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ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
MUNICÍPIO:
Nova Cantu
NRE :
Campo Mourão
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................................5
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO..............................................................................................6
1.1 – Caracterização da Comunidade...............................................................................................................8
2.2 – Aspectos Históricos...............................................................................................................................11
2.3 – Organização Da Hora/Atividade No Horário Escolar...........................................................................13
2.4 – A Escola Possuí Alunos Com Necessidades Especiais..........................................................................13
3. ESPAÇO FÍSICO...........................................................................................................................................13
3.1 - Caracterização dos Professores e Funcionários.....................................................................................14
APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO...........................................................................................................15
3.2 -Caracterização da Equipe de Direção e Equipe de Pedagogos...............................................................15
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...................................17
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR.......................................................................19
6 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.....................................................................................22
7. - ATO SITUACIONAL..................................................................................................................................23
8. ATO CONCEITUAL......................................................................................................................................25
8.1 – Concepção de Sociedade.......................................................................................................................25
8.2 – Concepção de Homem...........................................................................................................................26
8.3 – Concepção de Educação e Conhecimento.............................................................................................28
8.4 – Concepção de Escola.............................................................................................................................28
8.5 – Concepção de Ensino-Aprendizagem....................................................................................................29
8.6 - Concepção do Processo Avaliativo........................................................................................................31
8.7 - Concepção de Tecnologia.......................................................................................................................33
9- ATO OPERACIONAL...................................................................................................................................37
9.1 – Critérios De Organização Interna Da Escola.........................................................................................37
9.2 - Acesso e Permanência do Aluno na Escola............................................................................................40
9.3 – Capacitação Continuada de Educadores e Funcionários.......................................................................41
9.4 – Trabalho Coletivo..................................................................................................................................41
9.5 – Prática Transformadora Do Ponto De Vista Político Pedagógico.........................................................42
9.6- Intenção De Acompanhamento Aos Egressos.........................................................................................44
9.7- Critérios Para Elaboração Do Calendários Escolar, Horários Letivos E Não Letivos............................45
9.8 - Recursos Que A Escola Dispõe Para Realizar O Projeto Político Pedagógico......................................46
10. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...............................................................................................................47
10.1 - Procedimentos Pedagógicos.................................................................................................................50
10.2 - Papel Específico De Cada Segmento Da Comunidade Escolar...........................................................53
10.3 – O Papel da instâncias colegiadas.........................................................................................................56
11 - PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA....................................................................................59
12. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA.................................................................................63
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL.............................................................................65
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MEDIO..............................................................................................66
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS................................................................................................................111
CONTEÚDO COMPLEMENTARES......................................................................................................113
13- PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO E A SEREM DESENVOLVIDOS..........................................266
1) Agenda 21 Escolar....................................................................................................................................266
1.1 -Lixo na Escola:.....................................................................................................................................267
1.2 - Horta na Minha Escola........................................................................................................................268
1.3 - O Jardim da Escola..............................................................................................................................269
2- EDUCAÇÃO INCLUSIVA.........................................................................................................................270
3) CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.......................................................................................274
Fundamentação.................................................................................................................................................274
Desenvolvimento..............................................................................................................................................275
Objetivos...........................................................................................................................................................276
4) MONITORIA E REFORÇO ESCOLAR.....................................................................................................276
5) EDUCAÇÃO FISCAL.................................................................................................................................277
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APRESENTAÇÃO
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do curso (da vida universitária e, para além dela, dos movimentos sociais), não só das que
lhe dizem respeito mais diretamente. A construção de um projeto comum depende da
sincronia entre todos os elementos envolvidos. Ainda que cada uma faça seu trabalho da
melhor maneira possível, se o fizer isolado e independente do conjunto será insuficiente.
Pois, trata-se de um projeto, do qual a construção depende de todos. A palavra de comando
da nossa escola é educar para as competências, através da contextualização e da
interdisciplinaridade.
A construção do Projeto Político Pedagógico possibilitará à escola a refletir
sobre seus problemas com todos os seus segmentos e viabilizar alternativas não
imediatistas, mas, sobretudo, de médio e longo prazo, de como pensar, executar e avaliar o
seu trabalho. O Projeto Político Pedagógico de nossa escola expressará as formas
metodológicas acerca do entendimento que os professores têm da escola do conhecimento,
do processo de ensinar e de aprender, da sociedade e do homem que irá viver nessa
sociedade.
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
E-mail: joao-novacantu@netescola.pr.gov.br
Oferta de Cursos e Turmas
(x) Ensino Fundamental
(x) Ensino Médio
1ª - 2ª - 3ª Ensino Médio
Ambientes Pedagógicos
- Laboratório de Química, Física e Biologia
- Biblioteca
- Refeitório (Utilizado também como sala de vídeo)
- Laboratório de Informática
- Sala de Apoio
- Sala de Vídeo
- Quadra Esportiva coberta
É com base nestes anseios que iremos procurar desenvolver nosso trabalho,
pois o aluno será o personagem principal, pois a escola hoje tem e deve procurar se adaptar
as necessidades dos alunos, visto que nossa função é prepará-los para a vida, para que
condigam interagir coma sociedade de forma civilizada.
Horário do corpo discente na escola
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CORPO DISCENTE ALUNOS 07:40 às 12:00 - 12:50 às 17:00
19:00 às 23:00
3. ESPAÇO FÍSICO
Número de Professores: 32
Número de Funcionários: 13
Número de Pedagogos: 03
Número de Diretor Auxiliar: 01
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A equipe pedagógica estará inserida nos diversos sistemas que a escola
oferece Ter conhecimento e participar de todas as atividades.
Mesmo encontrando-se em diferentes sistemas e realizando atividades em
diferentes níveis, sabemos que é papel da mesma trabalhar regularmente para abordar
problemas e colaborar para a solução dos mesmos. Sabemos que é indispensável, estabelecer
um contexto de colaboração com professores/ equipe pedagógica/ escola, diante de qualquer
meta estabelecida.
Para tanto a Equipe Pedagógica tem as seguintes competências atribuídas
para desenvolver um bom trabalho de auxílio a alunos, professores e comunidade:
- Elaborar planos de estudos, com a colaboração dos professores para recuperação de
alunos com dificuldade de aprendizagem;
- Orientar os alunos sobre o uso eficaz da biblioteca da escola e estimulando-os nos
exercícios das atividades recreativas e desportivas, para aprimorar sua qualidade de
reflexão e integração social;
- Auxiliar na resolução de problemas individuais dos alunos, aconselhando-os sobre a
conduta a ser seguida dentro de fora do recinto escolar;
- Contribuir para o ajustamento dos alunos ao meio em que vivem;
- Promover integração, escola/ família/ comunidade, na organização de reuniões,
campanhas educativas, possibilitando a utilização de todos os meios capazes de realizar
a educação integral dos alunos;
- Participar no processo de avaliação escolar e recuperação de alunos, examinando as
causas eventuais fracassos;
- Pesquisar causas de evasão, repetência e outras;
- Acompanhar o rendimento escolar dos alunos, prever formas de suprir possíveis
defasagens;
- Reuniões de pais, definir claramente que a presença dos pais é de suma importância
para escola;
- Compor turmas, turnos e horários com critérios que favoreçam o ensino e
aprendizagem;
- Assegurar horários para reuniões coletivas planejá-las, coordená-las, avaliá-las.
Enfim, muito há de fazer. Nesta tentativa de traduzir competências da Equipe
pedagógica, fica claramente evidenciado o significado de trabalho coletivo na escola, não é
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possível trabalhar fragmentadamente o objetivo do trabalho da escola - não dá e não é
desejável estabelecer fronteiras claramente delimitadas do que compete a quem. Mas dá
para identificar claramente que este trabalho precisa de competências específicas.
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por uma visão global de realidade e compromissos coletivos. Os princípios que estarão
norteando nosso trabalho estão no Art. 3º da Lei 9394/96:
“I. igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III. pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da
legislação do sistema de ensino;
IX. garantia do padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extra-curricular;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.
7. - ATO SITUACIONAL
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Os saberes escolares devem se integrar aos conhecimentos culturais trazidos
pelos alunos e professores, somando as áreas de conhecimento com as experiências já
adquiridas entre educador e educando.
A organização dos educadores por disciplina articulando os conteúdos atende
a realidade do campo através de:
Pesquisas;
Palestras com agrônomos;
Entrevistas com agricultores;
Visitas em propriedades e comércios, indústrias, exposições rurais etc;
Conhecimento das tecnologias e suas conseqüências;
Formas alternativas para o homem do campo;
Cultivo da horta escolar;
Para que os alunos enriqueçam os conhecimentos é preciso problematizar
os conteúdos, levando-os à reflexão da sua realidade, da sua história, permitindo a
participação de todos na busca da valorização do homem do campo enquanto ser histórico,
capaz de transformar o seu mundo.
8. ATO CONCEITUAL
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O homem é um ser natural e social, age na natureza transformando-a
segundo as suas necessidades e além dela. O ser humano muitas vezes tem que sair do
âmbito estreito da família para poder se singularizar como sujeito e estabelecer sua relação
de vínculo com a sociedade. É importante que nós professores possamos entender o
conceito de homem como sujeitos para que dirigimos nosso trabalho, os sujeitos que
queremos ajudar a formar e a se transformar em cidadãos plenos.
O ser humano constrói sua identidade a partir do grupo social a que pertence, do
contexto familiar, das experiências individuais e de acordo com os valores, idéias e normas
que organizam sua visão de mundo.
O modo como se compreende cada fase da vida, é fruto de processos históricos de
transformação da humanidade. Cada sociedade, em cada época histórica e de acordo com
os diferentes grupos que a constituem, definem a duração, as características e os
significados desses tempos da vida.
São as referências socioculturais, locais e globais, o campo de escolhas que se
apresenta ao indivíduo, e dessa forma, amplia-se a esfera da liberdade pessoal e o exercício
da decisão voluntária, é o indivíduo que constrói sua consistência e seu conhecimento, no
interior dos limites postos pelo ambiente e pelas relações sociais.
Dessa maneira, conceber a identidade humana demanda entender quais as esferas da
vida que se tornam significativas, bem como compreender o significado de cada uma delas
na construção de sua identidade.
Essa construção se dá em processo de aprendizagem, o que implica o
amadurecimento da capacidade de integrar o passado, o presente e o futuro e também
articular a unidade e a continuidade de uma biografia individual, o que exige uma busca de
autoconhecimento, compreensão da sociedade e do lugar social em que está inserido.
O homem precisa ser visto como um ser ativo, social e histórico, marcado pelo
tempo, pela sociedade e pelas relações dialéticas, o homem se constrói ao construir sua
realidade.
A escola precisa de homem que seja transformador da realidade da qual ela está
inserida. Partindo do pressuposto que ele é um ser histórico, ele pode escrever a sua história
de uma maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando alcançá-las, sem prejudicar
o meio em que vive. Ter consciência do desenvolvimento buscando-o com sustentabilidade.
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Traçar diretrizes que permitem as consciências críticas, reflexivas, participativas e
transformadoras. Buscando o conhecimento, o respeito mútuo, aceitando as diferenças na
convivência solidária, conquistando assim sua autonomia e valorização do compromisso
moral e ético.
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A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino-
aprendizagem: fornecerá aos professores elementos que permitam identificar os
conhecimentos prévios dos alunos, bem como os pontos críticos para que se avance na
construção do conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não-excludente. Como
proposta em construção, não há uma sistematização pronta e acabada de idéias sobre como
será o procedimento a essa síntese, em avaliação diagnóstica, mas sim estamos em
processo de construção.
Nessa perspectiva, instrumentos diversos poderão ser utilizados em
avaliação diagnóstica, de acordo com a criatividade e a sensibilidade dos docentes e os
recursos disponíveis em sua realidade. Provas, testes, questionários, roteiros de observação
e de entrevista com alunos e pais de alunos, projetos que busquem caracterizar o universo
socio-cultural daqueles que frequentam a escola podem perfeitamente subsidiar o processo
de ensino-aprendizagem em uma perspectiva transformadora.
Espera-se, desse modo, contribuir para uma nova mentalidade em avaliação,
que, em uma abordagem diagnóstica, busque caminhar na direção de uma escola
democrática e participativa para todos, e não apenas para uma minoria. De acordo com a
Deliberação 007/99 que fala sobre Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento
Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino,
em Nível do Ensino Fundamental e Médio.
A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as
finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Para isso serão utilizadas
técnicas e instrumentos diversificadas, preponderando sempre os aspectos qualitativos da
aprendizagem, considerando também a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos
conteúdos.
Nesses aspectos a avaliação deverá ser contínua, permanente e acumulativa.
No que se refere a recuperação de estudos, se o aproveitamento do aluno for
insuficiente o mesmo fará recuperação de estudo, paralelo a sua aula, isto com atividade
extra-classe. Na recuperação paralela o aluno será trabalhado concomitantemente aos
demais alunos com enfoque às suas dificuldades com auxílio daqueles que dominam o
conteúdo, e para verificação serão utilizados: trabalhos de pesquisas individuais bem como
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a observação de seu desejo de progresso pelo professor em sala de aula, sendo que as
atividades desenvolvidas serão desenvolvidas e serão arquivadas na pasta individual de
cada aluno.
Algumas atitudes podem ser desenvolvidas como:
- Realização de tarefas de forma gradativa e sucessiva, essas tarefas serão interpretadas e
analisadas;
- Trabalhos em grupos para o desenvolvimento de idéias e da interação com outros
alunos, mas não de natureza avaliativa porque não são a expressão da idéia de um só
aluno;
- O professor deve analisar as tarefas perguntando o que o aluno pensou, que obstáculos
ele encontrou, que conceitos compreendeu e quais não compreendeu. O professor deve
informar ao aluno o resultado dessa análise. Com base nessa análise é que o professor
planeja suas ações pedagógicas.
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A tecnologia, comunicação e interação têm objetivo de influenciar o educando a
comunicar entre as pessoas, enfocando o fato de que ela ocorre de diversas maneiras,
conforme o contexto de produção das mensagens, as experiências pessoais e conhecimentos
dos interlocutores e as possibilidades interativas das tecnologias de suporte. Considera-se,
hoje, que a comunicação hipermediática se aproxima mais da forma como se desenvolve o
pensamento humano com o uso de diversas linguagens sobrepostas, que se interconectam
por meio de links acionados num clicar do mouse. Essas novas representações induzem
outras formas de leitura, diferentes da linearidade do papel impresso, que se realizam em
camadas sobrepostas e lidas em flashs instantâneos. Entretanto, isso não significa que a
leitura/escrita linear e seqüencial deixou de existir, mas que há outras formas que se
articulam conforme os estilos de leitura/escrita e as características da atividade em
realização.
A revolução tecnológica dos próximos anos aponta a diversidade de novas
possibilidades, tais como a disseminação da Internet móvel e o desenvolvimento da
televisão digital. Como ficarão as práticas pedagógicas com esses novos recursos
disponíveis nas escolas? Como integrá-los às tecnologias convencionais de modo a atender
à diversidade de condições de acesso às tecnologias da realidade brasileira? Como
resgatar/preservar a dimensão humana e a ética diante dessa evolução tecnológica que pode
ser utilizada tanto para a emancipação como a dominação do homem?
Atualmente, várias escolas públicas e privadas têm disponível o acesso às diversas
mídias para serem inseridas no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, diante
deste novo cenário educacional, surge uma nova demanda para o professor: saber como
usar pedagogicamente as mídias. Com isso, o professor que, confortavelmente, desenvolvia
sua ação pedagógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e em sua
experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que implica novas aprendizagens e
mudanças na prática pedagógica.
De fato, o professor, durante anos, vem desenvolvendo sua prática pedagógica
prioritariamente, dando aula, passando o conteúdo na lousa, corrigindo os exercícios e
provas dos alunos. Mas este cenário começou (e continua) a ser alterado já faz algum tempo
com a chegada de computadores, internet, vídeo, projetor, câmera, e outros recursos
tecnológicos nas escolas. Novas propostas pedagógicas também vêm sendo disseminadas,
enfatizando novas formas de ensinar, por meio do trabalho por projeto.
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Para desenvolver uma prática pedagógica voltada para a integração das mídias, uma
das possibilidades tem sido o trabalho por projetos. Na perspectiva da pedagogia de
projetos, o aluno aprende fazendo, aplicando aquilo que sabe e buscando novas
compreensões com significado para aquilo que está produzindo (Freire & Prado, 1999;
Almeida, 2002; Prado, 2003).
A pedagogia de projeto2, tendo como enfoque a integração entre diferentes mídias e
áreas de conhecimento, envolve a inter-relação de conceitos e de princípios, os quais, se
não tiverem a devida compreensão, podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de
qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor.
Para que haja a integração, é necessário conhecer as especificidades dos recursos
midiáticos, com vistas a incorporá-los nos objetivos didáticos do professor, de maneira que
possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelos
alunos.
Nesta perspectiva, o cenário educacional requer do professor saber como usar
pedagogicamente as mídias e, este “como” envolve saber “o quê” e “o porquê” usar tais
recursos. Por outro lado, este saber “como”, “o quê” e “o porquê” usar determinadas mídias
encontra-se ancorado em princípios educacionais. Na mediação pedagógica, o papel do
professor é completamente diferente daquele que ensina, transmitindo informações,
aplicando exercícios e avaliando aquilo que o aluno responde, em termos de certo ou
errado. A mediação pedagógica demanda do professor ações reflexivas e investigativas
sobre o seu papel, enquanto aquele que faz a gestão pedagógica, criando condições que
favoreçam o processo de construção do conhecimento dos alunos. Nas palavras de
Perrenoud (2000), o seu papel concentra-se “na criação, na gestão e na regulação das
situações de aprendizagem” (p. 139).
Na perspectiva da integração, em se tratando, por exemplo, do uso pedagógico do
vídeo, a mediação do professor deve propiciar que as informações veiculadas por esta mídia
sejam interpretadas, ressignificadas e, possivelmente, representadas em outras situações de
aprendizagem (usando ou não os recursos da mídia), que possibilitem ao aluno transformar
as informações em conhecimento.
O desenvolvimento de uma atividade ou de um projeto usando a produção de vídeo
requer um trabalho em grupo entre os alunos e, muitas vezes, entre os profissionais de uma
mesma instituição ou externos a ela. Para produzir um vídeo, o grupo parte de um objetivo,
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cuja definição envolve negociação e argumentação entre os componentes do grupo, para se
chegar a um consenso que seja significativo para todos os envolvidos. Esse consenso,
segundo Almeida (2004), deve refletir o “reconhecimento de si mesmo e do outro em sua
singularidade e diferenciação, do respeito mútuo, da construção da identidade individual
simultânea com a construção do grupo como um sistema que engloba pensamentos,
emoções, ações, experiências anteriores, maneiras de ser, estar, sentir, pensar e fazer com o
outro”.
No contexto do roteiro, a produção da escrita envolve vários aspectos de caráter
cognitivo e criativo, tais como: antecipações, planejamento, organização lógica das
informações e dos fatos pesquisados e coerência entre as imagens, textos e sons,
respeitando os parâmetros do tempo e do foco intencional do produto, isto é do vídeo. Mas
como o professor pode vivenciar esta nova forma de aprender, para que possa repensar a
sua prática e reconstruí-la? Esta reconstrução da prática é fundamental para que o uso da
mídia possa ser integrado às atividades pedagógicas, de modo a propiciar aos alunos novas
formas de buscar, interpretar, representar e compreender os conteúdos curriculares num
escopo ampliado de ressignificações, bem como trabalho individual e colaborativo,
contemplando o contexto e o cotidiano de sua atuação na escola (Valente & Prado &
Almeida, 2003).
A reconstrução da prática requer a sua compreensão e a articulação de novos
referenciais pedagógicos que envolvem os conhecimentos das especificidades das mídias,
entre outras competências que o paradigma da sociedade atual demanda.
9- ATO OPERACIONAL
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a) Igualdade: Quer dizer condições de acesso e permanência na escola, superando dessa
forma todas as desigualdades de natureza sócio econômica, cultural e racial entre os
alunos.
b) Qualidade: O desafio fundamental desse nosso Projeto Político-Pedagógico é viabilizar
qualidade para todos, o que vai muito além da meta quantitativa do acesso global. Essa
qualidade implicará numa consciência crítica e capacitação de ação , de saber e de
mudar. A qualidade que desejamos e os alunos necessitam conjuga um caráter formal ou
técnico (enfatiza instrumentos, os métodos e as técnicas), com o político (voltado para
fins, valores e conteúdos).
c) Gestão democrática: é um princípio consagrado no Regimento Escolar e a as
dimensões pedagógicas, administrativas e financeira. Essa necessidade de gestão
democrática inclui a ampla participação dos representantes da comunidade escolar nas
decisões/ações administrativo-pedagógicas nela desenvolvidas.
d) Liberdade: É outro princípio consagrado no Regimento Escolar e está necessariamente
ligado a autonomia. Liberdade e autonomia fazem parte da própria natureza do ato
pedagógico. A liberdade, é algo que se experimenta, individual e coletivamente; e que
envolve uma articulação de limites e possibilidades. E essa experiência fará com que o
aluno construa sua vivência coletiva e interpessoal.
A organização do trabalho na escola é por sua vez mediação entre o trabalho
docente e prática social global, mas não é oferecer escola em iguais condições para todos.
Pelo contrário é a distribuição desigual do conhecimento a partir da origem da classe social.
O professor deve desempenhar a função de mediador do saber. Quanto ao material didático
deve ser de boa qualidade e o professor deve estar apto para manuseá-lo como material de
apoio, o docente deve submeter-se ao livro como planejador e executor do processo
didático. O desafio da escola é recuperar o compromisso com os valores pessoais, sociais e
culturais que devem marcar a formação dos cidadãos. Devemos conscientizar o educando a
dedicar-se como instrumento concreto do ensino para a vida e não somente pela
aprendizagem.
Biblioteca
A Biblioteca Professor Mauri Schuh funciona como um espaço posto à
disposição da comunidade em geral e destina-se à leitura e a elaboração de trabalhos
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individuais e ou/ coletivos. Dentre as atividades que a Biblioteca vai procurar desenvolver
destacam-se as seguintes:
- acompanhar os trabalhos de estudos e pesquisas dos estudantes;
- realizar atividades de classificação e catalogação de livros que facilitam o controle e a
consulta;
- emprestar livros e controlar sua devolução;
- fazer serviços de levantamento de dados e confecção de estatísticas que favoreçam a
avaliação de todo processo.
Seu horário de funcionamento é: Manhã, Tarde e Noite
Atenderá nas férias também, quando se fizer necessário. A nossa Biblioteca
ainda consta com um acervo bibliográfico de boa qualidade, vindo desta forma suprir as
necessidades de nossos alunos, sendo que sempre recebemos doações de livros, revistas e
jornais. Todas estas fontes de pesquisas tem sido utilizadas pelos nossos alunos com boa
perspectiva de aprendizagem.
Laboratório de Informática
Atualmente o Colégio conta com um laboratório de informática de 7,50 m X
6,80 m , que foi construído com recursos da comunidade, o qual não está adequado às
exigências estabelecidas pela SEED, sendo que não tínhamos outras instalações
apropriadas, o Estado requisitou o espaço da Biblioteca para montar o laboratório de
informática. Tal fato tornou nossa biblioteca inadequada ao trabalho qualitativo por parte
dos professores e alunos. Mas dispomos a princípio somente do espaço físico, temos
poucos computadores, alguns foram adquiridos pelo PROEM e outros com recursos
próprios. Embora contando com poucos equipamentos a escola procurará atender na
medida do possível as necessidades básicas dos alunos elaborando regras de utilização,
onde o professor trabalhará com projetos interdisciplinares de uma forma eficaz
pedagogicamente envolvendo uma dinâmica interativa e adequada.
