprios, porém, uma aná-
lise mais detalhada dos fatos nos levará a perguntar: por que essas pessoas
ocuparam essas áreas? O que levou essas pessoas a arriscarem a própria
vida construindo habitações em áreas de risco? Podemos começar a per-
ceber que existem outros fatores que levam as pessoas a se relacionarem
com o meio natural de forma tão distante como se não fizessem parte dele.
Vamos ampliar essa questão: Se o homem é o causador do aqueci-
mento global e eu sou um ser humano, isso significa que eu posso resolver
esse problema?
Tal questão nos remete a pensar sobre a forma como se dá a relação
entre os homens e como esses se relacionam com a natureza.
Veja o texto a seguir:
truir uma casa, assim como nenhuma pessoa ficaria surpresa se um grande
proprietário vendesse sua fazenda a uma construtora que edificaria ali um
grande condomínio habitacional. Na nossa forma de pensar, o que inco-
moda o mundo é um grupo de sem-terra ocupando uma grande fazenda
improdutiva.
Para a nossa sociedade, existe uma noção clara do que podemos
chamar de propriedade privada. Qualquer coisa pode se transformar em
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Educação Ambiental
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
A ecologia social
O principal expoente dessa tendência é Murray Bookchin, pro-
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
Ecossocialismo/marxismo
Tem suas origens no movimento de crítica interna do marxismo
clássico no que diz respeito ao mundo natural, a partir dos anos 1960.
Segundo Hobsbawm (1971), Marx se preocupou com a explicação
do sistema capitalista em que a natureza é uma simples mercadoria,
objeto de consumo ou meio de produção. Gutelman (1974) critica a
noção marxista clássica e propõe o conceito de “forças produtivas da
natureza” (fotossíntese, cadeia trófica) em contraposição à noção de
forças produtivas históricas. Para ele, as forças produtivas da natureza
são fundamentais para a explicação do funcionamento das sociedades
pré-capitalistas e aplica-se também às sociedades capitalistas. Quando
as forças produtivas naturais não podem mais operar cria-se um impas-
se para a própria reprodução da sociedade.
DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada.
São Paulo: Ed. Hucitec, 2004.
(MANZOCHI, 1994).
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Educação Ambiental
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
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Educação Ambiental
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Educação Ambiental
Atividade
01. Qual papel da escola no contexto da cidadania ambiental e da cidada-
nia planetária?
Leitura recomendada
GUTIÉRREZ, Francisco e PRADO, Cruz. Ecopedagogia e cidadania
planetária. 1ª edição. São Paulo: Cortez, 1999.
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
IKEDA, D.; PECCEI, A. Antes que seja tarde demais. Rio de Janei-
ro; Record, 1984
Referências
BRANCO, S.M. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna,
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1991.
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1986.
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Concepções em Educação Ambiental – Capítulo 2
No próximo capítulo
Neste capítulo apresentamos as diferentes concepções que norteiam
as propostas de educação ambiental. Na sequencia da análise do nosso
tema, vamos nos aprofundar um pouco mais e conhecer os aspectos legais
que envolvem a inserção da EA na escola e na sociedade. Mencionaremos
as determinações internacionais e a regulamentação na legislação nacio-
nal.
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Legislação e Educação
Ambiental
3 Neste capítulo, analisaremos as normas refe-
lo
rentes à educação ambiental presentes em nosso
ordenamento jurídico. Estudaremos a primeira confe-
ít u
Você se lembra?
Você se lembra da evolução histórica da educação ambiental em nosso
ordenamento jurídico? Da primeira conferência intergovernamental
sobre EA? Neste capítulo, analisaremos estas questões, bem como os
encontros brasileiros de EA e o encontro nacional de políticas e meto-
dologias para EA.
Educação Ambiental
eco4u.wordpress.com
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Legislação e Educação Ambiental – Capítulo 3
Figura 7 – Poluição
Disponível em: <www.escolovar.org>.
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© MIKE_KIEV | DREAMSTIME.COM
Figura 8 – Meio ambiente
Disponível em: <www.silvaesouza.com.br>.
