Professional Documents
Culture Documents
Dedico este trabalho a DEUS, pois sem ele nada nesta vida é possível.
3
À família ELOMED.
Aos professores Cassiano Ricardo Groth e Mauro Fonseca, pela oportunidade de ministrar
esta matéria.
À minha ESPOSA, pois é nela que encontro carinho, compreensão e, principalmente, amor.
Ao meu FILHO, pois ele é o meu bem maior, minha inspiração para viver.
E dedico, principalmente, ao meu PAI (in memoriam), meu exemplo de vida e de homem, o
4 Componentes elétricos 10
2.5 Contato elétrico .......................................................................................................................10
2.6 Contatora..................................................................................................................................10
2.7 Relé térmico .............................................................................................................................13
2.8 Disjuntor ...................................................................................................................................14
2.9 Fusíveis ....................................................................................................................................15
2.9.2 Fusíveis de efeito rápido ..................................................................................................15
2.9.3 Fusíveis de efeito lento (retardado) .................................................................................15
2.9.4 Dimensionamento do Fusível...........................................................................................16
2.10 Botoeira ....................................................................................................................................16
2.11 Relé de tempo, ou relé temporizador ....................................................................................16
Transformador 36
4.1 Partes do transformador..................................................................................................36
4.2 Princípio de funcionamento ............................................................................................36
4.3 Transformador ideal .........................................................................................................37
4.4 Transformador com perdas ..............................................................................................38
4.5 Teste de circuito aberto....................................................................................................38
4.6 Teste de curto-circuito......................................................................................................38
4.7 Rendimento do transformador ........................................................................................39
4.8 Tipos de transformadores ................................................................................................39
4.8.1 Transformador Trifásico ...................................................................................................39
4.8.2 Transformador de potencial.............................................................................................40
4.8.3 Transformador de corrente ..............................................................................................40
4.8.4 Autotransformador ..........................................................................................................40 5
Geradores 42
5.1 Princípio de funcionamento ............................................................................................42
Motores elétricos 44
6.2 Motor assíncrono trifásico ...............................................................................................44
6.2.1 Campo girante .................................................................................................................44
6.2.2 Escorregamento ...............................................................................................................49
6.2.3 Rendimento ......................................................................................................................50
6.2.4 Categoria de conjugado ..................................................................................................50
6.2.5 Classe de isolamento .......................................................................................................50
FP2 – 0,50.
A diferença entre a potência calculada do FP1 e FP2 é de 456,53 kVA. Para essa situa-
ção, significa que o transformador para o FP2 tem que ser 84% maior que o transformador
para o FP1.
8 No caso de um fator de potência baixo, toda a instalação deve ser dimensionada acima
da potência utilizada para a carga.
A resolução 456 da ANEEL define, no seu artigo 64, que “o fator de potência de refe-
rência ‘fr’, indutivo ou capacitivo, terá como limite mínimo permitido, para as instalações elé-
tricas das unidades consumidoras, o valor de fr = 0,92”. O fator de potência deve ser tarifado
a cada hora, ou seja, a média do fator de potência em uma hora deve ser superior a 0,92.
Das 06h30min às 00h30min, o fator de potência deve ser acima de 0,92 indutivos. Das
00h30min às 06h30min, o fator de potência deve ser acima de 0,92 capacitivos.
Existem diversas formas de se corrigir o fator de potência, sendo a principal delas a
instalação de capacitores para inserir na instalação uma potência reativa capacitiva.
Os capacitores utilizados para a correção do fator de potência possuem uma constru-
ção específica para esse fim e são vendidos pela sua potência em kVAr.
Para que se corrija o fator de potência de forma adequada, os capacitores devem ser
instalados diretamente com a carga (carga de grande potência), ou em um conjunto de car-
gas. Para que não ocorram problemas com a correção em grandes indústrias, é aconselhável
que seja instalado um controlador de fator de potência.
A expressão abaixo demonstra a fórmula para o cálculo da potência com vistas a corri-
gir o fator de potência.
Eletrotécnica
2) Uma empresa possui um motor de 500 kVA e está com uma potência ativa de 250
kW. Qual a potência reativa desse motor? Qual o seu fator de potência? E qual a potência
capacitiva necessária para elevar esse fator de potência para 0,92?
