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| f WE CAPITULO 15 Pintura 15.1 Introdugae 15.2 Sistemas de Pintura 15.2.1 Sistemas de Tintas Liquidas 15.2.1.]Tintas & Base de Solventes 152.1.2 Tintas & Base d'égua 15.2.2 Métodos de Aplicagio de Tinta Liquids ‘Ar atomizado Pistola Convencional (baixa vazito ¢ baixa pressto) Pistola HVLP (alto volume e baixa pressto) Pistola de Airless Pistola de Ar Assistido Pintura Eletrostitica Pintura Ulra-sénica 18.2.3 Sistemas de Pintura a PO 15.2.4 —Métodos de Aplicagto de Pintura a P6 15.3 Perfil da Exposigaio Ocupacional 15.3.1 Concentragves de Névoas e Solventes 15.3.2 Tamanho das Particulas da Névoa de Tinta 15.4 Teonologia de Controle 15.4.1 Sistemas de Pinturas e Técnicas de Aplicagao 15.4.2 Projeto do Local de Trabalho, Priticas de Trabalho e Vigilancia Médica 15.4.3 Ventilagto 1544 Protegdo Respiratéria Referéncias 15.1. INTRODUGAO Processos de pintura so usados amplamente na indiistria para se conseguir um reves- timento de superficie, protegendo contra a corrosdo, aparéncia, isolamento elétrico, protegdo anti-chama ¢ para outros fins especiais, A aplicagao ampla desta tecnologia, de oficinas de reparo a pintura automatizada de automéveis, inclui mais de meio milhgo de trabalhadores nos Estados Unidos. Deste mimero, 200.000 trabathadores esto empregados nas oficinas de lanternagem de carros. Embora 0 estado de saide dos pintores ainda nao tenha sido bem definido, os estudos jé concluidos sugerem efeitos agudos e erdnicos no sistema nervoso central, complicagoes hematologicas ¢ excessiva mortalidade por cancer. Além disso, pode 287 EEE——— 248 PINTURA ocorrer sensibilizacao respiratdria nas formulagdes que utilizam epoxi e ésteres do cido carbamico (uretano) ¢ sensibilizagio dérmica pode ser causada pela amina do catalizador em pinturas por pulverizagio. Preocupagdes com 0 meio ambiente e regulamentagées nos Estados Unidos resul- taram em mudangas importantes nos sistemas de pinturas. Em 1985 um porta-voz de ‘uma industria declarou que as novas tintas em p6 e tintas insohiveis somavam 40% do mercado industrial, enquanto que o mercado de revestimentos industriais tradici- ‘onais & base de solventes declinava 5% a cada ano (Anon. 1985). Naquela época, 0 setor manufatureiro estava defasado em relagdo ao setor de construgdes quanto a0 ritmo de substituigao pelos sistemas mais recentes. Uma década mais tarde esta situ- agao mudou e as fabricas apresentam um erescimento acelerado na substituigao de tintas 4 base de solventes. 15.2 SISTEMAS DE PINTURA © termo tinta é usado comumente para identificar uma variedade de revestimentos orgénicos incluindo tintas, vernizes, esmaltes ¢ lacas, A tinta convencional é a mistu- rade um pigmento inorganico disperso em um meio que consiste de um ligante (rest- na) ¢ um solvente, além de massas especiais para encorpamento e aditivos. © verniz um produto sem pigmentos & base de éleo ¢ resina natural em solvente, que se seca primeiro pela evaporagdo do solvente e entio pela oxidagdo da resina ligante, Exis- fem também disponiveis vernizes com base em resinas sintéticas. Um verniz pigmentado 6 chamado esmalte. Lacas sto revestimentos nos quais os solventes eva- poram, deixando uma camada fina que pode ser redissolvida no solvente original 'A formulagao mais recente para tinta em pé a seco contém alta quantidade de tinta ‘em pé e baixa quantidade de solvente. O pd, que representa a formulagto completa da tinta incluindo resina, pigmento ¢ aditivos, & transportado de um reservatorio para a pistola de pulvetizagio por pressio de ar comprimido. Na pistola, uma carga elétrica 6 oplicada a cada uma das particulas da tinta, Este pd seco ¢ soprado suavemente sobre a pega de trabalho aterrada eletricamente e, apés 0 revestimento, as partes S80 levadas a estufa para a fusto da camada de pé resultando em um revestimento conti- nuo (AFP, 1990). Esta téenica oferece umm acabamento de alta qualidade ¢ ao mesmo tempo elimina a exposigéo do trabalhador aos solventes. Resinas de aplicagao térmi ca, usadas para decoragiio e revestimento de protegtio, tém como base 0 epoxi, 0 poli ésier e resinas acrilicas. Em locais criticos, aplica-se camadas espessas de resinas termoplisticas. 45.2.1 Sistemas de Tinta Liquida 15.2.1.1 Tintas 4 Base de Solventes. As tintas convencionais & base de solventes consistem de um veiculo, massa ¢ aditivos (Tabela 15.1). O veiculo representa 0 total do contetido liquido da tinta ¢ inclu o ligante ¢ 0 solvente. O ligante, que ¢ 0 ingredi- ‘ente de formago da pelicula, pode ser um dleo natural ou uma resina, incluindo 0 leo de linhaga e materiais éleo-resinosos ou umn material sintético como as resinas alquidicas (Tabela 15.2). Os sistemas de solventes sao variados ¢ complexos. Os solventes orgdnicos mais comuns incliem 0s hidrocarbonetos alifiaticos e aromaticos, Ccetonas, ileoois, glicdis e éteres/ésteres glicdis, Estes solventes tém pressio de vapor alta ¢ representam o componente mais critico de exposigio do trabalhador na maioria 152 SISTEMASDEPINTURA 249 ‘TABELA 15.1 Componentes da tinta ‘Componente principal Componentes Finalidade Veiculo Ligante Resina para a formago de filme Solvente Dissotvente para ajuste da viscosidade Massas Massas em geral Capacidade de cobertura, encorpamento, cor igmentos Opacidade, cor Dilatadores Massas para 0 encorpamento Aditivos Secadores Aceleracao da secagem ou da cura Biocida Prevengéo do crescimento de mofo ou fungos Agentes planificadores _Proporeionar pouco Lustro Estabilizadores Proteger contra calor e radiagio UV Anticrosta Evitar a formagao de crosta na lata das técnicas de pinturas. Sistemas de tintas em pé (baixo solvente) representam a contribuigdo principal para a teduca0 da exposicao a solvente. Historicamente, as massas de encorpamento, incluindo pigmentos e dilatadores, tém sido considerados um risco significativo & saiide no processo de pintura (Tabela 15,3). Entre os pigmentos brancos comuns inelui-se a betonita e a porcelana, o talco, ‘0 didxido de titinio e 0 dxido de zinco. Entre os pds de minerais usados como dilatadores para controlar a viscosidade, textura e brilho inclui-se 0 talco, a argila, 0 carbonato de TABELA 152 Resinas para pinturas Re Métodos de fabricagio Acrilica ‘Compostos de polivinilideno derivados de ésteres de acrilico e acido metacrilico. Uma resina comum polimetilmetacrilada Alquidica Interagao entre um dcido policarboxilico ou de gordura ou seu anidrido (eg, anidrido fulico), um alcool polihidrico (eg, glicerol e um éleo vegetal ou seu dcido gorduraso. Amina Formada pela condensayo polimerizagao de um aldeiddo com uma amina ‘ou amido—as resinas principais sao uréia-formaldeida ¢ polimeros formaidcide-melamina. Epoxi Produzida pela condensagto polimerizagao entre epicloridrina ¢ difenilol- propano (bisfenol A). Fendlica Resinas de baixo peso molecular formadas quando um componente aromitico com um grupo hidroxita agregado ao miicleo do benzeno reage ‘com um aldeido como o formakieido na presenca de um catalizador. Poliuretano Polimeros formadas pela reagio de isocianatos com compostos hidroxi Se um diisocianato reage com um alifitico glicot (diol) forma-se um polimero finear. Lm polimero conectad transversalmente é formado quando ‘0 diisocianato reage com sigua e polidleos como os dleos vegeiais, poligsteres e poliéteres. Vinit Um hidrogénio de etenos monosubstituidos (i.., etileno) substituide pelo hiidroxit-cloreto, acetato ou outros grupos. Os principais ligantes de tintas sho o cloreto de polivinil e aestato de polivinil. Copolimeros so também usados como figantes ——_—_—_—_—— 250 © PINTURA TABELA 153 Pigmentos comuns TABELA 153 Pigmentos comuns Pigmentos brancos Pigmentos Pretos Didxido de Titdnio TiO, Oxido de ferro preto. Fe 0. Gxido de Zinco Zn0 Negro-de-furmo ue Oxido de antiménio 8,0, Chumbo branco 2PLCO;. POH), Pigmentos orgdnicos amarelos ‘Amarelos hanse Pigmentos inorganicos amarelos Amatelo benzideno Cromatos de chumbo PbCrO, Cromatos de zineo ZnCr0, Amarelos orgdnico verdes Oxides de ferro amarelos Fe,0;- H,0 Pigmento verde B ‘Amarelos de eédimio cas ‘ Pigmentos orgdnicos azuis Z Pigmentos inorgdnicos verdes ‘Azul de ftalocianina a Oxido de eromo 4,0, : ‘Verdes de cromo ¢ ehumbo PLCrO, KFe[Fe(CN),] Pigmentos ongdnicos vermelhos Vermethos toluideno Pigmentos tnorgéinicos azuis Vermeltos aritamida f ‘Azul da Prissia KFe[Fe(CN),} | ‘Azul ultramina 3Na,03 3A1,0,.6Si0,Na,S Pigmentos inorgdnicos vermethos Oxido de feo vermelho Fe, eee cilcio, a batita ¢ as silieas nas formas cristalina e amorfa. Os pigmentos ¢ dilatadores no representam um risco de exposigao durante a pintura com pineéis ou com 0 rolo, ‘mas durante a pintura por pulverizagdo e preparagao da superficie com lixa ou com jateamento abrasivo antes da repintura, estes materiais so liberados para o ar € po- | dem representar exposiges significativas. Pigmentos base de chumbo, cédmio ¢ compostos de cromo apresentam uma exposigdo critica durante a pulverizagao e pre- paragiio da superficie. ‘Os solventes usados em mais de 20,000 produtos de pintura disponiveis tém como base os materiais apresentados na Tabela 15.4. Aditivos para a aceleragao da secagem io adicionados as tintas para reduzirem a formagao de crosta ¢ fungos. Os fungicidas ‘demandam uma atengao especial por causa dos ingredientes, incluindo o naftenato de Zinco e cobre, 0 6xido de cobre ¢ 0 Sxido de tributil-estanho, que tém aga biolégica. 