You are on page 1of 12

Capítulo 2

Denominação dos sinais elétricos

1- Finito: Quando ocorre num espaço de tempo finito.


2- Periódico: Quando é repetitivo a intervalos de tempo iguais.
3- Aperiódico: Quando o sinal não é repetitivo.
4- Aleatório: É um sinal de comportamento imprevisível, gerado com variações ao
acaso, na amplitude, frequência e fase. Em telecomunicações, quando se fala em
sinal aleatório, o primeiro nome lembrado é o ruído elétrico.
5- Pseudoaleatório: É um tipo de sinal aparentemente aleatório, mas de certa forma
previsível. Muito utilizado em criptossistemas.
6- Determinístico: É o sinal perfeitamente previsível e determinado. Por exemplo, o
sinal senoidal.

Unidades de medida

Fase- é a medida em tempo ou em ângulo, obtida em relação a uma referência fixa


ou comparativa entre sinais. O medidor de fase encontrado nos laboratórios de
eletrônica é o vector scope, um aparelho que exibe na tela os vetores
correspondentes aos sinais em análise e o ângulo de fase.
Ondas

A modulação digital ocorre quando uma portadora de pulsos interage com os sinais analógicos
da informação, por exemplo, na modulação PAM, por amplitude de pulso, na primeira etapa da
conversão do sinal analógico em digital (PCM).

Por não ser recomendável a transmissão de pulsos através de cabos e fios, devido à distorção,
utiliza-se um modem- modulador-demodulador para compatibilizar as transmissões via fio e
rádio. O modem dá uma nova roupagem aos bits.
O modem recebe os bits e efetua o chaveamento (modulação digital) da onda portadora
senoidal, geralmente numa frequência de áudio, entre 300 e 4000 Hz.

Nas comunicações por fibras ópticas os bits modulam com facilidade e em velocidade o feixe
de luz, que segue entrecortado pela fibra óptica.

Sinais senoidal e cossenoidal

Os sinais elétricos analógicos tidos como fundamentais são o senoidal e o cossenoidal,


desenvolvidos das funções seno e cosseno estudadas em trigonometria e obtidos, na prática,
de circuitos eletrônicos osciladores.

O professor mostra e explica a expressão:

Os sinais senoidal e cossenoidal também são estudados na forma vetorial.

Relações entre tensões:

O valor RMS (Root Mean square) da onda senoidal equivale ao valor da tensão contínua que
produz o mesmo efeito térmico quando aplicada sobre uma carga resistiva R.

Demonstrar as relações de transformação

Os sinais seno e cosseno são considerados “sinais puros”, enquanto os sinais complexos são
uma composição de senos e cossenos de diferentes amplitudes e frequências.

Representação vetorial do sinal

Exemplos em sala de aula:

Sinais analógicos da informação

Os sinais elétricos analógicos são obtidos diretamente de transdutores e, na maioria das vezes,
em pequenas amplitudes, por isso necessitam de amplificação eletrônica para diversas
aplicações e reprodução.

A voz é captada e convertida em sinais elétricos analógicos pelo microfone. Após amplificada
pode ser reproduzida pelo alto-falante ou dispositivo similar. Ao estudar o espectro do sinal
complexo da voz, observam-se sinais de frequências entre 300 e 3400 Hz, enquanto os
harmônicos podem atingir até cerca de 6000 Hz. Por isso o timbre da voz mais grave do homem
e mais agudo na mulher, resultado da composição de ondas com diferentes amplitudes e
frequências.

A faixa mínima de inteligibilidade da voz é B=3400-300= 3100 Hz, mas o valor de referência
para o canal de voz em telefonia é B=4000 Hz e em alguns casos, alcança 5000 Hz.

Os sistemas de radiodifusão FM operam com canal de áudio de 15 KHz , enquanto em AM o


canal de áudio fica limitado a 5 KHZ.
A transmissão dos sinais de televisão compreende o vídeo e o áudio analógico e pode ser
realizada em diferentes tipos de sistemas. No sistema adotado pelo Brasil, o espectro de vídeo
ocupa uma banda B de cerca de 4 MHz que, acrescido do áudio, forma o canal de televisão
com banda B= 6 MHz. PAL refere-se ao sistema de cor e daí surge PAL-M.

Transdutores e Sensores

Transdutor é todo dispositivo capaz de converter uma forma de energia em outra.

O microfone e o alto-falante são dois tipos de transdutores eletromecânicos, possivelmente,


mais usados em equipamentos de comunicações.

Para converter sinal elétrico em luz e luz em sinal elétrico, são usados transdutores ópticos.
Existem diferentes tipos de transdutores ópticos para diversas aplicações. Em estado sólido,
destacam-se os seguintes:

LED- converte a energia elétrica em luz, o fototransistor converte a variação da energia


luminosa em sinal elétrico.

