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Aula 14.

2 - CPC 28 (Propriedades para Investimento)

Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e


Anotados

Professor: Gilmar Possati


# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
Aula 14.2

AULA 14.2: CPC 28 – Propriedade para Investimento

Sumário

1. Propriedade para Investimento 2


2. Resumo 25
3. Lista das Questões Apresentadas 26
4. Gabarito 32

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Pessoal, hoje vamos estudar mais um Pronunciamento Contábil:

CPC 28 – Propriedade para Investimento

Bons estudos!
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CPC 28 – Propriedade para Investimento

Galera, o CPC 28 vem sendo alvo de várias exigências pelas diversas


bancas! É um pronunciamento tranquilo que pode nos garantir preciosos
pontos.

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

O CPC 28 estabelece o tratamento contábil de propriedades para


investimento e respectivos requisitos de divulgação.

Mas, afinal qual a definição de Propriedade para Investimento?

Segundo o CPC 28, propriedade para investimento é a propriedade


(terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo
proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para
auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não
para:

a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para


finalidades administrativas; ou
b) venda no curso ordinário do negócio.

Veja que propriedade para investimento é somente terreno ou edifício, ou


ambos, para alugar ou simplesmente para valorizar. Logo, uma máquina
ou qualquer outro ativo que não seja terreno ou edifício não pode ser
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considerado como uma propriedade para investimento.

Veja que se a intenção da entidade é vender o terreno ou o edifício no curso


normal dos negócios estamos diante de uma empresa imobiliária e,
portanto, nesse caso não devemos classificar como investimento.

Propriedades para investimento x propriedades ocupadas

Segundo o CPC 28, as propriedades para investimento são mantidas para


obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e por isso
classificadas no subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não

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Circulante. Por isso, uma propriedade para investimento gera fluxos de


caixa altamente independentes dos outros ativos mantidos pela entidade.
Isso distingue as propriedades para investimento de propriedades
ocupadas pelos proprietários. A produção ou fornecimento de bens ou
serviços (ou o uso de propriedades para finalidades administrativas) gera
fluxos de caixa que são atribuíveis não apenas às propriedades, mas
também a outros ativos usados no processo de produção ou de
fornecimento.

Veja como essa classificação da propriedade para investimento já foi


explorada em prova!

1. (VUNESP/Assistente Contábil/CRO-SP/2015) As propriedades para


investimento são mantidas pelo proprietário ou arrendatário para obtenção
de rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e por isso serão
classificadas
a) no ativo permanente.
b) no grupo de investimentos, dentro do realizável a longo prazo.
c) no subgrupo do imobilizado, dentro do ativo não circulante.
d) no subgrupo investimentos, dentro do ativo não circulante.
e) no subgrupo investimentos, dentro do ativo circulante.

Questão bem tranquila, não é mesmo? Conforme acabamos de estudar, as


propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para
valorização do capital ou para ambas, e por isso classificadas no
subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante.

Gabarito: D

O CPC 28 nos fornece os seguintes exemplos de propriedades para


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investimento:

Exemplos de propriedades para investimento


Terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda
a curto prazo no curso ordinário dos negócios;
Terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade
não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo
proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno
é considerado como mantido para valorização do capital);
Edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em
arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos
operacionais;

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Edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou
mais arrendamentos operacionais;
Propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização
como propriedade para investimento.

O CPC destaca também itens que não são propriedades para


investimento:

Exemplos de itens que não são propriedades para investimento


Propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias
de construção ou desenvolvimento para tal venda, como, por exemplo,
propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente no
futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;
Propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros;
propriedade ocupada pelo proprietário, incluindo (entre outras coisas)
propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo
proprietário, propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso
subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada
por empregados (paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade
ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação;
Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.

É claro que esses exemplos são explorados em prova. Vamos ver exemplos
de questões que já exigiram isso.

2. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2016.2) De acordo com a NBC


TG 28 (R3) – PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO, NÃO é exemplo de
propriedade para investimento:
a) propriedade arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.
b) terreno mantido para futuro uso correntemente indeterminado.
c) terreno mantido para valorização de capital a longo prazo.
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d) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura


utilização como propriedade para investimento.

De todas as opções, apenas a opção “A” descreve um ativo que não deve
ser classificado como propriedade para investimento, conforme vimos no
quadro anterior. O arrendamento mercantil em essência se trata de uma
venda a prazo. Logo, não se enquadra no conceito de propriedade para
investimento.

Gabarito: A

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3. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Técnico/2013.1) Marque a opção que


apresenta o exemplo de propriedade para investimento, segundo a NBC TG
28 - Propriedade para Investimento.
a) Propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação.
b) Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento
financeiro.
c) Terrenos destinados à venda no decurso ordinário das atividades ou em
vias de construção ou desenvolvimento para tal venda.
d) Terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo, e não para
venda a curto prazo, no curso ordinário dos negócios.

Vamos analisar as opções.

a. Errada. Se a propriedade está ocupada, ou seja, está em uso e


aguardando ser alienada (vendida) não se enquadra no conceito de
propriedade para investimento.

b. Errada. Trata-se de um exemplo disposto no CPC 28 de item que não é


propriedade para investimento. Perceba que o arrendamento mercantil em
essência se trata de uma venda a prazo. Logo, não se enquadra no conceito
de propriedade para investimento.

c. Errada. Pessoal, se o terreno é destinado à venda, não se enquadra no


conceito de propriedade para investimento.

d. Certo. Esse é o primeiro exemplo descrito no CPC 28.