8.2.1.2 Tintas a Base de Agua. As tintas a base de agua representam atualmen- te 15-20% das tintas para construgio e prevé-se uma expansio do seu uso. O sistema atual usa Tigantes com base em polimeros de varios monémeros incluindo 0 acido actilico, o acrilato de butl, 0 acrilato de hexil-etil e estireno, Os outros ingredientes prineipais e suas concentracdes maximas incluem pigmentos (54%), solventes de | __aglutinagdo (15%), ligantes (5%), biocidas (1,196), agentes plastificantes (2,2%), © secadores (quantidades menores). Entre os pigmentos inclui-se os materiais conven- cionais previamente mencionados em tintas 4 base de solventes. Solventes de | _aghutinagao, incluindo hidrocarbonetos, dleoois, ésteres, glcol e éteres-ésteres glicol, 15.2 SISTEMASDEPINTURA 251 ‘embora presente em concentragdes baixas, podem apresentar riscos por inalago. Os biocidas comerciais causam freqtientemente exposigdes significativas ao formaldeido no ar respiravel. Entre os ligantes, hé conhecidos sensibilizadores e irritantes da pele, Deve-se dar atengao especial &s formulagdes de tinta de dois componentes epoxi e éster do dcido carbamico. Os ésteres do acido carbimico consistem na mistara de um polimero poliuretano que contém um isocianato reativo, ¢ o poliéster. Ao se misturar os dois materiais inicia-se uma reagdo que resulta na formacdo de um revestimento quimicamente resistente. Nas primeiras formulagdes 0 diisocianato de tolueno nao reagido (TDI) resultou em exposigao respiratéria significativa ao TDI e sensibilizagio respiratoria dos trabalhadores. As formulagdes foram mudadas para se incluir bloqueador do TDI e detivados que minimizassem os danos respiratérios causados pelas mesmas, O sistema poliéster-uretano inclui um isocianato bloqueado que nao & ativado até que a temperatura de forno de 250°C (480°F) seja atingida. Neste sistema, © contetido de monémero livre 6 menor do que 0,01%. Sistemas de tintas de epoxi oferecem excelentes propriedades adesivas, resisténcia ‘ abraso € a produtos quimicos, ¢ estabilidade em altas temperaturas. O sistema epoxi convencional & um sistema de dois componentes, consistindo de uma resina com base na reagiio de produtos do biesfenol A e da epicloridrina. A resina pode ser modificada por diluentes reativos, como os éteres glicidil. O segundo componente, o entijecedor ou agente de cura, tinha como base, inicialmente, aminas altamente reativas. uso de aminas alifiticas de baixo peso molecular como a dictilenctetramina ¢ a trietilenetetramina, ambas fortes imritantes e sensibilizadores da pele, apresentaram importantes danos a satide nos primérdios do uso dos sistemas epoxi. Isto tem TABELA 154 _ Lista parcial de solventes de tintas ‘Aromético Solventes clorados Acetatos Benzeno Cloretos de metita Etil Tolueno Cloroteno Isopropit Xileno Tetractoreto de earbono nepropil Naftas aromatioas Dicloreto de etileno Butil secundaio Solventes arométicos __‘Trieforoetileno n-butil derivados do petréleo —Percloroetileno Amil Outros ‘Terpenos Cetonas _ Alifiticos Turpentina Acetona ter de petréleo Dipenteno Cetona etil metil Diuente de laca leo de pinho Aceton metil Nafta VM e P Aleoois Cetona isobutil metil Aguarrases minerais Metanol Diacetona Aguarrases mineris inodoras. Etanol Cictohexanona Querosene Alcoolisopropil Isoforona ‘Naftas de alto ponte de fulgor_n-Alcoo! propil Cetona diisobutil Outros ‘Aloo! butil Eteres glicol Alcool butil secundirio Varios graus comerciais Alco! Amil Cictohexanol Outros Fonte: Preparacdo de Superficiese Aeabamentos para Metis por). Murphy. Copyright 1971. Com permisso de McGraw-Hill Book Co, i ———— 252 PINTURA em parte, suplantado pelo uso de bloqueadores da amina de baixa volatibilidade ¢ de agentes de cura de amina de alto peso molecular. O sistema epoxi em po inclu um ‘catalizador dé amina, que € ativado a uma temperatura de forno de 350°C. No que conceme a dermatites, as resinas epoxi podem ser divididas em trés graduagées quan- to a seu estado fisico. As graduagées sdlidas so vistas como inéeuas; entretanto, pode i ‘cearrerirritagao da pele, causada pelos solventes usados para a retirada de resina. AS traduagées liquidas sio iritantes médios ou moderados da pele. Os modificadores de teres glicidil de baixa viscosidade séo irritantes e sensibilizadores da pele, € apresen- tam toxicidade sistémica. 45.2.2 Métodos de Aplicagdo da Tinta Liquida ' ‘No cendirio industrial, a pintura de pegas pode ser feita através de intimeros processos | nchuindo pineéis, rolos, imersio, costina, em tambores, pulverizagdo ¢ revestimento | com pé. A pintura com pulverizagio por ar atomizado @ o método de aplicagao mais comum encontrado na indistria ¢ apresenta os principais riscos & satide. De modo amplo, o risco de danos de uma operagio de pintura por pulverizagio depende da tficiéncia de transferéneia do método de aplicaglo da tinta. Bficiéncia de transferén- cia indica a percentage de tinta que é depositada na pega de trabalho; perde-se a eficiéncia pela super-pulverizagto ¢ pelo rebote (Figura 15.1). 'A quantidade de tinta aplicada por unidade de tempo e, portanto, a quantidade potencial de solvente liberada durante a operagio € impressionante: um pincel de 15 tm de largura pode aplicar 26,5 litros por dia, um rolo de 23 cm pode aplicar 153 | fitros por dia, e através da pulverizagéo pode-se aplicar de 38 a 265 litros por dia. O operador fica exposto a0 vapor de solvente em processos nos quais a tinta é fluidica, ‘como na aplicagdo por pincel e na imersdo, ¢ durante a secagem. Entretanto, nas Figura 15.1 Pintura por pulverizagio mostrando o jato de tinta lberado pela pistola de pulverizagio: (A) Deposigao na pesa de tmbalho, (B) excesso de pulverizagto, e (C) tebote. Eficigncia de transferéncia éa percentagem do total de tinta iberads da pistola que deposita na | pega de trabalho. 452 SISTEMASDEPINTURA 259 técnicas de atomizagdo, ha a exposigao a ambos, o solvente e a névoa de tinta. A exposigdo a que se submete o trabalhador depende do excesso de pulverizagao e rebote que ocorre durante a pulverizacio. Os métodos principais de pintura por pulverizagao na industria esto descritos abaixo, estando disponivel extensa bibliografia sobre a aplicagdo dos mesmos na industria (HUND, 1993). 