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Noções de AFO

Prof. Lucas Silva


Noções de AFO

Professor Lucas Silva

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Conteúdo

NOÇÕES DE AFO: Orçamento Público: Conceito; Exercício Financeiro; Ciclo Orçamentário; Pla-
nejamento e Orçamento na CF: PPA, LDO e LOA; Prazos de Envio e Devolução: PPA, LDO e LOA;
Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária; Princípios Orçamentários; Receitas Públi-
cas; Despesas Públicas; Créditos Adicionais; Restos a Pagar; Despesas de Exercícios Anteriores;
Suprimentos de Fundos; Características do Orçamento Público (Orçamento Clássico, Por De-
sempenho, Orçamento Programa e Orçamento Base Zero)

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Noções de AFO

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA

ORÇAMENTO PÚBLICO

Orçamento Público = Instrumento de Planejamento e Execução das Finanças Públicas.


Por que é importante?
•• Para evitar desequilíbrios nas finanças públicas;
•• Para que receitas e despesas estejam equilibradas.

Pontos de Atenção em relação ao orçamento no Brasil:


•• Lei de iniciativa do Poder Executivo;

Onde Quem faz


Na União Presidente da República
Nos Estados Governador
Nos Municípios Prefeito

•• Aprovada pelo Legislativo;

Onde Quem aprova


Na União Congresso Nacional
Nos Estados Assembleia Legislativa Estadual
Nos Municípios Câmara Municipal de Vereadores

•• Estima receitas e fixa despesas a serem executadas em um exercício financeiro;


•• Exercício Financeiro = Período em que as receitas previstas serão arrecadadas e as
despesas fixadas serão executadas pelo ente público;
•• Lei nº 4.320/1964: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

EXERCÍCIO FINANCEIRO = ANO CIVIL


Ou seja, a lei que irá instituir o “Orçamento” terá vigência de 1 ano (1 Exercício Financeiro).
Essa lei (que constitui o orçamento) é conhecida como “Lei Orçamentária Anual (LOA)”.

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PONTOS DE ATENÇÃO

ERRADO CORRETO
Fixa receitas e despesas Estima receitas e fixa despesas

ERRADO CORRETO
A LOA da União será executada
Cada ente da federação terá a sua LOA
por todos os entes da federação

ERRADO CORRETO
Orçamento Público é
Orçamento Público é uma LEI
Ato Administrativo do Executivo

CICLO ORÇAMENTÁRIO

O ciclo orçamentário é dividido em 4 diferentes etapas, conforme ilustração abaixo:

1. Elaboração do Projeto: Formalização da proposta de orçamento, que servirá de base para


o projeto de lei.
2. Apreciação, Aprovação, Sanção e Publicação: Esse projeto de lei, anteriormente elabora-
do, será discutido, aprovado (talvez emendado) e aprovado pelo Legislativo. Após isso, o
executivo sanciona e publica.
3. Execução: É o processo no qual as receitas são arrecadadas e as despesas são realizadas
dentro de um exercício financeiro.
4. Acompanhamento e Avaliação: Exercício dos controles interno e externo.

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Questões

1. (37732) CESPE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 3. Fixa o montante dos recursos a serem


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA aplicados por entidades privadas na conse-
cução dos seus programas de trabalho.
O orçamento é o mais eficaz instrumento de
verificação prévia da utilização dos recursos Assinale a alternativa que indica todas as
públicos visto que, além de passar pela apro- afirmativas corretas.
vação dos representantes políticos da po-
pulação, fixa tetos para as despesas, que só a) É correta apenas a afirmativa 2.
podem ser realizadas mediante prévio em- b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
penho e, conforme o caso, após licitação. c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
( ) Certo   ( ) Errado e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

4. (86732) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO


2. (49811) FCC – 2004 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
No que se refere ao ciclo orçamentário, jul-
A elaboração da proposta orçamentária gue o item.
pública, segundo a Constituição Federal de
1988, é de competência privativa do chefe A elaboração do orçamento inicia-se com a
do: fixação da despesa.
a) Ministério da Fazenda. ( ) Certo   ( ) Errado
b) Poder Legislativo.
c) Poder Judiciário.
d) Ministério do Planejamento. 5. (86737) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
e) Poder Executivo. FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Com relação ao orçamento público e às suas
3. (77192) FEPESE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO aplicações no cenário brasileiro, julgue o
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA item a seguir.
Considere as seguintes afirmativas sobre as No momento da promulgação da lei orça-
características do Orçamento Público: mentária anual, encerra-se a participação do
1. Consiste no ato administrativo revestido Congresso Nacional no ciclo orçamentário.
de força legal que estabelece um conjunto ( ) Certo   ( ) Errado
de ações a serem realizadas.
2. É realizado durante um período de tempo
determinado, estimando o montante das
fontes de recursos a serem arrecadados pe-
los órgãos e pelas entidades públicas.

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Gabarito: 1. (37732) Certo 2. (49811) E 3. (77192) B 4. (86732) Errado 5. (86737) Errado

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INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

A Constituição Federal define como instrumentos de planejamento do orçamento os abaixo


descritos:
•• Plano Plurianual (PPA);
•• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
•• Lei Orçamentária Anual (LOA).
CF – Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Vamos entender a função de cada um desses instrumentos.

PLANO PLURIANUAL (PPA)


CF – Art. 165. § 1º – A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
•• O PPA é o instrumento de planejamento estratégico da Administração Pública.
•• NÃO coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo.
•• Possui vigência de 4 anos.
•• PPA = Macro-objetivos a serem alcançados no período de 4 anos.

ERRADO CORRETO
Forma Setorial Forma Regionalizada
Metas e Prioridades Diretrizes, Objetivos e Metas
Despesas Correntes Despesas de Capital

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)


•• Faz o “meio de campo” entre a PPA e a LOA;
•• Com base nos objetivos traçados na PPA, orienta a elaboração da LOA;
CF – Art. 165. § 2º – A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

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•• A principal função da LDO é destacar o que é meta e prioridade para ser executado no
exercício seguinte, orientando a elaboração da LOA;
•• Deverá dispor sobre alterações na legislação tributária;
•• Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)


CF – Art. 165 § 5º – A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.
•• A LOA é uma única peça legislativa, porém contempla 3 orçamentos:
•• ORÇAMENTO FISCAL
•• ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
•• ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
•• Orçamento Fiscal: Contempla todos os poderes da União, seus órgãos de
administração direta, autarquias, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo
poder público. Também estão nesse orçamento as empresas estatais dependentes.
•• Orçamento de Investimento: Contempla as empresas estatais NÃO dependentes.
•• Orçamento da Seguridade Social: Contempla a Previdência Social, Assistência
Social e Saúde.

PRAZOS PARA ENVIO E DEVOLUÇÃO DOS PROJETOS DE LEI ORÇAMENTÁRIAS

Prazos para envio no âmbito da União:

Projeto ENVIO (Executivo para Legislativo) DEVOLUÇÃO (Legislativo para Executivo)


Até 4 meses antes do encerramento do 1º Até encerramento da sessão legislativa
PPA
exercício financeiro do Chefe do Executivo (22/12)
Até 8,5 meses antes do encerramento do Até encerramento do primeiro período da
LDO
exercício financeiro sessão legislativa (17/07)
Até 4 meses antes do encerramento do Até encerramento da sessão legislativa
LOA
exercício financeiro (22/12)

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VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS

Art. 167 da Constituição Federal São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual.
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais.
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo.
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º.
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I,
a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.

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§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem
os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no
inciso VI deste artigo.

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Questões

1. (49765) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO d) contabilidade pública.