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Educação
Ambiental
Figura 9 – Educação ambiental
Disponível em: <www.sospontanegra.org>.
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Legislação e Educação Ambiental – Capítulo 3
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Educação Ambiental
Desse encontro (Rio 92), também foi elaborada a Agenda 21, que
reúne propostas de ação e estratégias e prevê a promoção da qualidade de
vida e desenvolvimento sustentado com vistas ao século 21. O capítulo
36 desta agenda fala sobre: promoção do ensino, da conscientização e do
treinamento e é dedicado à educação ambiental, retificando as premissas
de Tbilisi, formuladas 15 anos antes (TELLES et al, 2002).
Daí a importância da educação ambiental para a preservação do
meio ambiente, principalmente para melhorar as relações entre a socieda-
de humana e o ambiente, de modo integrado e sustentável.
© CHRISTINGASNER | DREAMSTIME.COM
Educação
Ambiental
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Educação Ambiental
gov.br>.
nas formas educação formal e não formal, ela
é limitada em seus aspectos ecológicos e de
conservação. A Constituição de 1988 assimilou a
legislação ordinária e estabeleceu como incumbência
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Educação Ambiental
Atividades
01. Defina meio ambiente.
Leitura recomendada
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>.
CAPÍTULO I
DA educação ambiental
o
Art. 1 Entendem-se por educação ambiental os processos
por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências vol-
tadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilida-
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de.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial
e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de
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Legislação e Educação Ambiental – Capítulo 3
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE educação ambiental
Seção I
Disposições gerais
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Legislação e Educação Ambiental – Capítulo 3
mal;
III – a participação de empresas públicas e privadas no de-
senvolvimento de programas de educação ambiental em parceria
com a escola, a universidade e as organizações não governamen-
tais;
IV – a sensibilização da sociedade para a importância das
unidades de conservação;
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Educação Ambiental
Referências bibliográficas
ANTUNES, P. B. Direito ambiental. 7 ed. Rio de Janeiro: Lúmen Jú-
ris, 2005.
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Educação Ambiental
No próximo capítulo
Neste capítulo, conhecemos as bases legais da proposta de educa-
ção ambiental. Para o próximo capítulo, preparamos um material mais
direcionado à prática escolar, assim como algumas atividades para aplicar
num trabalho de educação ambiental.
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Educação Ambiental e
o Currículo Escolar
Neste capítulo, apresentaremos um
Você se lembra?
Você se lembra de ter estudado a evolução do homem no
planeta? Com certeza, você já deve ter ouvido falar sobre
as problemáticas ambientais; sobre a importância da
preservação do meio ambiente; sobre a consciência
ambiental. Com certeza, você já deve ter aprendi-
do na escola a importância de realizar pequenas
atitudes no seu dia a dia, para amenizar e/ou eliminar os problemas am-
bientais que rondam nosso planeta. Vamos conversar sobre isso?
Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
1997a).
Vejamos uma imagem que re-
presenta uma visão fragmentada entre o
homem e a natureza.
Visão fragmentada
ÁGUA
TEMPERATURA AR
HOMEM
MINÉRIO FLORA
FAUNA
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mente na natureza.
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Flora e Sociedade
fauna
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Fatores Fatores
Abióticos Abióticos
Fatores
Abióticos
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
1997).
Recorremos também a Hernandez e Ventura (1998), que entendem
a realização de projetos na escola como uma possibilidade de desenvolver
os conhecimentos escolares de forma integradora, rígida e pré-estabeleci-
da. Além disso, conforme os autores a função dos projetos:
[...] é favorecer a criação de estratégias de organização dos conheci-
mentos escolares referente ao tratamento da informação e à relação
entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses
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Educação Ambiental
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
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Educação Ambiental
Materiais necessários:
Papel para escrever e lápis
Desenvolvimento da atividade
Organizar uma roda de conversa. Em seguida, o professor de-
verá solicitar que cada aluno, individualmente, faça um relato sobre
o que gostariam de fazer pelo meio ambiente, a fim de torná-lo mais
bonito. Os alunos deverão ser orientados a anotar em seu caderno sua
própria sugestão e a(s) sugestão(ões) de um colega de que tenha(m)
gostado. Essa é uma estratégia didática que irá estimular os alunos a
colocarem em prática pelo menos duas sugestões por eles escolhidas;
deverão, ainda, ser estimulados/orientados a torná-las ações efetivas.
