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Maria, jovem integrante da alta sociedade paulistana, apesar de não trabalhar, reside há dois anos
em um dos bairros nobres da capital paulista, visto que recebe do Estado de São Paulo
pensionamento mensal decorrente da morte de seu pai, ex-servidor público. Ocorre que, após
voltar de viagem ao exterior, foi surpreendida com a suspensão do pagamento da referida pensão,
em razão de determinação judicial. Em razão disso, deixou de pagar a conta de luz de sua casa por
dois meses consecutivos o que acarretou, após a prévia notificação pela concessionária prestadora
do serviço público, o corte do fornecimento de luz em sua residência.
Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
B) O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado irrestritamente à relação entre usuários e
prestadores de serviços públicos?
RESPOSTA: Não. A Lei dispõe sobre direitos e deveres dos usuários, assim, por força do
princípio da especialidade deve ser utilizada, não se aplicando integralmente o CDC aos
serviços públicos, mas apenas de forma subsidiária. (Lei 8.987/95)
O Estado W resolve criar um hospital de referência no tratamento de doenças de pele. Sem dispor
dos recursos necessários para a construção e a manutenção do “Hospital da Pele”, pretende adotar
o modelo de parceria público-privada. O edital de licitação prevê que haverá a seleção dos
particulares mediante licitação na modalidade de pregão presencial, em que será vencedor aquele
RESPOSTA: Não, o governo errou ao optar pelo pregão já que a modalidade licitatória, neste
caso, é a concorrência. Já no que se refere ao tipo de licitação para o julgamento do
procedimento acertou ao optar pelo menor preço.
RESPOSTA: Sim, uma vez que a Lei veda expressamente a criação de empresa com este
proposito pelo poder público com o objetivo desta parceria (Art. 9º, §4º, Lei 11.079/04)
Recentemente, 3 (três) entidades privadas sem fins lucrativos do Município ABCD, que atuam na
defesa, preservação e conservação do meio-ambiente foram qualificadas pelo Ministério da Justiça
como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Buscando obter ajuda financeira do
Poder Público para financiar parte de seus projetos, as 3 (três) entidades apresentaram
requerimento à autoridade competente, expressando seu desejo de firmar um termo de parceria.
Com base na narrativa fática, responda às indagações abaixo, empregando os argumentos jurídicos
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8666/93) para definir com qual
entidade privada irá formalizar termo de parceria?
B) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar pessoal para
a execução de seus projetos, faz-se necessária a realização de concurso público?
RESPOSTA: Não, a OSCIP é uma entidade privada e não se submete as regras do concurso
público, o regime dos empregados é celetista.
A partir da narrativa fática descrita acima, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
RESPOSTA: Sim, o locatário deve propor ação autônoma para fins de requerer indenização
pelos prejuízos decorrentes do fundo de comércio sendo a responsabilidade, solidariamente
do poder público e do proprietário.
O Prefeito do Município XYZ desapropriou um sítio particular para instalação de um novo centro de
atendimento médico de emergência. Entretanto, antes do início das obras, o Estado ABC anunciou
que o Município XYZ receberá um novo Hospital Estadual de Atendimento Médico Emergencial.
Responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
RESPOSTA: Sim, é a chamada predestinação lícita que ocorre quando o poder público desiste
da destinação inicial revista no decreto expedindo uma nova declaração prestigiando o
interesse público.
B) Com o anúncio feito pelo Estado, o antigo proprietário do sítio desapropriado pode requerer o
retorno da área à sua propriedade, mediante devolução do valor da indenização?
O Estado “Y”, mediante decreto, declarou como de utilidade pública, para fins de instituição de
servidão administrativa, em favor da concessionária de serviço público “W”, imóveis rurais
necessários à construção de dutos subterrâneos para passagem de fios de transmissão de energia.
A concessionária “W”, de forma extrajudicial, conseguiu fazer acordo com diversos proprietários
das áreas declaradas de utilidade pública, dentre eles, Caio, pagando o valor da indenização pela
instituição da servidão por meio de contrato privado. Entretanto, após o pagamento da indenização
a Caio, este não permitiu a entrada da concessionária “W” no imóvel para construção do duto
subterrâneo, descumprindo o contrato firmado, o que levou a concessionária “W” a ingressar
judicialmente com ação de instituição de servidão administrativa em face de Caio.
As empresas “Frangão”, “Quero Frango” e “Frangonne”, que, juntas, detêm dois terços da produção
nacional de aves para consumo, realizam um acordo para reduzir em 25% a comercialização de aves
de festa (aves maiores, consumidas especialmente no Natal), de modo a elevar o seu preço pela
diminuição da oferta (incrementando o lucro), bem como reduzir os estoques de frango comum,
cujo consumo havia caído sensivelmente naquele ano. Às vésperas do Natal de 2009, as empresas
são autuadas pelo órgão competente, pela prática de infração da ordem econômica. Em suas
defesas, as três alegam que a Constituição consagra a liberdade econômica, de modo que elas
poderiam produzir na quantidade que desejassem e se desejassem, não sendo obrigadas a manter
um padrão mínimo de produção. Seis meses depois, os autos são remetidos ao julgador
administrativo, que, diante do excessivo número de processos pendentes, somente consegue
proferir a sua decisão em outubro de 2013. Em alegações finais, as empresas apontam a prescrição
ocorrida. Sobre a situação dada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
RESPOSTA: Não. A Lei 11.529/11 prever uma série de contas que constitui infração a ordem
econômica independente da prova de culpa e que tenha como único objeto o aumento
arbitrário dos próprios lucros. Assim, acordos que objetivam manipular o mercado é uma
ilegalidade passível de multa.