152.2.1 Ar Atomizado. Neste sistema de pintura, a tinta é conduzida a partir do reservatério pelo efeito de sifonizagao criado pelo fluxo de ar ou, no caso de tintas muito viscosas e de tintas com muito sélidos, 0 reservatério é pressurizado ¢ a tinta ‘lui para a pistola de pulverizagdo (Figura 15.2a). Em qualquer dos dois casos o ar comprimido atomiza a tinta na vélvula do bocal para formar goticulas ou névoa , libera a nuvem de goticulas da pistola de pulverizacao e a leva até a pega de trabalho. ‘A etomizacio pode acontecer na parte externa da pistola, na zona entre 0s relevos da ponta da valvula ou dentro da propria pistola. O sistema usado comumente na pintura industrial de acabamento é um sistema extemno gerador de névoa com alimentador de pressio (Figura 15.26). Este sistema requer alto fluxo de ar, gera particules finas (neblina) ¢ tem uma baixa eficiéncia de transferéncia na faixa de 25-30%. Se a tinta for aquecida para abaixar sua viscosidade, a pressto usada no sistema pode ser redu- ida, resultando em uma menor pulverizagdo e rebote e, portanto, no aumento da eficiéncia de transferéncia 15.2.2.2 Pintura com Pistola Convencional (baixa vazdo e baixa press4o). Este sistema usa uma pistola de atomizagao especial com jatos de ar de baixa pressio, impingindo um fluxo primério de tinta para gerar 0 mecanismo de atomizagio. O fluxo de tinta fluidica separa-se da pistola e é introduzida em uma zona secundaria da extremidade, © fluxo de tinta, sélido e de forma eliptica, ¢ atomizado externamente por dois pequenos jatos de ar, A atomizagao néo é tio fina como a atomizagao de ar convencional; no entanto, 0 rebote é reduzido e se consegue eficiéncias de transferén- cia na ordem de 60-80%. Pulverizaglo de baixa vario-baixa pressio tem tido ampla aplicagtio em mobilias, automoveis ¢ em induistrias de acabamento de metais, em geral para tintas com viscosidade baixa ou média. 15.2.2.3 Pintura com Pistola HVLP (alto volume e batxa pressao). sistema de alto volume-baixa pressfio usa ar comprimido a 3-6 psig e fluxos de ar de aproxi- madamente 20 cfm para atomizar a tinta. O didmetro da névoa da tinta esté na faixa de 1-50 zm, Uma vez que a pressio do ar € menor do que a atomizagio de ar conven- cional, hi uma redugo no excesso de pulverizacdo e no rebote, levando a eficiéncias de transferéncias superiores a 65%, Um niimero de drgios de regulamentagio ambiental {jf reconheceu as vantagens deste sistema e restringiu as operagées de pintura por pulverizagao a um dos dois sistemas; alto volume-baixa pressio ou eletrostatico. Freqlentemente este sistema & preferido ao eletroestético para tintas a base de agua, uma vez que sistemas eletroestéticos demandam isolamento especial de todos os re- servatérios de tintas. Somado a sua alta eficiéneia de transferéncia ¢ conseqiientes vantagens ambientais, este sistema produz um acabamento de alta qualidade com perda minima de tinta. Na atomizago convencional do ar, 7,5 litros de tinta se per- dem por excesso de pulverizacdo e rebote para cada 11,5 litros aplicados. No sistema de alto-volume baixa pressio, esta perda é reduzida a meio litro de tinta para cada 3,8 litros de tinta pulverizada. 254 PINTURA Vala do Placa do ste 8 Z ator S Basae cone Zoe ange 18 ajuste —— May So fui, 2S i (@ Figura 15.2a_Pistola de atomizagdo de ar convencional. Fonte: Cortesia de DeVilbiss Industré- «al Coating Equipment. Figura 15.26 Acoplamento do tanque de alimentagao de pressto, Ponte: Cortesia de DeVilbiss Industrial Coating Equipment. 152 SISTEMASDEPINTURA 255, 15.2.2.4 Pintura com Pistola de Airless. O sistema airless forga a tinta por entre um pequeno orificio a presses de 504.500 psig para atomizar mecanicamen- te atinta, Um bocal de carbeto de tungsténio se faz necessirio se o sistema airless for usado com tinta 4 base de agua devido a ago abrasiva da tinta sob alta pressiio. A distribuigdo de particulas é ampla, com a maioria das particulas da névoa medindo cerca de 100 a 500 sem. O impulso da descarga da névoa da tinta leva-a até a pega de trabalho, 0 rebote ¢ excesso de pulverizagao sao reduzidos em comparagaio com a atomizagao do ar convencional e obtém-se eficiéncias de transferéncias de 40 a 50 %. Devido a suas caracteristicas de desempenho, a pulverizacdo airless & amplamente usada em construgdes e pinturas arquiteténicas. A velocidade das particulas da névoa na vizinhanga da pistola é muito alta ¢ estas particulas podem ser injetadas subcutaneamente se a pistola for mantida perto da pele. Para proteger o operador, um espagador de plistico (bico de pato) é instalado no ponto de descarga, 15.2.2.5 Pintura com Pistola de Ar Assistido. No médulo ventilado, 0 sistema airless, descrito acima, fornece primariamente um aerosol espesso. Este fluxo de aerosol primério é entio atingido imediatamente por jatos de ar comprimido provenientes dos bicos externos no bocal da pistola para se conseguir a atomizagao secundaria, resultando em uma variagdo de didmetro da névoa de tinta entre 100-200 sam. O desempenho deste sistema se equipara ao desempenho da atomizagdio do ar convenci- onal. A eficigncia da transferéncia deste sistema € de 45 a 60% . 15.2.2.6 Pintura Eletrostdtica. Este sistema (Figura 15.3) adiciona uma carga negativa na particula de tinta durante a passagem da névoa de tinta por um campo de descarga elétrica. As particulas carregadas so, entido, atraidas para a peca aterrada. Os primeiros sistemas para trabalhos de bocal fixo usavam uma grado extema de alta- tensio entre a pistola de pulverizagéo e a pega de trabalho, Nos projetos atuais, a coroa de alta tensfo fica instalada na pistola; 0 sistema pode ser usado em pistolas a ar, airless ¢ de ar assistido, com eficiéncias de transferéncia acima de 90%, As pisto- ott seen ariged | ego 256 PINTURA Jas manuais operam em voltagens na faixa de 30-60 KV e uma corrente de aproxima- damente 100 2A; devido 2 baixa corrente, as pistolas néo apresentam riscos de cho- ques elétricos ao trabalhador. O equipamento tem uma ampla variedade de apticagao incluindo tinta a base de agua , embora nesta modalidade o suprimento de tinta deva ser eletricamente isolado. Uma vez que a coroa trabalha com corrente baixa, presu~ ‘me-se que quantidades significantes de ozénio se formem na mesma; entretanto, no ha dados disponiveis sobre 0 assunto, Em um outro sistema eletrostatico, um disco giratorio de alta velocidade gera par- ticulas de tinta relativamente homogéneas. A tinta é alimentada a0 centro do disco giratorio e as particulas s2o liberadas pelas bordas do disco. Uma vez que 0 disco é mantido em alta tensdo em relagdo pega de trabalho, as particulas so retiradas do disco por forga eletroestitica e atraidas para a pega aterrada, assim aleangando efici- éncias de transferéncia acima de 95%. 15.2.2.7 Pintura Ultra-sénica. Uma técnica geradora de pulverizagto ultra-sénica, deserita por Berger (1988) € usada em aplicagées especiais de camadas finas de reves- timentos caros a taxas de fluxo baixas com um aplicador fixo para revestir teias mé- veis de folhas de vidro, papel ou tecidos. A unidade opera a 20 kHz com energia dispersa muito baixa e alta eficiéncia de transferéncia, de modo que ela nao se torna um problema ambiental. 15.2.3 Sistema de Pintura a P6 ‘Durante os iiltimos dez anos, a aplicagdo de revestimento em po tem crescido significantemente. Nos meados dos anos noventa, 20% dos aparelhos fabricados nos EUA eram acabados com pé; também ¢ usado, atualmente, nos revestimentos primd- ios de automéveis e seri, em breve, adaptado para revestimentos polidos. Um incen- tivo maior para tal tendéncia tem sido a introdugao de severa regulamentagio ambiental em relacdo a qualidade do ar, O revestimento com pé combina melhorias da produti- vidade com baixo impacto ambiental, O sistema é simples. Uma camada de pé incor- porando todos os componentes da tinta & colocada sobre a pega de trabalho. Esta 6, entdo, processada através de um forno qué derrete 0 po, convertendo-o em uma cama- da de tinta continua, ‘A composigdo do pé assemelha-se & composigto da tinta liquida, com excego do ato dela nao conter solventes. Cada particula contém resina ¢ endurecedor (50-60%), pigmentos e massa (40-50%) e varios aditivos (1-27). Os sistemas de po mais co- ‘muns usam epoxi, epoxi-poliéster, poliuretano e varios esmaltes. Nos processos de fabricacdo de pé padrdo, os varios componentes so misturados 2 seco em um risturador e processados através de uma extrusora para formar uma massa viscosa. O produto extrudado ¢ entao processado para formar uma fita ou uma tira, que ¢ moida e classificada de acordo com o tamanho (NIOSH, 1984). O po final tem um didmietro médio na faixa de 20-30 yum. ‘As pegas a serem pintadas passam por um rigoroso processo de preparagdo, que pode envolver um minimo de 6 e um maximo de 24 niveis com base nas técnicas que foram discatidas nos Capitulos 3-5. O pé bruto ¢ fluidificado para se conseguir uma ruvem de particulas, Em sistemas mais antigos, as pegas eram imersas e revestidas diretamente na nuvem de pé mas, atualmente, 0 pé fluidificado ¢ aplicado, em geral, ‘com uma pistola, Apés a pega set revestida, ela passa por um forno operando a tem= 152 SISTEMASDEPINTURA 287 peraturas de 160-250°C