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O

Renascimento
Características da poesia e literatura :

Poesia :Entre os séculos XII e XVI a Europa foi invadida por subgêneros poéticos, de
feição popular, que derivavam diretamente das muitas formas de poesia lírica grego-
romana. A poesia continuava com o seu substrato narrativo, em poemas longos ou
curtos.
Nessa época surgiu Dante Alighieri, já trabalhando outra língua que não o latim e que
marchava para a sua estratificação, o italiano. Antes de escrever a Divina Comédia,
Dante criou a obra A Vida Nova. Nessa obra trabalha o soneto, ao lado de algumas
passagens em prosa, para cantar um amor. Mas o soneto só viria a se difundir em toda
a Europa por Petrarca, que de fato exerceria forte influência sobre o renascimento
literário, entre os séculos XVI e XVII.
Como não havia mais uma mitologia a codificar, os poetas começaram a por em seus
versos um amontoado de citações mitológicas e da história antiga. Tais recursos se
refletiriam até o Romantismo e, em pleno século XIX, via literatura portuguesa e
francesa, estariam presentes na obra de poetas brasileiros, como Gonçalves Dias,
Castro Alves, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo.
Os dois grandes poemas épicos posteriores a Grécia e Roma foram as obras: A Divina
Comédia, de Dante e Os Lusíadas, de Camões.
Outros poetas tentaram a epopéia, em termos homéricos ou camonianos, como
Ronsard, na França do século XVI; ou Bento Teixeira Pinto, ainda no século XVI; ou
ainda Milton na Inglaterra setecentista. Ariosto, também na Itália é autor de um
grande poema épico, Orlando Furioso. Ainda podem ser observadas outras formas
renascentistas: A Canção de Rolando, na França; ou El Cantar de Mio Cid, na Espanha;
e Os Nibelungos, na Alemanha.
Literatura :A literatura do Renascimento deu destaque à personalidade
individual. Novas formas, como os ensaios e as biografias, tornaram-se
importantes. A maior parte da literatura medieval fora escrita em Latim. A
literatura renascentista também foi marcada por uma forte crítica social nas
obras literárias e no sentimento anticlerical, isto é, muitas obras criticava
a Igreja católica.O campo literário foi decisivamente favorecido pela invenção
da impressão por Johann Gutenberg, em 1450, sendo importante para a
propagação das obrasclássicas e das obras renascentistas e dos ideais
humanistas do Renascimento literário. No campo literário, o Renascimento
encontrou sua expressão máxima nasobras de homens como; o italiano
Francesco Petrarca (De África); Thomas Morus(Utopia); William Shakespeare
(Romeu e Julieta, Hamlet, etc.); Miguel de Cervantes(Dom Quixote) e Luís Vaz de
Camões (Os Lusíadas).

Vida e obra de Leonardo da Vinci


Leonardo da Vinci nasceu em 15 de abril de 1452 em Anchiano, pequena Vila de Vinci,
perto de Florença na Itália. Era filho de Piero da Vinci, um escrivão e de uma jovem
camponesa chamada Caterina.
O talento de Leonardo da Vinci manifestou-se nos primeiros anos de vida, era ótimo
nadador e cavaleiro e engenhoso artesão e mecânico e tinha dons inventivos. O
desenho e a pintura também atraíram seus interesses, e logo cedo demonstrou seus
dotes artísticos.
Em 1470 Leonardo da Vinci inicia seus estudos de pintura com o célebre professor
Andrea del Verrochio em Florença, , além de pintura ele aprendeu escultura, técnicas
artesanais como ferreiro e mecânico. Rapidamente o aluno supera o seu mestre.
Seu primeiro trabalho é um desenho do Vale do Rio Arno de 1473 e em 1476 Verrochio
e Leonardo da Vinci pintam juntos O Batismo de Cristo.
Sua primeira grande obra é Adoração dos Magos, que deixou inacabada,
encomendada pelos monges de São Donato de Scopeto. Outras obras da fase juvenil
são a Madona Benois de 1478, O Retrato de Ginebra de Benci em 1474 e o inacabado
São Jerônimo de 1481.
Em 1482 Leonardo muda-se para Milão, e passou a trabalhar para o duque Ludovico
Sforza, para quem realizou, como engenheiro, várias construções militares. Nesta
época, pintou algumas de suas obras-primas, entre elas, a primeira versão de A Virgem
dos Rochedos em 1483 e em 1497 pintou o mural para o refeitório do mosteiro de
Santa Maria delle Grazie a conhecida obra A última Ceia.
Em 1500 retorna a Florença onde trabalha como engenheiro militar chefe de Cesare
Borgia, e usa muitos dos instrumentos e máquinas inventadas por ele. Muitas de suas
iniciativas e criações daquela época serão as bases o fundamento para o
desenvolvimento da ciência moderna..
Em 1504 Leonardo da Vinci começa a pintar o famoso e polêmico quadro da esposa do
mercador Francesco del Giocondo, a Mona Lisa.

