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3. SUCESSÃO PROCESSUAL
A sucessão processual, ou de partes, não se confunde com a substituição
processual. Nesta, o substituto age em nome próprio na defesa de interesse material de
pessoa (ou pessoas) que não figura formalmente na relação processual. Naquela, uma
parte sai da relação processual e em seu lugar entra outra pessoa, que vai assumir a
titularidade da ação, seja no polo ativo, seja no passivo. A sucessão de parte pode decorrer
de ato inter vivos ou causa mortis.
A sucessão processual da parte, quando esta é pessoa física, ocorre com a
morte. Assim, falecendo empregado ou empregador durante o processo, serão
substituídos pelo espólio, que é, segundo já vimos, representado pelo inventariante.
Nestes casos, opera-se o incidente processual da habilitação, devendo o juiz determinar a
suspensão do feito e proferir decisão.
É de se destacar, porém, que a morte do empregador pessoa física (ou
constituído em empresa individual) não implica, necessariamente, a extinção do contrato
de trabalho (CLT, art. 483, § 2º), mas, se a morte ocorrer no curso do processo, deverá o
juiz intimar o espólio, como sucessor da parte, que passará a ser representado pelo
inventariante.
Tratando-se de “pequenas heranças”, a Lei n. 6.858, de 24 de novembro de
1980, permite que os “dependentes econômicos” do empregado falecido possam receber,
por meio de alvará judicial, as suas respectivas cotas de salários, saldos salariais, férias,
décimo terceiro salário, FGTS etc., relativas ao extinto contrato de trabalho,
independentemente de inventário ou arrolamento. São dependentes para essa modalidade
de sucessão processual os beneficiários do de cujus perante a Previdência Social (art. 16
da Lei n. 8.213/1991).