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA e) programa de governo.
A Constituição Federal dispõe que há uma 4. (49777) FCC – 2006 – ADMINISTRAÇÃO
espécie de orçamento que "compreenderá FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capi- O orçamento da seguridade social deve
tal para o exercício financeiro subsequente, abranger, sem exceção, as seguintes fun-
orientará a elaboração da lei orçamentária ções:
anual, disporá sobre as alterações na legis-
lação tributária e estabelecerá a política de a) assistência social, saúde e saneamento.
aplicação das agências financeiras oficiais b) assistência social, saúde e previdência
de fomento". social.
c) saúde, saneamento e trabalho.
A Constituição está se referindo d) saúde, educação e saneamento.
e) assistência social, educação e previdên-
a) ao orçamento fiscal. cia social.
b) ao plano plurianual.
c) ao orçamento da seguridade social. 5. (49784) FCC – 2006 – ADMINISTRAÇÃO
d) à lei de diretrizes orçamentárias. FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
e) ao orçamento de investimento das em-
presas estatais. De acordo com o artigo 165, a Lei de Dire-
trizes Orçamentárias (LDO) compreenderá:
2. (49769) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA a) o orçamento fiscal referente aos pode-
res da União, seus fundos, órgãos e en-
Constará da Lei Orçamentária Anual tidades da administração direta e indi-
reta.
a) Anexo de Riscos Fiscais. b) o orçamento de investimento das em-
b) Relatório da Gestão Fiscal. presas nas quais a União tenha a maio-
c) Orçamento da Seguridade Social. ria do capital social.
d) Orçamento Monetário do Banco Central. c) as despesas de capital para o exercício
e) Anexo de Metas Fiscais. financeiro subseqüente.
d) as metas e prioridades da administra-
3. (49774) FCC – 2004 – ADMINISTRAÇÃO ção federal da União, dos Estados e dos
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA Municípios.
O instrumento que contém a previsão de e) o orçamento da seguridade social,
receita e a fixação da despesa para um de- abrangendo todos os órgãos e entida-
terminado exercício, elaborado em conso- des a ela vinculados.
nância com a LDO – Lei de Diretrizes Orça-
mentárias, é denominado: 6. (49785) FCC – 2004 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
a) leverage financeiro.
b) cash-flow. Os planos e orçamentos públicos previstos
c) orçamento público. na legislação brasileira vigente são:

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a) plano mestre da produção, das necessi- que foram planejados visando ao atendi-
dades de capacidade e de materiais. mento e bem-estar da coletividade.
b) diretrizes orçamentárias, orçamentos
anuais e plano plurianual. III – A Lei de Diretrizes Orçamentárias com-
c) plano estratégico, plano tático, orçamen- preenderá as metas e prioridades plurianu-
to mestre e orçamento operacional. ais da administração pública.
d) orçamento estático, participativo e hie- IV – A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a
rárquico. finalidade de nortear a elaboração dos orça-
e) orçamento fiscal, de investimentos pri- mentos anuais de forma a adequá-los às di-
vados e da seguridade social. retrizes, objetivos e metas da administração
pública, estabelecidos no Plano Plurianual.
7. (55013) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA V – O Plano Plurianual é um plano de médio
prazo, através do qual procura-se ordenar
A Constituição Federal de 1988 dispõe que as ações do governo que levem à realização
a Lei Orçamentária Anual deve compreen- dos objetivos e metas fixadas para um perí-
der três orçamentos: o de Investimentos em odo de quatro anos.
Empresas, o Fiscal e o de Seguridade Social.
Estão corretas SOMENTE:
( ) Certo   ( ) Errado
a) II, III e IV.
b) I e V.
8. (55078) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO c) I, II, IV e V.
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA d) I e III.
e) II, III e IV e V.
Nos termos da Constituição Federal de
1988, o instrumento de planejamento que 10. (55157) ESAF – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
deve estabelecer as diretrizes relativas aos FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
programas de duração continuada é:
A respeito dos prazos relativos à elaboração
a) a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias; e tramitação da lei que institui o Plano Plu-
b) o Anexo de Metas Fiscais; rianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamen-
c) a LOA – Lei Orçamentária Anual; tárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual –
d) o Anexo de Riscos Fiscais; LOA, é correto afirmar:
e) o PPA – Plano Plurianual.
a) o projeto de PPA será encaminhado até
9. (55158) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO cinco meses antes do término do exer-
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA cício em que inicia o mandato do Pre-
sidente da República, enquanto a LOA
Com relação ao Orçamento Público no Bra- deve ser encaminhada até quatro me-
sil, considere ao afirmativas abaixo. ses antes do término do exercício.
b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao
I – A Lei Orçamentária Anual inclui o orça- Congresso Nacional até quatro meses an-
mento fiscal, o orçamento da seguridade tes do término do exercício financeiro e o
social e o orçamento de investimento das projeto aprovado da LDO deve ser devol-
empresas estatais, direta ou indiretamente, vido para sanção até o encerramento do
controladas pela União. primeiro período da sessão legislativa.
II – A lei dos orçamentos anuais é o instru- c) os projetos de PPA e de LDO devem ser
mento utilizado para a consequente mate- encaminhados juntos até seis meses
rialização do conjunto de ações e objetivos antes do término do exercício uma vez
que há conexão entre eles.

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d) a Constituição Federal determina que 13. (89402) ESAF – 2009 – ADMINISTRAÇÃO FI-
esses projetos de lei são encaminhados NANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
ao Congresso Nacional de acordo com
as necessidades do Poder Executivo, ex- Segundo disposição da Constituição Federal
ceto no último ano de mandato do titu- de 1988, as diretrizes e metas da adminis-
lar do executivo. tração pública, para as despesas de capital,
e) os projetos de LDO e de LOA devem são definidas no seguinte instrumento:
ser encaminhados ao Congresso Nacio- a) em lei ordinária de ordenamento da ad-
nal até seis meses antes do término do ministração pública.
exercício e devolvidos para sanção até o b) na lei que institui o plano plurianual.
encerramento da sessão legislativa. c) na lei orçamentária anual.
d) na lei de diretrizes orçamentárias.
11. (55154) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO e) no decreto de programação fi nanceira
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA do poder executivo.
A lei que instituir o Plano Plurianual estabe-
lecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, 14. (89420) ESAF – 2008 – ADMINISTRAÇÃO
objetivos e metas da administração pública FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
federal para as despesas. A Constituição Federal instituiu o Plano Plu-
a) correntes e outras delas decorrentes e rianual – PPA e a Lei de Responsabilidade
para as relativas aos programas de du- Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000) rati-
ração continuada. ficou sua obrigatoriedade para todos os en-
b) de capital e outras delas decorrentes e tes da federação. De acordo com a Consti-
para as relativas aos programas de du- tuição e os últimos planos aprovados para o
ração predeterminada. governo federal, indique a opção incorreta.
c) de capital e outras delas decorrentes e a) Toda ação fi nalística do Governo Fede-
para as relativas aos programas de du- ral deverá ser estruturada em Progra-
ração continuada. mas orientados para a consecução dos
d) correntes e outras delas decorrentes e objetivos estratégicos defi nidos para o
para as relativas aos programas-meio período do Plano Plurianual.
do governo. b) A regionalização prevista na Constitui-
e) de capital e outras delas decorrentes e ção Federal considera, na formulação,
para as relativas aos projetos de investi- apresentação, implantação e avaliação
mentos. do Plano Plurianual, as diferenças e de-
sigualdades existentes no território bra-
12. (86721) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO sileiro.
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA c) Após a Constituição Federal, não há
No que se refere aos princípios de plane- mais a possibilidade da existência de
jamento e de orçamento público, julgue o planos e programas nacionais, regionais
item seguinte. e setoriais, devendo ser consolidado
em um único instrumento de planeja-
A Constituição Federal de 1988 determina mento que é o PPA.
que o orçamento fiscal inclua todos os po- d) A Constituição Federal remete à lei com-
deres da União, seus fundos, órgãos e en- plementar a disposição sobre a vigência,
tidades da administração direta e indireta. os prazos, a elaboração e a organização
do PPA e, enquanto não for editada a re-
( ) Certo   ( ) Errado ferida lei, segue-se o disposto no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.