Sensor é o nome dado ao dispositivo que modifica uma característica intrínseca quando ocorre
variação física no meio ambiente externo para a qual o dispositivo é sensível.

Exemplos:

Fotorresistor: LDR (light dependent resistor) é um tipo de resistor que varia de valor ôhmico
em função da luminosidade do ambiente.

Termistor: varia seu valor ôhmico em função da temperatura ambiente.

Sensor de imagens: O CCD (charge-coupled device) é o chip encarregado de capturar imagens


em câmeras de vídeo e fotográficas digitais, webcams e etc.

O sensor CMOS (complimentary metal-oxide semiconductor), ou semicondutor de metal-óxido


complementar, é usado com a mesma finalidade do CCD. Ele consome bem menos energia da
fonte, porém é mais suscetível a gerar ruído elétrico que o CCD.

Amplificadores e Atenuadores

Os sinais analógicos obtidos de transdutores, sensores e outras fontes de sinal, da ordem de


milivolts, microvolts ou ainda menores, na maioria das vezes, são de pequenas amplitudes e
necessitam de amplificação eletrônica para produzir o efeito final desejado.

O amplificador destina-se a elevar o nível do sinal elétrico da informação em tensão ou em


corrente elétrica. No passado, o dispositivo ativo de amplificação era a válvula eletrônica e hoje
usa transistores e circuitos integrados (CI). Os transistores e os cis são alimentados por uma
fonte de tensão contínua através de resistores que fazem a polarização de cada componente
ativo. Os circuitos amplificadores também podem empregar indutores, capacitores e outros
componentes especiais. O ci mais utilizado é o amplificador operacional.

O atenuador faz o papel oposto ao do amplificador. Nos circuitos elétricos, é constituído por
uma estrutura passiva formada por resistores, que dissipam parte da energia do sinal na forma
de calor (efeito joule). São exemplos os divisores de tensão e os potenciômetros.
Os atenuadores servem também para casar impedâncias entre estágios, realizando um
acoplamento resistivo, em T ou em pi. Os símbolos gráficos de atenuadores usados na
convenção inglesa são:

Acopladores

O acoplador é uma estrutura usada para transferir a energia de um estágio do circuito para o
outro. No acoplamento, a maior transferência de potência ocorre quando as impedâncias dos
estágios estão casadas. São tipos de acoplamento:
Direto: realizado por um condutor elétrico. Ex: Um cabo que liga uma antena ao transmissor.
Resistivo: feito através de um resistor.
Indutivo: Realizado geralmente por transformadores que também servem para casar a
impedância entre os estágios.
Capacitivo: feito através de capacitores.
Misto: feito por um circuito, geralmente composto de R, L e C.
Óptico: Usado para transferir o sinal elétrico da linha para a placa do circuito eletrônico,
praticamente sem ruído. O mais utilizado é o acoplador óptico composto de um led e um
fototransistor formando um ci.

Filtros

São estruturas elétricas ou eletrônicas projetadas para permitir, impedir ou retardar a


passagem de sinais elétricos em determinadas frequências. É uma estrutura de duas portas,
entrada e saída.

Podem ser de dois tipos, passivos ou ativos. O passivo é formado por componentes passivos R,
L e C, que dissipam energia e por isso o sinal de saída do filtro será sempre atenuado. O filtro
ativo opera, geralmente, com um ou mais ci op (circuito integrado operacional) e tem a
vantagem de proporcionar ganho ao sinal, unitário ou maior. O filtro ativo filtra amplificando o
sinal.

Quanto a seleção das frequências, os filtros denominam-se:

Passa-altas: HPF

Passa-baixas: LPF

Passa-faixa: BPF

Rejeita-faixa: BSF

Passa-tudo: APF, esse filtro serve para retardar a onda em uma certa faixa de frequência.
Sinais digitais

Ao contrário dos sinais analógicos, que são obtidos naturalmente de transdutores, os sinais
digitais ou bits da informação digital são sinais artificiais, codificados, gerados em circuitos na
eletrônica digital como de um computador ou de uma agenda eletrônica. Os bits podem ser
armazenados em circuitos de memória e, quando desejados, removidos.

A conversão dos sinais analógicos em sinais digitais ocorre no conversor A/D. A operação
inversa, que recupera a informação na forma analógica, é feita no conversor D/A.

Comparando os dois tipos de sinais, digital e analógico, observa-se que:

As comunicações digitais são mais seguras e bem menos vulneráveis à ação do ruído elétrico
que as comunicações analógicas. Sinais digitais não são inteligíveis na sua forma original.

Os bits podem ser facilmente colocados em circuitos de memória, em disquetes ou em cd’s. Os


sinais analógicos são gravados em fitas magnéticas, tecnologia hoje considerada em
obsolescência.

