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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

CENTRO DE ESTUDOS GERAIS


INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

2º SEMESTRE 2018

Curso: GAP 00193 - CRÍTICAS DA ANTROPOLOGIA

Horário: Terças e quintas – 18/20

Professor: Antonio Rafael Barbosa

I – Ementa:
O curso tem como proposta pensar as possíveis conexões e ressonâncias entre as
questões políticas que nos afetam no tempo presente – considerando tanto o rearranjo
das forças conservadoras em suas atualizações corporativas e/ou estatais, quanto as
formas de resistência e a reinvenção de novas linhas experienciação existencial - e
temas e problemas que informam as discussões sobre o crime e violência no Brasil
(temas estes, diga-se de passagem, centrais para o debate político eleitoral no corrente
ano).

II - Organização do curso e bibliografia1:


1. O “intolerável”
BARBOSA, Antonio Rafael. 2006. Humanidade por excesso e as linhas de fuga que se
abrem para o gueto. Sexta Feira 8 Periferia, pp. 9-19.

DELEUZE, Gilles. 1992. Pós-Scriptum sobre as sociedades de controle. In:


Conversações, Rio de Janeiro: Ed. 34.

ERIBON, Didier. 1990. Michel Foucault (1926-1984). São Paulo: Cia das Letras.

2. O poder jurídico
FOUCAULT, Michel. 2005. Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes.
[Aula de 7 de janeiro de 1976; pp 3-26]

Bibliografia complementar:

1
A disposição da bibliografia é provisória; deverá sofrer modificações no decorrer do curso,
considerando a introdução de novas referências e as possíveis inversões entre a bibliografia obrigatória e
a bibliografia complementar.
FOUCAULT, Michel. “Soberania e disciplina”. In: Microfísica do Poder. Rio de
Janeiro: Graal, 1979, pp. 179-192, pp. 277-293.
_____ .“A vida dos homens infames”; “A sociedade disciplinar em crise”. In: Michel
Foucault: estratégia, poder-saber. MOTTA, Manoel Barros (org.). Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2003, pp. 203-222; pp. 267-269.

3. Biopolítica e biopoder
FOUCAULT, Michel. 1985. “Direito de morte e poder sobre a vida”. In: História da
sexualidade. A vontade do saber. Rio de Janeiro: Edições Graal. 1980.
_____. 2005. Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes. [Aula de 17 de
março de 1976; pp 285-316]

Bibliografia complementar:
LAZZARATO, Maurizio. “Para uma definição do conceito de biopolítica”. Lugar
Comum, 1998, 5(6): 81-96.

PELBART, Peter Pál. 2003. Vida Capital: ensaios de biopolítica. São Paulo:
Iluminuras.

PRECIADO, Paul (Beatriz). 2014. Texto Yonqui: sexo, drogas y biopolítica. Buenos
Aires: Paidós.

4. Necropolítica/Vida Nua
AGAMBEN, Giorgio. 2007. Homo saccer I. O poder soberano e a vida nua. Belo
Horizonte: Editora UFMG. (capítulos a serem selecionados).

MBEMDE, Achille. 2018. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção,


política da morte. São Paulo: n-1 edições.

5. Gangsterismo e dromocracia

VIRILIO, Paul. 1996. Velocidade e Política. São Paulo: Estação Liberdade. (capítulos a
serem selecionados).

6. Práticas de uso de drogas e a recriação de territórios existenciais


RUI, Taniele. 2014. Nas tramas do crack: etnografia da abjeção. São Paulo: Terceiro
Nome.

7. A invenção de um experimento político sui generis nas cadeias brasileiras/as


dinâmicas faccionais do crime

BIONDI, Karina. 2010. Junto e misturado: uma etnografia do PCC. São Paulo:
Terceiro Nome.

FELTRAN, Gabriel. 2018. Irmãos: uma história do PCC. São Paulo: Cia das Letras.
GRILLO, Carolina Christoph. 2013.Coisas da vida no crime: tráfico e roubo em favelas
cariocas. Tese de Doutorado, PPGSA/UFRJ, 2013.

MARQUES, Adalton. 2014. Crime e proceder: um experimento antropológico. São


Paulo: Alameda.

Bibliografia complementar:

DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. 1995-1997. Mil platôs. Capitalismo e


Esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 5vol.

LIMA, William Silva. 1991. Quatrocentos contra um: uma história do Comando
Vermelho. Rio de Janeiro: ISER.

GODOI, Rafael. 2015. « Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos
tempos. » Thèse de doctorat en sociologie. São Paulo : Université de São Paulo.

SÁ, Leonardo Damasceno de. 2010. Guerra, mundão e consideração: uma etnografia
das relações sociais dos jovens no Serviluz. Tese de Doutorado. Fortaleza: Universidade
Federal de Fortaleza.

8. O controle dos territórios em nome da segurança (e do lucro)


MENEZES, Palloma. 2015. Entre o “fogo cruzado” e o “campo minado”: uma
etnografia do processo de “pacificação” de favelas cariocas. Tese de doutorado em
Sociologia. Rio de Janeiro, IESP/UERJ.

“No sapatinho” : a evolução das milícias no Rio de Janeiro (2008-2011) / Ignacio Cano
& Thais Duarte (coordenadores) ; Kryssia Ettel e Fernanda Novaes Cruz
(pesquisadoras). - Rio de Janeiro : Fundação Heinrich Böll, 2012.

Bibliografia complementar:
ZALUAR, A.; CONCEIÇÃO, I. S. Favelas sob o controle das milícias no Rio de
Janeiro: que paz?. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 21, n. 2, p.
89-101, jul./dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/

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