Laboratório de Química, Física e Biologia
O nosso Laboratório está definido como uma dependência adaptada para o
trabalho prático, tendo condições de segurança. Sabemos que a necessidade de aulas
práticas, para tornar o ensino das ciências mais ativo e relevante, tem sido uma constante
nas propostas de inovação. Mas necessitamos de um profissional laboratorista para atender
às necessidades da escola. Quando buscamos realizar experiências em Ciências, a
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finalidade maior está na soma da teoria-prática, muitas vezes as coisas parecem estanques
ou dicotomizadas, e isto não pode acontecer em Ciências. As experiências despertam
geralmente um grande interesse por parte dos alunos, além de propiciar uma situação
excepcional que é aplicação das etapas do método científico, envolvendo desde a
observação, hipóteses até a conclusão. Para que ocorram as experiências , algumas etapas
serão consideradas:
- Tempo suficiente para confecção de pequenos aparelhos, muitas vezes esses aparelhos
devem ser montados fora de sala de aula;
- O professor deverá ter conhecimento de todas as etapas da experiência;
- O objetivo da experiência deve ficar bem claro a todos;
- As explicações e as conclusões devem envolver todos os participantes das experiências;
- Todas as questões de segurança devem ser consideradas nunca devem oferecer riscos
aos nossos alunos.
A Matriz Curricular está contemplada da seguinte forma: Base Nacional
Comum contempla 92 % das carga horária tanto no Ensino Fundamental como no Ensino
Médio. A Parte Diversificada contempla 80% da carga horária tanto no Ensino
Fundamental quanto no Ensino Médio. Língua Estrangeira Moderna ( Inglês) estão
contemplados como disciplina, da Parte Diversificada na Matriz Curricular do Ensino
Médio no período Diurno e Noturno. No Ensino Fundamental é contemplado na Parte
Diversificada e Língua Estrangeira Moderna ( Inglês).
Cada professor, em sua disciplina, estabelecerá metas a serem alcançadas
com os conteúdos "significativos" que vai ministrar. Considere-se que, fundamentalmente,
o aluno deve ser levado a "aprender a aprender" ou seja deve ser levado a incorporar
"habilidades". A meta ligada à incorporação de habilidades pelos alunos deve ser
inegociável, posto que, constitui o principal fundamento da aprendizagem.
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Trabalhar em grupo exige, entre outros fatores COMPARTILHAR idéias
(que enriquecem muito mais se forem conflitantes, divergentes) informações, reflexões e
ações; RESPEITAR e preservar a individualidade e as produções do outro, percebendo-o
como ser pensante, como um sujeito único e importante para o grupo; ACOLHER o outro é
fundamental para que o mesmo perceba-se / sinta-se fazendo parte deste grupo;
AUTONOMIA E INICIATIVA para emitir opiniões e críticas, desde que sejam
construtivas; COMPROMETIMENTO com a tarefa que o coletivo pretende dar conta,
afinal não posso participar de um grupo se não me identifico com a tarefa que o mesmo se
propõe a realizar; AVALIAR ações e atitudes de forma dialogada, com ética e respeito, o
que também não é fácil, afinal aprendemos (erroneamente!) a interpretar e realizar crítica
de modo pejorativo e depreciativo ou para atender interesses individuais ou empresarias,
impedindo o outro de crescer.
Trabalhar em grupo respeitando a individualidade do outro, mediando
conflitos e críticas com maturidade, afinal conflitos não devem ser abafados, mas discutidos
a fim de se buscar soluções coletivamente, seja para o grupo ou para um de seus
integrantes, é um grande desafio democrático que precisamos exercitar enquanto
educadores, acredito que só através deste exercício poderemos compreender as atitudes e
falas (ou a ausência delas) por parte de nossos alunos, diante de “trabalhos em grupo”.
“O trabalho coletivo na escola deve estar voltado para a construção de um
perfil de cidadão” (Fusari), que obviamente não é neutro, mas vinculado a concepções de
Educação e de Sociedade. Para tanto, é fundamental (e um grande desafio!) que nós
professores nos percebamos, além dos muros da escola, como seres individuais, sim, mas
integrados a uma coletividade com características sociais, políticas, econômicas e históricas
comuns, capazes de enxergar a realidade, discutir, produzir, exigir e propor soluções para
problemas reais da coletividade que compõe a escola e conseqüentemente, atender a
individualidade.
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De acordo com a Lei nº 13.807/2002 a hora atividade constitui 20% da carga
horária do professor em efetiva regência de classe.
Cabe a equipe Pedagógica coordenar as atividades coletivas, a serem desenvolvida
durante a hora atividade. Cabe a direção, sistematizar o quadro da distribuição da hora
atividade, constando em edital, acompanhando e informando à comunidade escolar da
disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e pais. É de competência
do Diretor a verificação do cumprimento da hora atividade no estabelecimento.
9.8 - Recursos Que A Escola Dispõe Para Realizar O Projeto Político Pedagógico
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compra de materiais de consumo necessários ao bom funcionamento da escola
(material de limpeza e escolar, murais de aviso, lâmpadas, etc.)
aquisição de livros de literatura, laboratórios, bolas e rede de vôlei, giz, lápis de cor,
fitas de vídeo, etc.
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intradisciplinares numa perspectiva de desenvolvimento das competências de saída do
Ensino Fundamental. O Colégio Estadual Professor João Farias da Costa procurará decidir,
coletivamente, o que se que reforçar dentro da escola, detalhando sempre as finalidade para
se conseguir um processo ensino-aprendizagem bem sucedido e se formar o cidadão
desejado. Criando dessa forma condições que favoreçam o desenvolvimento global e
harmonioso da personalidade do aluno, na sua dupla dimensão individual e social, de
acordo com princípios de liberdade, responsabilidade e solidariedade, proporcionando
assim a consolidação, aprofundamento e domínio de saberes, instrumentos e metodologias
que fundamentem uma cultura artística, humanística, científica e técnica , numa perspectiva
de educação permanente.
Hoje o Colégio Estadual Professor João Farias da Costa. Ensino
Fundamental e Médio, tem plena convicção de que a educação deve ser valorizada como
área estratégica em qualquer projeto educacional, bem como deu lugar à comunidade
educativa, aumentando, assim, a participação do intervenientes no processo educativo.
A democratização do ensino, trouxe à Escola novos valores, heterogeneidade
de saberes/aprendizagens e uma grande diversidade cultural. A escola deu lugar a
comunidade educativa aumentando a participação dos intervenientes no processo educativo,
A administração Central, confrontada com a dinâmica de mudança implementou a
Reestruração do Ensino Fundamental, através da Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394/96.
Neste contexto, a nossa escola está procurando dar resposta adequada às situações que lhe
são apresentadas, afirmando a sua especificidade e construindo a sua identidade a
autonomia. Num mundo em contínua transformação, a nossa escola tem orientado a sua
atividade por princípios e valores democráticos que fortaleçam a educação para a
autonomia indo de encontro das expectativas dos alunos como cidadãos e futuros
profissionais.
No trabalho de gestão será adotado alguns cuidados especiais de forma
operativa ao planejamento, organização, avaliação e acompanhamento contínuo dos
processos educativos. Uma forma adotada e que será dado continuidade é a distribuição de
atividades aos professores na realização dos projetos escolares, procurando desta forma se
realizar uma liderança compartilhada no cotidiano escolar. A gestão escolar deve ser de
caráter coletivo realizado a partir da participação conjunta de todos os membros da
comunidade escolar. Pois a participação dá as pessoas a oportunidade de controlar o próprio
49
trabalho, de sentirem-se autoras e responsáveis pelos seus resultados, construindo dessa
forma a sua autonomia.
Algumas diretrizes e pressupostos a serem inseridas em nosso Projeto
Político Pedagógico são:
- A escola enquanto espaço educativo, que é por essência lugar social da comunicação
humana, reciprocidade de reversibilidade;
- Possibilitar a reflexão crítica sobre a prática pedagógica da escola, no sentido de
reformular seus cursos com vistas à melhoria do ensino;
- Analisar criticamente o modelo de ensino existente;
- Montar uma proposta pedagógica, face as necessidades dos alunos;
- Caracterizar o perfil docente e discente;
- Criar mecanismos de avaliação, no sentido da correção das distorções e da melhoria da
qualidade do ensino;
- A discussão será uma estratégia básica para a publicação daquilo que professores e
alunos fazem na escola, do que pensam, sabem e experimentam; de seus valores de vida
e convivência.
- A teoria não é por si só a solução para práticas novas. Daí a necessidade da atitude de
constante reflexão e teorização das práticas escolares.
- O planejar será uma articulação entre professores e alunos para as atividades de ensino
e aprendizagem: é um instrumento estratégico básico, uma condição intrínseca ao
projeto pedagógico. Neste sentido, a escola dará muita atenção já que é um
procedimento essencial e exige a participação de todos os envolvidos no e com o
trabalho escolar, em igualdade na condição de parceiros interagindo desde as decisões
passando pela operacionalização até a avaliação do que se propõe a realizar e aprender.
50
10.1 - Procedimentos Pedagógicos
54
solicitado do professor na situação de ensino aprendizagem é o de uma atuação constante,
com intervenções para um grupo todo.
O professor procurará exercer uma prática pedagógica flexível e adaptada as
características e conhecimentos dos alunos. Uma prática que não deixe de buscar e usar
todos os meios possíveis ao seu alcance (apresentando os conteúdos de forma organizada,
usando incentivo de atenção e motivação, ajudando a corrigir erros, etc.) favorecendo assim
o processo de aprendizagem dos alunos que apresentarem dificuldades em um determinado
momento.
Vivemos em tempo de globalização econômica, de níveis elevados de
pobreza e de introdução rápida e intensiva de novas tecnologias e materiais no processo
produtivo, resultantes das exigências da própria sociedade e das transformações científicas
e tecnologias que ocorrem de forma acelerada e exigem das pessoas diferentes
competências. Esse contexto coloca enormes desafios para a sociedade como um todo,
como não poderia deixar de ser, também para a educação escolar. Para uma formação desse
tipo, a escola deve garantir aprendizagens diversificadas. Diante desse quadro, a formação
de professores destaca-se como uma das mais importantes dentre as políticas públicas para
a educação, pois os desafios colocados à escola exigem do trabalho educativo um patamar
profissional diferente ao existente hoje. Além da formação inicial consistente, é preciso
proporcionar aos professores uma formação contínua.
A fim de consolidar a educação nos dias atuais, se realmente queremos uma
escola competente para um ensino crítico, criativo, de qualidade e que desenvolva o
cidadão, é preciso adotar outros parâmetros, para que o professor desenvolva habilidades
de formador e estimulador do pensamento e da inteligência do aluno. Por meio de uma ação
planejada e refletida do professor no dia-a-dia da sala de aula, a escola realiza seu maior
objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez
mais com autonomia. Para atingir esse objetivo, é preciso focar a prática pedagógica no
desenvolvimento dos alunos, o que significa observa-los de perto, conhece-los,
compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades e
incentivar suas potencialidades.
55
B) DIRETOR E DIRETOR AUXILIAR
A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois implica
sempre uma tomada de posição dos atores sociais ( pais, professores, funcionários,
alunos...) Logo, o papel do Diretor não deve ser individual, pelo contrário, deve ser
coletivo, envolvendo os diversos membros da comunidade escolar na discussão e na
tomada de decisões. O Diretor deve contribuir para o fortalecimento da participação dos
alunos nas ações da escola. A implementação de processos e práticas de participação
coletiva, bem como a avaliação destas. É fundamental para romper com o autoritarismo.a
efetivação de uma gestão democrática como aprendizado coletivo deve considerar a
necessidade de se repensar a organização escolar, tendo em mente a importância desta na
vida das pessoas, bem como os processos formativos presentes nas concepções e práticas
que contribuam para a participação efetiva e para o alargamento das concepções de mundo,
homem e sociedade dos que dela participam. Pode-se constatar que a melhoria no
relacionamento humano entre direção e pessoal escolar, entre a escola e usuários e,
principalmente , o relacionamento geral entre os estudantes entre si e com vários
profissionais da escola, quer dentro quer fora da sala de aula. A participação popular
melhora a qualidade das decisões tomadas na área da educação e têm um papel fundamental
na democratização da gestão. Permitir que a sociedade exerça seu direito à informação e à
participação deve fazer parte dos objetivos de um governo que se comprometa com a
solidificação da democracia. Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente,
que a sociedade possa participar no processo de formulação e avaliação da política de
educação e na fiscalização de sua execução, através de mecanismos institucionais. Esta
presença da sociedade materializa-se através da incorporação de categorias e grupos sociais
envolvidos direta ou indiretamente no processo educativo, e que, normalmente, estão
excluídos das decisões (pais, alunos, funcionários, professores). Alguns elementos facilitam
a implantação de medidas de democratização da gestão: a educação é uma política de muita
visibilidade, atingindo diretamente grande parte das famílias e não é difícil mobilizar
profissionais, pais e alunos.
É necessário que os mecanismos de democratização da gestão da educação
alcancem todos os níveis do sistema de ensino. Devem existir instâncias de participação
popular junto à secretaria de educação, junto a escolas e, onde for o caso, em nível regional.
Também é possível imaginar instâncias de participação especializadas, correspondentes aos
56
diferentes serviços de educação oferecidos (Creches, Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Alfabetização de Adultos, Ensino Profissionalizante).
Em qualquer instância, os mecanismos institucionais criados devem garantir
a participação do mais amplo leque de interessados possível. Quanto mais
representatividade houver, maior será a capacidade de intervenção e fiscalização da
sociedade civil.
A democratização da gestão da educação atua sempre como um reforço da
cidadania, constituindo-se em fator de democratização da gestão municipal como um todo.
A obtenção destes resultados, no entanto, depende da vontade política da
administração de ampliar os espaços de participação da sociedade na gestão municipal.
Depende, também, da adoção de outras medidas visando a democratização do ensino. Um
governo que não se preocupar com estes dois pontos dificilmente conseguirá implantar um
verdadeiro sistema de gestão democrática da educação.
Conselho Escolar
59
h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a cooperação
a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação, em todos os aspectos pedagógicos,
administrativos e financeiros da organização do trabalho escolar.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
a) Diretor;
b) Equipe Pedagógica;
c) Corpo Docente;
d) Funcionários Administrativos;
e) Funcionários de Serviços Gerais;
f) Corpo Discente;
g) Pais de alunos;
h) Representante da APMF;
i) Representante do Grêmio Estudantil;
j) Representante dos movimentos sociais organizados.
Representante de turma
O Representante de turma é um aluno escolhido pelo corpo docente da turma com
os demais alunos, para auxiliar os professores, direção e equipe pedagógica da escola no
processo de ensino aprendizagem. Por isso, é necessário que este aluno seja aplicado nos
estudos, diligente e disposto à ajudar no bom andamento das aulas.
62
o Parceria com o corpo docente e a orientação, a fim de desenvolver no aluno
a consciência de sua autonomia, senso crítico, responsabilidade e o pleno
uso de sua cidadania.
65
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINAS / SERIE 5 6 7 8
B
A
ARTES 2 2 2 2
S
E CIENCIAS 3 4 4 4
EDUCAÇAO FISICA 2 2 2 2
N
A ENSINO RELIGIOSO * 1 1
C
GEOGRAFIA 3 3 3 3
I
O HISTÓRIA 4 3 4 4
N
LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
A
L MATEMÁTICA 4 4 4 4
C
O
M
U
N
SUB-TOTAL 22 22 23 23
P L.E.M. – INGLÊS 2 2 2 2
D
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
66
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MEDIO
DISCIPLINAS / SERIE 1 2 3
B ARTE 2 2
A
S BILOGIA 3 2 2
E EDUCAÇAO FISICA 2 2 2
FILOSOFIA 2
N
A FISICA 2 2 2
C GEOGRAFIA 2 2 2
I HISTÓRIA 2 3 3
O
N LINGUA PORTUGUESA 4 4 4
A MATEMÁTICA 4 4 4
L QUÍMICA 2 2 2
C SOCIOLOGIA 2
O
M
U
M
SUB-TOTAL 23 23 23
P L.E.M. – INGLÊS 2 2 2
D
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
Cor e luz
Linha
Ponto
70
Formas geométricas
Tangran
Desenho
Letras
Números
Releitura de obras
Fundo e figura
Expressão corporal
Introdução ao teatro
Qualidade do som
Ritmo e melodia
Folclore
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6ª SÉRIE
Recursos geométricos
Comunicação visual (história em quadrinhos)
Ampliação
Redução
Percepção de cores
Movimento, Ritmo e equilíbrio
Contraste e simetria
Desenho – Releitura
Folclore
Elementos do som
71
Harmonia do som
História do teatro
Coreografias improvisadas
Dinâmicas no teatro
Expressão vocal
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
8ª SÉRIE
Cores
Publicidade
Pintura-pigmento
Caricatura
Releitura
Escultura
Música pura e descritiva
Estruturas musicais
Mini peças
Expressões gestuais
Danças culturais
Danças folclóricas
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Datas comemorativas
Cultura afro-Brasileira
Educação no Campo
tecnologia
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A arte compreendida como produção, expressa as relações desta com a cultura por
meio das manifestações materiais e imateriais.
A tarefa desta disciplina não se desvincula da forma de organização da nossa
sociedade, levando em consideração que a transformação determina condições para uma
73
nova atitude estética. Pois educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente,
interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de função e expressão artística.
Para que a informação se transforme em conhecimento, e necessário interpretar e
questionar. O lado humano e lúdico tem fundamental importância na concepção de vida de
cada um de nos. Por isso, o ensino da arte é imprescindível, através da arte trabalha-se o
desenho, a pintura, a musica, a expressão corporal, o teatro e a dança, eles desenvolvem um
processo profundo de conhecimento de si próprios, do outro e do mundo em que estão
inseridos.
O ensino da arte amplia suas aptidões para ler o mundo e resolver problemas,
através de recursos tecnológicos e manuais e culturais tornando os alunos mais sensíveis e
mais críticos.
A leitura da obra de arte ajuda a decodificar os códigos visuais que foram feitos
agora e no passado, e a apreciá-los.
A História da Arte é a informação estética de todas as classes sociais,
proporcionando a multiculturalidade brasileira uma aproximação de códigos culturais de
diferentes grupos (Ana Mae Barbosa).
74
Em se tratar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências (práticos) quanto
conceituais (teóricos), pois avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno
posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, Ana Mãe. Arte/Educação Contemporânea. São Paulo. Ed. Cortez, 2005
RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem Segredos. Eventos Escolares – Contagem, MG.
Ed. IEMAR, 1999
Música, Movimento e Artes Visuais – 1ª ed. São Paulo. Ed. DCL, 2006 (coleção novos
caminhos. Formação continuada na sala de aula/ coura. Aline Corrêa de Souza).
FERREIRA, A B.H. Dicionário Aurélio básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro.
Ed. Nova Fronteira, 1995
CHAUI, M. Convite à filosofia. Universo das Artes. Arte e Sociedade. São Paulo. Ed.
Ática, 2003
FERRAZ, M. Fusari, M.R. Metodologia do Ensino de Arte. 2ª ed. São Paulo. Ed. Cortez,
1993
Diretrizes Curriculares de Artes Para o Ensino Fundamental – SEED / VERSÃO
PRELIMINAR JULHO/2006.
75
DISCIPLINA: CIÊNCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL
Nos últimos anos o ensino de ciências passou por muitas mudanças, deixando de ser
vista como um corpo de conhecimentos estabelecidos, a Ciência passou a ser tratada como
uma atividade humana, acentuando-se de forma progressiva o caráter experimental dos
processos e procedimentos científicos, que são amplos e variados.
Os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de conhecimentos produzidos
pela humanidade no decorrer de sua história, daí a necessidade de articularmos os saberes
necessários entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, possibilitando
assim um novo encaminhamento pedagógico a medida em que se propõe partir desta
realidade como um todo para a especificidade teórico-prática da sala de aula.
A Ciência é uma disciplina que perpassa todas as dimensões da existência humana
em nossa sociedade. Somos todos afetados pelas relações da Ciência com a cultura e com
os problemas éticos e filosóficos. A Ciência não só interfere como tem alterado nosso modo
de viver e agir.
Estudar Ciências não é apenas observar a natureza, mas também pesquisar,
raciocinar, levantar hipóteses, tirar conclusões e conscientizar da necessidade de preservar o
meio ambiente.
Historicamente a Ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem
a própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas teorias
correspondem a diferentes abordagens do fenômeno cientifico, da produção cientifica e
como esta implica na construção humana coletiva. O conhecimento científico está em
permanente transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser
aceitas como completas e definitivas.
O processo de ensino/aprendizagem de Ciências constitui-se em um meio para o
aluno compreender as relações e inter-relações que se estabelecem na sociedade entre
homem –homem e homem-natureza, bem como suas respectivas implicações. As noções e
conceitos científicos podem ser trabalhados de forma critica e reflexiva, fornecendo
76
elementos para a compreensão e aplicação destes conhecimentos no cotidiano adequando-
os ás suas necessidades e interesses, passando a interagir de maneira saudável no meio em
que vive.
Finalmente, percebemos que o ensino de ciências em cada momento histórico, tem o
seu desenvolvimento ligado a uma trajetória de acordo com interesses políticos econômicos
e sociais de cada período, determinando assim, a mudança de foco do processo de ensino e
de aprendizagem. Isso alterou a concepção de aluno, professor, ensino aprendizagem,
escola e educação, contribuindo para a formação em diferentes épocas. De novos cientistas,
de cidadãos pensamento lógico e crítico, de mão-de-obra qualificada para o mercado, de
cidadãos críticos, participativos e transformadores.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Corpo Humano e Saúde
Ambiente
Matéria e energia
Tecnologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO
Universo Sistema solar (sol, planetas e A conquista do
Galáxias satélites) espaço
Constelações
77
Movimentos dos astros
Estações do ano
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Corpo Humano e Saúde
78
Ambiente
Matéria e energia
Tecnologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO
Capilaridade; Osmose; Absorção; Os seres vivos e os ecossistemas
Fototropismo; Fotossíntese, respiração, (nascimento, reprodução, crescimento e
Geotropismo; transpiração e gutação, desenvolvimento).
movimento e fermentação, Classificação e nomenclatura.
locomoção. decomposição e Vírus ;
Diagnósticos: exames hibridação. Os seres unicelulares (moneras e
clínicos por imagens, Imunização artificial: protistas);
tratamento: soros, vacinas, Os fungos:
radioterapia; medicamentos; Reino animal;
intoxicações por Diagnósticos: exames Doenças causadas por animais e
agentes físicos: clínicos, tratamento: por microorganismos.
elementos radioativos, quimioterapia. Reino das plantas vegetgais:
pilhas, baterias dentre raiz, caule, folha, fruto e
outros. semente.
Reprodução e herediateriedade .
Biotecnologia e utilização dos
vegetais na indústria
farmacêutica, química e
alimentícia.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Corpo Humano e Saúde
Ambiente
Matéria e energia
79
Tecnologia
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Corpo Humano e Saúde
Ambiente
Matéria e energia
Tecnologia
80
BIOLÓGICOS QUÍMICO FÍSICO
Prevenção e tratamento Introdução à Química: Introdução à Física:
das doenças História da Química; Grandezas
relacionadas a poluição A Química – Ciência físicas;
e contaminação do experimental e no cotidiano. Cinemática:
solo, do ar e da água A Matéria e suas propriedades. Tipos de
por agentes químicos; Substâncias, Misturas e Combinações. movimento
Biodigestor; Elemento Químico; quanto á
Fenômenos: Substancia Química. velocidade do
superaquecime O átomo: móvel.
nto do planeta, História do átomo; Dinâmica:
buraco na Forças e
As partículas elementares do
camada de Movimento;
átomo;
ozônio e seus Princípios da
Características do átomo;
efaitos nocivos Dinâmica;
Isoátomos;
aos seres vivos 1.10 Calor e
Ìons.
e ao ambiente. Temperatura:
Tabela Periódica:
Acidentes de 1.11 Tipos de Energia;
Classificação dos elementos
transito Energia térmica,
químicos;
relacionado ao sonora, luminosa,
Símbolos dos elementos
uso de Drogas etc.
químicos;
(álcool); 1.12 Eletricidade e
Ligações Químicas.