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e) Na estrutura dos últimos planos pluria- 16. (94813) ESAF – 2009 – ADMINISTRAÇÃO
nuais da União, as metas representam FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
as parcelas de resultado que se preten-
de alcançar no período de vigência do O orçamento público pode ser entendi-
PPA. do como um conjunto de informações que
evidenciam as ações governamentais, bem
15. (94772) ESAF – 2012 – ADMINISTRAÇÃO como um elo capaz de ligar os sistemas de
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA planejamento e finanças. A elaboração da
Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a
Assinale a opção incorreta a respeito da Lei Constituição Federal de 1988, deverá espe-
Orçamentária Anual − LOA de que trata o lhar:
art. 165 da Constituição Federal.
a) exclusivamente os investimentos.
a) O efeito das remissões nas receitas das b) as metas fiscais somente para as despesas.
entidades deve constar de anexo ao c) a autorização para a abertura de crédi-
projeto de LOA. tos adicionais extraordinários.
b) O projeto da LOA é apreciado por co- d) as estimativas de receita e a fixação de
missão mista do Congresso Nacional. despesas.
c) Empresas em que a detenção da maio- e) a autorização para criação de novas taxas.
ria do capital pela União for de forma
indireta não integra o orçamento.
d) Autorização para a abertura de créditos
suplementares contida na LOA não fere
dispositivo constitucional.
e) Entidades da administração indireta in-
tegram o orçamento fiscal

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Gabarito: 1. (49765) D 2. (49769) C 3. (49774) C 4. (49777) B 5. (49784) C 6. (49785) B 7. (55013) Errado 8. (55078) E
9. (55158) C 10. (55157) B 11. (55154) C 12. (86721) Certo 13. (89402) B 14. (89420) C 15. (94772) C 16. (94813) D

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Os princípios orçamentários são premissas a serem observadas na criação de cada proposta


orçamentária.

UNIVERSALIDADE
Segundo esse princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as
despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas
pelo poder público. Esse princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964,
recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF.

ANUALIDADE OU PERIODICIDADE
Conforme esse princípio, o exercício financeiro é o período de tempo ao qual se referem a
previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA. Este princípio é mencionado
no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964. Segundo o art. 34 dessa lei, o exercício financeiro
coincidirá com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).

EXCLUSIVIDADE
O princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da CF, estabelece que a LOA NÃO
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações
de crédito, ainda que por Antecipação de Receitas Orçamentárias (ARO), nos termos da lei.

ORÇAMENTO BRUTO
O princípio do orçamento bruto, previsto no art. 6º da Lei nº 4.320, de 1964, preconiza o regis-
tro das receitas e das despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.

LEGALIDADE
Não pode haver despesa pública sem antes ter ocorrido a autorização legislativa. O princípio da
legalidade afirma que o orçamento deve ser instituído por lei, bem como eventuais créditos
suplementares e especiais (tudo precisa ser aprovado pelo Legislativo).

PUBLICIDADE
Todos os atos relativos à atuação do Estado para a condução da “coisa pública” precisam ser
publicados para a população.

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UNIDADE ou TOTALIDADE
Todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma única peça legislativa. É um
facilitador para a gestão pública, pois evita a criação de diversas leis para um mesmo tema
(orçamento).

CLAREZA
O orçamento público, por tratar-se de matéria de interesse público, precisa ser claro e
compreensível para qualquer indivíduo.

ESPECIFICIDADE
Está previsto no art. 5º da Lei nº 4.320/1964, a qual instrui que o orçamento não consignará
dotações globais para atender às despesas.

QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS


Os créditos orçamentários não podem ser ilimitados. As autorizações de despesas contidas no
orçamento devem obedecer a limites (devem ser quantificadas).

UNIDADE DE TESOURARIA
O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. Ou seja, todo valor
arrecadado deve ser recolhido à Conta Única do Tesouro.

NÃO VINCULAÇÃO DE IMPOSTOS


Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF, esse princípio veda a vinculação da receita de
impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria CF:
Art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 42, de 19.12.2003);
[...]

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§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem


os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).

EQUILÍBRIO
Estabelece que a despesa fixada NÃO pode ser superior à receita prevista.
Deve haver, portanto, equilíbrio entre receita e despesa.

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO
Refere-se à obrigatoriedade da elaboração do Plano Plurianual (PPA) e de que todos os planos e
programas sejam elaborados e aprovados sendo compatíveis com esse PPA.
Surgiu a partir da instituição do Orçamento Programa, em que todas as despesas são inseridas
no orçamento sob a forma de um programa de trabalho.

NÃO ESTORNO
Também estabelecido pelo Art. 167, VI da CF, veda o remanejamento ou transferência de
verbas de um órgão para o outro ou a alteração da categoria de programação sem prévia
autorização legislativa.
Art. 167. São vedados:
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista
no inciso VI deste artigo.

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Questões

1. (37712) NCE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO d) É a visão pela qual o orçamento de in-


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA vestimento não ultrapassa as receitas
de capital dentro do exercício conside-
É vedado consignar na lei orçamentária cré- rado.
dito com finalidade imprecisa ou com dota- e) É o princípio pelo qual o montante da
ção ilimitada. despesa autorizada em cada exercício
( ) Certo   ( ) Errado financeiro não poderá ser superior ao
total de receitas estimadas para o mes-
mo período.
2. (37692) CESPE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 4. (49836) FCC – 2009 – ADMINISTRAÇÃO
A lei orçamentária anual (LOA), a lei das FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
diretrizes orçamentárias (LDO) e o plano A Lei nº 4.320/64, em seus artigos 3º e 4º,
plurianual (PPA) são instrumentos de plane- ao determinar que a lei de orçamento com-
jamento da ação governamental. Com rela- preenderá todas as receitas, inclusive as
ção às características desses instrumentos, operações de crédito autorizadas em lei, e
julgue o item a seguir. todas as despesas próprias dos órgãos do
É vedado o início de programas ou projetos governo e da administração centralizada,
não incluídos na LOA. ou que por intermédio deles se devam rea-
lizar, incorpora às suas disposições o princí-
( ) Certo   ( ) Errado pio orçamentário da:
a) exclusividade.
3. (37686) ESAF – 2009 – ADMINISTRAÇÃO b) unidade.
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA c) universalidade.
d) anualidade.
Assinale a opção verdadeira a respeito do e) especificação.
princípio orçamentário do equilíbrio.
a) É o princípio pelo qual as despesas fi- 5. (49844) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
xadas e as receitas estimadas são exe- FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
cutadas no exercício, cumprindo dessa O Princípio Orçamentário que estabelece
forma a disposição da lei orçamentária que seja vedada a vinculação de impostos
anual. a órgão, fundo ou despesa é denominado
b) O princípio do equilíbrio orçamentário Princípio da:
se verifica pela suficiência das receitas
correntes para cobrir as necessidades a) Unidade.
correntes e de capital. b) Universalidade.
c) Constitui equilíbrio orçamentário a c) Exclusividade.
coincidência dos valores estimados com d) Não-afetação das receitas.
os realizados da receita pública e os va- e) Especificação ou da Discriminação.
lores fixados e realizados da despesa.

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6. (35579) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO c) não afetação e quantificação dos crédi-
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA tos orçamentários;
d) legalidade;
A respeito do orçamento público brasileiro, e) vinculação dos créditos orçamentários.
julgue o item a seguir, com base nas disposi-
ções da Lei n.º 4.320/1964. 10. (86757) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
Segundo o princípio da unidade, cada ente FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
da Federação está obrigado a incluir em seu Caso uma prefeitura crie, por meio da vincu-
orçamento todas as receitas e despesas dos lação de receitas de impostos, uma garantia
poderes, órgãos, entidades, fundos e funda- de recursos para a colocação de asfalto em
ções instituídas e mantidas pelo respectivo todas as vias municipais, ela violará o princí-
ente. pio da não afetação de receitas.
( ) Certo   ( ) Errado ( ) Certo   ( ) Errado