Os sinais oriundos de diversas fontes de informação podem ser todos transmitidos


simultaneamente, ocupando um único canal de comunicações, pelo processo da
multiplexação. A multiplexação por divisão de tempo, digital, supera com vantagens, em
quantidade de canais e qualidade do sinal, a multiplexação por divisão de frequência, feita de
forma analógica.
O sinal digital oferece facilidade eletrônica à criptografia na intenção de dificultar ou impedir a
interpretação da mensagem. O scrambler é o codificador analógico, mas o nome, por vezes, é
estendido ao digital. O decodificador é o descrambler.

Os criptossistemas aumentam significativamente o grau de segurança das mensagens. Quem


cuida da criptografia é o criptoanalista.

Nos sistemas de comunicações digitais a transmissão dos bits é feita no modo em série (serial).
O modo serial consiste na transmissão de sequências de bits por um só canal.

O decisor é um estágio do demodulador do receptor do modem, encarregado de reproduzir os


bits 1 e 0 a partir da onda portadora chaveada. Em consequência dos bits errados, o sinal
recuperado (analógico) pode conter distorções, o que é muito ruim. Sequências de bits errados
dificultam a compreensão das mensagens e podem até inviabilizaras comunicações, e para que
isso não ocorra, são usados códigos de correção de erros no sistema de comunicações.

Sinais analógicos defeituosos, por algum motivo, podem ser reproduzidos mesmo com
problemas, mas se digitais, o sistema rejeita e se encarrega de interromper a reprodução.

Geração dos bits

A informação digital é constituída de pulsos gerados a partir do chaveamento eletrônico de


uma fonte de tensão contínua. Os bits correspondem a duas situações: tem ou não tem tensão.
Por existirem apenas dois estados possíveis, 1 ou 0, respectivamente, são denominados sinais
binários.

A largura do pulso ou tempo de duração de um bit é medido na unidade de tempo segundos e


a taxa de geração, na quantidade de bits por segundo.

Na geração do caractere ou na conversão A/D, o elemento de informação geralmente é


representado pela combinação de 8 bits, que corresponde a 1 byte.

Códigos de caracteres

O primeiro código telegráfico surgiu em 1836 e recebeu o nome de código morse.

Com o advento da telegrafia automática, o teleimpressor foi a primeira máquina de


comunicações com impressão da mensagem escrita em papel. A velocidade de transmissão é
expressa em bauds. Um baud corresponde a um pulso ou bit por segundo. O teleimpressor
operava com 50, 75 e 100 bauds.

Em novas versões, os equipamentos são computadorizados e utilizam códigos de teclado de 8


bits por caractere, comumente o ASCII. Os 7 bits saem da tabela do código e o oitavo é o bit de
paridade, um bit extra determinado pelo sistema, que pode ser par ou ímpar. Resulta da soma
dos 7 bits da tabela do código, considerando-se a seguinte regra de adição na operação binária:

1+1=0 0+0=0 (0 é par)

0+1=1 1+0=1 (1 é ímpar)

Ex: seja um sistema de paridade par e os 7 bits do caractere são 1010011.


Somando os bits do caractere, obtém-se 0 (par). Assim, o oitavo bit para completar o byte é 0.
Logo, os bits correspondentes ao caractere são 10100110.

Outros códigos

Além dos códigos ASCII e CCITT número 5, existem outros, para outras aplicações, como o BCD
e o EBCDIC.

Conversão do sinal analógico em digital A/D

PCM- Pulse code modulation

Um dos processos de conversão do sinal analógico em digital é o PCM- modulação por código
de pulso. A conversão compreende quatro estágios, sendo amostragem, quantização,
codificação e compressão.

Estágio amostrador ou estágio de amostragem do sinal

Amostrar (sampler) o sinal analógico consiste em entrecortar eletronicamente o sinal, a


intervalos de tempos iguais, para obter estreitos pulsos nos valores de tensão do sinal. Antes
de ser amostrado, o sinal precisa passar por um filtro passa-faixa para limitação de banda e é
colocado sobre um patamar de tensão contínua +Ec. O objetivo final é codificar, com 8 bits, as
amostras de diferentes amplitudes (valores positivos e negativos).

A operação de amostragem do sinal pode ser realizada pelo circuito modulador PAM.
Praticamente, o modulador PAM realiza a operação de fatiar o sinal analógico.
Pelo teorema da amostragem de Nyquist, a frequência de amostragem fo deve ser, no mínimo,

o dobro da maior frequência contida no sinal; caso contrário, não será possível a recuperação
do sinal. Exemplo: no canal de voz, com B= fm= 4 KHz, fa= 2x4 KHz= 8 KHZ, cada uma das
amostras será codificada com 8 bits e a taxa de transmissão referente ao canal de voz é 8 KHZ x
8 bits= 64 Kbits/s.