Prevenção de Magnetismo;
Funções Químicas (ácidos, bases, sais
acidentes. Fenômenos
e óxidos).
elétricos.
Reações químicas
Movimento,
Segurança no trânsito:
deslocamento,
Teor alcoólico das bebidas e suas
trajetória e
conseqüências no trânsito.
referencial;
velocidade e
aceleração; distância,
tempo, inércia,
81
resistência do ar.
Forças.
METODODOLOGIA DA DISCIPLINA
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ensino de Ciências, Unindo a Pesquisa e a Prática,
(org). São Paulo: Pioneira Thonson Learning, 2006.
CRUZ, Daniel.Ciências e Educação Ambiental. São Paulo: Ática , 2002.
OLIVEIRA, Daisy Lara de.Ciências nas salas de aula/ org. de– Porto Alegre: Mediação,
1997.
DCE da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências
SOS Ciências/ Íris Stern. Arco-Íris, 1993.
VALLE, Cecília.Tcnologia e Sociedade: Manual do professor/– 1ª ed. – Curitiba:
Positivo, 2004 (coleção Ciências).
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e
proposições/ – 17ªed. São Paulo: Cortez, 2005.
Diretrizes Curriculares SEED/ julho2006.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Expressividade Corporal
Manifestações Esportivas
Manifestações Ginásticas
Brincadeiras, Brinquedos e Jogos
Manifestações Estéticas – Corporais na Dança e no Teatro
Expressividade Corporal
- Perceber os limites corporais na vivência dos movimentos rítmicos e expressivos;
- Superação dos educandos sobre seus limites nas vivências rítmicas e expressivas;
- Valorização e exploração dos movimentos corporais.
Manifestações Esportivas
- Futsal
- Voleibol
86
- Handebol
- Basquetebol
- Tênis de Mesa
- Xadrez
Manifestações Ginásticas
- Ginástica Formativa
- Ginástica Corretiva
- Ginástica Coreográfica
- Atividades recreativas com bola, arco, bastão e corda
Brincadeiras, Brinquedos e Jogos
- Jogos Intelectivos
- Jogos de Disputa
- Jogos de Perseguição
- Brincadeiras Cantadas
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro
Tecnologia
Educação no Campo
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
87
É importante que o professor potencialize a aula a favor de todos os alunos, não
exigindo somente a competitividade e a performance ( motivos de evasão ), mas respeite os
limites e a cultura corporal dos alunos, levando em conta 3 momentos: proposição da
atividade – apresentação dos conteúdos e discussão da maneira como realizar as atividade;
execução – é a fase em que desenvolve-se a atividade proposta. É durante essa fase que o
professor observa, analisa e intervem quando necessário; reflexão – é o momento em que
professor e aluno refletem sobre sua prática, analisando pontos positivos e negativos.
Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimentos, trata-se
basicamente de acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação
dentro dos contextos significativos. Durante este acompanhamento, diversificando
estratégias de abordagem dos conteúdos, professor e aluno podem participar de uma
integração cooperativa de construção e descoberta, em que o professor promove uma visão
organizada do processo, e o aluno contribui com seus conhecimentos prévios.
88
BIBLIOGRAFIA
89
DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO - ENSINO FUNDAMENTAL
90
Somente a partir das discussões da LDBEN 9394/96, é que o Ensino Religioso
passou a ser compreendido como disciplina escolar. Por isso, sua implementação nas
escolas públicas do país foi regulamentada. Como estabelece a Lei 9475/97:
Art 33 – o Ensino Religioso de matricula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas
de Educação Básica assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil,
vedadas quaisquer formas de proselitismo.
Quanto ás políticas do Estado Paranaense, somente em 2002 o Conselho Estadual de
Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas
Escolas públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
A deliberação número 01/06 aprovado pelo CEE em, 10/02/2006, contribuiu para o
avanço do repensar do objeto da área, o compromisso com a formação docente, a
consideração da diversidade religiosa no Estado, a necessidade do diálogo/estudo na escola
sobre as diferentes leituras do sagrado na sociedade.
Portanto, o Ensino Religioso visa trabalhar o entendimento, o conhecimento das
manifestações religiosas, das crenças e a forma de interpretar o sagrado e sobretudo
aprender a respeitar diversidade religiosa, levando os educandos ao confronto e respeito de
idéias na construção do conhecimento.
“Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos que
tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e
símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que
são impregnadas.” (Seed, p.12, 2006).
As religiões são objetos de estudo nas aulas de Ensino Religioso. As diferenças
culturais são estudadas, com o fim de compreender a diversidade religiosa como expressão
da cultura, elaborada historicamente, e que, por isso, são marcadas por aspectos
econômicos, políticos e sociais.
CONTEÚDOS ESTRURURANTES
Paisagem Religiosa
Texto sagrado
símbolo
92
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
O Ensino Religioso na Escola Pública.
Orientações legais
Objetivos
Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como
disciplina escolar.
I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumento legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito À
liberdade religiosa
Direito de professar fé e liberdade de opinião e expressão
Direito á liberdade de reunião a associação pacíficas
Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado
II LUGARES SAGRADO
Caracterização dos lugares e templos sagrados; lugares de peregrinação, de relevância, de
culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.
Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de formas oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.
Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc)
( Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá’l, Tradições Orais
Africanas, Afro-brasileiras e ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.
IV ORGANIZAÇOES RELIGIOSAS
93
organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as
diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.
Fundadores e/ ou líderes religiosos.
Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações religiosas Mundiais e religiosas: Budismo,
Confucionismo, Espiritismo, Taoísmo etc.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6ª SÉRIE
I UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
Nos Ritos
Nos Mitos
No cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, paramentos, Objetos, etc.
II RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto
de rituais. Podem ser compreendidos como recapitulação de um acontecimento sagrado
anterior, é imitação, serve À memória e á preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir
de transformações presentes.
Ritos de passagem
Mortuários
Propiciatórios
Outros
IV VIDA E MORTE
94
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações
religiosas e sua relação com o sagrado.
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
Reencarnação
Ressurreição – ação de voltar à vida
Além Morte
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam
presentes
Outras interpretações.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
95
consciência ecológica, ou seja, a preocupação com a qualidade de vida de todos, sabendo
preservar e fazer bom uso das tecnologias.
A organização das atividades será pautada no dialogo, reflexão e interação entre
professor, aluno e conteúdo, levando em consideração o conhecimento cotidiano do
educando. Pois, professor e aluno irão juntos elaborar, (re)significar o conhecimento, numa
relação dialógica.
97
BIBLIOGRAFIA
LUCKESI, Cipriano Carlos – Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e
proposições – 17ª ed. – São Paulo: Cortez, 2005.
FIGUEREDO, A. P. Ensino Religioso: Perspectivas Pedagógicas. Petrópolis, RJ: Vozes,
1994.
SECRETARIA DE EDUAÇAO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretriz Curricular para o
Ensino Religioso. 2006.
98
DISCIPLINA: GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL
Considerar que nas diretrizes pretende-se formar um aluno consciente das relações
socio-espaciais de seu tempo, assume-se o quadro conceitual das teorias criticas da
Geografia, ou seja, desconsidera as linhas de pensamento que negam, em suas construções
conceituais, os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que
constituem o espaço geográfico.
Cabe salientar que a relação dos conceitos de paisagem, natureza, lugar e sociedade,
vinculada as teorias críticas da Geografia, contemplam os estudos apenas de alguns autores
que desenvolvem pesquisas neste campo teórico.
Sendo assim, a Geografia tem como objetivo compreender a vida de cada um,
desvendando os sentidos, os porquês conceitos em que vivemos
O estudo da Geografia insere-se na perspectiva de dar conta de como fazer a leitura
do mundo, incorporando o estudo do território como fundamental para que possa entender
as relações que ocorrem entre os homens, estruturadas em um determinado tempo e espaço.
100
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.
Geopolítica
A Dimensão Sócio – Ambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
5ªSÉRIE
Desvendando as paisagens;
Espaço e tempo;
O tempo da natureza;
Aprendendo a orientar-se;
Aprendendo a localizar-se:
Os paralelos;
Os meridianos;
As coordenadas geográficas.
A representação do espaço por meio de mapas;
A linguagem cartográfica;
O movimento de rotação da Terra:
As fases da Lua: a base da divisão do tempo em semanas e meses.
O movimento de translação da Terra;
O ambiente urbano e rural;
A natureza é a fonte da vida;
O trabalho humano;
A natureza é transformada em produto pelo trabalho humano;
Revoluções industriais, impactos nas sociedades e na natureza;
A agropecuária e as condições ambientais;
O extrativismo mineral e o meio ambiente.
Cultura Afro-Brasileira
Cidadania
101
Trânsito
Drogas
Meio Ambiente
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.
Geopolítica
A Dimensão Sócio – Ambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
102
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.
Geopolítica
A Dimensão Sócio – Ambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
103
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.
Geopolítica
A Dimensão Sócio – Ambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cidadania
104
Trânsito
Meio Ambiente
Drogas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
105
A avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma
reflexão crítica sobre a prática, no sentido de se captar seus avanços, suas resistências, suas
dificuldades e possibilitar uma tomada de decisões sobre o que fazer para superar os
obstáculos.
106
BIBLIOGRAFIA
VESENTINI, José Willian –1950. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2002.
ADAS, Melhen – 1938. Comunicação Cartográfica. 4ª edição. São Paulo: Moderna,
2002.
NESTOR, André Kaercher. Geografia em sala de aula. Práticas e reflexões.
ACÁCIA Kuenzer. Avaliação.
SANTOS, Celso Vasconcelos dos. Avaliação: Concepção dialética – libertadora.
Diretrizes Curriculares de Geografia Para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar.
Julho 2006.
107
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
108
gerações. O ensino continuou hierarquizado e nacionalista sem espaço para crítica e
interpretações dos fatos, visando a formação de indivíduos passivos.
O Estado figurava o principal sujeito histórico, exemplificado nas obras dos
governantes e elites condutoras do país.
A partir da Lei nº 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e o
segundo grau profissionalizante. O ensino centrado numa formação tecnicista preparatória
para o trabalho, assim as disciplinas de Ciências Humanas perderam espaço no currículo,
sendo que as disciplinas de História e Geografia foram consideradas como área de Estudos
sociais, dividindo espaço com Educação moral e cívica (EMC) no 2.º grau a carga de
História foi reduzida com a inserção de Organização Social e Política Brasileira (OSPB).
O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento de seus
deveres patrióticos privilegiando noções e conceitos básicos adaptados à realidade,
distanciado da produção histórico-gráfico acadêmico. Em 1980, com o fim da Ditadura
Militar e o inicio de redemocratização de sociedade houve a aproximação entre a educação
básica e a superior.
No inicio dos anos 1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas
na área educacional, surgindo novas propostas do Ensino de História, o que levou à
produção de materiais didáticos e paradidáticos, incorporando a nova historiografia.
No Paraná, a proposta de renovação do ensino de história, fundamentou-se na
pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado
do Paraná (1990) coerente com a redemocratização política do Brasil, valorizando as ações
dos sujeitos, relacionadas ao processo histórico social, incluindo o estudo da produção do
conhecimento histórico, contrariando os pressupostos teóricos do ensino da história
tradicional baseado na memorização, exercícios de fixação e livros didáticos. No segundo
grau, o documento Reestruturação do Ensino de 2º grau no Paraná (1990) que apresentava
uma proposta pedagógica a partir da formação de capitalismo no mundo ocidental e a
integração do Brasil.
Ao final dos anos 1990, o Paraná incorporou os Parâmetros Curriculares Nacionais
como referência para a Organização Curricular da rede pública estadual. As escolas
estaduais que ofertavam o 2º grau foram orientadas a partir de 1998, pela SEED, e elaborar
suas propostas curriculares de acordo com os PCNS. O reconhecimento dos novos cursos
de ensino médio, vinculados a estrutura do ambiente escolar com bibliotecas, laboratórios,
109
informática etc. visando a preparação para o trabalho, de acordo com os princípios
propostos pela Unesco, o ensino de História contextualizado em função do mercado de
trabalho até o final de 2002.
Em 2003 a SEED organizou um projeto de formação continuada para os
professores, articulado as diretrizes curriculares, visando a orientação comum ao Ensino de
História para a rede pública, com destaque para a aprovação da lei n.º 13.381/01 que torna
obrigatório no ensino fundamental e médio os conteúdos de História do Paraná, a lei n.º
10.639/03 que altera a lei n.º 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, incluindo no currículo a obrigatoriedade de História e Cultura Afro-Brasileira,
seguida das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico –
Racionais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
No ensino de História devemos ter sempre como perspectiva, além dos objetivos
inerentes à própria disciplina, a formação da cidadania e dos valores democráticos tarefa
complexa e cheia de riscos, especialmente por que não temos uma tradição de vida
democrática. A ênfase no respeito às diferenças culturais e na defesa da pluralidade deve
pautar o ensino e as atividades de reflexão, pesquisa e debates na sala de aula.
É fundamental que o aluno tome consciência de que é parte do mundo e agente
transformador da realidade. Daí a necessidade de estimular um olhar crítico sobre a história
e incentivar a leitura, a reflexão, a análise e as exposições escritas e orais, pessoais e em
grupo.
Outro aspecto fundamental refere-se ao fato de se garantir que os diferentes temas,
assuntos que venham a ser trabalhados se relacionam com o universo amplo ou particular
de diferentes sujeitos sociais situados nos mais variados contextos sociais, espaciais e
temporais. Essa condição constitui-se, portanto, em um princípio fundamental que pode
contribuir decisivamente para que os educandos se percebam como sujeitos sociais e
construtores de conhecimentos.
110
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5º Série
O que estuda a história.
A história do passado e do presente.
Nossa origem, sociedade e cultura primitiva.
Pré-história da América.
Arqueologia no Brasil.
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia.
Formação da Sociedade Brasileira e Americana
6º Série
Descentralização do poder, a sociedade, a religião e a cultura.
As grandes navegações e descobertas.
O comércio e propriedade
111
As grandes civilizações da América.
Uma nova visão do homem e do mundo reforma e contra-reforma.
Reforma e contra-reforma.
Administração da Colônia.
Os ciclos econômicos engenhos e a escravidão.
União Ibérica e as invasões e Rebeliões coloniais.
Mudanças e ouro no Brasil Colonial.
7º Série
Acontecimentos mundiais no século XVIII.
Os iluministas e a representação de suas idéias.
O fim do antigo regime
Reflexos do Iluminismo e liberalismo.
Revolução Industrial e relações de trabalho XIX e XX.
As revoluções americana e francesa e sua influência no Brasil.
A vinda da família real para o Brasil.
A construção da nação brasileira.
A guerra do Paraguai.
O processo de abolição
O surgimento das grandes potências no século XIX.
O desenvolvimento industrial no século XIX.
A expansão imperialista.
O imperialismo e o neocolonialismo
Colonização da África e da Ásia.
Revolução Russa.
A República no Brasil primeiros anos.
8º Série
Brasil na primeira República oligarquias é opressões.
Semana da Arte Moderna.
Período Vargas
Revolução Russa.
112
Crise de 1929.
Movimentos populares na América Latina.
Europa Pós-Guerra.
Segunda Guerra Mundial.
Guerra Fria e os Regimes Militares da América Latina.
Independência das Colônias Afro-Asiáticos.
Movimento de contestação no Brasil e no mundo.
Nova ordem mundial.
Mudanças nos blocos Soviéticos.
Globalização e Neoliberalismo.
CONTEÚDO COMPLEMENTARES
A história do povo local e regional:
Usos e costumes
Povos indígenas no Paraná.
Datas Comemorativas e Folclóricas
A colonização do território Paranaense.
Cidadania
Folclore
Emancipação Política do Paraná.
Valorização dos bens públicos.
Ética e Cidadania.
O movimento micienicos no Paraná.
Folclore local e no Brasil.
Valores e Preconceitos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Uma proposta de ensino que venha a se construir na base orientadora para a
elaboração de materiais didáticos, observadas pelo professor no tratamento dos conteúdos.
113
Este conjunto de valores educativos e de elementos são essenciais para que essa abordagem
represente a melhoria qualitativa no ensino de história.
Os conteúdos curriculares não são o fim de si mesmo, mas meios básicos para auxiliar no
desenvolvimento de habilidades por partes dos educadores priorizando-as, sobre as
informações.
As linguagens são indispensáveis para a construção de conhecimentos e de
habilidades. A utilização de metodologia que de forma permanente, estimulam à pesquisa, à
experimentação e à resolução de problemas do passado e dos problemas do presente.
Relatividade cultural a ela o que se diferencia do relativismo para a qual não existe
consenso possível sobre o conhecimento e a ética.
116
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL
118
A língua é uma das realidades mais fantásticas: vivemos entrelaçados pelas
palavras; ela estabelece todas as nossas relações e nossos limites que se constitui através
dessa interação.
Os textos literários abrem um fértil espaço para um trabalho integrado com outros
textos, criando uma rede para múltiplas leituras do mundo e para a compreensão e
apreensão do potencial expressivo da linguagem.Permitindo também um trabalho integrado
com outras linguagens.(artes plásticas, música, cinema), criando condições para a
percepção do fazer artístico em geral, seja de suas especificidades, seja de suas dimensões
histórico-culturais.
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o papel como participante da sociedade,
para que isso ocorra os objetivos devem seguir uma fundamentação em todo processo
ensino/aprendizagem.
Ao empregar a oralidade em suas diferentes situações de uso, o educando precisa
adequá-la em seu contexto, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do
cotidiano e posicionando –se diante dos mesmos, compreendendo a linguagem como
interação social e ampliando o reconhecimento do outro e de si próprio, aproximando-se
cada vez mais o entendimento mútuo.
Os conhecimentos adquiridos por meio da prática e análise lingüística ajudam
expandir a capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a
capacidade de análise crítica. As reflexões sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,
atualizam o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura;
119
Oralidade;
Escrita;
Discurso.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
Comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às idéias e à forma;
Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre entonação;
Desenvolver habilidades de leitura de textos de linguagem transverbal;
Conhecer a estrutura do dicionário e saber consulta-lo de modo rápido e eficiente;
Produção de texto (descrição);
Leitura e Interpretação de texto;
Substantivo e classificação;
Flexão dos adjetivos;
Artigos;
Flexão e classificação dos artigos;
Numeral e classificação;
Interjeição;
Letra, fonema e dígrafo;
Encontro consonantal;
Pronomes e classificação;
Encontro vocálico;
Divisão de silabas;
Sílaba tônica e átona;
Palavras axítonas, paroxítonas e proparoxítonas;
Acento gráfico;
Verbo, tempos verbais;
Verbo na construção do texto;
Conjunções;
Advérbios;
120
Pontuação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse
aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.
Leitura;
Oralidade;
Escrita;
Discurso.
6ª SÉRIE
Leitura e interpretação de texto;
Produção de texto;
Grau dos substantivos e adjetivos;
Verbos;
A estrutura do verbo;
Sujeito e predicado;
Tipos e sujeito e classificação;
Ortografia;
Verbo de ligação;
Predicativo do sujeito;
Objeto direto e indireto;
Porônimos;
Pronomes na função de complementos verbais;
Variações dos oblíquos;
Linguagem e interação;
Coerência e coesão;
Tipos de predicado;
Plural dos substantivos compostos;
Plural dos adjetivos compostos;
121
Adjunto adverbial;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse
aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.
Leitura;
Oralidade;
Escrita;
Discurso.
7ª SERIE
Leitura e produção de texto;
Produção de texto;
Sujeito indeterminado;
Oração sem sujeito;
Verbos impessoais;
O discurso;
O discurso citado nos gêneros narrativos;
O discurso direto e indireto;
Vozes do verbo;
A crônica;
O predicativo do objeto e predicado verbo nominal;
Denotação e conotação;
O modo imperativo;
Acentuação;
Figuras de linguagem;
Complemento nominal;
Anúncio;
Ortografia;
Aposto e vocativo;
122
Pontuação;
Conjunção;
Período simples e composto;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse
aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.
Leitura;
Oralidade;
Escrita;
Discurso.
8ª SÉRIE
Leitura e interpretação de texto;
Produção de texto;
O conto;
Orações subordinadas substantivas;
Pronome relativo e demonstrativo;
Orações subordinadas adjetivas e adverbiais;
Período composto por coordenação: as orações coordenadas.
Pontuação;
Figuras de sintaxe;
Versificação;
Estrutura das palavras;
Ortografia;
Concordância nominal e verbal;
Sintaxe de regência (verbal e nominal);a crase;
Colocação pronominal;
123
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
126
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara
Vieira. 6ª edição. São Paulo: Hucitec, 1992.
GERALDI, C; FIORENTINE, D; PEREIRA, E. (orgs). Cartografia do trabalho docente.
Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. São Paulo: Atual,
2002.
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
Currículo Inclusivo do Estado do Paraná.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos
Inclusivos.
http://www.educacaoonline.pro.br/
127
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
128
Nas últimas décadas, a preocupação com o ensino da matemática traduziu-se em
alguns movimentos bem definidos. Nos anos 60, foi a “matemática moderna”, que buscou
soluções no formalismo e nas estruturas. Nos anos 70, o “retorno ao básico”, de certa forma
uma reação diante do malogro da matemática moderna. Para os anos 80, muitos educadores
matemáticos eminentes chegaram a eleger a “ resolução de problemas” com a grande
prioridade do ensino de matemática.
Em 1987, o estado do Paraná através da Secretaria Estadual de Educação – SEED,
iniciou, discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaborar uma
proposta para seu sistema de ensino.
A questão central residia em repensar o ensino de segundo grau como condição para
ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e, portanto, de participação social
mais ampla do cidadão. Nesse contexto, o ensino da Matemática é visto como instrumento
para a compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente
de modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento
técnico, o progresso do discernimento político.
No final da década de 1980 início da década de1990, o Estado do Paraná, fez um
movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular para sua rede
pública de Ensino Fundamental. O texto de Matemática teve como fundamentação teórica
uma forte influência da tendência hitórico-crítica. Na leitura do texto são evidentes as idéias
da Educação Matemática começavam a se firmar no Brasil.
A partir da aprovação da LDBEN 9394/96, e dos PCNs, 1998, especialmente com
relação a disciplina de Matemática, fica fortemente a indicação para um trabalho voltado as
aplicações da Matemática na vida prática, minimizando o valor científicos da disciplina e
seus contextos internos.
A partir de 2003, a SEED inicia um processo de discussão coletiva com os
professores da Rede Pública Estadual que lecionam nos diferentes níveis de modalidades de
ensino, resgatando importantes considerações a respeito de abordagens sobre o ensino e
aprendizagem da Matemática.
A Matemática assim com as demais ciências, reflete as Leis do mundo que nos
rodeia e servem de potente instrumento para o conhecimento e domínio da natureza.
Embora, pelo alto nível de abstração as matemáticas trazem consigo a falsa impressão de
que é conhecimento só para especialistas. É fato que a matemática possui problemas
próprios, que não tem ligação imediata com outros problemas da vida social. Mas não há
duvida também de que os seus fundamentos mergulham tanto como os de outro qualquer
ramo da ciência, na vida real.
131
No ensino da Matemática não podemos perder de vista o fato de que além desta
disciplina estar relacionada a vida real, ela tem sua origem no mundo real e reconhecer que
a matemática surgiu da necessidade humana, é requisito prévio e importante para entendê-
la.
Sendo que a Matemática foi historicamente desenvolvida a partir das necessidades
da realidade humana, constatamos que ela, não esta pronta e acabada, ou seja, é um
processo em construção. A cada momento o ser humano se depara com novas necessidades
e precisa buscar soluções para as mesmas, portanto, somos agentes desse processo.
Desmistificar que a Matemática é um saber para poucos, e para isso não devemos
concebê-la da forma tradicional onde a interação nas aulas dessa disciplina é tida de forma
que os alunos não precisam estar envolvidos em qualquer pensamento matemático para que
possam participar da aula. Essa visão não é mais aceitável se desejamos que o aluno
construa o conhecimento. Precisamos propor situações que possibilitem a reflexão. São as
reflexões que permitirão uma melhor compreensão, um estabelecimento por parte dos
alunos da conexão entre o conhecimento que trazem consigo e o que está sendo construído.