7. (55014) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 11. (94056) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O Principio da discriminação ou especializa- Acerca das noções básicas de orçamento
ção trata da inserção de dotações globais na público e de administração financeira e or-
lei orçamentária, providência que propicia çamentária, julgue o item a seguir.
mais agilidade na aplicação dos recursos fi-
nanceiros. De acordo com o princípio da universalida-
de, o orçamento deve englobar todas as re-
( ) Certo   ( ) Errado ceitas e despesas do Estado para que seja
realizada a programação financeira de arre-
8. (55028) A CASA DAS QUESTÕES – 2011 – cadação de tributos necessários para custe-
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMEN- ar as despesas projetadas pelo governo.
TÁRIA ( ) Certo   ( ) Errado
O princípio orçamentário que estabelece
que devam constar do orçamento todas 12. (49857) FCC – 2003 – ADMINISTRAÇÃO
as receitas e despesas do ente público é o FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
princípio da especificação.
“Todas as receitas e despesas constarão da
( ) Certo   ( ) Errado Lei do Orçamento pelos seus totais, veda-
das quaisquer deduções”, constitui enuncia-
9. (55041) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO do do princípio orçamentário
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA a) da unidade.
O princípio orçamentário que define que b) da universalidade.
nenhuma parcela da receita de impostos c) da não-afetação da receita.
poderá ser posta em reserva para cobrir d) do orçamento bruto.
certos e específicos dispêndios, salvo as ex- e) da exclusividade.
ceções previstas em lei, é denominado prin-
cípio da:
a) reserva legal;
b) universalidade e unidade orçamentária;

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13. (49859) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 15. (107506) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A determinação “cada entidade de Governo Todas as receitas previstas e despesas fixa-
deve possuir um orçamento”, está contida das, em cada exercício financeiro, devem in-
no Princípio da tegrar um único documento legal dentro de
cada esfera federativa. A afirmativa refere-
a) Unidade. -se ao princípio orçamentário da
b) Universalidade.
c) Singularidade. a) especificação ou especialização.
d) Exclusividade. b) exclusividade.
e) Competência. c) anualidade ou periodicidade.
d) unidade ou totalidade.
14. (77148) FGV – 2008 – ADMINISTRAÇÃO e) independência e harmonia entre os Po-
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA deres.
A lei 4320/64 consagra princípios orçamen-
tários que cuidam de aspectos substanciais
a serem observados na elaboração do orça-
mento. Em relação ao princípio da especifi-
cação assinale a afirmativa correta.
a) As receitas e despesas devem aparecer
no orçamento de maneira discriminada
de tal forma que se possa saber, porme-
norizadamente, a origem dos recursos,
bem como a sua aplicação.
b) O orçamento deve ser elaborado de
maneira a conter todas as receitas e
despesas públicas, sem quaisquer de-
duções ou compensações entre deve-
dores e credores.
c) A lei orçamentária anual deverá conter
apenas matéria pertinente ao orçamen-
to público, excluindo-se quaisquer dis-
positivos estranhos à previsão da recei-
ta e à fixação das despesas, ressalvados
os casos previstos na legislação.
d) O orçamento compreende uma unida-
de que abrange as receitas e despesas
de todos os Poderes e Órgãos da Admi-
nistração Pública pelos seus totais, ob-
servada a discriminação quanto aos as-
pectos fiscais, sociais e previdenciários.
e) As receitas não poderão ter vinculação
com quaisquer despesas, órgãos ou
fundos, ressalvada a vinculação prevista
para as despesas com educação, saúde
e assistência social.

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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

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Gabarito: 1. (37712) Certo 2. (37692) Certo 3. (37686) E 4. (49836) C 5. (49844) D 6. (35579) Errado 7. (55014) Errado 
8. (55028) Errado 9. (55041) C 10. (86757) Certo 11. (94056) Certo 12. (49857) D 13. (49859) A 14. (77148) A 
15. (107506) D

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RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS

RECEITAS

Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do
Estado, que se desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades
de recursos financeiros para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam
apenas entradas compensatórias.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS


Ingressos de recursos financeiros que estão Ingressos de recursos financeiros que NÃO estão
disponíveis para o ente público realizar suas disponíveis para o ente público realizar suas
despesas. Podem estar ou não previstas no despesas, pois o ente é apenas depositário do
orçamento recurso. Não estão previstas no orçamento

Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

Disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício e constituem


elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a
execução das políticas públicas, a receita orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado
em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas
da sociedade.
Essas receitas pertencem ao Estado, integram o patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe
o saldo financeiro e, via de regra, por força do princípio da universalidade, estão previstas na
LOA.
Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação das
receitas, a mera ausência formal desse registro não lhes retiram o caráter orçamentário, haja
vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, classificar como receita orçamentária toda receita
arrecadada que represente ingresso financeiro orçamentário, inclusive a proveniente de
operações de crédito.

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


QUANTO À SUA CATEGORIA ECONOMICA
Quanto à categoria econômica, os §§ 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as
receitas orçamentárias em Receitas Correntes e Receitas de Capital:

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RECEITAS CORRENTES
São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em
geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem instrumento para financiar
os objetivos definidos nos programas e ações correspondentes às políticas públicas.
Classificam-se em:

• Tributárias
Provenientes de impostos, taxas e contribuições de melhoria.

• Contribuições
Provenientes de Contribuições Sociais, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico,
Contribuição de Iluminação Pública, etc.

• Patrimoniais
Provenientes da fruição do patrimônio do ente público. Por exemplo: Aluguel recebido em
função de locação de imóvel em que o Estado é proprietário, rendimento sobre aplicações
financeiras, dividendos de participações acionárias, etc.

• Agropecuária
Exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias. Por exemplo:
Venda de grãos.

• Industrial
Provenientes de atividade econômica industrial, por parte do ente público.

• Serviços
Provenientes da atividade econômica de prestação de serviços, por parte do ente público.

• Transferências Correntes
São provenientes do recebimento de recursos financeiros de outras pessoas de direito
público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento que não
impliquem contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou essa transferência.

• Outras Receitas Correntes


Constituem-se pelas receitas cujas características não permitam o enquadramento nas demais
classificações da receita corrente, tais como: multas, juros de mora, indenizações, restituições,
receitas da dívida ativa, entre outras.

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RECEITA DE CAPITAL
Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado. Porém, de forma diversa das Receitas
Correntes, as Receitas de Capital NÃO provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.
De acordo com o § 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei
nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes de: realização de
recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas; conversão, em espécie, de bens e
direitos; recebimento de recursos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinados a atender Despesas de Capital; e, superávit do Orçamento Corrente.
Classificam-se em:

• Operações de Crédito
Recursos provenientes da venda de títulos públicos ou da contratação de operações de
empréstimos obtidas junto a entidades públicas ou privadas.

• Alienação de Bens
Provenientes da venda (alienação) de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público.

• Amortização de Empréstimo
Representa o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo ente público.

• Transferências de Capital
São recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender
“Despesas de Capital”.

• Outras Receitas de Capital


São despesas não classificadas nos demais grupos.

RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

Receitas Extraorçamentárias = Ingressos Extraorçamentários


Recursos financeiros de caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário
desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à
autorização legislativa.
Exemplos:
•• Depósitos em Caução
•• Fianças

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•• Operações de Crédito por ARO
•• Emissão de moeda
•• Retenções em folha de pagamento
•• Consignações
•• Depósitos Judiciais

ATENÇÃO:

Operações de Crédito Receita Orçamentária


Operações de Receita
Crédito por ARO Extraorçamentária

ETAPAS/FASES DA RECEITA PÚBLICA

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se


em consideração o modelo de orçamento existente no País.
Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de
recolhimento.

• PREVISÃO
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas que constará na
proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e
legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF (Lei de Responsabilidade
Fiscal).
Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma:
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice
de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante
e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três
anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da
metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que


irá constar nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de
financiamento do governo.

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• LANÇAMENTO
O art. 53 da Lei nº 4.320, de 1964, define o lançamento como ato da repartição competente,
que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito
desta. Por sua vez, conforme o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo
que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria
tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso,
propõe a aplicação da penalidade cabível.
Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa-
se no contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e
contribuições de melhoria.

• ARRECADAÇÃO
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos contribuintes ou
devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo
ente.
Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei nº 4.320, de 1964, pertencem ao exercício financeiro
as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das
receitas públicas.

• RECOLHIMENTO
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional,
responsável pela administração e controle da arrecadação e pela programação financeira,
observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56
da Lei nº 4.320, de 1964, a seguir transcrito:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância
ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para
criação de caixas especiais.