Os contatos são classificados pelo seu estado de repouso, ou seja, qual a situação em
que se encontram “normalmente” em repouso (sem acionamento).
contatos elétricos.
2.6 Contatora
O contator é um dispositivo eletromecânico, ou seja, é um dispositivo que une parte
mecânica com elétrica.
2 1
6 5
8
V
˜
Figura 2 – Contatora.
11
A figura 2 é o desenho interno de um contator:
1) Contatos fixos;
2) Contatos móveis;
3) Parte de ferro móvel;
4) Mola;
5) Bobina;
6) Anel de sombra;
7) Parte de ferro fixa;
8) Alimentação da bobina.
Quando a bobina é acionada, a parte móvel dos contatos também o é. Nesse caso, os
contatos normalmente abertos são fechados e os normalmente fechados são abertos.
Os contatos do contator são divididos em dois grupos:
• Contatos principais: normalmente abertos e suportam maior corrente;
A1 1 2 3 13
A2
4 5 6 14
Categoria de
Exemplos de uso
emprego
Cargas fracamente indutivas ou não indutivas.
AC1
Fornos de resistência.
AC2 Partida de motores de anel sem frenagem por contracorrente.
12 Partida de motores de indução do tipo gaiola.
AC3 Desligamento do motor em funcionamento normal.
Partida de motores de anel com frenagem por contracorrente.
Partida de motores de indução do tipo gaiola.
AC4
Manobras de ligação intermitente, frenagem por contracorrente e reversão.
Eletrotécnica
Aula prática
Ligação de uma lâmpada
utilizando um contator
Objetivo geral: Realizar a ligação de uma lâmpada comum com o auxílio de um con-
tator.
Objetivos específicos: Que o aluno aplique os conhecimentos adquiridos sobre o dis-
positivo contator.
Materiais necessários:
13
1 – Contator;
2 – Uma lâmpada do tipo incandescente.
3 – Fios de 1,5 mm e de 2,5 mm.
Descrição da atividade:
Observe o contator e indique qual a tensão de alimentação:______________V
Após, insira a tensão de alimentação nos contatos A1 e A2 e anote o resultado obtido:
__________________________________________________________________________________
Realize montagem do circuito abaixo de descreva os resultados obtidos: _____________
__________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
A2
4 5 6 14
1 3 5
DM1
2 4 6 Ao circuito
de comando
14
1 3 5
KM1
2 4 6
1 3 5
FR1
2 4 6
U1 V1 W1
N
N1
3˜
2.8 Disjuntor
Eletrotécnica
Figura 5 – Disjuntores.
Os disjuntores são dispositivos utilizados para proteção dos circuitos elétricos contra
sobrecarga e curto-circuito. Quando uma dessas situações ocorre, o disjuntor abre o circuito
elétrico.
O disjuntor possui três funções básicas:
• Proteção contra curto-circuito: Nessa função, o disjuntor abre o circuito na presença
de uma corrente de curto-circuito, ou seja, impede o aumento instantâneo da corrente
no circuito.
• Proteção contra sobrecarga: Nessa função, o disjuntor abre o circuito, quando, por um
determinado tempo, temos corrente elétrica acima da corrente nominal do disjuntor.
• Manobra: Devido ao fato de sua instalação ser no seu início, o disjuntor é utilizado para
abrir e fechar o circuito elétrico.
A proteção contra sobrecarga é feita por meio de pares bimetálicos, ao passo que a de
curto circuito ocorre através de dispositivo eletromagnético.
A seleção do disjuntor deve levar em conta o tipo de carga a ser protegida, pois existem
curvas de atuação do disjuntor que podem servir para uma determinada aplicação, mas não
para outra. Também deve ser considerada a corrente do circuito a ser protegido.
2.9 Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos utilizados para a proteção contra as correntes de curto-
-circuito.
Os fusíveis podem ser de efeito rápido, de efeito normal e de efeito lento.
Figura 6 – Fusível NH
O fusível NH necessita de uma chave especial para ser retirado e instalado no suporte.
Diazed – Os fusíveis Diazed podem ser de ação rápida ou lenta. Os de ação rápida são
usados em circuitos resistivos, e os de ação lenta, em circuitos com motores, capacitores e
indutores. Esses fusíveis são construídos para valores máximos de 200A.