A Administração de certo estado da federação abre concurso para preenchimento de 100 (cem)
cargos de professores, conforme constante do Edital. Após as provas e as impugnações, vindo todos
os incidentes a ser resolvidos, dá-se a classificação final, com sua homologação. Trinta dias após a
RESPOSTA: Sim, os aprovados dentro do número de vagas previsto no edital têm direito
subjetivo ao ato de provimento originário. Trata-se de direito liquido e certo que pode ser
combatido pelo mandado de segurança. Os tribunais entendem que a contratação precária
de estranhos ao concurso viola a ordem de classificação e impõe direitos aos candidatos
aprovados.
A) A extinção de cargos públicos, por meio de decreto, está juridicamente correta? Justifique.
RESPOSTA: Não, de acordo com o princípio da reserva legal a extinção de cargo depende de
Lei, portanto, a extinção por decreto apresenta vício formal, assim, inconstitucional.
RESPOSTA: Não, a disponibilidade não é penalidade e foi utilizada de forma irregular com
desvio de finalidade. O chefe do executivo deveria instaurar o PAD a fim de punir
corretamente os servidores.
RESPOSTA: Sim, remuneração proporcional ao tempo de serviço conforme Art. 41, §3º da
CRFB/88 e os vencimentos básicos será integral na forma da súmula 358 do STF.
O Governador do Estado “N”, verificando que muitos dos Secretários de seu Estado pediram
exoneração por conta da baixa remuneração, expede decreto, criando gratificação por tempo de
serviço para os Secretários, de modo que, a cada ano no cargo, o Secretário receberia mais 2%. Dois
anos depois, o Ministério Público, por meio de ação própria, aponta a nulidade do Decreto e postula
a redução da remuneração aos patamares anteriores. Diante deste caso, responda aos itens a
seguir.
RESPOSTA: Não, de acordo com o princípio da reserva legal a criação de qualquer vantagem
remuneratória depende de Lei de iniciativa do executivo e de fonte de custeio de suficiente.
Portanto, a qualificação é inconstitucional com vício formal.
RESPOSTA: Sim, o STF já decidiu que o servidor não tem garantido direitos e vantagens
remuneratórias e por outro lado a gratificação é inconstitucional e ainda a irredutibilidade
somente alcança o vencimento básico.
B) Caso João se aposente do cargo que ocupa na Administração Pública federal, poderá cumular a
remuneração do emprego na empresa de Alfredo com os proventos de aposentadoria decorrentes
do cargo de agente administrativo?
RESPOSTA: Não, o Art. 37, §10 da CRFB/88 veda a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria com a remuneração de cargos ou empregos, ressalvado cargos em comissão
ou mandato eletivo.
Luiz foi secretário de assistência social do Estado “X” durante cinco anos e acaba de ser cientificado
de que o Ministério Público Estadual ajuizou, contra ele, uma ação de improbidade administrativa
por ter celebrado contrato, indevidamente rotulado de convênio, sem a observância do devido
procedimento licitatório. Luiz argumenta que não houve, de sua parte, má-fé ou intenção de fraudar
o procedimento licitatório. Além disso, comprova que adotou todas as medidas de cautela que
poderiam ser razoavelmente exigidas de um administrador público antes de celebrar o ajuste. Por
fim, informa que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) competente teria aprovado as contas que
prestou na qualidade de ordenador de despesas, não identificando qualquer dano ao erário.
Depois de aberto o processo administrativo para fins de verificação de eventual erro na perícia
médica e apuração da possibilidade de reversão ao serviço público ativo, o feito é encaminhado
novamente ao mesmo médico, que retifica o laudo anterior, opinando pela possibilidade de a
servidora ser mantida no serviço ativo, e remete o feito à autoridade superior para decisão.
Antes da decisão final, Maria, já reconciliada com Josefina, formula pleito de desistência do processo
administrativo, informando que, na verdade, contara inverdades sobre sua mãe e que esta é incapaz
para o trabalho, tanto no serviço público quanto na iniciativa privada, juntando laudos médicos
diversos, inclusive dos hospitais públicos em que sua mãe foi atendida.
RESPOSTA: Sim, a Lei 9.784/99 prevê hipóteses de impedimento do servidor que atuar como
parte da comissão processante e venha atuar como perito.
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que
lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza,
servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela
modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão,
conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi
instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da
professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera
criminal, a professora foi absolvida, vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em
decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação
da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração
do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou
relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado à
autoridade competente para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer
emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera
administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 10/04/2015, a servidora foi cientificada de
sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas
funções, e, em 10/09/2015, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis,
informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras, que a
impedem, inclusive, de suportar os custos do ajuizamento de uma demanda.
Como advogado(a), indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente,
analisando todos os aspectos jurídicos apresentados?
A) Uma sociedade de economia mista que explora atividade econômica pode ser submetida ao
controle do Tribunal de Contas?
RESPOSTA: Sim, apesar de ser uma entidade que tem autonomia administrativa e financeira.
O Art. 71 da CRFB/88 impõe que a administração direta está sujeita a fiscalização pelo
Tribunal de Contas.
B) O Tribunal de Contas pode determinar a aplicação de critérios que entenda mais adequados, para
o julgamento de licitações?
B) Eventuais compradores dos imóveis, na condição de particulares, podem ser afetados pela
decisão da ação popular e, por isto, também devem figurar no polo passivo?
RESPOSTA: Sim, já que eles formam beneficiários dos atos lesivos ao patrimônio público.