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Alucinógenos

1. INTRODUÇÃO

Designação dada a diversas drogas que possuem a propriedade de provocar uma


série de distorções no funcionamento normal do cérebro, que trazem como consequência
uma variada gama de alterações psíquicas, entre as quais alucinações e delírios, sem que
haja um estímulo ou depressão da atividade cerebral.
Como exemplos temos as:
 Naturais: Ayahuasca, Beladona, Cogumelos alucinógenos, amanita muscaria,
clavis purpúrea, datura, jurema, mandrágora, paricá, peiote e sálvia.
 Sintéticas: LSD, DOM, MDA, PCP e Cetamina.

2. LSD
 Início dos Efeitos: 60 – 120 min
 Duração: 6 – 12 hrs
 Duração dos efeitos perceptíveis após o pico : 2 – 5 hrs
 Dosagem limiar : 20 µg (20 microgramas)
 Dosagem leve: 25 – 75 µg
 Comum : 50 – 150 µg
 Forte : 150 – 400 µg
 Pesada: 400+ µg

LSD, ou Dietilamida do Ácido Lisérgico é uma droga semissintética da família


das lisergamidas psicodélicas. Ele foi sintetizado pela primeira vez por Albert Hoffmann
em 1938 a partir da ergotamina que é um químico derivado do ergot, um fungo que se
desenvolve no centeio. Na sua forma pura, é uma substância sem cheiro, e levemente
sólida.

O LSD é tipicamente ingerido de forma oral, normalmente na forma líquida ou


em um substrato como um papel absorvente que pode ser ingerido ou mastigado.
É uma das drogas mais potentes do mundo, o que significa que quantidades extremamente
pequenas são necessárias para que os efeitos surjam. Uma dose simples flutua em torno
de 100-500 microgramas (µg) – uma quantidade que é praticamente igual a um décimo
do peso de um grão de areia.

O mecanismo que produz os efeitos psicodélicos do LSD é um resultado direto de


sua ação como um antagonista do receptor de serotonina 5-HT2A no cérebro, um
mecanismo de ação compartilhado por todas as outras triptaminas e fenetilaminas
psicodélicas encontradas.

Efeitos

 Físicos: o LSD é energético e estimulante, ao contrário de outros alucinógenos


que são geralmente sedativos e relaxantes. Ele pode causar náuseas, aumento do
controle do corpo e aumento da percepção do tato;
 Cognitivos: aprimoramento do estado mental comum, aceleração do pensamento
com múltiplos fluxos de pensamento, distorção temporal, introspecção, deja-vu,
remoção do filtro cultural, supressão do ego, perda e morte do ego, regressão de
personalidade e delírios;
 Visuais: aprimoramentos (aumento da acuidade visual, aprimoramento das cores,
aumento no reconhecimento de padrões), distorções (derretimento, fundir e fluir,
imagens persistentes, mudança de cores, divisão do cenário), geometria, estados
alucinatórios;
 Auditivos: aprimoramento, distorções e alucinações.

Efeitos na Saúde, Potencial para Dependência e Tolerância

Similarmente à outras substâncias psicodélicas, existem poucos efeitos físicos


colaterais associados com a exposição adequada ao LSD. Vários estudos demonstraram
que doses razoáveis em um contexto cuidadoso, ele não apresenta nenhum efeito
negativo, seja ele cognitivo, psiquiátrico ou fisicamente tóxico. A dose letal em que 50%
dos pacientes morrem (LD50) do LSD para seres humanos nunca foi atingida em nenhum
setting e é estimada por volta de 12.000 microgramas, baseado em estudos envolvendo
ratos em que a dosagem ativa é de 100 a 500 microgramas. Isso significa que uma pessoa
que possua blotters muito potentes, cada um com 200 microgramas, deveria consumir
pelo menos 60 deles para atingir uma dosagem potencialmente letal. Mantenha em mente
que a dosagem comum de LSD encontrada nas ruas é de 100 microgramas ou menos, e
qualquer blotter mais forte é particularmente raro.