Gabarito: D

4. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa


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Venus S.A., fabricante de peças para automóveis, adquiriu um terreno para


aproveitar a valorização que o mercado aquecido está permitindo. A Venus
também aluga o prédio lateral de sua fábrica para a Holding do Grupo
ocupar com as suas atividades administrativas. Dessa forma, esses eventos
devem ser contabilizados, respectivamente, como
a) propriedades para investimento e arrendamento mercantil.
b) imobilizado e imobilizado.
c) propriedade para investimento e propriedade para investimento.
d) investimento e propriedade para investimento.
e) propriedade para investimento e imobilizado.

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O terreno adquirido para valorização se enquadra no conceito de


propriedade para investimento. Já o aluguel do prédio da fábrica para
ocupação (uso) com atividades administrativas da holding não se enquadra
no conceito de propriedade para investimento e, portanto, esse prédio deve
ser classificado no ativo imobilizado.

Gabarito: E

5. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF1/2011) Denomina-se


propriedade para investimento

a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em


vias de construção ou desenvolvimento para tal venda.
b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação
subsequente, no futuro próximo, ou para desenvolvimento e revenda.
c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros.
d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento
financeiro.
e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para
venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios.

Vamos analisar as opções.

a. Errada. Trata-se do conceito de estoque e não de propriedade para


investimento.

b. Errada. Mais uma opção que se refere a estoques.

c. Errada. Também se refere a estoques.


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d. Errada. O arrendamento mercantil financeiro em essência se trata de


uma venda a prazo. Logo, não se enquadra no conceito de propriedade
para investimento.

e. Certo. Trata-se do correto conceito previsto no CPC 28.

Gabarito: E

Pessoal, uma dúvida bem recorrente nos fóruns de dúvidas dos nossos
cursos é quanto aos imóveis para aluguel.

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Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como


em investimentos, a depender da finalidade desse aluguel. Será classificado
no imobilizado (aplicação do CPC 27) quando o aluguel estiver relacionado
às atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse
sentido abaixo). Caso o aluguel não esteja relacionado com as atividades
da empresa classificamos como investimentos (propriedade para
investimento, aplicação do CPC 28).

Veja como o assunto já foi explorado!

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6. (FCC/ISS-Recife/2014) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um


prédio ao lado de sua fábrica, por R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos
são alugados para funcionários da entidade que são originalmente, de fora
do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os apartamentos devem
ser evidenciados no subgrupo.
a) Ativo circulante
b) ativo realizável a longo prazo
c) investimentos

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d) Imobilizado;
e) Patrimônio líquido

Nesse caso, como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa,


devem ser classificados como ativo imobilizado. Veja que os funcionários
são de fora do Estado e, portanto, trata-se de uma política da empresa
necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os apartamentos
são bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia
ou exercidos com essa finalidade. Logo, devem ser classificados no
imobilizado e não em investimentos.

Gabarito: D

Pessoal, sobre esse assunto gravamos um vídeo no âmbito do Projeto 200


Dicas Receita Federal. Confira o vídeo por meio do seguinte link:

https://www.youtube.com/watch?v=3xiFK8K7auI&list=PL2s4IzJ_fRqPUD_
NPzyRbM02m1YAugano&index=7

Ou entre no nosso canal do Youtube “Contabilizando” que você vai


encontrar na playlist de dicas para a Receita Federal.

RECONHECIMENTO

Segundo o CPC 28, a propriedade para investimento deve ser


reconhecida como ativo quando, e apenas quando:

a) for provável que os benefícios econômicos futuros associados à


propriedade para investimento fluirão para a entidade; e
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b) o custo da propriedade para investimento possa ser mensurado


confiavelmente.

Observe que esses são os mesmos requisitos exigidos para qualquer ativo.
A norma apenas reforça o critério geral.

O CPC 28 destaca que a entidade não reconhece no valor contábil da


propriedade para investimento os custos de serviços diários da
propriedade. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos na
demonstração do resultado quando incorridos. Os custos de serviços diários
são basicamente os custos da mão-de-obra e dos bens consumíveis, e

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podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade dessas despesas é


muitas vezes descrita como sendo para "reparo e manutenção” da
propriedade.

MENSURAÇÃO NO RECONHECIMENTO

Segundo o CPC 28, a propriedade para investimento deve ser


inicialmente mensurada pelo seu custo. Os custos de transação devem
ser incluídos na mensuração inicial.

O CPC 28 destaca que o custo de uma propriedade para investimento


comprada compreende o seu preço de compra e qualquer dispêndio
diretamente atribuível. Os dispêndios diretamente atribuíveis incluem,
por exemplo, as remunerações profissionais de serviços legais, impostos
de transferência de propriedade e outros custos de transação.

Além disso, o pronunciamento informa que o custo de uma propriedade


para investimento não é aumentado por:

a) custos de início de atividades (start-up) (a não ser que sejam


necessários para trazer a propriedade à condição necessária para que seja
capaz de funcionar da forma pretendida pela administração);
b) perdas operacionais incorridas antes de a propriedade para investimento
ter atingido o nível de ocupação previsto; ou
c) quantidades anormais de material, mão-de-obra ou outros recursos
consumidos incorridos na construção ou desenvolvimento da propriedade.