DESPESAS

Despesa pública é o conjunto de gastos realizados pelo ente público para o funcionamento e a
manutenção dos serviços prestados à população.
Classificam-se em:

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS


São gastos (dispêndios) que dependem São gastos (dispêndios) que NÃO dependem de dotação
de dotação orçamentária para serem orçamentária. São as devoluções de recursos que ingres-
executados. saram como receitas extraorçamentárias.

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DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

MOMENTO 1 MOMENTO 2
Receita Extraorçamentária Despesa Extraorçamentária

Exemplos de despesa extraorçamentária:


•• Devolução da caução recebida;
•• Devolução de fianças;
•• Pagamento de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária;
•• Repasse das retenções em folha de pagamento;
•• Repasse das consignações;
•• Devolução depósitos judiciais;
•• Pagamento dos restos a pagar.
Importante lembrar que as despesas extraorçamentárias NÃO dependem de dotação
orçamentária e NÃO precisam de autorização legislativa.

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

São os gastos que visam atender à demanda da população. Apenas podem ser executadas se
houver autorização na Lei do Orçamento.

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA


QUANTO À SUA CATEGORIA ECONÔMICA

• DESPESAS CORRENTES
São aquelas que NÃO contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de
capital.
Exemplos:
•• Despesas com material de consumo (material de escritório, material de limpeza, etc);
•• Salários dos servidores;
•• Despesas com serviços de terceiros para manutenção e conservação do patrimônio
público.

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DESPESAS DE CAPITAL

São aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de


capital.
Segundo a Lei nº 4.320/1963 são despesas de capital as despesas com investimentos, inversões
financeiras e transferências de capital.

Investimentos
São os créditos orçamentários voltados para o planejamento e a execução de obras, aquisição
de imóveis, aquisição de instalações, equipamentos, material permanente e constituição ou
aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Inversões financeiras
São os créditos orçamentários destinados a:
•• Aquisição de imóveis, ou bens de capital já em utilização;
•• Aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital;
•• Constituição ou aumento de capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Transferências de Capital
São aquelas que outras pessoas do direito público ou privado devam realizar, independente
de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições.
Exemplo: A União através de um convênio firmado com o Estado do Rio de Janeiro, transfere
recursos para que o Governo do estado construa uma rodovia. É uma transferência de capital,
pois o recurso será destinado para uma despesa de capital. Se fosse para uma despesa corrente,
seria uma transferência corrente.

FASES/ETAPAS DA DESPESA PÚBLICA

São fases (etapas) da despesa pública:

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• FIXAÇÃO
Refere-se ao limite de gastos, incluídos na Lei do Orçamento com base na previsão de receitas,
a serem efetuados pela administração pública.
A despesa da LOA não poderá ser ultrapassada (a não ser por adições de créditos na LOA –
Créditos Adicionais).

• EMPENHO
É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição.
É o empenho que reserva dotação orçamentária para garantir o pagamento estabelecido. É no
estágio do empenho que considera-se a despesa realizada.
Lei 4.320/1964 no seu Art. 60: “É vedada a realização de despesa sem prévio empenho....”
Tipos de empenho:

Quando se sabe o valor exato do valor e o pagamento será realizado em uma única
Ordinário
vez. Ex: compra de um automóvel.
Quando não se sabe exatamente o valor da despesa. Ex: Despesa com telefone e
Por estimativa
energia elétrica.
Quando se sabe o valor total da despesa, porém o pagamento é parcelado.
Global
Ex: Contrato de prestação de serviço de limpeza.

• LIQUIDAÇÃO
Lei 4.320/1964 – Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
A liquidação é a fase que antecede o pagamento. Tem por objetivo verificar o direito do credor
(fornecedor). Somente após essa verificação pode ocorrer o pagamento.

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• PAGAMENTO
Após a fase de liquidação (onde o credor prova o seu direito de receber) a autoridade
competente ordena que o pagamento seja realizado.

ORDENADOR DE DESPESAS

Decreto-Lei nº 200/67:
“Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o or-
denador da despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade
após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas.
§ 1º Ordenador de despesas é toda e qualquer autoridade de cujos atos
resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento
ou dispêndio de recursos da União ou pela qual esta responda.
§ 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por
prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados
por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas.”

RESTOS A PAGAR

São despesas empenhadas e não pagas até 31/12 de cada exercício.


Conforme o Art. 36 da Lei nº 4.320/64:
“Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até
o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.”

Prescrição dos RPG: 5 anos após a data de inscrição.


As despesas orçamentárias empenhadas e não pagas (Restos a Pagar) constituirão a dívida
flutuante do ente público.

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DESPESAS DO EXERCÍCIO ANTERIOR (DEA)

São despesas que são quitadas no exercício vigente, porém, se referem a um exercício anterior.
Na prática, estou utilizando o orçamento atual para quitar obrigações de outros exercícios que
não foram empenhadas.
Conforme Art. 37 da Lei nº 4.320/64:
“Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las,
que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a
Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após
o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos,
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.”

Exemplo 1: Despesas que não se tenham processados na época própria, porém possuía saldo
suficiente
Orçamento para 2017 possuía R$ 100.000 de crédito orçamentário para compra de computa-
dores. A despesa é empenhada, porém, os produtos não são entregues até 31/12. Nessa situa-
ção o administrador público tem duas alternativas:
a) Inscrever o fornecedor em Restos a Pagar, mantendo assim o empenho;
b) Cancelar o empenho.
Se optar pela opção “B” e o fornecedor reclamar o pagamento em um exercício posterior,
poderá ser empenhada novamente, porém na conta de “Despesas de Exercícios Anteriores”.

Exemplo 2: Restos a Pagar com Prescrição Interrompida


Se o administrador optar pela opção “A” descrita anteriormente, porém o fornecedor não
entregar mesmo assim os produtos no exercício seguinte. Supondo-se que o administrador
cancele então a inscrição em Restos a Pagar e no futuro o fornecedor reclame o valor, o mesmo
será empenhado novamente, porém na conta de “Despesas de Exercícios Anteriores”.

Exemplo 3: Compromissos Reconhecidos após o Encerramento do Exercício Correspondente


É quando ocorre o reconhecimento da despesa somente após o encerramento do exercício.
Um servidor que tem seu filho nascido em Dezembro de 2016, porém solicita o benefício do
auxílio-família somente em Janeiro de 2017 é um caso que seria utilizado a conta de “Despesas
do Exercício Anterior”.

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SUPRIMENTO DE FUNDOS (Regime de Adiantamento a Servidores)

Conforme Art. 68 da Lei nº 4.320/64:


“Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas
expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de
realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de
aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável
por dois adiantamentos.”

Utilizado para atender:


a) Despesas eventuais (viagens e serviços especiais) que exijam pronto atendimento;
b) Despesas que necessitam de caráter sigiloso;
c) Despesas de pequeno vulto.
O prazo máximo da aplicação é definido pelo ordenador da despesa, sempre respeitando o
prazo máximo e não podendo ultrapassar 31/12.
Na União o prazo máximo é de 90 dias para a aplicação.
Prazo para prestação de contas é de 30 dias (após a aplicação).
Não se concederá suprimento de fundos a servidor que:
a) Esteja com 2 suprimentos em aberto;
b) Tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir (salvo quando for o único da
repartição);
c) Que não tenha prestado contas da aplicação, após esgotado o prazo;
d) Seja declarado como em “alcance” (fez prestação de contas anteriormente não aprovada
pelo ordenador de despesas).