No final de um período (um mês, um bimestre ou até um semestre), o
professor deverá retomar esta atividade, com o propósito de verificar
se os alunos conseguiram realizar seu desejo de melhoria no meio
ambiente. Na mesma perspectiva, outra estratégia didática indicada é
solicitar que os alunos descrevam, por meio de uma narrativa e/ou da
elaboração de uma lista de ações para auxiliá-los a analisar as razões
pelas quais conseguiram (ou não) concretizar suas ideias/desejos para
efetivamente melhorar o meio ambiente.
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
Desenvolvimento da atividade
O professor deverá desenvolver uma breve explanação sobre o lixo
e suas consequências para a saúde dos seres vivos. Em seguida, indagar os
alunos sobre a produção do lixo (onde eles imaginam que existe produção
do lixo) e quem o produz. Nesse contexto de discussão, deverá ser solici-
tado aos alunos que façam uma reflexão sobre os diferentes tipos de lixo
produzidos pelo homem, tais como: domiciliar, industrial, de serviços de
saúde, de vias públicas, de construção civil, entre outros. Em seguida, de-
verão, em grupos, fazer uma lista elencando os tipos de lixo produzidos.
Com base na lista feita por cada grupo, o professor deverá solicitar
os alunos que socializem os tipos de lixo que elencaram (nesse momento,
pode-se verificar se os grupos mencionaram os tipos de lixo e/ou se fal-
tou algum). Deverá, ainda, indagar dos alunos a viabilização de algumas
ações que podem ser feitas pelas pessoas (em todas as faixas etárias) para
minimizar o problema do excesso de lixo na cidade (convidar os alunos a
pensarem sobre suas ações individuais e coletivas na produção do lixo).
No que diz respeito à averiguação da apresentação de todos os
tipos de lixo que podem ser produzidos pelo homem, essa é uma ação
didática importante, pois, após essa apresentação, é possível ao professor
perceber se faltou algum tipo de lixo que não foi citado por nenhum gru-
po de alunos. Munido dessa informação, o professor poderá auxiliá-los,
disponibilizando-lhes informações. Para isso, poderá utilizar as definições
e exemplos descritos por São Paulo (1998 apud BRANCO, 2010, p. 21).
Vejamos alguns desses exemplos:
Lixo domiciliar: é o lixo que produzimos em nossas casas, nos
refeitórios e sanitários das empresas, comércio, escritórios e indús-
trias. Exemplos: restos de alimentos, cascas de frutas, papéis, plásti-
cos, garrafas, vidros, latas.
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Educação Ambiental
Lixo de vias públicas: é o lixo recolhido das ruas, dos bueiros, ca-
nais, terrenos baldios. Exemplos: galhos, folhas, terra.
Esses painéis poderão ficar expostos na sala de aula dos alunos que
desenvolveram essa atividade e/ou poderão ficar expostos em um local em
que todos da escola (alunos, professores, família, coordenador pedagógi-
co, diretor, entre outros funcionários) poderão vê-los.
Desenvolvimento da atividade
De forma prazerosa, os alunos poderão vivenciar como é a germi-
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Materiais:
Jornal, revista, Internet
Desenvolvimento da atividade
Para a realização dessa atividade, o professor deverá solicitar aos
alunos pesquisas em jornais, revistas e meio eletrônico, procurando notí-
cias relacionadas à temática proposta.
Os alunos deverão entregar ao professor as reportagens encontradas.
O professor deverá fazer a verificação das reportagens trazidas pelos alu-
nos.
A classe deverá ser dividida em grupos. Cada grupo irá se reunir
para realizar a leitura e estudá-la para apresentar os pontos relevantes
para a classe.