O CPC 28 destaca, ainda, que se o pagamento de uma propriedade para


investimento for a prazo, o seu custo é o equivalente ao valor à vista. A
diferença entre esta quantia e os pagamentos totais é reconhecida como
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despesa financeira durante o período do crédito.

7. (CESPE/Técnico do Ministério Público da União/Apoio


Especializado/Controle Interno/2010) Julgue o item que se segue acerca de
evidência e contabilização de operações típicas de entidades comerciais.

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A propriedade para investimento deve ser mensurada, inicialmente, pelo


valor médio de mercado, que é seu valor justo na ocasião.

Segundo o CPC 28, a propriedade para investimento deve ser


inicialmente mensurada pelo seu custo. Os custos de transação devem
ser incluídos na mensuração inicial.

Gabarito: Errado

MENSURAÇÃO APÓS RECONHECIMENTO

Política Contábil

Segundo o CPC 28, a entidade deve escolher como sua política


contábil ou o método do valor justo ou o método do custo e deve
aplicar essa política a todas as suas propriedades para
investimento.

O CPC 28 destaca que quando um interesse em propriedade mantido por


arrendatário em arrendamento operacional for classificado como
propriedade para investimento, o método do valor justo deve ser aplicado.
Logo, nesse caso a entidade não possui escolha.

Método do Valor Justo

Segundo o CPC 28, após o reconhecimento inicial, a entidade que escolhe


o método do valor justo deve mensurar todas as suas propriedades
para investimento pelo valor justo, exceto quando o valor justo da
propriedade para investimento não é mensurável
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com
confiabilidade em base contínua.

Ademais, o CPC 28 informa que o ganho ou a perda proveniente de


alteração no valor justo de propriedade para investimento deve ser
reconhecido no resultado do período em que ocorra.

O CPC 28 destaca que ao determinar o valor justo da propriedade para


investimento, a entidade não conta duplamente ativos ou passivos que
estejam reconhecidos como ativos ou passivos separados. A norma nos
fornece os seguintes exemplos para ilustrar essa situação:

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(a) equipamento, tal como elevador ou ar-condicionado, é muitas vezes


uma parte integrante de edifício e está geralmente incluído no valor justo
da propriedade para investimento, não sendo reconhecido separadamente
como ativo imobilizado;

(b) se o escritório for arrendado mobiliado, o valor justo do escritório inclui


geralmente o valor justo da mobília, porque o lucro das rendas se relaciona
com o escritório mobiliado. Quando a mobília for incluída no valor justo da
propriedade para investimento, a entidade não reconhece a mobília como
ativo separado;

(c) o valor justo da propriedade para investimento exclui o lucro do


arrendamento operacional acrescido ou pago antecipadamente, porque a
entidade o reconhece como passivo ou ativo separado;

(d) o valor justo da propriedade para investimento mantida em


arrendamento reflete os fluxos de caixa esperados (incluindo a receita
contingente que se espera que se torne pagável). Em conformidade, se a
avaliação obtida para a propriedade for líquida de todos os pagamentos que
se espera que sejam feitos, será necessário voltar a adicionar qualquer
passivo de arrendamento reconhecido para atingir o valor contábil da
propriedade para investimento, utilizando o método do valor justo.

Incapacidade de determinar confiavelmente o valor justo

Pessoal, a regra é que a entidade possa mensurar com confiabilidade o


valor justo da propriedade para investimento. No entanto, existem casos
excepcionais1 em que há clara evidência de que o valor justo da propriedade
para investimento não é mensurável com confiabilidade em base contínua2.
Assim, o CPC 28 estabelece duas opções: 01699177899

a) Se a entidade concluir que o valor justo de propriedade para


investimento em construção não é mensurável com confiabilidade, mas for
esperado que o valor justo da propriedade seja mensurável com
confiabilidade quando a construção for concluída, a propriedade para

1
Quando a entidade adquire pela primeira vez uma propriedade para investimento (ou quando a propriedade
existente se torne pela primeira vez propriedade para investimento na sequência da conclusão da construção
ou do desenvolvimento, ou após a alteração de uso).
2
Isso ocorre, segundo o CPC 28, quando, e apenas quando, o mercado de propriedades comparáveis está inativo
(por exemplo, há poucas transações recentes, preços cotados não são atuais ou preços de transação observadas
indicam que o vendedor foi forçado a vender) e quando não estão disponíveis mensurações alternativas
confiáveis de valor justo (por exemplo, com base em projeções de fluxos de caixa descontados).

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investimento em construção deve ser mensurada ao custo até que seu


valor justo se torne confiavelmente mensurável ou a construção
seja concluída (o que ocorrer primeiro).

b) Se a entidade concluir que o valor justo de propriedade para


investimento (outra que não uma propriedade para investimento em
construção) não é confiavelmente mensurável, a entidade deve mensurar
essa propriedade para investimento usando o método do custo do CPC 27
– Ativo Imobilizado. O valor residual da propriedade para investimento deve
ser assumido como sendo zero. A entidade deve aplicar CPC 27 até a
alienação da propriedade para investimento.

