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EM ALTURA
SALVAMENTO
CATE

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CA TE CENTRO A VA NÇA D O D E TREINA M ENTO S EM EM ERG ÊNCIA S C A TE C EN TR O A VA N Ç A D O D E TR EI N A M EN TO S EM EM ERG ÊN C I A S CA TE CEN TR O A VA N ÇA D O D E TR E
CA TE CEN TR O A VA N ÇA D O D E TR E
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SALVAMENTO EM ALTURA

Atividade de bombeiro especializada no salvamento de vítimas em local elevado, através do uso de equipa-
mentos e técnicas específicas, com vistas ao acesso e remoção do local ou condição de risco à vida, de quem
não consiga sair por si só, em segurança.

Diferentemente de outros atendimentos, o atendimento a uma ocorrência de salvamento em altura usualmen-


te se dá de forma isolada, uma vez que envolve um cenário em três dimensões, em que a vítima encontra-se
suspensa em um local elevado de difícil acesso.

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MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE ALTURA
Os materiais de salvamento em altura devem possuir as seguintes características: Leveza, ser de fácil mane-
abilidade, ter alta resistência e possuir certificação de órgão reconhecido, no Brasil ou Exterior.

CINTO INDIVIDUAL DE SEGURANÇA


Também conhecidos como cadeirinha, arnês ou “boldrier”, são elementos
básicos em uma atividade de salvamento em alturas. Existem diversos tipos
de cintos de segurança, mas os mais utilizados são os destinados às ativida-
des de escaladas, que possuem uma proteção acolchoada na região da cin-
tura e das pernas.

Sua colocação exige cuidados redobrados, principalmente no que se refe-


re à colocação correta das fitas nas fivelas, e a fixação de mosquetões nos
tirantes das pernas e da cintura. Os porta-materiais dos cintos não devem ser utilizados como elementos de se-
gurança, pois sua resistência é pequena, e destina-se somente a fixação de equipamentos, fitas e cordas auxilia-
res.

CAPACETES
Possuem a função primordial de protegerem contra a queda de objetos que pos-
sam incidir diretamente sobre a cabeça do bombeiro durante as atividades de sal-

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vamento, além de protegerem contra obstáculos em locais baixos ou elementos
móveis pendentes. Devem possuir uma jugular que o prenda à cabeça, e furos para
promoverem a ventilação adequada.

Diferencia-se dos capacetes normais de segurança porque não tem aba frontal
para permitir que o usuário utilize sua visão periférica superior, evitando ser surpre-
endido por qualquer obstáculo e também porque possui 3 pontos de fixação (mais
um na parte traseira do capacete) evitando que o mesmo caia com facilidade da cabeça.

Luvas

São essenciais nas atividades de salvamento em altura, devendo ser


confortáveis e adequadas ao tamanho da mão de quem estiver usando-a.
As luvas devem possuir uma proteção extra na região da palma da mão e
no dedo polegar, que são os locais mais suscetíveis a queimaduras por
abrasão. A proteção que a luva proporciona durante as atividades de salva-
mento em alturas é imensamente superior à falta de tato que ela produz. O
bombeiro deve se adaptar à sua utilização e não retirá-la durante as opera-
ções, fato que poderia facilmente culminar em um acidente.

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DESCENSORES - APARELHOS DE FRENAGEM


São aparelhos que utilizam o atrito com a corda para controlarem a velocidade de deslocamento vertical:

 FREIO OITO – É o descensor mais conhecido e o mais simples de usar. Apresenta-se em formas varia-
das, que se baseiam no mesmo princípio de freio, através do contato entre a corda e o corpo do descen-
sor. Apesar de ser relativamente barato e permitir o uso do cabo duplo, ele não
funciona bem para cargas muito pesadas, fato que obriga os bombeiros a utili-
zarem formas alternativas de freio, como no rapel com vítimas, por exemplo,
onde se utiliza um mosquetão como redução de força, ou através da confec-
ção de várias voltas no oito para aumentar o atrito. Outro empecilho na utiliza-
ção do freio oito é que ele “torce” a corda após passar por ela, formando cocas

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ao longo da corda, se ela estiver apoiada no chão;