‘’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’Na recepção, há dois processos para recuperar o sinal


analógico. No primeiro filtra-se a faixa inicial de 0 até fm com um filtro passa-baixas. O outro
processo consiste em fazer a demodulação do sinal de modo semelhante à demodulação
AM/DSB, com a portadora na frequência fo e bandas laterais (fo-fm) e (fo+fm). Para a perfeita
demodulação, precisa haver uma separação entre as bandas, uma banda de guarda, BG. Coma
banda de guarda se evita a interferência intersímbolos, um sério problema de superposição das
bandas, que resulta na deformação do sinal analógico recuperado.

Quantização

Quantizar consiste em medir eletronicamente as alturas dos pulsos recebidos do estágio


amostrador em n níveis fixados. A intenção é obter de cada altura medida inicialmente 13 bits,
sendo 1 de paridade do sistema e 12 derivados da amostra. Posteriormente os 13 bits serão
submetidos a uma compressão e reduzidos a 8 bits.

Para a obtenção dos 12 bits por amostra, são necessários n= 2 12 = 4096 níveis de quantização.
Assim é feito para reduzir os erros de quantização, decorrentes das amostras cujos valores
chegam próximo, mas não têm exatamente o valor do nível fixado e, em consequência,
precisam sofrer uma aproximação para mais ou para menos.

Codificação
O circuito codificador tem por função gerar 13 bits por amostra quantizada num certo código
preestabelecido.

Compressão digital

A compressão digital consiste na redução dos 13 bits codificados em apenas 8 bits, em


obediência a um certo critério, de modo a não haver distorção no sinal analógico recuperado,
quando na recepção. Um certo nível do sinal amostrado é assim codificado 11100101 visto na
próxima figura.

DM (delta modulation)

Outra opção de digitalização do sinal analógico é a modulação delta , que surgiu do estudo do
DPCM – PCM diferencial. DM é a versão DPCM que utiliza um bit por amostra, a dois níveis 1 e
0. A vantagem da DM sobre o PCM é a menor ocorrência de erros, conforme acontece no
estágio de quantização do processo PCM. O sistema DM é bastante utilizado em Mux digital.

ADPCM (Adaptive DPCM) ou DPCM adaptado – é uma variante do DPCM destinada a converter
sinais analógicos em digitais com taxas menores que 64Kbits/s do PCM padrão, por exemplo,
40, 32, 24 ou 16 Kbits/s, com a finalidade de viabilizar a transmissão de dados em canais de
banda estreita. O ADPCM costuma ser usado em sistemas de videoconferência e VoIP.

Conversão D/A do sinal PCM

Ela consiste em três etapas:

Regeneração: é o estágio em que os pulsos recebidos são limpos e refeitos pela eliminação do
ruído superposto ao sinal e a distorção do formato do pulso.
Decodificação: é a operação inversa à codificação, na qual cada sequência de 8 bits reproduz
uma amostra na tensão correspondente ao sinal analógico original. Entretanto, antes da
decodificação é feita uma operação de expansão dos bits, em oposição à de compressão.

Filtragem: Pode ser feita por um simples circuito RC ou por um filtro passa-baixas (LPF) mais
sofisticado. A partir da filtragem o sinal analógico está recuperado, pronto pra ser amplificado e
reproduzido pelo transdutor.

PWM-Pulse Width modulation

Em PWM o sinal analógico da informação modula em frequência ou em largura de pulso a


portadora de trem de pulsos. Os pulsos sofrem alteração na largura, mantendo-se constantes a
amplitude e o intervalo original entre os pulsos.

PPM- Pulse Position Modulation

Em PPM a onda modulada é obtida a partir do circuito PWM. Processado por um ci


multivibrador monoestável, o sinal PWM é convertido em PPM.

Formato dos sinais binários

A forma de apresentação tradicional do sinal binário, talvez a mais usada, é a polar, unipolar ou
sinalização on-off, mas existem outros formatos apresentados a seguir:

Bipolar sem retorno a zero (NRZ- nonreturn-to-zero), em que o bit 1 é representado por um
pulso positivo (+1) e o bit 0 por um pulso negativo(-1).

Bipolar com retorno a zero (RZ – return-to-zero), Também conhecida como sinalização
pseudoternária, em que os bits 1 são representados por pulsos positivos (+1) e negativos (-1)
usados alternadamente a cada ocorrência de 1 e não há pulso (igual a zero) na ocorrência de
zero.

Manchester ou sinalização bifásica de banda básica, em que 1 é representado por um pulso


positivo seguido de um pulso negativo, 0 são dois pulsos reversos e todos os pulsos têm a
metade do tempo de duração do pulso de referência polar. É comumente usado nos sistemas
digitais com fibras ópticas.

You might also like