Ainda nesse ponto, o CPC 28 traz três alertas:

Uma vez que a entidade se torne capaz de mensurar confiavelmente o valor


justo de um investimento para propriedade em construção que tenha sido
previamente avaliada ao custo, deve mensurar essa propriedade pelo valor
justo. Assim que a construção estiver completada, presume-se que o valor
justo possa ser mensurado confiavelmente. Se esse não for o caso, a
propriedade será contabilizada pelo método do custo de acordo com o CPC
27 – Ativo Imobilizado.

A presunção de que o valor justo de investimento para propriedade em


construção possa ser mensurado confiavelmente pode ser refutada
somente no reconhecimento inicial. A entidade que tenha mensurado um
item de investimento para propriedade em construção ao valor justo não
pode concluir que o valor justo do investimento para propriedade quando
completado não possa ser mensurado confiavelmente.

Nos casos excepcionais em que a entidade seja compelida a mensurar uma


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propriedade para investimento usando o método do custo de acordo com o


CPC 27, ela mensura todas as suas outras propriedades para investimento
pelo valor justo, inclusive as propriedades para investimento em
construção. Nesses casos, embora a entidade possa usar o método do custo
para uma propriedade para investimento, a entidade deve continuar a
contabilizar cada uma das propriedades restantes usando o método do
valor justo.

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Método do Custo

Segundo o CPC 28, após o reconhecimento inicial, a entidade que escolher


o método do custo deve obedecer os requisitos do CPC 27 para esse
método, exceto para as propriedades que satisfaçam os critérios de
classificação como mantidas para venda (ou que estejam incluídas em
grupo para alienação que esteja classificado como mantido para venda) de
acordo com o CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada. As propriedades para investimento que
satisfaçam os critérios de classificação como mantidas para venda (ou que
estejam incluídas em um grupo para alienação que esteja classificado como
mantido para venda) devem ser mensuradas de acordo com esse
Pronunciamento.

8. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2014.2) De acordo com a NBC


TG 28 (R1) Propriedade para Investimento, julgue os itens abaixo como
Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. No reconhecimento inicial, a propriedade para investimento deve ser


mensurada pelo seu custo, que inclui os custos de transação.

II. As propriedades para investimento avaliadas pelo método do custo e


não classificadas como mantidas para a venda estão sujeitas a cálculo e
registro contábil de Depreciação Acumulada, de acordo com os requisitos
da NBC TG 27 (R1) Ativo Imobilizado.

III. Se a entidade tiver previamente mensurado a propriedade para


investimento pelo valor justo, ela poderá passar a mensurar tal propriedade
pelo método do custo, caso os preços do mercado se tornem menos
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prontamente disponíveis.

A sequência CORRETA é:
a) V, V, F.
b) F, V, F.
c) F, F, V.
d) V, F, V.

Vamos analisar as assertivas.

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I – Verdadeiro. Segundo o CPC 28, a propriedade para investimento


deve ser inicialmente mensurada pelo seu custo. Os custos de
transação devem ser incluídos na mensuração inicial.

O CPC 28 destaca que o custo de uma propriedade para investimento


comprada compreende o seu preço de compra e qualquer dispêndio
diretamente atribuível. Os dispêndios diretamente atribuíveis incluem,
por exemplo, as remunerações profissionais de serviços legais, impostos
de transferência de propriedade e outros custos de transação.

II – Verdadeiro. Segundo o CPC 28, após o reconhecimento inicial, a


entidade que escolher o método do custo deve obedecer os requisitos do
CPC 27 para esse método (incluindo o cálculo e registro contábil de
Depreciação Acumulada, conforme estudaremos na sequência do curso),
exceto para as propriedades que satisfaçam os critérios de classificação
como mantidas para venda, as quais devem obedecer os requisitos do CPC
31.

III – Falso. Segundo o CPC 28, após o reconhecimento inicial, a entidade


que escolhe o método do valor justo deve mensurar todas as suas
propriedades para investimento pelo valor justo, exceto quando o
valor justo da propriedade para investimento não é mensurável
com confiabilidade em base contínua.

Gabarito: A

TRANSFERÊNCIA

Pessoal, uma propriedade que hoje é classificada como propriedade para


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investimento pode deixar de ter as características necessárias para esse


enquadramento. Ou, ainda, uma propriedade que seja “normal” (ocupada
pelo proprietário) pode vir a ser classificada como propriedade para
investimento. Assim, surge o que o CPC 28 denomina de “transferência”.

Nos termos do CPC 28, as transferências para ou de propriedades para


investimento devem ser feitas quando, e apenas quando, houver alteração
de uso, evidenciada pelo seguinte:

a) início de ocupação pelo proprietário, para transferência de propriedade


para investimento para propriedade ocupada pelo proprietário;

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b) início de desenvolvimento com objetivo de venda, para transferência de


propriedade para investimento para estoque;
c) fim de ocupação pelo proprietário, para transferência de propriedade
ocupada pelo proprietário para propriedade para investimento;
d) começo de arrendamento operacional para outra entidade, para
transferência de estoques para propriedade para investimento.

Essas transferências acabam impactando os aspectos de reconhecimento e


mensuração daquelas propriedades que estão avaliadas pelo método do
valor justo.

Quando a entidade usar o método do custo, as transferências entre


propriedades para investimento, propriedades ocupadas pelo proprietário e
estoque não alteram o valor contábil da propriedade transferida e não
alteram o custo dessa propriedade para finalidades de mensuração ou
divulgação.