 DESCENSOR AUTO-BLOCANTE – Existem no mercado vários modelos de descensores auto-blocantes,


como o Stop, o I’D e o Gri Gri, da marca francesa Petzl; Indy da marca Kong; Double Stop da marca An-
thron, SRTE Stop, de fabricação australiana, dentre outros modelos e fabricantes diversos. Há entre eles
algumas diferenças relacionadas aos materiais empregados e mecanismos de funcionamento e controle
de frenagem. Porém se baseiam no mesmo princípio, em que
uma alavanca determina a velocidade do deslocamento vertical
através do atrito com a corda. Uma grande vantagem desses
aparelhos sobre o Freio Oito é que eles não torcem a corda e
também suportam uma maior carga, sem que seja necessário o
uso das mãos para segurá-los. O bombeiro pode parar em qual-
quer ponto da descida e permanecer com as duas mãos livres
para efetuar o serviço ao qual se destina. STOP I’D GRIGRI

BLOQUEADORES
São aparelhos que, por engastamento ou por pressão pontual, bloqueiam o movimento relativo à corda em
um dos sentidos de deslocamento, seja ele vertical, inclinado ou horizontal. Dividem-se em:

 BLOCANTES: utilizam o engastamento provocado por micro-garras que em contato com a capa da cor-
da travam o movimento, obrigando o blocante a se movimentar em apenas um sentido. Devido ao seu
método de travamento, os blocantes não devem suportar cargas maiores que 500 kg. Tal limitação não
está fundamentada na matéria prima usada para sua confecção,

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pois cargas muito pesadas podem provocar danos à capa das cor-
das, que comprometeriam sua posterior utilização. Existem blocan-
tes para as mais diversas atividades, sendo utilizados principalmente
nas técnicas de ascensão e na montagem de sistemas de multipli-
cação de força. No mercado, são encontrados blocantes de formas e

fabricantes variados.

 TRAVA-QUEDAS: esses elementos travam quando submetidos à carga em um sentido de


deslocamento, através de uma pressão pontual entre a parte móvel do aparelho e a corda. É
muito importante ressaltar que não podem, em hipótese alguma, serem utilizados como des-
censores, visto que o bombeiro não conseguiria controlar.

MOSQUETÕES
São os conectores mais utilizados, podendo ser de aço ou duralumínio. Possuem um gatilho que promove a
abertura necessária à sua utilização, sendo classificados da seguinte forma:
 MOSQUETÕES SEM TRAVA; usados em elementos de segurança temporária,
como escaladas (costuras) e segurança individual;

 MOSQUETÕES COM TRAVA; usados em elementos de segurança definitiva, co-


mo ancoragens, armação de circuitos, sistemas de multiplicação de força, progres-
são vertical, dentre outros. Os mosquetões com trava deverão ser utilizados nas operações de salvamento
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em alturas com suas travas sempre fechadas, não podendo estar destravados em hipótese alguma, para
evitar acidentes. Podem ser encontrados modelos com trava automática ou de enroscar.

FITAS
As fitas se dividem em duas categorias: planas e tubulares. As planas são mais rígidas e foram suplantadas
pelas fitas tubulares, que além de mais flexíveis, são mais resisten-
tes.

As fitas são muito utilizadas como elemento de fixação em anco-


ragens, onde tem a função de equalização de tensão sobre os mei-

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os de fixação, além de protegerem as cordas, substituindo-as em
arestas vivas e pontos de abrasão exagerada. A resistência à ruptu-
ra das fitas está relacionada à sua largura e material de fabricação,
sendo utilizadas em anéis, que podem ser obtidos através de costu-
ras (feitas durante o processo de fabricação) ou nós de emenda.

ESCADAS DE GANCHO OU PROLONGÁVEL


Utilizadas em atividades de salvamento onde a altura não é o maior obstáculo, como sacadas, varandas, ja-
nelas e marquises, sendo muito útil no resgate de pessoas em locais incendiados ou com grande quantidade de
fumaça, o que atrapalharia uma evacuação pela entrada principal da edificação. São fabricadas
em alumínio ou fibra de vidro, porém são encontrados alguns modelos em aço, que caíram em
desuso por conta do peso elevado.

Nas atividades envolvendo a utilização de escadas, é de suma importância que o primeiro


bombeiro a ascendê-la utilize um cabo solteiro para prover sua fixação no ponto elevado, sendo
que este somente poderá subir quando outros três bombeiros realizarem a segurança embaixo da
escada (um de cada lado e um terceiro firmando-a contra a parede).