É importante notar que o LSD não gera hábito de consumo, e o efeito de o usar
pode na verdade diminuir com o uso, e ele se torna autorregulador. A tolerância ao LSD
é adquirida imediatamente após a ingestão, prevenindo que você experimente seus efeitos
totais mais frequentemente que a cada 4-7 dias (ao menos que você aumente a dose
significativamente).

3. PSILOCIBINA (cogumelos)

 Psilocibina nos cogumelos: cerca de 0,2 a 0,4%


 Dose típica: 10 a 50 mg (aproximadamente 20 a 30 g de cogumelo fresco, ou 1 a
2,5 g de pó de cogumelo seco)
 Efeitos de pico: em 1 a 2 horas
 Duração: 6 horas.
 No entanto, a dose e os efeitos podem variar consideravelmente dependendo do
tipo de cogumelo, método de preparação e tolerância do indivíduo.

A psilocibina (4-fosforiloxi-N, N-dimetiltriptamina) é um composto químico de


indol obtido de certos tipos de cogumelos alucinógenos secos ou frescos encontrados no
México, América Central e Estados Unidos. Estes compostos têm estrutura semelhante à
dietilamida do ácido lisérgico (LSD) e são abusados pelos seus efeitos alucinógenos e
eufóricos. Os efeitos alucinógenos provavelmente se devem a efeitos nos receptores de
serotonina do sistema nervoso central (5-HT).

Os cogumelos alucinógenos foram usados em ritos nativos há séculos, eles eram


usados em rituais religiosos para “fazer previsões”. E existem mais de 180 espécies de
cogumelos que contêm a psilocibina. Eles são ingeridos oralmente e podem ser
transformados em chá ou misturados em outros alimentos. Além de que a psilocibina
pode ser produzida sinteticamente em laboratório.
Efeitos

Os efeitos da psilocibina são semelhantes aos de outros alucinógenos, como


o LSD. A reação psicológica ao uso de psilocibina inclui alucinações visuais e auditivas
e uma incapacidade de discernir a fantasia da realidade.

 Cognitivos: reações de pânico e psicose, além de aumento da percepção sensorial;


 Físicos: náusea, vômito, fraqueza muscular, confusão e falta de coordenação. O
uso combinado com outras substâncias, como álcool e maconha, pode aumentar
ou piorar todos esses efeitos;
 Visuais: distorções da realidade (visualizações espantosas).

Maiores doses de psilocibina, podem levar a efeitos alucinógenos intensos durante


um período de tempo mais longo. Além de que o abuso de cogumelos de psilocibina
também pode levar à toxicidade ou à morte se um cogumelo venenoso for incorretamente
pensado para ser um cogumelo de psilocibina e ingerido. Se vômitos, diarreias ou cólicas
no estômago começarem várias horas depois de consumir os cogumelos, a possibilidade
de envenenamento com cogumelos tóxicos deve ser considerada.

A tolerância ao uso de psilocibina foi relatada, o que significa que uma pessoa
precisa de uma dose maior e crescente para obter o mesmo efeito alucinógeno. Os
"flashbacks", semelhantes aos que ocorrem em algumas pessoas após o uso de LSD,
também foram relatados com cogumelos.

Usos médicos para psilocibina

Embora a psilocibina tenha sido usada há séculos em rituais, a medicina moderna


recentemente reportou uso também. Em dezembro de 2016, um relatório foi publicado no
Journal of Psychopharmacology detalhando dois pequenos estudos que observaram o
ingrediente em "cogumelos mágicos" - psilocibina - pode reverter o sentimento de
"distúrbios existenciais" que os pacientes geralmente sentem após serem tratados por
câncer. Alegadamente, o câncer pode deixar pacientes com este tipo de transtorno
psiquiátrico, sentindo que a vida não tem significado. Tratamentos típicos como
antidepressivos podem não ser eficazes. No entanto, o uso de uma única dose de
psilocibina sintética reverteu a angústia sentida pelos pacientes e foi um efeito a longo
prazo.

4. AYAHUASCA
Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida produzida a
partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis
caapi (mariri ou jagube) com as folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona ou rainha).