Assim, vamos estudar as regras estabelecidas pelo CPC 28 para as


propriedades avaliadas ao valor justo que sofrem transferência:

a) Para a transferência de propriedade para investimento escriturada pelo


valor justo para propriedade ocupada pelo proprietário ou para estoque, o
custo considerado da propriedade para subsequente contabilização de
acordo com o CPC 27 ou o CPC 16 deve ser o seu valor justo à data da
alteração de uso.

b) Se o imóvel ocupado pelo proprietário se tornar propriedade para


investimento que seja escriturada pelo valor justo, a entidade deve aplicar
o CPC 27 até a data da alteração de uso. A entidade deve tratar qualquer
diferença nessa data entre o valor contábil do imóvel de acordo com o CPC
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27 e o seu valor justo conforme o item a seguir (“c”).

c) Até a data em que o imóvel ocupado pelo proprietário se torne


propriedade para investimento escriturada pelo valor justo, a entidade
deprecia a propriedade e reconhece quaisquer perdas por redução no valor
recuperável (impairment) que tenham ocorrido. A entidade trata qualquer
diferença nessa data entre o valor contábil da propriedade de acordo com
o CPC 27 e o seu valor justo da seguinte forma:

(a) qualquer diminuição resultante no valor contábil da propriedade é


reconhecida no resultado (despesa). Porém, até o ponto em que a

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quantia esteja incluída em reavaliação anteriormente procedida nessa


propriedade, a diminuição é debitada contra esse excedente de reavaliação

Observação: Como a Lei das SAs não permite reavaliação essa ressalva do
CPC 28 não tem aplicabilidade prática.

(b) qualquer aumento resultante no valor contábil é tratado como se


segue:

(i) até o ponto em que o aumento reverta perda anterior por


impairment dessa propriedade, o aumento é reconhecido no
resultado (receita). A quantia reconhecida no resultado não pode
exceder a quantia necessária para repor o valor contábil para o valor
contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação) caso
nenhuma perda por impairment tivesse sido reconhecida;

(ii) qualquer parte remanescente do aumento é creditada


diretamente no patrimônio líquido, em ajustes de avaliação
patrimonial, como parte dos outros resultados abrangentes. Na
alienação subsequente da propriedade para investimento, eventual
excedente de reavaliação incluído no patrimônio líquido deve ser
transferido para lucros ou prejuízos acumulados, e a transferência do
saldo remanescente excedente de avaliação também se faz
diretamente para lucros ou prejuízos acumulados, e não por via da
demonstração do resultado.

Vamos ver um exemplo com números para facilitar nosso entendimento:

Valor Contábil 1.000,00


Perda por impairment reconhecida 01699177899

100,00
Valor Justo 1.200,00

Nesse caso, temos uma diferença de 200 “pila” entre o valor contábil e o
valor justo.

Assim, até o limite da perda devemos reconhecer uma receita, ou seja,


100,00. O restante (100,00) deve ser reconhecido no PL, na conta ajuste
de avaliação patrimonial.

d) Para uma transferência de estoque para propriedade para investimento


que seja escriturada pelo valor justo, qualquer diferença entre o valor

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justo da propriedade nessa data e o seu valor contábil anterior deve ser
reconhecida no resultado (receita ou despesa).

e) O tratamento de transferência de estoque para propriedade para


investimento que é escriturada pelo valor justo é consistente com o
tratamento de venda de estoque.

f) Quando a entidade concluir a construção ou o desenvolvimento de


propriedade para investimento de construção própria que será escriturada
pelo valor justo, qualquer diferença entre o valor justo da propriedade
nessa data e o seu valor contábil anterior deve ser reconhecida no
resultado (receita ou despesa).

Vamos ver como esses detalhes já foram exigidos em prova.

9. (FGV/Técnico/ALBA/2014) Uma empresa tinha em 31/12/2013 três


terrenos:

• O terreno A, destinado à venda, estava contabilizado a R$200.000,00 no


Ativo Circulante.
• O terreno B, destinado ao uso, estava contabilizado a R$100.000,00 no
Ativo Imobilizado.
• O terreno C, destinado ao uso, estava contabilizado a R$400.000,00 no
Ativo Imobilizado.
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Em janeiro de 2014, esta empresa realizou uma reestruturação,


transferindo os três terrenos para a conta Propriedades para Investimento,
com o objetivo de valorizar o capital. Aplicando o valor justo, a empresa
constatou que os valores dos terrenos A, B e C eram, respectivamente, R$
250.000,00, R$ 200.000,00 e R$ 300.000,00.
A contrapartida do reconhecimento do valor justo dos terrenos A, B e C
deve ser reconhecida, respectivamente, em
a) resultado, resultado e resultado.
b) ajustes de avaliação patrimonial, resultado e resultado.
c) resultado, ajustes de avaliação patrimonial e ajustes de avaliação
patrimonial.

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d) ajustes de avaliação patrimonial, ajustes de avaliação patrimonial e


ajustes de avaliação patrimonial.
e) resultado, ajustes de avaliação patrimonial e resultado.

O que dizer da FGV, né pessoal! Simplesmente magnífica! Trata-se da


banca que atualmente mais explora os detalhes dos CPCs. Para quem se
prepara em alto nível é excelente. Para quem “brinca de estudar” é uma
M...

