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Direito Tributário Especial Profa.

Vanessa Kamel

IMPOSTOS EM ESPÉCIE

2- Impostos de competência dos Municípios e do DF (Art. 156 CF)


I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
II - Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI);
III- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)

I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU)

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel;

- O IPTU, por sua vez, possui característica predominantemente fiscal, com o advento da EC 29/00, tornou-
se possível a progressividade das alíquotas do IPTU, com base no valor do imóvel, essa é a denominada
progressividade fiscal do IPTU.
Portanto, se a progressividade ocorre com base no valor dos imóveis, podemos dizer que é possível que o
município cobre alíquotas maiores para imóveis urbanos mais "caros". Atrelada ao P. da Capacidade
Contributiva. Progressividade fiscal, prevista no art. 182, § 4.º, II, da CF/1988, quanto mais tempo mantida a
situação agressiva à finalidade social da propriedade, maior será a alíquota aplicável no lançamento do
IPTU.

Trata-se, portanto, da progressividade fiscal do IPTU, cujo objetivo é estimular o cumprimento da função
social da propriedade, sob pena da progressão do tributo incidente sobre o imóvel.

alíquota vai ser progressiva em função do valor do imóvel ou mesmo com o passar do tempo, caso se
descumpram as imposições do Município sobre o aproveitamento do solo urbano (progressividade fiscal das
aliquotas)
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II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

incluiu o inciso II, no § 1°, do art. 156, da CF/88, que as alíquotas do IPTU sejam diferentes de acordo com a
localização e o uso do imóvel.

Esta diferenciação pode ser, por exemplo, entre imóveis localizados em zona nobre ou popular, imóveis
edificados ou não, destinados a uso residencial ou comercial.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição;

ITBI (M-DF) ITCMD (E-DF)


transmissões inter vivos a título gratuito (doação)
transmissão inter vivos por ato oneroso
transmissões causa mortis sucessão hereditária
a título gratuito
Bens imóveis Bens moveis e imoveis

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a
compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

II - compete ao Município da situação do bem.

o Município competente para a cobrança desse imposto é aquele onde se situa o bem. Por exemplo, se o
vendedor mora no RJ, vende seu apartamento de situado em SP, o imposto caberá ao RJ, pois é onde se encontra
localizado o imóvel.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

compete aos Municípios instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no
campo de incidência do ICMS, desde que estejam definidos em lei comp lementar LC 116/2003.
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A lei complementar define os serviços tributáveis pelo ISS. A instituição do tributo, todavia, ocorre por
meio de lei ordinária municipal.

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:

cabe à lei complementar

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

No tocante à fixação de alíquotas máximas e mínimas, cumpre ressaltar que o objetivo foi evitar a
tributação excessiva (alíquotas máximas) e também a guerra fiscal (alíquotas mínimas).
Destaque-se que, não obstante tenha sido fixado a alíquota máxima de 5% pela lei complementar, não
houve fixação do limite mínimo, de sorte que continua valendo as disposições do art. 88 do ADCT, que
determina que o ISS terá alíquota mínima de 2%.

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

Seguindo a linha do § 3° do art. 156, o legislador constituinte conferiu à lei complementar a capacidade de
isentar as exportações de serviços para o exterior do ISS.

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.

Também ficou a cargo da lei complementar regular a forma e as condições como as isenções, incentivos
e os benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

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