O professor deverá orientar cada grupo em relação à apresentação,
sugerindo-lhe que utilize alguns recursos visuais (fotografia, gráficos,
vídeos, entre outros) para mostrar o local da notícia, bem como para
exemplificá-la.
Antes da apresentação, o professor deverá lembrar os alunos sobre
a atenção e o respeito para apresentação dos colegas. Após a apresentação
de cada grupo, o professor poderá destacar e/ou complementar as infor-
mações mostradas.
EAD-14-Educação Ambiental – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Educação Ambiental
Materiais:
• Um recipiente grande, transparente e de boca larga, podendo
ser de vidro ou de plástico (como as garrafas de refrigerante)
• Água, sabão, um pouco de álcool gel e um pano limpo
• Cascalho fino (pedrinhas que podem ser conseguidas em lojas
de aquários) e areia
• Carvão vegetal em pó. Se não conseguir, pegue uns pedaços
grandes de carvão, envolva-os em jornal e bata neles com o
martelo até virar um pó
• Terra adubada (ou terra preta de jardim)
• Copinho de plástico, iguais aos usados para tomar café
• Um conta-gotas e uma vareta um pouco mais alta que o reci-
piente
• Saco plástico transparente
• Barbante, caso tenha escolhido um recipiente de vidro. Fita iso-
lante, se usar a garrafa de plástico
• Mudas de plantas de pequeno porte: violeta, samambaia, jiboia,
avenca, begônia, por exemplo
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3 Esse modelo de terrário foi adaptado do modelo proposto por GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: o
planeta Terra. São Paulo: Editora Ática, 2004. p. 41-42.
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
Atividades
01. A temática meio ambiente está sendo desenvolvida nas práticas coti-
dianas da escola?
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Reflexão
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Educação Ambiental
Leituras Recomendadas
PENTEADO, Heloísa D. Meio ambiente e formação de profes-
sores. 6ª edição. São Paulo: Cortez, 2007.
Nesse livro, autora traz uma discussão acerca da superação dos problemas
ambientais, a partir desta perspectiva, a qual depende da formação de comporta-
mentos lúcidos, críticos e criativos – consciência ambiental e exercício da cidada-
nia. Para o desempenho destes comportamentos, a escola tem, entre agências,
uma importante contribuição a dar, através da atuação de professores competen-
tes para colocar os conhecimentos das ciências sociais a serviço da formação de
nossa infância e juventude. Colaborar com a formação dos professores é a meta
a que este livro se propõe.
PENTEADO, 2007
como de domínio do ser humano, mas, sim, olhar a natureza como parte do ser
humano. Se eu trato bem do ser humano, se eu, me trato bem, não estarei eu
tratando bem do meio ambiente, visto que eu faço parte dele?’
BRANCO (2010)
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
Leituras Complementares
O texto abaixo foi extraído na íntegra da Revista Ciência Hoje das
crianças. Foi escrito por Paulo Roberto Martini, do Instituto de Pesquisas
Espaciais. Vejamos as novidades sobre o rio Amazonas e sua extensão. É
importante manter-se sempre atualizado em relação às pesquisas que es-
tão sendo realizadas sobre os recursos da natureza.
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
recimento de novas espécies humanas não tem nada a ver com cor de pele
ou etnia. Envolve mudanças bem pequenas, que não podemos ver ou per-
ceber através dos nossos sentidos: mudanças nos genes – trechos do DNA,
a molécula responsável por definir as nossas características.
Essas mudanças acontecem em todas as populações naturais e só
com o passar de muito e muito tempo poderiam ser observadas – ou não
– do ponto de vista físico. Tais modificações servem para mostrar que nós
não estamos parados no tempo – e nem imunes à seleção natural e à evo-
lução (RUSSO, 2008, p. 18).
Referências
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curricu-
lares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997a.
CAPRA, FRITJOF. A teia da vida. 6ª edição. São Paulo: Editora Cultrix, 2001.
