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DE MATEMÁTICA
PARTE 2: PORCENTAGENS E
FRAÇÕES
1o SEMESTRE
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
2. MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES.................................................................................4
3. DIVISÃO DE FRAÇÕES...................................................................................................5
4. SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES...................................................................................7
2
MatemáticaProf. Elisson de Andrade
INTRODUÇÃO
Para que algumas colocações a seguir fiquem claras, será utilizado um exemplo muito
simples, mas que busca ilustrar pensamentos fundamentais em matemática. Isso servirá para
que a discussão não fique algo abstrato, longe da realidade do aluno. Entender com exemplos
práticos temas como frações e porcentagens, auxilia no que considero fundamental para o
entendimento da matemática: conhecimento matemático e raciocínio lógico. Muitas vezes
faltam aos alunos esses dois elementos. Todos os exercícios a serem propostos não exigirão
nenhuma regra a ser decorada. E em grande parte dos problemas, o bom senso também pode
ajudar muito para verificar se o resultado obtido está coerente com o esperado.
Para analisar um caso em que podemos visualizar a aplicação de frações e
porcentagens, suponhamos que temos um bolo representado pela figura abaixo.
Figura 1
Assim, podemos dizer que dois bolos e meio podem ser representados por
Figura 2
3
MatemáticaProf. Elisson de Andrade
Figura 3
Como poderíamos quantificar quanto de bolo temos? Que são dois bolos mais um
“pequeno pedaço” é óbvio. Mas a questão é: como esse pequeno pedaço pode ser representado
de uma maneira mais precisa?
Se utilizarmos de nossa linguagem cotidiana, podemos falar que o terceiro pedaço é
uma fração ou que é um percentual de um bolo inteiro. Assim, o que será feito a seguir é a
utilização de conceitos matemáticos para definir exatamente o que seria esse “pequeno
pedaço”.
Considerando que todos os bolos são idênticos (mesmo tamanho e mesmo peso), uma
saída para representar matematicamente o pedaço pequeno é através de pesagem. Vamos
imaginar que, primeiramente, pesamos o bolo todo, obtendo um valor de 1kg. Posteriormente,
pesamos o pequeno pedaço, obtendo o valor de 240 g.
Sabendo-se que 240g é o mesmo que 0,240kg, se tem a seguinte regra de três.
Portanto, ao analisarmos a Figura 3, podemos dizer que nela temos representados dois
bolos inteiros, mais 24% de um bolo. Isto é, temos uma quantidade de bolo maior que apenas
dois bolos inteiros. A quantidade, que denominamos anteriormente de “pequeno pedaço”, agora
pode ser precisamente representada como um percentual do peso do bolo inteiro.
Daria para representar o pequeno pedaço, também em forma de fração (no caso,
24/100). Mas discutir isso agora não vale a pena, pois não estudamos nada sobre soma,
subtração e simplificação de frações.
MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
Já vimos no início desta apostila, para multiplicar frações devemos apenas saber que
“quem está embaixo (no denominador), multiplica quem está embaixo; quem está em cima (no
4
MatemáticaProf. Elisson de Andrade
numerador), multiplica quem está em cima; e quem está em cima é dividido por quem está
embaixo”. Portanto, no caso da seguinte multiplicação temos.
6 4 24
. 4
2 3 6
Vale lembrar que não se tem uma ordem para fazer as multiplicações e divisões. Pode-
se primeiro dividir e depois multiplicar, ou primeiro multiplicar e depois dividir.
Mais um detalhe interessante. Leia a regra em itálico, do parágrafo acima, e se
convença que as expressões abaixo são todas equivalentes.
6 4 4 6 1 1
. . 2.2 . .4.6
2 3 2 3 2 3
Se não se convenceu, converse com o professor. Nunca siga adiante se ficou algo sem
entendimento.
EXERCÍCIO 1:
Multiplique as frações:
10 3 6 6 4 16 18 3 1
a) . b) . c) . d) . .
5 2 3 4 2 4 3 2 3
DIVISÃO DE FRAÇÕES
2
7
3
8
Acredito que muitos não sabem nem começar a resolver. Outros se lembram de algumas
regrinhas como: “quem está no meio, multiplica quem está no meio; quem está nos extremos,
multiplica quem está nos extremos”. Lembro-me de outra regrinha também: “a fração de baixo,
passa invertida, multiplicando a fração de cima”. E tantas outras regras, ainda mais criativas,
podem ser inventadas. Elas dão certo, mas o problema é decorá-las por um período de tempo
longo.