Seu uso expandiu-se pela América do Sul e outras partes do mundo, a partir de
meados do século passado, com o crescimento de movimentos espirituais organizados,
sendo os mais significativos o Santo Daime, a União do Vegetal, a Barquinha, além de
dissidências destas e grupos independentes que o consagram em seus rituais em estilos
variados de crenças e ensinamentos, mas sempre mantendo o princípio do qual eles
chamam de expansor da consciência.
É também conhecida pelos nomes: vegetal, daime, yagé, caapi, nixi, hoasca,
natema, vinho da alma, abuelita, chá misterioso, entre outros. O nome mais conhecido,
ayahuasca, significa "liana (cipó) dos espíritos".

Efeitos

O efeito alcançado pela Ayahuasca é devido a um processo bioquímico natural


que ocorre no cérebro. Normalmente os neurônios – as células nervosas do cérebro –
liberam neurotransmissores para que os impulsos nervosos passem de um para outro
carregando informações. Um desses neurotransmissores é a Serotonina. Mas, quando há
muita Serotonina, entra em ação uma enzima monoaminoxidase, que destrói as moléculas
para garantir o equilíbrio neurológico. Os alcaloides presentes no cipó Mariri impedem a
formação dessa enzima, assim, sobra serotonina, o que intensifica as visões e provoca o
estado ampliado de consciência. A folha da Chacrona é também muito rica em uma
substância chamada Dimetiltriptamina (DMT). Sua molécula é semelhante à da
Serotonina e se encaixa nas regiões destinadas ao neurotransmissor, aumentando seu
efeito. Após algumas horas o organismo produz mais enzimas que vão pouco a pouco
eliminando a DMT e assim o efeito passa.

A Ayahuasca não é droga, não cria dependência, não provoca estados


alucinatórios desequilibrados, nem há perda de consciência, pelo contrário, o sentimento
é de total controle, maior lucidez mental, controle do corpo, sabe-se perfeitamente onde
se esta e o objetivo da experiência.

Cerca de vinte minutos após a ingestão da Ayahuasca a consciência se altera,


mudando as ondas cerebrais. Normalmente ocorre redução da frequência respiratória,
diminuição do metabolismo, da pressão sanguínea, mudança de pH, etc. e com isso
aumenta-se a sensibilidade auditiva, olfativa, da visão e do tato.
Normalmente os efeitos mais intensos são experimentados até o máximo de 2 ou 3 horas,
permanecendo apenas um estado de relaxamento que pode manter-se até por alguns dias.

Para alguns pesquisadores, a classificação da ayahuasca como "alucinógeno" é


uma imprecisão, pois a mesma não causa perda do contato com a realidade - como
pressupõe o termo – e pesquisadores da área de etnobotânica têm proposto a classificação
da ayahuasca como "enteógeno", ou seja, substância que "gera uma experiência de
contato com o divino.

Seu uso é permitido legalmente?

O uso ritualístico da ayahuasca é garantido pela justiça brasileira através da


Resolução Nº1 do CONAD, publicado no Diário Oficial em 25 de Janeiro de 2010. Esta
resolução regulamenta para uso restrito a grupos religiosos legalmente constituídos.

5. ECSTASY

A 3-4 metilenodioximetanfetamina, conhecida como “ecstasy”, é uma droga


psicotrópica estimulante sintética, produzida em laboratórios clandestinos. Seu uso é
bastante difundido nos Estados Unidos e na Europa e, nos últimos 5 anos o uso no Brasil
vem crescendo de forma bastante acelerada, tornando-se uma das principais drogas
consumidas pelas classes médias, médias-altas e altas.
O ecstasy é comercializado na forma de comprimidos ou cápsulas. É corriqueiro
o consumo de várias doses em uma só seção de abuso. Sua via de administração mais
comum é a oral (ingerida), mas a droga também pode ser macerada e aspirada, além
dessas formas, a droga pode ser inserida no ânus. Vale ressaltar que a facilidade na forma
de consumo do ecstasy é ser um fator importante para sua popularização. Enquanto as
outras drogas ilegais tradicionais (com exceção do LSD) exigem um lugar reservado e,
por vezes, um kit para confecção e consumo, o ecstasy pode ser consumido com muita
discrição em qualquer lugar e não exige nenhuma preparação. Além disso a forma de
comprimidos o torna menos agressivo para um consumidor iniciante, que poderia ser
avesso a outras formas de consumo de drogas tal como aspirar cocaína ou fumar maconha.
O ecstasy tem um marketing próprio que vai desde o nome que remete a uma experiência
prazerosa até a apresentação em comprimidos com relevos com apelos publicitários e
denominações como a “droga do amor”.