Em 1508 Leonardo da Vinci retorna a Milão onde se dedica a seus estudos de


anatomia, ótica e engenharia hidráulica, mas com a queda do domínio dos Sforzas,
muda-se para Roma em 1513, sob a proteção de Giuliano dei Medici, irmão do Papa
Leão X. Neste período Leonardo da Vinci pinta a segunda versão da Virgem dos
rochedos em 1508 e Santana, a Virgem e o Menino em 1513.
Em Roma neste período havia intenso movimento cultural, que revelou-se adverso a
Leonardo, tanto por suas experiências cientificas mal interpretadas, como pela
presença de uma geração mais jovem de artistas que conquistava a preferencia dos
nobres. Então Leonardo da Vinci aceita o convite de Francisco I, sucessor de Luís XII no
trono da França, para morar em Cloux, perto de Ambrosie.
Na França, Leonardo da Vinci viveu seus últimos dias, morrendo a 2 de maio de 1519
com 67 anos, após receber os sacramentos da Igreja. Ele morreu nos braços do rei
Francisco I.
Leonardo da Vinci é um dos maiores nomes da história da humanidade. Além de
consagrado pintor foi filosofo, naturista, pintor, escultor, arquiteto, engenheiro,
desenhista, cientista, inventor, escritor, físico, matemático, músico, anatomista e
astrônomo. Ele explorava quase todos os ramos do conhecimento prova disso são as
cinco mil páginas de manuscritos que ele deixou que abrangem temas diversos.
Leonardo da Vinci registrava suas observações e experiências em seus cadernos e
anotava tudo: pensamentos, dívidas, fábulas, poesias, teorias cientificas, projetos de
máquinas, observações de fenômenos naturais. Tudo com ilustrações, pois ele
acreditava que uma imagem pode valer por mil palavras, ele dizia que: “Quanto mais
detalhada a descrição de um objeto mais você confundirá a mente do leitor e mais
afastará da coisa descrita. É necessário, portanto, representar e descrever”.
Leonardo da Vinci foi um dos grandes mestres do Renascimento, ele representou o
homem profundamente sincronizado com sua época, onde buscava estabelecer
relações entre a arte e a ciência. Suas pinturas era caracterizada pela aplicação de leis
matemáticas e princípios geométricos, onde introduzia em suas obras fundos de
paisagem a perspectiva espacial.
Entre as grandes obras que ele realizou, a que mais se consagrou foi a Mona Lisa e A
última ceia.
Leonardo da Vinci foi considerado um gênio de todos os tempos, porque na época em
que nasceu, no século XV, com os seus muitos trabalhos, as pessoas passaram a se
interessar pelas artes, valorizando os artistas que antes eram discriminados pelas
pessoas por serem pensadores e sonhadores.

Contexto histórico

O Renascimento, importante movimento de renovação cultural corrido na Europa durante