Vamos aprender uma maneira matematicamente lógica que, se realmente compreendida,
será sempre lembrada.
5
MatemáticaProf. Elisson de Andrade
Já sabemos multiplicar frações, mas não dividi-las. Então, uma saída seria eliminar a
fração que está embaixo (no caso 3/8), fazendo que a divisão vire uma multiplicação. Mas
como fazer isso? SIMPLES: basta transformar o 3/8 em 1, pois qualquer número dividido por 1
resulta nele mesmo. Mas como fazer 3/8 transformar-se em 1? Já aprendemos isso. Veja
abaixo.
2
7
3 8
.
8 3
Ao multiplicar o 3/8 por 8/3, sabemos que o resultado dará 1. Porém, fazer apenas isso
não resolve o problema, pois estamos alterando o resultado da divisão original.
O que fazer então? Vejam como é simples:
2 8
.
7 3
3 8
.
8 3
Saída muito bacana! Também se multiplicou a fração de cima. Notem que a fração
original foi multiplicada por
8
3
que na verdade é igual a 1 (lembre-se: todo número dividido por ele mesmo dá 1)
8
3
Portanto, se a fração original está sendo multiplicada por 1, continua a mesma coisa,
não é?
Achamos um jeito de deixar a fração original com o mesmo valor (pois foi multiplicada
por 1), mas de uma maneira que a fração que está embaixo (o 3/8) irá desaparecer. O que
resulta apenas em uma multiplicação, a qual já aprendemos a resolver.
2 8
.
7 3
Notaram que não há nada a ser decorado? Matemática é ARTE. Uma arte de usar
raciocínios lógicos, seguir regras básicas. Tudo deve ser feito por você, da maneira que julgar
mais fácil. Mais uma vez: não passe dessa parte se realmente não entendeu. Procure o
professor.
EXERCÍCIO 2:
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
Divida as frações abaixo:
6 12 25 5
3 3 5 7
a) b) c) d)
2 4 5 3
3 2 2 8
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES
Para estudarmos esse tópico, voltemos ao exemplo dos bolos, mas agora representado
pela figura a seguir
1 2 3
Figura 4
A Figura 4 mostra o mesmo bolo sendo dividido de três maneiras diferentes (bolos 1, 2
e 3). Ao representar em termos fracionários cada pedaço dos três bolos, para o bolo 1 teremos
que cada pedaço corresponde a uma parte em duas (1/2: um meio); para o caso 2 cada pedaço é
uma parte em quatro (1/4: um quarto); e para o bolo 3 temos cada parte corresponde a uma
parte em oito (1/8: um oitavo). Importante notar que os pedaços individuais das três situações
são diferentes, mas os bolos inteiros têm tamanhos iguais. O pedaço do primeiro bolo (1/2 de
bolo) é maior que o pedaço do segundo (1/4 de bolo), que é maior que o do terceiro (1/8 de
bolo).
Isso compreendido, partiremos para um outro problema, também relativo à Figura 4.
Levando-se em consideração as fatias de cada um dos três bolos, em termos de fração, como
poderíamos representar a metade de um bolo?
No primeiro caso, metade do bolo é exatamente uma fatia (1/2 do bolo). Mas para o
segundo caso, metade do bolo significa 2 partes em 4, ou seja, dois quartos (2/4) do bolo. Por
fim, no terceiro caso, metade do bolo significa que precisamos de 4 partes das 8, ou seja,
quatro oitavos (4/8).
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O que o aluno precisa observar é que sendo os bolos, nos três casos, iguais, suas
respectivas metades também serão. Portanto, conclui-se que se eu disser que tenho 1/2 de bolo,
ou que tenho 2/4 de bolo, ou que tenho 4/8 de bolo, na verdade, tenho a mesma quantidade
nos três casos. Isso porque as frações 1/2, 2/4 e 4/8 são exatamente o mesmo número (é só
fazer as divisões e notar que essas três frações dão como resultado 0,5), em que a fração 1/2 é a
maneira “mais simplificada” das três.
Quando se fala em simplificar fração se quer, na maioria das vezes, obter uma fração tal
que seja expressa por números menores que a fração original, apenas no intuito de
simplicidade de exposição. Muitas vezes não queremos representar certa fração por 450/250, se
podemos representá-la por 9/5, pois pode tornar mais fácil algum cálculo futuro e/ou
entendimentos sobre o fato analisado.