MACAS
Imprescindíveis na evacuação de feridos devem permitir a possibilidade de deslocamento
na horizontal ou na vertical. Podem ser rígidas ou flexíveis, sendo que as rígidas, por possuí-
rem uma estrutura metálica, são mais pesadas, porém mais resistentes. As flexíveis são feitas

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a partir de um plástico com grande resistência a abrasão e a deformação, que lhes confere
maior leveza, mas exigem um maior nível de conhecimento técnico durante a sua utilização.

TRIÂNGULO DE EVACUAÇÃO
São elementos versáteis e muito cômodos, além de ocuparem pouco espaço. São destinados às
vítimas conscientes que não possuem grandes lesões, o que obrigaria a utilização de uma maca.
Possuem pontos de ancoragem com cores indicativas, que devem ser escolhidas conforme o tama-
nho da vítima que será transportada.

PLACA DE ANCORAGEM
Placa metálica que facilita a distribuição de várias linhas de ancoragem, distribuindo os esforços e facilitando
a visualização, organização e manipulação dos equipamentos empregados, também utilizada na preparação de
macas, para convergência dos tirantes, ancoragem ao sistema e conexão do
bombeiro e da vítima.

POLIAS
As polias servem para desviar o sentido de aplicação da força ou para compor sistemas de vantagem mecâ-
nica, de acordo com a forma de utilização, assim como servem para proporcionar o deslize por uma corda.

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CORDAS OU CABOS
É um conjunto de cordões de fibra, torcidos ou trançados entre si. As cordas representam o elemento básico
do salvamento em altura, tanto que encontramos diversas literaturas internacionais que utilizam a expressão
“resgate com cordas” (rope rescue). Na maior parte das vezes, a corda representa a única via de acesso à vítima
ou a única ligação do bombeiro a um local seguro, razão pela qual merece atenção e cuidados especiais.

CONSTITUIÇÃO DAS CORDAS

Uma corda de salvamento em altura é composta de:


 Fibra: matéria básica da constituição das cordas;

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 Fio: conjunto de fibras torcidas, trançadas ou unidas entre si;
 Cordão: formado pela união dos fios;
 Alma: elemento que se encontra no interior da corda, com a finalidade de dar maior resistência;

 Capa: elemento que envolve a alma e que juntamente com esta vai construir a corda propriamente dita.

A alma da corda é confeccionada por milhares de fibras e é responsável por cerca de 80% da resistência da
corda. A capa recobre a alma, protegendo-a contra a abrasão e outros agentes agressivos, respondendo pelos
20% restantes da resistência da corda.

FIBRAS UTILIZADAS NA CONFECÇÃO DAS CORDAS


Os materiais que compõem as cordas são de diversas origens. Essa informação é importante, pois a resis-
tência da corda, bem como o seu emprego serão também definidos por esse dado.

 VEGETAIS: as cordas de fibra vegetal foram quase que totalmente substituídas por cordas com maior re-
sistência ao desgaste. Possuem a desvantagem de serem pesadas (principalmente quando molhadas);
não são muito elásticas; apodrecem com muita facilidade e devem ser armazenadas cuidadosamente.

 SINTÉTICOS: são cabos constituídos de substâncias derivadas do petróleo ou carvão. Possuem fibras
longas, podendo chegar ao comprimento total da corda, sendo que as mais comuns são as de polipropile-
no, poliamida, poliéster, polietileno e aramida. São cordas utilizadas nas atividades de salvamento, devido
ao fato de terem boa resistência à tração e ao atrito, impermeabilidade, e, consequentemente grande du-

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rabilidade.

CARACTERÍSTICAS DAS CORDAS SINTÉTICAS (conforme cada modelo específico):


 Pequeno atrito quando da utilização de freios de descida;

 Menor possibilidade de formar cocas (nós dentro do cabo)


 Maior resistência à ruptura;

 Maior resistência ao desgaste.