os séculos XV e XVI, é considerado o marco inicial da era moderna.
A base desse movimento encontra-se no crescimento gradativo da burguesia comercial e das
atividades econômicas entre as cidades europeias. Esse desenvolvimento estimulou a
vida urbana e o surgimento de um novo homem, cujo valor não se apóia mais no nome da
família mas no prestigio adquirido por seus próprio esforço e talento, contribuindo para o
enriquecimento do ambiente cultural. As expedições oceânicas, por sua vez, alargaram a visão
do homem europeu, pondo-o em contato com povos de culturas diferentes. O
desenvolvimento da matemática e do método experimental propiciam o surgimento das bases
da ciência moderna.
Graças aos humanistas, numerosas obras gregas e latinas, de assunto
literário, filosófico e científico, foram traduzidas e difundidas. A filosofia desenvolveu-se;
surgiram as primeiras gramáticas das línguas modernas. O pensamento da época nutria-se
da filosofia grega e das realizações artísticas, patrocinadas cada vez mais por ricos
comerciantes (os burgueses), inspirava-se nas obras da Antiguidade Clássica.
Todas essa atividades resultavam na formação de um clima intelectual otimista e confiante na
força do ser humano, que se torna o centro do universo, ”a medida de todas as coisas”. O
renascimento constitui, pois, um dos mais prósperos movimentos intelectuais do Ocidente,
mudando a imagem que o homem tinha de si mesmo.

O renascimento não apresentou as mesmas características em todos os lugares em que se


desenvolveu. Rico e fecundo, adquiria aspectos diferentes à medida que saía da florença,
na Itália, onde surgiu em meados doséculo XV, e se difundia pelo resto da Europa. No entanto,
apesar desta diversidade, manifesta sempre uma característica comum: a ruptura, em maior
ou menor grau, com a tradução feudal, marcadamente religiosa e teocêntrica.

Os mecenas
Os mecenas eram ricos e poderosos comerciantes, príncipes, condes, bispos e
banqueiros que financiavam e investiam na produção de arte como maneira de obter
reconhecimento e prestígio na sociedade.
Eles foram de extrema importância para o desenvolvimento das artes plásticas
(escultura e pintura), literatura e arquitetura durante o período do Renascimento
Cultural (séculos XV e XVI).
A burguesia, classe social que enriqueceu muito com o renascimento comercial, viu na
prática do mecenato uma forma rápida de alcançar o status de nobreza. Isso era
obtido também com a compra dos títulos de nobreza.
O ato de patrocinar e investir em arte e a cultura é conhecido como mecenato.
Principais mecenas da época do Renascimento Cultural:
- Lourenço de Medici (banqueiro italiano)

- Come de Medici (banqueiro e político italiano)

- Galeazzo Maria Sforza (duque de Milão)

- Francisco I (rei da França)

Curiosidade:

- A palavra "mecenas" tem sua origem na Roma Antiga. No século I a.C, Caio Mecenas
foi um conselheiro do imperador romano Otávio Augusto. Caio Mecenas patrocinou a
produção de vários artistas e poetas nesta época.

A pintura

A definição de Pintura renascentista surge na Itália durante o século XV e


funda um espírito forjado de ideais novos e forças criadoras. Desenvolve-se
nas cidades italianas de Roma, Nápoles, Mântua, Ferrara, Urbino e, sobretudo,
em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e
XVI, condições económicas, políticas, sociais e culturais propícias ao
desenvolvimento das artes como a pintura).

Os arquitetos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica


estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o
quadrado, aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter uma
construção harmônica. Apesar de racional e antropocêntrica, a arte
renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram um novo
estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade,
representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também
foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo
sólido e normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de
fazer chegar a luz às janelas internas

Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da


perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras,
espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de
volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os
elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a
variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e
volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo,
que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior
ênfase à realidade e maior durabilidade às obras.

Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da


perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras,
espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de
volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os
elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a
variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e
volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo,
que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior
ênfase à realidade e maior durabilidade às obras

A arquitetura

O que caracteriza a arquitetura renascentista é o fato de basear suas medidas


em relação ao homem, como na arquitetura grega, o homem é a medida de
todas as coisas, mas ao contrário da arquitetura romana , que busca a
monumentalidade mais do que a escala humana.
A história da arquitetura do Renascimento, como um todo, costuma ser dividida
em dois grandes períodos:
1. Século XIV e início do XV. Neste primeiro momento destaca-se a figura de
Filippo Brunelleschi e uma arquitetura que se pretende classicista, mas ainda
sem o referencial teórico e, principalmente, a canonização, que caracterizará o
período seguinte.
2. Século XVI. Neste momento, as características individuais dos arquitectos
já começam a sobrepor-se às da canonização clássica, o que irá levar ao
chamado Maneirismo. Atuam arquitectos como Michelangelo, Andrea Palladio
e Giulio Romano.
A arquitetura do Renascimento está bastante comprometida com uma visão de
mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo.
Além disso, vale lembrar que, ainda que ela surja não totalmente desvinculada
dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta
arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística
da Idade Média (em especial com o estilo gótico).