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Questões

1. (55414) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 4. (58525) FCC – 2006 – ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Restos a Pagar processados são despesas O ato que cria para o Estado a obrigação de
ainda não pagas, mas que foram, no exercí- pagamento, pendente ou não de implemen-
cio corrente: to de condição, denomina-se
a) empenhadas e ainda não liquidadas; a) ordem de Pagamento.
b) programadas e empenhadas; b) liquidação da Despesa.
c) programadas, mas ainda não empenha- c) abertura de Crédito Orçamentário.
das; d) empenho da despesa.
d) empenhadas e liquidadas; e) contingenciamento da dotação.
e) programadas e ainda não liquidadas.
5. (58521) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO
2. (49946) FCC – 2005 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A despesa pública é processada na seguinte
São Receitas de Capital ordem:
a) as receitas tributarias. a) ordem de pagamento, empenho, paga-
b) o superávit do orçamento corrente. mento e liquidação.
c) as receitas de contribuições. b) empenho, liquidação, ordem de paga-
d) as provenientes de recursos financei- mento e pagamento.
ros recebidos de outras entidades para c) liquidação, empenho, pagamento e or-
atender despesas com pessoal. dem de pagamento.
e) as receitas patrimonial, agropecuária, d) ordem de pagamento, liquidação, paga-
industrial, de serviços e outras. mento e empenho.
e) pagamento, liquidação, empenho e or-
3. (58531) FCC – 2001 – ADMINISTRAÇÃO dem de pagamento.
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
6. (58516) FCC – 2009 – ADMINISTRAÇÃO
Consiste na verificação do direito adquirido FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
pelo credor,
O servidor responsável quando empenha
a) a liquidação. despesa pelo seu valor total e efetua o pa-
b) a licitação. gamento de forma parcelada utiliza a moda-
c) o empenho. lidade de empenho
d) a ordem de pagamento.
e) a ordem de serviço a) por estimativa.
b) global.
c) ordinário.
d) específico.
e) total.

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7. (58514) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO e) liquidada e despesa empenhada não
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA paga.
Considerando as fases de processamento 11. (81402) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO
da despesa pública, após o empenho have- FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
rá a fase de
Os restos a pagar processados correspon-
a) pagamento. dem a despesas ainda não pagas, mas que
b) licitação. foram
c) ordem de pagamento.
d) liquidação. a) empenhadas e liquidadas.
e) reserva de dotação b) programadas e empenhadas.
c) fixadas e empenhadas.
8. (58512) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO d) empenhadas e não liquidadas.
INANCEIRA ORÇAMENTÁRIA e) fixadas e programadas.
Nas situações em que o Poder Público deva 12. (81398) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
efetuar pagamentos de despesas contratu- FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
ais sujeitas a parcelamento pode ser utiliza-
do o empenho A dívida flutuante compreende os restos a
pagar, os serviços da dívida a pagar, os de-
a) normal. pósitos e os débitos de tesouraria. Restos a
b) global. Pagar são despesas
c) por estimativa.
d) ordinário. a) empenhadas, mas não pagas até o dia
e) extraordinário. 31 de dezembro, distinguindo-se as li-
quidadas das não pagas.
9. (91677) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO b) empenhadas, mas não pagas até o dia
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 31 de janeiro, distinguindo-se as pro-
cessadas das não processadas.
As despesas orçamentárias empenhadas e c) empenhadas, mas não pagas até o dia
não pagas até o último dia do ano financei- 31 de dezembro, distinguindo-se as
ro são denominadas processadas das não processadas.
a) despesas de exercícios anteriores. d) extraorçamentárias, mas não pagas até
b) débitos de tesouraria. o dia 31 de dezembro, distinguindo-se
c) resíduos ativos. as processadas das não processadas.
d) restos a pagar. e) empenhadas, mas não pagas até o dia
e) despesas não processadas. 31 de janeiro, distinguindo-se as liqui-
dadas das não pagas.
10. (81403) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 13. (81397) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O valor da inscrição de restos a pagar não
processados é a diferença entre a despesa Consideram-se restos a pagar as despesas
empenhadas, mas
a) empenhada e despesa paga.
b) liquidada e despesa paga. a) não pagas até 31 de dezembro, distin-
c) empenhada e despesa inscrita em res- guindo-se as processadas das não pro-
tos a pagar processados. cessadas.
d) empenhada e despesa liquidada. b) não pagas até 31 de março, distinguindo-
-se as processadas das não processadas.

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c) não pagas até 31 de dezembro, distin- 17. (49941) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO
guindo-se apenas as despesas em fase FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
de liquidação.
d) não pagas até 31 de março, distinguin- A fonte de receita gerada por meio de recur-
do-se apenas as não processadas. sos financeiros recebidos de outras entida-
e) não pagas até 31 de março des de direito público ou privado e destina-
dos ao atendimento de gastos, classificáveis
14. (49945) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO em despesas correntes denomina-se
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA a) receita de serviços.
É exemplo de receita de capital: b) receita de contribuições.
c) receita patrimonial.
a) receita decorrente de prestação de ser- d) transferências correntes.
viços. e) receita industrial.
b) receita industrial.
c) receita da venda de títulos da dívida pú- 18. (49934) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
blica. FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
d) receita decorrente da exploração de ati-
vidade agropecuária. Constitui exemplo de receita extraorçamen-
e) receita de aluguéis, foros e laudêmios. tária:
a) depósito judicial.
15. (55204) FCC – 2008 – ADMINISTRAÇÃO b) multa relativa a tributo pago com atra-
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA so.
No âmbito de receita pública, c) receita decorrente da alienação de imó-
veis do ente público.
a) as receitas correntes nunca podem su- d) receita de aluguéis de imóveis de pro-
perar as despesas correntes; priedade do ente público.
b) as receitas de capital são integradas por e) receita de serviços prestados pelo ente
operações de crédito, receitas patrimo- público.
niais e receitas agropecuárias;
c) as receitas tributárias são compostas 19. (49930) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
por impostos, taxas e contribuições a FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
outros níveis de Governo;
d) os rendimentos de aplicação financeira Instruções: Utilize os dados da Prefeitu-
são classificados como receita patrimo- ra ESD, em 31.12.2011, para responder à
nial; questão.
e) a receita da dívida ativa pode se desdo- Em R$
brar nas categorias tributárias e não tri-
Despesa com Pessoal − Horas Extras 80.000,00
butária.
Inscrição em Restos a Pagar 10.000,00
Receita da Dívida Ativa 100.000,00
16. (49943) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA Recebimento de Depósito − garantia
50.000,00
contratual recebida em dinheiro
É exemplo de receita de capital: Devolução do Depósito − devolução
5.000,00
da garantia contratual em dinheiro
a) Receita de alienação de bens.
b) Receita Patrimonial. A receita extraorçamentária em 31.12.2011,
c) Inscrição de dívida ativa do ente público. em reais, era:
d) Receita industrial.
e) Aluguéis de imóveis públicos.

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a) 50.000,00 e) fato independente da execução orça-
b) 60.000,00 mentária.
c) 100.000,00
d) 150.000,00 22. (49974) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
e) 160.000,00 FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA

20. (49928) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO Ao término do contrato, se o contratado


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA cumpriu com todas as obrigações, o valor
depositado a título de caução será devol-
Instruções: Para responder à questão, con- vido pela administração pública, gerando
sidere os seguintes valores recebidos no pri- para a mesma uma
meiro semestre de 2012 por uma entidade
pública: a) receita orçamentária.
b) receita extraorçamentária.
c) despesa orçamentária.
Valores recebidos Valor R$ d) despesa de exercícios anteriores.
Aluguel de imóvel 900,00 e) despesa extraorçamentária.
Caução para garantia de contrato
100,00 23. (49970) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
para execução de obras
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Multas e juros de mora 300,00
É um exemplo de despesa corrente:
Operações de crédito por Antecipa-
200,00
ção da Receita Orçamentária – ARO a) amortização da dívida pública.
Alienação de imóveis 1.000,00 b) concessão de empréstimos.
c) aquisição de material permanente.
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00 d) juros da dívida pública.
Amortização de empréstimos 700,00 e) aquisição de imóveis.
Contribuição de melhoria decor-
400,00 24. (58543) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
rente de obras públicas
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O somatório dos ingressos extraorçamentá- De um governo municipal, considere os da-
rios foi, em reais, dos referentes ao exercício financeiro de X1:
a) 600
b) 1.000
c) 700
d) 1.400
e) 300

21. (49994) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Do ponto de vista orçamentário, a compra
de prédio usado é classificada tal qual
a) despesa corrente. Em obediência ao art. 35 da Lei nº 4.320/64,
b) investimento. o valor das receitas e das despesas que per-
c) transferência de capital. tencem ao exercício financeiro de X1 são,
d) inversão financeira. respectivamente, em milhares de reais

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a) 9.000,00 e 9.000,00. 27. (55206) FCC – 2008 – ADMINISTRAÇÃO


b) 8.900,00 e 8.600,00. FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
c) 8.700,00 e 8.600,00.
d) 8.700,00 e 8.350,00. A retenção das contribuições previdenciá-
e) 8.650,00 e 8.000,00. rias, valores descontados da folha de paga-
mentos dos servidores públicos, correspon-
25. (55322) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO de a uma:
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA a) receita extraorçamentária.
Sobre os estágios da despesa pública, é cor- b) despesa extraorçamentária.
reto afirmar: O empenho é o ato emanado c) receita orçamentária de contribuições.
de autoridade competente que cria para o d) receita orçamentária tributária.
Estado a obrigação de pagamento e somen- e) despesa orçamentária de transferências
te é válido quando não haja condição de a instituições privadas.
pendência para a execução do serviço ou
entrega do bem adquirido. 28. (58534) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO FI-
NANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
( ) Certo   ( ) Errado
Liquidar despesa pública é

26. (55332) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO a) pagá-la corretamente.