Olha que questão interessante. Ela trata justamente desses requisitos


previstos pelo CPC 28 quando ocorre transferência e há diferença entre o
valor contábil e o valor justo.

A questão nos fornece informações sobre três terrenos:

Terreno Destinação Valor Contábil Valor Justo Diferença


A Venda 200.000,00 250.000,00 aumento
(estoque)
B Uso 100.000,00 200.000,00 aumento
C Uso 400.000,00 300.000,00 diminuição

Assim, o tratamento a ser dado a cada um desses terrenos é o seguinte:

Terreno A  por se tratar de um terreno destinado à venda, ou seja,


enquadrado como uma transferência de estoque para propriedade de
investimento, devemos aplicar a seguinte regra acima estudada:

d) Para uma transferência de estoque para propriedade para investimento


que seja escriturada pelo valor justo, qualquer diferença entre o valor
justo da propriedade nessa data e o seu valor contábil anterior deve ser
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reconhecida no resultado (receita ou despesa).

Logo, a diferença será reconhecida no resultado. Nesse caso, seria uma


receita, pois o valor justo está maior que o valor contábil.

Terrenos B e C  por se tratarem de terrenos destinados ao uso, ou seja,


enquadrados como uma transferência de um imóvel ocupado pelo
proprietário para propriedade para investimento, devemos aplicar a
seguinte regra acima estudada:

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(a) qualquer diminuição resultante no valor contábil da propriedade é


reconhecida no resultado (despesa). Porém, até o ponto em que a
quantia esteja incluída em reavaliação anteriormente procedida nessa
propriedade, a diminuição é debitada contra esse excedente de reavaliação

Observação: Como a Lei das SAs não permite reavaliação essa ressalva do
CPC 28 não tem aplicabilidade prática.

(b) qualquer aumento resultante no valor contábil é tratado como se


segue:

(i) até o ponto em que o aumento reverta perda anterior por


impairment dessa propriedade, o aumento é reconhecido no
resultado (receita). A quantia reconhecida no resultado não pode
exceder a quantia necessária para repor o valor contábil para o valor
contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação) caso
nenhuma perda por impairment tivesse sido reconhecida;

(ii) qualquer parte remanescente do aumento é creditada


diretamente no patrimônio líquido, em ajustes de avaliação
patrimonial, como parte dos outros resultados abrangentes.

Observe que para o terreno B tivemos um aumento. Logo, como não há


informações quanto a perdas anteriormente reconhecidas, esse aumento
deve ser creditado diretamente no PL, em ajustes de avaliação patrimonial,
aplicação do item (ii) acima.

Já para o terreno C tivemos uma diminuição e, portanto, devemos


reconhecer a diferença no resultado como uma despesa.
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Resumindo, temos:

Terreno A  Resultado
Terreno B  AAP
Terreno C  Resultado

Gabarito: E

Galera, para facilitar nosso estudo vamos ver um esqueminha rápido para
resolver questões sobre esse assunto?

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Contabilização das diferenças entre o valor contábil e o valor justo


nos processos de transferências de imóveis para propriedade para
investimento

Até o ponto em que o


RESULTADO
aumento reverta perda
anterior por impairment (Receita)
Aumento
(VC < VJ)
AJUSTE DE
Imóvel ocupado pelo AVALIAÇÃO
Parte remanescente do
proprietário PATRIMONIAL
aumento
(destinado ao uso) (PL)

Diminuição RESULTADO
(VC > VJ) (Despesa)

Aumento RESULTADO
(VC < VJ) (Receita)

Estoque
(imóvel destinado à venda)
Diminuição RESULTADO
(VC > VJ) (Despesa)
VC = Valor Contábil
VJ = Valor Justo 01699177899

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ALIENAÇÃO

Segundo o CPC 28, a propriedade para investimento deve ser baixada


(eliminada do balanço patrimonial) na alienação ou quando a propriedade
para investimento for permanentemente retirada de uso e nenhum
benefício econômico for esperado da sua alienação.

O CPC 28 informa que a alienação de propriedade para investimento pode


ser alcançada pela venda ou pela celebração de arrendamento
financeiro.

O CPC 28 destaca que os ganhos ou perdas provenientes da retirada ou


alienação de propriedades para investimento devem ser determinados
como a diferença entre os valores líquidos da alienação e o valor contábil
do ativo e devem ser reconhecidos no resultado no período da retirada
ou da alienação.

No que se refere ao montante a ser recebido com a alienação de uma


propriedade para investimento, o CPC 28 estabelece que esse montante é
inicialmente reconhecido pelo valor justo. Em particular, se o
pagamento de uma propriedade para investimento for diferido, a
contraprestação recebida é reconhecida inicialmente pelo equivalente ao
preço à vista. A diferença entre a quantia nominal da contraprestação e o
equivalente ao preço a dinheiro é reconhecida como receita de juros usando
o método do juro efetivo.