História da Arquitetura Renascentista

É comum atribuir o momento de gênese da arquitetura do Renascimento à


construção da cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore em Florença, por
Brunelleschi. Tal episódio não representa apenas uma mera mudança no perfil
estilístico que predominava no cenário arquitetônico florentino, mas demonstra
a ruptura que o Renascimento viria a representar na própria forma de produzir
a arquitetura, abrindo caminho para não só a redescoberta do Classicismo,
como para a promoção da tratadística. Leonardo Benevolo afirma que
Brunelleschi estabelece um novo método de trabalho ao, entre outras coisas,
separar o projetista do construtor.
O fato de a importância de Brunelleschi manifestar-se de forma mais
importante no campo do fazer arquitetônico que no do estilo torna-se mais clara
quando, observando-se o conjunto de sua obra, percebe-se que ele, mesmo
que desejasse seguir a canonização clássica, produzia ainda uma arquitetura
não completamente comprometida com as regras clássicas, fato decorrente
principalmente de não ter conhecimento profundo das normas clássicas, que
conhecia mais pela experiência que pela prática. Entretanto, é ele quem inicia
uma tradição de arquitetos que não mais está ligada às corporações de ofícios
e cujos profissionais irão cada vez mais (mesmo que, efetivamente, pouco
durante o Renascimento) afirmar-se como intelectuais afastados da construção
propriamente dita. Alguns[nota 1] críticos que analisam esse fenômeno sob a
óptica marxista identificam, aí, o momento em que a futura burguesia toma das
classes populares o domínio dos meios de produção (que deixa de ser o poder
de "construir" e passa a ser o poder de "desenhar"), possibilitando um processo
de exploração do Proletariado pelo Capital que tornar-se-á evidente após a
Revolução Industrial.

A ciência e as inovações tecnológicas


Na Idade Média buscavam-se conhecimentos através da leitura de livros,
sendo que estes ficavam muito restritos, principalmente, aos monges e
teólogos católicos. Foi um período marcado pela influência do pensamento da
Igreja Católica, que acabou por prejudicar o desenvolvimento das pesquisas
científicas, pois buscava explicar os fenômenos da natureza através da
intervenção divina.
No Renascimento houve uma grande mudança na produção de conhecimento.
A razão passou a ser um dos principais objetivos daqueles que pretendiam
desvendar os grandes mistérios do mundo físico. Mesmo tendo a forte
oposição da Igreja, muitos cientistas buscaram métodos de produção de
conhecimento através da experimentação, observação e comprovação.

Características principais
- Uso da pesquisa e investigação como métodos de produção de conhecimento
científico.
- Grandes avanços nas áreas de Astronomia, Medicina, Matemática, Física,
Química e Biologia.
- Desenvolvimento de instrumentos científicos, principalmente na área de
observação astronômica.
- Formulação de várias leis da Física e teorias matemáticas.
- Aumento da divulgação dos conhecimentos científicos. Isto aconteceu graças
ao crescimento da produção de livros, após a invenção da prensa de tipos
móveis por Gutenberg em 1439.
- Período marcado por muitas invenções, que tinham como base os
conhecimentos científicos que estavam sendo produzidos.
- As descobertas científicas geraram forte mudança na forma que muitas
pessoas entendiam o funcionamento do mundo. Isso ocorreu, pois as
explicações religiosas, sem fundamentação científica, foram sendo substituídas
pelas explicações baseadas nas ciências. Além de afetar a religião, estas
descobertas científicas também impactaram o pensamento filosófico da época.
Principais cientistas do período:
- Nicolau Copérnico (1473 – 1543) – seus estudos astronômicos
revolucionaram os conhecimentos científicos da época, pois mostravam que
era a Terra que girava em torno do Sol e não o contrário, como se acreditava
anteriormente. O heliocentrismo (o Sol no centro do Sistema Solar) não foi
aceito pela Igreja, porém se tornou referência para o estudo dos astrônomos
nos anos posteriores.
- Galileu Galilei (1564 – 1642) – importante físico, astrônomo e matemático
italiano. Além de construir a primeira luneta astronômica, fez várias
descobertas importantes na área da Astronomia. Foi Galileu, que através de
seus cálculos matemático, comprocou a teoria do heliocentrismo.
- Andreas Vesalius (1514 – 1564) – anatomista belga, foi muito importante para
o avanço da Medicina. Suas pesquisas sobre o corpo humano revelaram
conhecimentos fundamentais para a Anatomia Humana.
- Leonardo da Vinci (1452 – 1519) – O italiano Da Vinci ficou mais conhecido
pelas suas obras de pintura. Porém, foi de grande importância seus estudos
científicos, principalmente, nas áreas de hidrostática, engenharia e matemática.
Johannes Kepler (1571 – 1630) – foi um importante astrônomo e matemático
alemão. Além de fazer importantes estudos na área de gravitação, formulou as
leis fundamentais da mecânica celeste.