Mas ainda restam dúvidas. Qual é a regra que se usa para simplificar e quando devo
fazer a simplificação ou não?
Primeira coisa, não existe uma regra única para simplificação, o que existe é você usar
de regras que a matemática possui para manipular certas expressões (se souber quando se pode
multiplicar e dividir, se sabe simplificar qualquer expressão). Em segundo lugar, nem sempre é
necessário simplificar uma fração. Se você deve simplificar ou não, e até que ponto se deve
fazer isso, depende única e exclusivamente do BOM SENSO da pessoa e do tipo do problema.
PARA ILUSTRAR
Vamos tentar fazer uma analogia para um caso prático. Você está fazendo
aniversário e existem 4 pessoas para comer o bolo. Você quer dividi-lo de modo que
todos o presentes tenham um pedaço do mesmo tamanho. Como fazer isso? O jeito mais
simples seria dividir o bolo em 4 partes iguais, dando um pedaço para cada pessoa.
Outra maneira seria dividir o bolo em 8 partes iguais e dar dois pedaços para cada
pessoa. Se preferir, corte em 12 partes iguais e dê três pedaços para cada pessoa, e por aí
vai. Notem que há diversas maneiras de fazer a mesma coisa, sendo que dividir o bolo
em 4 é a maneira, digamos, mais SIMPLIFICADA. Em vez de dar 2/8, ou 3/12, seria
mais fácil dar 1/4 de bolo para cada pessoa.
Voltemos ao exemplo da Figura 4. Como já visto, pode-se dizer que metade de um bolo
é igual a 4/8 de seu tamanho.
O que se pergunta é: existe uma forma mais simplificada de dizermos isso?
Na verdade existem inúmeras formas de se representar metade de um bolo, sendo
algumas mais simples e outras mais complexas. Porém, todas as representações indicarão
metade de um bolo.
Agora basta responder a uma questão: como se faz essas simplificações
matematicamente?
A solução é muito simples. Para conseguir frações idênticas é só multiplicar ou dividir
os números do numerador e denominador da fração, pelo mesmo número.
Veja dois casos abaixo
8
MatemáticaProf. Elisson de Andrade
4 2 2 4 2 8
(1) (2) .
8 2 4 8 2 16
Notem: estamos multiplicando ou dividindo por 1, não alterando em nada a fração original
No primeiro caso (1), ao dividir tanto o numerador como o denominador pelo número
2, chegamos a uma forma, digamos, “mais simplificada” da fração original. E se repetíssemos
o mesmo procedimento com a fração 2/4 (dividindo numerador e denominador por 2),
obteríamos 1/2, que é uma forma mais simples ainda.
No segundo caso (2), multiplicou-se o numerador e denominador da fração 4/8, pelo
número 2. Chegou-se a uma fração igual a 8/16, que corresponde à mesma representação de
4/8, mas vista de uma forma um pouco “mais complicada”.
E essa noção se estende para qualquer situação. Continuemos utilizando a fração 4/8,
multiplicando numerador e denominador pelo número 1,3.
4 1,3 5,2
.
8 1,3 10,4
OBS: Muitas frações, em suas divisões já dão números inteiros (ex: 4/2=2, 16/6=4 etc),
daí não há necessidade de seguidas simplificações, é só trabalhar com o número inteiro. Porém,
em muitos casos as frações não dão números inteiros (ex: 5/2=2,5, 14/4=3,5 etc). Daí às vezes
é interessante continuar os cálculos na forma de fração, em vez de se fazer a divisão. Isso se
justifica mais ainda nos casos em que os resultados das frações são dízimas periódicas, em que
o número tem infinitas casas decimais, sendo necessário aproximá-lo (ex: 2/3=0,6666...). Esse
último caso é onde mais se justifica o uso de frações, pois o resultado final tende a ser mais
preciso por não ter havido a necessidade de aproximar nenhum número.
EXERCÍCIOS 3:
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
a) 448/320 b) 112/80 c) 189/135 d) 405/162
50 6 1 45 x 2 8 14 7 x 9 y
a) y x b) 100 x y c) y d)
350 4 3 9 2 10 16 15 35 81
Um outro assunto, muito pouco compreendido por alguns alunos, é como deve ser feita
a soma ou subtração de duas frações, ou de um número com uma fração. O que veremos é que
esse é um assunto muito simples se tratado de maneira lógica e sem regras decoradas.
