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Aula 04

Legislação Tributária p/ ICMS/SP


Professor: Alexandre JK
Legislação Tributária p/ ICMS-SP- 2015
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK- Aula 04

AULA 04

SUMARIO PAGINA

1. Benefícios Fiscais do ICMS 02

2. Questões da Au la - Sem comentários 14

3. GABARI TO 24

4 . Questões da Au la comentadas 25

Olá pessoal!

Bem vindos a quinta aula de nosso curso! Hoje iremos realizar o


estudo da LC 24/75 que regula da forma como os benefícios fiscais re lativos
ao I CMS poderão ser concedidos, o famoso acordo do CON FAZ. Pessoal,
não estou muito preocupado em seguir o conteúdo programático à risca .
Como temos tempo até o concurso, a m inha preocupação é passar o
máximo de conteúdo para vocês. Então, muito provavelmente nosso curso
terá algumas aulas extras, sem nenhum custo adiciona l é claro. Ano que
vem também pretendo realizar vídeo aulas para ajudar no aprendizado .
Hoje talvez seja a au la mais tranquila do curso ! Aproveite!

MEU GRUPO DE ESTUDOS:

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Benefícios Fiscais do ICMS - LC 24/75

A Constituição Federal atribuiu competência para a instituição de


tributos a cada ente federativo . Assim sendo, cada um pode gerenciar seus
tributos da maneira que entender melhor, sempre respeitando as diretrizes
constitucionais e das leis complementares, é claro . Assim sendo, regra
gera l, cada ente pode determinar de forma livre quanto será a alíquota
de um tributo, quais serão seus casos de isenção, etc. Entretanto, o I CMS
é exceção a essa regra . Por que isso? você poderia me perguntar. É
simples : por ser o ICMS um imposto Estadua l, deixar que esses critérios
ficassem sem nenhum tipo de regulação iria criar uma guerra sem limites
entre os Estados, podendo pôr em risco a própria existência da Federação .
Essa é a lógica da LC 24/75 .

Atualmente muito se tem discutido a respeito de uma reforma de


suas previsões, pois muitos a consideram rigorosa demais, como veremos
a seguir. Entretanto, como o assunto mexe no bolso de muita gente, ainda
não há certeza que haverá mudanças signif icativas. Enquanto isso, vamos
estudando o que está valendo.

A razão pela qua l coloquei a análise desta lei antes de entrarmos no


regulamento reside justamente no fato de que os benefícios fiscais são os
tópicos que mais diferem em re lação às previsões da Lei Kandir. Assim
sendo, é bom sabermos bem esse assunto.

Veremos que, apesar do objetivo da LC 24/75 ser o fim da guerra


f iscal, ela continua a todo vapor. Vamos começar a analisar a literalidade?

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Art. 1° - As isenções do imposto sobre operações


circu lação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de
convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federa l,
segundo esta Lei .

Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica:

I - à redução da base de cá lcu lo;

II- à devolução total ou parcia l, direta ou indireta, condicionada ou


não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;

III - à concessão de créditos presumidos;

IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou


financeiro-fiscais, concedidos com base no Imposto de Circu lação de
Mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta,
do respectivo ônus;

V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta


data .

O Art. 1° e seu Parágrafo único trazem


quais benefícios fiscais que estão
abrangidos pelas regras da LC 24/75.
Primeiramente, percebam que todas as hipóteses previstas são situações
quando o I CMS a pagar será reduzido ou praticamente nu lo . Entretanto, é
preciso ter cuidado, pois o que não pode ocorrer é que a alíquota interna
do imposto seja inferior à al íquota interestadual de 12%. Assim sendo,
pode existir uma redução de base de cálculo que resu lte em uma alíquota
real de 12% e que, por esse motivo, não precisará de CONFAZ.

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Vamos analisar hipótese por hipótese:

1) Isenções – sempre irão resultar em um saldo nulo de ICMS a pagar.


Por esse motivo, precisarão de CONFAZ.

2) Redução da base de cálculo – esse é um método que irá reduzir o


ICMS a pagar, podendo resultar em uma alíquota menor que 12%. Ai
já vejo você falando: Professor? Oi? Tá bem ai? É redução de base
de cálculo e não de alíquota! Pois é, mas vamos ver um exemplo:
Imaginem uma redução de base de cálculo de 10% sobre uma base
hipotética de 1000. Suponha uma alíquota de 18%. Normalmente
teríamos um ICMS a pagar de 180, entretanto, com a redução veja o
que ocorre: 900 x 18% = 162 – alíquota de 16,2%. Veja que essa
redução é permitida, pois está acima da alíquota interestadual. Agora
vejamos uma redução de 50%: 500 x 18% = 90 – alíquota de 9%.
Ai não é permitido! Precisaria de CONFAZ! Apenas ressalto que
quando as questões falarem genericamente de redução de base de
cálculo, considerem que se trata de um benefício fiscal dependente
de Convênio.

3) A devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada


ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a
terceiros – veja a lógica: se o tributo é devolvido ao contribuinte,
na operação original não houve ICMS cobrado e portanto precisaria
de CONFAZ, pois configura-se uma isenção mascarada.

4) Concessão de créditos presumidos – também chamado de crédito


outorgado. Como o próprio nome diz, trata-se de uma presunção, ou
seja, pode ser que corresponda a realidade ou não. Um exemplo seria
um crédito presumido de 20%. Assim sendo, a cada 1 real de saída,
teríamos 0,20 de crédito, resultando em um ICMS a recolher sobre

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uma base de cálculo de 0,80. Percebam como isso pode ser


problemático. É só o Estado conceder um crédito presumido de 90%
ou em um percentual maior para praticamente zerar o imposto a ser
recolhido. Por esse motivo, necessita de CONFAZ. Nessa sistemática
o método de apuração comum do ICMS é deixado de lado, pois não
haverá mais a contabilização dos créditos.

5) Quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-


fiscais, concedidos com base no Imposto de Circulação de
Mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta
ou indireta, do respectivo ônus – um exemplo muito comum
dessa prática é o caso do Estado que concede empréstimos bancários
a empresas com juros praticamente inexistentes e com prazos de
pagamentos irreais (120 anos). Fica claro o objetivo de fazer com
que esse contribuinte seja beneficiado indiretamente. Percebam
como, nesse exemplo, o ICMS nem entra na jogada diretamente.
Entretanto a LC 24/75 percebeu que essa poderia ser uma jogada
utilizada pelos entes federativos para indiretamente devolver uma
parcela do imposto pago. Por esse motivo, necessita de CONFAZ.

6) Prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data –


aparentemente isso só se aplicaria para os benefícios à época da
publicação da lei. Entretanto, um benefício fiscal pode ser concedido
por um tempo determinado. Se houver interesse em prorroga-lo será
necessário outro CONFAZ.

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Art. 2° - Os convênios a que alude o art. 1o, serão ce lebrados e


reun iões para as quais tenham sido convocados representantes de todos
os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes
do Governo federa l.

§ 1° - As reuniões se realizarão com a presença de representantes


da maioria das Unidades da Federação .

§ 2° - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão


unânime dos Estados representados; a sua revogação total ou parcial
dependerá de aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos
representantes presentes.

§ 3° - Dentro de 10 (dez) dias, contados da data fina l da reunião a


que se refere este artigo, a reso lução nela adotada será publicada no Diário
Oficial da União.

Art. 3° - Os convênios podem dispor que a aplicação de qualquer de


suas cláusu las seja limitada a uma ou a algumas Unidades da Federação.

Art. 4° - Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da


publicação dos convênios no Diário Of icia l da União, e independentemente
de qualquer outra comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da
Federação publicará decreto ratificando ou não os convênios celebrados,
considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação
no prazo assina lado neste artigo .

§ 1° - O disposto neste artigo aplica-se também às Unidades da


Federação cujos representantes não tenham comparecido à reun ião em
que hajam sido celebrados os convênios.

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§ 2° - Considerar-se-á rejeitado o convênio que não for expressa


ou tacitamente ratificado pelo Poder Executivo de todas as Unidades da
Federação ou, nos casos de revogação a que se refere o art. 20, § 20, desta
Lei, pelo Poder Executivo de, no mínimo, quatro quintos das Unidades da
Federação .

Art. 5 ° - Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação


dos convênios, promover-se- á, segundo o disposto em Regimento, a
publicação relativa à ratif icação ou à rejeição no Diário Oficial da União.

Art. 6° - Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a


publicação a que se refere o art. so, sa lvo disposição em contrário .

Art. 7° - Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da


Federação inclusive as que, regularmente convocadas, não se tenham
feito representar na reunião.

A partir de agora iremos ver como é o


procedimento se alguém quiser aprovar um
determinado benefício fiscal para o ICMS.
Primeiramente, TODOS os Estados e o DF deverão ser convocados para a
reun ião que irá discutí-l o. Essa reun ião não precisa ser rea lizada com a
presença de todos esses entes federativos, entretanto a LC pede que a
maioria deles esteja presente.

Agora vem o grande ponto polêmico dessa lei : para aprovar um


convênio faz-se necessário que ele seja ratificado de forma UNÂNIME, ou
seja, por todos os entes federativos. E ai? O que você acha? Tranqui lo?
RSSS . Você já foi a reun ião de condomínio? Pois é! Já é difíci l aprovar a
compra de um vaso para a portaria de um prédio, imagine aprovar a

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isenção de uma mercadoria que poderia atrair a fábrica da BMW para um


determinado Estado. Complicado!

Continuando: após aprovada a proposta de benefício na reunião


inicial, no prazo de 10 dias ela será publicada no Diário Oficial da União
(DOU). 15 dias após essa publicação, cada Estado e DF deverão publicar
em seus respectivos Diários Estaduais (DOE) a aprovação ou rejeição da
proposta, sendo que a não publicação implica aceitação tácita da mesma.
Por fim, 10 dias após todas essas publicações, será publicada novamente
no DOU a aprovação ou rejeição do Convênio. Após todo esse trâmite, os
Convênios entrarão em vigor, em regra, 30 dias após a última publicação
no DOU, a não ser que o próprio texto legal indique outra data.

Uma coisa interessante, é que se um Estado resolver fazer biquinho


e não comparecer à reunião e nem publicar nada em seu DOE, a lei
presumirá que ele aceita o Convênio, ficando obrigado a ele.

Existe uma classificação doutrinária dos Convênios que sempre cai


em prova. Ela NÃO está na LC 24/75. Os autores classificam os
Convênios em autorizativos e impositivos. No primeiro caso, os
Estados ficam AUTORIZADOS a conceder determinado benefício, ou seja,
se realmente quiserem fazê-lo, deverão publicar uma lei estadual nesse
sentido. Já no último caso, os Estado estão AUTOMATICAMENTE
abrangidos pelo benefício, sendo que não se faz necessária nenhuma
publicação de lei estadual, pois sua aplicação depende apenas da aprovação
do Convênio.

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Art. 8 ° - A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará,


cumulativa mente:

I - a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao


estabelecimento recebedor da mercadoria;

II- a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia


da lei ou ato que conceda remissão do débito correspondente .

Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo poder-se-ão


acrescer a presunção de irregularidade das contas correspondentes ao
exercício, a juízo do Tribuna l de Contas da União, e a suspensão do
pagamento das quotas referentes ao Fundo de Participação, ao Fundo
Especial e aos impostos referidos nos itens VIII e IX do art. 21 da
Constituição federal .

Art. 9°- É vedado aos Municípios, sob pena das sanções previstas
no artigo anterior, concederem qualquer dos benefícios relacionados no
art. 1o no que se refere à sua parcela na receita do imposto de circulação
de mercadorias.

Art. 10 - Os convênios definirão as condições gerais em que se


poderão conceder, uni lateralmente, anistia, rem issão, transação,
moratória, parcelamento de débitos fiscais e ampliação do prazo de
recolhimento do imposto de circu lação de mercadorias.

Art. 11 - O Regimento das reun iões de representantes das Unidades


da Federação será aprovado em convênio.

Art. 12 - São mantidos os benef ícios fiscais decorrentes de


convên ios reg ionais e nacionais v igentes à data desta Lei, até que
revogados ou alterados por outro .

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§ 1° - Continuam em vigor os benef ícios fiscais ressa lvados pelo


60 do art. 30 do Decreto-Lei no 406, de 31 de dezembro de 1968, com a
redação que lhe deu o art. 50 do Decreto-Lei no 834, de 8 de setembro de
1969, até o vencimento do prazo ou cumprimento das condições
correspondentes.