Inovações tecnológicas
O avanço da tecnologia trouxe inúmeros benefícios para o homem, dos quais o
principal foi tornar o trabalho mais fácil e mais produtivo. Interpretadas como
motores do progresso, as inovações tecnológicas foram implantadas sem
cuidado com seus possíveis efeitos prejudiciais. Nos últimos anos do século
XX, o lado negativo do progresso tecnológico tornou-se objeto de reflexão nas
sociedades industrializadas, que se voltaram para a busca de tecnologias
alternativas menos agressivas ao meio ambiente.

Tecnologia é o conjunto de princípios, métodos, instrumentos e


processos cientificamente determinados que se aplica especialmente à
atividade industrial, com vistas à produção de bens mais eficientes e mais
baratos. O conceito de tecnologia engloba, portanto, todas as técnicas e seu
estudo. Assim, entende-se por inovação tecnológica a aplicação de qualquer
método ou instrumento, descoberto por meio da pesquisa sistemática, à coleta,
fabricação, armazenamento, transporte etc. de bens, cujos resultados sejam
melhores do que os obtidos anteriormente.

Pode-se definir tecnologia também como a aplicação das descobertas


da ciência aos objetivos da vida prática. De fato, a ciência teve quase sempre
um importante papel no desenvolvimento tecnológico, mas nem toda tecnologia
depende da ciência, pois a relação entre ambas atravessou diferentes estágios.
No mundo clássico, tanto no Ocidente quanto no Oriente, a ciência pertencia à
esfera aristocrática dos filósofos que especulavam sobre as raízes e a
substância do conhecimento, enquanto a tecnologia dizia respeito à atividade
dos artesãos. A partir da Idade Média, alguns filósofos e cientistas defenderam
a idéia da colaboração entre as duas disciplinas, com a formulação de uma
tecnologia científica e uma ciência empírica baseadas nos mesmos princípios
fundamentais.

De particular importância no Renascimento europeu foram as realizações dos


engenheiros e arquitetos italianos, dos metalurgistas e impressores alemães e
dos engenheiros holandeses. Obras notáveis no campo da engenharia
hidráulica são os canais construídos por Bertola de Novate, em Milão, e as
eclusas, inventadas provavelmente por Leonardo da Vinci. Coube igualmente
aos italianos o privilégio de aperfeiçoarem técnicas para a produção em grande
escala, algumas das quais foram descritas por Vanoccio Biringuccio em De la
pirotechnia (1540), importante obra sobre metalurgia.

Nos estaleiros de Veneza, a construção naval alcançou alto grau de


elaboração e eficiência. Leonardo da Vinci foi um dos grandes inovadores da
tecnologia da Itália renascentista e se interessou particularmente por
engenharia militar, embora suas anotações sobre maquinaria fossem as mais
completas. Desenhou vários tipos de moinhos, bombas e aparelhos hidráulicos,
máquina têxtil, peças de artilharia, objetos de metal, máquina de polir e até um
aparelho para voar. Da Vinci já demonstrava preocupar-se com problemas que
somente séculos depois seriam solucionados, como a redução do atrito e a
construção de máquinas automáticas.

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