Esse tipo de fusível possui uma janela de observação que indica se ele está com o ele-
mento fusível aberto ou fechado, para facilitar a sua inspeção visual. É formado por uma
base, pelo fusível e pela parte de fixação.
16
Figura 7 – Fusível Diazed.
2.10 Botoeira
A botoeira é um dispositivo de acionamento que somente permanece acionada devido
a uma força mecânica aplicada. Desse modo, uma vez cessada a força, o dispositivo retorna
à posição inicial. Geralmente, a botoeira vem com um contato NF e um contato NA.
A botoeira é muito utilizada em quadros de comando, sendo a cor dos botões padro-
Eletrotécnica
17
21 B1 22
13
13
B1
14
14
Eletrotécnica
A1 1 2 3
A2 4 5 6
N
Projeto de instalações elétricas
Todo projeto de uma instalação elétrica deve seguir algumas normas. No Brasil, a nor-
ma que rege as instalações elétricas é a NBR 5410 e, no Rio Grande do Sul, as instalações
elétricas são baseadas no Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa Tensão (RIC),
elaborado pelas concessionárias de energia do estado (RGE, CEEE e AES SUL).
3.2.1 Iluminação
20 A norma NBR 5410 estabelece os seguintes pontos para as instalações residenciais:
“c) Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais e nas acomodações de
hotéis, motéis e similares deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com
potência mínima de 100 VA, comandado por interruptor de parede.
NOTA – Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de
luz fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por
interruptor de parede.
d) em unidades residenciais, como alternativa, para a determinação das cargas de ilu-
minação, pode ser adotado o seguinte critério:
- em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m² deve ser prevista uma
carga mínima de 100 VA;
- em cômodo ou dependências com área superior a 6 m² deve ser prevista uma carga
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60VA para cada aumento de 4 m²
inteiros.
NOTA – Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para
efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das
lâmpadas.”
Iniciando o projeto da planta exemplo, fazemos o levantamento de iluminação para
Eletrotécnica
Potência de ilumi-
Dependência Largura Comprimento Área
nação
Área de Serviço 3,40 1,75 5,95 100
Cozinha 3,05 3,75 11,44 160
Dormitório 2 3,40 3,15 10,71 160
Copa 3,05 3,10 9,46 100
Sala 3,05 3,25 9,91 100
Banheiro 2,30 1,80 4,14 100
Dormitório 1 3,40 3,25 11,05 160
Hall 1,80 1,00 1,80 100
Tabela 1
A tabela acima apresenta o resultado obtido para cada cômodo da residência.
Nº de toma- Potência de
Potência de
Cômodo L C Área Perímetro das de uso tomadas de
iluminação
geral uso geral
Área de Serviço 3,40 1,75 5,95 10,30 100 2 1200
Cozinha 3,05 3,75 11,44 13,60 160 4 1900
Dormitório 2 3,40 3,15 10,71 13,10 160 4 400
Copa 3,05 3,10 9,46 12,30 100 4 1900
Sala 3,05 3,25 9,91 12,60 100 4 400
Banheiro 2,30 1,80 4,14 8,20 100 1 600
Dormitório 1 3,40 3,25 11,05 13,30 160 4 400
Hall 1,80 1,00 1,80 5,60 100 1 100
Tabela 2
A tabela acima apresenta o número de tomadas para cada cômodo, bem como a po-
tência que lhes é atribuída.
Observação: As células grifadas na tabela se referem à alínea b) da norma NBR 5410.
Nº de Nº de to- Potência de
Potência Potência de
tomadas madas de tomadas de
Cômodo L C A P de ilumi- tomadas de
de uso uso especí- uso especí-
nação uso geral
geral fico fico
Área de
3,40 1,75 5,95 10,30 100 2 1200 1 1000
Serviço
Cozinha 3,05 3,75 11,44 13,60 160 4 1900 2 5500
Dormitório
3,40 3,15 10,71 13,10 160 4 400
2
Copa 3,05 3,10 9,46 12,30 100 4 1900
Sala 3,05 3,25 9,91 12,60 100 4 400
Banheiro 2,30 1,80 4,14 8,20 100 1 600 1 5600
Dormitório
3,40 3,25 11,05 13,30 160 4 400
1
Eletrotécnica
Nº de Potência Nº de Potência
Nº Potência Po- Fase
tomadas de toma- tomadas de toma-
24 do Descrição do circuito de ilumi- tência (S e
de uso das de de uso das de uso
CKT nação Total R)
geral uso geral específico específico
25
Soma dos produtos potências (Watts) x distâncias (m) V = 110 Volts (V)