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Educação Ambiental e o Currículo Escolar – Capítulo 4
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Educação Ambiental
No próximo capítulo
Como vimos, a inserção da educação ambiental (EA) nas aulas de
Ciências Naturais proporciona aos alunos indicações e reflexões acerca da
necessidade de o ser humano repensar seus comportamentos e suas atitu-
des em relação ao meio ambiente. Tal necessidade evidencia-se na busca
de soluções para eliminar e/ou pelo menos atenuar os reflexos das explo-
rações inconscientes e devastadoras que ocorreram ao longo da evolução
da humanidade. A questão ambiental vem ganhando cada vez mais espaço
na sociedade globalizada desde a última década do século XX.
Para o próximo capítulo, vamos continuar a subsidiar a construção
de propostas, sendo que as ampliaremos para atividades em educação não
formal.
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Educação Ambiental e
Sustentabilidade
Ao mesmo tempo em que o homem se
Você se lembra?
Você conhece a expressão ambiental Triple Bottom Line? Ela surgiu na
década de 1990 e chegou ao conhecimento do grande público em 1997.
Atualmente esse conceito é acatado por organizações de todo o mundo,
que procuram criar valor em três dimensões: econômica, social e am-
biental. No Brasil o Triple Bottom Line é conhecido como 3Ps (pessoas,
planeta e lucro) ou tripé da sustentabilidade e é um conceito que pode ser
aplicado em um país, uma residência, uma empresa, uma escola ou uma
comunidade.
Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
Saiba mais:
Para entender a falência do modelo de desenvolvimento que se
mostra insustentável, assista à animação Story of Stuff (História das
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1 Alterações antropogênicas: mudanças que o homem provoca no meio ambiente, que não degradam nem a
diversidade biológica, nem os habitats que a mantêm. Degradações antropogênicas: são mudanças que o
134 homem impõe ao meio ambiente, cuja intensidade leva à degradação de habitats e destruição de espécies que
neles vivem.
Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
relação à humanidade.
A natureza passou a ser vista como algo afetado pela sociedade,
que, por sua vez, tornou-se a agressora do ambiente. Nesse ponto, o
conhecimento tornou-se necessário para proteger a natureza e corri-
gir os erros ecológicos.
SAO PAULO, 1999, p. 8
135
Educação Ambiental
5.2 SustentabiCidade
A ideia de desenvolvimento sustentado está baseada no equilíbrio
dinâmico de três componentes resumidos por Elkington (1999) no Triple
Bottom Line: People (Povo, ser humano), Profit (Negócios, a produção, a
empresa) e Planet (o Planeta, o meio ambiente). Para Martins (2008), o
desenvolvimento sustentável seria aquele voltado para o crescimento dos
negócios, da produção e, portanto, das empresas, mas ao mesmo tempo
para o bem-estar do ser humano e a proteção da natureza, do meio am-
biente.
Social
Ambiental Economia
Sustentabilidade
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Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
137
Educação Ambiental
Rev. Industrial
Rev. Francesa econômico econômico
desenvolvimento
séc XVIII
(garantias individuais)
desenvolvimento
econômico-social social econômico social
econômico
séc XIX
(garantias sociais)
Rel. Brudtland
desenvolvimento
sustentávels
social econômico
séc XX-XXI social
econômico
(garantias coletivas)
ambiental
ambiental
139
Educação Ambiental
aventuras-historia/desaparecimento-rapanuis-tragedia-
pois os seres humanos com pascoa-435560.shtml>. Acesso em: 15 out. 2013.
sua inteligência, instrumen-
tos, tecnologias e organização
afetam a capacidade de suporte
mais do que todas as outras espécies,
destruindo ou construindo a fecundidade e
estabilidade do nosso ambiente.
141
Educação Ambiental
suas necessidades ou estão degradando o seu ambiente, fazem isso por ha-
ver obstáculos impedindo-as de agirem efetivamente. O foco recai sobre a
remoção desses obstáculos.