Dessa forma a matemática poderá contribuir para a formação do cidadão. Com esse
objetivo nas aulas de matemática do ensino fundamental deve estar aberta para a interação
professor/aluno, valorizando as diferentes formas de expressão e os diferentes meios
culturais aos quais estão inseridos.
Assim a disciplina de Matemática transpõe para a prática docente, a construção da
história, possibilitando ao estudante ser um conhecedor desse objeto.
Entende-se que o ensino de matemática tem dois objetivos principais:
Esses recursos são coerentes com uma visão de ensino, que recorrem a importância
da participação ativa dos alunos no processo de ensino aprendizagem.
132
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 5º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
História dos números;
Símbolos e regras;
Sistema de Numeração Decimal;
Números naturais e os processos de
Números
contagem;
Reta numérica;
Conceito de números fracionários e
números decimais.
As idéias da adição e subtrações e álgebra;
Cálculo mental nas adições e subtrações;
Estimando arredondamento;
As idéias da multiplicação e divisão;
Expressões numéricas;
Operações e Álgebra
Propriedade distributiva da multiplicação;
Potenciação;
Raiz quadrada;
Múltiplos e divisores;
Operações com frações.
O que é medir;
Sistema Métrico Sistemal;
Medidas Medidas de área;
Medindo volumes;
Perímetro;
Formas planas e não plana;
Ângulos – elementos e representação;
Polígonos;
Geometria
Triângulos;
Quadriláteros;
Circunferências.
Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos e barras.
133
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 6º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números decimais e fracionários;
Frações e números decimais na reta numérica;
Números negativos.
Números Potenciação e radiação de números decimais;
Adição e subtração com números negativos;
Multiplicação e divisão com números
negativos; potenciação com base negativa
Expressões numéricas;
Comparando grandezas: direta ou
Operações e Álgebra inversamente proporcionais;
Razão e porcentagem;
Equações.
Áreas e volumes;
Área – medida de superfície;
Medidas
Relações entre as unidades;
Medidas de massa e medidas de tempo.
Sólidos geométricos;
o Poliedros;
o Prismas e pirâmides;
o Cilindros, cones e esferas;
Geometria Ângulos:
o Suplementares;
o Complementares;
o Opostos pelo vértice;
o Grau e subdivisão do grau.
134
Construção e interpretação de gráficos.
Porcentagens e gráficos;
Tratamento da Informação Pictogramas;
Medias;
Moda.
conjunto numéricos:
o Naturais;
o Inteiros;
o Racionais;
Números
o Irracionais;
o Reais.
Potenciação e notação cientifica
o Propriedades das potências;
o Radiação;
Operações e expressões algébricas;
o Produtos notáveis;
135
CONTEÚDOS 8º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conjunto dos números reais.
Potenciação:
o Expoentes naturais, inteiros,
racionais.
Números
o Radiação:
o Propriedades, simplificação,
operações com radicais e
racionalização.
Equações do 2º grau
o Forma geral;
o Trinômio quadrado perfeito;
o Fórmula geral;
Operações e Álgebra o Resolução de problemas.
Funções
o Conceitos e suas aplicações.
Porcentagem
Desconto, acréscimo e juros.
Trigonometria no triângulo retângulo
o Relações métricas no triângulo
retângulo
Medidas
Área do circulo;
Área da superfície e volume de um
cilindro.
Congruência e semelhança de figuras:
o Polígonos, triângulos;
Geometria
o Teorema de tales;
Circulo e cilindro.
Tratamento da Informação Possibilidades e estatística
População e amostra;
136
Leitura e interpretação de gráficos.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro
Educação no campo
Tecnologia
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A avaliação não deve ser vista como um instrumento de exclusão, antes disso ela deve
valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na escola, incorporar a
diversidade, sem nenhum tipo de distinção, sejam essas diversidades culturais, étnicas,
raciais, sociais, físicas etc.
139
Finalmente observamos que não podemos avaliar somente através de provas e testes ,
devemos levar em consideração o desenvolvimento de modo geral do aluno durante todo o
processo de construção do conhecimento.
140
BIBLIOGRAFIA
141
DISCIPLINA L. E. M. - INGLES - ENSINO FUNDAMENTAL
142
O aprendizado de uma Língua Estrangeira pode proporcionar consciência sobre o
que seja língua e suas potencialidades na interação humana, pois os alunos precisam ser
expostos à diversas manifestações da língua na sociedade, entendendo suas implicações
político-ideológicas.
A disciplina de Língua Estrangeira tem como finalidade específica ampliar o contato
com outras formas de conhecer outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade, possibilitando maneiras diferentes de produzir sentidos e de perceber o mundo.
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções e maneiras de construir
e formar subjetividade independentemente do grau de proficiência atingido.
Concebendo-se a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma Língua
Estrangeira permite aos indivíduos perceberem-se como parte integrante da sociedade e
como participantes ativos do mundo em que vivem.
É preciso entender sobre o papel das línguas nas sociedades como mais do que
meros instrumentos de acesso à informação: As Línguas Estrangeiras são também
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender e de construir
significados,
É possível pensar que o verdadeiro propósito do ensino de línguas estrangeiras e
formas individuais capazes de interagir com pessoas, para tanto é necessário criar
condições para que o educando seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com
que se depare desenvolvendo assim o domínio dos códigos lingüísticos.
Então, pode-se afirmar que a língua estrangeira deve estar baseada nos conteúdos
estruturantes e em ações desenvolvidas em sala de aula, cabendo ao docente desenvolver a
consciência crítica e interpretativa com relação ao desempenho lingüístico discursivo da
Língua Estrangeira.
A língua pode ser vista como uma estrutura que faz intermediações entre o mundo e
o indivíduo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas estruturas da
língua, ela seria um elemento de ligação entre os dois. Tal concepção percebe a língua
como exterior ao mundo e ao indivíduo, e os significados como sendo produzidos
exteriormente tanto ao mundo quanto ao indivíduo tal exteriormente promove uma
dissociação entre língua e significação, entre língua e subjetividade, entre língua e
construção de identidades.
143
A concepção de língua não a segmenta em habilidades: ler, falar, escrever, ouvir
considerando que essas práticas não se separam em situações concretas de comunicação e,
logicamente, naquelas efetivadas em sala de aula. Daí o conceito tradicional das “quatro
habilidades” isoladas que pressupõe uma visão de linguagem como totalidade homogênea.
E assim, propõe-se ensinar, na sala de Língua estrangeira, não apenas uma língua,
mas os discursos que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os discursos,
manifestados em formas de textos de diferentes naturezas (Bakhtin 1988).
Com base nesses pressupostos, cabe salientar que se trata de fazer da aula de língua
estrangeira um espaço de acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para
construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a
hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo
tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros excluídos dos tipos de [...]
[ conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os
conhecimentos [ em língua estrangeira] (Moita Lopes 2003, p 43) .
Assim, ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, sob o viés da abordagem por
letramento crítico, os alunos e professores percebem que é possível construir significados
além daqueles permitidos pela língua materna. Desse modo, os sujeitos envolvidos no
processo de ensino e de aprendizagem não aprendem apenas novos significados e nem a
reproduzi-los, mas sim aprendem outras maneiras de produzir sentidos, outros
procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso
Conhecimentos lingüísticos
Práticas de leitura, escrita e oralidade
Vocabulário
Estrutura gramatical
Funções da língua
Estudos morfossintáticas
Gêneros textuais
Gêneros discursivos
Textos literários
146
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A língua pode ser vista como uma estrutura que faz intermediações entre o mundo e
o indivíduo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas estruturas da
língua, ela seria um elemento de ligação entre os dois. Tal concepção percebe a língua
como exterior ao mundo e ao indivíduo, e os significados como sendo produzidos
exteriormente tanto ao mundo quanto ao indivíduo tal exteriormente promove uma
dissociação entre língua e significação, entre língua e subjetividade, entre língua e
construção de identidades.
A concepção de língua não a segmenta em habilidades: ler, falar, escrever, ouvir
considerando que essas práticas não se separam em situações concretas de comunicação e,
logicamente, naquelas efetivadas em sala de aula. Daí o conceito tradicional das “quatro
habilidades” isoladas que pressupõe uma visão de linguagem como totalidade homogênea.
E assim, propõe-se ensinar, na sala de Língua estrangeira, não apenas uma língua,
mas os discursos que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os discursos,
manifestados em formas de textos de diferentes naturezas (Bakhtin 1988).
Com base nesses pressupostos, cabe salientar que se trata de fazer da aula de língua
estrangeira um espaço de acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para
construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a
hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo
tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros excluídos dos tipos de [...]
[ conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os
conhecimentos [ em língua estrangeira] (Moita Lopes 2003, p 43) .
Assim, ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, sob o viés da abordagem por
letramento crítico, os alunos e professores percebem que é possível construir significados
além daqueles permitidos pela língua materna. Desse modo, os sujeitos envolvidos no
processo de ensino e de aprendizagem não aprendem apenas novos significados e nem a
reproduzi-los, mas sim aprendem outras maneiras de produzir sentidos, outros
procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo.
Conhecimentos lingüísticos
Práticas de leitura, escrita e oralidade
147
Vocabulário
Estrutura gramatical
Funções da língua
Estudos morfossintáticas
Gêneros textuais
Gêneros discursivos
Textos literários
CONTEUDO ESTRUTURANTE
Discurso
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso
148
Funções da língua
Estudos morfossintáticas
Gêneros textuais
Gêneros discursivos
Textos literários
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso
149
Gêneros textuais
Gêneros discursivos
Textos literários
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
150
fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam pela
história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
Trata-se, portanto, de abordar o uso da língua estrangeira como espaço de construção de
significados dependentes da situação de uso, dos propósitos, dos interlocutores e dos
recursos lingüísticos de que dispõem, pensam que o falante / escritor tem papel ativo na
construção de significados da interação, assim como o seu interlocutor .
Na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre sua
compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido,
integrando todas as práticas discursivas no processo da utilização de recursos visuais para
auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. Neste caso os alunos com deficiência
auditiva, terão possibilidades de participar da aula, nos quais os diversos sentidos são
mobilizados para a aprendizagem de língua (visuais, orais, cognitivos).
A língua enquanto prática social, os alunos são encorajados a ter uma postura crítica
frente aos textos, envolvendo questionamentos acerca das visões de mundo que os
subjazem.
O estudo gramatical por si não garantem que os textos sejam, interpretados de acordo
com as expectativas do professor. A leitura é um processo de negociação de sentidos, de
contestação de significações possíveis como um embate, leitura consensuais dependem do
uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim, o papel da gramática relaciona-se ao
entendimento, quando necessário, dos procedimentos para construção de significados
utilizados na língua estrangeira. O trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como
importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das
estruturas apresentadas, criando estratégias para que os sujeitos percebam a
heterogeneidade da língua.
Pode ser interessante trabalhar com textos que apresentem um grande número de
palavras transparentes, principalmente para turmas iniciantes. Isto pode auxiliar o aluno
perceber que é possível ler um texto em língua estrangeira sem muito conhecimento da
língua. No entanto, é preciso conscientizar os alunos da complexidade do ato de ler e que o
texto não é portados de um significado único e fechado em si mesmo. Na conscientização
da língua é apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e o outro no qual os
conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua compreensão imediata. A pesquisa
de palavras no dicionário também pode auxiliar essa conscientização, na medida que os
151
alunos percebam os possíveis sentidos apresentados para tais palavras, podendo ser
produzidos outros adequados a determinados contextos.
O livro didático faz parte do papel do professor na abordagem de ensino como
Letramento Crítico. Será preciso utilizar o material didático disponível na prática
pedagógica, livro didático, dicionários, livros paradidáticos, DVDS, fita de áudio, CD-
Roms, Internet etc., sob a ótica de seu público e das propostas. Cumpre descartar que a
elaboração local de materiais didáticos, pautado nessa proposta, poderá permitir a
flexibilidade para incorporação de especificidade e interesses dos alunos, bem como
contemplar a diversidade regional.
Por fim, entende-se que ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira na perspectiva do
Letramento Crítico, o professor proporcionará ao aluno pertencentes a uma determinada
cultura ir ao encontro de outras línguas e culturas. Espera-se que possa surgir a consciência
do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que o aluno
possa vir a ter.
As questões de ordem estrutural terão influência sobre as escolhas de atividades
(número de alunos em sala, tempo e materiais disponíveis, ambiente físico), é preciso, em
qualquer caso, que essas escolhas estejam coerentes com os princípios e objetivos gerais
delineados. É preciso levar em conta que o aluno é parte integrante do processo e deve ser
considerado como agente ativo da aprendizagem. Esta colocação remete a visão de que o
ensino não é transmissão de conhecimento e que a aprendizagem acontece nas interações
sociais. De acordo com esta perspectiva os alunos poderão ser envolvidos em tarefas
diversificadas que exijam negociação de significados. Ocasionalmente poderá ser
privilegiada uma ou mais das habilidades lingüísticas (ler, falar, ouvir, escrever), embora
estejam todas integradas na concepção de língua adotada.
É preciso levar em conta também que as escolhas metodológicas dependem do perfil
dos alunos e dos professores, cuja formação fornece os contornos de suas possibilidades de
atuação.
É sabida a necessidade de adoção de livro didático em função dos efeitos,
proporcionando previsibilidade, facilidade para planejamento de aulas, acesso a textos, etc.
suas vantagens também são percebidas em relação dos alunos que podem dispor de material
para estudos, consulta, exercícios, enfim acompanhar de modo mais efetivo as atividades
planejadas. Assim, os materiais poderão dar aos alunos a sensação de progresso nos
152
estudos, na medida em que forem baseadas na seqüência programática estabelecida, as
visões de língua e de aprendizagem.
Para trabalhar os conteúdos relacionados à cultura Afro, pode-se utilizar pesquisa,
leitura informativa: características do negro, tradução, trabalho em grupo, inclusão do negro
na escola, vinculação das relações entre negros, indígenas e brancos, assumir
responsabilidades por interligações étnico-raciais, enfrentamento de conflitos, contestações
valorizando os contrastes das diferenças culturais, palestra e filmes.
153
Nesses aspectos a avaliação deverá ser contínua e permanente. Ao propor reflexões
sobre práticas avaliativas, objetiva-se favorecer entre tais aspectos (avaliação, concepção de
língua e objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem.
Segundo Luckesi, a avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu
verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso
desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
A explicitação e o uso de seus resultados pode favorecer atividades menos
resistentes ao aprendizado de Língua estrangeira e permitir que toda a comunidade, não
apenas a escolar reconheça o valor desse conhecimento
A avaliação atravessa o ato de planejar e executar; por isso, contribui em todo o
percurso da ação planificada. A avaliação se faz presente não só na identificação da
perspectiva político-social, como também na seleção de meios alternativos e na execução
do projeto, tendo em vista a sua construção. Ou seja, a avaliação, como crítica de percurso,
é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção dos resultados que
planificou produzir, assim como é no redimensionamento da direção em ação, é uma
ferramenta da qual o docente não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir e, por isso, é
necessário que seja usada da melhor forma possível.
O sistema de avaliação da abordagem estrutural é considerado o mais científico de
todos por considerar critérios de validade e confiabilidade derivados da psicometria. Isso
foi possível porque compartimentalizou-se a língua de forma que as resposta pudessem ser
restritas e objetivas.
A abordagem comunicativa surgiu propondo o resgate da língua como um todo, da
forma como ela ocorre na comunicação. Sua fundamentação teórica tem origem nos
estudos em análise do discurso, na psicologia cognitiva e na gramática gerativa –
transformacional de Chomsky.
As abordagens cognitivas contribuem, então, como fatores tais como: deve-se
respeitar as características individuais do aprendiz e seu processo de aprendizagem, as
condições em que ele aprende, seu contexto social e o grau de competência que ele
pretende alcançar; e fazê-lo consciente da sua responsabilidade para alcançar essa
proficiência.
154
155
AVALIAÇÃO E AUTO – ESTIMA NA EDUCAÇÃO
157
BIBLIOGRAFIA
LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995
FRANCO, M.L.P.B. Pressupostos Epistemológicos da Avaliação Educacional. Caderno
de Pesquisa (74). São Paulo: 1990
OSÓRIO, Débora (*) A Avaliação do Rendimento Escolar: Como Ferramenta da
Inclusão Social. Rio de Janeiro: 2002
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental. Curitiba versão Preliminar – julho 2006
158
DISCIPLINA: ARTE - ENSINO MÉDIO
159
Em 1.808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, iniciam-se obras e
ações para acomodar em termos materiais e culturais a corte portuguesa: E chega ao Brasil
um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas Artes, na
qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos, o grupo obedecia ao estilo
neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica, e exercícios na cópia e reprodução de
obras consagradas. Com o fim dos colégios-seminário, transformou-se em estabelecimentos
públicos.
No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná;
a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para a formação em magistério e a
“Escola Profissão feminina“ (1886) oferecendo, além de desenho e pintura, cursos de corte
e costura arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação da mulher.
Em 1.890 surge à primeira reforma educacional do Brasil República, onde
valorizava em arte, o ensino do desenho geométrico, como forma de desenvolver a mente
para o pensamento científico e os liberais baseando no desenvolvimento econômico e
industrial, preocupados com a preparação do trabalhador.
Essa concepção de ensino esteve presente, no período do governo de Getulio Vargas
(1.930-1.945) com a generalização do ensino profissionalizante nas escolas públicas; na
ditadura militar (1.964-1.985) com o direcionamento às habilidades e técnicas; e na
segunda metade dos anos 90 com a pedagogia das competências e habilidades que
fundamentam as práticas pedagógicas.
No Paraná a arte passou por vários processos ate tornar-se disciplina obrigatória,
houve uma reflexão a respeito da importância da arte para o desenvolvimento de uma nova
sociedade, tendo como alicerces características próprias, baseadas numa valorização da
realidade local.
O ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a
se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação. Pela arte, o ser humano se torna consciente
de sua existência individual e social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a
interpretar o mundo e a si mesmo. Nessa perspectiva, educar os alunos esteticamente é
ensinar a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas
possibilidades de fruição e expressão artística. Atualmente a arte tem grande importância na
vida dos povos e suas mais diversas manifestações tem sido alvo de estudos e pesquisas
160
comprovando o fato de que a educação através da arte tem realizado inúmeros progressos
que beneficiam o homem, pois visa o desenvolvimento de personalidade integrada e
harmoniosa com estilos bem diferenciados. A Arte consiste em revelar beleza livres a
fantasia, a imaginação, a percepção, a combinação de imagens e representações de como o
artista vê o mundo que o cerca.
OBJETIVOS GERAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Tempo e espaço
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2º ANO
161
Análise da história da arte
Arte Renascimento
Barroco
Rococó
Romantismo
Realismo
Art Nouveau
Impressionismo
Pós-Impressionismo
Expressionismo
Apreciação aos estilos musicais
Ritmo
Melodia
Harmonia
Gêneros e técnicas teatrais
Análise da história da arte
Arte pré-histórica
Arte Egípcia
Arte Grego-Romana
Arte Pré-Colombiana
Arte Bizantina
Arte Românica
Arte Gótica
Técnicas, materiais e suportes
Apreciação das artes visuais
Reflexão sobre as artes visuais e a cultura Brasileira
Gêneros musicais, períodos da história
Progressões da dança
162
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Tempo e espaço
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3º ANO
Análise da história da arte
Movimentos artísticos século XX
Fauvismo
Cubismo
Abstracionismo
Dadaísmo
Surrealismo
Op-Art
Pop-Art
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Contemporânea
Música eletrônica
Rap, Funk, Techo
Dança moderna
Hip-Hop
Roteiros e jogos teatrais
Surgimento histórico do teatro
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Conscientização e meio ambiente
163
Prevenção/Drogas
Análises literárias
Cultura Afro-brasileira
Educação no campo
Tecnologia
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
164
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
165
BIBLIOGRAFIA
166
DISCIPLINA: BIOLOGIA - ENSINO MÉDIO
As Ciências Físicas e Biológicas tiveram início com os herdeiros dos filósofos, que
tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que se ocupavam
da descrição das maravilhas naturais do novo mundo.
A preocupação do homem com a necessidade de garantir sua sobrevivência, levou-o
a diferentes concepções de vida, de mundo. Nos registros feitos pelo homem primitivo nas
suas pinturas rupestres, representam o interesse em explorar a natureza.
O desenvolvimento da Biologia teve, como principais pensadores e estudiosos, os
filósofos Platão (428/27 a.C. – 347/a.C.) e Aristóteles (384 a.C.- 322 a.C.), que deixaram
contribuições relevantes quanto a classificação dos seres vivos.
O pensamento biológico descritivo surgiu com Linné, o fundador do sistema
moderno de classificação científica dos organismos. O filósofo Francis Bacon (1561 -
1626) contribui com a nova visão da ciência recuperando o domínio do homem sobre a
natureza através da investigação, “substituir a revelação mística da verdade pelo caminho
qual ela foi obtida”.
No inicio do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809 – 1882),
apresenta suas idéias sobre a evolução das espécies. Com Darwin, a concepção teológica
criacionista, que falava das espécies imutáveis desde a sua criação do lugar a reorganização
temporal do homem. Darwin utilizou-se de evidências evolutivas as quais foram
consideradas provas que as sustentava: “o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das
espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos
domesticados”.
Mendel,em 1865, apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características
entre os seres vivos, baseando-se em conhecimento já desenvolvidos por outros
pesquisadores, acrescidos por sua formação matemática e de cuidados especiais no
planejamento e na execução das experiências, realizou diversos cruzamentos entre ervilhas
para observar como as características eram transmitidas. Ainda no século XIX a Biologia
fez grandes progressos, com a proposição da teoria celular, a partir de descrições feitas pelo
botânico Schleiden (1804-1881), pelo naturalista Schwann (1810-1882), afirmando que
167
todas as coisas vivas animais e vegetais, eram compostas por células e com
aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.
As etapas históricas do desenvolvimento da Biologia tiveram como finalidade
representar como se deu a construção do pensamento biológico, identificando dessa forma
os recortes históricos importantes para fundamentar esta disciplina. Sendo assim, organizar
os conhecimentos biológicos constituídos ao longo da história da humanidade e adequá-la
ao sistema de ensino, requer compreensão de todos os seus contextos.
A Biologia representa o estudo da vida, em todos os seus aspectos, contribuindo
assim para a compreensão e aprofundamento do mundo dos seres vivos, especialmente sob
o olhar cientifico e tecnológico da vida moderna.
Diante das novas mudanças, a Biologia deve preparar os jovens para enfrentar e
resolver problemas, alguns dos quais com nítidos componentes biológicos, como o aumento
da produtividade agrícola, a população do ambiente, a violência etc. De acordo com essa
concepção, objetivamos um ensino de Biologia voltado para: aprender conceitos básicos,
analisar o processo de investigação cientifica e analisar as implicações sociais e da
tecnologia.
A formação biológica deve contribuir para que cada aluno seja capaz de
compreender e aprofundar as explicações atualizadas de processos e de conceitos
biológicos, a importância da ciência e da tecnologia na vida moderna, enfim, o interesse
pelo mundo dos seres vivos. Queremos que nosso aluno entenda que: “A Biologia ensina
nossos ouvidos a ouvir a natureza, nossos olhos a enxergá-la, nosso celebro a entender e a
respeitar a vida”.
Ao adotarmos esse conjunto de objetivos, determinaremos que novos assuntos farão
parte do ensino da Biologia, incluindo não só aspectos de ciência pura, como também
aqueles que tratam da aplicação da ciência para a solução de problemas concretos. Por
exemplo, o estudo da fisiologia passa a ter importância como subsídio para analise dos
fenômenos biossociais e da biotecnologia. A análise da história da Biologia permitirá aos
alunos entender a evolução de idéias e da metodologia científica em diferentes contextos.