Vamos começar com um exemplo de fácil compreensão
1
1
2
Sabemos, de antemão, que o resultado dessa soma é igual a 1,5. Mas agora vamos tentar
resolver matematicamente.
A maioria dos livros textos ensina que para somarmos ou subtrairmos duas frações ou
uma fração e um número, devemos tirar o mínimo múltiplo comum. Nesse caso, o mínimo
seria o número 2. Daí resulta que
2 1
1,5
2
Para essa soma de 1 + 1/2, a regrinha seria algo como “divide o mínimo múltiplo pelo
número de baixo de cada fração e multiplica o resultado pelo número de cima”.
Mas o que veremos a seguir é que essa não é a única maneira de resolver essa soma.
Vamos novamente retornar ao caso dos bolos. Considere a figura a seguir.
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
Figura 5
Suponhamos que alguém te faz uma pergunta: se pegarmos 1 fatia de cada um dos três
bolos, quanto teremos?
Olhando para a Figura 5, vemos que se quer saber quanto de bolo teremos se somarmos
as partes pintadas de cada um dos três bolos.
Traduzindo em termos matemáticos a dúvida se resume em qual a soma de 1/2 de bolo,
com 1/4 de bolo, com mais 1/8 de bolo?
Obviamente, a resposta não poderia ser: “temos 3 pedaços”. Queremos mais precisão e
precisamos saber como somar essas frações conhecidas.
O problema maior é que, como os pedaços são diferentes, não podemos somá-los. Mas
então, se o problema é que os pedaços são diferentes, a solução é apenas torna-los IGUAIS.
Como? Cortando todos os bolos em oito partes iguais, como na figura a seguir
Notem que os pedaços continuam os mesmos, sé que os três bolos estão cortados em
oito partes iguais. Essa foi uma ótima idéia, porque agora só nos resta contar quantos oitavos
de bolo temos pintados. BINGO, resposta: sete oitavos!
Somamos 1/2, com 1/4 e mais 1/8 e, sem fazer conta alguma, chegamos ao resultado de
7/8. Simples e de fácil entendimento. Mas agora vamos discutir um pouco mais a fundo o que
fizemos.
Vimos que quando temos pedaços de bolo diferentes, obviamente, não podemos somá-
los. Tivemos que achar um jeito de repartir os três bolos em pedaços iguais para, só assim,
poder efetuar a soma. E matematicamente, como enxergamos isso?
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
Quando temos fração, cortar os bolos em fatias idênticas significa deixar o
DENOMINADOR das frações a serem somadas, iguais. Vejamos o mesmo caso feito
anteriormente. Precisamos saber como somar
1 1 1
?
2 4 8
Como já visto, precisamos fazer com que o denominador das três frações seja o mesmo
número (isso significa dividir todos os bolos em fatias iguais). Então surge a pergunta: que
número seria esse? A resposta é QUALQUER UM.
Mas vocês vão notar que se trabalharmos com algum múltiplo de 2, 4 e 8 (que são os
denominadores), não iremos ter problemas de números “quebrados”. Além de ser múltiplo,
para deixar o exercício o mais simples possível, seria legal que fosse um múltiplo não muito
grande, na verdade, seria ótimo se fosse o mínimo múltiplo. Isso permitiria trabalharmos com
números inteiros e os menores possíveis.
Viram que não há regra para somar frações. Somente precisamos achar uma forma de
deixar os denominadores com o mesmo número. Vamos exemplificar.
Sabendo que o mínimo múltiplo comum de 2,4 e 8 é o próprio número 8, só precisamos
transformar todos os denominadores nesse valor. E fazemos isso de maneira simples, como
abaixo
14 12 1 4 2 1 7
24 42 8 8 8 8 8
12 1 1 2 2 1 0,5 3,5
22 4 8 2 4 4 4 4
É muito fácil observar que chegamos no mesmo resultado. Dividam 7/8 e depois
dividam 3,5/4 para ver se não dá o mesmo número!
