Computadores

SEGUNDA-FEIRA 28 FEVEREIRO 2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

Reciclar os Aposta na Os novos ecrãs Os ‘hackers’ De cortar

telemóveis gestão de dados do futuro vistos dos EUA a respiração
Programas e modos de A Autodesk comprou a A Tecpédia analisa o LCS, Estudo dos média mostra De ‘Playground of
proteger o ambiente face Compass para reforçar a uma nova tecnologia mudança na percepção Destruction’ a ‘Painkiller’
aos modelos usados sua oferta na Europa revolucionária para ecrãs pública do fenómeno e ‘Alpha Black Zero’
➜ pág. 3 ➜ pág. 7 ➜ pág. 4 ➜ pág. 4 ➜ págs.10/11

QUATRO EMPRESAS DEMONSTRARAM EM CANNES AS SUAS SOLUÇÕES DE TELECOMUNICAÇÕES

Tecnologia portuguesa presente no 3GSM

ISABEL GORJÃO SANTOS rupção. Os agentes foram
despedidos e acabaram por

D
AS SOLUÇÕES PARA fazer cópias
de segurança (os chamados
“backups”) de dados dos tele-
móveis aos divertidos jogos,
várias foram as soluções apre-
sentadas na exposição do 3GSM World
por empresas portuguesas. A YDreams,
a WeDo Consulting, a Mobicomp e a Ace
marcaram presença na maior feira de tele-
comunicações, que decorreu em Cannes,
no Sul de França, entre os passados dias
14 e 17 de Fevereiro. Pelos contactos feitos
e pelas ideias partilhadas, a experiência
parece ser para repetir.
A YDreams — que desenvolve jogos
e outras aplicações relacionadas com a
área do entretenimento e que tem feito
da mobilidade uma das suas principais
apostas — esteve pela primeira vez pre-
sente no 3GSM World. Levou para a feira
a versão quase final do “Undercover 2”,
um jogo para telemóvel que dá continui-
dade à sequela de “Undercover” iniciada
com a primeira versão do jogo, lançada
em 2002.
Ricardo Andrade, director da YDre-
ams para a área do “marketing” e da
comunicação, explicou a Computadores
que a presença da empresa no 3GSM
World resultou de uma parceria com a
Navteq, uma das principais empresas
europeias fornecedoras de mapas digitais.
A nova versão do “Undercover” necessita
de mapas reais e foi a Navteq que forne-
ceu à YDreams os mapas dos 44 países
que serão incluídos no jogo.
“Toda a acção do jogo decorre sobre
mapas reais”, explica Ricardo Andrade.
Daí a parceria estabelecida com a Navteq,
que convidou a YDreams a instalar-se o
seu “stand”, em Cannes. “O resultado foi
excepcional”, considerou o responsável da
YDreams, que colocou agora a versão beta
do “Undercover 2” à disposição de quem a
quiser testar ( www.ydreams.com ).
Na primeira versão do “Undercover”,
o jogador desempenhava o papel de um
agente secreto a trabalhar para uma
agência governamental de informações
e espionagem — mas tal agência viria
a acabar devido a um escândalo de cor-
ir trabalhar por sua conta,
para outras organizações.
Agora, na segunda versão,
há que criar uma equipa
e desempenhar diversas
missões. O argumento é
entusiasmante e jogar em
rede com amigos, através
do telemóvel, será certa-
mente muito divertido.
A YDreams efectuou,
durante a 3GSM World,
mais de uma centena de con-
tactos com potenciais clien-
tes — na sua maior parte
relacionados com o “Under-
cover” mas não só, pois a
empresa desenvolve também
aplicações relacionadas com
outras áreas, como educação
e cultura ou meio ambiente.
Cinco membros da empresa
estiveram em Cannes, insta-
lados à entrada do pavilhão
2 da feira. E, para estimular
os seus parceiros, a Navteq
resolveu oferecer, no final
de cada dia, uma garrafa de
champanhe a quem tivesse
estabelecido mais contactos
— ora, em quatro dias, só por uma vez é que
não foi a YDreams a fazer o brinde.
Também presente no 3GSM World
esteve a WeDo Consulting, que desen-
volve soluções de “software” para a área
das telecomunicações. Aliás, este foi já o
quarto ano consecutivo em ➜

