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Sistema de Combate a Incêndio

ROTEIRO DE CÁLCULO PARA HIDRANTES E SPRINKLERS


Sobre o curso:
Este curso será dividido em 2 grandes sistemas:
•Hidrantes;

•Sprinklers.

Neste tópico do curso, será visto como se desenvolve um sistema de Hidrantes no Estado de SP.
Sistema de Hidrantes e Mangotinhos
Objetivos:
Conhecer o embasamento legal;
Conhecer os componentes do sistema;
Apresentar os principais requisitos previstos em norma;
Conhecer os critérios para o dimensionamento;
Estudar o roteiro de cálculo hidráulico.
Sistema de Hidrantes e Mangotinhos
Para a elaboração de um sistema de hidrantes nos basearemos em alguns documentos legais:
Decreto Estadual 56819/11;
IT22;
NBR 13714/2014.
Sistema de Hidrantes
Tipos de Hidrantes:
- Urbano;
- Recalque;
- Industrial;
- Parede.
Hidrante Urbano
Hidrante de Recalque
Hidrante Industrial
Hidrante de Parede
Sistema Genérico de Hidrantes
▪ Reservatório;
▪ Válvulas de bloqueio ou isolamento;
▪ Bombas de emergência ou incêndio;
▪ Válvulas de retenção;
▪ Manômetro;
▪ Pressostato;
▪ Cilindro de Pressão ou Bomba Jockey;
▪ Hidrantes (Abrigo, válvula angular, mangueiras
e esguicho);
▪ Hidrante de recalque.
Esguichos
NBR 14870
Tipos:
✓Agulhetas;
✓Reguláveis.
Diâmetros:
(agulheta)

(reguláveis)

Fator K = fabricante (rendimento deste equipamento)


Esguicho Agulheta
Esguicho Regulável
Mangueiras
Perda de carga muito grande = aumenta pressão da bomba ($$$$);
Diâmetros: variam para cada tipo de ocupação de acordo com a área construída (IT-22);
Comprimentos: comprimento máximo aceito 30 m para hidrantes internos, 60 m para
hidrantes externos ou com espuma) devido principalmente a maleabilidade;
NBR 11861.
Abrigos de Mangueira
A caixa ou abrigo de mangueira comum deve conter:
Esguicho;
Chave de mangueira;
 2 mangueiras de 15 m cada uma, aduchadas;
 Todas as caixas devem possuir o mesmo padrão de organização para facilitar o trabalho dos
brigadistas na hora da emergência.
Abrigos de Mangueira
Bomba de Combate a Incêndio
Deve ser centrífuga;
Deve estar afogada (para evitar sucção de ar e cavitação);
Bomba com acionamento elétrico: circuito de alimentação do motor deverá ser independente
da rede geral;
Bomba de Combate a Incêndio
Bomba de Combate a Incêndio
Bomba Principal: Recalque e Reforço;
Bomba de Pressurização ou Bomba Jockey.
Bomba de Combate a Incêndio
Bomba Principal:
- Tem função de fornecer água com uma determinada pressão pré-determinada no sistema para
que se obtenha a vazão desejada;
- Recomenda-se o uso de 2 bombas principais no mínimo, pois uma delas deve ser reserva.
Contudo, em muitos locais não se obrigatório, somente boa prática.
Bomba de Combate a Incêndio
Bomba Jockey:
- Tem função de compensar a variação de pressão do sistema, evitando o acionamento da bomba principal
sem necessidade;
- Só é necessária quando o reservatório é inferior, pois não há a compensação da perda por gravidade;
- É menor que a bomba principal;
-A altura manométrica da bomba jockey deve ser igual á pressão máxima da bomba principal sem vazão;
- Diferentemente da bomba principal, ela deve ligar e desligar automaticamente;
-Uma alternativa à bomba jockey é o cilindro de pressão.
-Observação: A bomba jockey não deve entrar em operação frequentemente, já que se isso ocorrer indica
que existe um vazamento constante ou freqüente que devera ser sanado.
Acionamento das Bombas
O acionamento pode ser realizado de 2 maneiras:
Elétrico: Motor elétrico acoplado a bomba;
Motor a combustão: motor à combustão, que pode ser à gasolina ou diesel, acoplado a bomba.

Como ocorre o acionamento?