168
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
Os seres vivos e seus níveis de organização;
Os níveis de organização e o equilíbrio biológico;
Bioquímica celular;
Introdução à citologia;
A estrutura da célula;
Metabolismo energético da célula;
Histologia animal e vegetal.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2º ANO
Os seres vivos e os vírus;
Sistema de classificação dos seres vivos;
Vírus: características gerais;
Reino monera;
Reino protista;
169
Reino fungi;
Reino animal (porífera, cnidária, platyhelminthes, nematelminthes, moluscos,
anelídeos, artrópodes, ecnodermata, cordata, peixes, anfíbios, répteis, aves, e
mamíferos);
Reino das plantas (algas pluricelulares, briófitas, pteridófitas, gimnospermas,
angiospermas);
Fisiologia vegetal e animal.
Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos.
Conflitos entre epidemias e endemias e o atendimento a saúde, bem como índice de
desenvolvimento humano (IDH).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3º ANO
Origem da vida;
Geração espontânea;
Teoria da biogênese;
Embriologia animal;
1ª Lei de Mendel;
Dominância gênica;
2ª Lei de Mendel;
Genética de populações;
Herança ligada ao sexo;
Grupos sanguíneos;
Biologia molecular;
170
Engenharia genética;
Biotecnologia;
Mecanismos evolutivos;
Adaptação e Teorias evolutivas;
Evidências evolutivas;
Especiação.
Estudo das características biológicas (biótipo dos diversos povos)
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Aborto,
Câncer,
Síndromes,
Eutanásia,
Transgênico,
Células – tronco,
Clonagem,
Ética,
Educação sexual.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
171
A integração dos diferentes conhecimentos, cria condições necessárias para uma
aprendizagem motivadora. Oferecendo ao professor e ao aluno uma maior liberdade para
relacionar os conteúdos a problemas que dizem respeito a vida da comunidade. O ensino de
Biologia deve confrontar os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva da
apropriação da concepção de ciências da realidade social e da intervenção nesta realidade,
possibilitando acesso à cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo a
formação do sujeito critico e reflexivo.
Atualmente o que se espera da escola, é que a mesma tenha uma grande participação
com a comunidade. Com essa visão, o ensino de Biologia incluirá necessariamente, uma
maior comunicação, envolvendo os alunos na discussão de problemas que estejam vivendo
e fazem parte de sua própria realidade.
De acordo com a Lei 10.639, em Biologia além da inserção dos conteúdos,
estaremos fazendo com que o aluno pesquise a cultura afro, quanto a resistência, no sentido
de respeitar e conhecer os seus valores e a sua contribuição na formação da nossa cultura
como: alimentação, tipos de doenças, resistência da pele. Esses conteúdos estarão sendo
complementares com alguns conteúdos tais como: A cor púrpura, Amistad, Hotel Huanda,
Meu mestre minha vida e outros.
172
controle que em última análise, pretende obter informações que permitam uma melhoria ao
nível de desempenho dos indivíduos em diferentes situações.
Em Biologia, propomos uma avaliação como um projeto educacional, onde será
incluída a idéia sobre o significado dos conteúdos, sendo que a reflexão, não será excluída a
consciência do sujeito que será avaliado. Desta forma a avaliação, não será o momento
final, mas aquele que dá continuidade à aquisição de conhecimento, abrindo novas
perspectivas de aprendizagem, ao mesmo tempo em que permite verificar se o aluno
adquiriu os pré-requisitos necessários para a compreensão do conhecimento que virá a
seguir.
Além do processo convencional, (provas e testes) o aluno será avaliado pela
participação nos trabalhos em grupo, em debates, seminários, investigação experimental,
visita a instituições de ensino, visita às empresas e interesses em estudos de campo. Sem
dúvida, como professores, devemos considerar o ensinar a pensar, como estratégia final
para a aprendizagem de nossos alunos.
Diante da multiplicidade das funções da avaliação, é necessário ter cautela no
momento de decidir sobre a escolha, a construção e a ampliação dos instrumentos de
verificação do aprendizado e sobre a análise dos resultados. O processo avaliativo, será
entendido como uma alavanca, que impulsionará o êxito dos alunos e da escola como um
todo. Para tanto, será contínua e evolutiva, o que dará ao professor subsídios para
percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos, ocorrendo dessa forma paralelamente
ao processo de construção do conhecimento.
A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer
pedagógico tendo como objetivo, fazer desafios superáveis aos alunos.
Por tanto, pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e classificatória
significa pensar no processo de ensino-aprendizagem como um todo, faze-lo trabalhar a
favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma aprendizagem efetiva e
significativa. A avaliação transformadora não se limita ao processo final: ela acompanha em
sua trajetória de construção cotidiana. Busca identificar padrões culturais dos alunos que
chegam às escolas e os elementos necessários para ampliar esses padrões, através de uma
relação de diálogo no dia-a-dia das práticas de ensino.
173
BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Ronaldo Souza de, & Carlos Frederico Bernardo Loureiro, Plilippe Pomier
Layrarques. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania/, (orgs.) 3ª edição –
São Paulo: Cortez, 2005.
SANTOS, Maria Ângela dos. Biologia Educacional –, 17ª edição 4º impressão – editora
Ática – 2005.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação e Aprendizagem Escolar –- 17 ª edição Cortez Editora
– 2005.
KRASILCKIK, Myriam. Prática de Ensino de biologia –– 4ª edição – Edusp- Editora da
universidade de São Paulo – 2005
Diretrizes Curriculares SEED / Julho/2006.
174
DISCIPLINA – EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO MÉDIO
175
A continuação se deu na Grécia, onde os vencedores se tornavam verdadeiros
deuses. Porem, quando os romanos dominaram a Grécia, os jogos tornaram-se apenas
provas atléticas sem maior interesse.
Entrando na Idade Media, a igreja tratava com total descaso as coisas materiais e
estabelecia uma grande separação entre o físico e o intelectual. Somente no renascimento a
educação física voltou a ser bem vista, pois havia preocupação do desenvolvimento do
homem de forma completa.
A Educação Física no Brasil nos leva à época do descobrimento, os portugueses
quando chegaram aqui encontraram indígenas habituados à pratica de atividades físicas, da
mesma forma que o homem primitivo, pois os mesmos possuíam habilidades naturais.
De forma sistematizada, a Educação Física no Brasil começou dentro de uma escola
militar, servindo ao propósito militarista de adestramento e preparação para a defesa da
pátria, reforçando os sentimentos relacionados à eugenia da raça, reflexo da ideologia social
dominante naquela sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos
Ginástica
Lutas
176
- Voleibol
- Handebol
- Basquetebol
- Tênis de Mesa
- Xadrez
Jogos
- Jogos Intelectivos
- Jogos Cooperativos
Ginástica
- Ginástica Laboral
- Ginástica Aeróbica
Lutas
- Capoeira
- Karate
- Judô
Dança
- Danças de Salão
- Danças Típicas Nacionais
- Danças diversas (funk, axé, de rua)
CONTEÚDOS COMPLEMNETARES
Cultura – Afro
Tecnologia
Educação no campo
177
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser um instrumento em que tanto alunos como professor possam
dimensionar os avanços e dificuldades dentro do processo de ensino-aprendizagem e torna-
lo cada vez mais produtivo.
Será ainda um processo continuo, permanente e cumulativo, possibilitando ao aluno
e ao professor uma reorganização frente ao esporte, dança, lutas, jogos e ginástica.
178
BIBLIOGRAFIA
179
DISCIPLINA DE FILOSOFIA
180
essa interminável e estéril ruminação no interior da própria Filosofia, esse eterno repisar
dos mesmos problemas, insolúveis no plano da pura teoria, para tornar-se (...) prática.
Esses dois exemplos são um referencial importante para indicar qual Filosofia se
pretende nesta Diretriz e como pode ser estudada e ao pensar o ensino de Filosofia, esta
Diretriz faz ver, a partir da compreensão expressa por Appel (1999), que não há como atuar
no campo politico e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito
de pensar, a capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe
resistência.
Tem por objetivo definir os conceitos fundamentais e deve ter claro que o processo
de ensino aprendizagem em Filosofia possui uma peculiaridade que a faz diferente de todas
as outras disciplinas. O aprender e o ensinar em Filosofia só se concretiza na experiência
que acontece em cada aula, superando a passividade, o senso comum e os preconceitos que
trazem do seu dia-a-dia. Na busca de objetivos para o ensino de Filosofia no ensino médio,
deve-se considerar o ensino como problemática central, que exige uma tomada de posição
teórica e prática dos agentes envolvidos no processo.
Desse modo, consideramos algumas práticas que julgamos relevantes para o
entendimento da abordagem, tais como: construir o desenvolvimento e a autonomia do
educando; o diálogo como experiência primordial; substituir o verticalismo e o
autoritarismo pela discussão coletiva e pela participação consciente e responsável dos
educandos.
O ensino de Filosofia não tem apenas por objetivo ensinar algumas filosofias, nem
conteúdos prontos e acabados e não se resume a uma simples técnicas didáticas, e também
não é um treinamento para uma reprodução mecânica de conhecimentos adquiridos através
de uma atividade problematizadora na busca de inteligibilidade daquilo que se apresenta
como problema e como algo interrogativo. E cabe ao docente elaborar o seu programa de
curso, para que possa orientá-lo numa perspectiva que contemple os interesses dos
estudantes de acordo com suas necessidades aplicando com rigor, radicalidade e totalidade.
Fundamentar nas ações, decisões humanas contextualizadas, mediadas pela
linguagem e por uma leitura que manifeste o essencial da experiência filosófica, levando o
181
aluno a analisar o texto filosófico de forma a articular a sua linguagem a sua linguagem
com as construções argumentativas sem trazer prejuízos no todo da obra e no seu
entendimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, professor de Filosofia poderá
fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte do específico –
que julgar possível e adequado. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes
Ética e/ou Filosofia Política, o professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da
Filosofia latino-americana ou de qualquer outra filosofia, tendo em vista a pluralidade
filosófica da conteiporaneidade. Importante é que o ensino de Filosofia se dê na perspectiva
do diálogo filosófico, sem dogmatismo, puritanismos, niilismo, doutrinação, portanto, sem
qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A avaliação em Filosofia não pode ser concebido como um processo separado, mas
na sua função diagnóstica, ou seja, tem a finalidade de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem, pela qualidade com que professores,
estudantes e a própria instituição de ensino o constróem coletivamente. Por isso, a
avaliação não se restringiria a quantidade de conteúdo que o aluno assimilou, pois o que é
essencial é a capacidade dele argumentar ao assumir suas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
Assim, torna importante avaliar a capacidade do aluno do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
183
- qual conceito trabalhou e criou/recriou;
- qual discurso tinha antes;
- qual discurso tem após o estudo da Filosofia.
Portanto, a avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do
que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
185
OBJETIVOS GERAIS DA DISCPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- O estudo dos movimentos
- Termodinâmica
- Eletromagnetismo
186
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SERIE
Estudos dos movimentos
Entidades Fundamentais: espaço, Tempo e massa.
Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentun e
suas conseqüências.
Conteúdos específicos:
Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa.
A conservação do momentum;
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia de força;
Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;
Potência;
Movimentos retilíneos e curvilíneos;
Gravitação universal;
A energia e o princípio da conservação da energia;
Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola,
ondulatória, acústica;
Movimento dos Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade
dos fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais;
introdução a sistemas caóticos.
2ª SÉRIE
Termodinâmica
Entidades fundamentais: Calor e entropia
Conceitos fundamentais: Temperatura e calor, reversibilidade e irreversibilidade dos
fenômenos físicos, a conservação da energia.
Conteúdos específicos:
Temperatura e calor
Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades
termométricas, medidas de temperatura;
187
1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam
trabalho, a conservação da energia;
2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processo irreversíveis/reversíveis;
3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas
proximidades do zero absoluto.
As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica
Estatística. A equalização da energia no contexto da Termodinâmica.
3ª SÉRIE
Entidades Fundamentais: Carga, n pólos magnéticas e campos;
Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda eletromagnética.
Conteúdos específicos:
Conceitos de carga e pólos magnéticos;
As Leis de Mxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Leis de Faraday, Lei de Ampere e Lei
de Lenz.
Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;
Força elétrica e magnética, Força de Lorentz.
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito; as
ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética; Propriedades da luz como uma
onda e como uma partícula: a dualidade onda-partícula; Óptica Física e Geométrica. A
dualidade da matéria;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
- Evolução da Física (teoria e criadores)
- Matéria e Universo: cosmologia Física
- Eletricidade/eletrônica
- Mecânica de carros
- Física do meio ambiente
- Astronomia
- Física do corpo humano
- Fibras óticas
188
- Laser
- Radioatividade
- Relatividade
- O calor solar e o efeito estufam
- Teoria do caos
- Teoria quântica
- A eletrônica e os computadores
- Hardware e Software
- Raios X e raios Gama
- O efeito fotoelétrico
- Física Moderna e Clássica
- Tópicos da Física contemporânea e tecnológica
189
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
190
Destaca-se também a presença da tecnologia na educação especialmente o uso dos
computadores que essa tecnologia seja inserida no ensino da física como fonte de
informação, poderoso recurso para alimentar o processo de ensino e aprendizagem, grande
aliado do desenvolvimento cognitivo dos alunos, possibilitando assim um trabalho em
diferentes ritmos de aprendizagem.
Consideramos também que a física deverá ser desenvolvida de forma dinâmica,
motivando os alunos a buscarem o conhecimento, despertando o interesse e podendo ser
prático, mas permitindo ultrapassar o interesse imediato e conduzindo ao raciocínio
levando-os a perceber que a causa e o efeito de um fenômeno devem estar relacionados.
Evidentemente, caberá ao professor que melhor conhece a realidade de seus alunos,
do ponto de vista social, econômico, cultural e pessoal, elaborar a partir dos conteúdos qual
metodologia de ser utilizada para efetivar o ensino-aprendizagem, possibilitando saber qual
o ponto de partida e o de chegada para cada conteúdo. Se pensarmos em termos do
desenvolvimento integral do cidadão, alem da interação dos conteúdos específicos da
Física, temos de acrescentar outros, de outras áreas de conhecimento, o que nos levara à
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
Assim sendo temos de reconhecer, respeitar, valorizar a cultura-afro, a diversidade
da nação brasileira, a sua descendência, a cultura e história, uma vez que devem educar-se
enquanto cidadãos atuantes no seio de sociedade multicultural e pluriétnica.
191
de elaborar um relatório, atividades a serem apresentadas, avaliações escritas, participação
em seminários trabalhos em equipes, pesquisas dentre outros.
A avaliação deve ser vista como um processo formativo, continuo, processual,
interativo e referencial, capaz de colocar informações mais precisas, mais qualitativas sobre
os processos de aprendizagem que visem ao desenvolvimento do aluno levando-o a
progredir e atingir novos patamares do conhecimento.
O processo avaliativo consiste basicamente na determinação de quanto os objetivos
educacionais estão sendo atingidos, verificando o grau das mudanças desejáveis nos
padrões de comportamento do aluno possibilitando o aperfeiçoamento do processo ensino-
aprendizagem.
Tendo em vista que estamos tratando da avaliação de atividades escolares, esta etapa
também deve estar em sintonia com os objetivos que pretende para o processo educativo,
contribuindo para a formação do espírito crítico e transformativo dos alunos.
A avaliação assumirá um caráter formativo, favorecedor do progresso pessoal e da
autonomia do aluno, integrado ao processo de ensino – aprendizagem, para permitir ao
aluno consciência de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento e permitir ao
professor controlar e melhorar a sua prática pedagógica.
Nesse sentido, deve ser considerados o desenvolvimento da capacidade de ser
preocupar com o todo social e com a cidadania, necessárias para a avaliação da veracidade
de informações ou para a emissão de opiniões e juízos de valor em relação a situações
sociais nas quais os aspectos físicos sejam relevantes.
A observação permite ao professor obter informações tanto sobre as habilidades
cognitivas como também sobre os processos utilizados pelos alunos para resolver diferentes
situações-problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico.
Finalmente, podemos afirmar que a avaliação é um elemento significativo do
processo de ensino-aprendizagem envolvendo a pratica pedagógica do professor, o
desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho escolar. Ou seja, avaliar só
tem sentido quando utiliza um instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos
alunos visando o seu crescimento.
192
BIBLIOGRAFIA
SAUL, Ana Maria - avaliação Emancipatória: Desafio à Teoria e a pratica de currículo,
2ª edição – São Paulo: Artes – 1994.
KUENGER, Acácia Zeneida – Ensino Médio- Construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho, 4ª edição – São Paulo – Artez – 2005.
SILVA, Djalma Nunes – Física do Paraná – Novo Ensino médio – 6ª edição – São Paulo
– Ed. Ática- 2003.
PARANÁ/SEED - Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino médio – Curitiba –
SEED, 2006
PARANÁ/Colégio Estadual professor João farias da Costa, proposta pedagógica do
ensino médio- Nova Cantu – Paraná – 2002.
MAXIMIO, Antonio; Física – Volume único – Beatriz Alvarenga – São Paulo – scipione
– 2001.
AMBROSIO D. Ubiratan – etnomatemática – Ela entre a tradição e a modernidade - 2ª
edição – 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos – Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e
proposições – 17ª ed. – São Paulo: Cortez, 2005.
APPLE, Michael W. – Educação e Poder – Porto Alegre: artmed, 2002.
193
DISCIPLINA: GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO
194
seu Apogeu. Esse ensino foi gerado pela primeira revolução industrial, \com o avanço do
fordismo e em especial da internacionalidade da economia notadamente após a 2º guerra
mundial, essa disciplina escolar nacionalista e voltada para memorização sofreu muito e
sobrevive. Em alguns países, essa disciplina foi até retiradas dos currículos escolares sendo
fragmentada e incluída, junto com a história e o sociologia sob o rótulo de estudos sociais
mas a terceira revolução industrial veio mudar esse Quadro, no final dos anos 80, os EUA
aboliram a disciplina estudos sociais e colocaram novamente a geografia nas escolas
elementares e médias.
O retorno do ensino da geografia, consolidado no séc. XIX até os dias de hoje, veio
apresentando significativas mudanças teóricas e metodológicas. Frente a isto pode-se dizer
que o ensino da geografia deve ensinar, ou melhor, deixar o aluno descobrir o mundo em
que vivemos, com especial atenção para a globalização e as escalas locais e nacionais,
enfocando criticamente a questão ambiental e as relações sociedades/ natureza. É por esse
caminho, que a geografia escolar vai sobrevivendo e até mesmo ganhando novos espaços
nos melhores sistemas educacionais.
Os profissionais no ensino de Geografia buscam através do seu fazer pedagógico
ampliar o conhecimento do aluno sobre o mundo, sobre as relações entre a sociedade e a
natureza, das quais participa, e promover valores e atitudes que concorram para a
construção de uma sociedade melhor.
O Ensino Médio constitui a etapa final do ensino básico. É portanto, o momento em
que devem ser consolidados, complementado e aprofundados os conteúdos. Nesta etapa, na
qual se amplia o domínio cognitivo, instrumental afetivo, valorativo, é importante que o
docente tenha, um bom conhecimento, de sua área de atuação.è a geografia a disciplina que
assume como objeto principal de atenção, na área de sociedade e cultura do ensino médio,
a análise dos fenômenos socioambientais na perspectiva de sua especialidade e que toma
como orientações privilegiadas de trabalho aquelas quê tem sido adotadas entre os
professores preocupados com a mudanças na prática que desenvolvem.
195
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Dimensão Sócio-Ambiental
A Dimensão Econômica da Produção no Espaço
Dinâmica Cultural e Democrática.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
Paisagem e Espaço Geográfico;
A Sociedade Tecnológica;
A Internacionalização da Economia . A Globalização;
Os Blocos Econômicos e a Formação dos Grandes Mercados;
Estatística Expressa em Gráfico;
A Dinâmica da População;
Distribuição da População Mundial;
196
O Crescimento Demográfico;
Pirâmides Etária;
Países Desenvolvidos e Países Subdesenvolvidos;
Políticas Demográficas Contemporâneas;
As Migrações Internacionais e seus problemas;
Os Conflitos no Mundo Contemporâneo;
As Atividades Agropecuária e os Sistemas Agrários;
A Atividade Industrial no Mundo;
Energia. O motor da vida Moderna;
A Destruição da Natureza;
As Atividades Humanas;
Impactos Ambientais;
A Destruição da Natureza, Erosão e Poluição do Solo por Agrotóxicos;
O Lixo Urbano e os Impactos Ambientais causados pela Poluição
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Dimensão Sócio-Ambiental
A Dimensão Econômica da Produção no Espaço
Dinâmica Cultural e Democrática.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2º ANO
O Capitalismo e a Construção do Espaço Geográfico;
O Socialismo;
O Capitalismo X Socialismo, e a Guerra Fria;
O Mundo Pós- Guerra Fria;
O Subdesenvolvimento;
Novos Países Industrializados; Substituição das Importações;
O Comércio Mundial;
As Novas Migrações Internacionais e a Xenofobia;
197
A Urbanização e o Espaço Mundial;
A Industrialização e os Impactos Ambientais no Espaço Urbano;
O Modo de Vida da Sociedade Urbana- Industrial;
O Desemprego e a Economia Informal;
Os Processos de Terciarização da Economia e Terceirização;
A Modernização da Agropecuária no Mundo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Dimensão Sócio-Ambiental
A Dimensão Econômica da Produção no Espaço
Dinâmica Cultural e Democrática.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3º ANO
A Formação e a Expansão do Território Brasileiro;
O Clima do Brasil;
Ecossistema Brasileiro;
Brasil, Estrutura Geológica e Relevo;
O Espaço Agropecuário Brasileiro;
Recursos Minerais do Brasil;
Os Transportes no Brasil;
Recursos Energéticos do Brasil;
Os Domínios Vegetais no Brasil;
O Sertão Nordestino;
A Industria da Seca;
Cartogramas e Mapas Temáticos;
A Primeira Ocupação do Território Brasileiro;
A Imigração no sul do Brasil- O Colonato de Posse;
A Imigração em São Paulo- Assalariamento;
As Migrações no Espaço Brasileiro;
198
Distribuição Atual da População Brasileira;
O Crescimento Demográfico Brasileiro;
Indicadores Sócio- Culturais da População Brasileira.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES.
- Política na atualidade.
- Economia no Brasil.
- Cidadania.
- Ecologia
- Impactos ambientais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
199
As teorias críticas da geografia, procuram entender a sociedade em todos os seus
aspectos e nas relações que estabelece com a natureza para produção do espaço geográfico.
Ou seja, a sociedade é entendida como aquela que produz um intercâmbio com a natureza,
transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo tempo sendo
influenciado por ela, criando desta forma, seus espaços de acordo com as relações políticas
e as manifestações culturais.
O conceito de sociedade é discutido também a partir das relações que se
estabelecem entre sua composição local, em suas relações com sociedades distantes
(relação global – local) e com os migrantes que têm fortes ligações com seu espaço de
origem e que ao se movimentarem levam influência do mesmo. Cabe destacar ainda que o
conceito de sociedade deve continuar associado aos estudos estatísticos, importantes para as
discussões políticas sobre planejamento ambiental, rural, industrial e urbano,
demonstrando, desta forma, as contradições sociais (etnia, religião, gênero, faixa-etária,
distribuição populacional, entre outros) existentes de dentro de uma mesma sociedade.
Considera-se que o ensino de geografia deve subsidiar os alunos a pensar e agir
criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo
assim a disciplina a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social
do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma passividade aos
indivíduos.
A partir desses apontamentos, cabe à escola, como um dos lugares onde se analisa,
produz e sistematiza-se conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e
sistematização dos saberes para que sejam sujeitos capazes de interpretar com olhar crítico,
o mundo que os cerca.