Vamos para mais exemplos. No início deste item queríamos saber como somar
12
MatemáticaProf. Elisson de Andrade
1
1
2
Utilizando dos conhecimentos obtidos até agora, o objetivo é deixar “os bolos cortados
em fatias iguais”. Nesse caso, podemos dividir os dois bolos pela metade, que significa
transformar os denominadores no número 2. Assim
2 1
.1
2 2
Notem que quando comparada com a expressão original, a única alteração foi ter
multiplicado o número 1 que estava somado à 1/2, pela fração 2/2 (em que o resultado é 1 e
não altera a soma). Se resolvermos a expressão acima, chegamos a
2 1 3
1,5
2 2 2
Vejam que apenas com o conhecimento de matemática que obtivemos até agora,
conseguimos resolver a soma de um número com uma fração, chegando ao mesmo resultado
quando resolvido pelo método do mínimo múltiplo comum. Isso mostra que não há uma regra
única para resolver a soma ou subtração de frações. Adiante, veremos mais exemplos disso.
Vamos um pouco mais além. Os casos vistos anteriormente são relativamente fáceis,
pois ou já sabemos de antemão o resultado da soma ou sabemos o mínimo múltiplo comum.
Mas o problema é quando temos uma soma como
45 21
96 81
Até é possível calcular esse mínimo, só que daria muito trabalho. A verdade é que,
matematicamente falando, o mínimo múltiplo comum não é a única maneira para resolver uma
soma de frações. Apesar de essa ser a forma, muitas vezes, mais fácil, o que realmente se
precisa é colocar todos os números a serem somados, com o mesmo denominador. Isso é fácil
de notar, pois em uma simples soma 5 +2 + 6, podemos somar esses números diretamente e
chegar ao valor de 13 somente porque os denominadores são iguais. É como se todos esses
números estivessem divididos por 1.
Vamos resumir alguns pontos antes de continuar. Primeiro vimos que não é sempre
necessário fazer o método do mínimo múltiplo comum para resolver soma ou subtração de
frações. Depois foi entendido o porquê é necessário que, para que seja feita a soma ou a
subtração de frações, os denominadores devem ser o mesmo (os pedaços dos bolos a serem
somados precisam ser iguais). E percebam, o método do mínimo faz exatamente isso,
transforma todos os denominadores existentes em apenas um número, mantendo as proporções
originais
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
É óbvio que o método do mínimo múltiplo comum é uma importante ferramenta, pois
facilita alguns tipos de cálculo. Mas o problema é: e quando não se lembra direito desse
método? E quando você não consegue calcular o mínimo? Por isso é necessário entender
matemática e não decorá-la.
45 21
96 81
Nesse caso o método do mínimo é muito complicado pelo simples fato de ser difícil de
calcular o mínimo. Mas como já vimos que isso não é necessário, uma boa saída é achar um
múltiplo qualquer, nem que não seja o mínimo.
Assim, o múltiplo mais fácil de ser encontrado é o resultado da multiplicação entre 96 e
81. A partir desse pensamento, facilmente somamos as frações do seguinte modo
EXERCÍCIO 4
5 6 4 4 8 8 14 3 7 1
a) 23 b) c) d) e)
2 5 7 9 2 3 6 2 3 2
1 1 1 5 8 4 12 40
f) g) h)
4 5 7 12 7 5 52 60
Com relação ao uso de porcentagem e frações, existem três exemplos básicos em que
podemos usá-las.
Imaginem que você foi a um bingo beneficente, com certa quantidade de dinheiro.
Depois de voltar de lá, existem três perguntas que alguém pode te fazer, dependendo do que
acontecer lá.
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1. Se você perdeu dinheiro, quanto VOCÊ PERDEU?
2. Se você perdeu dinheiro, quanto SOBROU?
3. Se você ganhou dinheiro, quanto VOCÊ TEM NO TOTAL?
CASO 1
50 ----------------------------- 100%
x ------------------------------ 40%
x = 20 reais
50 --------------------------- 1
x ---------------------------- 2/5
x = 20 reais
CASO 2
50 ----------------------------- 100%
x ------------------------------ 60%
x = 30 reais
50 --------------------------- 1
x ---------------------------- 3/5
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
x = 30 reais
CASO 3
50 ----------------------------- 100%
x ------------------------------ 140%
x = 70 reais
50 --------------------------- 1
x ---------------------------- 1 + 2/5
x = 70 reais
EXERCÍCIO 5
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MODO PRÁTICO DE UTILIZAR FRAÇÃO E PORCENTAGEM
Não sou a favor de regrinhas, mas com o uso contínuo de regra de três acabamos vendo
que certas situações acabam se repetindo. Já vimos isso quando estudamos álgebra. Vimos que
quando, por exemplo, o número 2 estava multiplicando a variável y de um lado da igualdade,
dividíamos todos os termos por 2. Com isso, isolávamos o y e o x aparecia sendo dividido por
2. Depois de um certo tempo de prática, o que acontece é que usamos uma regra muito
ensinada, mas que confunde quem não aprende da maneira correta: quando um número está
multiplicando uma variável, passa dividindo do outro lado da igualdade.
