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Diabetes e Exercício
AUTORES
Ricardo Jacó de Oliveira
Introdução
Tipos de diabetes
O diabetes mellitus ocorre por deficiência ou ausência da produção de insu-
lina pelo pâncreas e se manifesta de duas formas básicas, uma insulino depen-
dente (Tipo I) e outra não insulino dependente (Tipo II). A glicose sangüínea é
regulada por processos de adição de glicose ou remoção de glicose da circula-
ção. No estado pós absortivo, a liberação de glicose do fígado é balanceada
com glicose retirada do sistema nervoso e dos tecidos periféricos. Entretanto,
após a glicose entrar no sistema digestivo ocorre uma interrupção nesse balan-
ço, o que resulta no aumento da glicose sangüínea. Para controlar esse aumen-
to de glicose no sangue, insulina é liberada pelo pâncreas, o que resulta na
redução de glicose hepática. O diabetes é uma doença na qual o organismo
perde a propriedade de regular a glicose sangüínea e o metabolismo de
carboidratos e isso pode resultar numa insuficiente produção de insulina ou
numa inefetiva resposta hepática e dos tecidos periféricos à insulina, pois,
esses últimos são tecidos responsivos à insulina ( IVY et al. 1999).
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professor Apolinário Bouchardat – Autor do Livro “Diabetes Mellitus”. Edit. Masson,
Paris. 1883, primeiras palavras sobre os benefícios do exercício físico para minimizar os
efeitos deletérios da diabetes.
Prescrição de exercícios
Antes de iniciar um programa de exercícios com diabéticos devem ser con-
siderados todos os aspectos que possam garantir a prática do exercício com
qualidade, sem que se prejudique ainda mais a saúde do praticante. É necessá-
rio que o diabético passe por uma avaliação médica para que possa ser diag-
nosticado a presença ou não de complicações microvasculares. A história mé-
dica do paciente e o exame físico devem focar principalmente a presença de
afecções no coração, vasos sangüíneos, olhos, fígado e sistema nervoso
Conclusões
O exercício, na atualidade, é compreendido cientificamente como um dos
meios mais potentes para prevenir os efeitos deletérios propiciados pela evolu-
ção do quadro diabético. O exercício facilita o organismo a manter um equilí-
brio adequado entre a glicose e a insulina. A alimentação faz com que a glicemia
aumente e o exercício faz com que a glicemia diminua. A incorporação do exer-
cício ao estilo de vida dos diabéticos é de suma importância. Os programa de
exercícios devem respeitar a individualidade biológica de cada paciente. Os re-
sultados de exames bioquímicos, ergométrico e a história médica e física do
paciente devem ser a linha mestra para a prescrição de exercícios.
A melhor atividade física a ser praticada ainda permanece sendo motivo de
controvérsias e o consenso só será alcançado mediante a realização de vários
estudos. No entanto, é certo que alguns benefícios existem, tais como: melho-
ra da capacidade aeróbia, melhora do controle glicêmico, entre outros, além
de permitir uma melhora nos aspectos biopsicossociais. Nesse contexto, me-
rece destaque a melhora dos níveis de ansiedade e dos sintomas de depressão.
Dessa forma, a atualização constante dos profissionais de saúde envolvidos
faz-se necessário, pois a ciência é dinâmica e as descobertas, principalmente
no âmbito dos pacientes diabéticos podem salvar vidas. Os governos de todo o
mundo estão envidando esforços para que possamos detalhar os mecanismos
fisiológicos que envolvem a evolução do quadro do diabetes e o exercício,
atualmente, encabeça a lista dos que mais devem ser estudados.
Referências Bibliográficas