Vale, ainda, ressaltar que o ensino de geografia, numa proposta que supere a
memorização e a identificação como únicas formas de saber, requer uma análise mais
integrada e integradora, que não se ausente de observação e da descrição, mas que chegue
à análise, a compreensão e ao desvendamento da realidade, utilizando-se de procedimentos
metodológicos que incorporem entrevistas, a população, aplicação de questionários,
formação de série fotográficos, análise de materiais de jornais, tabelamento de dados, ou
seja, superando os limites do livro didático, aproximando o educando da realidade em que
se insere, criando a possibilidade de desvendar/ criar.
200
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
201
Desta perspectiva, a avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada, pois dá
ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem rítmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando assim que
a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo
(professor e alunos) ajuda-os a refletir.
202
BIBLIOGRAFIA
CALLAI, Helena Capetti – Geografia em sala de aula; Marina, Lucia, Osvaldo Riffer e
Acácia Kuenzer. – edições Compactado;
VASCONCELLO, Celso dos Santos – Avaliação.
PARANÁ SEED – Diretrizes Curriculares de Geografia do Ensino Médio.
203
DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO
204
No Regime Militar de 1964 manteve seu caráter político, pautado no estudo de
fontes oficiais, mantendo os grandes heróis como sujeitos da História e ex: para as novas
gerações. O ensino continuou hierarquizado e nacionalista sem espaço para crítica e
interpretações dos fatos, visando à formação de indivíduos passivos.
O Estado figurava o principal sujeito histórico, exemplificado nas obras dos
governantes e elites condutoras do país.
A partir da Lei nº 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e o
segundo grau profissionalizante. O ensino centrado numa formação tecnicista preparatória
para o trabalho, assim as disciplinas de Ciências Humanas perderam espaço no currículo,
sendo que as disciplinas de História e Geografia foram consideradas como área de Estudos
sociais, dividindo espaço com Educação moral e cívica (EMC) no 2.º grau a carga de
História foi reduzida com a inserção de Organização Social e Política Brasileira (OSPB).
O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento de seus
deveres patrióticos privilegiando noções e conceitos básicos adaptados à realidade,
distanciado da produção historiográfico acadêmico. Em 1980, com o fim da Ditadura
Militar e o inicio de redemocratização de sociedade houve a aproximação entre a educação
básica e a superior.
No início dos anos 1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas
na área educacional, surgindo novas propostas do Ensino de História, o que levou à
produção de materiais didáticos e paradidáticos, incorporando a nova historiografia.
No Paraná, a proposta de renovação do ensino de História, fundamentou-se na
pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado
do Paraná (1990) coerente com a redemocratização política do Brasil, valorizando as ações
dos sujeitos, relacionadas ao processo histórico social, incluindo o estudo da produção do
conhecimento histórico, contrariando os pressupostos teóricos do ensino da história
tradicional baseado na memorização, exercícios de fixação e livros didáticos. No Segundo
Grau, o documento reestruturação do Ensino de 2º grau no Paraná (1990) que apresentava
uma proposta pedagógica a partir da formação de capitalismo no mundo ocidental e a
integração do Brasil. O reconhecimento dos novos cursos de ensino médio, vinculados a
estrutura do ambiente escolar com bibliotecas, laboratórios, informática etc. visando a
205
preparação para o trabalho, de acordo com os princípios propostos pela Unesco, o ensino de
História contextualizado em função do mercado de trabalho até o final de 2002.
Em 2003 a SEED organizou um projeto de formação continuada para os
professores, articulado as diretrizes curriculares, visando a orientação comum ao Ensino de
História para a rede pública, incluindo no currículo a obrigatoriedade de História e Cultura
Afro-Brasileira, seguida das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações étnico –Racionais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
No ensino de História devemos ter sempre como perspectiva, além dos objetivos
inerentes a própria disciplina, a formação da cidadania e dos valores democráticos tarefas
complexa e cheia de riscos especialmente porque não temos uma tradição de vida
democrática. As diferenças culturais e na defesa da pluralidade deve pautar o ensino e as
atividades de reflexão pesquisa e debates na sala de aula.
Conscientizar ao educando que este e parte do mundo e agente transformador da
realidade. É necessário estimular um olhar critico sobre a história e leitura , a reflexão , a
análise e as exposições escritas e orais , pessoais e em grupo. Outro aspecto fundamental
refere-se ao fato de se garantir que os diferentes temas assuntos que venham a ser
trabalhados se relacionam com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos sociais
situados nos mais variados contextos sociais, especiais e temporais. Essa condição
constitui-se, em um principio fundamental que pode contribuir decisivamente para que os
educandos se percebam como sujeitos sociais e construtores de conhecimento histórico.
Tendo como objetivos de estudos as ações e realizações humanas praticadas no
tempo , que são as formas de agir , de pensar , de representar , imaginar, instituir ou seja de
se relacionar social, cultural e politicamente.
Estas relações condicionam os limites as possibilidades de transformação das
estruturas sócio-históricas, que mesmo condicionadas, estas ações permitem espaços para
escolhas e projetos de futuro.
206
Deve-se estudar as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais
como condições geográficas físicas e biológicas de uma determinada época e locais ,numa
constante reformulação do conhecimento históricos. Todas as atividades cotidianas devem
ser estudadas ;o trabalho, o pensamento,as crendices populares, a sexualidade, a literatura,
a vida da mulher, práticas de higiene etc.
Nas questões políticas, econômicas e culturais: relações pessoais, familiares, étnicas
de gêneros, ritos, símbolos, meios de comunicação e transmissão de tradições. As pesquisas
são múltiplas: através de imagens cartas pessoais, grafites, letras de músicas, depoimentos
de pessoas comuns, manifestações artísticas, permitindo a vivência em um mundo
globalizado , diversificado e plural , mas propenso ao choque de culturas, aos confortos do
senso comum e as escalas de valores.
Pode compreender e atualizar com conhecimentos de causa as contribuições da
ciência e da tecnologia, onde possa ampliar a experiência educativa, estabelecendo relações
positivas com a comunidade e a sociedade e os espaços virtuais. Tornar se conhecedor de
sua própria história e da pluralidade de histórias presentes e passadas, aprendendo a realizar
análises.interpretações a cerca da sociedade atual.
CONTEÚDO ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDO ESPECÍFICO
1º ANO
Cultura, natureza evolução cultural, evolução biológica, nomadismo, sedentarismo,
sitio arqueológico e migrações.
Moda de produção asiática.
Estado, monarquia teocrática, civilização ,império.
Agricultura de regadio.
Comunidade primitiva, classe social, democracia, oligarquia, aristocracia, tirania,
império.
207
Contradição, conjuntura, crise.
República.
Aculturação.
Feudalismo, subsistência poder pessoal, vassalagem, senhoria servidor, baixa
produtividade, troca natural, comparações de ofícios.
Manoteismo, estado teocrático Heresia burocracia.
Cosmoplita.
Trocas culturais.- Cultura Afro.
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
A importância da nossa cultura local e regional no Paraná
Agenda 21.
CONTEÚDO ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDO ESPECÍFICO
2º ANO
A centralização do poder.
O Renascimento e o humanismo.
Os europeus chegar a América.
Reforma e contra –reforma e o antigo regime.
As sociedades da mesoamérica.
Os povos do sul. Incas e Tupis a ocupação do continente americano.
A colonização portuguesa na América e o doce sabor do açúcar – os trabalhadores
do açúcar.
A União Ibérica.
A Supremacia inglesa na Europa.
208
A colonização inglesa na América do norte.
Portugal sob a proteção da Inglaterra – as cidades de ouro – sob a égide do Marques
de Pombal.
Revolução Industrial – O iluminismo.
A independência das treze colônias inglesa.
A revolução Francesa, o período napoleônico.
A independência das colônias da América espanhola
Rebeliões na América portuguesa.
A família real no Brasil
Independência ou Morte.
Os Estrangeiros em nossa Terra- colonização, Política, a greve operaria, Escravidão
no Paraná, Povoamento.
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
Comemorações folclóricas e cívicas
Ética e cidadania.
CONTEÚDO ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
CONTEÚDO ESPECÍFICO
3º ANO
Liberalismo, nacionalismo e socialismo na Europa.
Itália e Alemanha, a unificação tardia.
O imperialismo.
Brasil o estado nacional se organiza.
Da regência ao segundo reinado a construção da ordem.
209
A republica é implantada no Brasil.
A primeira guerra mundial e a Revolução Russa.
Brasil a Política na República do café – com – leite e revoltas de norte a sul.
A república em crise e a segunda guerra mundial.
O Brasil de Vargas.
Capitalismo e Socialismo: o mundo em guerra fria.
Descolonização da África, Ásia, América latina e Estados Unidos.
O Brasil em tempos de democracia.
A desintegração da União Soviética, a globalização, os paises riscos, os paises
pobres e em desenvolvimentos.
Brasil a construção do futuro.
Cultura Paranaense- conflitos de terra no Paraná, o território do Iguaçu, a revolta
dos posseiros, contestado , a Historia e sua economia Paranaense , ouro
tropeirismo , mate, madeira, café, suinocultura.
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
Ética e cidadania
Agenda 21.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
210
Dentro deste contexto devemos possibilitar o educando portador de deficiências sua
inclusão aos demais de forma igualitária visando novos métodos educativos possibilitando-
os a reintegração de seus valores culturais e morais dentro da sociedade. Quanto mais
inseridos melhor, sua adaptação e independência.
A organização dos conhecimentos adquiridos, desenvolvidos pelos educandos no
exercício de sua escolaridade, contemplando a linguagem escrita ou linguagens disponíveis
nas tecnologias da comunicação. Distinguir os diferentes.
Modos das convivências nelas existentes, proporcionando iniciativas e autonomias
na realização de trabalhos individuais e coletivos, voltados para as grandes transformações
tecnológicas e impactos que elas produzem na vida das sociedades.
A história para os alunos do ensino médio proporcionara condições para que ele
amplie conceitos introduzidos nas séries anteriores do ensino fundamental,contribuindo
assim para a construção de laços de identidade, pais o ensino de história passará a
desempenhar um importante papel na configuração de identidade, nas relações pessoais
com grupo de convívio com as classes, grupos sociais, culturais valores e gerações do
passado e do presente.
211
O avaliar deverá estar presente durante todo o processo educacional e não em
períodos específicos, deverá estar em conformidade com os objetivos bem claros como
norteadores do processo educacional nos comportamentos dos domínios cognitivos, afetivo
e psicomotor. Deve-se levar em conta todo o rendimento escolar através da percepção,
pensamento, emoção, expectativa do educando.
É importante ressaltar que os conteúdos de história sejam significativos porque
ajudam os alunos a entender o presente, sobretudo porque algo do presente os preocupa e,
por isto, constroem o seu diálogo.
212
BIBLIOGRAFIA
213
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
214
A partir dos anos 70, o ensino da literatura restringiu-se ao então 2º grau, com
abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto
poético, por exemplo, utilizava-se o método francês de análise literária, ou seja, propunha-
se à análise do texto, segundo as estruturas formais, rimas, canção de versos, ritmo,
estrofes, etc. nesse processo de ensino, cabia ao professor a conclusão da análise literária e
aos alunos a condição de meros ouvintes.
A busca da superação desse ensino normativo, historiográfico, tanto com a quebra
do cânone e a crescente valorização do leitor, bem como com a percepção da
impossibilidade de totalização ou centralização referencial, só recentemente tem alcançado
os estudos curriculares e, particularmente, o ensino de Língua e Literatura, seja através do
impacto dos pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, seja
através dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos como Análise do Discurso,
teoria da Enunciação, Teorias da Leitura, Pensamento da desconstrução, etc.
Um dos grandes objetivos da disciplina é compreender e usar os sistemas
simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade
pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
Torna-se, pois fundamental, compreender que as significações dadas às várias
manifestações contribuem com a formação geral dos alunos e, nesse sentido, a linguagem
na escola passa ser o objetivo de reflexão e análise, permitindo ao aluno a superação e/ou a
transformação dos significados veiculados.
Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, estas Diretrizes fundamentam o
trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura, considerando o processo
dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da
linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.
A LDB nº 9394, de 20/12/1996, estabelece, em seu Art.36, que a língua portuguesa
será encarada como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da
cidadania, contemplando, assim, todas as modalidades expressivas, sem encará-las de
forma privilegiada ou não. Os ensinos de 1º e 2º graus passam, respectivamente, a ensinos
fundamental e médio.
215
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
216
atualizam o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização.
A língua escrita em situações discursivas realizadas por meios de práticas sociais,
propicia a interação, aprimorando o contato com textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos através da literatura, constituindo
um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com práticas da oralidade,
da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
217
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
Leitura e análise de textos;
Produção de textos;
Linguagem, língua e fala;
Sílaba;
Significado da palavra;
Denotação e conotação;
Fonologia;
Funções da linguagem; Ortografia; Acentuação;
Pontuação; Poesia e Versificação;
Tipos de textos e suas linguagens; Gêneros Literários;
Origem da Língua Portuguesa.
2º ANO
Leitura e compreensão de textos;
Produção de textos;
Humanismo;
Literatura Informativa sobre o Brasil;
O Barroco em Portugal;
O Barroco no Brasil; Arcadismo;
Romantismo em Portugal;
Romantismo no Brasil;
Realismo no Brasil;
Ortografia e Pontuação;
Crase;
Classes de Palavras;
Concordância nominal;
218
Concordância Verbal.
3º ANO
Articulação entre o texto e conteúdo;
Produção de textos orais e escritos;
Análise lingüística (propaganda, Jornal);
Diferentes tipos de textos;
Ortografia;
Acentuação (crase);
Pronomes demonstrativos;
Classes de palavras (revisão);
Complemento Nominal;
Complemento Verba;
Aposto e vocativo;
Semântica;
Pré-Modernismo em Portugal e no Brasil;
Contexto histórico e social;
Principais autores e obras;
Modernismo em Portugal;
Modernismo no Brasil;
Literatura Contemporânea.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
219
Nessa perspectiva, a partir das experiências dos educandos que a língua se transforma em
objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral ou escrita ou de sua
leitura.
A Oralidade é vista como uma prática social interativa utilizada em momentos de
comunicação através de vários gêneros formas com fundamentação na realidade sonora.
Precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento
das habilidades de falar e ouvir.
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam
diferentes caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, de troca
de opiniões, defesa de ponto de vista (argumentação), contação de histórias, declamação de
poemas, representação teatral, relatos de experiência, entrevistas, etc. Além disso, podemos
analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, como jornais, novelas,
propagandas: em programas radiofônicos: no discurso do poder em suas diferentes
instâncias: no discurso público: no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações
do discurso oral. Na literatura oral, cabe considerar a potência dos textos literários como
Arte, produzindo a necessidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas
forças políticas particulares.
A Leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos e
precisa ser vista na escola como uma prática consistente do leitor perante a realidade. O ato
de ler é identificado como o de familiarizar-se com diferentes textos produzidos em
diferentes práticas sociais (notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios,
reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, fábulas, etc.),
percebendo em cada texto presença de um sujeito histórico, de uma intenção. A construção
dos significados de um texto é de responsabilidade do leitor. A escola, no processo de
leitura, não pode deixar de lado as linguagens não verbais - a leitura das imagens (fotos,
outdoors, propagandas, imagens digitais e virtuais, figura) que povoam, com intensidade
crescente, nosso universo cotidiano _ precisa contemplar o multiletramento mencionado na
fundamentação teórica dessas diretrizes e a própria condição da Língua materna, de suporte
e condição para todo o conhecimento.
220
É importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de
linguagem, segundo o qual busca-se formação de leitores. A formação de leitores contará
com atividades que contemplem as linhas que tecem a leitura, que Yunes (1985) aponta
como sendo: Memória, Intersubjetividade, Interpretação, Fruição, Intertextualidade.
A Escrita e ser trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda o texto como
uma unidade potencializadora de sentidos, através da pratica textual.
Pensar na prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o aluno
necessitam primeiramente, planejar o que será produzido. O que se sugere, sobretudo, é a
noção de uma escrita como formadora de subjetividade.
A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do estudante em
situações específicas, e não a língua ideal. A norma real, aquela usada socialmente, mesmo
se tratando da norma padrão ou da norma culta, aprende-se lendo e escrevendo e não a
partir de conceitos. É nas experiências concretas de produção de textos que o estudante vai
aumentando seu universo referencial e aprimorando sua competência de escrita. . È
analisando seu texto segundo as intenções e as condições de sua produção que o ele vai
adquirindo a necessária autonomia para avaliar seus próprios textos e o universo de textos
que o cercam.
Produzir textos argumentativos, descritivos, de notícia, narrativos, cartas ou
memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas ou textos de humor, informativos ou
literários, quaisquer que possam ser os gêneros, deve sempre constituir resposta a uma
intenção e uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito daquele texto,
daquele discurso, naquela determinada circunstância, naquela esfera de atuação, e para que
ele perceba seu texto com o elo de interação, também pleno de expectativa de atitudes,
responsáveis ativas por parte de seu possíveis leitores. Também é relevante lembrar de que
o trabalho com a escrita é um processo, e não algo acabado, dessa forma, fazem-se
necessárias atividades que permitam ao aluno refletir sobre se texto e reelaborá-lo de forma
individual ou em grupo, valorizando, antes de tudo, o esforço daquele que escreve,
desconfia, rasga e reescreve, tantas vezes quantas julga necessária, até que o texto lhe
pareça bom para atender à intenção e claro para o outro que o lerá.
221
A Literatura é um universo rico de significados – as obras literárias de todas as
épocas e nacionalidades, patrimônio cultural da humanidade. Por isso, ao ler Literatura e
escrever a partir dela, o estudante aprende a ler e escrever a existência humana, atribuindo-
lhe sentido, independentemente de seu conteúdo e forma individual. Ela manifesta, através
de cada escritor, em cada obra ou em cada ato de leitura, múltiplas significações e diversas
ordens de significados, mas, acima de tudo, possui uma supersignificação. Tal fenômeno
possibilita que seja vista como algo que acontece, que é fato, não é estático, está em
permanente processo.
A Análise Lingüística deve estar presente no ensino de Língua Portuguesa como
ferramenta que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita.
A fala, leitura e escrita são, segundo ROJO (2004), atos de interação que constróem
a vida social e nela são constituídos, envolvendo a construção de significados, de
conhecimentos, de identidade dos sujeitos. Esta interação é situada, a linguagem tem as
marcas sociais de gênero, sexualidade, classe social, religião, profissão, etc. e tem as macas
contextuais, sejam elas de natureza sincrônica ou diacrônica.
Esta reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem
operadores textuais, ele precisa ampliar sua capacidades discursivas em atividades de uso
da língua, a partir das quais o professor vai explorar os aspectos textuais e as exigências
específicas de adequação da linguagem (por exemplo: operadores argumentativos, aspectos
de coerência, coesão, situacionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação,
concordância, regência, formalidade/informalidade, entre outros).
O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso da
língua, a partir das quais o professor vai explorar os aspectos textuais e as exigências
específicas de adequação da linguagem (por exemplo: operadores argumentativos, aspectos
de coerência, coesão, situcionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação,
concordância, regência, formalidade/informalidade).
A língua torna-se objeto de reflexão e de discussão das questões lingüísticas, sem se
afastar do contexto inicial de produção, a reflexão e a discussão estão a serviço de ajustes
necessários na produção do aluno, naquela situação específica de interpretação ou
produção.
222
A inclusão da cultura Afro nos currículos da educação básica, trouxe fortes
repercussões pedagógicas principalmente na formação docente. Com esta iniciativa,
resgatou os valores históricos e culturais de nosso povo reparando algumas diferenças
ocorridas no passado, educando os cidadãos a buscar sua identidade e seus direitos, sendo
assim capazes de construir uma nação democrática.
No que diz respeito a cultura Afro-brasileira pode-se trabalhar com os alunos
elaborando pesquisas como: (alimentação, música, linguagem, dança, racismo, mercado de
trabalho, religião etc.), destacando assim a importância da auto-estima.
Educação no Campo
Para que aconteça a Educação no Campo é preciso juntar as experiências adquiridas
pelos alunos e professores repensando os saberes escolares de acordo com a realidade de
cada comunidade.
Garantir que a realidade do campo, com sua diversidade esteja presente em toda
organização curricular.
Introduzir à pesquisa de forma individual e coletiva e eleger temas centrais para a
prática pedagógica escolar, elaboração de projetos interdisciplinares parcerias com
cooperativas, palestras com agrônomos, feiras agrícolas, passeios ecológicos valorizando o
meio ambiente.
Tecnologia
223
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
224
Travaglia (1990). Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual: os
parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos).
225
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara
Vieira. 6ª edição. São Paulo: Hucitec, 1992.
GERALDI, C. FIORENTIN. D.PEREIRA, E (orgs). Cartografia do trabalho
docente.Campinas, SP. Mercado das Letras, 1996.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MARCUSCHI,Luiz Antonio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.
CEREJA, Willian Roberto, MAGALHÃES, T.C. Português: linguagens. São Paulo: Atual,
2002.
PILETTI, Nelson -Psicologia Educacional, 17ª edição. Editora Ática.
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÌNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO
MÈDIO. Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado da Educação-
Superintendência da Educação. Versão Preliminar-2006.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE
EDUCAÇÃO BÀSICA DO ESTADO DO PARANÀ. Versão Preliminar. 2006.
HTTP: //WWW.FILOLOGIA.ORG.BR/VICNLF/ANAIS/CADERNO06-05.HTML
226
DISCIPLINA: MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO
227
Nas últimas décadas, a preocupação com o ensino da matemática traduziu-se em
alguns movimentos bem definidos. Nos anos 60, foi a “matemática moderna”, que buscou
soluções no formalismo e nas estruturas. Nos anos 70, o “retorno ao básico”, de certa forma
uma reação diante do malogro da matemática moderna. Para os anos 80, muitos educadores
matemáticos eminentes chegaram a eleger a “ resolução de problemas” com a grande
prioridade do ensino de matemática.
Atualmente vem-se constatando a necessidade de mudanças no ensino da
Matemática tendo em vista vários fatores que fizeram com que se repensasse este ensino
em favor de uma visão mais progressista: a de uma educação Matemática.
Dentro desta visão, a Matemática é considerada uma ciência em constante
construção que se desenvolve enquanto é experimentada no processo de investigação e
resolução de problemas, abrindo portas para a criação e para a emoção.
Sendo assim a finalidade da Educação Matemática é fazer com que os alunos
compreendam e se apropriem da própria matemática concebida como um conjunto de
resultados, procedimentos, algoritmos, etc; fazendo com que o mesmo construa por
intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a
formação integral do ser humano e particularmente do cidadão, isto é, do homem público.
Assim o ensino de Matemática será organizado para adaptar-se ao nível de
conhecimento e progresso de alunos com diferentes interesses e capacidades, criando
condições para sua inserção num mundo em mudanças e, ao mesmo tempo, contribuir para
desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Isso
porque acreditamos que, num mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais
ganham novos contornos requerem a compreensão de conceitos e procedimentos
matemáticos necessários para o cotidiano, tanto para o cidadão tirar conclusões e fazer
argumentações, quanto para agir como consumidor prudente ou tomar decisões em suas
vidas pessoais e profissionais.
Nesse aspecto a Matemática dará sua contribuição à formação de um estudante
crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais ao se apropriar de
conhecimentos matemáticos.
228
Um outro ponto a ser considerado é a influencia das mudanças tecnológicas nos
meios de produção imprimindo novos sistemas organizacionais ao trabalho, exigindo
trabalhadores versáteis, dotados de iniciativa e autonomia, capazes de resolver problemas
em equipe, de interpretar informações e de adaptar-se a novos ritmos e de comunicar-se
fazendo uso de diferentes formas de representação.
Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento
matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos forem apresentados,
discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano
e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias.
Enseja-se um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite aos alunos
realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias
sendo possível criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o pensamento e a aquisição de
linguagens e atitudes cuja utilidade ultrapassa o âmbito da própria Matemática, podendo
formar no aluno a capacidade de resolver problemas, elaborar representações da realidade,
gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar
situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a
percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras
capacidades pessoais.
