Questão 1: Explique a formação da Igreja Anglicana e de sua
teologia.
Em 1534, a Igreja da Inglaterra se separou em definitivo da Igreja
Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, da Casa de Tudor. A princípio havia se mostrado um leal defensor do catolicismo, que fez queimar publicamente os escritos de Lutero. Mas por conta do conflito havido com o papa Clemente VII, relacionado com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, para se casar com Ana Bolena e ter descendentes homens, resolveu romper com Roma. A cisão se deu através do Ato de Supremacia, confiscando todas as propriedades que a Igreja Católica possuía na Inglaterra. Após a morte de Henrique VIII, a Inglaterra se separou momentaneamente do cisma. Henrique VIII deixou um herdeiro homem, Edward VI, que era protestante. Este teve um reinado curto pela sua morte precoce com apenas 15 anos. Seguindo a linha de sucessão, sua irmã Maria I, filha do primeiro casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, assume o reinado após a morte de Edward VI. Católica fervorosa, ratificou o Ato de reconciliação da Inglaterra com Roma. Mas o seu reinado foi curto. A emancipação da Igreja da Inglaterra da autoridade papal, através da iniciativa do rei Henrique VIII, não transformou a Inglaterra num país verdadeiramente protestante, pois a Igreja permaneceu católica quanto à doutrina. Somente no reinado de sua filha, Elisabeth I, a Igreja se firmara no caminho da via média entre catolicismo e protestantismo, característica que mantém até a presente época. Assim, não se pode, historicamente, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana.
O perfil doutrinário anglicano tal como se encontra nos dias atuais
resulta em muito da Era Elisabetana, durante a qual perdurou o estabelecimento de uma certa forma de "via média" entre o Catolicismo e o Protestantismo. A Igreja de Inglaterra afirma o princípio advindo da Reforma Protestante de que as Escrituras contém todas as ideias e concepções concernentes à Salvação e constituem o árbitro definitivo para questões doutrinárias. A Igreja Anglicana não só abarca crenças oriundas da Reforma Protestante, como também manteve tradições católicas da Igreja Primitiva e pensamentos desenvolvidos e defendidos ao longo da EraPatrística, uma vez que em concordância plena com as Escrituras. O Anglicanismo aceita as estipulações dos quatro primeiros concílios ecumênicos, incluindo a crença na Trindade e na Encarnação. A Igreja de Inglaterra também preserva a ordenação e a forma de governo episcopal, conforme desenvolvidos pela Igreja Romana.
Questão 2: Explique a Ortodoxia Calvinista e o conflito com os
teólogos Arminianos, bem como a importância disso para o futuro do cristianismo.
A total soberania de Deus e a pregação do evangelho para que o
homem se converta foi o ponto contraditório da teologia calvinista que Beza vai tentar amarrar com a dupla predestinação. Isto fez com que mais tarde os teólogos arminianos discutissem a presciência para que o fatalismo determinista da dupla predestinação esboroasse, pois Deus se torna mau, predestinando o ser humano ao céu ou ao inferno. Dessas discussões acabam sendo formulados dois novos pensamentos: Universalismo, do lado calvinista e Teísmo Aberto, do lado arminiano.
Questão 3: Explique a Ortodoxia Luterana pós-reforma, bem como a
“Escolástica Protestante” e sua importância para o futuro do cristianismo.
Quando os luteranos iniciam sua sistemática com o mesmo viés da
escolástica levantando questões muito pormenorizadas surge a chamada escolástica protestante. Com ênfase no pensamento sistemático tentando dar resposta para tudo comprometida com a academia. Levou a frieza à igreja que foi reavivada mais tarde pelo movimento pietista.
Questão 4: Explique os movimentos espirituais no seio da Igreja
Católica, como reação à Reforma Protestante.
Os movimentos espirituais são formados nas ordens católicas que
surgem no concilio de Trento. Dentre essas ordens a mais famosa é a dos Jesuítas. O período viu surgir uma florescência de congregações religiosas que muito cooperaram para o sucesso da Reforma. Os seus membros não viveriam uma vida monástica e não rezariam as juntos no Coro. Com os votos de pobreza, castidade e obediência acrescentariam o de estar sempre à disposição do Papa. Quando o seu fundador morreu esta ordem contava com mais de mil membros e meio século depois com 13.000. Os jesuítas prestaram o mais relevante serviço ao Pontificado no trabalho da Reforma Católica com as suas missões, a formação do clero, os Exercícios Espirituais e a educação da juventude, na propagação da fé católica e no ensino da sua doutrina.