§ 2 ° - Quaisquer outros benefícios fiscais concedidos pela legislação


estadua l considerar-se-ão revogados se não forem convalidados pelo
primeiro convênio que se realizar na forma desta Lei, ressalvados os
concedidos por prazo certo ou em f unção de determinadas condições que
já tenham sido incorporadas ao patrimônio jurídico de contribuinte. O prazo
para a celebração deste convênio será de 90 (noventa) dias a contar da
data da publicação desta Lei .

§ 3 ° - A conva lidação de que trata o parágrafo anterior se fará pela


aprovação de 2/3 (dois terços) dos representantes presentes, observando -
se, na respectiva ratificação, este quorum e o mesmo processo do disposto
no art. 4o .

Art. 13- O art. 178 do Código Tributário Naciona l ( Lei no 5 .1 72, de


25 de outubro de 1966), passa a vigorar com a seguinte redação :

"Art. 178- A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função


de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a
qua lquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104 ."

Veja bem o Art. 8 °, pois ele fará parte da


sua vida quando fisca l. Muitas vezes a
SEFAZ cria operações com o único objetivo
de glosar créditos oriundos de outros
Estados, que foram concedidos à reve lia do CON FAZ. Vejam esse exemplo :

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Imagine que Goiás mande para São Paulo R$ 1000 em mercadorias, com
ICMS de R$ 100. São Paulo normalmente iria conceder esse crédito de R$
100 ao adquirente paulista. Entretanto, descobriu-se que Goiás concede
um benefício à revelia do CONFAZ, que faz com que o valor de ICMS
efetivamente pago no Estado de origem seja de R$ 50. Com isso em mente,
você deverá cobrar do adquirente Paulista um ICMS de R$ 50, através de
um Auto de Infração, pois não é justo que São Paulo arque com esse crédito
indevido. É exatamente o que prevê esse artigo. O Parágrafo único traz
uma punição adicional que não é importante para a prova de fiscal.

O Art. 9º é interessante. Lembram-se da repartição constitucional


das receitas tributárias do ICMS? 25% de tudo que for arrecadado será
destinado aos Municípios, sendo que ¾ de acordo com o valor adicionado
e ¼ conforme dispuser lei estadual. Assim sendo, os Municípios irão receber
uma fatia desse bolo. Se você fosse Prefeito e uma empresa chegasse em
você e falasse: Escute, nos conceda um benefício fiscal utilizando a parcela
do ICMS que vocês recebem do Estado que prometemos instalar a nossa
fábrica em seu território que irá gerar 5000 empregos. Boa ideia, não é
mesmo? Sim, só que isso irá fomentar a guerra fiscal, pois todos vão querer
fazer isso. Com isso em mente, a LC 24/75 trouxe essa vedação.

O Art. 10 determina que outros convênios definirão as condições


gerais que se poderão conceder outros benefícios, como anistia,
remissão, transação, moratória, parcelamento de débitos fiscais e
ampliação do prazo de recolhimento do imposto de circulação de
mercadorias. Já o Art. 11 determina que o regimento das reuniões do
CONFAZ também seja aprovado por convênio.

Por fim, os Arts. 12 e 13 trazem regras específicas a serem aplicadas


à época da publicação da lei e por esse motivo, não são relevantes para a
sua prova.

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Art. 14 - Sairão com suspensão do I mposto de Circulação de


Mercadorias :

I- as mercadorias remetidas pelo estabelecimento do produtor para


estabelecimento de Cooperativa de que faça parte, situada no mesmo
Estado;

II - as mercadorias remetidas pelo estabelecimento de Cooperativa


de Produtores, para estabelecimento, no mesmo Estado, da própria
Cooperativa, de Cooperativa Central ou de Federação de Cooperativas de
que a Cooperativa remetente faça parte .

§ 1 ° - O imposto devido pelas saídas mencionadas nos incisos I e 11


será reco lhido pelo destinatário quando da saída subseqüente, esteja esta
sujeita ou não ao pagamento do tributo.

§ 2° - Ficam revogados os incisos I X e X do art. 1o da Lei


Complementar no 4, de 2 de dezembro de 1969.

Art. 15 - O disposto nesta Lei não se aplica às indústrias instaladas


ou que vierem a instalar-se na Zona Franca de Manaus, sendo vedado às
demais Unidades da Federação determinar a exclusão de incentivo fiscal,
prêmio ou estimu lo concedido pelo Estado do Amazonas.

Art. 16 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Norma lmente as modalidades de


Suspensão são deixadas para que cada Lei
Estadual as defina . Entretanto, a LC 24/75
em seu Art. 14 trouxe duas moda lidades, ambas vá lidas apenas dentro do
território estadual. Por ser uma lei complementar, as leis estaduais devem

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obrigatoriamente replicar essas previsões. Lembrando o conceito de


Suspensão: é uma operação tributada que sai sem a cobrança do imposto,
condicionada ao seu retorno em um determinado prazo definido. O § 1º
determina que quando a mercadoria for adquirida dos sujeitos previstos
nos incisos I e II, o ICMS deverá ser recolhido por seu destinatário,
independentemente de se tratar de uma operação tributada ou não.

Por fim, o Art. 15 nos lembra que a Zona Franca de Manaus possui
um tratamento diferenciado e que não deve ser abrangida pelas previsões
desta lei.

Pessoal, por hoje é só! Uma aula bem tranquilinha para nos preparar
para a entrada no RICMS. Vamos praticar um pouco?

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

Q.Ol- (FCC- AGENTE FISCAL- SEFAZ SP- 2006)

Considere a seguinte situação:

Um certo congressista, munido de boa-fé, querendo resolver um


conflito de competência entre os Estados e Municípios a respeito de
certo serviço de comunicação, resolve submeter um projeto de lei
complementar para incluir tal serviço na lista anexa à Lei
Complementar no 116/03 e, dessa forma, passar o serviço da
competência tributária dos Estados para a competência tributária
dos Municípios. Em relação ao ICMS, esse procedimento

a) resolve o conf lito, pois a Lei Complementar no 116/03 diz no seu artigo
lo : " Artigo lo -0 Imposto Sobre Serviços De Qualquer Natureza de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a
prestação de serviços constantes da LISTA AN EXA, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante ao prestador.