História

O ecstasy foi patenteado em 1914 pelo laboratório Merck, na Alemanha em sua


forma mais comum, o MDMA. O MDMA foi testado inicialmente como moderador do
apetite mas, devido a seus efeitos colaterais, foi pouco utilizado e nunca comercializado,
ficando esquecido e sem uso por décadas. Em 1965, o bioquímico norte-americano
Alexander Shulgin relatou ter produzido e consumido MDMA em seu laboratório, tendo
descrito o efeito como prazeroso. Contudo, o bioquímico só voltou a se interessar pela
droga no começo dos anos 70, quando tomou conhecimento de relatos de outros
pesquisadores muito entusiasmados com o uso terapêutico do MDMA.

A comunidade científica só veio a ser formalmente informada sobre o MDMA em


1978, através de uma publicação de Shulgin e Nichols, a qual sugere que a droga poderia
ser utilizada como auxiliar psicoterapêutico, principalmente em casos de stress pós-
traumático. Atualmente, o uso de drogas psicotrópicas alucinógenas como auxiliar
psicoterapêutico é um episódio quase esquecido na história da psiquiatria e da psicologia.
Hoje as drogas são utilizadas exclusivamente como tratamento químico, para aliviar ou
curar sintomas. Entretanto, nas décadas de 50 e 60, foram descritas inúmeras experiências
bem-sucedidas tendo o LSD como catalisador do processo terapêutico. Tais experiências
não puderam prosseguir depois que essa droga passou a ser considerada ilegal a exemplo
do que viria a acontecer com o MDMA. A utilização do MDMA como facilitador do
tratamento terapêutico data do início dos anos 70 e apresentava vantagens sobre seu
antecessor, o LSD, pois não provocava mudanças perceptivas nem emocionais tão
intensas, seus efeitos tinham duração mais curta e não haviam sido relatados flashbacks,
“más viagens” nem reações psicóticas em doses terapêuticas e em contextos controlados.

Era utilizada como favorecedora da aliança terapêutica com o profissional na


medida que aumentava a empatia, a confiança no terapeuta e a autoconfiança, convidando
à autoanálise e favorecendo o insight.

A ilegalidade da MDMA não parece ter diminuído o número de usuários


recreativos que, ao contrário, só tem aumentado, como demonstram vários levantamentos
realizados tanto na Europa como nos Estados Unidos.

Classificação e composição química


O MDMA é uma das poucas drogas com dupla classificação: situa-se entre os
estimulantes e os alucinógenos, sendo por vezes classificada como uma anfetamina
alucinógena. A MDMA é produzida sinteticamente em laboratório a partir de
metanfetamina, que por sua vez pode ser produzido a partir de fármacos encontrados
legalmente no Brasil e no mundo. Dada sua ilegalidade e seu alto valor de venda o ecstasy
é frequentemente falsificado e nem todos os comprimidos vendidos e consumidos como
êxtase necessariamente contém MDMA ou MDA.

Efeitos

Os efeitos da MDMA se fazem sentir aproximadamente 20 minutos após a


ingestão do comprimido e permanecem por 4 a 8 horas e estão relacionados com o brutal
aumento da liberação do neurotransmissor serotonina no cérebro, outras ações
neurológicas complexas são observadas durante o efeito do ecstasy no cérebro. Os efeitos
no usuário são descritos na maioria das vezes como prazerosos e muito estimulantes,
como são normalmente todos os anfetamínicos e adicionalmente excitantes no campo
sexual. Parece que usuários recentes têm uma predisposição maior aos efeitos
alucinógenos, principalmente alterações visuais e sonoros enquanto que usuários mais
experientes relatam apenas os efeitos estimulantes. Também são apontados efeitos
desagradáveis, quase sempre relatados como uma super estimulação. Os efeitos 24 horas
após a ingestão são descritos como mais negativos, tanto física quanto psicologicamente,
destacando-se uma extrema depressão e tristeza, chamada as vezes de segundas-feiras
negras (black mondays), pois são comumente sentidas após dois dias do consumo da
droga, que, pelos motivos expostos, costuma dar-se nos fins de semana.