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA b) subtrair seu valor do saldo da dotação.
c) reservar orçamentariamente o valor
É item classificado como despesa orçamen- correspondente.
tária: d) verificar se o credor faz jus ao paga-
mento.
a) o aumento do valor dos imóveis por re- e) anular a correlata Nota de Empenho.
avaliação.
b) a depreciação dos móveis e utensílios.
c) o pagamento de restos a pagar.
d) o gasto com premiação de trabalhos.
e) o cancelamento de dívida ativa.

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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

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Gabarito: 1. (55414) D 2. (49946) B 3. (58531) A 4. (58525) D 5. (58521) B 6. (58516) B 7. (58514) D 8. (58512) B
9. (91677) D 10. (81403) D 11. (81402) A 12. (81398) C 13. (81397) A 14. (49945) C 15. (55204) D 16. (49943) A 
17. (49941) D 18. (49934) A 19. (49930) B 20. (49928) E 21. (49994) D 22. (49974) E 23. (49970) D 24. (58543) C 
25. (55322) Errado 26. (55332) D 27. (55206) A 28. (58534) D

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CRÉDITOS ADICIONAIS

Durante a execução do orçamento, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem revelar-


se insuficientes para realização dos programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade de
realização de despesa não autorizada inicialmente.
Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer da sua execução por meio de créditos adicionais,
que são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.
Os créditos adicionais são classificados em:
•• Créditos especiais: destinados a despesas para as quais NÃO haja dotação orçamentária
específica, devendo ser autorizados por lei. Note-se que sua abertura depende da
existência de recursos disponíveis. Os créditos especiais não poderão ter vigência além
do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado
nos últimos quatro meses, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente;
•• Créditos extraordinários: destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, conforme art. 167 da CF.
Na União, serão abertos por medida provisória. Os créditos extraordinários não poderão
ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização
for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos
nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente;
•• Créditos suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária. A LOA poderá
conter autorização para abertura de créditos suplementares, limitados a determinada
importância ou percentual, sem a necessidade de submissão ao Poder Legislativo. Os
créditos suplementares terão vigência no exercício em que forem abertos.

AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS

Para ajudar a lembrar:

•• Dependem de prévia autorização legislativa


Créditos Suplementares e Especiais •• Dependem da indicação de recurso para cobrir
essa nova despesa
Créditos Suplementares •• Autorização pode estar contida na própria LOA
•• NÃO dependem de autorização legislativa NEM
Créditos Extraordinários
de indicação de recursos.

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FONTE DE RECURSOS PARA ABERTURA DOS CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS:
Lei 4.320 – Art. 43:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las.
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações
de credito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.
§ 4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deduzir-se-a a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

•• Superávit Financeiro em BP do exercício anterior


•• Excesso de Arrecadação
Fontes de Recursos Possíveis
•• Operações de Crédito
•• Anulação de dotações ou créditos adicionais

VIGÊNCIA DOS CRÉDITO ADICIONAIS

Créditos Suplementares •• Somente dentro do exercício financeiro


•• Se for promulgado nos últimos 4 meses do exercício, o
Créditos Especiais
saldo pode ser reaberto no próximo exercício
•• Se for promulgado nos últimos 4 meses do exercício, o
Créditos Extraordinários
saldo pode ser reaberto no próximo exercício

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Questões

1. (35541) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO c) Na abertura de créditos extraordiná-


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA rios, a indicação da fonte dos recursos
é dispensada, caso haja grave ameaça à
Com relação ao disposto na Lei nº ordem pública.
4.320/1964, julgue o item a seguir. d) Os créditos suplementares não necessi-
É possível que determinadas despesas não tam de autorização legislativa para se-
estejam contempladas na peça orçamentá- rem abertos, quando a abertura decor-
ria, que constitui um plano, uma previsão. rer de calamidade pública.
Quando autorizadas, essas despesas, não e) O cancelamento de restos a pagar é
previstas no orçamento, ou as que tenham fonte para a abertura de créditos adi-
dotações insuficientes, são denominadas cionais.
créditos adicionais.
4. (77187) FEPESE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
( ) Certo   ( ) Errado FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Autorizações de despesa não computadas
2. (55384) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO ou insuficientemente dotadas na Lei de Or-
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA çamento são denominados(as):
Os créditos suplementares e especiais são a) créditos adicionais.
autorizados por lei e abertos por decreto, b) débitos orçamentários.
dependendo da existência de recursos dis- c) emendas orçamentárias.
poníveis para ocorrerem as despesas, e re- d) emendas constitucionais.
querem uma exposição justificada. e) demandas extraorçamentárias.
( ) Certo   ( ) Errado
5. (49909) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
3. (55345) ESAF – 2008 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA Se houver veto, emenda ou rejeição do pro-
jeto de lei orçamentária anual, os recursos
Assinale a opção correta, a respeito dos cré- que ficarem sem despesas correspondentes
ditos adicionais.
a) poderão ser utilizados, conforme o
a) Os créditos suplementares somente po- caso, mediante créditos especiais ou
dem ser abertos em razão de excesso suplementares, com prévia e específica
de arrecadação ou por cancelamento autorização legislativa.
de créditos consignados na Lei Orça- b) poderão ser utilizados na forma de cré-
mentária Anual. ditos extraordinários, bastando que o
b) Os créditos especiais podem ser reaber- mesmo se faça mediante medida provi-
tos no exercício seguinte pelos saldos sória.
remanescentes, caso o ato de autoriza- c) somente poderão ser utilizados se tive-
ção tenha sido promulgado nos últimos rem previsão na lei de diretrizes orça-
quatro meses do exercício. mentárias e se basearão em suas dispo-
sições.

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d) não poderão ser utilizados, devendo d) consideram-se recursos disponíveis
ser depositados em conta especial do para a abertura de créditos suplemen-
Tesouro Nacional para utilização com tares os resultantes de anulação parcial
base em lei orçamentária para o exercí- de dotação orçamentária.
cio financeiro seguinte. e) a abertura de crédito adicional destina-
e) não poderão ser utilizados, salvo me- do à despesa urgente e imprevista em
diante transposição, remanejamento ou caso de calamidade pública independe
transferência de recursos, sempre com de ciência ao Poder Legislativo.
base naquilo que estiver previsto na lei
de diretrizes orçamentárias, o que dis- 8. (49892) FCC – 2002 – ADMINISTRAÇÃO
pensa autorização legislativa específica. FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA

6. (49872) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO Quanto aos créditos adicionais previstos


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA na Lei nº 4.320, de 17/03/64, observa-se
que, aqueles destinados a despesas, para as
Os créditos adicionais classificam-se em quais não haja dotação orçamentária espe-
cífica, classificam-se como
a) Suplementares, Especiais e Extraordiná-
rios. a) comuns.
b) Complementares, Suplementares e de b) suplementares.
Calamidade Pública. c) extraordinários.
c) Suplementares, de Reforço e Extraordi- d) especiais.
nários. e) empenhados.
d) Complementares, Especiais e Extraordi-
nários. 9. (49895) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO
e) Suplementares, Extraordinários e de FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Calamidade Pública.
Os créditos suplementares e especiais, de
7. (49884) FCC – 2014 – ADMINISTRAÇÃO acordo com o artigo 42, da Lei no 4.320/64,
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA serão autorizados por lei e abertos por

Existe a possibilidade de que o orçamento a) Instrução Normativa.


do TRF da 3ª Região não tenha computadas b) Resolução do Poder Legislativo.
ou tenha insuficientemente dotadas autori- c) Portaria do Executivo.
zações para determinadas despesas. Nesse d) Decreto Executivo.
caso, a Lei nº 4.320/64 prevê como solução e) Ato Administrativo.
a abertura de créditos adicionais, que po-
dem ser classificados em suplementares, 10. (49903) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO
especiais e extraordinários. É regra atinente FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
aos créditos adicionais: É uma das características dos créditos espe-
a) são extraordinários os destinados a ciais:
despesas para as quais não haja dota- a) independerem de autorização legal
ção orçamentária específica. para sua consecução.
b) são especiais os destinados a reforço de b) serem destinados a reforço de dotação
dotação orçamentária. orçamentária já existente.
c) os créditos suplementares, especiais e c) abertura por decreto legislativo.
extraordinários deverão ser autorizados d) dependerem de recursos disponíveis
por lei. para financiar a despesa.
e) serem previstos na lei orçamentária anual.