28 Circuito a dois condutores.
Soma dos produtos potências (Watts) x distâncias (m) V = 220 Volts (V)
Eletrotécnica
29
Corrente
Nº
Potência Fase (S Corrente máxima
do Descrição do circuito Fiação Disjuntor
Total e R) (A) dos condu-
CKT
tores
Nº Corrente má-
Potência Fase (S Corren-
do Descrição do circuito Fiação xima dos con- Disjuntor DR 31
Total e R) te (A)
CKT dutores
60%
Diâmetro
40% interno
Condutores
Esse procedimento descrito no manual da PRYSMIAN pode ser utilizado para instala-
ções simples, nas quais o comprimento do trecho de eletrodutos esteja dentro dos limites de
comprimento máximo.
Tabela para dimensionamento dos eletrodutos de PVC.
32
34
35
Vp
a.c Np Ns
carga
te a qual ele fez passar uma corrente elétrica por um fio. Próxima do condutor estava uma
bússola. Desde que não seja perturbada, qualquer bússola orienta-se para o Norte. Oerted
verificou que, quando a corrente elétrica atravessava o fio, a bússola desviava-se, passando a
orientar-se de uma forma perpendicular ao fio.
Outro conceito importante é a Lei de Faraday, na qual “todo condutor mergulhado em
um campo magnético variável terá em seus terminais uma fem (força eletromotriz) induzida”.
Portanto, se aplicarmos, no enrolamento primário do transformador, uma tensão al-
ternada, observaremos o aparecimento de uma corrente elétrica, denominada “corrente de
excitação”. Essa corrente se cria no enrolamento primário um fluxo (Đm), que circulará pelo
núcleo de ferro, passando pelo enrolamento secundário.
Se a corrente de excitação for alternada, o fluxo produzido também será alternado, o
que provocará o aparecimento de uma fem (força eletromotriz) induzida no enrolamento
secundário.
Nesse ponto, foi considerado o transformador ideal, isto é, sem perdas, e o secundário
está em aberto (sem carga).
4.3 Transformador ideal
37
O transformador ideal traz algumas relações que são úteis para o estudo de transfor-
madores. A principal delas é que a potência de entrada é igual à potência de saída.
i1 R X i2
iE
38
ic iM
V1 G i2
aV2
ai 2
39
4.8.4 Autotransformador
Possui apenas um enrolamento, considerando que o enrolamento secundário deriva do
enrolamento primário.
Exercício:
Um transformador monofásico, conectado a uma rede senoidal de 60 Hz, alimentando
uma carga com corrente de 5 A e fator de potência igual a 0,8 atrasado, apresenta as seguin-
tes características:
- Tensão no secundário a plena carga = 200 V
- Perdas no cobre = 30 W
- Perdas no ferro = 10 W
Nessas condições, qual o rendimento do transformador?
41
Polo de Sapara
excitação polar
Armadura
(Rotor)
Saída de tensão CA
N Enrolamento da
Rotor armadura
Anéis
S Ucc
Tensão de
excitação
Em síntese, o rotor opera como um eletroímã (polos norte e sul), cuja intensidade de
campo magnético é controlada pela corrente injetada nas bobinas. Essa corrente é chamada
“corrente de excitação”.
O estator também é formado por bobinas que são instaladas na armadura. Ao girar o
rotor, o campo magnético atravessa as bobinas do estator com ângulo e incidência variáveis,
conforme a posição angular do rotor.
A intensidade da tensão gerada é proporcional à variação do fluxo magnético que atra-
vessa a bobina, à rotação da máquina primária e à corrente de excitação.
Com a frequência constante, a tensão dependerá apenas da corrente de excitação da
máquina. Para obter uma boa estabilidade de tensão, é utilizado um Regulador Automático
de Voltagem.
