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Aula 14
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Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS
AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ
Técnico de Controle Externo
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 14
Nesta última aula sobre LRF abordaremos os tópicos que eu, particularmente,
considero a parte mais difícil do curso.
Entretanto, isso não é motivo para desistirmos. Vamos com tudo pra cima da
LRF! O ponto positivo é que nessa parte impera a letra fria da Lei, ou seja, as
bancas cobram exatamente como está escrito na LRF, sem muitos rodeios.
1. EMPRÉSTIMOS
O crédito público é uma das formas que o Estado dispõe para obter
ingressos financeiros visando cobrir as despesas de sua responsabilidade.
No entanto, os recursos deverão ser devolvidos, acrescidos de juros e
encargos correspondentes. Assim, ao captar os recursos, é gerada uma
obrigação correspondente ao endividamento. Os empréstimos do Estado
podem ser compulsórios ou voluntários.
Fases
Garantias
Garantia da devolução da
Exemplo: indicação de fiadores, vinculações de receita.
quantia emprestada
2. DÍVIDA PÚBLICA
2.1. Definições
Resposta: Certa
2.2. Competências
Vale ressaltar que a LRF traz diversas regras sobre a dívida pública, porém,
diferentemente das despesas com pessoal, não determina quais são os limites
do endividamento, pois tais definições cabem ao Senado Federal.
Estas são as exceções aos prazos do art. 31 da LRF para recondução da dívida
aos limites:
Resposta: Errada
3. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
desde que liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de
dezembro de cada ano.
Questão que mistura Dívida Pública e Despesas com Pessoal (outro tema da
LRF).
No que tange ao tema “Despesas com Pessoal”, é nulo de pleno direito o ato
de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão (art. 21,
parágrafo único, da LRF). Seria o caso da concessão de aumento de salários e
da contratação de novos servidores públicos.
No entanto, esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura
combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. Uma das regras é que as
operações de crédito por antecipação de receita realizar-se-ão somente a
partir do décimo dia do início do exercício. Logo, não são permitidas
apenas após o segundo mês do início do exercício financeiro, como afirma o
item.
Resposta: Errada
Relembro que esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua
leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva.
Resposta: Certa
Uma operação de crédito por antecipação de receita somente pode ser feita a
partir do décimo dia do início do exercício, desde que cumpra as demais
exigências legais.
Resposta: Errada
4. VEDAÇÕES
Quanto às operações com o Banco Central do Brasil, a LRF dispõe que nas suas
relações com ente da Federação, o BACEN está sujeito às vedações do art. 35
(estudamos no tópico sobre vedações) e às seguintes:
Emissão de títulos da dívida pública.
Compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Só
poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar
a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda,
tal operação deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas
no dia, em leilão público.
Permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira
ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida
pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo,
daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta. Não se aplica
ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial,
existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser
refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
Concessão de garantia.
6. GARANTIA E CONTRAGARANTIA
De acordo com o art. 40, II, da LRF, a contragarantia exigida pela União a
Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para
retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
Resposta: Certa
De acordo com o art. 40, II, da LRF, a contragarantia exigida pela União a
Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para
retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
Resposta: Certa
7. REGRA DE OURO
De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu
endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da
máquina administrativa e demais serviços. Não deve haver endividamento
público para fins não relevantes. É necessário haver critério para a realização
de operações de créditos.
Repare que tal parágrafo da LRF descarta as exceções constitucionais. Por isso,
foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo.
Porém, a regra de ouro e suas exceções continuam em pleno vigor
devido ao dispositivo constitucional.
A LRF também traz os critérios para a apuração das operações de crédito e das
despesas de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o § 3º do art. 32,
considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações
Assim, caso o município precise realizar mais uma operação de crédito, sem
alterar o total das despesas de capital, somente poderá fazê-la se for aprovado
pela câmara de vereadores (Poder Legislativo municipal), por maioria absoluta,
um crédito suplementar ou especial com finalidade precisa.
Resposta: Certa
No que se refere às receitas, não são todas as receitas de capital que entram
na apuração da regra de ouro, são apenas as operações de crédito. Por outro
lado, no que tange às despesas, são todas as despesas de capital: “(...)
realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas
de capital (...)”.
8. PRECATÓRIOS
1
O § 2º dispõe: “os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos
de idade ou mais na data de expedição do precatório” (...). Entretanto, o STF declarou a
inconstitucionalidade da expressão ‘na data da expedição do precatório’. Entendeu-se haver
transgressão ao princípio da igualdade, porquanto a preferência deveria ser estendida a todos
credores que completassem sessenta anos de idade na pendência de pagamento de
precatório de natureza alimentícia.
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Relembro que os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja
existência dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em
curso e dívidas em processo de reconhecimento. Assim, os precatórios não se
enquadram no conceito de Risco Fiscal por se tratarem de passivos “efetivos” e
não de passivos contingentes, pois, conforme estabelecido pelo art. 100, § 5º
da Constituição Federal, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades
de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos,
oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o
final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente. Com base nesse mesmo dispositivo, os precatórios não se
enquadram nos conceitos de “imprevisível e urgente”, alicerces para a abertura
de créditos adicionais extraordinários. Logo, o Poder Executivo não poderá
abrir credito extraordinário com o objetivo de realizar o pagamento de
precatórios.
O art. 100 ainda dispõe que a União poderá assumir, a seu critério exclusivo e
na forma de lei, débitos oriundos de precatórios, de estados, do Distrito
Federal e de municípios, refinanciando-os diretamente.
Relembro que, de acordo com o art. 30 da LRF, para fins de aplicação dos
limites ao endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a
execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida
consolidada.
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Resposta: Letra E
E) Correta. A ARO não será autorizada se forem cobrados outros encargos que
não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à
taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir.