onde o pé se derrete para formar uma camada continua e 0 endurecimento acontece entdo, Esmaltes com base de dxido metilicos sto queimados a temperaturas que variam de 780-830°C. 15.2.4 Métodos de Aplicacao de Pintura a Po Na pistola de pulverizagtio mostrada na Figura 15.4 0 pé é tansportado através de ‘uma coroa de descarga (60-100kV) onde as particulas de pé se carregam negativa- ‘mente; elas so ento direcionadas pelo campo eletroestatico para a pega aterrada ¢ se depositam como um revestimento uniforme. Se a geometria da pega de trabalho for complexa, haverd um revestimento impréprio em certos dngulos e reentrincias devi- do ao efeito da gaiola de Faraday. Neste caso, uma pistola de pulverizacdo diferente usada, na qual as particulas obtém uma carga positiva por triboeletrificagao'"). O flux de ar carregado de pé passa através de tubos de teflon de onde elétrons so arrancados. As particulas carregadas positivamente sto depositadas na pega de traba- tho com alta eficiéneia conseguindo uma melhor cobertura em areas mais dificeis do Figura 18.4 Pistola de aplicagao de tinta em pé com corona de eletrificagao. Fonte: Cortesia de Nordson Corp. ©) Bletricidade que se forma pelo atrito de dois corpes. (N.R.) LS 258 PNTURA que as particulas carregadas negativamente. A eficiéncia de transferéncia do sistema de pé esta na faixa alta de 90%, portanto pouco pé se perde da coifa, Porém, nto hit dados disponiveis de amostras de ar para demonstrat a exposigao do operador a0 ps. ‘A pistola de dispersdo de pd pode ser operada (1) manualmente, (2) em uma posi- fo fixa com gatilho automatico para ativar o revestimento apenas quando a pega de trabalho que esté sendo transportada passa pelaposigdo da pistola, ou (3) por um sistema robético ativo. A operagio manual é mostrada na Figura 15.3 em uma cabine de pulverizagao de pé. A aplicacao automitica é melhor ilustrada pela operagao tine mostrada na Figura 15.6, Em ambos os casos 0 fluxo de ar passa para o interior da face aberta da coifa parcialmente embutida, coletando qualquer perda de pd que esteja escapando, juntando-o ¢ usando-o nevamente. O po pode ser recuperado por urn nit- ‘mero variado de modos — cle pode se instalar sobre uma correia de movimento lento no piso da coifa e ser absorvido por vacuo continuamente para ser reusado; um siste- ‘ma de filtro ciclone integral de dois estigios pode ser instalado para coletar 0 materi- al; ou um conjunto de filtros de cartucho junta o pé e ele é recuperado através de uma limpeza com jato invertido, Os fabricantes de equipamentos para revestimento em po asseguram que a utilizagao do pé se aproxima de 99%. O sistema de filtro eartucho & aplicavel em operagées usando um nimero diferente de pés coloridos. ( sistema descrito acima representa uma abordagem de aplicagto que é modelado como um sistema de tinta fresca, isto &, a pega é fabricada e entéo pintada. Uma nova abordagem envolve a pintura do estoque base antes dos componentes serem monta~ dos, Pequenos retoques de pintura so completados apés a montagem . As vantagens de produgao desta abordagem so muitas ¢ inclui-se, entre suas aplicagdes, a fabrica~ fo “just-in-time”. A técnica de pré-revestimento pode apresentar risco ocupacional & Figura 15.5 Aplicagio manual de tinta em po em eabine semi-fechada. Fonte: Cortesia de Nordson Corp. 158 PERFILDAEXPOSIQROCCUPACIONAL 259 Figura 15.6 Apticasto automética de tinta em po em uma cabine tunel. Quatro pistolas revestem painéis de metais movimentendo-se da direita para a esquerda, O teto da cabine € coberto por uma folha de plistico, bem como as paredes ¢ 0 piso. Esta folha de plistico | facilmente substituida usando-se 0 rolo de pléstico que fica no nivel do piso fornecendo, assim, uum interior novo quando se troca a cor a ser useds. O pé aplicado em excesso ¢ coletado para ser reusado em um separador a ciclone de alta eficiéneia que fica do lado direito do operador. Um filtro de cartucho de nivel de eficiéneia secundério limpe o ar antes dele ser recirculado para a planta. Fonte: Cortesia da Gema Voltastic. satide do trabalhador se o revestimento teceber sobrecarga térmica nos estagios de fabricagdo, resultando na liberagdo de produtos advindos da degradagio térmica das tintas (veja Capitulo 10 para uma discussdo mais detathada deste t6pico). 15.3. PERFIL DA EXPOSICAO OCUPACIONAL, 15.3.1 Concentragées de Solventes e de Névoas Uma série de 72 medidas de amostras de ar foram conduzidas durante a pintura por pulverizagio em um estudo de exposigdes por solventes nas fibricas e industrias de servigos da Dinamarca, Trinta e oito por cento das exposigdes por solventes mistos, excederam em 0,25 0 valor limite de tolerdncia — média ponderada no tempo (TLV— TWA) da ACGIH, 29% estavai entre 0,25 ¢ 1,0 do TLV-TWA da ACGIH, e 33% excederam a combinago dos dois indices TLV-TWA do ACGIH (Olsen e Seedorf, 1990). Myer ot al. (1993) fomecem dados extensos de amostragem do ar na aplicagdo de ‘uma linha de produtos de pintura que incluia uma resina de isocianurato com um conteiido residual de monémero de menos do que 0,3% e uma resina de poliisocianato EE—E———— 260 PITURA i cxjo contetido de monémeros livres era de 0,7 no momento da fabricugdo, mas a ‘mentava para um maximo de 1,6% durante a armazenagem. ‘Vinte e oito operagdes de pintura por pulverizagio foram estudadas durante um periodo de 8 anos, além de Eplicagdes selecionadas com pincel e com rolo; os dacs relacionados a aplicacoes Com pincel ¢ com roto foram egrupados para a discussao com umm nimero limitado de qmostras oriundas da mistura de tintas ¢ operagdes de preparacao. Os programas de coletas de ar cobriram uma feixa de aplicagae ampla, incluindo manufeturamento na fabrica, transporte o stores de construgo, Os autores fizeram amostragens do monomero 2 base de diisocianato de hexametileno (HDD) com um valor limite de folerancia e tempo medido médio da ACGIH de 5 ppb ¢ um limite maximo de 20 ppb jroposto pelo fabricante, Nio ha valor limite de tolerancia para o poliisocianato HDI, a rtrotante o fabricante estabeleceu um limite de orientagao de 1,0mg/m* e um valor ‘de média ponderada no tempo (TWA) de 8 horas de 0,5 mg/m’. ‘Uma vez que estes sdo os dados mais abrangentes na literatura de higiene industri- al sobre exposigSes ao isocianato em pintura por pulverizacao, os resultados da coleta de ar esti incluidos nas Tabelas 15.5 e 15.6. Os dados sobre amostragem de drea apresentados no trabalho original nio foram ineluidos neste estudo. Commo esté mos teado nos dados para aplicagbes por outros meios que nao a pulverizacio na Tabela 15.5, 0s resultados do poliisocianurato ‘HDI foram todos 3,5% menores do que 0 valor 1,0 rmg/n? resomendado peo fabricate. As médias goometriens das concentragbes de HDI fo- tam todas menores do que um tergo do TLV~TWA da ACGIH de 5 ppb. Os dados sobre pntara por pulverizagio mostrados ne Tabela 15.6 indicam que onivel de 1,0 mgm? Tecomendado pelo fabricante fi excedido em virios segmentos indusricis; em alguns casos, be valores excederam onivel recomendado por um fator de 10. Ocorreram, também, exposi- gees a0 HDT excedente ao TLV-TWA da ACGIH, Bm todosos cxsos as amostes de ar foram ‘omadas desconsiderando-se qualquer mecanismo de protego respirat6ria em Uso. Depois de demonstrar com sucesso a correlagio entre o esultado obtido com fita- teste passivae @ amostragem usando tubos de carvao ativado para a deweegto de vapo- res organicos, localizando-se os dois mecanismos de amostragem nas Japelas opostas da camisa, van der Wal ¢ Moerkerken (1984) conduziram amostragens similares na Fabrica, Nos testes em situag&o real de trabalho, os dois métodos de amostragem nko fomeceram resultados comparaveis. Fm laboratério,os autores avaliaram o impacto ; de finmaagdes mais importante nas concentragdes de vapor de solvente durante o peri- odo de amostragem e variagdes de velocidade do ar através da face do coletor de ‘Qmosiras passivo. Nenhuma variaglo pode explicar as diferengas notadas no estudo de campo. Estudos em Iaboratérios posteriores, sob condiydes de pintura ativa, do- monstraram que as diferengas nas concentrages encontradas nos locais das duas {apelas eram reais ¢ as concentragdes de vapor locais podiam variar grandemente dentro da zona de respiragao, dependendo da localizagao do coletor em relagio 20 pponio gerador. Os autores alrtam os responsiveis pela amostrager em operagOes de pintura por pulverizagio para eumentarem 0 cuidado no posictonamento do coletor individual para se obter dados de exposigao validos. ‘Um estudo em 46 oficinas de automoveis envolvendo 64 trabalhadores que faziam pinturas por pulverizagao intermitentemente, com 0 restante do turno dedieado a 4 preparagdo da lataria dos caros, foi conduzido na Avstlia (Winder e Tumer, 1992). “Trinta por cento dos oficinas usaram apenas uma tinta & base de acritico, 20% usaram apenas uma tinta de poliuretano, ¢orestante usou ambos os sistemas, Doistergos das “nya 90T'9 goo) ap wx syusoIE ,66 OF ¢ op EE} vo / OgO'D 9P Ra jansIDA!