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Unidades de medida
A modulação digital ocorre quando uma portadora de pulsos interage com os sinais analógicos
da informação, por exemplo, na modulação PAM, por amplitude de pulso, na primeira etapa da
conversão do sinal analógico em digital (PCM).
Por não ser recomendável a transmissão de pulsos através de cabos e fios, devido à distorção,
utiliza-se um modem- modulador-demodulador para compatibilizar as transmissões via fio e
rádio. O modem dá uma nova roupagem aos bits.
O modem recebe os bits e efetua o chaveamento (modulação digital) da onda portadora
senoidal, geralmente numa frequência de áudio, entre 300 e 4000 Hz.
Nas comunicações por fibras ópticas os bits modulam com facilidade e em velocidade o feixe
de luz, que segue entrecortado pela fibra óptica.
O valor RMS (Root Mean square) da onda senoidal equivale ao valor da tensão contínua que
produz o mesmo efeito térmico quando aplicada sobre uma carga resistiva R.
Os sinais seno e cosseno são considerados “sinais puros”, enquanto os sinais complexos são
uma composição de senos e cossenos de diferentes amplitudes e frequências.
Os sinais elétricos analógicos são obtidos diretamente de transdutores e, na maioria das vezes,
em pequenas amplitudes, por isso necessitam de amplificação eletrônica para diversas
aplicações e reprodução.
A voz é captada e convertida em sinais elétricos analógicos pelo microfone. Após amplificada
pode ser reproduzida pelo alto-falante ou dispositivo similar. Ao estudar o espectro do sinal
complexo da voz, observam-se sinais de frequências entre 300 e 3400 Hz, enquanto os
harmônicos podem atingir até cerca de 6000 Hz. Por isso o timbre da voz mais grave do homem
e mais agudo na mulher, resultado da composição de ondas com diferentes amplitudes e
frequências.
A faixa mínima de inteligibilidade da voz é B=3400-300= 3100 Hz, mas o valor de referência
para o canal de voz em telefonia é B=4000 Hz e em alguns casos, alcança 5000 Hz.
Transdutores e Sensores
Para converter sinal elétrico em luz e luz em sinal elétrico, são usados transdutores ópticos.
Existem diferentes tipos de transdutores ópticos para diversas aplicações. Em estado sólido,
destacam-se os seguintes:
Sensor é o nome dado ao dispositivo que modifica uma característica intrínseca quando ocorre
variação física no meio ambiente externo para a qual o dispositivo é sensível.
Exemplos:
Fotorresistor: LDR (light dependent resistor) é um tipo de resistor que varia de valor ôhmico
em função da luminosidade do ambiente.
Amplificadores e Atenuadores
O atenuador faz o papel oposto ao do amplificador. Nos circuitos elétricos, é constituído por
uma estrutura passiva formada por resistores, que dissipam parte da energia do sinal na forma
de calor (efeito joule). São exemplos os divisores de tensão e os potenciômetros.
Os atenuadores servem também para casar impedâncias entre estágios, realizando um
acoplamento resistivo, em T ou em pi. Os símbolos gráficos de atenuadores usados na
convenção inglesa são:
Acopladores
O acoplador é uma estrutura usada para transferir a energia de um estágio do circuito para o
outro. No acoplamento, a maior transferência de potência ocorre quando as impedâncias dos
estágios estão casadas. São tipos de acoplamento:
Direto: realizado por um condutor elétrico. Ex: Um cabo que liga uma antena ao transmissor.
Resistivo: feito através de um resistor.
Indutivo: Realizado geralmente por transformadores que também servem para casar a
impedância entre os estágios.
Capacitivo: feito através de capacitores.
Misto: feito por um circuito, geralmente composto de R, L e C.
Óptico: Usado para transferir o sinal elétrico da linha para a placa do circuito eletrônico,
praticamente sem ruído. O mais utilizado é o acoplador óptico composto de um led e um
fototransistor formando um ci.
Filtros
Podem ser de dois tipos, passivos ou ativos. O passivo é formado por componentes passivos R,
L e C, que dissipam energia e por isso o sinal de saída do filtro será sempre atenuado. O filtro
ativo opera, geralmente, com um ou mais ci op (circuito integrado operacional) e tem a
vantagem de proporcionar ganho ao sinal, unitário ou maior. O filtro ativo filtra amplificando o
sinal.
Passa-altas: HPF
Passa-baixas: LPF
Passa-faixa: BPF
Rejeita-faixa: BSF
Passa-tudo: APF, esse filtro serve para retardar a onda em uma certa faixa de frequência.