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
➜
que a empresa esteve presente
na feira, tendo reservado espaço para a
edição do próximo ano — que se realizará
em Barcelona, dada a incapacidade do
Palácio dos Congressos de Cannes (e da
própria cidade) para receber tantos visi-
tantes e tantos expositores… e porque os
custos estavam a ficar insuportavelmente
elevados.
A WeDo levou para a feira quatro solu-
ções de “software”. Uma delas é a RAID
(Revenue Assurance Integrity Driller),
desenvolvida com o objectivo de permitir
aos operadores detectar perdas de recei-
tas. “O que esta solução faz é monitorizar
os dados que circulam entre os vários sis-
temas usados pelos operadores”, explicou
a Computadores Ana Miranda, gestora
de conta da WeDo. A par desta solução,
foi ainda demonstrada no 3GSM World a
RMS (Roaming Management Solution),
aplicação que pretende gerir os acordos de
“roaming” entre os diversos operadores de
vários países e automatizar a necessária
troca de ficheiros entre eles.
Quando um cliente de um operador
português faz um telefonema em França,
por exemplo, o operador francês tem que
enviar um ficheiro com toda a informação
sobre essa chamada — e essa é uma das
tarefas que esta solução da WeDo sim-
plifica. É a partir desses ficheiros que os
operadores podem, depois, fazer o acerto
de contas entre si.
A ICS (Integrated Collections Solu-
tion) foi outra das soluções da WeDo em
demonstração na feira. Trata-se de uma
aplicação que avalia o comportamento
dos clientes dos operadores de telecomu-
nicações de forma a identificar o plano de
pagamentos ou os tarifários mais adequa-
dos para cada segmento. Por fim, a WeDo
efectuou também demonstrações do CMS
computadores .2
(Commissions Management Solutions,
uma ferramenta que permite aos opera-
dores gerir os incentivos a atribuir aos
agentes que lhes vendem os serviços. O
CMS identifica os melhores agentes e gere
as comissões a atribuir.
“A feira é um dos eventos mais impor-
tantes, em termos de telecomunicações, e
é lá que se encontra em peso o mundo das
telecomunicações”, diz Ana Miranda, que
considerou a presença da WeDo na feira
uma opção estratégica para a empresa.
Como membro da GSM Association, a
entidade organizadora do evento, a WeDo
está presente, todos os anos, noutros
eventos menores — mas também sob a
designação 3GSM World — que se reali-
zam, por exemplo, na América Latina.
“A apreciação que fazemos da nossa
presença na feira é bastante positiva, pois
verificam-se novos contactos com parcei-
ros e operadores, e é um espaço onde tem
lugar uma série de encontros”, explica
Ana Miranda. Sobre a presença da WeDo
na edição do próximo ano, não há indeci-
sões: “O espaço já ficou reservado.”
Quem passou pelo “stand” da Nokia no
3GSM World — e quase todos os visitan-
tes o terão feito — talvez tenha assistido à
demonstração das soluções desenvolvidas
por uma empresa portuguesa. A convite
da Nokia, a Mobicomp esteve presente no
pavilhão 4, integrada num conjunto de 15
parceiros da Nokia.
Segundo Carlos Oliveira, director da
Mobicomp, a empresa é membro do Forum
Nokia Pro, um programa de parcerias pro-
movido pela Nokia. Este programa, lançado
há um ano, apresenta como principal vanta-
gem para os parceiros o acesso privilegiado
aos produtos e às tecnologias da Nokia.
As soluções da Mobicomp abrangem
vários sectores, dos operadores móveis
S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
à banca e aos serviços, passando pelo
retalho. Mas a solução que a Mobicomp
demonstrou no 3GSM World foi a Mobi-
leKeeper, que permite fazer uma cópia
de segurança (“backup”) remoto de infor-
mação guardada nos telemóveis — como
será o caso da lista de contactos ou da
agenda. Ao cabo de dois anos de desenvol-
vimento, a solução está agora pronta para
ser comercializada e com certificação pela
Symbian, o consórcio de fabricantes de
telemóveis responsável pelo desenvolvi-
mento do sistema operativo com o mesmo
nome, usado em boa parte dos telemóveis
de nova geração.
“Sendo os telemóveis naturalmente
vulneráveis a perdas e roubos, cada vez
se verificam perdas de informação e con-
teúdos com maior frequência, o que cons-
titui um prejuízo grave para as pessoas”,
adiantou Carlos Oliveira. O objectivo da
MobileKeeper é exactamente resolver
essa questão, pois permite aos operadores
disponibilizar um serviço de armazena-
mento de dados num servidor central,
tornando mais fácil a recuperação desses
dados e a sua transferência para um novo
telemóvel ou outro dispositivo móvel.
A Mobicomp disponibiliza toda a
plataforma necessária, uma vez que o
“software” é desenvolvido pela empresa
e, para o fornecimento de equipamentos,
estabeleceu parcerias com fabricantes,
como é o caso da HP no que respeita aos
computadores de bolso ou organizadores
pessoais — também conhecidos por “per-
sonal digital assistants” (PDA).
Esta foi a primeira vez que a Mobi-
comp participou numa feira deste género
e Carlos Oliveira considera que o resul-
tado foi “muito positivo, pelo conjunto
interessante de contactos estabelecidos”.
No plano de negócios da empresa está já
prevista a participação na edição de 2006
do 3GSM World.
A lista de presenças de empresas
portuguesas na feira fica completa com
a Ace Sistemas Comerciais, que já não é
exactamente uma estreante no evento.
Esta foi a sexta vez que participou no
3GSM World. Rui Guedes, director da Ace
Sistemas Comerciais e responsável pela
unidade de negócios de telecomunicações,
considera que o 3GSM World é “a feira das
telecomunicações”, onde é imprescindível
marcar presença. Já com alguma experiên-
cia no evento, Rui Guedes considerou até
que a feira esteve melhor neste ano e que
havia uma maior disponibilidade por parte
dos operadores para ouvir falar de novas
soluções: “Os contactos não foram muitos,
mas foram bons”.
Em termos de produtos, as soluções
para gestão da relação com os clientes de
telecomunicações móveis, bem como solu-
ções de facturação integrada (“convergent
billing”) para serviços pré ou pós-pagos,
foram uma das apostas da Ace neste ano.
Nas últimas duas edições da feira, a Ace
foi, inclusive, premiada na categoria Ino-
vação do concurso mundial de aplicações
para cartões inteligentes, o SIMagine, que
decorreu durante a feira.
A aplicação vencedora em 2003
foi o SIMCompanion, “software” que
“transforma” qualquer cartão SIM dos
telemóveis num guia turístico interac-
tivo, que permite receber informações
sobre hotéis, restaurantes ou táxis
sempre que se chega, por exemplo, a
um país estrangeiro. No ano passado, a
Ace venceu, na mesma categoria, com a
solução SIM Call Center, aplicação que
permite aos fornecedores de serviços
melhorar os seus processos de atendi-
mento telefónico dos clientes. ●
 OPERADORES E FABRICANTES DE TELEMÓVEIS APOSTAM EM RECICLAR EQUIPAMENTOS E BATERIAS
Por um mundo móvel
mais amigo do ambiente
C
OM O número de telemóveis vendi-
dos em todo o mundo a aumentar
exponencialmente, a reciclagem
dos componentes perigosos é cada
vez mais uma preocupação pre-
mente para os ecologistas mas também para
todos o que se preocupam com o ambiente.
Embora a legislação que determina a obriga-
toriedade da reciclagem dos equipamentos
eléctricos e electrónicos só entre em vigor em
2006, as entidades públicas, os operadores
móveis e os fabricantes estão já a preparar-
se para responder a este desafio, alinhando
estratégias e comunicando-as aos seus
clientes.
Em 2004, foram vendidos mais de 664
milhões de telemóveis em todo o mundo,
mais 29,3 por cento que no ano anterior —
estima a IDC. Com a disseminação das redes
móveis nos países asiáticos, na América
Latina e na Europa de Leste, e com a criação
de modelos a preços mais baixos destinados
a estes mercados emergentes, estes números
de vendas virão a “disparar”. Ainda no início
do mês, a GSM Association lançou uma nova
iniciativa para a produção de equipamentos
abaixo dos 40 dólares (ver notícia na edição
anterior de Computadores), afirmando espe-
rar vendas acima de 6 milhões de unidades
nos primeiros seis meses.
Para além dos novos clientes das redes
móveis (que terão de comprar um novo
terminal), os analistas estimam que, em
média, os utilizadores mudam de telemóvel
de dois em dois anos — período que os fabri-
cantes querem ver encurtado, aliciando-os
com novas funcionalidades integradas nos
muitos modelos que todos os meses lançam
no mercado. A preocupação com o volume de
equipamentos levou a Comissão Europeia a
debruçar-se sobre esta área, no âmbito da
iniciativa global
para o lixo eléctrico e electrónico. O
Executivo da União Europeia espera que
os Estados-membros reciclem milhões de
telemóveis que deixam de ser usados, evi-
tando que estes vão parar as lixeiras sem
o tratamento adequado dos componentes,
sobretudo das baterias de iões de lítio e de
níquel-cádmio.
A directiva europeia — que em breve
entrará em vigor nos países da União —
define que os produtores e os fabricantes são
responsáveis pela reciclagem dos produtos
que comercializam, pelo que foram criadas
entidades que recebem esse lixo (entre as
quais se contam, em Portugal, a Ecopilhas
e a Sociedade Ponto Verde), às quais é paga
uma dada quantia por cada embalagem ou
equipamento colocado no mercado.
Embora os especialistas assegurem que,
hoje em dia, é possível reciclar efectivamente
40 por cento das peças existentes em equi-
pamentos metálicos, a Greenpeace continua
a dar nota negativa à maioria dos princi-
pais fabricantes de telemóveis. Só a Nokia
e a Samsung recebem um sinal amarelo
— indicativo de que Greenpeace considera
que estas marcas ainda usam
alguns componentes químicos FÁTIMA
poluentes mas que se com- / Casa
prometeram a eliminá-los
progressivamente. Na lista dos vermelhos,
utilizando poluentes químicos e sem planos
para os eliminar, estão a Motorola, a Sony
Ericsson, a Panasonic e a Siemens.
A Vodafone é a operadora portuguesa
que mais cedo integrou na sua área de
responsabilidade social a necessidade de
reciclar os milhares de equipamentos que,
todos os anos, deixam de ser usados pelos
seus clientes. Desde Dezembro do ano 2000,
a Vodafone tem em curso um programa de
recolha de baterias, que, em Outubro de
2001, foi estendido aos telemóveis.
Promovendo regularmente acções de sen-
sibilização junto dos seus clientes, a Vodafone
tem uma campanha de trocas — iniciada em
Novembro de 2003 — mediante o qual os
clientes que adquirem um equipamento novo
recebem um desconto de 10 a 15 euros pela
entrega do equipamento usado desde que
este ainda funcione, explicou a Computado-
res Luísa Pestana, directora de comunicação
institucional, apoio à gestão e responsabili-
dade social da Vodafone Portugal.
“Quando o programa [de recolha de
baterias] se iniciou em Portugal, não havia
nenhuma entidade gestora a nível nacional.
Nessa altura, a Vodafone
CAÇADOR celebrou um contrato com um
dos Bits operador de resíduos que era
responsável por encaminhar
as baterias para uma unidade de reciclagem
na Suíça”, adiantou a mesma responsável
da Vodafone. O processo tinha custos que
eram absorvidos pela empresa e, a partir da
entrada em funcionamento da Ecopilhas, a
Vodafone começou a encaminhar para esta
empresa todas as baterias recolhidas.
Através do seu programa ambiental, a
Vodafone recolheu no primeiro ano mais de
S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
2500 Kg de telemóveis; entre Abril de 2002
e Março de 2003, este número baixou para
menos de 1500 Kg mas, no ano seguinte,
voltou a ultrapassar as 2 toneladas.
A Vodafone recicla ainda as embalagens
dos produtos, podendo os clientes que o
desejarem deixá-las logo na loja, para serem
depois devolvidas ao armazém, separadas
segundo o tipo de material e encaminhadas
posteriormente para valorização.
Também a Optimus tem definidos diver-
sos processos e iniciativas para fomentar a
reciclagem dos diferentes resíduos gerados
pelas suas actividades — garante Isabel
Borgas, directora de relações públicas da
Optimus. “No que diz respeito aos telemóveis
e seus acessórios, [a Optimus] tem estabele-
cido, nas suas operações, processos internos
de segregação dos telemóveis obsoletos e um
processo de retoma junto dos seus clientes.”
Só em 2002, a empresa enviou um total
de 3814 Kg de telemóveis, baterias e aces-
sórios para reciclagem; 2366 Kg em 2003 e
16.341 Kg em 2004. Para o processo de reci-
clagem de baterias, a Optimus recorre à Eco-
pilhas mas, nos restantes resíduos, mantém
um contrato com a Sociedade Ponto Verde.
Embora tenha aderido à reciclagem em
Janeiro de 2004, a TMN privilegia a reuti-
lização dos equipamentos recolhidos desde
que em bom estado, evitando assim a pro-
A preocupação com a reutilização dos materiais
dos telemóveis esgotado o seu ciclo de vida
foi levada ao extremo pelos investigadores da
universidade britânica de Warwick, que, em
colaboração com a empresa Pvaxx Research &
Development e a Motorola, desenvolveram um
telemóvel biodegradável que se transforma num
girassol (ver imagem).
As capas que revestem o telemóvel são
constituídas por um plástico totalmente
biodegradável e não tóxico. Para que se
“transforme” em flor depois de desactivado, o
terminal integra no seu interior sementes de
girassol que podem ser vistas através de uma
pequena janela incluída na capa do equipamento.
Os responsáveis pelo projecto garantem que a
tecnologia funciona e que está disponível para
todos os fabricantes que se mostrem interessados
em integrá-la nos seus telemóveis — mas ainda
ninguém avançou com propostas comerciais.
dução de resíduos. Só em 2004, a empresa
recolheu 21,9 toneladas de equipamentos
reutilizáveis, tendo 200 Kg sido enviados
para reciclagem.
João Duarte, da direcção de organização
e projectos transversais da TMN, explica que
os telemóveis assim recolhidos são depois
enviados para uma empresa europeia certi-
ficada, que procede à verificação, limpeza e
melhoria destes equipamentos para serem
reintroduzidos num mercado onde ainda
tenham valor comercial. “Deste modo, pro-
cura-se prolongar o tempo de vida do tele-
móvel através da sua reutilização, evitando
que se torne um resíduo logo que entra em
desuso”, justifica João Duarte.
Com propostas de valorização da entrega
dos equipamentos semelhantes às dos outros
operadores, a TMN está a apostar numa
adesão significativa dos seus agentes autori-
zados a este tipo de iniciativas.
No topo da lista de vendas de telemóveis
em Portugal, a Nokia mantém internacional-
mente um programa ambiental integrado,
designado Product Life Cycle, que se inicia
na fase de “design” do produto e termina nas
práticas de fim de vida dos equipamentos.
O programa estende-se a Portugal, onde a
marca mantém, em todos os pontos de assis-
tência do Club Nokia, caixas para recolha de
baterias, telemóveis e acessórios.
A mesma filosofia segue a Samsung,
terceira no “ranking” de vendas em Portu-
gal, que é uma das fundadoras da Amb3E,
entidade criada em Janeiro deste ano para
gerir um sistema integrado de resíduos para
as empresas que a integram (como a Caupel,
a Daikin Portugal, a LG Electronics Portu-
gal, a Eurofred Refrigeração, a Mitsubishi
Electric Europe, a Roca York, a Samsung
Electrónica Portuguesa e a Soler & Palau).
Paulo Canas, gestor de produtos de GSM
da Samsung, destaca igualmente a boa clas-
sificação da Greenpeace em relação aos equi-
pamentos da marca e o facto de esta fazer
recolha activa das baterias, reencaminhadas
em Portugal para a empresa Ecopilhas.
Com a entrada em vigor da nova legis-
lação para a reciclagem dos resíduos eléc-
tricos e electrónicos, aumentará o volume
de equipamentos recolhidos (telemóveis
mas também computadores e outros
equipamentos de electrónica de consumo).
Pelo menos é o que se espera para bem
do ambiente enquanto não se encontra
uma forma eficaz e barata de empregar
materiais biodegradáveis no fabrico destes
equipamentos. ●
computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O ESTUDO DOS MÉDIA NORTE-AMERICANOS ANTES E DEPOIS DO 11 DE SETEMBRO

