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Suficiência

Contábil

Ano 2017

Prova 2011.1
Comentada
Suficiência  Contábil  

ÍNDICE

Caderno de Prova do Exame de Suficiência 2011.1.........P. 3

Gabarito .................................................................. P. 25

Resolução da Prova ..................................................P. 26

Olá!

Este material corresponde à resolução detalhada de cada


questão do Exame de Suficiência 2011.1.

Temos aprovado centenas de candidatos a cada exame.


Tenho certeza que, com um pouco de dedicação, você também irá
entrar para a lista de aprovados(as)!

A nossa meta é a sua aprovação. Aproveite bastante este


material. E você já sabe, em caso de dúvidas, basta entrar em
contato conosco pelo email abaixo:
Contato@SuficienciaContabil.com.br

Bons estudos,

Érico Almeida
Coordenador

 
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE


EXAME DE SUFICIÊNCIA
Bacharel em Ciências Contábeis

1. Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00,


neste valor incluído ICMS de R$1.000,00. No mesmo período, revendeu toda a
mercadoria adquirida por R$9.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.800,00. A
sociedade empresária registrou, no período, despesas com representação
comercial no montante de R$1.200,00 e depreciação de veículos de R$200,00.

Na Demonstração do Valor Adicionado - DVA, elaborada a partir dos dados


fornecidos, o valor adicionado a distribuir é igual a:

a) R$1.800,00.
b) R$2.600,00.
c) R$3.200,00.
d) R$4.000,00.

2. Uma companhia efetuou, em dezembro de 2010, a venda de mercadorias para


recebimento com prazo de 13 meses, considerando uma taxa de juros de 10% no
período. O valor da nota fiscal foi de R$110.000,00.

O registro contábil CORRETO no ato da transação é:

a) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$110.000,00

b) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira R$10.000,00

c) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$100.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00

d) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00


Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira a Apropriar (Ativo Não Circulante) R$10.000,00

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EXAME DE SUFICIÊNCIA
Bacharel em Ciências Contábeis

3. Uma sociedade empresária realizou as seguintes aquisições de produtos no


primeiro bimestre de 2011:

3.1.2011 40 unidades a R$30,00


24.1.2011 50 unidades a R$24,00
1.2.2011 50 unidades a R$20,00
15.2.2011 60 unidades a R$20,00
Sabe-se que:

A empresa não apresentava estoque inicial.


No dia 10.2.2011, foram vendidas 120 unidades de produtos ao preço de
R$40,00 cada uma.
Não será considerada a incidência de ICMS nas operações de compra e
venda.
O critério de avaliação adotado para as mercadorias vendidas é o PEPS.

O Lucro Bruto com Mercadorias, a quantidade final de unidades em estoque e o


valor unitário de custo em estoques de produtos, no dia 28.2.2011, são de:

a) R$1.800,00 e 80 unidades a R$20,00 cada.


b) R$1.885,71 e 80 unidades a R$24,29 cada.
c) R$1.980,00 e 80 unidades a R$23,50 cada.
d) R$2.040,00 e 80 unidades a R$23,00 cada.

4. Uma determinada sociedade empresária, em 31.12.2010, apresentou os


seguintes saldos:

Caixa R$ 6.500,00
Bancos Conta Movimento R$ 14.000,00
Capital Social R$ 20.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 56.000,00
Depreciação Acumulada R$ 1.500,00
Despesas Gerais R$ 23.600,00
Fornecedores R$ 9.300,00
Duplicatas a Receber em 60 dias R$ 20.900,00
Equipamentos R$ 10.000,00
Reserva de Lucros R$ 3.000,00
Estoque de Mercadorias R$ 4.000,00
Receitas de Vendas R$ 97.700,00
Salários a Pagar R$ 3.500,00

Após a apuração do Resultado do Período e antes da sua destinação, o total do


Patrimônio Líquido e o total do Ativo Circulante são, respectivamente:

a) R$37.100,00 e R$41.400,00.
b) R$37.100,00 e R$46.100,00.
c) R$41.100,00 e R$45.400,00.
d) R$41.100,00 e R$50.400,00.

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5. A movimentação ocorrida nas contas de Reservas de Lucros em um determinado


período é evidenciada na seguinte demonstração contábil:

a) Balanço Patrimonial
b) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa
d) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

6. Uma determinada sociedade empresária apresentou os seguintes dados


extraídos da folha de pagamento:

Empregados Salário mensal


Empregado A R$1.500,00
Empregado B R$1.200,00

Foi solicitado que a empresa elaborasse as demonstrações contábeis para


janeiro de 2011.
Considerando os dados da folha de pagamento e a premissa de que o percentual
total dos Encargos Sociais é de 20%, em janeiro de 2011, a empresa deverá
registrar um gasto total com o 13º Salário e Encargos Sociais no montante de:

a) R$112,50.
b) R$225,00.
c) R$270,00.
d) R$540,00.

7. Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua


controladora por R$300.000,00, auferindo um lucro de R$50.000,00. No final do
exercício, remanescia no estoque da controladora 50% das mercadorias
adquiridas da controlada. O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para
fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:

a) R$25.000,00.
b) R$50.000,00.
c) R$150.000,00.
d) R$300.000,00.

8. Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado


contabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos.
Espera-se que o ativo, ao final dos cinco anos, possa ser vendido por R$3.000,00.
Utilizando-se o método linear para cálculo da depreciação e supondo-se que não
houve modificação na vida útil estimada e nem no valor residual, ao final do ano
de 2010, o valor contábil do ativo líquido será de:

a) R$7.200,00.
b) R$9.000,00.
c) R$10.200,00.
d) R$12.000,00.