Aqui, depois de utilizarmos da regra de três, tiraremos uma conclusão para casa um dos
três casos de fração e porcentagem. Vejamos.
CASO 1
50 ----------------------------- 100%
x ------------------------------ 40%
40%
x 50 que é igual a x 50 . 0,4
100%
Notem que independentemente do valor total de dinheiro, quando quero saber quanto é
40% de certa quantia, ela sempre será multiplicada por 0,4.
Disso nós tiramos uma regrinha, que pode ser vista na tabela abaixo.
50 --------------------------- 1
x ---------------------------- 2/5
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de onde sai que
2
x 50.
5
CASO 2
50 ----------------------------- 100%
x ------------------------------ 60%
60%
x 50. de onde sai que x 50 . 0,6
100%
Se perdi 40%, sabemos que nos sobrou 60%. Então, necessitamos saber quanto é 60%
dos R$60,00. Agora é só aplicar o mesmo raciocínio do CASO 1, e multiplicar por 0,6. Veja o
exemplo da tabela.
50 --------------------------- 1
x ---------------------------- 3/5
3
x 50
5
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Ou seja, se perdi 2/5, sobrou 3/5. Se quero achar essa fração, volta no CASO 1, faltando
apenas multiplicar o valor total por 3/5.
CASO 3
50 ----------------------------- 100%
x ------------------------------ 140%
140%
x 50 o que nos dá x 50 .1,4
100%
Isso nos fornece uma regra prática. Independentemente do valor total, se queremos
saber qual o valor final de certo valor, mais 40%, é só multiplicarmos por 1,4. Veja na tabela a
seguir, outros exemplos.
50 --------------------------- 1
x ---------------------------- 1 + 2/5
2 7
x 50.1 de onde temos que x 50.
5 5
Mais uma vez, independentemente do valor total, se queremos saber com quanto
ficaremos no total, depois de um aumento de 2/5, é só multiplicarmos pela fração aumentada
(no caso, 2/5) somada ao número 1. Veja a tabela abaixo
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EXERCÍCIO 6
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GABARITO DOS EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 1
a) 3 b) 3 c) 8 d) 3
EXERCÍCIO 2
a) 3 b) 2 c) 2 d) 40/21
EXERCÍCIO 3
1)
a) 7/5 b) 7/5 c) 7/5 d) 5/2
2)
x 3 x x 1 y 14 x y
a) y b) 100 5y c) d)
7 2 3 2 5 2 15 5 9
EXERCÍCIO 4
a) 51/2 b) 22/35 c) –32/9 d) 5 e) 10/3 f)83/140 g)31/420
h) –17/39
EXERCÍCIO 5
1)
a) R$ 18,00 b) R$ 2,88 c) R$ 5,00 d) R$ 6,66
2)
a) R$ 15,40 b) R$ 47,57 c) R$ 47,14 d) R$ 38,50
3)
a) R$ 84,00 b) R$ 103,39 c) R$ 90,00 d) R$ 120,00
EXERCÍCIO 6
1) a) R$ 164,50 b) R$ 4,70 c) R$ 8,69 d) R$ 1,64 e) R$ 0,11 f) R$ 170,90
g) R$ 78,33 h) R$ 100,71 i) R$ 54,23
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MATEMÁTICA – PROF. ELISSON DE ANDRADE
EXERCÍCIOS EXTRAS SOBRE FRAÇÕES
8 12 5 5 4 1
a) x y b) x y c) x y
26 5 4 4 12 9
12 6 5
5 4 2 3 4 7 9 8 12 8
a) . . b) . . . c) . . d) 52
e) 5
3
f) 25
6
2 3 4 7 3 9 4 7 16 64
3 6 18
5 7 4 5 4 10 16 16 50 10 11
a) b) c) d)
3 4 12 15 16 15 12 40 10 50 22
RESPOSTAS:
1)
5 5 4
a) y x b) y x 1 c) y 9 x 3
39 12 5
2)
5 3 18 12 3
a) b) 1 c) d) e) f)
3 28 5 5 5
3)
1 1 4 47
a) b) c) d)
12 4 15 10
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EXERCÍCIOS DE PORCENTAGEM
3) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$200,00, acrescendo a esse valor 50% de
lucro. Certa vez, na venda desse produto, o comerciante ofereceu 40% de desconto sobre o
preço de venda. Dessa forma, ele obteve lucro ou prejuízo? Prejuízo de R$20,00
5) Ao comprar uma mercadoria obtive um desconto de 8%, pagando somente R$690,00. Qual
era o preço original? R$750,00
6) Em 2002 o lucro de certa empresa foi igual a 3/4 do lucro em 2003. Sabendo que o lucro de
2002 foi de R$5.200,00, qual o lucro de 2003? R$6.933,00
7) Em uma aplicação, uma pessoa ganhou no primeiro mês 3/7 sobre o valor inicial. Depois,
ganhou mais 1/5 sobre o total do primeiro mês. Em %, qual foi o ganho total? 71,42%
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MatemáticaProf. Elisson de Andrade
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA – PROF. ELISSON
1. Fui comprar um sofá de R$1880,00 e ganhei um desconto de 15%. Quanto paguei pelo
sofá?