—p OREN NpLOUSaC] ap seAROLUE se Es SDOTOP sEOUN=UODE seIpOLU SY 5 ‘s}aARIDAAp SH0]2A Sop [LUDBID 456 OP assy ,-"rounptuea® pour wp sopenbopau no sostoidiu seuss, ep 0424 \wnopep 10} Sopes=.9p ex opt Spe HEe SHDN 59 suorad 5645 op srs 9sroUNUOSS sMIPH Se JN]39 9p app snp at 9p eurtrUry opSNROSSY) HoHDDossy 2uoBKy PLIsMPY UaouDUT ep BSA) (E661) 2K ap OPHALAPY O10 6 _ 0s 0-00 Wo a ougyei0ge7 é = Ie s'si-vz'0 Ist 91 opSnnsuo2jorduannuTyy 001 _ o ovt-s60 Ch 6E — OpdujmUUOy/UATepEQuidsy 6 _ (001 —_ _ wu Wa0-ouodsueyy, O01 _ _ os 060-010 oe a PPEOOIOP OBN % — [WU2aNOd POLNDUIOID) EPeIOOIEP OPN % ynuaoiag SeOINQOID semSOUTY SOS EPH SOE SOP apmydury apmydury (au anpoumsed Nap oBERIBDHIO Gadd) ae ap oPbeRAADu0D ‘ogSezjaannd & Ogu ond sojour so.yno sod eamuyd op sogdes0do suu oVeuE|DOS| ap [eNPHIPI] woHENsOMe ep OUINDY Sst VIGAVL ‘4d gp» €00'0 2P 9 SHHRAINM 456 0 955 0 NI HXIBS BH -qdG7'9 AP WI [PAyIONI9P OREN INPUOUISA] Op SEASOUIE Se RIE SDC] OP SE>LAINONE sep SY 5 “stoxproarp sae Sop 1nua10d ,s6 Ore ogSMoRTOp OLY apSEP UIIBA sopeIuasaxdesaxnjea SC "epemuasaide Yo LorIAUOOS Bipot LURYON “auesy ,““voqugtuoe’ espa up sopenbapem no sostsoidia sonsifar, wa smnsox apod “opm ‘2 stangIoonp Ow seasoUE op 940 anb op stews EqIUOD BuO HEA 4 “opSer9}9p ep aya] op apsiou Up Ao[eA Lun ope oy noroo19p 2s og sanb sou smnsou 58°04 $6 8g SnD sextE Seo S¥oqQUICAS SIPGUS23EINO/E9 Op APEPLLEUY EO “(qomsnpuy auatity] op vumoUaLEY oBberDoNsy} HoNDIZOSSy aUaISKyy JOLAISNPUY UBDL.OUUY BP TISOLOD (E661) TE19 FAW ap OpEdEDY -2NK0.F 0 60 0 se IGOLIEEPE A 0 ort 9 rs. oF opStuysuoa/ogsua nue] ° 3941 z es Souq joposed oqouredinby u ooI-sio'o 390 a Cu9ON — ss Wao-enodsue, t 0L'6-tr'0 Lt oa o'0z-60'0 ay SE OfrsWOd-sod ayodsuery, 8e 09°€-<00'0 8so'o hs 8LIVON — er reuysnpuy wap BURT ORNS SaERDIIGED SEASON TaMpHT Ppa Sepa onawieg apmydury (auBUU) anpoUasOCT Nap oPSEADSUE (dd) 1GH @P ovsenua9u0 ‘oySezyiaajnd sod vamuyd ap soqdeaado seu opeueIos] op [ERPHYPU] uibTensoME wp oMMSY IST FPG, PINTURA 262 15 PERFILOAEXPOSIGAOOCUPACIONAL 263 oficinas tinham exaustores locais ¢ os outros usavam exaustores do ambiente, Respi- adores reutilizdveis, com filtros para névoa de tinta e vapor estavam disponiveis em tadas as instalages; no entanto, quase metade dos trabalhadores usavam respiradores inadequados. Respiradores de ar mandado estavam disponiveis em um décimo das ‘oficinas, mas eram usados apenas ocasionalmente, As concentragdes de vapores de solvente no ar eram baixas, com uma concentrago média equivalente a um quinto do padrdo de exposigao ocupacional. Os autores declaram que as condigdes existentes no. estudo so, provavelmente, representativas de pequenas oficinas de conserto onde 0 trabalho é intermitente e de curta duragio. Taycock ¢ Levin (1984) conduziram um estudo dos riscos & satide em uma oficina de lanternagem simples @ qual eles acharam ser um exemplo tipico de uma operagio de lanternagem e pintura para 2~4 homens. Uma cabine de pulverizagio projetada para uma velocidade frontal nominal de 30,48 m/s foi usada na maioria das pinturas, ‘embora parte do trabalho tenha sido feita no compartimento principal, contando com © controle de um sistema de ventilagdo exaustora local. Atenc&o principal foi direcionada para os vapores de solventes e para os pigmentos de tintas. A complexi- dade do perfil das exposi¢des em local de trabalho em uma pequena oficina ficou cevidente; foram detectados 36 tipos de solventes no pequeno nimero de tintas usadas rotineiramente. A concentra¢o TWA em tumo completo raramente excedeu o TLV- TWA da ACGIH, entretanto, o TLV-STELs foram comumente excedidos. Os autores néo fizeram coletas para o diisocianato, uma vez que nao havia disponivel um método satisfatdrio. Embora se tenha feito coleta de amostragens para cromo, cédmio e chumbo, apenas o cromo estava presente em concentragdes detectiveis. As exposicdes a solventes foram muito mais altas durante a estado de inverno com aquecimento do ambiente; isso foi devido, em parte, & deficiéneia na renovagao do ar que ocorre nessas circuns- tancias, A exposigio a solventes orginicos de 40 pintores em 6 oficinas suecas foi estudada por amostragem de 1 hora durante periodos de trabalho que o autor considerou representar um padrdo normal de trabalho (Kurppa ¢ Husman, 1982), Conforme ilustrado na Tabela 15.7, todas as concentragées de ar foram menores do que a metade do TLV da ACGIH. Um estudo dinamarqués feito por Hansen et al. (1987) & uma revisio abrangente dos principais problemas ocupacionais de saiide associados com as tintas de iltima geragdo 4 base de égua, Embora o trabalho tenha sido realizado em aplicagdes arquiteténicas, ele oferece luz para 0s riscos a saiide nas operagdes industriais. O estudo foi instigado pelo fato de que nos meados dos anos oitenta, perto de 90% de TABELA 15.7 Exposicdo a solventes nos trabathadores em funilaria automotiva i Maiorconcentragao ‘Concentraco média_—_Percentagemdo ‘Tolueno 230 306 30,6 | Xero 36 ss se | Peso debt 10 os a i Aguarris branca 150 49 49 Geer nobus 39 7 34 Isopropanol 83 29 0,7 en dee 3 a6 07 aero 5 i 03 Etanol 27 29 03 i Fonte: Adeptado de Kurppae Husman (1982). 264 PINTURA TABELA 15.8 Concentrasées miximas e minimas de matérias primas em tintas a base de agua Componente quimico “Teor (% wiw) Agua Biocidas Surfactantes Pigmentos/pigmentos dilatadores Ligantes Latex (peso seco) 627 Allquidico (peso seco) o14 ‘Agentes Aglutinadores/cossolventes 0-15 Aminas 93 Agentes Plastficadores 0-22 Agentes Secadores (Secantes) 0-06 Outros 4 Fonte: Adaptado de Hansen etal. (1987). Contesia de Scandinavian Journal of Work, Evironment and Health (© percentager de peso do componente om relagdo.ao peso datinta (NT). todas as tintas para construgéo na Dinamarca eram & base de égua. O estudo incluiu 34 produtos a base de agua, incluindo ambas, a tinta latex acrilica de alta qualidade formada com ligantes copolimeros acrilico para trabalhos intemnos ou externos, ¢ uma tinta para trabalhos internos de baixa qualidade formada com copolimeros acrilicos. Os teores das matérias primas nas tintas & base de gua esto resumidos na Tabela 15.8; uma vez. que as tintas latex ndo contém pigmentos, agentes plasticizantes ¢ de secagem, um niimero destas categorias néo apresenta concentragao. O ligante nas tintas a base de Agua tem como base os mondmeros que aparecem listados na Tabela 15.9. Os latex sdo produzidos através da emulsdo da polimerizagao do mondmero com goticulas dispersas na agua. Os ligantes latex podem ser copolimeros com base em monémeros 2-5 incluindo o acrilato de butil, o acido acrilico ¢ estireno. Os polimeros de alto peso molecular (aproximadamente 1.000.000) tém toxicidade irrelevante. Os latex no estao isentos de solventes; adicfona-se o solvente em con- centragdes baixas para se obter a formagio adequada de camada durante a aplicago da tinta, O solvente pode ser usado sozinho ou na forma de uma mistura complexa. ‘AS concentragdes miximas de solvente presentes nas 34 tintas no estudo na Dinamar- ca estiio citados na Tabela 15.10, A concentragao de mondmero residual esta na faixa de centenas de partes por milhao. Entre os biocidas usados para manter a estabilidade da tinta armazenada em latas incluem-se os produtos quimicos listados na Tabela 15.11. Os autores informam que 0 fabricante de tinta pode comprar um biocida comercial, que pode conter um mimero de componentes individuais inctuidos nesta lista. Entre 0s pigmentos comuns para as tintas brancas incluidas no estudo, estdo as argilas, a mica, 0 talco, o éxido de zinco ¢ 0 diéxido de titénio, O pH da tinta