Manual: Botoeira;
Automático: Instrumentação.
Instrumentação
Utilizada para indicar variações no sistema e é item primordial na automatização do sistema;
Nos sistemas de combate à incêndio sua importância está atrelada principalmente ao
acionamento/desligamento (no caso da bomba jockey) do conjunto moto-bomba, pois, por
exemplo, é através de um pressostato que a variação de pressão é verificada no sistema e a
bomba principal ou jockey é ligada;
O mesmo acionamento do conjunto moto-bomba pode ser efetuado pela sinalização enviada
pela chave ou válvula de fluxo;
Também é utilizada nos testes e inspeções;
Instrumentação
Pressostato Chave de Fluxo Detector de Fumaça
Botoeira Manual
Reservatório de Incêndio
Pode ser próprio para combate a incêndio ou o mesmo para consumo normal desde que a
reserva para incêndio seja assegurada;
Pode ser superior ou inferior;
Tem seu volume mínimo definido pela tab.3 da IT22;
Reservatório de Incêndio
Sistema de Mangotinhos
Sistema alternativo aos hidrantes;
Mais fácil de manusear (mangueira parece de jardim);
Somente para locais de baixo risco;
Mais caro, por isso é pouco utilizado.
Sistema de Mangotinhos
Dimensionamento de um Sistema de
Combate à Incêndio
Para realizar um projeto de combate à incêndio deve-se:

✓ Saber classificar a área quanto ao risco;


✓ Desenvolver um layout que atenda as necessidades de
acordo com o local e risco, evitando encarecer o projeto
com, por exemplo, perdas de carga desnecessárias que
exigirão um conjunto de pressurização mais potente e em
consequência mais caro;
✓ Selecionar criteriosamente os materiais (elegendo aqueles
que apresentam características adequadas ao risco e
possibilitem um projeto mais eficiente).

Portanto, apresentaremos a seguir, alguns conceitos que serão


utilizados pelo projetista para o dimensionamento dos
sistemas de hidrantes, mangotinhos e sprinklers.
Dimensionamento de um Sistema de Combate à
Incêndio – Conhecimentos básicos
Conceitos básicos que serão abordados:

✓ Revisão de mecânica dos fluidos;


✓ Conceitos fundamentais para seleção de tubulação;
✓ Exigências mínimas do corpo de bombeiros.
Dimensionamento de Sistemas de Combate
à Incêndio
Iniciaremos a introdução de conceitos pela mecânica dos
fluidos abordando assuntos fundamentais para o
desenvolvimento de projetos hidráulicos tais como:

✓ Pressão;
✓ Vazão;
✓ Equação da Continuidade;
✓ Equação de Bernoulli;
✓ Perda de Carga;
✓ Seleção de bombas.
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Pressão: Tensão de Cisalhamento:
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Teorema de Stevin
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Lei de Pascal
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Exercício de Aplicação
Uma caixa d'água de 1,2m X 0.5 m e altura de 1 m pesa 540 Kgf que pressão ela exerce sobre o
solo :
a) vazia
b) cheia
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Vazão: Volume de fluido que passa por uma determinada seção do escoamento por unidade de
tempo.

Exercício de Fixação

Qual a vazão que passa pela


torneira sabendo que para encher
um tanque de volume 50 l, leva-se
20 s?

Q = V/t = 50/20 = 2,5 l/s

Unidades de Q: cm /s ; m /s ; m /min ; m /h ; /s ; /min ; /h ;...


Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos

Exercício de Fixação

Qual a vazão de água que circula


por um tubo de diâmetro interno
de 32mm, considerando a
velocidade como 4 m/s?
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Equação da Continuidade:
Exercício de Fixação

Q1= Q2 (para líquidos incompressíveis) Na figura ao lado sabe-se que o


fluido escoa com v = 10 m/s na
secção 1 de A = 10 cm qual será a
velocidades de escoamento no
ponto 2 sabendo que a sua área
vale 1 cm?

Q1 = Q2
V1.A1= V2.A2 V2= 100 m/s
10. 0,1= V2.0,01
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Equação de Bernoulli com fluido real e a presença de uma máquina

E como será aplicação deste conceito???


Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Equação de Bernoulli
“No escoamento de um fluído perfeito incompressível em regime permanente a energia total do fluído por
unidade de peso permanece constante”.