§ lo ...

§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na LISTA AN EXA, os serviços nela


mencionados não ficam sujeitos ao I mposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -ICMS, ainda que
sua prestação envolva fornecimento de mercadorias."

b) reso lve o conf lito, pois a Constituição Federa l agasalha o princípio da


autonomia federativa, onde há igualdade dos entes que compõe a
federação, e a Lei Complementar tem por f unção reso lver conflitos de
competência entre os entes da Federação .

c) resolve o conflito, pois a própria Lei Complementar no 87, de 13 de

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dezembro de 1996, diz no artigo 2o, ao relacionar os fatos geradores do


ICMS:

“Artigo 2o −o Imposto incide sobre:

......

IV. fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não


compreendidos na competência tributária dos

Municípios;

V. fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao


Imposto Sobre Serviços, de competência dos Municípios, quando a lei
complementar aplicável expressamente o sujeitar a incidência do imposto
estadual.”

d) não resolve o conflito, pois a matéria é de natureza constitucional.

e) não resolve o conflito, pois este somente seria resolvido se os Estados e


o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos termos do artigo 155,
§ 2o, XII, “g”, da Constituição Federal, abdicassem do poder de
tributar a matéria em favor dos Municípios.

Q.02 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2006)

Foi publicado no Diário Oficial da União de 21.12.2005 o seguinte


Convênio, ratificado nacionalmente em 09.01.06, pelo Ato
Declaratório 01/06:

“CONVÊNIO ICMS 131/05 (Autoriza os Estados do Acre, Alagoas,


Paraná e
São Paulo a conceder isenção nas operações internas com farinha de
mandioca não-temperada). O Conselho Nacional de Política Fazendária −
CONFAZ, na sua 120a reunião ordinária, realizada em Mata de São João,
BA, no dia 16 de dezembro de 2005, tendo em vista o disposto na Lei

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Complementar no 24, de 7 de janeiro de 1975, resolve celebrar o seguinte


CONVÊNIO:

Cláusula primeira: Ficam os Estados do Acre, Alagoas, Paraná e São Paulo


autorizados a conceder isenção nas operações internas com farinha de
mandioca ou de raspa de mandioca, não-temperadas, classificadas no
código 1106.20.00 Nomenclatura Comum do Mercosul −NCM.

Cláusula segunda: Este convênio entra em vigor na data da publicação de


sua ratificação nacional, produzindo efeitos até 31 de outubro de 2007.

Mata de São João, BA, 16 de dezembro de 2005.”

Em relação ao referido Convênio, é correto afirmar que

a) não há instrumento jurídico pelo qual a autorização a que se refere a


Cláusula primeira possa ser estendida a outras unidades federadas.

b) a isenção nas operações internas com farinha de mandioca ou de raspa


de mandioca, não-temperadas, não se aplica às vendas realizadas no
interior de estabelecimentos varejistas a pessoas físicas e consumidores
finais dos produtos, residentes em outras unidades federadas.

c) o benefício fiscal de que trata o Convênio poderá ser prorrogado antes


de 31 de outubro de 2007, mediante novo Convênio concessivo de
benefício, que postergue a data determinada na Cláusula segunda.

d) as operações internas com farinha de mandioca ou de raspa de


mandioca, não-temperadas, nos Estados do Acre, Alagoas, Paraná e São
Paulo passaram a ser agraciadas com a isenção do ICMS a partir de
21.12.2005, data da publicação no D.O.U.
e) para a aprovação do referido Convênio, bastou a sua ratificação,
expressa ou tácita, pela maioria das unidades federadas que se tenham
feito representar na reunião do CONFAZ.

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Q.03 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2009)

O CONFAZ −Conselho Nacional de Política Fazendária

I. promove ações em defesa do contribuinte, regulando o exercício da


competência tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

II. promove a celebração de convênios que concedem e revogam incentivos


e benefícios fiscais no âmbito do ICMS.

III. é constituído por representantes de Municípios, Estados e Distrito


Federal.

IV. é constituído por representantes de cada Estado e Distrito Federal e um


representante do Governo Federal.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) II e III.

c) I e IV.

d) I e III.

e) I.

Q.04 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2009)

A Constituição Federal estabelece que, no caso do ICMS, isenções,


incentivos e benefícios fiscais só poderão ser concedidos ou
revogados mediante deliberação dos Estados ou do Distrito Federal,
nos termos de lei complementar. Considerando que a Lei
Complementar exigida pela Constituição Federal seja a de no
24/1975 (que teria sido recepcionada pela ordem constitucional,
sendo disciplinadora do CONFAZ), é correto afirmar que

a) é desnecessária a deliberação dos Estados e Distrito Federal no caso de


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proposta de redução de base de cálculo do ICMS, se houver lei ordinária


estadual fazendo esta redução.

b) é necessária a deliberação dos Estados e Distrito Federal no caso de


proposta de redução de base de cálculo do ICMS.

d) a redução da base de cálculo, quando não estabelecida pelo convênio


CONFAZ, pode ser estabelecida por decreto legislativo.

d) não pode haver a redução da base de cálculo, eis que a mesma é fixada
pela Constituição Federal.

e) não pode haver a redução da base de cálculo pelo CONFAZ em face do


princípio da estrita legalidade em matéria tributária.

Q.05 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2013)

O Estado de Santa Catarina por meio das Leis nos 1.212/2001 e


1.214/2001 concedeu incentivos de ICMS de várias espécies
(isenção, redução de alíquotas e de base de cálculo, créditos
presumidos, prazo adicional de pagamento e diferimento)
aplicáveis, conforme o caso, a operações internas, interestaduais e
de importação. Não houve convênio autorizativo celebrado no
âmbito do CONFAZ entre os Estados e o Distrito Federal. Por
entender prejudicial aos interesses da população de seu Estado, o
Governador do Estado do Rio Grande do Sul propôs Ação Direta de
Inconstitucionalidade em face do Estado de Santa Catarina a fim de
ver declarados inconstitucionais os dispositivos destas leis que
contrariavam o texto constitucional. O Governador do Estado do Rio
de Janeiro, por também entender que seria prejudicial aos
interesses da população de seu Estado os aludidos benefícios
fiscais, requereu a sua admissão no feito na qualidade de amicus
curiae. Em face da situação hipotética apresentada e do

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Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK – Aula 04

ordenamento jurídico vigente, considere:


I. Caso o Estado do Rio Grande do Sul tivesse anteriormente concedido
benefícios fiscais de ICMS semelhantes aos concedidos pelo Estado de
Santa Catarina, não haveria vício de inconstitucionalidade, pois na hipótese
de existência de igualdade no ilícito há convalidação do benefício fiscal
concedido posteriormente.