é ajustado com a aménia. Os agentes secantes ‘comuente tilizados incluem onaftenato de cobaltoe oetoatos de bario, cobalto ezirc6t ‘Uma extensio deste estudo ineluiu uma amostragem de ar por periodo curto conduzida por periodos de 20 minutos em 15 locais distintos pata se definir a exposigho do trabalha- dor. Como deserito na Tabela 15.12, as concentragées da maioria dos componentes 188 PERFILDAEXPOSIGAOOCUPACIONAL 265, TABELA 15.9 _Monémeros para produsio de latex em tintas a base de agua Quantidade tipiea Componentes quimicas (Cowi) ‘Actiamida | Acrilonitrila 0,001 Acido acrilico Acrilato butil 0,02-0,06 Metaeritato butil Actilato 2-etlexil 0.01 Acido metacrilico Metactilato de metit 001 Estireno 0,01-0,04 Acetato de vinil Ester vinil de Versatic 10° (VeoVa 10%)" Fonte: Hansen ¢ al (1987), Cortesia do Scandinavian Journal of Work, Environmentand Health ‘Gornal Bscandinavo do Trabatho, Meio Ambiente e Saide) 4 Versatic 10® 106 uma mistura de acidos ramifieados com nove atomos de carbon. -volteis eram baixas, excegdo para o formaldeido, a aménia, a aguarrés mineral ¢ 0 ter butil-glicol-etileno que ficaram na faixa de 0,25-1,0 do valor limite de exposigo ‘ocupacional. Nao se considera a sensibilizagao causada por biocidas um problema real; embora seje teoricamente possivel, as concentragdes de biocidas quimicos sto baixas demais para iniciar um processo de sensibilizagto. Pode ocorrer irritagio da pele causada pelos surfactantes. Os monémeros residuais néo foram considerados um problema devido a baixa concentracao. Bjerre (1990) propés um modelo matematico de seis pardmetros para predizer as concentragdes médias e méximas do vapor de solvente durante @ pintura por pulveri- zagiio. Ao discutir uma estratégia para a amostragem de ar de elementos reativos em ‘uma névoa de tinta epoxi, Herrick Smith (1988) acentua que as moléculas de resina nna névoa passam por reagdes cruzadas com agentes de cura; esta reagio comega no momento da mistura e continua enquanto 0 material esta suspenso no ar. A complexi- dade da névoa da pintura por pulverizacao ¢ também identificada por D'Arcy e Chan (1990), que lembram aos higienistas industriais que o aerosol ¢ uma mistura comple- xa de ligantes orginicos, pigmento orgénico, pigmento inorginico sélido, agente de cura e solvente residual. 15.3.2 Tamanho das Particulas da Névoa de Tinta ‘A converséo do sistema de pintura de um automével de laca para tinta com sélidos fortes levaram Chan et al. (1986) a avaliar o tamanho da particula da mistura da tinta. A aplicagio de revestimento livre e de base por sistemas automatizados e manu- ais de atomizagio do ar convencional operando a 200-1356 psig tinham um didmetro ‘erodinmico da média da massa (MMAD) de 4-12 zm dependendo da pressio do at. ‘A aplicagdo de revestimento livre pelo atomizador rotativo com velocidades rotacionais de 17.000-40.000 rpm geraram particulas de 20-35 yam. —_—______ 266 © PINTURA TABELA 15.10 _Solventes em tintas a base de agua TABELA 15.10 _Solventes em tintas & base de Agus __ Teor | maximo Composto guitico (% wh) Misturas de hidrocarbonsto Terebentina 03 Aguarris branea 2 Xileno* 0.01 Atcoois Etanol O41 i} 2-Propanot® 0,01 I 1-Butano!* 0.01 i Esteres | {sobutanolesteres de k cidos dicarboxiticos” 1 Glicdis Glico! etileno 2 Glico} Propileno 10 Glico! hexileno 5 : Oxibiespropano!? ol Giicol Polipropiteno” 1 Glicol éieres/ésteres Eter etil gli! etileno (Q-ctoxietanol)! ui Eter butil glicotetileno (2-butoxietanol)* 14 i Eter fenil glcol ctileno (@-fenoxietano!) 5 Eter metilglicol dietileno } (2-@-metoxietoxi)etanol) 4 Eter etl glical dietileno y (2-Q-etoxietoxietano! etanol)4 1 tt Eter butil glicol dietileno (2-(-butoxietoxiJetanol 15 Eter met! gticol dipropileno (-2-metoxi-2-metiletoxi)- 2-propano!) 4 Eter etilglicoletiteno Aceiato (2-ctoxietil acetato)? 0.02 t 2,2,4-trimetil-I-1,3-pentanediol diigobutirato (Kodaflex TXIB®) 6 2.2,4ctrimetil-1-1,3-pentanediol monoisobutirato (Texanol®) 5 Fonte: Hansen etal. (1987). Cortsia do Scandinavian Journal of Work, Environment and Heath. “ presente como uma das matéries primas, | 154 TECNOLOGIADECONTROLE 267 Ackley (1980) determinou o MMAD da névoa da laca em 6,4 zm com um desvio padrao de 3,4; um esmalte tinha um MMAD de 5,7 com um desvio padrao de 2,0. Em ambos 05 casos a pintura por pulverizagdo foi conduzida pela atomizagio de ar con- vencional, 15.4 TECNOLOGIA DE CONTROLE 0s dois principais determinantes de exposigdes no local da operago de pintura so os componentes t6xicos da tinta e a téenica de aplicagdo. A unio ideal destas duas questdes resultaria em uma tinta sem componentes toxicos aplicada com uma técnica que depositaria toda a tinta na pega de trabalho. Este é um ideal que nao pode ser obtido; entretanto, um mimeto de avangos nos permite aproximar do mesmo. 15.4.1. Sistemas de Pintura e Técnicas de Aplicagées A formula de uma certa tinta pode ser modificada para se conseguir 0 mesmo desem- penho enquanto se reduz o potencial de risco de exposigao dos trabalhadores. Como ‘um exemplo, as seguintes ages foram tomadas ao longo das tltimas duas décadas nos projetos dos sistemas de tintas, Para reduzit a concentragio de isocianatos ‘monoméricos, cadeias de monémeros (oligimeros) substituiram os monémeros simples TABELA 15.11 Biocidas em tintas a base de agua Teor miximo Compostos quimicos (wh) Composto contendo nitozénio alifitico, enxofre heterocictico (sotiazolinonas?) — 1,2-Isotiazolina de benzila-3-um 0.05 038 Carbendazim on 1-G-Cloralil)-hidroctoreto de ‘Tetraazeadamanatino 024 $-Clot-2-metil-4-isotiazolino-3 ura 0,003 Cloreto de aménia didecit dimetil 0,01 Formaldetdo Cerca de 0,1 5,8,11,13,16,19-Hexaoxatricosana ots Carbamato butil propinil de iodo 2-Metil-4-isotiazolino-3-um Benzoato de sédio Nitreto de sédio Fonte: Hanson etal (1987), Cosesia do Scandinavian Journal of Work, Environment and Health Compostas que liberam formaldeido. °Também usados como elementos anti-cotrasivos.. ¢ t 268 PINTURA ‘TABELA 15.12 Concentragio de componentes voliteis no ar nas fintas base de Agua Teorem —_ Concentrago em tinta ar de area de Quimicos (Géviw)__ trabalho (mg/m?) ‘Aménia 001-015 par ‘Acrilato de butil 0.0% 02 Eter butil glicol dietileno 15 as Eter metil glicol dietilono 4 8-32 Fer metil glical dipropileno 1 30-40 Eter butil glicol etileno 0-4! 2-60. Eter fenil glicot etileno 17 0-07 i Formaldeido = 0-040 li Glico! propritena 048 2-10 | Texanol®™ is 05-12 ib “Trietilamina 0s 46 i Aguarrés 09, 40-75 Aguarés Fonte: Adaptagdo de Hansen et al, (1987), Cortesia do Seandinavian Journal of : Work, Environment and Health (Jornal Escandinavo do Trabalho, Meio Ambiente f Satie), c * Dezcordo com fabricantes a conesntragso nos ligantes fi provavelmente na faixa do 0,02-0,06%. i: Es uma das lises de ingredienes, 0 produto quimico nto foi mencionsso, rs Q ‘encontrado no at : (valorem via de regra, é desconhecido, O produto quimioo pode vir do formated cede composts qu liberam formaldekés usados come bocidas ov de outas mate ‘ ris primes, 4.2.6 Trimet pentano- 13-tiol monoisobutirato, ‘em muitas formulagdes de tintas (NIOSH, 1990). Como se notou anteriormente, di- versa formulagdes podem ser usadas para bloquear o grupo isocianato até aus @ : reagdo seja iniciada por aquecimento, Um significante problema de satide com siste- nas de tintas epoxi & devido ao agente de cura amina. O'Brien e Hurley (1982) reco- ‘mendaram a substituigdo por resinas poliamidicas, menos toxicas. (© importante estudo de tintas & base de égua e exposicies do trabalhador mencio~ nado anteriormente (Hansen et al., 1987) confirma que estes sistemas representam. tam progresso em relago aos sistemas a base de solventes ¢ as tinias & base de dgua : deveriam ser as preferidas, se elas oferecerem o desempenho necessétio. Apesar dis~ $0, elas podem conter componentes perigosos, ainda que em baixa concentragao. Os Sutores deste estudo recomendam que as tintas & base de agua sejam formuladas bjetivando eliminar formaldeido, minimizar 0 teor de manémero livre nos virios polimeros, eliminar éteres de etileno-glicol por causa de seus possivels danos sa‘de, e minimizar 0 teor de aménia. TEmbora esteja-se dando atengio & eliminagao dos componentes de chumbo nos sistemas de tintas, este pode estar presente como um pigmento em cromo verde, CrO- no