H1 = H 2
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Exercício de Aplicação da Eq. de Bernoulli
Calcular a velocidade do jato d´água no orifício do tanque de grandes dimensões. (Considerar fluido
perfeito)
H1 = H 2

(1)
=

(2) PHR
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Equação de Bernoulli com a presença de uma máquina

H1 + HM = H2
Genericamente:
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Exercício de Aplicação da Eq. de Bernoulli c/ presença de máquina

O reservatório de grandes dimensões da figura descarrega água para a atmosfera através de uma tubulação com uma
vazão de 10/s. Verificar se a máquina instalada é BOMBA ou TURBINA e determinar sua potência se o rendimento é
75%.
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
Exercício de Aplicação da Eq. de Bernoulli c/ presença de máquina e fluido real
Conceitos Básicos de Mecânica dos
Fluidos
• Tipos de Perda de Carga
Cálculo da Perda de Carga
Comprimento Equivalente (ls)

É um comprimento fictício, que substitui uma dada


Q = vazão singularidade propiciando uma perda de carga
C = Coeficiente de Atrito distribuída, precisamente igual à perda de carga
d = diâmetro interno singular, originada pela singularidade substituída.
lt = comprimento total

lt = lr + ls

lr= somatória do comprimento trecho reto

ls = somatória do comprimento equivalente das


singularidades.
Seleção da Tubulação
1. Seleção de material
A escolha do material adequado para uma determinada aplicação depende principalmente da pressão e
temperatura de trabalho do fluido conduzido (aspectos de corrosão e contaminação), do custo, do maior ou
menor grau de segurança necessário, das sobrecargas externas e, em certos casos, da resistência ao
escoamento (perdas de cargas).

2. Diâmetro mínimo exigido por norma


Segundo item 5.11.6.1 a tubulação não deve ter diâmetro nominal inferior a DN 65.
Seleção da Tubulação
3. Diâmetros Comerciais
Seleção de Tubulação
4. Proteção e cuidados gerais

Exposta – Material resistente e pintura;

Enterrada – Pintura, ancoragem e proteção quanto a danos mecânicos.


Válvulas
Dispositivos localizados estrategicamente para liberar, controlar e interromper o fluxo de água.

-Válvula Esfera ou Gaveta;


- Trabalha na posição totalmente aberta ou fechada;
Bloqueio:
- Baixa perda de carga;
-Costuma ser do diâmetro da tubulação;
- Caso trabalhe parcialmente aberta causa danos: alta perda de carga,
vibração, erosão.
Válvulas
Dispositivos localizados estrategicamente para liberar, controlar e interromper o fluxo de água.

- Válvula Globo ou Borboleta;


- Trabalha na posição totalmente aberta, totalmente fechada e em
posições parciais para regular vazão;
Controle
- Alta perda de carga, devido a mudança de direção;
de Fluxo:
- São muito utilizadas nos hidrantes, principalmente a 45 por
apresentar menor perda;
-Excelente estanqueidade.
Válvulas
Dispositivos localizados estrategicamente para liberar, controlar e interromper o fluxo de água.

- Existem muitos tipos, dentre eles: retenção de portinhola, pistão e


válvula de pé;

Retenção: - Controle direção por só permite a passagem de água em um


sentido;
- Existem na posição vertical e horizontal do escoamento, o que
interfere diretamente na perda de carga;
- Evitam golpe de aríete na bomba.
Válvulas
Dispositivos localizados estrategicamente para liberar, controlar e interromper o fluxo de água.

- Válvula de Alívio ou Redutora de Pressão;

Controle - São utilizadas para controlar o excesso de pressão devido a um


desajuste em algum equipamento ou ao golpe de aríete;
de Pressão:
- Regulável;
Atuando como alívio a abertura do desvio é gradual, como segurança
é imediato;
Válvulas
Válvulas
Seleção de Bomba
GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS DE BOMBAS ROTATIVAS CENTRÍFUGAS

Vazão de bombeamento (Q)


Altura manométrica total (AMT)
Rotação (rpm)
Potência absorvida (P)
Eficiência da bomba ()
Seleção de Bomba
Observações Importantes:
- Poços de sucção nos reservatórios:

◦ Submergência adequada;

◦ Dispositivo anti-vórtice;

- Tubulação de Sucção:

E por que isso é importante?


◦ Positiva ou Afogada;
Para evitar cavitação...
◦ Negativa ou Aspiração. Mas o que é isso afinal???
Cavitação
Como evitar a cavitação???
NPSH disponível > NPSH requerido

Depende do líquido e da Depende da bomba


instalação
Cavitação – Calculando NPSH
(2)

(1)
Exercício
Dados de Projeto:
Ocupação: Tornearia mecânica de
peças de grande diâmetro (tornos
especiais)
Pé direito: 5m - Térreo
Área construída: 5600 m2
Roteiro para cálculo hidráulico
Procedimento:
1. Classificação da edificação;
2. Exigência de Hidrantes/Mangotinhos;
3. Aplicabilidade dos sistemas;
4. Características de cada sistema;
5. Distribuição dos Hidrantes/Mangotinhos;
6. Cálculo de Q e Hm da bomba de incêndio.
Dimensionamento
1) Classificação da edificação:
Pelo decreto 56819:
I. Quanto à ocupação:

II. Quanto à altura:

III. Quanto à carga de incêndio:


Dimensionamento
2) Exigência da Legislação:
Ainda pelo decreto 56819:

- Acesso a viatura à edificação;


- Segurança estrutural contra incêndio;
- Saídas de emergência;
- Brigada de incêndio;
- Iluminação de emergência;
- Alarme de incêndio (pode ser subst. Por sistema de interfone, portaria 24h);
- Sinalização de emergência;
- Extintores;
- Hidrantes e mangotinho.(*)
Dimensionamento
3) Aplicabilidade do Sistema:
Com a classificação da edificação (I-1) e a Ac = 5600 m2 pela
tabela 3 – IT22:
Tipo 1 ou 2 Mangotinho ou hidrante (respectivamente)

Devido ao custo optamos pelo


sistema de hidrantes
Dimensionamento
3) Características do Sistema:
Com o tipo de sistema definido, neste caso optamos pelo tipo 2
pela tabela 2 – IT22:
Dimensionamento
4)Distribuição de Hidrantes 1 – Reservatório será térreo, como a edificação;
2- O sistema vai precisar de bomba para fornecer a pressão exigida
pela legislação, já que a altura manométrica não atende;
3 – Uso de 4 hidrantes para atender as exigências da legislação como:
➢ Manter-se distante somente 5 m da porta;
➢ A posição escolhida para o hidrante deve ser capaz de cobrir toda
a área necessária;
➢ Hidrante posicionado entre 1 m e 1,5 m do piso.
Dimensionamento
4)Cálculo de Q e Hm:
Antes de calcular a vazão e altura manométrica necessária da bomba é preciso desenvolver uma planilha com os dados
que deverão ser preenchidos durante o desenvolvimento do cálculo, esta tabela deve conter parâmetros pré-
estabelecidos por norma ou legislação técnica:
Vazão P válvula Perda de carga (tubulação) elevação v P montante
Trecho
lpm mca D (mm) L real L virtual L total J unit J total m (m/s) mca

Bomba de Incêndio e RTI


Reserva
Técnica
de
H man = 0 mca Incêndio
Vazão = 0 l/min ( 0,0 m3/h) () elevado Volume: m3
Pot = 0,0 cv ( ) subterrâneo
( ) ao nível do solo
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
1. Seleção e indicação do hidrante mais desfavorável;
2. Indicação do ponto de equilíbrio (ponto que deriva para os 2 hidrantes mais desfavoráveis);
3. Preenchimento da tabela dos trechos a serem calculados e elevações dos hidrantes conforme indicado no
isométrico.
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo:
PA

H1 = hidrante mais
desfavorável, menor pressão
dinâmica (> perda)
H2 H1
PA = Ponto de equilíbrio fica
localizado no ponto de
ramificação do hidrante mais
desfavorável para o segundo
H3 H4 mais desfavorável.
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
A) Preenchimento da tabela, indicação das elevações:
Vazão P válvula Perda de carga (tubulação) elevação v P montante
Trecho
lpm mca D (mm) L real L virtual L total J unit J total m (m/s) mca
H1-PA -2,40
H2-PA -2,40

Bomba de Incêndio e RTI


Reserva
Técnica
de
H man = 0 mca Incêndio
Vazão = 0 l/min ( 0,0 m3/h) () elevado Volume: 15 m3
Pot = 0,0 cv ( ) subterrâneo
(X ) ao nível do solo
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
B) Indicação dos valores de pressão e vazão mínima no hidrante mais desfavorável, fornecido
pela IT22 – tab. 2:

Notar que o diâmetro indicado na tabela é o diâmetro interno do tubo. Para este caso foi considerado diâmetro comercial de 65 mm e schedule 40, logo
diâmetro interno é aprox. 63 mm.
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
C) Cálculo das perdas de carga:
Comprimento trecho reto = 2,4+60 = 62,4 m
Comprimento equivalente = 2,0 + 1,3 = 3,3 m
Comprimento Total =65,7 m
Fórmula de Hazen-Willians
Junit = 605 x Q1,85 x C-1,85 x d-4,87 x 104 Jtotal = 0,0158 x 65,7 = 1,037 m = ~ 1,04 m
Junit = 605 x (150)1,85 x (120)-1,85 x (63)-4,87 x 104
Junit = 0,0158 m/m
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
Calculadas as perdas, preencher a tabela e calcular a pressão necessária em PA (Pmontante):
PA1 = Pressão na válv. Hidrante + Jtotal + elevação (+/-)
PA1 = 30,0 + 1,04 + (-2,4) = 28,64 m
Dimensionamento
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
Indicação da velocidade na tabela:

E) Para determinar a pressão de equilíbrio em PA, estabeleça uma velocidade de escoamento no


trecho H2- PA maior que em H1-PA, logo:
Dimensionamento
Dimensionamento
Dimensionamento
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
I)Para calcular a potência da bomba, precisamos inicialmente saber que a pressão na expedição da bomba deve
ser 28,64 mca no ponto de equilíbrio e vencer as perdas de carga (distribuída, singular e geométrica), portanto:

Perdas nas singularidades:


Cotovelo curto à 90 + Tê saída bilateral + cotovelo curto à 90 + Tê saída bilateral = 2,0 + 4,3 + 2,0 + 4,3 = 12,6 mca
Perda distribuída: 2,5 + 30 + 7,5 + 4 = 44 mca
Comprimento Total (Ltotal ) = 56,6 mca
Elevação : + 4,0 mca
Dimensionamento
Dimensionamento
Dimensionamento
4.1)Desenvolvimento do Cálculo
L) Calculando a potência da bomba:

Perdas nas singularidades:


2 Cotovelos curtos à 90 = 2 x 2,0 = 4,0 mca
Perda distribuída: 0,2 + 0,3 + 0,5 = 1,0 mca
Comprimento Total (Ltotal ) = 5,0 mca
Elevação : - 0,5 mca
Dimensionamento
Sistema de Chuveiros Automáticos
Definição;
Tipos;
Legislação;
Conhecer os critérios para o dimensionamento;
Sistema de Chuveiros Automáticos
Definição:
Sistema fixo de combate à incêndio que caracteriza-se pela operação automática, quando
ativado por um foco de incêndio, liberando quantidade de água adequada ao risco, de forma
rápida com o intuito de extinguir ou controlar o seu estágio inicial.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Para a elaboração de um sistema de chuveiros automáticos nos basearemos em alguns
documentos legais:
NFPA13;
NBR 10897;
IT23;
IT24;
FM Global.
Sistema de Sprinklers são menos utilizados porque por norma eles são exigidos em pouquíssimos
casos e quase sempre ele surge como uma alternativa à compartimentação horizontal para casos
onde isso não é possível como: galpões, depósitos, entre outros.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Elementos do sistema – esquema simplificado:
Sistema de Chuveiros Automáticos
Sistema de Chuveiros Automáticos
Componentes básicos que compõem o sistema:
✓Chuveiros automáticos ou sprinklers;
✓Reservatório;
✓Tubulação;
✓Válvula de governo e
✓Bomba.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Chuveiros Automáticos:
Sistema de Chuveiros Automáticos
Tubulação:
Sistema de Chuveiros Automáticos
Reservatório:
Sistema de Chuveiros Automáticos
VGA (Válvula de Governo e Alívio)
Sistema de Chuveiros Automáticos
Válvula Automática ou VGA
✓Válvula de retenção com controle automático;
✓Permite a passagem da água para os chuveiros automáticos e para a tubulação do sistema de
alarme acoplado, comandada por dispositivos de detecção e/ou por sistemas mecânico, elétrico,
pneumático ou hidráulico. Por exemplo: O alarme de incêndio pode ser acionado, com o
escoamento de água pelo sistema, que gira as pás acionando o gongo;
✓Usada para dividir uma rede de chuveiros em diferentes zonas de proteção;
✓Em geral é instalada em local de fácil acesso e fora da área protegida pelos chuveiros;
✓São específicas para cada tipo de sistema de chuveiros automáticos.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Válvula Automática ou VGA
Válvula Automática - Canalização
Molhada
Válvula Automática - Canalização Seca
Válvula Automática – Pré-Ação
Válvula Automática – Sistema Dilúvio
Sistema de Chuveiros Automáticos
Bombas de Incêndio
Sistema de Chuveiros Automáticos
Tipos de chuveiro:
✓Chuveiros Abertos;
✓Chuveiros Automáticos.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Chuveiros Abertos:
✓Não possuem elemento termo sensível ficando abertos de modo permanente ;
✓São muito usados em sistema dilúvio.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Chuveiros Automáticos:
Ficam fechados por elemento termo sensível, que por sua vez pode ser composto por:
✓ Solda Eutética:
-Liga metálica com ponto de fusão conhecido;
-O calor derrete a liga, abrindo o chuveiro;
-Metais de uso mais frequente são: estanho, chumbo, cádmio e bismuto.
✓Ampola:
-Ampola de vidro com líquido colorido. A expansão em função do calor estoura o vidro, abrindo o
chuveiro;
-Cor indica a temperatura de abertura.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Elementos construtivos do chuveiro automático:
-
Sistema de Chuveiros Automáticos
Elementos construtivos do chuveiro automático:
✓Defletor/Difusor: destinado a quebrar o jato sólido para distribuir a água;
✓Obturador: destinado à vedação do orifício de descarga nos chuveiros automáticos. Também
atua como base para o elemento termossensível;
✓Elemento termossensível: libera o obturador por efeito da elevação da temperatura de
operação, fazendo a água fluir contra o foco do incêndio. Os elementos termossensíveis podem
ser do tipo ampola de vidro ou fusíveis de liga metálica.
-
Sistema de Chuveiros Automáticos
Formas de instalação ou orientação:
✓Chuveiro pendente;