II. A necessidade de deliberação dos Estados e do Distrito Federal no


âmbito do CONFAZ contempla a isenção, a redução de base de cálculo, a
concessão de créditos presumidos e a redução a 12% na alíquota do ICMS
nas operações internas praticadas por contribuintes catarinenses.

III. No que concerne ao ICMS, cabe ao Senado Federal regular a forma


como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

IV. Não obstante haver atribuição constitucional de competência tributária


ao Estado de Santa Catarina para legislar sobre ICMS, a concessão dos
benefícios fiscais depende da celebração de convênio autorizativo celebrado
no âmbito do CONFAZ, razão pela qual a falta de convênio ofende as
disposições constitucionais.

V. Os princípios fundamentais consagrados pela Constituição da República,


em tema de ICMS, realçam o perfil nacional de que se reveste esse tributo
e legitimam a instituição, pelo poder central, de regramento normativo
unitário destinado a disciplinar, de modo uniforme, essa espécie tributária,
notadamente em face de seu caráter não cumulativo.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e V.

c) II e III.

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d) III e IV.

e) IV e V.

Q.06 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2013)

Com respeito à Lei Complementar 24/75 e aos convênios


autorizativos para concessão de benefícios fiscais do ICMS,
celebrados no âmbito do CONFAZ, considere:

I. Haverá necessidade de convênio para a concessão de isenções, reduções


da base de cálculo e concessões de créditos presumidos, mas não para
benefícios financeiro-fiscais concedidos com base no ICMS, dos quais
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do ônus com o ICMS.

II. Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido


convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, as
quais se realizarão com a presença de representantes de quatro quintos,
pelo menos, das Unidades da Federação. A concessão de benefícios
dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados.

III. A revogação total ou parcial dos convênios dependerá de aprovação de


quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes na reunião do
CONFAZ.

IV. Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação pelo


Poder Executivo das Unidades da Federação presentes na reunião que
concedeu o benefício de decreto ratificando ou não os convênios
celebrados, considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de
manifestação no prazo previsto na legislação.

V. Mesmo as Unidades da Federação que não se tenham feito representar


na reunião, embora regularmente convocadas, estão obrigadas pelos

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convênios ratificados.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e V.
d) III e IV.
e) III e V.

Q.07 - (FGV – FISCAL DE RENDAS – SEFAZ RJ – 2007)

Nos termos do art. 1º da Lei Complementar 24/75, as isenções do


imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias
serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios,
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. E, nos
termos do parágrafo único desse artigo, essa regra também é
aplicável aos seguintes institutos de direito tributário:

a) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta,


condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a
terceiros; concessão de créditos presumidos; quaisquer outros incentivos
ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de
circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta
ou indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções.

b) redução da base de cálculo; diferimentos; devolução total ou parcial,


direta ou indireta, condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a
responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos; quaisquer
outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com
base no imposto de circulação de mercadorias, dos quais resulte redução
ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às
extensões das isenções.

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c) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta,


condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a
terceiros; concessão de créditos presumidos; quaisquer outros incentivos
ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de
circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta
ou indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções;
prorrogação de prazos para pagamento do imposto.

d) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta,


condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a
terceiros; concessão de créditos presumidos; quaisquer outros incentivos
ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de
circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta
ou indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções;
benefícios fiscais relativos aos demais tributos estaduais.

e) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta,


condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a
terceiros; concessão de créditos presumidos; benefícios fiscais relativos ao
imposto sobre produtos industrializados; quaisquer outros incentivos ou
favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de
circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta
ou indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções.

Q.08 - (FGV – FISCAL DE RENDAS – SEFAZ RJ – 2008)

Foi aprovado, na sessão do Confaz realizada no dia 30 de julho de


2008 (conforme publicação no Diário Oficial da União de 31 de julho
de 2008), um convênio cuja cláusula primeira autoriza os Estados
e o Distrito Federal a concederem isenção do ICMS incidente na

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importação de determinados produtos. A esse respeito, analise as


afirmativas a seguir:

I. Conforme a classificação expressa na Lei Complementar 24/75, o referido


convênio é autorizativo e não impositivo.

II. Segundo disposto na Lei Complementar 24/75, o referido convênio


entrou em vigor na data da publicação de sua ratificação nacional.

III. Vigente o referido convênio, os contribuintes do ICMS que importarem


os produtos nele mencionados ficam isentos do pagamento do imposto
respectivo.

IV. Segundo disposto na Lei Complementar 24/75, a eficácia do referido


convênio só ocorrerá depois de aprovação pela Assembléia Legislativa do
Estado.

V. O referido convênio não se aplica no Estado do Rio de Janeiro, porque


este não se fez representar, embora regularmente convocado, na sessão
que aprovou a isenção lá estatuída.

VI. O referido convênio pode ter estabelecido que a produção de seus


efeitos se daria a partir de 1º de janeiro de 2008.

Assinale:

a) se nenhuma afirmativa estiver correta.

b) se somente uma afirmativa estiver correta.

c) se somente duas afirmativas estiverem corretas.

d) se somente três afirmativas estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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AULA 04: GABARITO

I I I I I I

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QUESTÕES COMENTADAS

Q.Ol- (FCC- AGENTE FISCAL- SEFAZ SP- 2006)

Considere a seguinte situação :

Um certo congressista, munido de boa-fé, querendo reso lver um conflito


de competência entre os Estados e Municípios a respeito de certo serviço
de comunicação, resolve submeter um projeto de lei complementar para
incluir tal serviço na lista anexa à Lei Complementar no 116/03 e, dessa
forma, passar o serviço da competência tributária dos Estados para a
competência tributária dos Municípios . Em relação ao ICMS, esse
procedimento

a) resolve o conflito, pois a Lei Complementar no 116/03 diz no seu


artigo lo: " Artigo lo -O Imposto Sobre Serviços De Qualquer
Natureza de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem
como fato gerador a prestação de serviços constantes da LISTA
ANEXA, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante ao prestador.