amarelo e molibdénio laranja ou como umn agente secador em tintas oleorresinosas ¢ alquidicas. E também necessiria a eliminagao de amianto ¢ de silica cristalina para Se eliminar os riscos durante a preparagdo da superficie para o retoque de acabamento, 4184 TECNOLOGIADECONTROLE 269 Aescolha do sistema de aplicagao de tintas ¢ frequentemente controlada pela quan- tidade de produgdo ¢ a exigéncia de qualidade. Hi uma diferenga clara nas taxas de liberagao de poluentes entre os sistemas de revestimentos passivos como o pincel, 0 rolo, a imersio ¢ fluxo, e a pintura por pulverizagdo, Na maioria das operagdes indus- triais, entretanto, a pintura por pulverizagao em algumas de suas multiplas opgdes seri a escolhida pela produg4o. O melhor indicador isolado para a contaminagao do ambiente de trabalho ¢ a eficiéncia de transferéncia. Com todos os outros fatores sendo iguais, dever-se-ia escolher o sistema que tivesse a mais alta eficiéneia de trans- feréncia. Hé um problema ambiental que ocorre frequentemente em oficinas de pintura quan- do ganchos transportadores, prateleiras e guinchos ficam pesadamente cobertos por ce tintas. A incrustagio é, em geral, retirada com removedores quimicos, que apresen- tam um risco de exposigdo para o trabalhador. Atualmente existem pequenos fornos «que destrocm este revestimento por pirélise a 800°C para formar uma cinza que pode ser removida facilmente. 15.4.2 Projeto do Local de Trabalho, Préticas de Trabalho e Vigilancia Médica Diversas medidas simples de controle foram propostas por O'Brien (1984) para con- trolar 0 escape de emissdes em areas de mistura de tintas (preparagao) e em areas de armazenagem. Todo o armazenamento ¢ os recipientes para misturas devem ter tam- pas bem justas com frestas de acesso. Os projetos deveriam ter como prética normal equipar tais tanques com agitadores integrais, uma vez que os agitadores de bragadei- ras contribuem para o derramamento, resultando na elevagio de concentragdes no ar. Todos 0s postos de fomecimento deve ter bandejas de recolhimento ¢ latdes de seguranga. A transferéncia de solvente deve ser feita por sistemas fechados de bom- bas, e nao pelo despejamento sem protegao. ‘Na pintura por pulverizacdo de peyas em indiistria, as simples instrugdes que se seguem, incluidas em varios cédigos estaduais sobre a pintura por pulverizacao, de- . ‘vem ser abservadas por todos os trabalhadores: 1. Nao direcione a pulverizago para uma pessoa. 2, Faga a automacdo das operagdes de pulverizago de cabine onde for possivel para reduzir a exposigio. 3. Mantenha um espago livre de 60cm entre os lados da cabine e superficies gran- des planas a serem pintadas. 4. Mantenha a distincia entre 0 bocal e a peca a ser pintada em menos de 30 cm. i : 5. A posigdo de trabalho nao pode colocar 0 operador entre exaustor e a pistola q ou disco de pulverizagio. 6. Instale a sala de secagem de modo que o at, passando por objetos secos em diregao da coifa exaustora, ndo passe pela zona de respiragto do operador. ‘Uma exposigaio comum a vapores organicos ocorre quando os operadores de pulve- c rizago colocam as partes recém pintadas em um prateleira diretamente atrés deles. O c fluxo de ar para a cabine pode passar pelas pegas que estdo secando e pela zona respiratéria dos operadores, resultando em uma exposicao a vapores de solventes, 270 PNTURA (© controle na aplicagdo das tintas que usam os ésteres e sais derivados do acido carbémico e epoxi tem de incluir uma pritica de limpeza e organizacio (housekeeping), ‘controle efetivo por ventilagdo e roupas de protecdo: além disso, em aplicagées que ‘ndo so efetivamente controladas por ventilagao, os operadores devem usar respira- idores com suprimento de ar. Deve haver a disponibilidade de instalagdes para ba- nhos, refeigdes, ¢ 0 uso de cigarros e similares deve ser proibido na area de trabalho. ‘Sao comuns a dermatite devido a iritagao primaria ¢ desengorduramento dos solventes ‘ou aguarrazes, bem como a sensibilizagao por sistemas de epoxi, O contato com @ pele tem de ser minimizado, a higiene pessoal deve ser incentivada e 0 aperador deve ‘usar equipamento de protecdo adequado. ‘Em resposta a uma solicitagdo da Health Hazard Evaluation (Avaliagd0 de Possibi- lidades de Riscos & Saiide) sobre a aplicagdo das tintas a base de diisocianato, os investigadores propuseram um programa de vigiléncia médica com os seguintes ele- ‘mentos (NIOSH, 1990): 1. Exame pré-admissional que inclui histérico médico e ocupacional, histérico sobre tabagismo, exame fisico com énfase no trato respiratorio, raio X do t6rax f teste de fungdes pulmonares da capacidade vital forgada e volume expirat6rio forado em I segundo. Dove ser dada énfase especial as condigdes médicas pregressas tais como asma, enfisema, bronquite, ou doengas cardiopulmonares, que poderiam ser agrava- das pela exposigo ao diisocianato. 2. Exames ocupacionais e médicos intermediérios, realizados anualmente. 3, Se um trabalhador tiver problemas respiratérios que possam ser relacionados com 0 ambiente de trabalho, ele deverd ser retirado de qualquer exposigio a Glisocianato, até que seja avaliado e diagnosticado por um médico do trabalho ‘com experiéncia no diagnéstico da sensibilizagio induzida pelo diisocianato. 15.4.3 Ventilacao ‘A maioria das operagoes que utilizam tintas a base de solvente exige ventilagao fexaustora para controle dos vapores de solventes no ponto de aplicagao e durante @ secagem ¢ estufagem. Tintas & base de 4gua podem exigir ventilagao apenas quando se usar a pulverizagao. Aplicagio de fluxo de tintas a base de solventes pode exigir ventilag2o exaustora, dependendo da técnica de aplicagao utilizada. Ha um némero de roferéncias disponiveis que oferecem 0 critério de projeto necessirio (ACGIH, 1992; Burgess et al., 1989; ANSI, 1985; NIOSHI, 1981). Ha dois tipos principais de coifas disponiveis para uso na érea industrial. O mais comum é projetado para propiciar um fluxo lateral de ar puro passando pela zona respirat6ria do trabalhador com uma distribuigéo de velocidade uniforme através da face da coifa, deste modo minimizando a exposigao do trabathador @ poluentes do ar. Coifas descendentes so instaladas sobre o local da pintura em indistrias pesadas onde se realiza a pintura de objetos grandes com formas irregulares, como pegas fundidas; considerando que estas coifas so especialmente projetadas ¢ de uso limita- do, clas nao sero abordadas equi. 184 TECNOLOGIADECONTROLE 271 Figura 15.7 Cabine de pulvetizagio de tinta liquida, A cabine de pintura por pulveriza¢do convencional é um espaco fechado por folha, de metal de calibre pesado com uma face aberta (Figura 15.7). Os painéis laterais e teto podem ter aberturas que permitam ao transportador trazer pecas diretamente para a area de pulverizagio. Este aspecto 6 especialmente importante em operagdes automatizadas de pintura. A escolha do tamanho da coifa depende primariamente do tamanho das pegas a serem pintadas. E importante que a drea da face da coifa seja ampla o bastante para que a pega nao bloqueie o fluxo de ar através da mesma, o que resultaria em uma baixa eficiéneia de exaustio. A geometria das partes a serem pin- tadas frequentemente requer um acessério de fixagdo ou umma mesa giratéria para uma cobertura completa da pulverizagao; a cabine deve ser dimensionada para conter estes equipamentos. A profundidade da cabine ¢ ponto critico para o bom desempenho, uma vez que ela ajuda a assegurar um perfil de velocidade uniforme na face da coifa, resultando em exaustdo efetiva de poluentes tOxicos do ar. Rebotes de superficies planas pulveriza- das em cabines rasas podem escapar do sistema de exaustio; uma cabine profunda ser \itil na recuperagao de tais poluentes, E importante manter um bom fluxo de ar 272 PINTURA através de toda a face da cabine de pulverizagao. Isto se consegue, convencionalmen- te, usando-se anteparos de metal, fundo da caixa formado por filtros absorventes se- cos, ou pelo uso de cortinas com agua corrente. "As cabines sao comumente equipadas com algum tipo de componente para limpe- za do ar para se obter a remogao de névoa de tinta, variando desde uma simples cortina de agua (Figura 15.8) ou um filtro seco de descarga até depuradores mais sofisticados. A eficiéncia destes mecanismos contra a névoa