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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

Curso: Arquitetura e Urbanismo


Componente Curricular: Teoria e História do Urbanismo
Professora: Tulainy Parisotto
Acadêmica: Bianca De Bortoli

RESUMO: O QUE É CIDADE

 O livro nos faz refletir sobre o que é cidade e a cidade capitalista, sua origem, transformação,
movimentos internos, conflitos e contradições, definindo-a como um “ímã”, querendo dizer que ela cria
um campo magnético que atrai, reúne e concentra os homens, significa vida coletiva;
 Através da arquitetura e urbanismo de cada cidade é possível ler suas histórias. A cidade de São Paulo
é a que foi tomada como base para a percepção de sinônimos urbanos, tais como, ritmo acelerado e
concentração intensa. Destaca-se também uma espécie de essência urbana em outros tempos e lugares,
mas referenciando à hierarquização, ou seja, quando o contexto urbano passa a sobrepor o rural, deste
modo urbaniza-se a sociedade, cria-se o mercado devido ao aglomero de população num espaço limitado;
 Só é possível a criação do mercado por conta da divisão do trabalho e da especialização de tarefas,
gerando assim interdependência entre a cidade e o campo, onde a cidade passou a fazer o acabamento do
trabalho que começou no campo, classificando-se como economia urbana. Foi aí, que nas primeiras cidades
surgiu o poder feudal, onde pessoas que dominavam os diferentes tipos de produção tinham suas oficinas
e conviviam com aprendizes, ensinando-os seus ofícios;
 Enquanto nos feudos o controle estava nas mãos dos senhores feudais, na vida urbana, nas cidades, o
controle passou para a classe burguesa, senhores mercantis;
 Na Idade Média o local de trabalho e de moradia se misturavam, nas cidades contemporâneas isso
mudou por conta do trabalho assalariado. A burguesia passou a homogeneizar determinadas áreas e
segregar a população menos favorecida em outras, além de determinar funcionalidade para cada bairro,
bairros para morar ou trabalhar; essa segregação socioespacial é sustentada por motivos econômicos e
políticos;
 Assim, as habitações clandestinas, de ocupações ou invasões, até mesmo as favelas que fogem do
padrão burguês de habitação, são percebidas como áreas inimigas do grande capital imobiliário, pois,
desvalorizam a região, como também inimigas dos padrões de saúde. Para garantir o sossego da burguesia
o Estado começa a implantar prisões, asilos e hospitais;
 Com o passar do tempo acontece também a destruição da oficina do mestre artesão e a emergência de
um processo de parcelamento e seriação do trabalho, onde é necessário que cada membro produtor se
responsabilize por uma parte do processo de produção. Porém é a partir dessa lógica o trabalhador passa
a não ter domínio sobre o produto de seu trabalho, aliena-se e mecaniza-se, já o empregador passa a ter
controle total sobre os trabalhadores;
 A industrialização é fruto da destruição de um modo de produzir cultural e que provocou um intenso
fluxo migratório para as cidades, diferente da manufatura que era uma resistência às cidades, pois se
produzia inclusive na zona rural;
 A perda de território acabou sendo um processo proposital no mundo industrial, afinal, como em uma
produção em massa, tem-se a ideia de produzir pessoas padronizadas. Entretanto, no convívio urbano essa
tentativa de homogeneidade funciona como um estopim para as tensões populares, que muitas vezes
desmembram em conflitos violentos: criminalidade, saques, quebra-quebras, passeatas, essas ações são
expressões claras da cidade dividida;
 Na cidade pós-industrial, o tempo e o espaço são remodelados, passou a não existir mais a necessidade
de concentração, podendo estar dispersos pelo território, sistemas tecnológicos controlam as pessoas sem
necessariamente aglomerá-las;

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