Toxidade e reações adversas

Há inúmeros relatos de reações adversas severas e algumas mortes relacionadas à


sua ingestão. O MDMA deixa sequelas severas em seres humanos principalmente no
campo neurológico. São muito frequentes episódios de perda parcial da capacidade de
aprendizado, concentração e memória. Atualmente na Europa e nos EUA são observados
casos de usuários crônicos e de longa data que apresentam uma espécie de disfunção
motora semelhante ao Mal de Parkinson em suas formas mais leves.

Existem muitos relatos de aumento da temperatura corporal e perda excessiva de


água relacionados com o consumo de ecstasy, mas ainda não está bem claro se este
aumento é decorrente exclusivamente do consumo da droga ou da combinação de fatores
ambientais (clubs ou festas fechadas e atividade física com dança).

Até aonde se sabe o ecstasy não causa dependência física, somente psicológica. O
MDMA parece ser uma droga moderadamente aditiva.

O desenvolvimento da tolerância decorrente do uso frequente de MDMA não se


dá de forma homogênea para todos os sintomas. Com o uso habitual, a intensidade dos
efeitos colaterais indesejáveis, tais como inapetência, náusea, dores musculares, ataxia,
sudorese, taquicardia, fadiga e insônia aumentam, enquanto diminuem os efeitos
subjetivos prazerosos, como melhora do humor e alucinações.

6. MÉTODOS DE PREVENÇÃO
Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o
uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam
usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.

Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar
contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para
se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o
organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado
pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência.

A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é


bom. Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências
decorrentes desse tipo de busca de prazer. Pela disposição de querer ajudar outras pessoas,
parte da sociedade procura caminhos para prevenir o maior mal evitável deste final de
milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o


medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças
enquanto elas acreditarem nos adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais
condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra
mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas, e as drogas
legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em
drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram
em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os
jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é
totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado
afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de
devolver nada.

7. Da autoestima - Quem tem boa autoestima não engole qualquer "porcaria". Ocorre
que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor
a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem
presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual
com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto,
é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto,


o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as
quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a
disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.

REFERÊNCIAS

1. ALUcinógenos. Vida sem drogas. 2010. Disponível em:


<www.vidasemdrogas.org/alucinogenos.html>. Acessado em: 8 de junho de 2017.
2. ANDERSON, L. Psilocybin (Magic Mushrooms). Drug.com. Dez. 2016. Disponível
em: <www.drugs.com/illicit/psilocybin.html>. Acessado em: 7 de junho de 2017.

3. AYAhuasca. Universo Místico. Associação Beneficente Intercultural Universo


Místico, [20-?]. Disponível em: <universomistico.org.br/o-que-e-ayahuasca/>.
Acessado em: 7 de junho de 2017.

4. AYAhuasca - características químicas. Universo Místico. Associação Beneficente


Intercultural Universo Místico, [20-?]. Disponível em:
<www.universomistico.org/s/ayahuasca/artigos.html>. Acessado em: 7 de junho de
2017.

5. ECStasy. Teste de drogas.com. [20-?]. Disponível em:


<www.testededrogas.com.br/asdrogas.php?droga=ecstasy>. Acessado em: 8 de junho
de 2017.

6. LSD e seus efeitos: análise completa da substância. Mundo Cogumelo. Jan. 2016.
<mundocogumelo.com.br/efeitos-do-lsd-analise-completa-da-substancia/>. Acessado
em: 7 de junho de 2017.

7. TIBA, Içami. Juventude & drogas: Anjos caídos. 7.ed., Editora Gente, 2007. 327 p.
ISNB 9788599362143.

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