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11. (49904) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 12. (100114) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Os créditos extraordinários têm por carac- Julgue o item subsequente, relativo a con-
terística ceitos e mecanismos técnicos de gestão dos
recursos orçamentários.
a) independerem de prestação de contas
ao Poder Legislativo. O único crédito adicional que pode ser aber-
b) serem destinados ao reforço de dota- to sem a indicação da fonte dos recursos a
ção orçamentária já existente. serem utilizados é o crédito extraordinário.
c) atenderem a programas novos, não
previstos na lei orçamentária anual. ( ) Certo   ( ) Errado
d) independerem de prévia autorização le-
gislativa.
e) dependerem da existência de recursos
disponíveis para seu financiamento.

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Gabarito: 1. (35541) Certo 2. (55384) Certo 3. (55345) B 4. (77187) A 5. (49909) A 6. (49872) A 7. (49884) D 
8. (49892) D 9. (49895) D 10. (49903) D 11. (49904) D 12. (100114) Certo

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TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

ORÇAMENTO BASE ZERO OU POR ESTRATÉGIA

Tem como característica a não existência de direitos adquiridos da unidade orçamentária


em relação àquilo que lhe foi autorizado no orçamento anterior, tornando-se necessária a
justificativa de todas as atividades que desenvolverá no exercício corrente.
Principais características: Análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não
apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente.
A cada ciclo orçamentário deve-se justificar os programas a serem realizados, além de haver a
necessidade de uma revisão crítica dos gastos. A base para sua elaboração é zero.
Esta técnica é utilizada normalmente no Orçamento-Programa.

ORÇAMENTO INCREMENTAL

Tem como base os valores autorizados no orçamento do exercício anterior. Normalmente, esses
valores são somados a índices de inflação para atualização monetária dos mesmos.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

O Orçamento Participativo (OP) é um processo pelo qual a população decide, de forma direta,
a aplicação dos recursos em obras e serviços que serão executados pela administração pública.
É um importante instrumento de complementação da democracia, pois permite que o cidadão
debata e defina os destinos de uma cidade.
Dificilmente será adotado em âmbito nacional, por conta das dimensões do país.

ORÇAMENTO TRADICIONAL/CLÁSSICO

Trata-se de apenas um “documento” de previsão de receita e autorização de despesas.


É um processo orçamentário em que somente uma dimensão do orçamento é demonstrada: o
objeto do gasto.

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Meu Primeiro Concurso – Noções de AFO – Prof. Lucas Silva

A principal finalidade era ser apenas um instrumento de controle político que o Legislativo
exerce sobre o Executivo, mediante o controle de gastos.
Não existe a preocupação com a finalidade do gasto, com os objetivos e as metas nem com os
recursos que serão aplicados.

ORÇAMENTO DE DESEMPENHO/FUNCIONAL

Representa uma evolução do orçamento tradicional, pois já passa a demonstrar o orçamento


sob a ótica de duas dimensões: objeto do gasto e um programa de trabalho.
Buscava saber o que o Governo fazia e não apenas onde o recurso era aplicado.
Porém, ainda não existia a vinculação com o planejamento (que foi inserido no Orçamento
Programa).

ORÇAMENTO-PROGRAMA

O Orçamento-Programa é a versão mais atual do orçamento moderno.


Tem como características principais a integração entre o planejamento e o orçamento;
quantificação dos objetivos e fixação das metas; relação de insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro; avaliação de resultados e gerência por
objetivos.
Esse orçamento preocupa-se com o impacto das ações governamentais sobre as necessidades
da sociedade, no sentido de medir a efetividade de tais ações. Dessa forma, o que justifica a
realização dos programas são as necessidades sociais e seu alcance será medido por indicadores
e metas.
Na elaboração do Orçamento-Programa, identifica-se, primeiro, um problema e, depois, os
objetivos que são pretendidos para sanar ou amenizar determinado problema, as ações a
serem desenvolvidas, os custos e trabalhos necessários para as execuções dessas ações, os
recursos que irão custeá-los, bem como os instrumentos que irão medir a efetividade dessas
ações no que tange ao impacto sobre a sociedade.
Por exemplo:
Problema: Mortalidade infantil.
Objetivo: Reduzir a mortalidade infantil em 50%.
Metas/Ações: Construção de 100 postos de saúde > Custeados pelas Fontes A, B, C... São
elementos essenciais do Orçamento-Programa:
•• Objetivos e propósitos (foco da utilização dos recursos);
•• Programas (convergem os esforços do governo para concretização dos objetivos e propósitos);
•• Custos (medidos pela identificação dos insumos para obtenção dos resultados);
•• Medidas de desempenho (medem os resultados obtidos).

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Questões

1. (37717) CESPE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO a) Arrecadação havida no exercício ime-


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA diatamente anterior.
b) Receita executada nos dois últimos
Orçamento-programa: exercícios e na inflação projetada para o
a) É aquele que estima e autoriza as des- ano seguinte.
pesas pelos produtos finais a obter ou c) Arrecadação dos três últimos exercícios
as tarefas a realizar. e no crescimento esperado para a eco-
b) Tem como característica a não existên- nomia.
cia de direitos adquiridos em relação d) Receita coletada nos três anos anterio-
aos recursos autorizados no orçamento res e no desempenho médio das recei-
anterior, devendo ser justificadas todas tas próprias.
as atividades a serem desenvolvidas no e) Receita corrente, exclusivamente, pois
exercício corrente. a de capital é imprevisível.
c) É o orçamento clássico, confeccionado
com base no orçamento do ano ante- 4. (37768) CESPE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO
rior e acrescido da projeção de inflação. FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
d) Possui medidas de desempenho com a O Orçamento-Programa se diferencia do Or-
finalidade de medir as realizações, os çamento Incremental pelo fato de que este
esforços despendidos na execução do último pressupõe uma revisão continua da
orçamento e a responsabilidade pela estrutura básica dos programas, com au-
sua execução. mento ou diminuição dos respectivos valo-
e) Apresenta duas dimensões do orça- res.
mento: o objeto do gasto e as ações de-
senvolvidas. ( ) Certo   ( ) Errado

2. (55046) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 5. (98196) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O Orçamento-Programa discrimina as des-
pesas segundo sua natureza, dando ênfase Julgue o item a seguir, relativo as políticas
aos fins, de modo a demonstrar em que e públicas e planejamento governamental.
para que o Governo gastará e quem será Por meio do orçamento-programa é possí-
responsável pela execução de seus progra- vel expressar, com maior veracidade, a res-
mas. ponsabilidade do governo para com a socie-
( ) Certo   ( ) Errado dade, visto que o orçamento deve indicar
com clareza os objetivos da nação.

3. (37716) FCC – 2008 – ADMINISTRAÇÃO ( ) Certo   ( ) Errado


FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
No planejamento do Orçamento-Programa,
a estimativa da receita baseia-se na:

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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

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Gabarito: 1. (37717) D 2. (55046) Certo 3. (37716) C 4. (37768) Errado 5. (98196) Certo

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