Uma visão distorcida

do ‘hacking’ BEBETO MATTHEWS/AP

O
MODO COMO os média tra- e a ameaça de um ataque
dicionais apresentam os chinês em larga escala aos
“hackers”, o “hacking”, o “sites” norte-americanos
“hacktivismo” e o ciber- em retaliação pela morte
terrorismo antes e depois de um piloto chinês numa
do 11 de Setembro de 2001? A resposta colisão contra um avião
é dada num estudo do investigador americano junto da fron-

Liquid Crystal Sandor Vegh, da universidade norte-

americana do Maryland, publicado
no último número da revista “First
teira da China.
O caso Sklyarov foi
relatado em todos os

on Silicon Monday” ( http://firstmonday.org/

issues/issue10_2/vegh/index.html
sob o título “The media’s portrayal
),
jornais (com excepção do
“Wall Street Journal”) e o
tema do Windows XP teve

C
OM A MORTE anunciada dos televisores de tubos
de raios catódicos (CRT na sigla inglesa), a
guerra entre as tecnologias dos plasmas e dos
cristais líquidos sobe de intensidade. Os ecrãs
de 81 centímetros de diagonal, em tecnologia
LCD (Liquid Crystal Dysplay) — que até há poucos meses
custavam mais do triplo do preço dos modelos equiva-
lentes em CRT — estão agora disponíveis nas grandes
superfícies e ainda com marcas ditas “brancas” a preços
quase equivalentes aos dos seus antecessores de tecnolo-
gia tradicional.
Os ecrãs de plasma, por seu lado, conseguem colocar-se, na
faixa das diagonais de 101 cm, a preços 20 a 30 por cento
superiores mas para uma área total de ecrã bastante supe-
rior. Só que muitos consumidores, apesar de atraídos pelas
dimensões dos de plasma,receiam esta tecnologia,conhecida
pela sua fraca longevidade: com o tempo, os ecrãs de plasma
tendem a perder uma percentagem significativa do seu brilho
(nalguns casos, até 50 por cento em apenas três anos), o que
os torna um investimento demasiado arriscado.
Mas os de LCD, por seu lado e apesar da descida acentuada,
apresentam ainda preços proibitivos nos ecrãs de mais de 101
cm — sendo uma tecnologia que dificilmente atingirá dimen-
sões superiores a custos razoáveis dada a complexidade do seu
fabrico. Pior: tamanhos maiores exigirão resoluções também
superiores, a fim de evitar os efeitos visíveis na imagem, por
exemplo, dos pixels visivelmente quadrados dos plasmas.
Uma solução económica para os tamanhos maiores são os
ecrãs de retroprojecção, como os baseados nas tecnologias
DLP, da Texas Instruments (ver Tecpédia de 14-2-2005), cujo
“chip” de Digital Light Processing contém um conjunto de
micro-espelhos, que reflectem a luz de uma lâmpada de
projecção, gerando assim a imagem. O DLP tornou-se uma
opção popular para os televisores de alta definição nos EUA
e está a ser usado também para projectores de cinema digi-
tal em salas de espectáculos. O DLP tem a desvantagem da
complexidade do circuito-base integrado da imagem, que
poderá limitar também a máxima resolução possível em
futuros modelos.
Contudo, uma nova tecnologia — Liquid Crystal on Silicon
(LCOS) —,que mistura o LCD com alguns princípios usados nos
DLP,poderá ser a chave para futuros ecrãs de retroprojecção de
grande qualidade. Tal como o DLP, também o LCOS se baseia
na reflexão da luz proveniente de uma lâmpada. Neste último,
contudo, são os cristais líquidos que actuam como comutado-
res da luz: três painéis de LCOS asseguram a projecção das três
cores primárias, que criam a imagem colorida.
Os LCOS apresentam um conjunto de vantagens face aos DLP.
Em primeiro lugar, é possível “apertar” mais os pixels no LCOS
do que nos DLP graças à menor complexidade do sistema
de cristais líquidos face aos espelhos móveis do DLP. É, assim,
possível criar ecrãs com resoluções elevadas (1365 x 1024),
adequados à alta definição. O resultado final é uma imagem
onde se nota muito menos o efeito digital (a “pixelização”),
sempre tão presente em qualquer das tecnologias actuais.Os
fabricantes dos ecrãs LCOS referem mesmo que a imagem
tem uma suavidade “analógica”.
A escassez dos ecrãs LCOS, já em comercialização, ainda torna
os preços tão altos quanto os dos primeiros de plasma — os
LCOS estão a ser disponibilizados apenas por fabricantes
especializados em equipamentos de topo de gama, longe
ainda, portanto, da maioria das bolsas. Mas, quando a TV de
alta definição der, na Europa, passos determinados, é prová-
vel que LCOS passe a ser uma sigla tão popular quanto
agora o é a LCD. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
of hacking, hackers, and hacktivism
before and after September 11”.
Segundo Vegh — que analisou
cinco jornais dos EUA antes e depois
do 11 de Setembro —, “algumas acti-
vidades ‘on-line’ são apropriadas aos
objectivos das elites política e empresa-
rial com a ajuda dos ‘mass media’ sob o
seu controlo para servir como pretexto
de intervenções destinadas a preservar
o ‘status quo’.”
O debate norte-americano sobre
estas matérias intensificou-se após o
11 de Setembro e influenciou negativa-
mente o activismo político “on-line”, que
“agora é forçado a defender-se contra o
que é designado pelas autoridades
como uma forma de ciberterrorismo”.
Este tipo de atitudes não são
divulgadas ao público em geral “ou, se
noticiadas, são apresentadas de forma
negativa nos média”, refere Vegh. O
“retrato” dos média sobre o “hacking”
faz, assim, parte da “hegemonia
das elites para formar um consenso
popular” que permita suportar a sua
“cruzada” — sob diferentes pretextos
— para acabar com o “hacking”, “uma
actividade que poderá, potencialmente,
ameaçar a ordem dominante”.
O autor refere que o termo “hacker”
abrange uma grande diversidade de
perfis: os “crackers”, os “script kiddies”, mática foram os mais referenciados.
os “hobby hackers” e os “hacktivists”,
entre outros. Em termos gerais, os
“hackers” podem ser entendidos como
os interessados nas tecnologias infor-
máticas que se dedicam a desvendá-
las, mesmo usando técnicas ilegais;
os “crackers”, por seu lado, usam esse
mesmo conhecimento de forma mal-
intencionada ou mesmo criminosa.
Já os “script kiddies” usam conheci-
mentos disponibilizados na Internet ou
por amigos para acederem ilegalmente
a computadores e servidores — quase
no mesmo sentido dos
“hobby hackers” —, PEDRO FONSECA
enquanto os “hacktivis-
tas” são pessoas que usam os seus
conhecimentos técnicos com fins polí-
ticos. O investigador analisou os con-
teúdos dos diários “New York Times”,
“Wall Street Journal”, “Washington
Post”, “San Jose Mercury News” e
“USA Today”, centrando-se nos textos
em que surgiam versões da palavra
“hack” e procedendo a uma análise
da palavra em termos de contexto e
conteúdo. A escolha destes jornais
baseou-se nas empresas proprietárias
e na grande circulação dos mesmos,
que, em conjunto, atingem 6,3 milhões
de leitores diários e, ao domingo (dia
em que são acrescentados variados
suplementos) ultrapassa os 7 milhões.
“Para mais, cada um deles acrescenta
um tom único ao conjunto”, salienta o
investigador.
O estudo abrangeu o período de 1 de
Janeiro de 2001 a 21 de Março de 2002,
cerca de 6 meses antes e depois do 11
de Setembro. Dos cerca de 1100 artigos
detectados (e eliminados os textos em
que o termo não tinha relevância ou se
referia a nomes), o autor debruçou-se
sobre 627 artigos.
O termo “hacker” (ou o seu plural)
surgiu em 74 por cento dos artigos
mas, pela arrumação determinada pelo
autor, os temas de segurança infor-
Por seu lado, enquanto o uso do termo
“cibercrime” decresceu, o dos termos
“segurança nacional” e “segurança ‘on-
line’” aumentaram, tal como as notícias
sobre os “hackers”, à excepção do “Wall
Street Journal”.
“À parte o discurso de mudança
e da atenção dos jornais a estes
tópicos, há um outro factor impor-
tante que afecta estes dados, como o
decréscimo do número actual de inci-
dentes de ‘hacking’, de campanhas de
hacktivismo e da actividade ‘on-line’
criminosa” —, nomea-
damente por causa do
11 de Setembro, após o
qual muitos “hackers” suspenderam
ou adiaram as suas actividades,
como as críticas à Administração ou
às empresas dos EUA.
O estudo revela ainda os cinco gran-
des eventos que marcaram aquele perí-
odo nos referidos jornais, salientando a
prisão do programador russo Dmitry
Sklyarov em Las Vegas, preso e acu-
sado de divulgar as vulnerabilidades do
“software” E–Book, da Adobe. Seguem-
se o anúncio e as vulnerabilidades do
então novo sistema operativo Windows
XP, da Microsoft, a ordem de encerra-
mento do frágil sítio do Departamento
do Interior na Web (ligado aos assun-
tos índios), notícias sobre o Mafiaboy
— jovem canadiano acusado, julgado
e preso por ataques informáticos a
empresas como a Yahoo! ou a eBay —,
mais relevância à excep-
ção do “Washington Post”
(que deu mais destaque
às questões do Depar-
tamento do Interior). O
Mafiaboy e a “ciberguerra”
China-EUA tiveram
acolhimento semelhante
em todos os jornais, com
maior relevância no “New
York Times” e menor no
“Washington Post”.
Vegh nota ainda que
as notícias sobre o ciber-
crime aumentaram após
os ciberataques em Maio
desse ano (quando a ques-
tão com a China foi mais
saliente) e nas semanas
seguintes ao 11 de Setem-
bro, em que “mais organizações senti-
ram a necessidade de alertar o público
quando detectavam vulnerabilidades
e, do mesmo modo, mais empresas se
mostraram dispostas a revelar as fragi-
lidades nos seus produtos ou servidores,
mesmo comprometendo a confiança e a
sua imagem pública”.
Esta análise detectou também
que muitas dos factos noticiados sobre
“hacking” nunca aconteceram, apre-
sentando apenas cenários previsíveis
— 30,4 por cento antes e 69,6 por cento
após o 11 de Setembro. O trabalho
revelou igualmente que a maior parte
dos relatos não contemplava a possível
motivação dos autores mas, por seu
lado, os actos de “hacking” parecem ser
mais reconhecidos em termos mediáti-
cos quando “servem o activismo político
ou fins criminosos”. O trabalho mos-
trou ainda que, após o 11 de Setembro,
foram usados mais termos “negativos”
para classificar os “hackers” em geral.
As conclusões de Vengh são con-
cisas: “O discurso está a mudar de
‘hackers’ como criminosos para ciber-
terroristas”, existindo um ênfase actual
no ciberterrorismo. E, apesar de nunca
se ter verificado qualquer incidente, “a
linguagem dos média dilui a diferença
entre hacktivismo e ciberterrorismo”,
“as motivações não são discutidas
nos textos noticiosos sobre ‘hacking’,
excepto quando o artigo é sobre o perfil
dos ‘hackers’”, e muitos dos artigos
usam um tom sensacionalista.
“Uma grande consequência do
noticiário dos média é que o activismo
político ‘on-line’ é distorcido, sendo
apresentado como um acto perturbador,
praticado por cibervândalos, ‘hackers’
ou potenciais ciberterroristas”, conclui
o autor. “Isso afecta negativamente a
opinião pública, o que resulta em con-
dições favoráveis para a aprovação de
leis e regulamentos que limitam este
modo alternativo de apoio e de protesto
político”. ●

computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
 DELEGAÇÃO INTERNACIONAL AO ARQUIPÉLAGO NEGOCEIA APOIOS TÉCNICOS E FINANCEIROS

Cabo Verde e Microsoft

acertam cooperação
U
MA DELEGAÇÃO DA Microsoft
chegou no início da passada
semana a Cabo Verde a fim
de entabular negociações com
as autoridades do arquipélago
sobre os termos de um acordo de coopera-
ção entre estas e a empresa de Bill Gates,
o qual abrangerá áreas como o governo
electrónico, a educação e as comunidades.
Segundo Jorge Lopes, gestor do Núcleo
Operacional para a Sociedade de Informa-
ção (NOSI), a entidade pública responsável
pelas políticas relacionadas com as tecno-
logias de informação em Cabo Verde, o
acordo será um “instrumento estruturante
para o sector”.
Para Jorge Lopes, a parceria com a
Microsoft chega no bom momento e será
fruto de “aturadas discussões” — as
quais já vêm decorrendo há algum tempo
para “formalizar uma cooperação que, na
prática, já existe e tem dado frutos”. “A
generalização [do uso] da Internet a todos
os estabelecimentos de ensino do arquipé-
lago, assim como a criação de mecanismos
de comunicação modernos” entre Cabo
Verde e as suas comunidades são alguns
dos objectivos que motivam o acordo em
preparação, conforme afirmou o mesmo
responsável cabo-verdiano, citado pela
agência Lusa.
Embora ainda não tenha sido assinado,
o acordo de cooperação entre a Microsoft
e as autoridades de Cabo Verde também
deverá prever “condições preferenciais de
aquisição” de aplicações e “software” de
infra-estrutura da Microsoft pelos utiliza-
dores cabo-verdianos, a começar pelas “ins-
tituições do Estado e pelas empresas, tanto
públicas como privadas”. Mesmo assim,
referiu Jorge Lopes, a aquisição dessas fer-
ramentas implicará alguns custos, embora
abaixo dos preços de mercado.
O acordo com Microsoft inclui ainda
um “apoio concreto na procura de finan-
ciamentos” para a aquisição dessas apli-
cações, acrescentou Jorge Lopes. Outras
vertentes da parceria entre o Núcleo Ope-
racional para a Sociedade de Informação
e a Microsoft referem-se a apoio técnico,
garantido por esta empresa, na “concepção
e na construção dos principais instrumen-
tos estratégicos” em que deverá assentar a
governação electrónica em Cabo Verde.
A delegação, que chegou na passada
terça-feira a este arquipélago lusófono,
era formada por responsáveis da Micro-
soft para a África Ocidental, assim como
por técnicos vindos da sede da empresa,
em Redmond, no Noroeste dos Esta-
dos Unidos da América. Segundo Jorge
Lopes, as reuniões programadas com os
responsáveis do NOSI e com membros do
governo cabo-verdiano e outras entidades
constituirão a última ronda de negocia-
ções entre as duas partes, antes da assi-
natura, numa próxima missão, do acordo
formal de cooperação.●