 Máxima resistência à tração;

 Máxima resistência ao atrito;


 Máxima flexibilidade;

 Menor peso;
 Menor deterioramento;
 Flutuabilidade;
 Impermeabilidade.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CORDAS QUANTO À SUA ELASTICIDADE


A elasticidade da corda poderá influenciar na execução da atividade de salvamento, de um modo geral e,
principalmente, nas atividades em altura.
 CORDAS DINÂMICAS – são cordas com elasticidade superior a 5%, as quais se alongam muito quando
sob tensão, sendo, normalmente, utilizadas para as atividades de escalada e de segurança, devido à sua
característica de absorver choques em caso de quedas, evitando prejuízos ao escalador. Sua alma é com-
posta por um conjunto de fios e cordões torcidos em espiral, fechados por uma capa.
 CORDAS ESTÁTICAS – São cordas de baixo estiramento, de elasticidade (inferior a 3%) usadas em es-
peleologia, rapel, operações táticas, segurança industrial e salvamento, situações que o efeito “iô-iô” é
contraindicado e em que se desconsidera o risco de impacto por queda. Para tanto, os cordões da alma

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são paralelos entre si, ao contrário das dinâmicas, em que são torcidos.
 CORDAS SEMI-ESTÁTICAS OU ESTATO-DINÂMICAS – São cordas com elasticidade entre 3% e 5%,
sendo utilizadas nas mesmas condições das cordas estáticas.

RESISTÊNCIA DA CORDA
A resistência de uma corda é estabelecida como carga de ruptura. A corda deve ter uma carga de ruptura vá-
rias vezes maior do que a carga que irá suportar. Esta relação entre resistência e carga é conhecida como fator
de segurança. O fator de segurança 5:1 é considerado adequado para transportar equipamentos, mas insufici-
ente se vidas humanas dependem da resistência da corda, quando adotamos o fator de segurança 15:1.

O tipo de corda a ser empregado está diretamente relacionado com o tipo de operação a ser efetuada, devido
possuir graus de elasticidade diferentes, de acordo com o material na sua fabricação.

TERMINOLOGIA DAS CORDAS


 ALÇA: é uma volta ou curva em forma de “u”;

 ALMA: parte central da corda;


 ANEL: é uma volta onde as partes da corda se cruzam;

 BITOLA: Diâmetro de um cabo, corda;


 CABO GUIA: pode ser corda destinada a dar orientação (em busca); facilitar o direcionamento da carga

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(afastando-a de paredes) ou que resiste o arrasto – aumento da carga em qualquer direção (cabo do vai-
vém);
 CABO SOLTEIRO: é uma corda de 6 metros de comprimento com diâmetro de 12 milímetros;
 CAPA: parte externa da corda;

 CATENÁRIA: deformação de uma corda ou cabo de travessia devido à ação de um peso;


 CHICOTE: são os extremos livres de uma corda (pontas);

 COCAS: são torcimentos ou calos ocasionais que aparecem em uma corda;


 COÇADA: é a parte poída de uma corda;

 CORDAS DE SUSTENTAÇÃO: em um “sistema de cordas”, são aquelas que suportam a carga (objeto, ví-
tima ou bombeiro);
 COTE: arremate feito em meia-volta, aplicado ao chicote, como forma de segurança do nó;

 ESTRANGULAR: prender por pressão uma corda com ela mesma ou com uma superfície;
 FALCAÇA: é a união dos cordões das extremidades de uma corda, tendo a finalidade de evitar que a cor-
da se desfaça;
 FIRME: parte livre da corda que fica próximo ao seu feixe de enrolamento;
 MORDER: Prender uma corda por pressão, podendo ser com outra corda ou qualquer superfície rígida;
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 PASSO: tamanho do espaço do trançado da corda;

 PERMEAR: Prender uma corda ao meio;


 PERMEADA: é a situação em que uma corda se encontra dobrada ao meio;

 RETESAR: é o processo de se esticar uma corda ou cabo aplicando-lhes os processos de tracionamento;


 RETINIDAS: Cordas de 5 a 6 mm de diâmetro, usadas para trabalhos auxiliares;

 SAFAR UMA CORDA: Liberar uma corda quando enrolada;


 SEIO: são as partes da corda entre os chicotes;

 SISTEMAS DE CORDAS: conjunto de cordas empregadas em uma mesma atividade;

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 TESAR: procedimento ou ato de fornecer tensão a uma corda;

 TRAMA: forma da capa da corda;


 VOLTA: semelhante a um anel, consistindo na colocação da corda em torno de um objeto;

CUIDADOS COM A CORDA


As cordas são construídas para suportarem grandes cargas de tração, entretanto, são solares, por isso, aten-
ção:
 Evite superfícies abrasivas, não pise, não arraste e nem permita que a corda fique em
contato com quinas desprotegidas;
 Evite contato com areia (os pedriscos podem alojar-se entre as fibras, danificando-
as);
 Evite contato com graxa, solventes, combustíveis, produtos químicos de uma forma
geral;
 Evite que a corda fique pressionada (“mordida”);
 Não deixe a corda sob tensão por um período prolongado, nem tampou-
co a utilize para rebocar um carro ou para qualquer outro uso, senão
aquele para o qual foi destinada;
 Deixe-a secar a sombra, em voltas frouxas, jamais ao sol, pois os raios

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ultravioletas danificam suas fibras.