Assim é importante refletir a respeito da colaboração que a Matemática tem a
oferecer com vista à formação da cidadania, refletir sobre as condições humanas de
sobrevivência, sobre a inserção dos alunos no mundo do trabalho, das relações e da cultura
e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais.
Nesta perspectiva o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado onde os
conteúdos foram organizados em todas as séries com vistas a interação dos conteúdos
estruturantes fundamentais da matemática: Números, Operações e Álgebra, Medidas,
Geometria e tratamento da Informação.
Pois, para obtermos resultados satisfatórios devemos fazer essa interação e o
trabalho com os conteúdos ganhará significado na medida em que seus estudos partam das
relações que possam ser estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais e que
incluam nos contextos internos; a própria Matemática.
229
Somente desse modo, poderemos estar seguros de que o aluno estará
capacitado para agir de modo transformador sobre si mesmo e a realidade que o
cerca.
OBJETIVOS GERAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números
Álgebra
Geometria
Funções
Tratamento da Informação
230
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1ª SÉRIE
Os conjuntos numéricos
A Potenciação e Radiciação no conjunto dos números reais.
Introdução à teoria dos conjuntos.
O Sistema de Coordenadas cartesianas.
A trigonometria no triângulo retângulo
Relações trigonométricas em um triângulo qualquer.
Introdução a Funções.
Função Afim
Função Quadrática.
Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
Função Exponencial
Função Logarítmica
Composição e Inversão de Função.
Função modular
Trigonometria na circunferência
Razões trigonométricas e circunferência de Raio Unitário
Funções trigonométricas
Operações em arcos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números
Álgebra
Geometria
Funções
Tratamento da Informação
231
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
2ª SÉRIE
Introdução a estatística
Geometria Plana
Geometria Espacial
Analise Combinatória
Probabilidades
Sistemas lineares
Binômio de Newton
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números
Álgebra
Geometria
Funções
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
3ª SÉRIE
Matrizes
Determinantes
Geometria Analítica
Polinômios
Números Complexos
Equações Algébricas
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
232
como: Drogas, DSTS, Ética, Cidadania, Gravidez na Adolescência, Uso racional da Água,
Lixo e Reciclagem, Política, Preservação do meio Ambiente, etc...
Além desses temas deverão ser trabalhadas nas aulas de matemática, atividades
relacionadas ao desenvolvimento do raciocínio e concentração através de jogos para treinar
o cérebro, como o Sudoku, Xadrez e outros.
Cultura Afro
Educação no Campo
Tecnologia
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tendo em vista que a formação do estudante crítico, capaz de agir com autonomia
nas suas relações sociais é preciso que ele se aproprie de conhecimento, dentre eles, o
matemático.
Para que o aluno possa se apropriar desse conhecimento, é necessário que o
professor use diferentes procedimentos metodológicos, tais como: resolução de problemas,
étno - matemática, modelagem matemática, mídias tecnológica e história da matemática.
Resolver problemas é da própria natureza humana. Podemos caracterizar o homem
como o “animal que resolve problemas.” Pela sua própria história a matemática mostra que
foi construída em resposta a perguntas motivadas por problemas, seja de ordem prática
(como divisão de terras, cálculos de questões financeira, etc) seja vinculada às outras
disciplinas (como Física, a Química, etc.) ou ainda ligados a própria matemática.
Dessa forma a resolução de problemas é da própria essência da Matemática,
funcionando como um grande organizador do processo de aprendizagem.
A etnomatemática procura, resolver e registrar questões de relevância social que
produzem conhecimento matemático, priorizando um ensino que valoriza a história dos
estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais, dessa maneira os
conteúdos matemáticos devem ser desenvolvidos de forma contextualizada, observando a
realidade do aluno.
233
A modelagem Matemática propõe a valorização do aluno no contexto social,
transformando problemas reais com problemas matemáticos e resolve-los interpretando
suas soluções na linguagem do mundo real.
234
CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA
Dessa forma vemos que a avaliação não deve ser um processo classificatório
utilizada como instrumento de aprovação ou reprovação, ela deve ser antes de tudo, um ato
amoroso, acolhedor, integrativo e inclusivo. Para tanto a avaliação deve seguir alguns
princípios básicos:
Ser um processo contínuo e sistemático; portanto, deve ser constante
e planejada, fornecendo feedback ao professor e permitindo a
recuperação do aluno;
Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo
atingidos;
Orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o
quanto antes;
Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não são
apenas os aspectos cognitivos que são analisados, mas os
comportamentais e sua habilidade psicomotora também.
235
BIBLIOGRAFIA
KRULIK, Etephen. Etephen Krulik, Roberto E.Reys: trad. Hygino H. Domingues, Olga
Carbo. A Resolução de Problemas na Matemática Escolar- São Paulo – 1997.
CARAÇA, Bento de Jesus.Conceitos Fundamentais da Matemática –.Longen, Adilson –
Curitiba Paraná – positivo, 2004.
SPINELLI, Valter Souza, Matemática – São Paulo, Editora Ática, 2001.
UBIRATÃ, D’Ambrosio, – Etnomatematica, Elo entre as tradições e a modernidade –
Belo horizonte, Editora Autentica, 2005.
LUCKSI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar, 17º Edição – São Paulo,
2005.
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Portugal, Lisboa.
Gradiva,2005.
KRULIK, Stephen; Reys, Robert E., A Resolução de Problemas na Matemática Escolar.
São Paulo. Atual Editora, 2005.
Diretrizes Curriculares da Disciplina de Matemática Ensino Médio/SEED – Versão
Preliminar 2006
236
DISCIPLINA: QUÍMICA - ENSINO MÉDIO
237
vivemos e os conhecimentos químicos forem usados com sabedoria e ética, haverá, sem
dúvida, uma melhoria das condições de vida de todos os cidadãos.
A Química tem muitos objetivos, alguns dos quais coincidentes com outros da
Física e da Biologia, e isso, de um lado, mostra que o objetivo é conhecer alguns aspectos
da natureza e favorecer aos alunos o exercício de observar, indagar e avaliar dados, tirar
conclusões a respeito de fenômenos, dentre outras habilidades. Nessas circunstâncias, os
alunos podem aprender a admitir e respeitar idéias diferentes, exercitar a argumentação e
desenvolver o pensar e o espírito de cooperação.
É bom lembrar que, na escola a Química oferece uma visão introdutória que permite
compreendê-la como uma ciência agradável de ser estudada e cujos reflexos podem ser
sentidos no dia-a-dia, de forma a propiciar ao estudante uma ampla formação que permita a
sua melhor inserção na realidade do mundo globalizado, desenvolvendo suas habilidades de
comunicação, as conexões interdisciplinares de conteúdos, habilidades de trabalho em
equipe e, ao mesmo tempo, de independência intelectual, de modo a permitir aos estudantes
desenvolverem suas futuras carreiras numa base sólida. Portanto, nosso principal objetivo é
dar condições aos alunos para participarem ativamente do processo de aprendizagem, o que
acreditamos ser essencial para que eles aprendam significadamente o conteúdo de Química,
exercendo melhor seus direitos.
Apesar da Química, que se encontra na base dos problemas ambientais ser muitas
vezes, extremamente complexa, seus aspectos centrais podem ser entendidos e apreciados
apenas com um conhecimento de Química básico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e sua Natureza;
Biogeoquímica;
Química sintética.
238
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
O átomo: da história à sua constituição:
Histórico;
Modelos atômicos;
O núcleo e a caracterização do átomo;
Número atômico e de massa;
Isoátomos;
Diagrama de Linus Pauling;
Eletrosfera: distribuição eletrônica com base nos níveis e subníveis de energia e
com base nos orbitais.
Elementos químicos: classificação periódica:
Tabela de Mendeleiev;
Classificação periódica atual;
Localização dos elementos nos grupos e nos períodos;
Propriedades periódicas e aperiódicas dos elementos químicos.
Ligações Químicas: formação de substâncias:
Por que os átomos se associam;
Tipos de ligações químicas;
Propriedades das substâncias metálicas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e sua Natureza;
Biogeoquímica;
Química sintética.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2º ANO
Reações químicas: transformações de substâncias:
Equação química;
239
Balanceamento de equações;
Tipos de reações químicas;
Mol – a quantidade de matéria.
Funções Inorgânicas: noções fundamentais:
Ácidos (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura,
classificação);
Bases (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura, classificação);
Sais (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura, classificação);
Óxidos (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura,
classificação);
Oxi-redução.
O estado gasoso: um conceito expansivo:
O estado gasoso;
Mistura dos gases;
Massa molar de misturas.
Estudo das soluções:
Misturas.
Termoquímica;
Transformações de energia;
Entalpia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e sua Natureza;
Biogeoquímica;
Química sintética.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3º ANO
Química Orgânica: o estudo do carbono:
O histórico da Química Orgânica;
240
Características dos compostos orgânicos;
Características do átomo do carbono;
Classificação do carbono na cadeia carbônica;
Classificação dos compostos orgânicos.
Os clãs da Química Orgânica:
Função Orgânica;
Nomenclatura oficial.
Comparando compostos orgânicos;
Séries orgânicas;
Propriedades físicas.
Função Hidrocarboneto:
Hidrocarbonetos (alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, aromáticos).
Função Oxigenada:
Álcoois;
Aldeídos;
Fenóis;
Enóis;
Ácidos Carboxílicos.
Função halogenada:
Haletos orgânicos.
Função Nitrogenada:
Aminas, Amidas, Nitrilas.
Função sulfurada:
Ácidos sulfônicos.
Compostos organometálicos.
Compostos de função mista.
Isomeria.
241
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
242
educação ambiental. Com isso, queremos que nosso aluno aprenda, além do conteúdo
básico necessário, a respeitar a Natureza, sabendo porque e como preserva-la.
243
vista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola,
portanto deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de interação recíproca, no
dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto sujeita a
alterações no seu desenvolvimento. O professor deve usar instrumentos de avaliação, tais
como: seminário, debates, leituras, testes classificatórios, produções de textos, paródias,
poemas, resolução de exercícios, trabalhos através de experiências laboratoriais, etc.
Só atingirá suas finalidades quando der publicidade aos resultados alcançados,
permitindo a comunidade acompanhar os resultados do trabalho educativo.
244
BIBLIOGRAFIA
Russeall, Jhon B., Quimica Geral, tradução e revisão técnica Márcia Guekezian I et. Al. I
– 2º Edição – São Paulo, Pearson Markron Books - 1994.
Utimura,Yamoto Veruko, Maria Linguamoto; – Ilustrações de Exata Editoração SC LTDA –
São Paulo – FTD, 1998.
Peruzzo, Tito Miragia, Eduardo leite do Canto. Coleções básica: Quimiva Volume único -
ª edição – São Paulo – Ed. Moderna, 1999.
DEM – Orientação Curriculares – Química – SEED.
MALDANER, Otavio Aloísio - A formação Inicial Continuada de professores de
Química professor/pesquisador – 2ª edição Revista Ijui Ed. Unijui, 2003.
CORREA, Colim; tradução Maria Angeles Lobo Recio e Luiz Carlos Marques Correa – 2ª
edição – Porto Alegre :Bookman, 2002.
KUENZER, Acácia Zeneida – Ensino médio: construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho – 4ª edição – são Paulo – Editora Cortez, 2005.
ROMANELLI, Lilavate izapovitz e Rosaria da Silva Justi – Ijui – Editora Inijui, 2005.
Cruz, Daniel – Química e Física , livro do professor – São Paulo : Ática, 2002.
Diretrizes Curriculares SEED / Julho/2006
Lembo – Realidade e Contexto – 1 edição, Editora Àtica, volume único, 2004.
245
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
246
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Tem por objetivo definir os conceitos fundamentais com precisão e uma linguagem
bastante acessível, vem contribuir para reflexão sobre mudanças nas condições sociais,
econômicas e políticas advindas do processo social moderno, despertando interesse e
curiosidade pela analise objetiva da sociedade que o cerca.
Tem por objetivo a compreensão da vida cotidiana, da visão de mundo e do
horizonte de expectativas nas relações com diversos grupos sociais já produzidos pela
humanidade ao longo de sua historia.
Inserir o educando sobre o processo de formação de uma nova sociedade, que se
define como novo modo de produção, capitalismo, e coloca-lo no conhecimento da nova
divisão do trabalho social capitalista contribuindo significativamente para os exercícios da
cidadania.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Processo de socialização e instituição sociais:
Cultura e indústria cultural;
Trabalho, produção e classes sociais;
Poder, política e Ideologia;
Direito, cidadania, movimentos sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
O estudo da sociedade humana;
Conceitos básicos para compreensão da vida social;
Comunidades, cidadanias e minorias;
Agrupamentos sociais;
Principais grupos sociais, com suas característica e valores sociais;
Fundamentos econômicos da sociedade;
Visão geral sobre o processo de produção, trabalho;
Matéria –prima e recursos naturais;
247
Estratificação e mobilidade social – divisão da sociedade em camadas e as classes
sociais
Cultura e educação, com seus traços culturais na diversidade;
O estudo da contra cultura: socialização e controle social;
Instituições sociais: diferenças e relações;
As mudanças sociais e subdesenvolvimento;
A Sociologia no mundo atual e uso da tecnologia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
248
O conhecimento sociológico deve ir muito além da definição, classificação,
descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa
primordial do conhecimento sociológico explicitar as problemáticas sociais concretas e
contextualizadas, desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à
transformação social.
249
acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim
várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-la, a clareza
dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão/compreensão/reflexão dos
conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a
instituição escolar devem constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e
discursiva e principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
250
BIBLIOGRAFIA
251
DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ENSINO MÉDIO
252
Visto de uma perspectiva histórica, as décadas de 40 e 50, sob a Reforma
Capanema, formam os anos dourados das línguas estrangeiras no Brasil. (Leffa, UnP)
A LDB de 1961 descentralizou o ensino criando o Conselho Federal de Educação
que, entre muitas outras responsabilidades, ficou com a da indicação, para todos os sistemas
de ensino médio, de até cinco disciplinas obrigatórias, e aos Conselhos Estaduais de
Educação coube a responsabilidade de completar o número de disciplinas e indicar as que
poderiam, optativamente, ser adotadas pelos estabelecimentos de ensino. Coube também
aos Conselhos Estaduais, as decisões sobre o ensino de Língua Estrangeira. Foi assim que o
francês teve sua carga semanal diminuída ou foi retirado do currículo, o latim seguiu o
mesmo caminho, salvo algumas exceções e o inglês não sofreu grandes alterações.
A aprendizagem de língua estrangeira é uma possibilidade de aumentar a auto
-percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo, ela deve centrar-
se no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e
engajar outros no discurso de modo a poder agir no mundo social.
Para que isso seja possível, é fundamental que o ensino de língua estrangeira seja
centrada pela função social desse conhecimento na sociedade brasileira. Tal função está,
principalmente, relacionada a uso que se faz de língua estrangeira via leitura, embora se
possa também considerar outras habilidades comunicativas em função da especificidade de
algumas línguas estrangeiras e das condições existentes no contexto escolar. Além disso,
em uma política de pluralismo lingüístico, condições pragmáticas apontam a necessidade de
considerar três fatores para orientar a inclusão de uma determinada língua estrangeira no
currículo: fatores relativos a história, as comunidades locais e a tradição.
Pode-se dizer que é compreendida como uma forma de se estar no mundo com
alguém e é, igualmente, situada na instituição, na cultura e na história.
Os processos cognitivos têm uma natureza social, sendo gerados por meio da
interação entre um aluno e um parceiro mais competente.
Em sala de aula, esta interação tem, em geral, caráter assimétrico, o que coloca
dificuldade específica para construção do conhecimento.
Os temas centrais desta proposta são a cidadania, a consciência crítica em relação a
linguagem e os aspectos sócio políticos, aprendizagem de língua estrangeira.
253
Este tema se articula com os temas transversais dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, notadamente, na possibilidade de se usar a aprendizagem de língua como espaço
para se compreender na escola as várias maneiras de se viver a experiência humana. Duas
questões teóricas em coram os parâmetros de línguas estrangeiras numa visão
sociointeracional da linguagem e da aprendizagem. O enfoque sociointeracional da
linguagem indica que, ao se engajarem no discurso, as pessoas consideram aqueles a quem
se dirigem ou quem dirigiu a elas na construção social do significado. É determinante nesse
processo o posicionamento das pessoas na instituição, na cultura e na história. Para que essa
natureza sociointeracional seja possível, o aprendiz utiliza conhecimento sistêmico de
mundo e sobre a organização textual, além de ter e aprender como usá-lo na construção
social dos significados via língua estrangeira. A consciência desses conhecimentos e a de
seu uso são essenciais na aprendizagem, posto que focaliza aspectos metacognitivos e
desenvolve a consciência crítica do aprendiz no que se refere como a linguagem é usada no
mundo social, como reflexos de crenças, valores e projetos políticos.
O conhecimento do mundo se refere ao conhecimento convencional que as pessoas
tem sobre as coisas do mundo, isto é, sempre é conhecimento do mundo. FicaM
armazenados na memória das pessoas conhecimentos sobre várias coisas e ações, por
exemplo, festas de aniversário, casamento etc.
Estes conhecimentos, organizados na memória em blocos de informação, variam de
pessoa para pessoa, pois refletem as experiências que tiveram, os livros que leram, os pais
onde vivem etc.
É esse tipo de conhecimento que permite a uma pessoa que vive no norte do Brasil,
por exemplo, compreender o enunciado. Da mesma forma, ausência de conhecimento de
mundo adequado pode constituir dificuldade para um profissional da área de Química, por
exemplo, compreender um texto, escrito em sua língua materna, sobre o ensino de línguas,
por lhe faltar conhecimento específico sobre essa área de conhecimento, embora não tenha
nenhuma dificuldade com aspectos do texto relacionado ao conhecimento sistêmico.
No Estado do Paraná a partir da década de 70, tais questões geram movimentos de
professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esse movimento se fez presente, no
Colégio Estadual do Paraná, fundado em 1846, que constava já com professores de latim,
grego, francês, inglês e espanhol.
254
Uma das forma encontradas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas
públicas após o parecer 581/76, bem como uma tentativa de rompimento com a hegemonia
de um único idioma ensinado nas escolas foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras
no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês,
espanhol, francês e alemão, aos alunos, no contraturno. O reconhecimento da importância
da diversidade de idiomas, também foi percebido na medida que a UFPR, a partir de 1982,
incluiu no vestibular as línguas espanhola, italiana e alemã. Esse fato estimulou a demanda
de professores que pudessem ensinar estas línguas.
Em meados de 1980 a redemocratização do país era o cenário propicio para que os
professores organizados em associações liderassem um amplo movimento pelo retorno da
pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais
mobilizações a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente os Centros de Línguas
Estrangeiras Modernas (CELEMs) no estado do Paraná, em 15 de agosto de 1986, como
forma de valorização da diversidade étnica que marca a história do Estado.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional nº 9.394, determinou
que a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino
fundamental, a partir da 5ª série, sendo que a escolha do idioma foi atribuída a comunidade
escolar, dentro das possibilidades da instituição (Art. 26, §5º). Referindo-se ao Ensino
Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua estrangeira moderna, como
disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter
optativo, dentro das disponibilidade da instituição. (Art. 36, Inciso III).
Ao historicizar o ensino da língua estrangeira, pretendeu-se, suscintamente,
problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os
aspectos que têm marcado o seu ensino, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais
e educacionais.
255
língua estrangeira. O professor deverá, acima de tudo, ser educador, ensinar aos alunos
maneiras de construir significados, elaborar procedimentos interpretativos e construir
significados do mundo. Trabalhar a língua enquanto discurso entendido como prática social
significativa, compreender num texto concreto e preciso sua significação numa enunciação
particular
Proporcionar ao aluno uma prática significativa, na qual ele tenha acesso a discursos
variados, orais e escritos, a qual possa se sentir inserido numa determinada realidade capaz
de interagir com ela, só assim o sujeito terá possibilidade de ampliar seu conhecimento de
mundo e desenvolver seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo. O aluno
deverá ser capaz de perceber a língua como algo que constrói e é construído por uma
determinada comunidade, constatar outras culturas com a sua própria, afirmar a sua
identidade cultural e, até mesmo modificar a partir do contato com os outros. Proporcionar
subsídios para que seus alunos sejam capazes de atribuir significados na língua, ensinar
estruturas consideradas fundamentais em sua prática de ensino, ir além das questões
lingüísticas incluindo questões culturais e extralingüísticas. A Língua Estrangeira no Ensino
Médio é orientar no sentido da formação integral do sujeito, será articulada como as demais
disciplinas do currículo, desenvolver formas de pensamento relacionado aos vários
conhecimentos.
Preparar o aluno do Ensino Médio para o trabalho e para a continuidade nos estudos
que serão atingidos na medida em que o objetivo maior for alcançado, que os alunos
conclua o Ensino Médio como sujeito capaz de interagir criticamente o mundo a sua volta,
estará também apto tanto para dar continuidade aos seus estudos como para enfrentar o
mundo do trabalho.
Compreender a relevância do conhecimento dessa língua, como instrumento de
comunicação que lhe possibilitará desenvolver-se cultural e profissionalmente.
Permitir ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente,
propiciam sua interação num mundo globalizado.
Levar o aluno a entender, falar, ler e escrever, acreditando que, a partir disso, ele
será capaz de usar o novo idioma em situações reais de comunicação.
256
Entender a comunicação como uma ferramenta imprescindível do mundo moderno,
com vista à formação profissional, acadêmico ou pessoal, deve ser a grande meta do ensino
de Línguas Estrangeiras no Ensino Médio.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
Conhecimentos lingüísticos
Práticas de leitura, escrita e oralidade
Vocabulário
Estrutura gramatical
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2º ANO
Conhecimentos lingüísticos
Gêneros textuais
Gêneros discursivos
Textos com cognatos e termos transparentes
Vocabulário
Práticas de leitura, escrita e oralidade
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
257
3º ANO
Práticas de leitura, escrita e oralidade
Estudo morfossintáticas
Funções da língua
Estrutura gramatical
Vocabulário
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
258
Essa perspectiva permite que, tanto alunos como professores percebam que é
possível construir significados, além daqueles que são possíveis na língua materna,
percebam que há outras possibilidades de se entender o mundo.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao
interagir com a língua, estão interagindo com pessoas específicas em que é preciso levar em
conta que para entender um enunciado em particular ter em mente que disse o que, para
quem, onde e porque é imprescindível.
Outro grande desafio se coloca em se abordar uma prática social, capacitar uma
pessoa a se mover do estado de viver de forma relativamente restrita ao seu mundo
cotidiano até tornar-se um sujeito razoavelmente ativo na mudança de seu ambiente, o que
requer uma compreensão acurada da realidade na qual está inserido. É partindo desse
principio que entende-se que embora a escola regular seja o local preferencial para a
promoção da aprendizagem e inclusão de alunos com necessidades educacionais e
dificuldades de aprendizagem, no entanto, essa é uma tarefa que não depende apenas do
compromisso técnico e político dos governos, mas de pais, familiares, professores,
profissionais, enfim, de todos os membros da sociedade, pois o processo de inclusão exige
planejamento e mudanças.
Diante disso o desafio da inclusão escolar é enfrentado como uma nova forma de
repensar reestruturar políticas e estratégias educativas, de maneira a não criar a penas
oportunidade efetivas de acesso para crianças e adolescentes com dificuldades, mas, sobre
tudo, garantir condições indispensáveis para que possa manter-se na escola e aprender
Levando-se que o homem é um indivíduo que aprende a conhecer a
responsabilidade e a importância de ser, enquanto cidadão, e do ser do cosmos, é também
um indivíduo culto, sensível, ético e holístico. Ao elaborar esta concepção, o ensino da
Língua estrangeira deve propiciar espaços cognitivos e afetivos do aluno, buscando a
formação de um homem crítico e auto-crítico, democrático, com capacidade de
compreensão, produção de mensagens, de relacionar os novos conhecimentos com os já
adquiridos e de expressar a sua afetividade, de forma atuante e transformadora.