.com

Lexmark cresceu 12 por cento
A Lexmark registou, no ano passado, uma facturação na ordem
dos 5314 milhões de dólares, o que representa um crescimento
de 12 por cento quando comparado com os 4755 milhões
registados em 2003. Também a facturação relativa a “hardware”
cresceu 14 por cento, o que representa o maior aumento, em
percentagem, desde 1998. A margem bruta, por sua vez, foi de
33,7 por cento, o que representa um progresso de 1,2 por cento
face ao resultado do ano anterior. Entretanto, a Lexmark aprovei-
tou também para adiantar as suas previsões para o trimestre em
curso, de acordo com as quais o crescimento anual deverá situar-
se entre os 5 e os 9 por cento. A empresa divulgou também o
crescimento dos dividendos por acção, que foi de 28 por cento
no último ano, para 4,28 dólares, e que neste trimestre deverá
situar-se entre os 0,95 e o 1,05 dólares. ●
SAS cresce 23 por cento por cá…
O SAS Portugal registou em 2004 um volume de negócios de 6,86
milhões de euros, o que representa um crescimento de 23 por
cento quando comparado com os 5,57 milhões de euros alcan-
çados no ano anterior. As receitas relativas à área de “software”
apresentaram um crescimento de 18 por cento e correspondem
a 5,4 milhões de euros no total da facturação — significando isso
que o contributo do “software” para a totalidade da facturação foi
de 79 por cento. Quanto aos serviços, cresceram 43 por cento o que
representa um contributo na ordem dos 1,46 milhões para o total
das receitas.“Tivemos uma taxa de crescimento, em 2004, superior
à do mercado nacional de ‘software’ e aumentámos a nossa quota
de mercado”, salientou Álvaro Vieira, director-geral do SAS em Por-
tugal. O crescimento anunciado relaciona-se com a actividade da
empresa em diversos sectores, como é o caso da banca, dos seguros,
da administração pública ou das telecomunicações. Entre os novos
clientes, encontram-se os CTT, o Ministério da Justiça, a Eurovida, o
Banif e a Intergo. ●
… e 15 por cento a nível global
O SAS registou, em termos mundiais, um aumento de 15
por cento das suas receitas, o que significa um volume de
negócios de 1530 milhões de dólares. Jim Goodnight, o “chief
executive officer” (CEO) da empresa, comentou estes resulta-
dos referindo que “a vantagem competitiva da empresa é a
sua capacidade de distribuir conhecimento através das orga-
nizações mais rapidamente do que qualquer outro produto
no mercado”. Em termos de crescimento por sector, o SAS viu
as suas receitas aumentarem 22 por cento na área dos servi-
ços financeiros, 20 por cento no sector farmacêutico, 30 por
cento no sector público, 18 por cento nas telecomunicações
e também na área da energia e dos serviços básicos (as cha-
madas “utilities”), e 9 por cento no que se refere à distribui-
ção. Se se considerar a divisão por área geográfica, a empresa
obteve 46 por cento das suas receitas nas Américas, 44 por
cento na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) e
10 por cento na região da Ásia-Pacífico, onde se verificou um
aumento das vendas na ordem dos 20 por cento. ●
Pmelink intermediou 10 milhões…
A Pmelink, uma empresa de comércio através da Internet, inter-
mediou 10,57 milhões de euros de compras electrónicas em 2004
— mais 34,7 por cento que em 2003, revelou na passada semana
Ricardo Pereira, seu director-geral, que assinalaria ainda que, neste
ano, a empresa pretende ultrapassar os 15 milhões de euros de
negócios intermediados e exceder as 20 mil empresas que lhe
compram produtos (as quais foram 16 mil em 2004, com quem
efectuou 130 mil transacções). Em 2004, 43,1 por cento das vendas
da Pmelink foram de equipamentos, 23,5 por cento de consumí-
veis, 16,3 por cento de papel e 11,2 por cento de artigos de
economato; as empresas comerciais geraram 38,3 por cento das
encomendas, as de serviços 33,3 por cento, as industriais 26,1 por
cento e as do sector primário 2,3 por cento. Reconhecendo que
“ainda vêm a caminho” o equilíbrio dos resultados deste portal
“business to business” (B2B) criado em Maio de 2001, Ricardo
Pereira salientou que a óptica da Pmelink em 2005 ainda será mais
de crescimento e investimento que de rendibilidade. A Pmelink,
detida em partes iguais pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), pelo
Banco Espírito Santo (BES) e pela Portugal Telecom (PT), tem como
parceiros fornecedores de bens e serviços “um conjunto de quase
três dezenas de empresas líderes do mercado em diversas áreas” e
garante as entregas às empresas compradoras em 24 horas. ●
… e prepara internacionalização
A Pmelink gere catálogos personalizados de empresas, asse-
gurando em certos casos (como o da Toshiba em Portugal) o
processo logístico e de facturação das compras electrónicas
efectuadas no “site” português deste fabricante global. Por
volume de negócios, 45,6 por cento das empresas compradoras
na Pmelink têm até 250 milhões de euros e só 12,2 por cento
têm um volume de negócios acima de 5 milhões de euros. Mais
de metade (57,4 por cento) dos clientes da Pmelink não têm
mais de 10 pessoas ao seu serviço. Por outro lado, e segundo
Ricardo Pereira, em 2004 a Pmelink montou cerca de 400 “sites”
para empresas, dispondo actualmente de 50 mil empresas regis-
tadas e pretendendo angariar 5 mil novos clientes registados,
reforçar a sua oferta com novos produtos e serviços, aumentar
o número de catálogos electrónicos personalizados geridos e
ampliar as vendas proporcionadas pelas redes bancárias da CGD
e do BES. A empresa tem vindo a analisar vários mercados para
arrancar com a sua internacionalização — entre eles, o francês,
o inglês e o alemão — mas deverá iniciar este processo pela
Espanha, inicialmente pela Galiza ou por Madrid. ●
& pessoas
JOSÉ DUARTE passou ser responsável pela SAP no Sudoeste da
Europa, região que representa 10 por cento do negócio desta
empresa global de TI de origem alemã. Esta área engloba Espanha,
França, Itália, Portugal, Marrocos, Argélia e Tunísia, e emprega 1400
pessoas. A nomeação de José Duarte resulta da reorganização do
negócio da empresa por regiões e a alteração da área da Europa,
Médio Oriente e África (EMEA) a fim de juntar mercados mais
próximos tanto geograficamente como em termos de desenvol-
vimento — sendo criadas duas grandes regiões: a Europa Central
(Áustria, Alemanha, Suíça, Bélgica e Holanda) e a EMEA News
(Reino Unido, Irlanda, países da Escandinávia e de África, por
um lado, e a EMEA Emerging Markets, composta pela maioria
dos países da Europa de Leste e Ásia Central, Grécia, Turquia,
Israel e Arábia Saudita. Desde 2003, José Duarte era responsável
pela South EMEA (Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Turquia, Israel,
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e outros países do Médio
Oriente) e, antes disso, fora director-geral da SAP Espanha (entre
2000 e 2003) e da SAP Portugal (até 2000). ●

S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5 computadores .5
 virose
Dia 28

OS VÍRUS DA SEMANA
WM/Eraser.B;C:Tw, WM/MDMA.C;D;H,
Nova versão do ‘I Love You’ W97M/Este, VBS/Baracu.A@mm, VBS/
Gaggle@MM, W97M/Cobra.a1, W97M/
A semana que passou foi fértil em novos “worms” a explorarem as técnicas ficheiro de HTML contendo uma imagem de uma mulher semidespida e a Alamat, W97M/Clave.a, W97M/Ekiam
de engenharia social para induzir os utilizadores a abrirem as mensagens de frase “Well, it’s not really a LOVE LETTER, but anyway heres MY PIC ! See ~ Am
Dia 1
correio electrónico que os propagam. Apresentamos aqui três exemplos. I sexxy or what?? :-)”. VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae,
Cinco anos depois do avassalador ataque do vírus “I Love You”,um autor de O Assiral envia-se a si próprio, a partir de um computador infectado, através W97M/Kolop, W97M/Ekiam, W97M/
“software” mal-intencionado está a tentar usar um truque semelhante para destas mensagens, para endereços recolhidos nesse mesmo computador. Alamat, W32/PetLil@MM, WM/
atacar os utilizadores incautos através de um “worm” de distribuição em BADBOY.A;B;C, Tribute.A;B, Acid.A
massa por correio electrónico. ‘Worm’ mostra fotos da herdeira do Paris Hilton (intended), WM/CVCK1.B;E, W97M/
A este novo vírus — descoberto no passado dia 21 de Fevereiro —, foi dado Change.A, W97M/Jany.a, X97M/
o nome de Assiral. Tal como acontecia com o original, também o Assiral Uma nova variante do já conhecido “worm” Sober, a K, promete, desta vez, Hopper.r, VBS/Bhong, WM/Theatre.A,
utiliza um truque de engenharia social para levar os utilizadores a abrir as nas mensagens que o propagam, mostrar fotografias explícitas da herdeira W97M/Tarap, VBS/LoveLetter.bi,
mensagens (e respectivos anexos) que o propagam, ao fazer passar estas dos hotéis Paris Hilton. Esta nova variante do Sober envia-se a si mesma em VBS/Count, W97M/Bablas.aj, JS/
mensagens por cartas românticas. mensagens em alemão e inglês, usando uma grande variedade de linhas de Gigger.a@MM, W97M/Shore.p
As mensagens apresentam o assunto “LOV YA!” e contêm um texto pedindo assunto, incluindo “Paris Hilton, pure!” e “Paris Hilton SexVideos”.
ao leitor para abrir um ficheiro anexo. Eis um exemplo típico deste texto: Hilton ficou célebre depois de entrar num vídeo caseiro, que se tornou um Dia 2
VBS/Baracu.A@mm, W97M/Jany.a,
fenómeno da Internet. No mesmo dia em que o Sober.K foi descoberto, foi
WM/Helper.C;D;E, WM/Alliance.A,
“Kindly read and reply to my LOVE LETTER in the attachments :-)” reportado que “hackers” tinham entrado no telemóvel de Hilton e roubado
Flip, W97M/Alamat, W97M/Trugbar.a,
os números de telefone de celebridades antes de os pôr “on-line”. VBS/Aqui
O ficheiro anexo destas mensagens tem o nome LOVE_LETTER.TXT.exe e, Entretanto, um segundo “worm” — mais perigoso e que usa um “isco”
quando executado, faz surgir um ficheiro de texto com o seguinte conteúdo: semelhante —, o Ahker.C, também foi descoberto na passada semana. O Dia 3
Ahker.C desactiva as configurações dos programas antivírus e de “firewall”, VBS/Aqui, W97M/Alamat, WM/
“Greetz from LARISSA.B! e bloqueia o acesso a alguns sítios da Web. Ele envia-se a si próprio através Eraser.A:Tw, WM/HELPER.F;G;H
I will survive, de mensagens com o assunto “Paris Hilton...download it!” e contendo um
In this moment in time. ficheiro anexo chamado “ParisXXX.zip”,que contém o vírus. Dia 4
You computer will crash, WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E,
So, you will be mine. Falsas mensagens do FBI espalham vírus W97M/Alamat, VBS/Aqui
I never crash,
I never fail. O FBI lançou na semana passada, na terça-feira, um Dia 5
So, in this moment in time, alerta para os utilizadores de computadores contra um VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Irvine@MM,
VBS/Alphae, W32/Winur.worm.a,
I will surive... novo “worm” de distribuição em massa por correio
W32/Winur.worm.b, W97M/Alamat,
-LARISSA AUTHOR - 5-15-05” electrónico que se propaga através de mensagens X97M/Anis, W32/Urick@MM, W32/
pretensamente originárias do FBI. Supova.d.worm, W32/Supova.e.worm,
O “worm” pode ainda abrir uma As mensagens estão disfarçadas como correspondência W32/Supova.f.worm, X97M/Hopper.r,
janela do “browser” com um a avisar as pessoas de que o seu uso da W97M/Jackal.A, WM/Eraser.A:Tw,
Internet foi monitorizado pelo Internet WM/HELPER.F;G;H, AOS.A, VBS/Count,
Fraud Complaint Center, do FBI, e que JS/Gigger.a@MM
acederam a sítios ilegais na Web. As
mensagens tentam induzir os utilizadores Dia 6
a abrir os ficheiros anexos (que contêm o WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E,
vírus) para responderem a uma série de WM/KOMPU.A, W97M/Alamat,
perguntas. ● JOSÉ DOUTIL VBS/Aqui