Sinais digitais
Ao contrário dos sinais analógicos, que são obtidos naturalmente de transdutores, os sinais
digitais ou bits da informação digital são sinais artificiais, codificados, gerados em circuitos na
eletrônica digital como de um computador ou de uma agenda eletrônica. Os bits podem ser
armazenados em circuitos de memória e, quando desejados, removidos.
A conversão dos sinais analógicos em sinais digitais ocorre no conversor A/D. A operação
inversa, que recupera a informação na forma analógica, é feita no conversor D/A.
As comunicações digitais são mais seguras e bem menos vulneráveis à ação do ruído elétrico
que as comunicações analógicas. Sinais digitais não são inteligíveis na sua forma original.
Nos sistemas de comunicações digitais a transmissão dos bits é feita no modo em série (serial).
O modo serial consiste na transmissão de sequências de bits por um só canal.
Sinais analógicos defeituosos, por algum motivo, podem ser reproduzidos mesmo com
problemas, mas se digitais, o sistema rejeita e se encarrega de interromper a reprodução.
Códigos de caracteres
Outros códigos
Além dos códigos ASCII e CCITT número 5, existem outros, para outras aplicações, como o BCD
e o EBCDIC.
Um dos processos de conversão do sinal analógico em digital é o PCM- modulação por código
de pulso. A conversão compreende quatro estágios, sendo amostragem, quantização,
codificação e compressão.
A operação de amostragem do sinal pode ser realizada pelo circuito modulador PAM.
Praticamente, o modulador PAM realiza a operação de fatiar o sinal analógico.
Pelo teorema da amostragem de Nyquist, a frequência de amostragem fo deve ser, no mínimo,
o dobro da maior frequência contida no sinal; caso contrário, não será possível a recuperação
do sinal. Exemplo: no canal de voz, com B= fm= 4 KHz, fa= 2x4 KHz= 8 KHZ, cada uma das
amostras será codificada com 8 bits e a taxa de transmissão referente ao canal de voz é 8 KHZ x
8 bits= 64 Kbits/s.
Quantização
Para a obtenção dos 12 bits por amostra, são necessários n= 2 12 = 4096 níveis de quantização.
Assim é feito para reduzir os erros de quantização, decorrentes das amostras cujos valores
chegam próximo, mas não têm exatamente o valor do nível fixado e, em consequência,
precisam sofrer uma aproximação para mais ou para menos.
Codificação
O circuito codificador tem por função gerar 13 bits por amostra quantizada num certo código
preestabelecido.
Compressão digital
DM (delta modulation)
Outra opção de digitalização do sinal analógico é a modulação delta , que surgiu do estudo do
DPCM – PCM diferencial. DM é a versão DPCM que utiliza um bit por amostra, a dois níveis 1 e
0. A vantagem da DM sobre o PCM é a menor ocorrência de erros, conforme acontece no
estágio de quantização do processo PCM. O sistema DM é bastante utilizado em Mux digital.
ADPCM (Adaptive DPCM) ou DPCM adaptado – é uma variante do DPCM destinada a converter
sinais analógicos em digitais com taxas menores que 64Kbits/s do PCM padrão, por exemplo,
40, 32, 24 ou 16 Kbits/s, com a finalidade de viabilizar a transmissão de dados em canais de
banda estreita. O ADPCM costuma ser usado em sistemas de videoconferência e VoIP.
Regeneração: é o estágio em que os pulsos recebidos são limpos e refeitos pela eliminação do
ruído superposto ao sinal e a distorção do formato do pulso.
Decodificação: é a operação inversa à codificação, na qual cada sequência de 8 bits reproduz
uma amostra na tensão correspondente ao sinal analógico original. Entretanto, antes da
decodificação é feita uma operação de expansão dos bits, em oposição à de compressão.
Filtragem: Pode ser feita por um simples circuito RC ou por um filtro passa-baixas (LPF) mais
sofisticado. A partir da filtragem o sinal analógico está recuperado, pronto pra ser amplificado e
reproduzido pelo transdutor.
A forma de apresentação tradicional do sinal binário, talvez a mais usada, é a polar, unipolar ou
sinalização on-off, mas existem outros formatos apresentados a seguir:
Bipolar sem retorno a zero (NRZ- nonreturn-to-zero), em que o bit 1 é representado por um
pulso positivo (+1) e o bit 0 por um pulso negativo(-1).
Bipolar com retorno a zero (RZ – return-to-zero), Também conhecida como sinalização
pseudoternária, em que os bits 1 são representados por pulsos positivos (+1) e negativos (-1)
usados alternadamente a cada ocorrência de 1 e não há pulso (igual a zero) na ocorrência de
zero.