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Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
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Educação Ambiental
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Educação Ambiental
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Educação Ambiental
148
Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
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Educação Ambiental
Responsabilidades
Voluntárias
Responsabilidades
Éticas
Responsabilidades
Legais
Responsabilidades
Econômicas
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Exclusivamente
ético
Econômico/ Legal/ético
ético
Econômico/
legal
Exclusivamente Exclusivamente
econômico legal
Econômico
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legal
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Educação Ambiental
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Educação Ambiental
156
Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
Quadro 5.7 – Empresa tira das lojas produtos feitos com pele de ra-
posa
No primeiro semestre de 2011, a Arezzo anunciou a retirada de
todas as lojas do país de produtos que usavam em sua confecção pele
de raposa. A decisão foi tomada após protestos na Internet. A empresa
afirmou, em sua defesa, que peles exóticas utilizadas em seus produtos
são devidamente regulamentadas e certificadas e que a pele de raposa é
de criatório, não é de animal selvagem, ou seja, não tem dano nenhum
a natureza.
GRANJEIA, 2011, p. B-4 apud DIAS, 2012, p. 78.
projetos de EA
Conforme Cascino (2000) os cursos de educação ambiental, geral-
mente, se pautam por um pensamento progressista, mas desenvolvem prá-
ticas tradicionais. Segundo o autor, três concepções equivocadas moldam
a prática educativa que se pretende transformadora:
• O conceito de interdisciplinaridade em algumas situações é equivocado.
157
Educação Ambiental
“Um dos fatores que pode contribuir para o aumento dos impactos
causados pela visitação é o comportamento do visitante” (BARROS e
DINES, 2000, p. 71). A motivação que está por trás das suas ações, o con-
texto do grupo no qual uma ação acontece, a educação e a experiência do
indivíduo contribuem para que qualquer ação seja feita de uma maneira
apropriada ou não apropriada.
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Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
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Educação Ambiental
Leituras recomendadas
Ilha das flores. Direção: Jorge Furtado. Produção: Casa de Cinema de
Porto Alegre. Brasil, Rio Grande do Sul,1989 (documentário, 13 min.).
Disponível em:<http://portacurtas.org.br/filme/?name=ilha_das_flores>.
exemplo a não ser seguido hoje, mas o paralelo com o mundo atual é
inevitável. Há algumas lições a serem aprendidas com a história da
Ilha de Páscoa. As principais são claras: para não se extinguir, uma
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Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
“História das coisas” é uma animação de 2008 que fala sobre a obsessão da
sociedade em descartar “coisas” e o impacto desse comportamento no meio
ambiente. O filme aborda a degradação ambiental resultante da operação de
grandes empresas de manufatura que visam exclusivamente ao lucro.
mai. 2014.
Atividades
01. Qual das três vertentes que forma o Tripé da sustentabilidade (social,
ambiental e econômico) é mais importante e merece maior atenção por
parte das organizações e governos?
02. No texto “As batatas dos Andes”, você considera que o INIAPI respei-
tou a capacidade de suporte do ecossistema ao impor a produção de novas
variedades de batatas aos habitantes da região?
05. Após ler os textos “Peixe com selo verde será vendido pelo McDonald’s”
e “Empresa tira das lojas produtos feitos com pele de raposa”, relacione-os
com o texto “Públicos com os quais a empresa se relaciona” e dê dois exem-
plos, um de relacionamento positivo e outro de relacionamento negativo, que
cada uma das empresas teve com seus respectivos públicos.
06. Em sua opinião, a não inclusão da filantropia no modelo dos três do-
mínios proposto por Schwartz e Carroll (2003) está correta? Justifique sua
resposta.
Referências
ALVES, R. R.; JACOVINE, L. A. G.; SILVA, M. L.; VALVERDE,
S. R.; SILVA, J. C.; NARDELLI, Á. M. B. Certificação Florestal e o
mercado moveleiro nacional. Revista Árvore, v. 33, n. 3, p. 583-589,
2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rarv/v33n3/20.pdf>.
Acesso em: 13 mai. 2014.
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Educação Ambiental e Sustentabilidade – Capítulo 5
Minhas anotações:
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Minhas anotações:
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