de tinta ainda ndo foi inteiramente avaliada, Hi pouca informagao sobre o desempenho de cabines de pin- tura por pulverizagao com égua corrente, Chan et al, (1986) avaliaram um depurador ‘imido de fluxo suplementar de curso curto com queda moderada de pressio. A agua, acondicionada com um niimeto de aditivos para melhoria do desempenho ¢ manuten- {g80 da limpeza das superficies das coifas, fui através do assoalho da coifa para a ‘Abertura de saida do fuxo de ar, onde ela 6 quebrada em goticulas para se conseguit 0 efeito de depuragao. Os autores verificaram que a eficiéncia do depurador dependia do tamanho, com eficiéncias minimas de 64% para particulas de névoa de tinta com tamanho de 0,6 em, O desempenko poderia ser melhorado aumentando-se a pressio da gota através do depurador ou, mais ainda, reduzindo o tamanho da super-pulverizagdo fina, 'A velocidade axial recomendada para cabines de pulverizagto reflete o pensamen- to atual que o controle de poluentes de ar em operages de pintura do tipo airless pode ser obtido com velocidade axial mais baixa do que no sistema tradicional de ppintura com at atomizado (Tabela 15.3). Uma vez escolhida a velocidade axial apro- priada, a drea livre consistindo da superficie da cabine ¢ quaisquer outras aberturas para o acesso do transportador tem de ser calculada. E obrigatéria a introdugdo do ar puro em quantidade suficiente pata satisfazer as exigéncias de exaustdo das cabines de pintura por pulverizagao. Freqlentemente, 0 ar ide renovagio tem de ser suprido com uma filtrago de extremidade para minimizar imperfeigbes de superficies na pintura. A localizagio e tipo de difusor para o ar de substituigao sfo consideragbes importantes para o desempenho da cabine e a qualida- de do produto, Embora, em geral seja uma boa prética introduzir o ar de substituigio ‘2 uma certa distancia da cabine, este nfo é 0 caso para as cabines de pintura por pulverizagio. A distancia do deslocamento aumentari a oportunidade de coleta de particulas e de contaminagao da superficie pintada. A localizayao adequada da cabine importante, A colocagio de coifas nos eantos resulta em fluxos ndo simétricos e uma Velocidade fraca na superficie. Cabines de pulverizagio néo devem ser instaladas pea abies Tone Pops evened tun PeVS Toca edge PRT GreToD TENS ee foe Figura 15.8 Elementos de limpeza de ar da tela de agua na cabine de pintura por pulverizagao, 154 TECNOLOGIADECONTROLE 273 TABELA 15.13 Velocidades de superficle recomendadas para cabines de pintura por pulverizagaie ACGIH ‘ANSI OSHA Pulverizador Pulverizador Sem ati aa Sem ar aor Eletroestitico CCabine de pulverizagio do tipo bancada 1s0%200" 1oo"125 150-200 100 Cabine de pulverizagto grande ‘Transito interno 100 60 100-1508 = ‘Operador externo 100-150 60100 100*-150" - Cabine de auto pintura por pulverizagio 100 60 = = * Cone transversal da cabine menor do que 0,37 m= Comte Transversal da cabine maior do que 0,37 m* © Correntes de ar transversas até 19,24 nmin, 4 Correntes de ar ransversais até 38,48 nmin. 2775 cfimipés? para cabine profunda, muito grande (operador pode precisar de um respirador adequado). perto de portas de recebimento ou de expedieao onde podem haver correntes de ar inadequadas ¢ indesejaveis. ‘Em um relatorio de seguranga ¢ salide sobre o controle de poluentes gasosos ou em particulas, Bradshaw (1990) afirmou que, quando se controla as particulas suspensas ‘em uma operagao de pintura por pulverizagdo, a concentragio de vapor sera control da. Na pintura por pulverizagto do tipo airless a uma razao de operagao de 60-1 (2400 a 3000 psig) e pintura por pulverizagao convencional a 40 psig, a melhor velo- cidade de controle na cabine foi de 0,8 nvseg.. Em um estudo sobre cabine de pintura por pulverizagio usada para o acabamento de caminhdes grandes ¢ de maquinas para remocdo de terra, Bradley e Bodsworth (1983) concluiram que a perda excessiva de névoa de tinta era conseqiiéncia do desequilibrio entre o suprimento ¢ a exaustéo na cabine fechada (alimentagao de 23,1 m/s ¢ exaustio de 9,4 m/s). Depois que uma série de recomendagées foram coloca- das em prtica, incluindo 0 equilibrio do sistema, reduco da pressiio do ar e conver- sfo para um sistema eletroestatico, notou-se redugdes significativas na concentragao de névoa de tinta, xileno ¢ aguarrés no ar . ‘Whitehead et al. (1984) conduziram um estudo extensivo da eficdcia de controle de cabines de pinturas por pulverizagao em trés companhias com um total de sete fébricas. As companhias usavam 34 cabines de pintura por pulverizagdo com uma abertura de superficie normal de 2 x 2,5 me uma velocidade média de superficie de 0,55 mvs para aplicagbes de pintura por pulverizagao com sélidos fortes, airless convencional. Os autores classificaram as tintas em alta ou baixa concentragao de aromticos, embora eles néo tenham indicado as bases para tal classificagdo. O estu- do mostra 0 alto desempenho de cabines de pulverizagio bem planejadas; em quase todos 0s casos, as concentragdes no ar foram menores do que um décimo do TLV da ACGIH. ‘Uma técnica simples de avaliago de coifas usada na Suécia requer que o interior da cabine soja pintada de preto. Um forte holofote é entio usado para iluminagdo Gurante a pintura por pulverizacao experimental. O jato de tinta 6 direcionado para os cantos anteriores da cabine e as margens da frente so examinadas para se avaliar a perda nas posigées de redemoinho frontais. Uma empresa sueca também desenvolveu ‘uma cabine de pintura por pulverizacao com um suprimento de coifas de ar que ofere- Ce —————————— | 274 PINTURA | ccem uma melhor protegdo para o pintor (Exgonomi Design Gruppen AB, 1990). ' F obtigatério que as estagdes de secagem e estufas sejam equipados com o sistema adequado de exaustio ¢ considerando os padrdes adequados de protegdo contra incén- i dio, A escolha de controle por exaustio nas aplicagdes por tamboramento ou com rolo 1 depende da superficie da area das pegas ¢ da natureza dos solventes. ‘Uma avaliagdo da eficdcia da protegtio respiratoria na indtistria de pintura por pulve- Fizagto envolvendo cerca de 2600 pintores revelou que os fatores de protegio dos respiradores observados, determinados pela amostragem de local de trabalho, nfo atingiram os fatores de proteedo comumente aceitos devido a uma escolha errada, treinamento inadequado e caréncia de manutengao (NIOSH, 1976). Em 1970 a Paintmakers Association (Associagdo de Fabricantes de Tintas) do | Reino Unido descobriu que, se a concentragiio do diisocianato de tolueno ou HDI em ‘um sistema de tinta de poliisocianato pudesse ser mantida abaixo de 0,7%, esta pode- sia set aplicada por pincel ou rolo sem precaugdes especiais. Entretanto, se aplicada por pulverizador, os equipamentos de seguranca convencionais, incluindo respirado- | res, teriam de ser usados (Pisaniello ¢ Muriale, 1989). : | 15.4.4 Protegao Respiratéria Em geral, o respirador minimo para todas as aplicagoes de tintas deveria ser um cequipamento combinado, capaz,de fitrar os vapores orgiinicos e de filtrar 0 ar. Prote- ‘gho de niveis mais altos, ineluindo coifas com suprimento de ar ou capacetes, podem j ser necessarios em certos sistemas de tintas, como na aplicacto por pulverizador de | ‘tinta a base de isocianato. Em respiradores de ar mandado, deve se ter cuidados para se assegurar que 0 suprimento de ar atenda as exigéncias minimas; em uma série de acidentes fatais devidos a0 uso de suprimento de gases inertes em equipamentos da linha aérea, $ eratn pintores (Hudnall et al., 1993). A Intemational Brotherhood of Painters (Irmandade Intemacional de Pintores) ¢ Allied Tradesman (Alianga de Fa- bricantes) desenvolveram um excelente trabalho de orientagHo logistica para dar as- sisténcia a0s trabalhadores na selegdo do equipamento de protegao respiratbria ade~ quado (IBPAT, 1990). . REFERENCIAS | ACGIH, (1992), Industrial Ventilation, A Manual of Recommended Practice, 2\st ed., Committee on Industrial Ventilation, American Conference of Governmental Industrial | Hygienists, Cincinnati, OH. Ackley, M. W. (1980), Am. Ind. Hyg. Assoc. J 44, 309-316. AFP (1990), Users Guide to Powder Coating, Association for Finishing Processes of the Society of Manufacturing Engineers, Dearborn, MI. ' Anon. 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