Assim, o professor precisa criar estratégias para que os sujeitos alunos percebam a
heterogeneidade da língua, cujos sentidos possíveis atribuíveis são as necessidades
259
específicas dos alunos, a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com os
textos.
O professor, portanto, nos trabalhos concebidos precisa valorizar o conhecimento de
mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões referentes aos assuntos
abordados, explorando todos os sentidos possíveis.
Nesse sentido, o aluno, agente ativo do processo de ensino e de aprendizagem, deve
ser instigado pelo professor a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos,
necessidades e anseios relacionados à aprendizagem.
260
Possibilitar o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem e deverá
organizar-se aproveitando material vivo, isto é, textos reais, efetivamente presentes na
interação.
É essencial que se faça uma reflexão sobre o que será avaliado, bem como, sob
quais condições o ensino se realiza. O educando não pode e não deve refletir literalmente o
que lhe foi ensinado. Ele deve manipular o que aprendeu e explicar esses conhecimentos
em situações novas, de maneira criativa, devem ser seguidos às determinações da norma
culta sem, contudo, se desrespeitar a linguagem do aluno.
A participação do aluno em sala de aula deve ser avaliada. A avaliação deve prever a
análise criteriosa das condições gerais dos alunos de forma a permitir uma ordenação de
dados reais e concretos sobre os mesmos para consubstanciar decisões didático –
metodológicas em relação a ciclos de aprendizagem.
No Ensino Médio iremos trabalhar com auto-avaliação, pois assim permitira ao
aluno detectar seu próprio progresso e deficiência; e ao professor sua ação educativa. A
avaliação pelos grupos suscita o debate, a maior responsabilidade engajado de seus
participantes na solução mais efetiva do problema existentes em sala de aula, pela maior
socialização do processo ensino-aprendizagem.
As leituras, as pesquisas, as tarefas, os trabalhos em grupos, as apresentações e
demais atividades são todas as formas diferentes e necessárias para avaliar e ser avaliado,
uma vez que possibilitam a análise e descrição do processo que o aluno e professor usam
para se orientar e realizar suas tarefas.
A avaliação deverá ser contínua e cumulativa. Ela também poderá ser pontual, isto
é, enfocar, a cada mês ou a cada bimestre, os aspectos gramaticais, de vocabulário e de uso
estudados naquele período, visando um teste do seu grau de fixação. O importante é que
esses testes tenham uma efetiva dimensão educativa, sirvam de instrumento de diagnóstico
para o professor e igualmente para o aluno com vistas à medida compensatórias e eventuais
insuficiências.
261
BIBLIOGRAFIA
262
DISCIPLINA DE FILOSOFIA
263
essa interminável e estéril ruminação no interior da própria Filosofia, esse eterno repisar
dos mesmos problemas, insolúveis no plano da pura teoria, para tornar-se (...) prática.
Esses dois exemplos são um referencial importante para indicar qual Filosofia se
pretende nesta Diretriz e como pode ser estudada e ao pensar o ensino de Filosofia, esta
Diretriz faz ver, a partir da compreensão expressa por Appel (1999), que não há como atuar
no campo politico e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito
de pensar, a capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe
resistência.
Tem por objetivo definir os conceitos fundamentais e deve ter claro que o processo
de ensino aprendizagem em Filosofia possui uma peculiaridade que a faz diferente de todas
as outras disciplinas. O aprender e o ensinar em Filosofia só se concretiza na experiência
que acontece em cada aula, superando a passividade, o senso comum e os preconceitos que
trazem do seu dia-a-dia. Na busca de objetivos para o ensino de Filosofia no ensino médio,
deve-se considerar o ensino como problemática central, que exige uma tomada de posição
teórica e prática dos agentes envolvidos no processo.
Desse modo, consideramos algumas práticas que julgamos relevantes para o
entendimento da abordagem, tais como: construir o desenvolvimento e a autonomia do
educando; o diálogo como experiência primordial; substituir o verticalismo e o
autoritarismo pela discussão coletiva e pela participação consciente e responsável dos
educandos.
O ensino de Filosofia não tem apenas por objetivo ensinar algumas filosofias, nem
conteúdos prontos e acabados e não se resume a uma simples técnicas didáticas, e também
não é um treinamento para uma reprodução mecânica de conhecimentos adquiridos através
de uma atividade problematizadora na busca de inteligibilidade daquilo que se apresenta
como problema e como algo interrogativo. E cabe ao docente elaborar o seu programa de
curso, para que possa orientá-lo numa perspectiva que contemple os interesses dos
estudantes de acordo com suas necessidades aplicando com rigor, radicalidade e totalidade.
264
Fundamentar nas ações, decisões humanas contextualizadas, mediadas pela
linguagem e por uma leitura que manifeste o essencial da experiência filosófica, levando o
aluno a analisar o texto filosófico de forma a articular a sua linguagem a sua linguagem
com as construções argumentativas sem trazer prejuízos no todo da obra e no seu
entendimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, professor de Filosofia poderá
fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte do específico –
que julgar possível e adequado. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes
Ética e/ou Filosofia Política, o professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da
Filosofia latino-americana ou de qualquer outra filosofia, tendo em vista a pluralidade
filosófica da conteiporaneidade. Importante é que o ensino de Filosofia se dê na perspectiva
do diálogo filosófico, sem dogmatismo, puritanismos, niilismo, doutrinação, portanto, sem
qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar.
265
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A avaliação em Filosofia não pode ser concebido como um processo separado, mas
na sua função diagnóstica, ou seja, tem a finalidade de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem, pela qualidade com que professores,
estudantes e a própria instituição de ensino o constróem coletivamente. Por isso, a
avaliação não se restringiria a quantidade de conteúdo que o aluno assimilou, pois o que é
essencial é a capacidade dele argumentar ao assumir suas posições.
266
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
Assim, torna importante avaliar a capacidade do aluno do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
- qual conceito trabalhou e criou/recriou;
- qual discurso tinha antes;
- qual discurso tem após o estudo da Filosofia.
Portanto, a avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do
que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
267
13- PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO E A SEREM DESENVOLVIDOS
1) Agenda 21 Escolar
Introdução:
Diante dos fatos que vem acontecendo temos cada vez mais a certeza que o
atual modelo de crescimento econômico tem gerado enormes desequilíbrios ecológicos.
Temos consciência que o desenvolvimento é necessário, mas tem que ser respeitado o meio
ambiente. Com a elaboração da Agenda 21 escolar teremos como principal desafio, elaborar
um planejamento voltado para a ação compartilhada na construção de propostas voltadas
para a elaboração de uma visão de futuro entre todos os envolvidos com a realização do
Fórum abordando abordando os aspectos ambientais, sociais e econômicos locais iremos
definir as ações que levará a escola e comunidade contribuírem para um futuro desejado.
“Agenda 21” é um programa de ação para viabilizar a adoção do desenvolvimento
sustentável e ambientalmente racional em todos os países. Nesse sentido, o documento da
Agenda constitui, fundamentalmente, um roteiro para a implementação de um novo modelo
de desenvolvimento que se quer sustentável quanto ao manejo dos recursos naturais e
preservação da biodiversidade, equânime e justo tanto nas relações econômicas entre os
países como na distribuição da riqueza nacional entre os diferentes segmentos sociais,
economicamente eficiente e politicamente participativo e democrático. No Brasil, as
instituições não-governamentais e os governos locais têm se mostrado muito mais
sensibilizados e ativos do que o governo federal na elaboração da Agenda 21 e na
incorporação dos princípios da sustentabilidade às políticas públicas, programas, projetos e
até mesmo aos padrões de consumo e comportamento.
268
Durante a realização do Fórum queremos dar ênfase a três planos tais como:
- Jardinagem Escolar
- Horta Escolar
- Lixo Escolar
Com a elaboração da Agenda 21 queremos desenvolver um trabalho voltado para:
- Dimensões sociais e econômicas no sentido de haver uma maior integração entre meio
ambiente e desenvolvimento.
- Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento no sentido de incentivar o
plantio de árvores e arbustos e outras plantas contribuindo para um ambiente mais
agradável.
- Fortalecimento do papel dos grupos principais no sentido de reconhecer e considerar o
papel das populações, respeitando a diversidade étnica-racial em especial a negra.
- Os meios de implantação serão de forma reorientar a comunidade local no sentido de
buscar um desenvolvimento sustentável, desejável e correto.
Em análise com a comunidade verificamos primeiramente que são
necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida.
Sabemos que as bases da segurança global estão ameaçadas e é imperativo que nós povos
da Terra, declaremos responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade
da vida e com as futuras gerações.
269
- Refletir sobre a importância de evitar o desperdício para tornar melhor a qualidade de
vida, já que vivemos numa sociedade de consumo.
Estratégias:
- Confeccionar lixeiras reaproveitando latões de plásticos ou metal, decorando-as.
- Cada grupo de aluno encarrega-se de decorar uma lixeira para sua sala de aula e outra
para o pátio.
- A cada ano pode-se inovar as lixeiras fazendo com que novas turmas se envolvam no
projeto.
- Palestras voltadas para os alunos, pais, funcionários de apoio e comunidade.
- Separar o lixo, principalmente o papel produzido pelos alunos e escola, para repassar aos
catadores de papel.
- Dar oportunidade aos alunos de aprender a cultivar plantas utilizadas como alimento.
- Criar na escola, uma área verde produtiva pela qual todos se sintam responsáveis.
- Resgatar da trajetória familiar as espécies que costumam ser cultivadas na região.
- Identificar os canteiros com o nome das plantas cultivadas e as séries responsáveis.
- Pesquisar receitas junto às famílias e outras pessoas da comunidade que contenham os
alimentos cultivados na horta.
Estratégias:
270
- Preparar o solo, com ajuda de Engenheiros ou Técnicos locais.
- Selecionar as espécies a serem cultivadas e dividir essa tarefa para os professores,
distribuírem para os alunos.
- Cada Equipe decide o que cultivar e a época propícia, sendo o período de semeadura e
colheita.
- Sempre verificar se a colheita implicará na retirada de toda a planta ou de apenas parte.
- Desenvolver atividades para melhorar e preservar o meio ambiente e o patrimônio de
nossa escola e comunidade.
- Levar o aluno a respeitar a natureza promovendo a integração homem-meio-ambiente a
fim de torna-lo um ser consciente preocupado com o futuro de nosso planeta.
- Reconhecer a escola como um espaço privilegiado de formação de cidadãos que
respeitem o meio em que vivem, de forma a cuidarem e preservarem cotidianamente os
espaços em que estão inseridos (casas, ruas, praças, escolas, córregos, rios, etc.)
- Utilizar o próprio ambiente escolar com a finalidade educativa e uma ampla gama de
métodos para transmitir e adquirir o conhecimento sobre o meio ambiente, ressaltando
principalmente atividades práticas e as experiências pessoais.
Introdução:
As áreas externas de uma escola são na realidade, o seu cartão de visitas,
pois ao entrar numa escola a primeira coisa que se deparamos é com o espaço entre o
portão é a primeira edificação. Organizar um jardim na escola é algo que não tem um
tempo pré-denominado. Desde 1998 deu-se início a organização de um jardim e com o
passar dos anos foram sendo realizadas manutenções permanentes, por que a jardinagem foi
incorporada como um projeto permanente na escola, no qual a cada ano novas turmas são
envolvidas.
Envolvimento:
Professores, funcionários, alunos e pais tem dado sua parcela de contribuição
para a realização deste projeto.
Objetivos:
271
Criar na escola uma área verde produtiva, pela qual todos se sintam
responsáveis, que tome as áreas externas e outros espaços da escola mais agradáveis e
prazeroso de se estar.
Resultado:
O resultado desse trabalho é o próprio jardim, que torna os espaços mais
agradáveis e que os alunos aprendam os cuidados necessários para mantê-lo. Por outro
lado, os alunos poderão ser envolvidos em pesquisas complementares, com conteúdos de
Arte, Língua Portuguesa, Ciências, Geografia e outras.
Atividades a Serem Desenvolvidas Futuramente:
- Organizar um livro sobre as plantas típicas da região. Através de entrevistas com a
comunidade e também consultar livros e enciclopédias sobre o assunto.
- Elaborar ilustrações das plantas da região, que poderão ser inseridas no livro, usa-las
como ilustração para calendários ou simplesmente como enfeite nas paredes da escola.
2- EDUCAÇÃO INCLUSIVA
272
segundo suas próprias regras, segundo sua própria lógica. O problema está justamente
nessa inclusão” (Martins, apud Amaral, 2002, p.32).
A inclusão educacional para efetivar-se necessita do suporte da Educação
Especial, incluindo a implantação e/ou implementação de uma rede de apoio. No Paraná, a
inclusão educacional é um projeto gradativo, dinâmico e em transformação, que exige do
Poder Público, em sua fase de transição, o absoluto respeito e reconhecimento às diferenças
individuais dos alunos e a responsabilidade quanto à oferta e manutenção dos serviços mais
apropriados ao seu atendimento, tais como, Sala de Recursos de 5ª a 8ª séries na área da
Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem, Sala de Recursos na área da
Superdotação/Altas Habilidades para enriquecimento curricular, Profissional Intérprete para
educandos surdos com domínio da língua de sinais/LIBRAS e Professor de Apoio
Permanente para a alunos com acentuado comprometimento físico/neuromotor e de fala.No
Paraná, a Deliberação nº 02/03 – CEE, que fixa as
normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos com
necessidades educacionais especiais no Sistema de Ensino do Estado do Paraná, assegura a
oferta de atendimento educacional especializado aos alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais decorrentes de:
I. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
II. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos; e
III. superdotação/altas habilidades.
Esse novo ponto de vista sinaliza para a necessária revitalização dos Projetos
Políticos Pedagógicos das escolas e da provisão de recursos humanos, materiais, técnicos e
tecnológicos pelos Sistemas de Ensino, conforme prevê a Deliberação nº 02/03 – CEE. Para
incluir (inserir, colocar em) um aluno com características diferenciadas numa turma dita
comum, há necessidade de se criar mecanismos que permitam, com sucesso, que ele se
integre educacional, social e emocionalmente com seus colegas e professores e com os
objetos do conhecimento e da cultura.
O principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças
devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades
ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às
273
necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de
aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo
apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as
comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio
proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola. Dentro
das escolas inclusivas, crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber
qualquer suporte extra requerido para assegurar uma educação efetiva. As escolas especiais
podem servir como centro de treinamento e de recurso para os profissionais das escolas
regulares. Finalmente, escolas especiais ou unidades dentro das escolas inclusivas podem
continuar a prover a educação mais adequada a um número relativamente pequeno de
crianças portadoras de deficiências que não possam ser adequadamente atendidas em
classes ou escolas regulares. Investimentos em escolas especiais existentes deveriam ser
canalizados a este novo e amplificado papel de prover apoio profissional às escolas
regulares no sentido de atender às necessidades educacionais especiais. Uma importante
contribuição às escolas regulares que os profissionais das escolas especiais podem fazer
refere-se à provisão de métodos e conteúdos curriculares às necessidades individuais dos
alunos.A vasta maioria de alunos com necessidades especiais, especialmente nas áreas
rurais, é consequentemente, desprovida de serviços. De fato, em muitos países em
desenvolvimento, estima-se que menos de um por cento das crianças com necessidades
educacionais especiais são incluídas na provisão existente. Além disso, a experiência sugere
que escolas inclusivas, servindo a todas as crianças numa comunidade são mais bem
sucedidas em atrair apoio da comunidade e em achar modos imaginativos e inovadores de
uso dos limitados recursos que sejam disponíveis. Planejamento educacional da parte dos
governos, portanto, deveria ser concentrado em educação para todas as pessoas, em todas as
regiões do país e em todas as condições econômicas, através de escolas públicas e privadas.
O currículo para estudantes mais maduros e com necessidades educacionais especiais
deveria incluir programas específicos de transição, apoio de entrada para a educação
superior sempre que possível e conseqüente treinamento vocacional que os prepare a
funcionar independentemente enquanto membros contribuintes em suas comunidades e
após o término da escolarização. Tais atividades deveria ser levadas a cabo com o
envolvimento ativo de aconselhadores vocacionais, oficinas de trabalho, associações de
274
profissionais, autoridades locais e seus respectivos serviços e agências. O papel das famílias
e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação necessária em
linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de informação e de treinamento em
habilidades paternas constitui uma tarefa importante em culturas aonde a tradição de
escolarização seja pouca.O envolvimento comunitário deve ser buscado no sentido de
suplementar atividades na escola, de prover auxílio na concretização de deveres de casa e
de compensar a falta de apoio familiar. Neste sentido, o papel das associações de bairro
deveria ser mencionado no sentido de que tais forneçam espaços disponíveis, como também
o papel das associações de famílias, de clubes e movimentos de jovens, e o papel potencial
das pessoas idosas e outros voluntários incluindo pessoas portadoras de deficiências em
programas tanto dentro como fora da escola. Sempre que ação de reabilitação comunitária
seja provida por iniciativa externa, cabe à comunidade decidir se o programa se tornará
parte das atividades de desenvolvimento da comunidade. Aos vários parceiros na
comunidade, incluindo organizações de pessoas portadoras de deficiência e outras
organizações não-governamentais deveria ser dada a devida autonomia para se tornarem
responsáveis pelo programa. Sempre que apropriado, agências governamentais em níveis
nacional e local também deveriam prestar apoio.
Nossa escola procurará se organizar da seguinte forma para desenvolver uma
verdadeira educação inclusiva:
- Espaço físico adequado, equipamentos para desenvolver as suas
potencialidades;
- A escola deve estar preparada não só para respeitar as diferenças,
mas trabalha-las ofertando um serviço especializado promovendo o
desenvolvimento das potencialidades existentes;
- Ver o deficiente como uma pessoa com necessidades intelectuais
como qualquer outra e levar em conta sua capacidade e vontade de
aprender, auxiliando quando necessário.
- Criar sala de recursos com profissionais especializados para
atender as necessidades especiais dos alunos;
275
- Trabalhar potencializando as habilidades que os alunos deficientes
apresentam para que os mesmos possam ser incluídos na
sociedade;
- Capacitar os profissionais da educação;
- Adequar o número de alunos por turma;
- O Projeto político pedagógico da escola deveria prever uma
capacitação para que o funcionário possa melhor interagir com a
presença dos alunos com necessidades especiais, pois os mesmos
estarão em contato com esses alunos, na secretaria, na biblioteca,
no refeitório e no pátio. O funcionário não estando capacitado pode
até deixar o aluno constrangido.
- Quanto aos alunos com deficiências leves temos procurado fazer
com que o mesmo sinta-se incluso no ambiente escolar. Caso a
escola venha receber alunos com deficiência visual ou deficiências
severas teremos dificuldades em trabalhar com eles, pois não
dispomos de materiais adequados, espaço físico e profissional
capacitado.
Fundamentação
A inserção da população negra na sociedade brasileira se deu pelo trabalho,
base da organização econômica e da convivência familiar, social e cultural. A cultura afro-
brasileira é uma das que mais se destacam no cenário do sincretismo religioso no Brasil. A
música e a dança dos descendentes africanos são exemplos vivos do que é o patrimônio
cultural do continente negro amadurecido ao longo do milênio. Uma história antiga e
valiosa pode ser contada através da música, da dança, do teatro, do artesanato, da
indumentária e das tradições. O ensino da história e cultura afro em nossa escola é de
fundamental importância para o desenvolvimento de uma educação voltada para a inclusão,
276
pois o que até hoje temos nas escolas é apenas o ensino onde o negro aparece apenas como
raça escravizada, inferiorizada...
Em nosso entendimento percebemos a raça negra como parte importante na
constituição do povo brasileiro e deve ser vista e respeitada como tal. A diversidade
historicamente tem sido representada como algo exótico, folclórico. A abordagem
superficial e distante do cotidiano escolar reforça estereótipos, naturaliza os problemas
raciais e sociais, justificando-os por meio de recursos da psicologia. Isso tem mudado com
ações educativas dos movimentos sociais e a reivindicação de uma nova postura da escola
em relação aos grupos étnicos-raciais que compõem o povo brasileiro. A música, a dança,
as tradições, as festas, os ritos, as religiões brasileiras receberam contribuições de inúmeros
povos. A maneira como estas tem sido expostas e intermediadas tem criado modelos de
representação pejorativa da maioria brasileira, desvalorizando sua riqueza cultural,
mantendo-se bem longe da perspectiva da afirmação multiculturalista. O “ideal de
branqueamento” tem feito desaparecer a memória e a identidade de diversos grupos,
enfraquecendo-os na luta pela sobrevivência, reconhecimento de suas diferenças, direitos e
importância na conformação da identidade nacional.
O movimento negro tem pressionado e realizado ações que culminaram
neste momento com a Lei nº 10.639 que inclui a Cultura Afro nos currículos de ensino
fundamental e médio. Sancionada em 09 de janeiro de 2003 pelo presidente da República,
torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira. Essa última parte estará
presente em todo o currículo, especialmente na Literatura, História e, principalmente,
Educação Artística. Se considerarmos os conhecimentos e saberes dos afrodescendentes em
sala de aula perceberemos o quanto a cultura afro-brasileira está presente. Ouviremos vozes
silenciadas há séculos e numa nova temporalidade criaremos outros caminhos para a
Educação.
Desenvolvimento
Já na escolha do tema para a Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo
meio ambiente, escolhemos o tema Diversidade Étnico-Racial, porque sabemos que o
Brasil é um País multicultural e que tem a presença de muitos povos. Queremos valorizar e
respeitar essa diversidade dentro da nossa escola através de projetos especiais ou ainda
pequenas atividades do cotidiano escolar voltadas para o resgate das diferentes culturas.
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Neste ano de 2005 já desenvolvemos um Projeto voltado para o resgate da cultura afro
brasileira onde procuramos conhecer a África de ontem e hoje bem como a história do
Brasil contada na perspectiva do negro, onde reafirmamos a presença africana em nosso
meio. Pesquisa na Internet sobre os costumes herdados dos africanos, e que estão presentes
na Cultura Brasileira, e logo em seguida selecionar os mais praticados ou vivenciados
atualmente em nossa cidade.
Objetivos
- Apoiar e promover projetos temáticos culturais afro-brasileiros de modo a aumentar
a produção e a difusão inclusiva da cultura afro-brasileira junto à identidade cultural
nacional.
- Implementar ações voltadas para a valorização do desenvolvimento das
comunidades de tradição afro-brasileira, inclusive as comunidades remanescentes
de quilombo, de modo a assegurar seu etno-desenvolvimento coerente com suas
necessidades histórica, religiosa e cultural.
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- Cumprir o combinado e escolher horários que sejam convenientes para todos. Isto é
essencial para que esta ação tenha bons resultados.
- Convidar um professor para ser o orientador do grupo, pois, durante os estudos, os
voluntários podem ter alguma dúvida sobre a matéria, e ele é a melhor pessoa para
ajudar.
- Pode estender ainda mais. Fazendo-se um levantamento dos analfabetos da comunidade
local e incentiva-loa a freqüentar um curso de alfabetização.
- Identificar os alunos que estão faltando muito as aulas e incentiva-los a freqüentar a
escola.
- Fazer e manter uma biblioteca bem alegre e acolhedora, mostrando que a leitura é um
prazer.
5) EDUCAÇÃO FISCAL
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acompanhar a administração dos governantes e cobrá-los, bem como votar com mais
responsabilidade, sabendo que o tributo deve ser pago para retornar à população na
aplicação dos recursos em benefício desta.
A educação fiscal vai ser trabalhada em forma de projetos, de maneira
contextualizada, sendo que o programa contemplará todas as disciplinas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã . Polêmicas do nosso tempo. São Paulo: Cortez/
Autores Associados, 1992.
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- PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação CEE nº 02/2003: normas para
a educação especial, modalidade da educação básica para alunos com necessidades
educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do Paraná. Curitiba: CEE, 2003.
- PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do
Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2001.
Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.
- PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e Implicações. Boletim do
Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-
SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.
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