DIVULGAÇÃO
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Nos termos do CPC 28, a entidade deve divulgar:

a) se aplica o método do valor justo ou o método do custo;

b) caso aplique o método do valor justo, se, e em que circunstâncias os


interesses em propriedade mantidos em arrendamentos operacionais são
classificados e contabilizados como propriedade para investimento;

c) quando a classificação for difícil, os critérios que usa para distinguir


propriedades para investimento de propriedades ocupadas pelo proprietário
e de propriedades mantidas para venda no curso ordinário dos negócios;

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d) a extensão até a qual o valor justo da propriedade para investimento


(tal como mensurado ou divulgado nas demonstrações contábeis) se baseia
em avaliação de avaliador independente que possua qualificação
profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente no
local e na categoria da propriedade para investimento que está sendo
avaliada. Se não tiver havido tal avaliação, esse fato deve ser divulgado;

e) as quantias reconhecidas no resultado para:


(i) lucros de rendas de propriedade para investimento;
(ii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção)
provenientes de propriedades para investimento que tenham gerado
rendas durante o período;
(iii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção)
provenientes de propriedades para investimento que não tenham gerado
rendas durante o período; e
(iv) a alteração cumulativa no valor justo reconhecido nos resultados com
a venda de propriedade para investimento de um conjunto de ativos em
que se usa o método do custo para um conjunto em que se usa o método
do valor justo.

f) a existência e quantias de restrições sobre a capacidade de realização de


propriedades para investimento ou a remessa de lucros e recebimentos de
alienação;

g) obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver


propriedades para investimento ou para reparos, manutenção ou
aumentos.

Além das divulgações exigidas anteriormente, o CPC 28 informa que a


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entidade que aplique o método do valor justo deve divulgar a conciliação


entre os valores contábeis da propriedade para investimento no início e no
fim do período.

Já a entidade que aplique o método do custo, deve divulgar:

a) os métodos de depreciação usados;


b) as vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas;
c) o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (agregada com as
perdas por impairment acumuladas) no início e no fim do período;

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d) a conciliação do valor contábil da propriedade para investimento no início


e no fim do período.

e) o valor justo das propriedades para investimento. Nos casos


excepcionais, quando a entidade não puder mensurar o valor justo da
propriedade para investimento com confiabilidade, ela deve divulgar:
(i) descrição da propriedade para investimento;
(ii) explanação da razão pela qual o valor justo não pode ser determinado
com confiabilidade; e
(iii) se possível, o intervalo de estimativas dentro do qual seja altamente
provável que o valor justo venha a recair.

Pessoal, não encontrei exigências sobre esses detalhes sobre divulgação


previstos no CPC 28. Uma leitura atenta creio que seja suficiente para
enfrentar alguma exigência.

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Resumo da Aula

As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para valorização do capital ou para
ambas, e por isso classificadas no subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante.

Exemplos de propriedades para investimento


Terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso
ordinário dos negócios;
Terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade não tiver determinado que
usará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário
do negócio, o terreno é considerado como mantido para valorização do capital);
Edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento financeiro) e que
seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
Edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais arrendamentos
operacionais;
Propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização como propriedade para
investimento.
Exemplos de itens que não são propriedades para investimento
Propriedades para Investimento (CPC 28)

Propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias de construção ou


desenvolvimento para tal venda, como, por exemplo, propriedade adquirida exclusivamente com vista à
alienação subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;
Propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros;
Propriedade ocupada pelo proprietário, incluindo (entre outras coisas) propriedade mantida para uso
futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para desenvolvimento futuro e
uso subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados
(paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de
alienação;
Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.

Imóveis para aluguel

Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a depender da
finalidade desse aluguel. Será classificado no imobilizado (aplicação do CPC 27) quando o aluguel estiver
relacionado às atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse sentido abaixo). Caso o
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aluguel não esteja relacionado com as atividades da empresa classificamos como investimentos (propriedade
para investimento, aplicação do CPC 28).

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RECONHECIMENTO

A propriedade para investimento deve ser reconhecida como ativo quando, e apenas quando:
a) for provável que os benefícios econômicos futuros associados à propriedade para investimento fluirão para
a entidade; e
b) o custo da propriedade para investimento possa ser mensurado confiavelmente.

O CPC 28 destaca que a entidade não reconhece no valor contábil da propriedade para investimento os custos
de serviços diários da propriedade.

MENSURAÇÃO NO RECONHECIMENTO

Segundo o CPC 28, a propriedade para investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu custo. Os custos
de transação devem ser incluídos na mensuração inicial.
Propriedades para Investimento (CPC 28)

O CPC 28 destaca que o custo de uma propriedade para investimento comprada compreende o seu preço de
compra e qualquer dispêndio diretamente atribuível.

MENSURAÇÃO APÓS RECONHECIMENTO

Política Contábil

Segundo o CPC 28, a entidade deve escolher como sua política contábil ou o método do valor justo ou o
método do custo e deve aplicar essa política a todas as suas propriedades para investimento.
Método do Valor Justo

Segundo o CPC 28, após o reconhecimento inicial, a entidade que escolhe o método do valor justo deve
mensurar todas as suas propriedades para investimento pelo valor justo, exceto quando o valor justo da
propriedade para investimento não é mensurável com confiabilidade em base contínua.

Ademais, o CPC 28 informa que o ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de propriedade
para investimento deve ser reconhecido no resultado do período em que ocorra.
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Método do Custo

Segundo o CPC 28, após o reconhecimento inicial, a entidade que escolher o método do custo deve obedecer os
requisitos do CPC 27 para esse método, exceto para as propriedades que satisfaçam os critérios de classificação
como mantidas para venda.

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TRANSFERÊNCIA
Propriedades para Investimento (CPC 28)

ALIENAÇÃO

A alienação de propriedade para investimento pode ser alcançada pela venda ou pela celebração de
arrendamento financeiro.