§ lo •••

§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na LISTA ANEXA, os


serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação -ICMS, ainda que sua prestaçã o envolva
fornecimento de mercadorias."

Pessoal, esse procedimento não reso lve o conf lito, pois quem define a
competência tributária para que os Estados possam exigir ICMS sobre
serviços de comunicação é a constituição . Não pode um congressista alterar
competências através de Lei Complementar. Alternativa incorreta .
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b) resolve o conflito, pois a Constituição Federal agasalha o


princípio da autonomia federativa, onde há igualdade dos entes que
compõe a federação, e a Lei Complementar tem por função resolver
conflitos de competência entre os entes da Federação.

Não resolve o conflito. A Lei Complementar realmente tem por função


resolver conflitos de competência entre os entes da Federação e não alterá-
las. Alternativa incorreta.

c) resolve o conflito, pois a própria Lei Complementar no 87, de 13


de dezembro de 1996, diz no artigo 2o, ao relacionar os fatos
geradores do ICMS:

“Artigo 2o −o Imposto incide sobre:

......

IV. fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não


compreendidos na competência tributária dos
Municípios;

V. fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos


ao Imposto Sobre Serviços, de competência dos Municípios, quando
a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar a incidência
do imposto estadual.”

O problema é que o serviço de comunicação foi reservado aos Estados! Não


pode Lei Complementar alterar a competência. Alternativa incorreta.

d) não resolve o conflito, pois a matéria é de natureza


constitucional.

Exatamente! Quem define competências é a Constituição Federal.


Alternativa correta.

e) não resolve o conflito, pois este somente seria resolvido se os


Estados e o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos
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termos do artigo 155, § 2o, XII, “g”, da Constituição Federal,


abdicassem do poder de tributar a matéria em favor dos Municípios.

A LC 24/75 serve para resolver sobre benefícios fiscais e não sobre


competência. Alternativa incorreta.

GABARITO: D

Q.02 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2006)

Foi publicado no Diário Oficial da União de 21.12.2005 o seguinte Convênio,


ratificado nacionalmente em 09.01.06, pelo Ato Declaratório 01/06:

“CONVÊNIO ICMS 131/05 (Autoriza os Estados do Acre, Alagoas, Paraná e


São Paulo a conceder isenção nas operações internas com farinha de
mandioca não-temperada). O Conselho Nacional de Política Fazendária −
CONFAZ, na sua 120a reunião ordinária, realizada em Mata de São João,
BA, no dia 16 de dezembro de 2005, tendo em vista o disposto na Lei
Complementar no 24, de 7 de janeiro de 1975, resolve celebrar o seguinte
CONVÊNIO:

Cláusula primeira: Ficam os Estados do Acre, Alagoas, Paraná e São Paulo


autorizados a conceder isenção nas operações internas com farinha de
mandioca ou de raspa de mandioca, não-temperadas, classificadas no
código 1106.20.00 Nomenclatura Comum do Mercosul −NCM.

Cláusula segunda: Este convênio entra em vigor na data da publicação de


sua ratificação nacional, produzindo efeitos até 31 de outubro de 2007.

Mata de São João, BA, 16 de dezembro de 2005.”

Em relação ao referido Convênio, é correto afirmar que

a) não há instrumento jurídico pelo qual a autorização a que se


refere a Cláusula primeira possa ser estendida a outras unidades
federadas.
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Há sim outro instrumento jurídico para que isso ocorra. Basta um novo
convênio. Alternativa incorreta.

b) a isenção nas operações internas com farinha de mandioca ou de


raspa de mandioca, não-temperadas, não se aplica às vendas
realizadas no interior de estabelecimentos varejistas a pessoas
físicas e consumidores finais dos produtos, residentes em outras
unidades federadas.
Se são pessoas físicas consumidoras finais, são não contribuintes do
imposto, o que equivale a uma venda interna. Assim sendo, a isenção de
aplica nesse caso. Alternativa incorreta.

c) o benefício fiscal de que trata o Convênio poderá ser prorrogado


antes de 31 de outubro de 2007, mediante novo Convênio
concessivo de benefício, que postergue a data determinada na
Cláusula segunda.

Exato. Nada impede que um novo Convênio prorrogue essa data.


Alternativa correta.

d) as operações internas com farinha de mandioca ou de raspa de


mandioca, não-temperadas, nos Estados do Acre, Alagoas, Paraná
e São Paulo passaram a ser agraciadas com a isenção do ICMS a
partir de 21.12.2005, data da publicação no D.O.U.

Pessoal, existe uma pegadinha clássica a respeito de convênios que sempre


cai em prova. Os convênios podem ser classificados em autorizativos e
impositivos. Os primeiros, AUTORIZAM os Estados a concederem benefícios
fiscais, necessitando que cada ente federativo edite uma lei nesse sentido se
assim o desejar. Já os últimos, automaticamente concedem os benefícios para
os entes federativos, sendo desnecessária a edição de uma lei. Cuidado que
essa classificação é doutrinária! Ela não está na LC 24/75. Assim sendo, no
caso da nossa questão, como convênio é autorizativo, as operações internas

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não foram automaticamente agraciadas com a isenção do ICMS a partir da
data da publicação no D.O.U, pois se faz necessário uma lei estadual nesse
sentido. Alternativa incorreta.

e) para a aprovação do referido Convênio, bastou a sua ratificação,


expressa ou tácita, pela maioria das unidades federadas que se
tenham feito representar na reunião do CONFAZ.

Para a aprovação de um Convênio é necessário a aprovação UNÂNIME de


todos os Estados do país. Alternativa incorreta.

GABARITO: C

Q.03 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2009)

O CONFAZ −Conselho Nacional de Política Fazendária

I. promove ações em defesa do contribuinte, regulando o exercício


da competência tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
O CONFAZ não promove ações em defesa do contribuinte. Ele elabora
políticas e realiza a harmonização de procedimentos e normas inerentes ao
exercício da competência tributária dos estados e do Distrito Federal.
Alternativa incorreta.