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
 AUTODESK ADQUIRIU A COMPASS POR 13 MILHÕES DE EUROS
Melhorar a gestão
de dados na indústria
G
ERIR OS DADOS relativos ao
desenvolvimento de um
produto ou projecto, acom-
panhando depois todo o seu
ciclo de vida, é uma das
preocupações subjacentes ao “software”
criado pela Autodesk — a qual acaba
de adquirir a Compass, empresa alemã
que desenvolve soluções para gestão de
informação, a fim de melhorar a organi-
zação e a partilha desses dados.
O negócio custou à Autodesk cerca
de 13 milhões de euros e ficou conclu-
ído na semana passada, tendo sido
anunciado numa conferência de
imprensa realizada em Praga,
na República Checa. Como
uma das principais empre-
sas mundiais de “software”
de projecto e de conteúdos
digitais — cujas aplicações
abrangem áreas desde a
construção civil à mecâ-
nica, a Autodesk resolveu
integrar com as suas as
soluções para gestão de
dados da Compass, que
tem como clientes cerca de
1800 empresas e aproxima-
damente 20 mil utilizadores,
sobretudo na Europa.
A Autodesk irá, a partir de
agora, disponibilizar as soluções da
Compass e integrá-las nos seus pro-
dutos, assumindo também o suporte e
a assistência técnica aos clientes que já
usavam o “software” desenvolvido pela
empresa agora adquirida. Por outro
lado, esta aquisição irá também ajudar
a Autodesk a prosseguir o desenvol-
vimento da sua solução de gestão de
dados, a Productstream, e todos os 34
empregados da Compass serão integra-
dos. Um dos principais motivos desta
aquisição foi também o facto de os res-
ponsáveis da Autodesk
considerarem que as ISABEL GORJÃO SANTOS
soluções de gestão de e m Pra g a ( R e p ú b l i c a C h e c a ) aumentar o valor da
dados da Compass têm
sido bem aceites no mercado europeu,
sobretudo junto das pequenas e médias
empresas, as quais constituem igual-
mente a maior parte dos clientes do
“software” da Autodesk.
Por outro lado, existe um número
significativo de clientes da Compass
que usavam as suas soluções a par
agenda
Robótica – Lego Mindstorm
[Espaço para que crianças e
adultos programem robots
desportivos feitos a partir de
peças de lego]
Data: 1-02-2005 a 28-02-2005
(todos os dias)
Local: Fábrica de Ciência Viva
de Aveiro
URL: www.fabrica.cienciaviv
a.ua.pt
DATE – Design, Automation
and Test in Europe
Data: 7-03-2005 a 11-03-2005
Local: Munique, Alemanha
Contacto: Secretariat
E-mail: sue.menzies@ec.u-
net.com
URL: www.date.conference.com
de produtos da Autodesk, como o
AutoCAD, o AutoCAD Mechanical ou
o Autodesk Inventor. A rede de distri-
buidores da Compass juntar-se-á à dos
distribuidores da Autodesk — e, em
muitos casos, estes disponibilizavam já
as soluções das duas empresas.
Karsten Popp, vice-presidente da
Autodesk na região da Europa,
África e Médio Oriente (ver Uma Per-
gunta A, ao lado), considerou, a propó-
sito desta aquisição, que “a combinação
da experiência no mercado da gestão da
informação e na área de ‘software’ para
projecto coloca a Autodesk e a Compass
numa excelente posi-
ção, a qual permitirá
informação relativa aos
projectos ao longo de toda a cadeia de
produção e fornecimento”.
Karl Weber, presidente da Com-
pass, referiu o facto de a sua empresa
se centrar na gestão de informação
na área de engenharia e salientou as
sinergias existentes entre os canais de
distribuição da Compass e da Autodesk
CeBIT 2005 – Feira de “System Aspects in Organic
Tecnologias de Informação, and Pervasive Computing”
Telecomunicações, Data: 14-03 a 17-03 de 2005
Software & Serviços Local: Innsbruck, Áustria
Data: 10-03 a 16-03 de 2005 URL: www.teco.edu/arcs05/
Local: Hanover, Alemanha
URL: www.cebit.de DRS Workshop
- Dynamically
ASYNC 2005 – 11th IEEE Reconfigurable Systems
International Symposium Data: 17-03-2005
on Asynchronous Circuits Local: Innsbruck, Áustria
and Systems URL: configware.org/DRS_
Data: 13-03 a 16-03 de 2005 Workshop_ARCS_2005.pdf
Local: Nova Iorque, EUA
URL: vlsi.cornell.edu/async2005/ isQED 2005 – 6th
International Symposium on
ARCS 2005 – 18th Quality Electronic Design
International Conference “Design for Quality in the Era
on Architecture of of Uncertainty”
Computing Systems Data: 21-03-2005 a 23-03-2005
S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
uma pergunta a
Karsten Popp
Vice-presidente da Autodesk
para a região da Europa, África
e Médio Oriente
— factores que tornaram “a aquisição
lógica, do ponto de vista das duas
empresas, para além de benéfica para A gestão e a partilha de dados foi um
os respectivos clientes”. dos tópicos principais do anúncio da
Em resultado desta aquisição, aquisição da Compass pela Autodesk. Qual
será simplificada, por exemplo, a é a importância desta aquisição? Como
partilha de dados entre engenheiros encaram as PME a partilha de dados e a
que trabalhem num mesmo projecto e colaboração nos projectos?
que usem o Inventor, aplicação para
projecto mecânico tridimensional
desenvolvida pela Autodesk. Isto
porque o “software” de par-
tilha e gestão de dados da
Compass será integrado Colaboração
na solução de gestão
de informação Auto-
desk Vaul, que faz
e partilha
parte do Inventor.
Com isto, ficará
também simpli-
ficada a dispo-
de dados
A
nibilização de Compass constitui uma peça importante
soluções para da nossa estratégia relacionada com a
a gestão do partilha de dados. Nessa estratégia, está
ciclo de vida também incluído o Vault, que foi o nosso
dos produtos primeiro produto para a gestão de dados.
— o que, entre É um produto que é usado por todos os utilizadores
os utilizadores do Inventor (um produto para a área do “manufactu-
destas soluções ring”), o que torna mais fácil a partilha de informação
de “software”, se e o trabalho que está a ser realizado.
chama “product Foi já em Novembro do ano passado que anunciá-
lifecycle manage- mos essa possibilidade de partilha de dados entre
ment” (PLM). vários utilizadores do Inventor. Agora, a Autodesk irá
Buzz Kross, vice- também dar formação às empresas que compõem o
presidente da Autodesk seu canal de distribuição com o objectivo de as ajudar
responsável pela divisão de a vender as soluções de gestão de dados.
soluções para o sector da manu- A Alemanha é o país em que a Autodesk tem sido mais
factura, considerou que, muitas bem sucedida no que diz respeito ao mercado de pro-
vezes, as soluções de PLM de topo de dutos 3D e da área de mecânica. Foi neste país que se
gama apresentam algumas desvanta- vendeu mais licenças de Inventor e é também aí que
gens, sobretudo para as empresas de se verifica a percentagem mais elevada em termos
pequena e média dimensão (PME). “A de mudança de produtos 2D para produtos 3D. Ora
instalação é complexa, requer a contra- a Compass tem sede na Alemanha, a maior parte dos
tação de serviços e torna-se bastante seus clientes são alemães e é também por isso que
dispendiosa”, disse, referindo ainda que resolvemos comprá-la.
grande parte das soluções existentes Além disso, todos os produtos da Compass serão
não se adaptam às PME. integrados no Vault e todo o seu canal de distribuição
É esta adaptação que a Autodesk é especializado em sistemas de gestão de dados. Por
pretende agora proporcionar. E, em outro lado, todas as pessoas da Compass (35 no total)
jeito de conclusão, Buzz Kross consi- serão desde já integradas na Autodesk.
derou que existem enormes vantagens No ano passado, crescemos 40 por cento na área
nas soluções que permitem a colabora- de “manufacturing”, um crescimento que se deveu,
ção entre os vários intervenientes num sobretudo, à passagem de sistemas bidimensionais
projecto, encontrem-se estes dentro ou para tridimensionais. Cerca de 50 por cento dos clien-
fora da empresa. ● tes da Autodesk nessa área já procederam à mudança,
o que significa que cada vez mais clientes têm vindo
COMPUTADORES VIAJOU ATÉ PRAGA A CONVITE DA AUTODESK a avaliar as vantagens do 3D. Penso que os clientes
compreendem as vantagens do 3D, embora nem
todos queiram fazer a transição imediatamente, pois
muitos trabalham com outras empresas que usam
produtos 2D.
Local: San Jose, Califórnia, EUA Cerca de 80 por cento das vendas da Autodesk nesta
URL: www.isqed.org/isqed.htm área dizem respeito a empresas que têm até 10 tra-
balhadores. Muitos são clientes muito pequenos mas
BIBLIOTECAS DIGITAIS: que necessitam de partilhar documentos. Na região da
UMA REVISÃO DE Europa, Médio Oriente e África (EMEA), a concorrência
TECNOLOGIA é muito grande e a inovação não pode ser dissociada
2º Ciclo de Seminários em da possibilidade de se participar num projecto onde
Estudos de Informação e quer que se esteja — o que é também uma oportu-
Bibliotecas Digitais e Gestão nidade.
de Sistemas de Informação Os países estão bastante bem posicionados, a Internet
“What Canadian are Acessing on e as telecomunicações aproximam as pessoas de dife-
Public Library Internet Terminals: rentes sítios e estas podem facilmente trabalhar num
A Transaction Log Analysis” mesmo projecto. A globalização e a democratização
Data: 25-03-2005 são claramente aspectos fundamentais deste sector e
Local: Instituto Superior de a tecnologia acaba por ser apenas uma peça de todo
Ciências do Trabalho e da o processo que assenta na colaboração e na gestão e
Empresa (ISCTE), Lisboa partilha de dados. É aí que se deverá registar, nos pró-
URL: www.dct.iscte.pt/ ximos tempos, um crescimento muito significativo. ●
mestrados/comum/seminarios/
seminarios.2004.htm DEPOIMENTO COLHIDO POR ISABEL GORJÃO SANTOS
computadores .7
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
 S H A R E WA R E FICHA

Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro
BESTADDRESS HTML EDITOR PRO 2005, DA MULTIMEDIA AUSTRALIA Fonseca (pedrof@journalist.com),
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Criar uma página na Web

Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,

cuidada e profissional
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa

O
DESENHO de páginas
para a Web é uma
tarefa que se tem tor- Protocol) para se colocar as páginas
nado cada vez mais
acessível ao utilizador
informático comum. Existem, no
mercado, várias ferramentas e
aplicações que permitem a qual-
quer pessoa criar e manter as
suas páginas pessoais na Web,
sem que, para tal, seja necessário
aprender a programar numa qual-
quer linguagem. Programas como
o FrontPage, da Microsoft, ou o
Dreamweaver, da Macromedia,
ou ainda as próprias aplicações
de produtividade do Office, como
o Word ou o Powerpoint, permitem
a construção simples de páginas
para a Web.
Nesta categoria, o mercado de
“shareware” oferece várias solu-
ções para todo o tipo de carteiras. — as chamadas páginas-mestras
Para esta edição, escolhemos o
BestAddress HTML Editor Pro
2005, que, devido à
sua excelente rela- NUNO BERNARDO
ção preço/qualidade,
tem conquistado as atenções de
milhares de utilizadores em todo o
mundo e recebido os melhores elo-
gios e alguns prémios. Para além
de incluir as ferramentas básicas
para a criação simples de páginas
de HTML, o programa oferece
alguns utilitários-chave para que
todo o processo de criação de um
sítio na Web se processe dentro
da aplicação e não exija outros
programas — como, por exemplo,
um cliente de FTP (File Transfer
num servidor da Internet.
O BestAddress HTML Editor
Pro pode ser obtido gratuitamente
na sua versão de “shareware” no
endereço http://www.mmaus.com
. O ficheiro de instalação não
ultrapassa os 8 megabytes, ou
seja, demorar-se-á apenas alguns
minutos a copiar o programa e a
instalá-lo no computador. Em caso
de problemas, o ficheiro de ajuda
permitirá tirar todas as dúvidas e
ajudar a aproveitar todo o poten-
cial do programa.
A criação de uma página na
Web começa com a definição de
um estilo para a página. Para tal,
o BestAddress HTML Editor Pro
inclui dezenas de estilos próprios
ou “templates” —, que podem ser
usados como ponto de partida
para uma página
pessoal. A partir
daqui, é só ir introdu-
zindo texto e adicionar imagens.
O programa inclui ferramentas
que permitem a criação simples
de tabelas (de modo a simplificar
a consulta de informação) bem
como os chamados iFrames, que
permitem sobrepor conteúdos
numa mesma página.
Para tornar o sítio mais sofisti-
cado, o BestAddress HTML Editor
Pro inclui um módulo de “efeitos
especiais”, muito usados em sítios
profissionais — que permitem, por
exemplo, alterar a imagem ou texto
sempre que a pessoa que acede à
página passa com a seta do rato
por cima de um botão.
Caso o utilizador pretenda dar
um aspecto mais elaborado ao seu
sítio, o programa permite ainda
que, além de texto e imagens,
possam ser adicionadas animações
produzidas em Flash, aplicações
desenvolvidas em Java ou ficheiros
de som e de vídeo — tudo para que
cada página seja única e cative
quem a ela aceder. Depois de todos
os elementos terem sido inseridos e
ajustados na página, e de todas as
páginas estarem criadas e devida-
mente interligadas por um menu
de navegação, chegou o momento
de publicar o sítio na Web.
Para facilitar a colocação do
trabalho final na Internet, o Bes-
tAddress HTML Editor Pro inclui
uma aplicação-cliente de FTP
para que o utilizador possa copiar
o seu sítio para o servidor da Web
onde ele ficará hospedado. Se não
tem acesso a nenhum servidor na
Web para publicação de conteúdos,
fique sabendo que portais como
o do Sapo ou o do Clix oferecem
gratuitamente aos seus clientes
espaço nos respectivos servidores
para publicação de conteúdos
não comerciais na Web: páginas
pessoais, de grupos, associações
ou meramente de lazer. Qualquer
pessoa pode, assim, criar e manter Computadores
o seu próprio sítio na Web sem ter é publicado às segundas-feiras
de despender qualquer quantia.
A Multimedia Australia, editora E-Mail
do BestAddress HTML Editor Pro, computadores@publico.pt
disponibiliza no seu sítio vários Tel. 21-0111168
ficheiros de ajuda e documentação Fax 21-0111008
de apoio ao uso deste seu programa.
O utilizador pode ainda contar Assine Computadores
com várias páginas de exemplos e
sugestões para a construção do seu Assine o PÚBLICO
próprio sítio na Internet. Tornado o à segunda-feira e receba o jornal
sítio público na Web, só falta proce- em sua casa ou levante-o no seu
der à sua divulgação e promoção: posto de venda habitual com os
na página da Multimédia Austrália suplementos Computadores e
na Web poderá ainda o utilizador Economia.
encontrar um serviço que facilita a
divulgação e promoção do endereço E-mail: assinaturas@publico.pt
do seu novo sítio nos principais Tel.: 808 200 095 (custo chamada
directórios e motores de pesquisa local)
da Internet. Fax: 210 111 017
O BestAddress HTML Editor
Pro constitui um excelente pro- Assinatura semestral (26 exemplares):
duto para todos aqueles que pre- Portugal €18.20
tendem criar, de forma simples Europa €58.50
e económica, o seu próprio sítio Resto do Mundo €94.90
na Web mas querem, ao mesmo
tempo, elaborar uma apresen- Assinatura anual (52 exemplares):
tação cuidada e profissional. O Portugal €36.40
programa traz para o mercado Europa €117.00
doméstico muitas das funcionali- Resto do Mundo €189.80
dades que, por norma, apenas se
encontra nas aplicações profis- Desconto na assinatura anual
sionais. Por menos de 40 euros, o para escolas e instituições de
programa oferece uma das melho- solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
res relações preço/funcionalidades
Tomé e Guiné. Os preços incluem
do mercado. Se o leitor vai criar a IVA à taxa legal em vigor.
sua página pessoal, deverá expe-
rimentar este produto. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4