2. Um carro que custava R$11.300,00 teve um aumento de 6,3%. Para quanto foi o preço
do carro?
3. Comprei um chapéu que custava R$50,00, mas ganhei 12,5% de desconto. Quanto, em
reais, economizei?
4. Depositei R$560,00 na poupança. No primeiro mês o valor depositado cresceu em
0,8%. Esse montante (dinheiro inicial mais os ganhos) continuou na poupança e rendeu
mais 1,3% no segundo mês. Continuei com o dinheiro na conta, e no terceiro mês, sobre
todo o dinheiro que eu possuía, consegui um ganho de mais 1%. Com quanto dinheiro
fiquei ao final do terceiro mês?
5. Tenho R$530,00. No primeiro dia gasto 0,8% desse valor. No segundo gasto 1,5% do
valor que sobrou do primeiro dia. Com quanto de dinheiro fiquei no final?
6. Tenho um salário de X reais. Se passado um tempo tenho um aumento salarial
proporcional a 1/3 do meu salário, e tempos depois, esse valor resultante é diminuído em
2/5. Pergunta-se: quanto estarei ganhando no final do período?
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EXERCÍCIOS SOBRE PORCENTAGEM
1) Uma geladeira custava R$950,00. Se o vendedor der 8,5% de desconto, quanto custará
o produto ao cliente? R: 869,25
2) Um carro, que custava R$23.000,00 sofreu um reajuste no seu preço de 2,5%. O
município cobra um imposto igual a 0,8% sobre o preço de venda. Portanto, quantos
reais será cobrado de imposto, dado o novo preço? R: 188,60
3) Mariazinha possuia 120 balas. Deu 20% do total para um amigo. Do que sobrou, comeu
25%. Quantas balas sobraram? R: 72 balas
4) O que é mais vantajoso, um desconto de 40% ou dois descontos sucessivos de 20%?
Prove.
5) Uma mercadoria que custava R$ 2400 sofreu um aumento passando a custar R$ 2700.
A taxa de aumento foi de que percentual? R: 12,5%
6) Um produto teve dois aumentos consecutivos de 20%. Qual foi o total de aumento?
7) Numa mistura de 80 kg de areia e cimento, 20% é cimento. Se acrescentarmos mais 20
kg de cimento, qual será a sua porcentagem na nova mistura? R: 36%
8) Um objeto foi vendido por R$ 10000, com prejuízo de 20% sobre o preço de compra. O
objeto foi comprado por qual valor? R: 12.500,00
9) Um advogado, contratado por Marcos, consegue receber 80% de uma causa avaliada
em R$200.000,00 e cobra 15% da quantia recebida, a título de honorários. Qual a
quantia, em reais, que Marcos receberá, descontada a parte do advogado? R:
136.000,00
10) Com relação à dengue, o setor de vigilância sanitária de um determinado município
registrou o seguinte quadro, quanto aos números positivos:
- em fevereiro, relativamente a janeiro, houve um aumento de 10% e
- em março, relativamente a fevereiro, houve uma redução de 10%.
Qual foi a variação em todo o período considerado? R: redução de 1%
11) Se tenho R$2400,00, ganho mais 1/5 e depois ganho mais 2/9, qual foi a porcentagem
do ganho? R: 46,6%
12) Uma TV custa R$500,00. Um aparelho de DVD custa 15% a menos que a TV, para
pagamento em 1 mês. Se eu decidir comprar o DVD à vista, consigo 5% de desconto.