✓Chuveiro lateral;
✓Chuveiro em pé.
-
Sistema de Chuveiros Automáticos
Chuveiro Pendente: o fluxo é direcionado para baixo para atingir o defletor e espalhar o jato.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Chuveiro lateral (sidewall): modelo projeto com defletor especial para descarregar a maior
parte do jato de água para frente, para lados e uma parte mínima para trás contra a parede, em
formato parecido ao de ¼ de esfera.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Chuveiro em pé: normalmente utilizado em instalações onde as tubulações são expostas e este
modelo faz com que o jato de água suba verticalmente até o defletor, que “reflete” o jato em
direção oposta (para baixo).
Sistema de Chuveiros Automáticos
Temperaturas de Acionamento:
Sistema de Chuveiros Automáticos
Temperaturas de Acionamento:
Sistema de Chuveiros Automáticos
Temperaturas de Acionamento:
Sistema de Chuveiros Automáticos
Princípio de Operação:
Confinar o fogo na área de aplicação controlando ou extinguindo o foco de incêndio em seu
estado inicial, por meio da descarga de água. Assim em áreas sem divisões como um galpão
industrial, o sistema opera como compartimentação agindo na área restrita ao foco do incêndio,
evitando a propagação do fogo e reduzindo danos.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Classificação do sistema de chuveiros automáticos:
✓Sistema de tubo molhado;
✓Sistema de tubo seco;
✓Sistema de dilúvio;
✓Sistema de ação prévia;
✓Sistema tipo grelha;
✓Sistema tipo anel fechado.
Sistema de tubo molhado
Rede de dutos preenchidos com água pressurizada permanentemente;
O agente extintor, a água, somente é descarregada pelos chuveiros ativados pela ação do fogo;
É recomendado para locais nos quais não há risco congelamento de água na tubulação;
É mais comum em salas comerciais, shoppings, condomínios residenciais.
Sistema de tubo molhado
Sistema de tubo seco
Rede de dutos preenchidos com ar comprimido permanentemente;
 Quando o chuveiro abre o ar é liberado e a queda de pressão da linha que abre a válvula de
entrada de água;
 Ótimo para locais onde a tubulação pode sofrer congelamento;
Limitação: elevado tempo para água atingir o chuveiro aberto, especialmente em redes de
grande porte.
Sistema de tubo seco
Sistema de dilúvio
 Tubulação seca e despressurizada;
Chuveiros abertos (nem elemento termo sensíveis e nem obstrução) de modo permanente;
Dispõe de sistemas de detecção de incêndio (detector de fumaça, chama utilizado para riscos
mais altos) na área protegida e integrada a uma válvula denominada dilúvio, instalada na
entrada da rede de tubulação, a qual entra em operação, quando se dá atuação de qualquer
detector motivado pelo princípio de incêndio ou mesmo pela ação manual de um controle
remoto.
Sistema de dilúvio
Sistema de ação prévia
Rede de tubo seco contendo ar que pode estar ou não sob pressão, em cujos os ramais são
instalados os chuveiros automáticos;
Na mesma área protegida pelo chuveiro é instalado um sistema de detecção mais sensível,
interligado a uma válvula especial, instalada na entrada da rede de tubulação.
A atuação de quaisquer dos detectores motivada por um princípio de incêndio faz com que a
válvula especial seja aberta automaticamente, assim ela permite a entrada de água no sistema;
 A ação prévia do sistema de detecção faz soar simultânea e automaticamente um alarme de
incêndio antes da abertura de qualquer chuveiro automático.
Sistema tipo grelha
Sistema no qual as tubulações subgerais são conectadas a ramais múltiplos. Um chuveiro em
operação deve receber água pelas duas extremidades do ramal enquanto os outros ramais,
auxiliam a transportar água entre as tubulações subgerais;
Perda de carga muito menor;
Sistema tipo anel fechado
Sistema no qual as tubulações são conectadas de modo a permitir que a água siga mais de uma
rota de escoamento até chegar a um chuveiro em operação neste sistema os ramais não são
conectados entre si.
Ganho na tubulação existe (perda de carga), mas não tão eficiente quanto ao sistema tipo
grelha.
Característica do teto de uma edificação
- Tetos Desobstruídos: Tetos cujas as vigas, nervuras ou outros elementos da construção ou
instalações não impedem o fluxo de calor e a distribuição de água, ou seja, não possuem
saliências ou reentrâncias maiores que 25 cm;
- Tetos Planos: São tetos contínuos, em um único plano;
- Tetos Lisos: São tetos contínuos, sem irregularidades, saliências, reentrâncias ou depressões;
- Tetos Horizontais: Tetos com a inclinação inferior a 17%;
- Tetos Inclinados: Tetos com inclinação superior a 17%.
Afastamento máximo dos chuveiros
automáticos com relação ao teto.
- O afastamento máximo recomendado pelas normas é 30 cm, salvo exceções;
- A referência utilizada é sempre a distância do defletor ao teto;
- Devem estar localizados o mais próximo do teto, devido principalmente a 2 fatores:

◦ Dispersão progressiva da massa de calor: resfriamento progressivo (ventilação cruzada de ar pelas


aberturas, circulação de ar). Atraso na atuação do chuveiro;

◦ Deslocamento da massa de calor: movimento natural do ar, desloca o cone de fumaça e gases
aquecidos para fora da linha vertical original ou fora da área de cobertura do chuveiro imediatamente
acima. Atuação de chuveiro incorreto não contendo o fogo.
Sistema de Chuveiros Automáticos
Metodologias de Cálculo:
✓Sistema projetado por tabela;
✓Sistema projetado por cálculo hidráulico.
Sistema calculado por tabela
Sistema cujos os diâmetros da tubulação são selecionados em tabelas conforme a classificação
de operação e pelo número de chuveiros automáticos;
Não calcula perda de carga;
Oneroso;
Só pode ser utilizado em situações específicas determinadas pela norma.
Roteiro para Método por Tabela
Procedimento:
1. Classificação de risco do local;
2. Cálculo da área a ser atendida pelo sistema de chuveiros automáticos;
3. Verificação se método atende a área requerida conforme norma (NBR 10897 – item 8.4.2);
4. Verificar limites máximos de distância entre ramais e chuveiros e área máxima de cobertura (conforme NBR
10897 tabela 10 ,11 , 12, 13 ou 14 dependendo das características do chuveiro que será utilizado)
5. Escolher distância máxima entre chuveiros e ramais conforme o layout que será desenvolvido e verificar se a
área de cobertura máxima está sendo atendida;
6. Verificação da proposta de layout, verificar se todos os requisitos estão sendo atendidos;
7. Determinação do diâmetro da tubulação conforme o número de chuveiros;
8. Determinação da vazão e pressão mínima no chuveiro mais desfavorável (conforme NBR 10897 tab. 23);
9. Especificação da bomba;
10. Determinação da capacidade do reservatório.
Exercício
Realizar o dimensionamento do sistema de chuveiros automáticos para um edifício de 11
pavimentos e classe de risco ordinário grupo II.
Exercício
1. Classificação de risco do local:
Já classificado.
2. Cálculo da área a ser atendida pelo sistema de chuveiros automáticos:
A = 21 x 20 = 420 m2
3. Verificação se método atende a área requerida conforme norma (NBR 10897 – item 8.4.2):
Sim, a área acima pode ser atendida pelo método de tabela, pois segundo a norma:

Já que 420 < 465 m2


Exercício
4. Verificar limites máximos de distância entre ramais e chuveiros e área máxima de cobertura (conforme
NBR 10897 tabela 10 ,11 , 12, 13 ou 14 dependendo das características do chuveiro que será utilizado):

Neste caso, o chuveiro utilizado será pendente de cobertura padrão, portanto utilizarei tabela 10.
Exercício

Logo, a primeira confirmação a ser realizada é:

Distância máxima
entre chuveiros,
segundo
NBR10870
Exercício
Exercício
Exercício
Exercício
6. Verificação da proposta de layout, verificar se todos os requisitos estão sendo atendidos:
A distância máxima entres os chuveiros está ok (2,5 < 4,6 m);
A distância entre ramais está ok (3,5 < 4,6 m);
A área de cobertura, que é dada por Ac = C x L, onde:
C = distância entre os chuveiros ou 2 vezes a distância da parede;
L = distância entre ramais ou 2 vezes a distância do ramal à parede.
Ac = 2,5 x 3,5 = 8,75 < 12,1 m2 (conforme tab.10 NBR 10897)
Portanto, todos os detalhes do layout atendem a norma.
Exercício
7. Determinação do diâmetro da tubulação conforme o número de chuveiros:
Para isto, deve considerar de que material será constituída a tubulação, para este caso será
considerado aço, portanto:
Exercício
8. Determinação da vazão e pressão mínima no chuveiro mais desfavorável (conforme NBR 10897
tab. 23):

Determinação de pressão na VGA:


Desnível do chuveiro mais desfavorável = 370 KPa;
Pressão requerido na VGA = 370 + 140 = 510 KPa.
Exercício
9. Especificação da bomba:
P = 510 Kpa + pressão para sistema de hidrantes ou
mangotinhos, se houver.
Q = 5650 l/min (conf. Tab. 23 – NBR 10897)

10. Determinação da capacidade do reservatório:


Volume do reservatório = 5650 x 60 = 339.000 litros.
Sistema projetado por cálculo hidráulico
Sistema no qual os diâmetros da tubulação são selecionados com base na perda de carga, de
modo a fornecer a densidade de descarga de água necessária, distribuída com um grau razoável
de uniformidade sobre a área específica.
Método de Dimensionamento por cálculo hidráulico
Os diâmetros das tubulações são determinados de modo a garantir uma densidade preestabelecida e
distribuída com um razoável grau de uniformidade sobre a área de operação, na qual o conjunto de
chuveiros operará simultaneamente;

São fatores básicos a serem considerados:


✓ o espaçamento máximo entre os chuveiros;
✓ a área máxima de cobertura por chuveiro;
✓ o diâmetro nominal do chuveiro de acordo com a classe de risco de ocupação da área a ser protegida.
Etapas de cálculo
a. Definição da ÁREA DE OPERAÇÃO;
b. Determinação da densidade requerida;
c. Definição da quantidade de chuveiros da área de operação;
d. A quantidade de chuveiros, N, na área de operação;
e. Cálculo da pressão no chuveiro;
f. Cálculo da vazão dos chuveiros;
g. Cálculo da perda de carga;
h. Locação, espaçamento e posição dos chuveiros.
Definição da área de ocupação
➢Determinada levando-se em conta a região do sistema mais

desfavorável, do ponto de vista hidráulico, em relação à

válvula de governo e alarme - VGA do sistema.

➢ Um dos lados da área de operação, paralelo aos ramais,

deve ter a dimensão de aproximadamente 1,2 vezes a

raiz quadrada da área de operação. Podem ser

incluídos chuveiros de ambos os lados do subgeral.

➢ Quando a área de operação for um corredor protegido por

um único ramal, deve ser considerada uma quantidade

máxima de 5 chuveiros.

➢ A área de operação deve ser considerada a área de projeção

horizontal.
Determinação da área requerida
➢A densidade, em mm/min, correspondente à área de operação determinada, varia em função
da classe de risco de ocupação do local.
Definição da quantidade de chuveiros da
área de operação
A área de cobertura de um chuveiro, Ac, é dada por:
A quantidade de chuveiros na área de
operação

N – Quantidade de chuveiros na área de chuveiros;


A – Área de operação em m2 ;
Ac – Área de cobertura m2.
Cálculo da pressão no chuveiro
➢cada chuveiro de um sistema hidraulicamente calculado deve proporcionar uma descarga de
água que corresponda, no mínimo, à densidade estipulada;
➢a pressão necessária, P, para proporcionar tal descarga é obtida em função do fator “K” do
chuveiro, conforme Tabela 3.
Cálculo da vazão dos chuveiros
Cálculo da perda de carga
A perda de carga nas tubulações é calculada através da fórmula de Hazen-Willians:

Onde:
J = perda de carga, em KPa/m
Q = vazão, em l/min
D = diâmetro interno do tubo, em mm
C = fator de Hazen-Willians
Locação, espaçamento e posição dos
chuveiros
Distâncias entre ramais e chuveiros
Exercício
Exercício
Exercício
Exercício

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