INSPEÇÃO DA CORDA

A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores como o grau
de cuidado e manutenção, freqüência de uso, tipo de equipamentos com que foi empregada, velocidade de des-
cida, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios ultravioletas, entre ou-
tros. A avaliação das condições de uma corda depende da observação visual e tátil de sua integridade:
 Qualquer irregularidade, caroço, encurtamento ou inconsistência;

 Verificar a se a corda está com algum cheiro estranho (mofo ou ácido) e determinar com qual material ela
esteve em contato;
 Sinais de corte e abrasão, queimadura, traços de produtos químicos ou em que os fios da capa estejam
desfiados (felpudos);
 Se o ângulo formado pela corda realizando um semicírculo com as mãos, devendo haver certa resistência
e um raio constante em toda sua extensão;
 Se há falcaça, se a capa encontra-se acumulada em algum dos chicotes ou se a alma saiu da capa.

REJEITE CORDAS PARA SALVAMENTO EM ALTURA QUE TENHAM SIDO UTILIZADAS


PARA FINS PARA OS QUAIS NÃO TENHAM SIDO DESTINADAS (SALVAMENTO DE VI-
DAS HUMANAS) OU TENHAM SIDO SUBMETIDAS A GRANDES FORÇAS DE CHOQUE.
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PRINCIPAIS NÓS APLICADOS EM SALVAMENTO EM ALTURA


Características principais dos nós: ser simples de ser feito, facilmente identificável pelo aparência, ser seguro
por si só, apertar à proporção que aumenta a força sobre si e ser fácil desatar. Podem ser divididos em algumas
grupos, mas dependendo da situação, qualquer nó pode ser adequado.

FALCAÇA – Para evitar que a ponta de um cabo se desfie.

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NÓ SIMPLES (AZELHA SIMPLES) NÓ SIMPLES DUPLO (AZELHA DUPLO) DE CORRER

SETE OITO OITO DUPLO

OITO DUPLO ALCEADO OITO GUIADO NOVE


. (ORELHA DE COELHO)

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DIREITO ESCOTA SIMPLES ESCOTA DUPLO

PESCADOR SIMPLES PESCADOR DUPLO VOLTA DA RIBEIRA

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CATAU LAIS DE GUIA BALSO PELO SEIO

VOLTA DO FIEL CADEIRA DE BOMBEIRO BOCA DE LOBO

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UIAA (MEIO FIEL) NÓ DE FITA

CARIOCA (CAMINHONEIRO) BORBOLETA

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NÓS BLOCANTES – São nós que permitem um bloqueio na corda, podendo ser usado para ascen-
sões/descensões, retesamento da corda, freio de segurança para içamento de cargas, etc.
PRUSSIK BACHMANN MACHARD

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TABELA DE PERDA DE CARGA POR TIPO DE NÓ

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É MELHOR SABER FAZER MUITO BEM POUCOS NÓS, CONHECENDO SUAS FINALIDADES AO INVÉS
DE DECORAR CENTENAS DE NÓS E NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA NÃO FAZER CORRETAMENTE.

ANCORAGENS
Considera-se ancoragem como o sistema de amarração ou fixação de uma corda ou indivíduo a um ponto.
Existem abordagens e linhas diferentes de execução, principalmente em virtude da região e tipos de materiais
empregados. De um lado, temos a linha européia (ou alpina) cuja ênfase é dada a cordas mais leves e de menor
diâmetro, em que as ancoragens são feitas com base na divisão da carga entre dois ou mais pontos de fixação
(equalização), realizando tantos fracionamentos quantos sejam necessários, visando preservar a corda. De outro
lado, temos a linha americana, que dá ênfase a cordas de maior diâmetro e resistência ao atrito, clipadas a anco-
ragens já existentes e robustas (um ponto “à prova de bomba”), sanando-se as preocupações com o desgaste da
corda através do uso de proteções.

