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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA


POLO SANTA TERESA

Disciplina: Redes Públicas De Cooperação em Ambiente Federativo


Professor: Drª. Julia Bellia Margoto
Aluno: Adson Machado Willi

Atividade 1 - Sistema-alvo - Sistema de Licenciamento Ambiental.


1. Analisando o Contexto do Desenvolvimento Federativo, variável:
Descentralização.

a) Quais descentralizações foram realizadas no sistema-alvo, conferindo


recursos ou poder às unidades federadas após 1988? Sobre quais temas?

Para distribuir as responsabilidades entre municípios, estados e a União, foi


instituído o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente no Brasil, um
modelo descentralizado de gestão ambiental, criando uma rede articulada de
organizações nos diferentes âmbitos da federação, e com a Constituição
Federal de 1988, fortemente marcada pelos princípios da descentralização,
trouxe para os municípios maior autonomia na definição de suas prioridades
ambientais, respeitando as normas gerais editadas pela União e pelos estados.

No âmbito municipal, houve ocorreu a: - Subsidiariedade: tudo o que puder ser


realizado pelo nível local, com competência e economia, não deve ser atribuído
ao nível estadual e federal. Autonomia: a liberdade e o discernimento individual
ou local são valorizados, garantindo-se, dessa maneira, o mínimo de
dependência para a realização de ações de interesse local.

Cooperação ou solidariedade: independentemente da política partidária, a


cooperação entre os distintos níveis de governo é estimulada, pois isso otimiza
custos e agiliza processos.

No âmbito Federal trouxe o: - Incentivo à estruturação de órgãos ambientais nos


municípios, com a descentralização da gestão ambiental;

Aumento da articulação e do diálogo na área ambiental entre as três esferas de


governo, com a criação das Comissões Tripartites;
Estímulo à criação de redes de conselhos, órgãos e fundos de meio ambiente
em âmbitos estaduais, regionais e nacional;

Esforço para realizar uma política ambiental integrada, no sentido de incluir a


dimensão ambiental nas políticas de governo.

No âmbito Estadual criou-se uma estrutura da gestão ambiental que repete o


modelo adotado para o Governo Federal. Cada estado define a estrutura que
considera mais adequada. O órgão central adquire o formato de secretaria,
departamento ou fundação de meio ambiente. Este pode ser exclusivo ou
compartilhado com outras áreas.

Os conselhos estaduais de meio ambiente, que preferencialmente devem ser


órgãos normativos, paritários, de caráter consultivo e deliberativo, vinculados
aos órgãos centrais de meio ambiente do estado, os quais lhes fornecem suporte
material para que funcionem adequadamente e os Fundos de meio ambiente,
com a finalidade de reunir recursos para financiar as ações.

Desta forma é notório que a descentralização do Sistema alvo escolhido ocorreu


de forma autônoma no âmbito federal e dependente nas esferas inferiores com
a transferência de recursos de poder decisório para as instâncias inferiores bem
como transferência de recursos para a execução do serviço público.

Desse modo, a União atuará e legislará em questões de interesse nacional, os


Estados, nas
Questões regionais e os Municípios quanto aos problemas locais. Salienta-se a
manutenção da Competência dos municípios especificadas na Lei nº 6.938/1981
na estrutura do SISNAMA, o que nos faz afirmar que a competência do município
em promover a gestão ambiental municipal, não é somente legal como também
constitucional.
b) Qual a classe de descentralização de cada caso levantado, na questão
“a”, quanto à origem dos fluxos de poder e recursos: (1) Estado-Estado ou
(2) Estado-Sociedade local (comunitária, terceiro setor, iniciativa privada)?

No âmbito Federal a classe de descentralização foi do tipo Estado-Estado, já nos


âmbitos Estadual e Municipal ocorreu a descentralização do tipo Estado-
Sociedade. Conforme informações coletadas do Ministério do Meio Ambiente.
c) Em que quadrante da Figura 4, na página 31: Tipos de Descentralização,
situa-se cada movimento de descentralização identificado na pergunta
“a”?

O âmbito Federal se enquadra no quadrante de descentralização Autônoma, e


no âmbitos Estadual descentralização dependente e municipal no quadrante de
descentralização tutelada independente.

2. Analisando o Contexto do Desenvolvimento Federativo, variável:


Cooperação.

a) Existem sinais de movimentos, no âmbito do sistema alvo, já realizados


ou a realizar, de cooperação nos planos de trabalhos nas três instâncias:
federal, estadual e municipal? Quais?

Sim, no envolvimento simultâneo de várias jurisdições político-administrativas na


gestão de processos ambientais, na transversalidade, na pluralidade de atores
e de organizações presentes na arena ambiental nas três esferas, para o
saneamento de sobreposições de conflitos. E esses movimentos se destaca
efetivamente com o licenciamento ambiental, como um instrumento de gestão
ambiental. Visto que é a partir do licenciamento que os órgãos competentes irão
analisar se determinadas atividades são passíveis de licença ou não, quais os
impactos gerados, positivos e negativos e como mitiga-los dentro de cada uma
das instancias.

b) Quais os setores impactados por esse movimento?

Setores estruturais, de capacitação técnica, de arrecadação e os setores


responsáveis pela captação de recursos financeiros para consecução dos
projetos e políticas públicas.
c) Quais foram os fatos geradores dos movimentos identificados?

Ações de fiscalização, medidas preventivas, de monitoramento, de inspeção, de


advertência, punitivas, corretivas, entre outras, cuja origm persiste pela falta de uma
política urbana voltada para o ordenamento dos territórios através de uma gestão
ambiental eficiente. Como problemas oriundos do efeito estufa, falta de
saneamento básico, resíduos sólidos não tratados, falta de plano diretor acabando
por deteriorar os territórios, todos problemas que requerem uma cooperação de
vários entes com suas devidas competências técnicas e administrativas e que
detém o conhecimento mais apurado de cada ente no ambiente federativo.

Fontes:
Ministério do Meio Ambiente. https://portalresiduossolidos.com/sisnama-
sistema-nacional-meio-ambiente-brasil/ acesso em 20/08/2018.

GECÁSSIA MARIA DA COSTA, ALANE REGINA RODRIGUES DOS SANTOS,


ANDRÉIA RODRIGUES DOS SANTOS. A descentralização do licenciamento
ambiental e sua Integração com o ordenamento dos municípios. Anais do I
Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território,
2014. Rio de Janeiro.

Estela Maria Souza Costa Neves. Política ambiental, municípios e


cooperação intergovernamental no Brasil. Estudos Avançados 26 (74), 2012.

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