Se eu pagar depois de 3 meses, pago 8,5% a mais do que pagaria se comprasse o DVD
à vista. Pergunta-se: a) quanto custa o DVD à vista? b) quanto custará o DVD se pagar
depois de 3 meses? c) em porcentagem, qual a diferença entre o preço a ser pago em 1
mês para o preço a ser pago em 3 meses?
a) R$403,75, b) R$ 438,07, c) o preço em 3 meses é aproximadamente 3% maior
que o preço em 1 mês
13) Numa barraca de feira, uma pessoa comprou maçãs, bananas, laranjas e peras. Pelo
preço normal da barraca, o valor pago pelas maçãs, bananas, laranjas e peras
corresponderia a 25%, 10%, 15% e 50% do preço total, respectivamente. Em virtude de
uma promoção, essa pessoa ganhou um desconto de 10% no preço das maçãs e de 20%
no preço das peras. Qual o desconto obtido no valor total da compra? R: 12,5%
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Exercícios com porcentagem
1) Um indivíduo possuía R$880,00, perdeu 7,5% e depois pedeu mais 11,5%. Qual a
porcentagem de perda total? Quantos R$ sobraram?
2) Um funcionário ganhava R$723,00 de salário. Agora passará a receber R$749,00. Qual
a porcentagem de aumento?
3) O preço de um produto era R$108,00. Primeiro recebeu um desconto de 1/9 sobre esse
preço. Tempos depois recebeu outro desconto de 1/8. Quanto ficou custando o produto
no final? Qual a porcentagem total do desconto?
4) Ao dar um aumento de 3/13 no preço de um produto, de quanto foi esse aumento em
termos percentuais?
5) Um investidor aplicou R$53.434,00 em ações. Qual foi o ganho/perda em termos
percentuais, de todo o período de 4 meses (siga a tabela abaixo)
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
+0,8% -1,3% +0,5% -0,2%
6) Um vendedor quer 20% de lucro sobre o preço de venda de um produto. Se ele adquiriu
o produto ao preço de R$240,00, por quanto irá vendê-lo?
7) DESAFIO: uma empresa abaixou o salário de seus funcionários em 5,83%. Com esse
salário menor, qual deveria ser o aumento para que o salário volte ao mesmo valor
inicial?
RESPOSTAS:
1) Perdeu 18,14%, equivalente a R$720,39
2) 3,6%
3) Preço final de R$84,00, com desconto de 22,22%
4) 23,01%
5) Perda de 0,21%
6) R$300,00
7) 6,19%
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Revisão da Prova 1 - Matemática
Prof. Elisson de Andrade
1) Isole o y nas seguintes funções, dando a resposta da maneira mais simplificada possível:
5 15 40 18 2 25 5 5
a) x y b) x y c) x y d) x y e)
4 7 360 24 5 50 8 6
4 2
x y
3 5
5) Se o preço de um produto aumenta em 25%, duas vezes consecutivas, qual foi o ganho total?
6) Um produto custava R$450,00. Primeiro foi dado um aumento em seu preço de 5%, e em
seguida foi dado um desconto de 10%. Em porcentagem, qual foi o desconto dado, considerando o
preço inicial?
7) Uma aplicação de X reais rendeu: no primeiro mês +1,2%; no segundo mês -2,3%; no
terceiro mês; +3%; e no quarto mês rendeu -2,6%. Expresse, em porcentagem, o ganho ou perda.
8) Joãozinho possuía R$130,00. Deu certa quantia para Mariazinha, sobrando para ele 80% do
total. Mariazinha, por sua vez, pegou o que João lhe dera e comprou um presente. Tal presente custou
40% do que menina possuía. Pergunta-se: quantos Reais custou o presente?
9) Um funcionário teve uma redução salarial de 12%, passando a ganhar apenas R$540,00.
Pergunta-se: quanto ele ganhava antes da redução?
10) Se dou dois aumentos consecutivos de 1/3, em porcentagem, expresse o aumento total.
11) Se tivesse R$200,00, considere três situações distintas. Primeira: se eu ganhasse 32% a mais
desse valor, com quantos Reais eu ficaria? Segunda: se eu perdesse 17,5% do dinheiro inicial, qual teria
sido o valor da minha perda? Terceira: se eu perdesse 13% do dinheiro inicial, quanto me sobraria?
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