Os pontos de ancoragem podem ser fixados em diversos locais, com características diferentes, dependendo

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de uma análise e estudo prévio, preparando-se as ancoragens conforme as normas técnicas vigentes (devem
suportar uma carga de 16 KN e estar acompanhada de ART de Engenheiro), mas podemos nos deparar com
situações em que a decisão do local do ponto de ancoragem deverá ser feito na hora, tendo em vista o acidente
ter acontecido em um local não habitual de trabalho. Esses pontos podem ser:

 Naturais: são aqueles que classificamos como vindos da própria natureza, mas que também podem ser
encontrados no meio urbano e rural. Podemos citar como exemplos de ancoragens desse tipo: árvores,
pedras e raízes, etc.

 Estruturais: são aqueles que classificamos como arquitetados, construídos e/ou habitados pelo homem.
Encontramos essas estruturas no meio urbano, fazendo parte das edificações

 Artificiais: são aqueles que implantamos no local da atividade. São assim classificados por serem os úni-
cos meios desenvolvidos com a finalidade exclusiva de servirem como pontos para ancoragens. Eles po-
dem ser chamados ainda de fixos e móveis

 Meios de fortuna: na realidade, nenhum dos pontos, tanto entre os naturais e os estruturais, são pontos
de ancoragens propriamente ditos, pois não foram criados para tal atividade, portanto, como eles já exis-
tem no local e podem servir como base para ancoragens, são utilizados para essa finalidade. Podem ser
classificados como sendo um meio de fortuna. Existem outros materiais aos quais damos essa denomina-
ção, tais como: armários, mesas, sofás, camas, etc.

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SISTEMAS DE ANCORAGEM
Para optarmos pela técnica e tipo de ancoragem a ser empregada em uma ocorrência, devemos levar em
conta os seguintes aspectos:

 Resistência dos pontos de ancoragem;


 Localização dos pontos de ancoragem entre si.

Com base nesta avaliação, será adotado um dos seguintes conceitos:


 Ponto-bomba – O ponto “a prova de bomba” (PB) é aquele escolhido para a realização de uma ancora-
gem que, devido a sua grande resistência, dispensa qualquer outro sis-

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tema secundário de ancoragem de segurança. A figura ao lado mostra
um ponto de ancoragem PB, com uma amarração denominada “nó sem
tensão”, devido ás voltas feitas no PB, o nó oito duplo que prende o
mosquetão não sofre pressão alguma. Dessa forma não há perda de
carga na corda de trabalho;

 Back-up – diz respeito a uma segunda segurança, que pode visar o


ponto de ancoragem ou o equipamento. É utilizado para garantir a se-
gurança de todo o sistema. Para realização do “back-up” como segun-
do ponto de ancoragem, algumas regras devem ser observadas:
o Os pontos devem estar preferencialmente alinhados;
o O ponto secundário de ancoragem (“back-up”) não deve receber
carga e somente será utilizado em caso de falência do ponto princi-
pal;
o Não deverá haver folga entre os dois pontos de ancoragem, para
evitar o aumento da força de choque em caso de rompimento do
ponto principal;
o O “back-up” sempre deverá ser mais forte e resistente do que o
principal.

 Equalização – Em situações em que não haja um ponto único suficientemente seguro (PB) ou em que o
posicionamento do ponto existente seja desfavorável ao local em que desejamos que nossa linha de traba-
lho seja direcionada, podemos lançar mão da equalização.

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ANCORAGEM HUMANA USO DE MEIOS DEFORTUNA

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FATOR DE QUEDA
O fator de queda é a relação entre a altura da queda e o comprimento da corda que sofrerá essa queda.

Ao cair, o bombeiro acumula energia cinética


que aumentará quanto maior for a altura de sua
queda. A corda, as ancoragens, o sistema de freio
e o segurança absorverão parte dessa força, po-
rém, a força absorvida pelo bombeiro que sofreu a
queda não pode chegar a 6KN (600 Kg), limite
máximo que o corpo humano suporta.

Para reduzir a força de choque, em uma queda


assegurada, devemos adotar medidas visando
diminuir o fator de queda, como por exemplo, o uso
de talabartes para nos prendermos acima do ponto
de fixação do nosso cinto de segurança.

Segurança nas operações de salvamento em altura

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Dada a peculiaridade do serviço, é de fundamental importância que os elementos integrantes de uma equipe
de salvamento, estejam plenamente conscientizados da importância da segurança. O sucesso da operação
apoia-se na total segurança que é resultado do perfeito conhecimento técnico profissional do integrante da equi-
pe de salvamento em altura, somada a sua disciplina, sua própria segurança e a de seus companheiros.