II. promove a celebração de convênios que concedem e revogam


incentivos e benefícios fiscais no âmbito do ICMS.

Essa é uma das funções do CONFAZ. Alternativa correta.

III. é constituído por representantes de Municípios, Estados e


Distrito Federal.

Os Municípios não participam do CONFAZ. Alternativa incorreta.

IV. é constituído por representantes de cada Estado e Distrito

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Federal e um representante do Governo Federal.

Exato. O representante do Governo Federal é o ministro da Fazenda ou


quem o represente. Alternativa correta.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) II e III.

c) I e IV.

d) I e III.

e) I.

GABARITO: A

Q.04 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2009)

A Constituição Federal estabelece que, no caso do ICMS, isenções, incentivos


e benefícios fiscais só poderão ser concedidos ou revogados mediante
deliberação dos Estados ou do Distrito Federal, nos termos de lei
complementar. Considerando que a Lei Complementar exigida pela
Constituição Federal seja a de no 24/1975 (que teria sido recepcionada pela
ordem constitucional, sendo disciplinadora do CONFAZ), é correto afirmar
que

a) é desnecessária a deliberação dos Estados e Distrito Federal no


caso de proposta de redução de base de cálculo do ICMS, se houver
lei ordinária estadual fazendo esta redução.

Redução de base de cálculo resulta em um menor imposto a pagar, ou seja,


é um benefício que depende de CONFAZ. Alternativa incorreta.

b) é necessária a deliberação dos Estados e Distrito Federal no caso

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de proposta de redução de base de cálculo do ICMS.

Redução de base de cálculo resulta em um menor imposto a pagar, ou seja,


é um benefício que depende de CONFAZ. Alternativa correta.

d) a redução da base de cálculo, quando não estabelecida pelo


convênio CONFAZ, pode ser estabelecida por decreto legislativo.

A redução da base de cálculo não pode ser estabelecida por decreto


legislativo. Alternativa incorreta.

d) não pode haver a redução da base de cálculo, eis que a mesma é


fixada pela Constituição Federal.

A Constituição Federal não fixa reduções de base de cálculo. Alternativa


incorreta.

e) não pode haver a redução da base de cálculo pelo CONFAZ em


face do princípio da estrita legalidade em matéria tributária.

A própria CF autoriza que benefícios fiscais sejam regulados pelo CONFAZ.


Alternativa incorreta.

GABARITO: B

Q.05 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2013)

O Estado de Santa Catarina por meio das Leis nos 1.212/2001 e


1.214/2001 concedeu incentivos de ICMS de várias espécies (isenção,
redução de alíquotas e de base de cálculo, créditos presumidos, prazo
adicional de pagamento e diferimento) aplicáveis, conforme o caso, a
operações internas, interestaduais e de importação. Não houve convênio
autorizativo celebrado no âmbito do CONFAZ entre os Estados e o Distrito
Federal. Por entender prejudicial aos interesses da população de seu
Estado, o Governador do Estado do Rio Grande do Sul propôs Ação Direta
de Inconstitucionalidade em face do Estado de Santa Catarina a fim de ver

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declarados inconstitucionais os dispositivos destas leis que contrariavam o


texto constitucional. O Governador do Estado do Rio de Janeiro, por
também entender que seria prejudicial aos interesses da população de seu
Estado os aludidos benefícios fiscais, requereu a sua admissão no feito na
qualidade de amicus curiae. Em face da situação hipotética apresentada e
do ordenamento jurídico vigente, considere:

I. Caso o Estado do Rio Grande do Sul tivesse anteriormente


concedido benefícios fiscais de ICMS semelhantes aos concedidos
pelo Estado de Santa Catarina, não haveria vício de
inconstitucionalidade, pois na hipótese de existência de igualdade
no ilícito há convalidação do benefício fiscal concedido
posteriormente.

Não há compensação de ilicitudes em benefícios fiscais à revelia do


CONFAZ! Isso não existe, não há convalidação! Alternativa incorreta.

II. A necessidade de deliberação dos Estados e do Distrito Federal


no âmbito do CONFAZ contempla a isenção, a redução de base de
cálculo, a concessão de créditos presumidos e a redução a 12% na
alíquota do ICMS nas operações internas praticadas por
contribuintes catarinenses.
A redução a 12% na alíquota do ICMS nas operações internas praticadas
por contribuintes catarinenses é permitida. Apenas uma redução abaixo
desse patamar que exigiria CONFAZ. Alternativa incorreta.

III. No que concerne ao ICMS, cabe ao Senado Federal regular a


forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados.

Essa função cabe a Lei Complementar e não ao Senado Federal. Alternativa


incorreta.

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IV. Não obstante haver atribuição constitucional de competência


tributária ao Estado de Santa Catarina para legislar sobre ICMS, a
concessão dos benefícios fiscais depende da celebração de
convênio autorizativo celebrado no âmbito do CONFAZ, razão pela
qual a falta de convênio ofende as disposições constitucionais.

Perfeito! Santa Catarina possui autonomia para gerir seus tributos,


inclusive o ICMS. Entretanto, esse último possui alguns limites impostos
pela constituição quando o assunto é benefício fiscal. Alternativa correta.

V. Os princípios fundamentais consagrados pela Constituição da


República, em tema de ICMS, realçam o perfil nacional de que se
reveste esse tributo e legitimam a instituição, pelo poder central,
de regramento normativo unitário destinado a disciplinar, de modo
uniforme, essa espécie tributária, notadamente em face de seu
caráter não cumulativo.

É o que venho comentando. O ICMS é um imposto um pouco diferente, pois


ele pode pôr em risco a própria existência da federação, o que faz com que
algumas regras específicas devam ser aplicadas a ele. Alternativa correta.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e V.

c) II e III.

d) III e IV.

e) IV e V.

GABARITO: E

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Q.06 - (FCC – AGENTE FISCAL – SEFAZ SP – 2013)

Com respeito à Lei Complementar 24/75 e aos convênios autorizativos para


concessão de benefícios fiscais do ICMS, celebrados no âmbito do CONFAZ,
considere:

I. Haverá necessidade de convênio para a concessão de isenções,


reduções da base de cálculo e concessões de créditos presumidos,
mas não para benefícios financeiro-fiscais concedidos com base no
ICMS, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta,
do ônus com o ICMS.