43
Onde:
e – tensão induzida;
B – campo magnético;
l – comprimento do condutor;
θ – ângulo formado entre B e v;
v – velocidade linear;
N – número de espiras.
A frequência depende do número de polos do gerador e da velocidade de rotação da
máquina primária.
Onde:
Exercício:
Considere os geradores de 2, 4, 16, 32 polos e calcule a rotação da máquina para uma
frequência de 60 Hz.
Motores elétricos
Os motores elétricos são máquinas que transformam energia elétrica em energia mecâ-
nica. Eles são divididos conforme a sua forma de alimentação elétrica:
Split phase
Capacitor
de partida
Gaiola de Capacitor
esquilo permanente
Pólos
sombreados
Assíncrono
Capacitor de
dois valores
44
Monofásico Rotor
bobinado Repulsão
Relutância
Motor CA Síncrono
Universal Histerese
de gaiola
Assíncrono
de anéis
Trifásico Ímã
permanente
Síncrono Pólos
salientes
Excitação Pólos lisos
série
Excitação
independente
Motor CC
Excitação
compound
Imã
permanente
O principal tipo é o motor assíncrono, tanto monofásico, como trifásico, sendo ele o
mais fabricado no mundo.
Eletrotécnica
VA VA
3
S
45
VB VB
Na figura acima, vemos que cada dos enrolamentos são alimentados por uma das fases
do sistema trifásico.
b
120º
1,0
0,5
-0,5
-1,5
90º 120º 270º 360º
Observando a figura que representa as três fases do sistema trifásico, vemos que, quan-
do uma das fases está no pico tanto positivo como negativo, as outras duas fases estão se
cruzando no sentido oposto, com um valor abaixo do pico. Nessa situação, temos o exemplo
da figura abaixo:
Neutro
I1
Fase 1
1
I2 N
Fase 2 S N
2
I3
Fase 3
46
No tempo t1, a Fase 2 está no pico negativo; a Fase 3, que estava no pico positivo, está
diminuindo a sua tensão e cruzando com a Fase 1, que está aumentando a sua tensão para
chegar ao pico positivo. Nessa situação, a Fase 2 está gerando um campo magnético Sul, e
as outras duas estão gerando um campo magnético Norte de intensidade menor que o Sul.
Ainda, o campo magnético induzido no rotor irá se alinhar com o enrolamento 2.
Neutro
I1
Fase 1
1
I2 N
Fase 2 S S
2
I3
Fase 3
Eletrotécnica
No tempo t2, a Fase 1 chega ao pico positivo, a Fase 3 está diminuindo a sua tensão
para chegar ao pico negativo e cruza com a Fase 2, que estava no pico negativo e está au-
mentando a sua tensão. Nessa situação, a Fase 1 está gerando um campo magnético Norte,
e as outras duas estão gerando um campo magnético Sul de intensidade menor que o Norte.
Ainda, o rotor que estava alinhado com o enrolamento 2 move-se no sentido anti-horário e
alinha-se com o enrolamento 1.
Neutro
I1
Fase 1
1
I2 N
Fase 2 N S
2
I3
Fase 3
No tempo t3, a Fase 3 chega ao pico negativo, a Fase 1, que estava no pico positivo
está diminuindo a sua tensão e cruza com a Fase 2, que está aumentando a sua tensão. Nessa
situação, a Fase 3 está gerando um campo magnético Sul, e as outras duas estão gerando um
campo magnético Norte de intensidade menor que o Sul. Ainda, o rotor que estava alinhado
com o enrolamento 1 move-se no sentido anti-horário e alinha-se com o enrolamento 3.
Neutro
I1
Fase 1
1
I2 S
Fase 2 N S
47
2
I3
Fase 3
No tempo t4, a Fase 2 chega ao pico positivo, a Fase 1 está diminuindo a sua tensão
para chegar ao pico negativo e cruza com a Fase 3, que estava no pico negativo e está au-
mentando a sua tensão. Nessa situação, a Fase 2 está gerando um campo magnético Norte,
e as outras duas estão gerando um campo magnético Sul de intensidade menor que o Norte.
Ainda, o rotor que estava alinhado com o enrolamento 3 move-se no sentido anti-horário e
alinha-se com o enrolamento 2.