 Nuca permitir que apenas um elemento execute a operação;

 Os equipamentos devem ser checados e avaliados antes de qualquer tipo de trabalho;

 Checar os equipamentos após colocação (equipagem);

 Não alterar procedimentos operacionais, sem prévio conhecimento dos integrantes da guarnição;

 Checar e vigiar todas as amarrações e fixações de equipamentos;

 Sempre estar preso a um ponto fixo, caso esteja trabalhando em locais elevados;

 Os elementos da guarnição, empenhados no controle das descidas, deverão sempre estar usando luvas e
posicionados de maneira a dar sustentação às mesmas;

 Não permitir ajuda ou interferência da vítima no processo de salvamento, a não ser em situações extraor-
dinárias.

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TÉCNICAS E TÁTICAS DE SALVAMENTO EM ALTURA


As técnicas e táticas de salvamento em altura constituem-se em um correto dimensionamento de número, das
formas e do perfeito manuseio dos equipamentos a serem empregados com a finalidade de ser alcançado o êxito
total neste tipo de operação.

É importante que o Bombeiro tenha familiaridade com os equipamentos e maneabilidade para fazer ascen-
sões e descensões de cordas, sem perder muita energia nessas atividades, pois caso contrário não terá força
suficiente para executar os procedimentos de salvamento junto à vítima.

ASCENSÃO / DESCENSÃO

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SALVAMENTO
Fatores como o estado em que a vítima se encontra (consciente ou inconsciente, calma ou em pânico, com
ou sem traumas), a quantidade (uma, duas ou mais vítimas), o local (urbano ou rural), a possibilidade de queda
(potencial ou iminente) e outros riscos, irão nortear a ação se socorro a ser implementada pela equipe de salva-
mento. O conhecimento das técnicas deve ser aliado a horas de treinamento direcionado a cada situação particu-
lar e previsível, a fim de que o bombeiro não seja surpreendido no momento da ocorrência.

Antes de qualquer intervenção, um rápido e prévio planejamento deve considerar os riscos e peculiaridades
da ocorrência, a fim de que seja estabelecida e estratégia e técnica a ser empregada no salvamento, assim como
ratificadas as funções de cada membro da equipe, conforme treinamento anterior. Os salvamentos serão dividi-
dos em três grupos técnicos, de acordo com o tipo de abordagem a cada vítima:

 Salvamento de vítimas sem trauma;

 Salvamento de vítimas com trauma, necessitando obrigatoriamente da adequada


estabilização e emprego de macas e devido atendimento pré-hospitalar;

 Salvamento de múltiplas vítimas em local de risco.

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SALVAMENTO DE VÍTIMAS SEM TRAUMA


 VÍTIMA-BOMBEIRO – É a técnica em que a vítima desce junto ao bombeiro, entre suas pernas, o que re-
quer procedimentos específicos para segurança da operação e para que o bombeiro tenha controle sufici-
ente da descida;
 DESCIDA COM EQUIPE DE SOLO – É a melhor técnica, onde o bombeiro apenas sobe até a vítima,
monta o sistema de descida com roldanas e uma equipe de solo realiza o esforço de descer a vítima até o
chão, onde uma equipe de primeiros socorros já aguarda para o atendimento;
 RESGATE COM FREIO FIXO - Através desta técnica, o freio permanece fixo e a descida é controlada de
cima pela equipe de apoio, havendo tão somente uma alça ancorada à cadeira da vítima, que pode ou não
estar acompanhada por um bombeiro. Descendo isolada, deverá ser conectada uma corda guia para libe-

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rá-la de eventuais obstáculos, durante o trajeto até o solo.

SALVAMENTO DE VÍTIMAS COM TRAUMA

Em casos de transposição de obstáculo, terreno acidentado ou ainda de deslocamentos de vítimas de trauma


para locais que ofereçam uma maior facilidade e acessibilidade às viaturas, helicóptero ou equipe médica, deve-
mos recorrer a utilização de uma maca.

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TÉCNICAS DE SALVAMENTO COM USO DE ESCADAS PORTÁTEIS

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TIROLESA

CADEIRA DE CORDA (SOMENTE PARA SITUAÇÕES EMERGENCIAIS)

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