Se existe qualquer tipo de benefício ligado ao ICMS, seja direito ou indireto,


haverá necessidade de CONFAZ. Alternativa incorreta.

II. Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais


tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do
Distrito Federal, as quais se realizarão com a presença de
representantes de quatro quintos, pelo menos, das Unidades da
Federação. A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão
unânime dos Estados representados.
As reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das
Unidades da Federação e não de quatro quintos. Alternativa incorreta.

III. A revogação total ou parcial dos convênios dependerá de


aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos representantes
presentes na reunião do CONFAZ.

A aprovação depende de unanimidade. Já a revogação não é tão rígida,


exigindo quatro quintos dos Estados. Alternativa correta.

IV. Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a


publicação pelo Poder Executivo das Unidades da Federação
presentes na reunião que concedeu o benefício de decreto

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ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se


ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo
previsto na legislação.

O convênio entra em vigor no trigésimo dia após a publicação relativa à


ratificação ou à rejeição no Diário Oficial da União. Alternativa incorreta.

V. Mesmo as Unidades da Federação que não se tenham feito


representar na reunião, embora regularmente convocadas, estão
obrigadas pelos convênios ratificados.

Se um Estado for convocado para o CONFAZ e não participar e não se


manifestar quanto a aprovação ou rejeição de um convênio, será
considerada uma aprovação tácita, obrigando-o. Alternativa correta.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e V.

d) III e IV.

e) III e V.

GABARITO: E

Q.07 - (FGV – FISCAL DE RENDAS – SEFAZ RJ – 2007)

Nos termos do art. 1º da Lei Complementar 24/75, as isenções do imposto


sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou
revogadas nos termos de convênios, celebrados e ratificados pelos Estados e
pelo Distrito Federal. E, nos termos do parágrafo único desse artigo, essa regra
também é aplicável aos seguintes institutos de direito tributário:

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a) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou
indireta, condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a
responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos;
quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais,
concedidos com base no imposto de circulação de mercadorias, dos
quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo
ônus; prorrogações e às extensões das isenções.

Essa é a previsão literal do mencionado artigo da LC 24/75. Perceba como


todas as hipóteses previstas acabam por diminuir o valor do ICMS a
recolher. Alternativa correta.

b) redução da base de cálculo; diferimentos; devolução total ou


parcial, direta ou indireta, condicionada ou não do tributo, ao
contribuinte, a responsável ou a terceiros; concessão de créditos
presumidos; quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou
financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de circulação
de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou
indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das
isenções.

Diferimento não é benefício fiscal. Alternativa incorreta.

c) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou


indireta, condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a
responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos;
quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais,
concedidos com base no imposto de circulação de mercadorias, dos
quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do
respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções;
prorrogação de prazos para pagamento do imposto.

Prorrogação de prazo de pagamento não consta na literalidade deste artigo.


Alternativa incorreta.

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d) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou


indireta, condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a
responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos;
quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais,
concedidos com base no imposto de circulação de mercadorias, dos
quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo
ônus; prorrogações e às extensões das isenções; benefícios fiscais
relativos aos demais tributos estaduais.

Benefícios fiscais relativos aos demais tributos estaduais independem de


convênio. Alternativa incorreta.

e) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou


indireta, condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a
responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos;
benefícios fiscais relativos ao imposto sobre produtos
industrializados; quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou
financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de circulação
de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou
indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das
isenções.

Benefícios fiscais relativos ao imposto sobre produtos industrializados não


estão sujeitos às regras da LC 24/75. Alternativa incorreta.

GABARITO: A

Q.08 - (FGV – FISCAL DE RENDAS – SEFAZ RJ – 2008)

Foi aprovado, na sessão do Confaz realizada no dia 30 de julho de 2008


(conforme publicação no Diário Oficial da União de 31 de julho de 2008),
um convênio cuja cláusula primeira autoriza os Estados e o Distrito Federal
a concederem isenção do ICMS incidente na importação de determinados

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produtos. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir:

I. Conforme a classificação expressa na Lei Complementar 24/75,


o referido convênio é autorizativo e não impositivo.

Olha a maldade! Essa classificação é doutrinária! Não existe no texto da LC

24/75. Alternativa incorreta.


II. Segundo disposto na Lei Complementar 24/75, o referido
convênio entrou em vigor na data da publicação de sua ratificação
nacional.
Os convênios entram em vigor 30 dias depois de sua publicação final no
DOU. Alternativa incorreta.

III. Vigente o referido convênio, os contribuintes do ICMS que


importarem os produtos nele mencionados ficam isentos do
pagamento do imposto respectivo.

Como o convênio é autorizativo, os contribuintes não estão


automaticamente isentos, pois esse benefício dependerá de uma lei
estadual de cada ente federativo envolvido. Alternativa incorreta.

IV. Segundo disposto na Lei Complementar 24/75, a eficácia do


referido convênio só ocorrerá depois de aprovação pela Assembléia
Legislativa do Estado.

O convênio já foi aprovado, já estando eficaz. Alternativa incorreta.

V. O referido convênio não se aplica no Estado do Rio de Janeiro,


porque este não se fez representar, embora regularmente
convocado, na sessão que aprovou a isenção lá estatuída.

Mesmo que o Estado do Rio de Janeiro não tenha sido representado, como
o convênio foi aprovado, o Estado estará obrigado a suas previsões.

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Alternativa incorreta.

VI. O referido convênio pode ter estabelecido que a produção de


seus efeitos se daria a partir de 1º de janeiro de 2008.

Um convênio não pode ser retroativo. Alternativa incorreta.

Assinale:

a) se nenhuma afirmativa estiver correta.

b) se somente uma afirmativa estiver correta.

c) se somente duas afirmativas estiverem corretas.

d) se somente três afirmativas estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

GABARITO: A

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É isso ai pessoal! Essa foi a nossa quinta aula. Agora já estamos


mais do que preparados para enfrentar de cabeça o regulamento do
ICMS. Esse será o nosso próximo assunto!

Até a próxima aula!

Estou à disposição para tirar as dúvidas. Bons estudos!

EMAIL: alexandrejens@hotmail.com

FACEBOOK: https://www.facebook.com/alexandre.jenskotolak

MEU GRUPO DE ESTUDOS:

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