S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5 computadores .9
 JOGOS
‘PLAYGROUND OF DESTRUCTION’, ‘PAINKILLER’, ‘ESCAPE FROM BUTCHER BAY’, ‘ GOLDENEYE ROGUE AGENT’ E ‘ALPHA BLACK ZERO’
Sem respiração
J
OGOS DE ACÇÃO a sério não são para
todos — mas são dos mais intensos
que um jogador pode enfrentar.
Então quando se trata de jogos
bem construídos em todos os seus
aspectos, vale bem a pena deixar-se
envolver. “Mercenaries”, “Painkiller” ou
“The Chronicles of Riddick: Escape From
Butcher Bay” não são jogos para meninos
do coro nem sequer para menores de
idade; mas os adultos vão passar horas
bem passadas.
“Mercenaries” começa por ser uma das
primeiras boas surpresas do ano. Nem
é uma continuação nem repete fórmu-
las banais. A lógica evoca, desde logo, a
série “Grand Theft Auto” ao oferecer uma
aparente liberdade total de
jogo. A diferença está, então, MIGUEL
em termos um cenário de
guerra em vez de um cenário de guerrilha
urbana. No entanto, não se limita a copiar
o que de bom há na musa, acrescentando-
lhe alguma personalidade. Controlando
soldados da fortuna em busca de uma
recompensa maior que um “jackpot” no
Euromilhões, o jogador vai lidar com
máfias e países com interesses vários,
escolhendo a quem servir a cada momento
— tendo sempre o cuidado de não ferir
susceptibilidades.
Iniciadas as missões, encontram-se
cenários deslumbrantes — afinal, é a
computadores .10
mesma equipa que produziu “Full Spec-
trum Warrior” —, efeitos espectaculares,
tanto em termos visuais como físicos
(quase tudo é destrutível) e adversá-
rios que exigem empenho. O resultado,
apesar de se poder esperar mais surpre-
sas e imprevisibilidade a partir de certo
ponto, é altamente positivo, num jogo
que promete muitas horas de acção. De
negativo é preciso notar que, na PS2, os
tempos de carregamento são um deses-
pero — e não sendo isso exclusivo deste
jogo, nota-se demasiado, pela quebra que
provoca no ritmo.
Se, em vez de realismo, se estiver
pronto para loucura, humor cáustico e
um ritmo frenético, está na altura de
descobrir “Painkiller”. Este
CRESPO analgésico para o dia-a-dia
regressa, um ano depois do
original, com uma expansão “Battle Out
of Hell”, disponível em duas doses: a solo
para quem já tem o jogo; ou então em
caixa de longa duração, com a “Black Edi-
tion” que junta o original e a expansão.
Uma das surpresas de 2004, “Painkil-
ler” é um jogo de acção pura e dura, sem
compromissos, cujo trunfo principal é
o ritmo imparável, uma produção irre-
preensível e muita, mas mesmo muita,
diversão alucinada. “Battle Out of Hell”
não inova muito, antes oferecendo um pro-
longamento em que os produtores deram
S E G U N D A - F E I R A . 2 8 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
ainda mais largas à imaginação. Assim,
à lógica de disparar sobre tudo o que se
mexa, só se acrescentam mais cenários
espectaculares e adversários ainda mais
loucos: crianças que ardem ou ficam “zom-
bies” sem cabeça, enfermeiras, “zombies”
que nos vomitam em cima, marionetas,
palhaços, etc.
Com efeitos visuais espectaculares,
é pena que o nível de dificuldade esteja
mal afinado, oscilando entre o bocejante-
mente fácil e o insuportavelmente difícil.
Tenha ou não o original, escolha um dos
dois pacotes e entre na acção: verá que lhe
passam todas as dores antes de conseguir
dizer uma palavra de quatro letras…
O enorme nome de “The Chronicles
of Riddick: Escape From Butcher Bay
- Developer’s Cut” esconde um jogo de res-
peito. Se já deixara excelentes indicações
na Xbox, no Verão passado, a chegada ao
PC surge com novidades que o tornam
numa proposta séria no campo dos jogos
de acção na primeira pessoa — e num dos
melhores licenciamentos de filmes dos
últimos tempos. Sem pretender apenas
ganhar dinheiro à custa do nome, os pro-
dutores pegaram na saga e criaram esta
prequela onde o jogador encarna o crimi-
noso mais procurado do universo.
Claro que a ambiência futurista bar-
roca está bem conseguida, tal como a nar-
rativa. Um dos trunfos é que não se limita
a repetir os “clichés” do género, acrescen-
tando-lhe componentes de acção furtiva (é
tão importante passar despercebido como
ser letal), de combate (os punhos são tão
importantes como um arsenal) ou mesmo
de RPG no que toca às missões que se
pode realizar a pedido de terceiros em
troca de dinheiro ou maços de tabaco. Isto
tudo conjuga-se de uma forma cheia de
surpresas, pois não é fácil adivinhar o que
espera o jogador na fase seguinte, aumen-
tando assim o “suspense”. Os cenários
são convincentes mas os personagens são
muito realistas, bem como os danos que
estes sofrem, com um soco bem aplicado a
resultar no correspondente hematoma.
Para aumentar a credibilidade, é o pró-
prio actor do filme, Vin Diesel, que dá voz
e corpo à personagem — e a ele juntam-se
actores de alguma nomeada, incluindo
Ron Pearlman, Xzibit ou o português Joa-
quim de Almeida, que interpreta quatro
personagens. Para o PC, foram criados
alguns novos inimigos, pequenas secções
e um modo “comentado”, desbloqueado
quando se termina o jogo, em que os pro-
dutores vão explicando a concepção, numa
espécie de “making of”.
Os fãs da série 007, por seu lado, têm
nas consolas domésticas mais um episódio
— “GoldenEye: Rogue Agent” — que pro-
mete ser um bom sucessor para o anterior
“Everything or Nothing” mas que acaba
 Título “Mercenaries:
dica
Playground 9
/10
of Destruction”
Estilo Acção As Tarefas Agendadas
Plataforma PlayStation 2, Xbox do Windows XP (3)
Produtor: LucasArts
Distribuidor Ecofilmes A versão para Windows das Tarefas Agendadas,
apresentadas sumariamente no primeiro texto sobre
Edição Fevereiro 2005 este tema (ver imagem) permite marcar qualquer
Classificação: 9/10 “script”, programa ou documento para ser executado
à hora que mais convier ao utilizador. As Tarefas
Título: “Painkiller – Black Agendadas são iniciadas sempre que o Windows XP
Edition” 9
/10
arrancar e executadas em segundo plano.
As Tarefas Agendadas permitem: agendar uma
Estilo Acção tarefa para que seja executada diária, semanal
Plataforma PC ou mensalmente, ou em certas alturas (tal como
Produtor: Dreamcatcher o arranque do sistema); alterar o agendamento
de uma tarefa; anular uma tarefa agendada;
Distribuidor PlayGames personalizar o modo como uma tarefa será
Edição Fevereiro 2005 executada na hora marcada. Para se configurar
definições avançadas para uma tarefa agendada, é
Título “The Chronicles preciso seleccionar a caixa de verificação Abrir as
of Riddick: Escape 9
/10 Propriedades Avançadas Desta Tarefa quando se
clica sobre Concluir na última página do Assistente
From Butcher Bay – de Tarefas Agendadas.
Developer’s Cut”
Estilo Acção
Plataforma PC
Produtor Sierra
Distribuidor Infocapital
Edição Janeiro 2005

Título “GoldenEye Rogue

Agent” 7
/10

Estilo Acção
Plataforma PlayStation 2, Xbox
Produtor Electronic Arts
Distribuidor Electronic Arts
Edição Dezembro 2004

Ao criar uma tarefa agendada, é importante

Título
Estilo
Plataforma
Produtor
Distribuidor
Edição
por desiludir por ser algo disparatado,
básico e vazio de ideias. Para começar,
o jogador não encarna James Bond mas,
sim, o agente que deixou morrer 007 e se
une ao vilão Goldfinger. Depois, é um jogo
de acção na primeira pessoa, demasiado
linear e que se resume a matar tudo o que
nos aparece à frente, deixando o cérebro
em paragem quase total. De banalidade
em banalidade, o jogador vai avançando
ao ritmo de tiroteios desenfreados. Sem
grandes defeitos em geral, a não ser
demasiada facilidade para se tornar
mobilizador, “Rogue Agent” perde-se pelo
facilitismo geral.
Quem for masoquista ou tiver um
orçamento mais curto pode sempre optar
por “Alpha Black Zero”. Um pouco mais
barato que o normal, até tem boas ideias
mas a fraca concretização deita (quase)
tudo a perder. Num jogo de acção deste
género, a inteligência dos adversários é
fundamental e, neste caso, os inimigos
são demasiado burros para serem um ver-
dadeiro desafio. Os cenários da missões
são vastos mas há um problema de ilu-
minação (não terão pago a conta da luz?)
que torna tudo empastelado e indefinido,
o que, aliás, combina com as animações
atamancadas. Visto na terceira pessoa,
aposta na acção em equipa mas acaba por
ser o jogador a fazer praticamente tudo…
se tiver paciência. ●
“Alpha Black Zero” confirmar se a data e a hora de sistema
Acção 4
/10 do computador estão correctas, pois esta
PC funcionalidade depende destes dados para uma
correcta execução. Para verificar ou alterar estas
GMX Media
informações, faz-se duplo clique no relógio da
Infocapital barra de tarefas. As Tarefas Agendadas estão
Novembro 2004 associadas à conta do utilizador que as cria, sendo
imprescindível a utilização de uma palavra-passe.
Pode-se modificar o programa, a agenda ou os seus
aspectos específicos quanto a uma tarefa já criada.
Para tal, na pasta Tarefas Agendadas, dá-se um clique
com o botão direito do rato na tarefa a modificar e,
depois, clica-se em Propriedades.
A seguir, efectuam-se um ou mais dos seguintes
procedimentos:
- para alterar o programa que a tarefa está a
executar, escreve-se o caminho para o novo
programa em Executar;
- para alterar a agenda da tarefa, clica-se no
separador Agendar;
- para personalizar as definições para a tarefa (como,
por exemplo, o tempo de execução máximo, os
requisitos de tempo de inactividade e as opções de
gestão de energia), clica-se no separador Definições;
- para definir o nível de segurança para a tarefa,
clica-se no separador Segurança.
Se, por alguma razão, houver uma tarefa já iniciada
enquanto se estiver a usar o computador, pode-
se interrompê-la e reiniciá-la mais tarde: na pasta
Tarefas Agendadas, dá-se um clique com o botão
direito do rato na tarefa em causa e, depois,
escolhe-se Terminar Tarefa.
Para desactivar ou interromper temporariamente a
execução de todas as tarefas e activá-las mais tarde,
na pasta Tarefas Agendadas, no menu Avançadas,
clica-se em Interromper o ‘Programador de Tarefas’.
Para executar imediatamente uma tarefa agendada,
na pasta respectiva clica-se com o botão direito do
rato na tarefa a iniciar e depois em Executar.
Para receber a notificação de tarefas não
executadas, o utilizador terá de pertencer ao grupo
de administradores: na pasta Tarefas Agendadas,
no menu Avançadas, clica-se em Alertar-me Para
Tarefas Não Executadas. ● JOSÉ DOUTIL

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