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PROPÓSITOS DA BÍBLIA
Deus deu sua palavra para o ser humano com propósitos bem
definidos:
* Salvar o ser humano através da fé em Cristo: O ser humano foi
criado para viver feliz, em comunhão com Deus. Mas, por causa do
pecado, o homem perdeu a comunhão com Deus e trouxe condenação sobre
sua vida. Por isso, em sua infinita compaixão, Deus nos enviou seu
Filho para nos salvar (Rm 5.8,9) e nos deu as Escrituras, que podem
nos tornar “sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm
3.15). Por isso dizem as Escrituras: “Estes, porém, foram
registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
* Ensinar e Treinar todos os crentes: Ela nos ensina a vontade
daquele que nos salvou para que vivamos em santidade e justiça
verdadeira. Foi para isso que Cristo orou a Deus (Jo 17.17) e Paulo
nos informa que “toda a Escritura é... útil para a educação na
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17).
* Glorificar a Deus: Cristo nos deu a salvação e nos ensina a
vivermos em santidade para que, assim, o nome de Deus seja
glorificado. Isso nos é revelado nessas palavras: “Se alguém fala,
fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na
força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus
glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o
domínio pelos séculos dos séculos. Amém” (1 Pe 4.11).
A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA
Nos dias de hoje há uma variedade de interpretações da Bíblia.
Cada denominação, cada estudioso e cada doutrina eclesiástica
apresenta a sua leitura como sendo correta. Como podemos ter a
certeza de que esta ou aquela interpretação está correta ou não?
Muitos afirmam que cada um pode interpretar a Bíblia de acordo
com o seu modo de ver e viver. No entanto, se a Bíblia não erra e se
ela é clara não pode haver doutrinas que se contradigam em um mesmo
texto.
Então, existe algum parâmetro pelo qual podemos avaliar ou
analisar uma interpretação Bíblica ou uma doutrina?
O apóstolo Paulo afirma:”Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo do
céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja
anátema”. (Gl 1.8) e “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda
com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com o ensino
segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por
questões e contendas de palavras” (1 Tm 6.3-4), (1Pe 1.16-21) e João
nos alerta: “Todo aquele que ultrapassa as doutrina de Cristo e nela
não permanece não tem Deus... Se alguém vem ter convosco e não traz
esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas”
(2Jo 1.9-10). Por sua vez, Pedro afirma: “Nenhuma profecia da
Escritura provém de particular elucidação”. (1Co 2.4-5; 1Co 3.11; Cl
2.8;
Vemos aqui, portanto, que o parâmetro da interpretação da
Bíblia é Jesus Cristo, o Evangelho. A isso chamamos de analogia da
fé. Ou seja, qualquer interpretação, doutrina ou pregação é
questionada à luz da cruz de Cristo: A mensagem que recebo me leva a
Cristo ou não? Ela aponta para a salvação conquistada por Cristo na
cruz ou aponta para as boas obras? Isso me revela Jesus como meu
Único e Suficiente Salvador ou não?
Se uma interpretação, doutrina ou sermão deixar claro que a
salvação só é alcançada através de Cristo e sua obra redentora,
então está correta. Caso contrário, se, ao menos sugerir alguma
participação nossa, então está errada. “Nisto reconheceis o Espírito
de Deus: todo o Espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne
é de Deus” (1Jo 4.2), “Porque quantas são as promessas de Deus,
tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém” (2Co
1.20).
Jesus é o centro da Bíblia. Toda a Bíblia, de Gênesis a
Apocalipse, o tema é só um: Jesus Cristo. “Examinais as Escrituras,
porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim” (Jo 5.39)(Gn 1.1-3, Gn 3.15; Sl 2.7; 2 Sm 7.14;
1Cr 17.13; Is 61.3; Is 53; Jo 1.1-5; Leia toda a Carta aos Hebreus).
LEI E EVANGELHO
Todo o conteúdo da Bíblia é dividido em dois pólos: a Lei e o
Evangelho.
Existem dois tipo lei, as Leis Morais (10 Mandamentos) e as
Leis Cerimoniais (Regras, cerimônias, dias de festas,etc).
A lei moral nos ensina a vontade de Deus para nossa vida:
“Portanto, sejam perfeitos em amor, assim como é perfeito o Pai de
vocês, que está no céu”(Mateus 5.48)(Ec 7.20, Tg 2.10).
Mas, ela também nos mostra que não podemos cumprir essa
vontade: “De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido
pecador desde o dia em que fui concebido” (Salmos 51.5). E,diante da
nossa incapacidade de cumpri-la, nos aponta para a condenação divina
e nos condena “Aquele que peca é que morre. O filho não sofrerá por
causa dos pecados do pai, nem o pai, por causa dos pecados do filho”
(Ez 18.20)(Rm 3.20).
Assim, a lei é usada por Deus para nos mostrar o que realmente
somos. Isso nos leva ao desespero e ao medo.
Em sua misericórdia, Deus revela a solução para a nossa vida: o
Evangelho. Ele nos ensina que, em Cristo, temos salvação. “Porque
Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo
aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João
3.16); (1João 1.7; Gálatas 2.16).
Resumindo: A lei diz o que Deus quer que façamos e nos mostra
que somos incapazes e, por isso, somos condenados ao inferno.
O Evangelho nos mostra aquilo que Deus fez para nos salvar.