Neutro
I1
Fase 1
2
I3
Fase 3
No tempo t5, a Fase 1 chega ao pico negativo, a Fase 2, que estava no pico positivo
está diminuindo a sua tensão e cruza com a Fase 3, que está aumentando a sua tensão. Nessa
situação, a Fase 1 está gerando um campo magnético Sul, e as outras duas estão gerando um
campo magnético Norte de intensidade menor que o Sul. Ainda, o rotor que estava alinhado
com o enrolamento 2 move-se no sentido anti-horário e alinha-se com o enrolamento 1.
48 No tempo t6, a Fase 3 chega ao pico positivo, a Fase 2 está diminuindo a sua tensão
para chegar ao pico negativo e cruza com a Fase 1, que estava no pico negativo e está au-
mentando a sua tensão. Nessa situação, a Fase 3 está gerando um campo magnético Norte,
e as outras duas estão gerando um campo magnético Sul de intensidade menor que o Norte.
Ainda, o rotor que estava alinhado com o enrolamento 1 move-se no sentido anti-horário e
alinha-se com o enrolamento 3.
No tempo t7, a Fase 2 chega ao pico negativo, a Fase 3 que estava no pico positivo está
Eletrotécnica
diminuindo a sua tensão e cruza com a Fase 1, que está aumentando a sua tensão. Nessa
situação, a Fase 1 está gerando um campo magnético Sul, e as outras duas estão gerando um
campo magnético Norte de intensidade menor que o Sul. Ainda, o rotor que estava alinhado
com o enrolamento 3 move-se no sentido anti-horário e alinha-se com o enrolamento 2.
No tempo t7, já temos um giro completo do rotor com um ciclo completo da tensão
da Fase 2.
Portanto, notamos que o motor assíncrono realizou o movimento somente com o au-
xílio da rede elétrica trifásica. A velocidade do campo girante é chamada de “velocidade sín-
crona” e é dada pela fórmula abaixo:
Onde:
ns – velocidade síncrona;
f – frequência da rede
p – número de polos do motor.
Cada conjunto de enrolamentos do motor é chamado de polo, de modo que os moto-
res sempre terão número par de polos.
Exercício:
Calcule a velocidade síncrona de um motor com quatro polos ligado a uma rede elétrica
trifásica 220/380 V 60 Hz.
49
6.2.2 Escorregamento
O campo magnético do estator induz um campo magnético no rotor. Isso resulta em
um atraso do rotor ao acompanhar o movimento do campo girante. A esse atraso é dado o
nome de “escorregamento”.
Quando o motor está vazio (sem carga), o escorregamento é praticamente nulo. O es-
corregamento aumento conforme aumenta a carga.
Exercício:
Qual é o escorregamento de um motor em que a velocidade do rotor é de 1739 rpm e
o mesmo possui seis polos, estando ligado na rede 280/380 V 60 Hz?
6.2.3 Rendimento
O rendimento do motor é a relação entre a potência de entrada (elétrica) e a potência
mecânica fornecida à carga.
M M
52
˜ ˜
3 3
53
1 2 3
54
Nessa situação, a tensão de linha é igual à tensão de fase, haja vista que não temos o
ponto neutro.
magnético com uma defasagem do campo principal. Embora existam várias maneiras de
gerar essa defasagem para iniciar o movimento do motor monofásico, a que utiliza um capa-
citor permanente é a mais comum.
C
Enrolamento principal
Rotor
Enrolamento auxiliar
Nesse caso, como vemos na figura, é inserido no motor um enrolamento auxiliar em
série com um capacitor, e ambos estão em paralelo com o enrolamento principal. Dessa
forma, quando há alimentação no motor, o enrolamento auxiliar estará defasado 90º do en-
rolamento principal, devido ao capacitor. Sendo assim, quando iniciar a inversão no sentido
da fase no enrolamento principal, o enrolamento auxiliar estará chegando ao pico positivo e,
portanto, haverá um deslocamento do campo magnético, iniciando, então, o giro do motor
monofásico.
55
L
L1 L2 L3
95
FTI
56
96
F1,2,3
S0
13
S1
K1
14 FTI
K1 H1
M
3
N ˜
Eletrotécnica