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CAMPUS DE CASTANHAL
FACULDADE DE PEDAGOGIA
PLANO DE ENSINO
IDENTIFICAÇÃO
Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia
Disciplina: Psicologia da Educação
Carga Horária: 60hs – Teórica
OBJETIVOS
COMPETENCIAS E HABILIDADES
Compreender o desenvolvimento de processos de pesquisa científica, incluindo a
habilidade de selecionar abordagens, procedimentos e instrumentos de investigação
as problemáticas educacionais;
EMENTA
Principais matrizes teóricas epistemológicas de construção da Ciência Psicologia: matrizes
empírico-ambientalistas, matrizes racionalistas, matrizes históricas interacionistas. Da
padronização do comportamento a construção sócio-histórica dos sujeitos. Psicologia e
Educação e Psicologia da Educação: campos de ensino e pesquisa para a formação do
professor.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade I. Razão e Sensibilidade: a ciência psicológica explicando os fenômenos
psíquicos
1. Os mitos da razão: do Racionalismo ao Empirismo.
2. O Estruturalismo, O Funcionalismo e o Associacionismo.
3. Três meta-discurso psicológicos: O Behaviorismo, A Gestalt e a Psicanálise.
METODOLOGIA
A sala de aula como espaço de reflexão na formação inicial, se constituirá enquanto
território de produção cientifica, de convivência com a diversidade seja ela política,
geracional, étnica, sexual, de gênero, cultural etc.
O respeito as diferenças e a alteridade com o exercício da ética das relações de
convivência social e da construção de uma postura cidadã proporcionará refletirmos sobre
possíveis mudanças em nossas realidades sócio-educacional.
Para tanto, nos referendamos na técnica dos Grupos Operativos de Enrique Pichon-
Rivière; este autor reconhece que “grupos heterogêneos em suas produções historias e
experiências de vida e formação, quando em grupos reflexivos, constroem estratégias de
emponderamento psíquico, constituindo-se em sujeitos singulares, únicos, pois, ao se
organizarem em processos grupais históricos” - aqui grupo operativo-reflexivo de ensino-
aprendizagem - terão como tarefa proposta refletir sobre o contexto educacional, pensar
sobre o possível e o necessário e as possibilidades de intervenção e inter-verão às realidades
educacionais a curto, médio e a longo prazo.
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Acreditamos que todo conhecimento apreendido, elaborado, subjetivado pode ser
uma ferramenta para usarmos enquanto instrumento de mudança social, o efeito pode ter
significado e sentido “terapêutico”
A programática de trabalho será orientada e planificada de forma flexível e reflexível
que segundo Guirado, (1990), pode se efetivar, considerando que:
1. Todo processo grupal deve incluir a dimensão institucional do grupo, tanto a partir do
instituído, como a partir do instituinte;
2. Todo grupo deve ser abordado a partir da abertura para o novo e reconhecer a
heterogeneidade, e não como uma estrutura homogênea e totalizadora;
3. Não nos importa o grupo como totalização, interessa-nos como espaço tático onde se vê
a produção de efeitos singulares, insólitos e criativos;
4. A alternativa no grupo não deve ser vista entre o todo e as partes, e sim entre a
produção por um lado, e o rompimento das estereotipias por outro;
6. O trabalho grupal inclui sempre uma análise política, uma análise de classe e uma
elucidação da fantasmática inconsciente;
7. Não há prazer no grupo fora do processo de trabalho. Igualmente, não há produção que
não inclua a prática de uma análise da vida cotidiana, o chamado âmbito das relações
afetivas e pessoais;
8. Toda crise grupal, toda comoção organizacional, deve ser tomada como analisador,
como dado revelador de uma certa verdade do grupo.
AVALIAÇÃO
A avaliação será compreendida enquanto processo contínuo de produção textual
conceitual e reflexiva – estilo narrativo, individual e ou grupal - que os sujeitos em
aprendizagem devem exercitar – Leitura, Escrita e Escuta de Si, através das tarefas
propostas pelo professor nas situações de construção de conhecimento. As produções
narrativas devem considerar e articular: (a) as discussões teóricas, (b) as interpretações da
realidade em foco, assim como (c) criticas as representações sociais do objeto em estudo
tendo como resultado a dinâmica da produção de subjetividades critico-reflexivas do sujeito
em formação frente aos conhecimentos científicos, filosóficos e histórico-culturais
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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MACHADO, A. M. & SOUZA, M. P. R. Psicologia Escolar: Em busca de novos rumos.
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PÉREZ GÓMES, A. I. e SACRISTÁN, J. G. Compreender e transformar o ensino. Porto
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Cultrix, 1987.