Os ganhos/perdas (diferença entre os valores líquidos da alienação e o valor contábil do ativo) devem ser
reconhecidos no resultado.

Montante a ser recebido com a alienação  reconhecido pelo valor justo.


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Lista das questões apresentadas na aula

1. (VUNESP/Assistente Contábil/CRO-SP/2015) As propriedades para


investimento são mantidas pelo proprietário ou arrendatário para obtenção
de rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e por isso serão
classificadas
a) no ativo permanente.
b) no grupo de investimentos, dentro do realizável a longo prazo.
c) no subgrupo do imobilizado, dentro do ativo não circulante.
d) no subgrupo investimentos, dentro do ativo não circulante.
e) no subgrupo investimentos, dentro do ativo circulante.

2. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2016.2) De acordo com a NBC


TG 28 (R3) – PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO, NÃO é exemplo de
propriedade para investimento:
a) propriedade arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.
b) terreno mantido para futuro uso correntemente indeterminado.
c) terreno mantido para valorização de capital a longo prazo.
d) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura
utilização como propriedade para investimento.

3. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Técnico/2013.1) Marque a opção que


apresenta o exemplo de propriedade para investimento, segundo a NBC TG
28 - Propriedade para Investimento.
a) Propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação.
b) Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento
financeiro.
c) Terrenos destinados à venda no decurso ordinário das atividades ou em
vias de construção ou desenvolvimento para tal venda.
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d) Terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo, e não para


venda a curto prazo, no curso ordinário dos negócios.

4. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa


Venus S.A., fabricante de peças para automóveis, adquiriu um terreno para
aproveitar a valorização que o mercado aquecido está permitindo. A Venus
também aluga o prédio lateral de sua fábrica para a Holding do Grupo
ocupar com as suas atividades administrativas. Dessa forma, esses eventos
devem ser contabilizados, respectivamente, como
a) propriedades para investimento e arrendamento mercantil.
b) imobilizado e imobilizado.
c) propriedade para investimento e propriedade para investimento.

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d) investimento e propriedade para investimento.


e) propriedade para investimento e imobilizado.
5. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF1/2011) Denomina-se
propriedade para investimento

a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em


vias de construção ou desenvolvimento para tal venda.
b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação
subsequente, no futuro próximo, ou para desenvolvimento e revenda.
c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros.
d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento
financeiro.
e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para
venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios.

6. (FCC/ISS-Recife/2014) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um


prédio ao lado de sua fábrica, por R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos
são alugados para funcionários da entidade que são originalmente, de fora
do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os apartamentos devem
ser evidenciados no subgrupo.
a) Ativo circulante
b) ativo realizável a longo prazo
c) investimentos
d) Imobilizado;
e) Patrimônio líquido

7. (CESPE/Técnico do Ministério Público da União/Apoio


Especializado/Controle Interno/2010) Julgue o item que se segue acerca de
evidência e contabilização de operações típicas de entidades comerciais.
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A propriedade para investimento deve ser mensurada, inicialmente, pelo


valor médio de mercado, que é seu valor justo na ocasião.

8. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2014.2) De acordo com a NBC


TG 28 (R1) Propriedade para Investimento, julgue os itens abaixo como
Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. No reconhecimento inicial, a propriedade para investimento deve ser


mensurada pelo seu custo, que inclui os custos de transação.

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II. As propriedades para investimento avaliadas pelo método do custo e


não classificadas como mantidas para a venda estão sujeitas a cálculo e
registro contábil de Depreciação Acumulada, de acordo com os requisitos
da NBC TG 27 (R1) Ativo Imobilizado.

III. Se a entidade tiver previamente mensurado a propriedade para


investimento pelo valor justo, ela poderá passar a mensurar tal propriedade
pelo método do custo, caso os preços do mercado se tornem menos
prontamente disponíveis.

A sequência CORRETA é:
a) V, V, F.
b) F, V, F.
c) F, F, V.
d) V, F, V.

9. (FGV/Técnico/ALBA/2014) Uma empresa tinha em 31/12/2013 três


terrenos:

• O terreno A, destinado à venda, estava contabilizado a R$200.000,00 no


Ativo Circulante.
• O terreno B, destinado ao uso, estava contabilizado a R$100.000,00 no
Ativo Imobilizado.
• O terreno C, destinado ao uso, estava contabilizado a R$400.000,00 no
Ativo Imobilizado.

Em janeiro de 2014, esta empresa realizou uma reestruturação,


transferindo os três terrenos para a conta Propriedades para Investimento,
com o objetivo de valorizar o capital. Aplicando o valor justo, a empresa
constatou que os valores dos terrenos A, B e C eram, respectivamente, R$
01699177899

250.000,00, R$ 200.000,00 e R$ 300.000,00.


A contrapartida do reconhecimento do valor justo dos terrenos A, B e C
deve ser reconhecida, respectivamente, em
a) resultado, resultado e resultado.
b) ajustes de avaliação patrimonial, resultado e resultado.
c) resultado, ajustes de avaliação patrimonial e ajustes de avaliação
patrimonial.
d) ajustes de avaliação patrimonial, ajustes de avaliação patrimonial e
ajustes de avaliação patrimonial.
e) resultado, ajustes de avaliação patrimonial e resultado.

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