Resposta: Letra C
a) Errada. A operação de crédito por ARO deverá ser liquidada, com juros e
outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano.
Resposta: Letra E
Resposta: Letra E
a) Errada. Entretanto, “mais errado ainda” é o enunciado, pois tal tema não
está na LRF e sim na CF/1988. É vedada a abertura de crédito suplementar ou
especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes (art. 167, V, da CF/1988).
d) Errada. Outra alternativa que não está na LRF e sim na CF/1988. É vedada
a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, II, da CF/1988).
Resposta: Letra E
(D) poderá ser contratada, ainda que possa existir operação anterior
da mesma natureza não integralmente resgatada.
(E) estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma
natureza não integralmente resgatada.
Resposta: Letra E
Resposta: Letra E
Resposta: Letra C
Resposta: Letra C
D) 33%
E) 40%
Serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder Executivo
Uma operação de crédito por antecipação de receita somente pode ser feita a
partir do décimo dia do início do exercício, desde que cumpra as demais
exigências.
Resposta: Letra D
Resposta: Letra D
Resposta: Letra B
(A) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito
Federal.
(B) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de
enxugamento da moeda em circulação na economia, desde que sejam
restituídos no prazo de dois anos.
(C) são instituídos por Decreto, para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou guerra externa
ou sua iminência.
(D) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa.
(E) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária,
observando-se o princípio da anterioridade.
Resposta: Letra D
Resposta: Letra D
Resposta: Letra A
I) Correto. O art. 100 da CF/1988 dispõe que a União poderá assumir, a seu
critério exclusivo e na forma de lei, débitos oriundos de precatórios, de
estados, do Distrito Federal e de municípios, refinanciando-os diretamente
(art. 100, § 16, da CF/1988).
Resposta: Letra E
E assim terminamos nossa última aula juntos. E você que chegou aqui já é um
vitorioso, pela persistência e força de vontade.
Segui estritamente o edital para o TCM/RJ aprofundando nos temas de acordo
com o que vem aparecendo nas provas, para levar ao estudante o que há de
mais importante e as maiores possibilidades de exigências.
Para aqueles que querem se aprofundar ainda mais nos estudos, indico a
leitura dos meus artigos na parte aberta do site e os outros
cursos on-line de minha autoria no Estratégia Concursos
(http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/sergio-mendes-
3000/). Ainda, indico meu blog www.portaldoorcamento.com.br
E aguardo você no serviço público, buscando contribuir para o
desenvolvimento de nosso país. Lembro que estarei com você sempre que
necessitar no e-mail sergiomendes@estrategiaconcursos.com.br
Forte abraço!
Sérgio Mendes
MEMENTO XIV
DÍVIDA PÚBLICA
A dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, Estados, do DF e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;
Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados,
DF e Municípios.
Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá às seguintes
sanções:
mobiliária.
ARO
Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e deverá ser
liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada
ano.
Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da
operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier
a esta substituir.
BACEN
A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo BACEN.
CONCESSÃO DE GARANTIA
Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições financeiras
estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de
acordo com a legislação pertinente; bem como a prestada pela União, na forma de lei
federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente,
quanto às operações de seguro de crédito à exportação.
REGRA DE OURO
As operações de crédito por ARO não serão computadas para efeito da regra de ouro,
desde que liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro.
A LRF também traz os critérios para a apuração das operações de crédito e das despesas
de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o § 3º do art. 32, considerar-se-á, em
cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e
o das despesas de capital executadas, observado o seguinte:
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de
empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal,
tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição,
direta ou indireta, do ônus deste.
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por
instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será
deduzido das despesas de capital.
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Os recursos arrecadados terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição.
PRECATÓRIOS
Os débitos de natureza alimentícia que serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, excetuados os citados acima. Poderão ser fixados, por leis próprias,
valores distintos às entidades de direito público, segundo as capacidades econômicas,
sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do RGPS.
Exceção: O § 3.º dispõe que o regime de precatórios não se aplica aos pagamentos de
obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas devam fazer em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Dotações:
Complemento do aluno
18) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Compete a lei complementar dispor sobre
finanças públicas e sobre os limites globais e condições para o montante da
dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios.
37) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta
ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira.
59) (FUNRIO - Auditor – SUFRAMA – 2008) De acordo com o que dispõe a Lei
de Responsabilidade Fiscal, considera-se Dívida Pública Mobiliária:
A) a Dívida Pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os
do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
B) o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
C) a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização
monetária.
D) o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do
ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos ou convênios, com
prazo de 12 (doze) meses para amortização.
E) os valores relativos a Restos a Pagar Não Processados.
C) consignações
D) serviços da dívida a pagar
E) débitos de tesouraria
(A) remissão.
(B) conversão.
(C) título da dívida pública.
(D) crédito suplementar.
(E) restos a pagar.
90) (FGV – Fiscal de Rendas – ICMS/RJ – 2010) Com relação aos empréstimos
compulsórios, assinale a afirmativa incorreta.
(A) Os empréstimos compulsórios deverão ser instituídos por meio de lei
complementar.
(B) A instituição do empréstimo compulsório se justifica quando, para atender
a calamidade pública, são necessárias despesas extraordinárias.
(C) A iminência de guerra externa é fundamento suficiente para a instituição
de empréstimo compulsório.
(D) Todos os entes da Federação têm competência para a instituição do
empréstimo compulsório, desde que haja urgência de investimento público.
(E) O empréstimo compulsório poderá ser instituído sob o fundamento de
relevante interesse nacional.
GABARITOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C E E C E C C E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E E E C C E E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E E E E C E C E C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E E C E C C E C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C C C E C C C E C C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B E A C D A D A A C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
A B C E E E A E B E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C E C B D E C B C A
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
C D D A D E B C D D
91 92 93 94 95
C A D D E