determinados meios e zonas geográficas do mundo urbano mais favorecido, com um certo tipo de educação das meninas, das raparigas e das jovens mulheres, que atua quase sempre de forma subliminar insidiosa, e que, talvez por isso, desenvolve implacavelmente um determinado tipo de mentalidade naquelas mentes femininas ainda em franca formação, e que quase sempre lhes condiciona as atitudes e comportamentos para sempre. Refiro-me a uma mentalidade que opto, não sem risco, por descrever com o seguinte mote: Dar o cu em troca de jantares em restaurantes caros e umas temporadas no Algarve. Perdoe-me leitor, por favor, por este meu desassombro, por esta forma de me expressar, pura imagética, e que é tão cruenta, impúdica e ordinária. Mas não encontro melhor para, em tão poucas palavras, dizer tudo. Ou quase tudo… Uma imagem vale mil palavras!, já ouviu dizer… É que esta mentalidade feminina a que me refiro está até presente, e é alicerce, de inúmeros casamentos, incluindo muitos de longa e, não poucos, de eterna duração. E também aquele mote dá conta de motivos disfarçados, e muitas vezes não confesso, para inúmeros divórcios, seguidos em pouco tempo de novos casamentos. É que nem todas aquelas meninas conseguem, em troca das suas apetecíveis bundinhas, logo à primeira, as prebendas desejadas e merecidas. Há que insistir até encontrar… Claro, o leitor já percebeu e suspeita, é possível que a maior parte delas, além de para a função de evacuação, nunca, realmente, cheguem a fazer uso do referido orifício corporal para fins transacionais, mesmo sendo, esses fins, não assumidos, e até desconhecidos. O pudor, e a muita falta de amor, a isso se opõem. Mas, apesar disso, por Educação Feminina, por Pôncio Arrupe 2 motivos puramente retóricos, insisto no uso da mesma imagem para continuar nesta minha reflexão. Está bem de ver, é o que se constata, que a esmagadora maioria sofre em silêncio as dores anais. E aquelas poucas que têm a felicidade de descobrir que até gostam, regozijam também em silêncio, e, na intimidade, por pudor, fingem o contrário. As primeiras, quase nunca chegam a descobrir os verdadeiros prazeres do amor e do sexo. As outras, verdadeiramente, também não, embora obtenham alguma recompensa extra, ainda que longe de a poderem ter previsto, logo, estava ausente das suas expectativas transacionais de início. Mas uma coisa é certa, com vias de facto sodómicas, ou não, com prazer carnal, ou não, a maior parte ficará para sempre desconhecedora de outros possíveis modos de vida e de relacionamento com o sexo, neste caso, verdadeiramente oposto. E a maior parte dessa maior parte ficará para sempre desconhecedora que desconhece o que desconhece. A bem da ilusão de felicidade, valha-nos e valha-lhes isso! A bem da verdade e justiça, isso deverá ser melhor do que a pura e crua infelicidade. Convenhamos. Penso… Assim se transmitem e perpetuam as educações. Agora sabeis. Não o podeis negar. Bem sei que iniciei esta minha reflexão em tom sarcástico, denotando, inclusive, alguma sobranceria e desprezo pelas mulheres a que me refiro. Mas, para terminar e colocar tudo no seu devido e justo lugar, porque é assunto importante e sério, insto-vos, pais, mães e demais educadores, parai de ensinar as vossas meninas a armar e dirigir o sorriso seletivamente, a propósito de tudo e de nada. Parai de educar as vossas meninas para uma vida de prostitutas sem que quase nunca venham a saber que o são; Sem que quase nunca venham a sentir necessidade de outra vida; Sem que quase nunca descubram que existem outras vidas possíveis.
Educação Feminina, por Pôncio Arrupe
3 Pais, mães, educadores em geral, fazei um exame de consciência! Pronto, agora jamais podereis alegar que não sabíeis…