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9. Uma entidade apresenta, em 31.12.2010, os seguintes saldos de contas:

CONTAS Saldos (R$)


Ações de Outras Empresas - Para Negociação Imediata 400,00
Ações em Tesouraria 300,00
Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor) 900,00
Aplicações em Fundos de Investimento com Liquidez Diária 2.600,00
Bancos Conta Movimento 6.000,00
Caixa 700,00
Capital Social 40.000,00
Clientes - Vencimento em março/2011 12.000,00
Clientes - Vencimento em março/2012 6.600,00
Clientes - Vencimento em março/2013 4.000,00
Depreciação Acumulada 8.800,00
Despesas Pagas Antecipadamente (prêmio de seguro com
vigência até dezembro/2011) 300,00
Estoque de Matéria-Prima 5.000,00
Financiamento Bancário (a ser pago em 12 parcelas mensais
de igual valor, vencendo a primeira em janeiro de 2011) 30.000,00
Fornecedores 19.000,00
ICMS a Recuperar 600,00
Imóveis de Uso 26.000,00
Impostos a Pagar (Vencimento em janeiro/2011) 6.400,00
Máquinas 18.000,00
Obras de Arte 4.000,00
Participação Societária em Empresas Controladas 14.000,00
Participações Permanentes no Capital de Outras Empresas 1.000,00
Reserva Legal 4.000,00
Reservas de Capital 2.200,00
Veículos 8.000,00

No Balanço Patrimonial, o saldo do Ativo Circulante é igual a:

a) R$24.300,00.
b) R$25.000,00.
c) R$27.200,00.
d) R$27.600,00.

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10. Uma sociedade empresária apresentou, no exercício de 2010, uma variação


positiva no saldo de caixa e equivalentes de caixa no valor de R$18.000,00.
Sabendo-se que o caixa gerado pelas atividades operacionais foi de
R$28.000,00 e o caixa consumido pelas atividades de investimento foi de
R$25.000,00, as atividades de financiamento:

a) geraram um caixa de R$21.0000,00.


b) consumiram um caixa de R$15.000,00.
c) consumiram um caixa de R$21.000,00.
d) geraram um caixa de R$15.000,00.

11. Uma empresa pagou, em janeiro de 2010, o aluguel do galpão destinado à área
de produção, relativo ao mês de dezembro de 2009. O lançamento
correspondente ao pagamento do aluguel irá provocar:

a) um aumento nas Despesas e uma redução de igual valor no Ativo.


b) um aumento nos Custos e uma redução de igual valor no Ativo.
c) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Passivo.
d) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Patrimônio Líquido.

12. De acordo com os dados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final de


Mercadorias totaliza R$350.000,00, em 31.12.2010, o Resultado Líquido é de:

Contas Valor
Caixa R$ 80.000,00
Capital Social R$ 50.000,00
Compras de Mercadorias R$ 800.000,00
Depreciação Acumulada R$ 65.000,00
Despesas com Juros R$ 110.000,00
Despesas Gerais R$ 150.000,00
Duplicatas a Pagar R$ 355.000,00
Duplicatas a Receber R$ 140.000,00
Estoque Inicial de Mercadorias R$ 200.000,00
Móveis e Utensílios R$ 70.000,00
Receita com Juros R$ 80.000,00
Receitas com Vendas R$ 1.000.000,00

a) R$170.000,00.
b) R$240.000,00.
c) R$350.000,00.
d) R$390.000,00.

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13. Uma indústria apresenta os seguintes dados:

Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00


Aluguel do setor de produção R$ 56.000,00
Depreciação da área de produção R$ 38.000,00
Mão de Obra Direta de produção R$ 100.000,00
Mão de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00
Material requisitado: diretos R$ 82.000,00
Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00
Salários da diretoria de vendas R$ 34.000,00
Seguro da área de produção R$ 38.000,00

Analisando-se os dados acima, assinale a opção CORRETA.

a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de


transformação é a soma da mão de obra direta e custos Indiretos de
fabricação.
b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da
empresa é a soma de todos os itens de sua atividade.
c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da
empresa é a soma de todos os itens apresentados.
d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário
leva em consideração a soma da mão de obra e do material direto.

14. No mês de setembro de 2010, foi iniciada a produção de 1.500 unidades de um


determinado produto. Ao final do mês, 1.200 unidades estavam totalmente
concluídas e restaram 300 unidades em processo. O percentual de conclusão
das unidades em processo é de 65%. O custo total de produção do período foi
de R$558.000,00. O Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de
Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente:

a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.

15. Uma matéria-prima foi adquirida por R$3.000,00, incluídos nesse valor R$150,00
referentes a IPI e R$342,00 relativos a ICMS. O frete de R$306,00 foi pago pelo
vendedor, que enviou o material via aérea, mas a empresa compradora teve que
arcar com o transporte entre o aeroporto e a fábrica, que custou R$204,00.
Considerando-se que os impostos são recuperáveis, o valor registrado em
estoques será:

a) R$2.508,00.
b) R$2.712,00.
c) R$3.018,00.
d) R$3.204,00.

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16. O comprador de uma indústria tem a opção de compra de 5.000kg de matéria-


prima por R$2,00 o quilo, à vista, ou R$2,20 o quilo, para pagamento em dois
meses. Em ambos os casos, incidirá IPI à alíquota de 10% e ICMS à alíquota de
12%, recuperáveis em 1 (um) mês. Considerando uma taxa de juros de 10% ao
mês, a melhor opção de compra para a empresa é:

a) à vista, pois resulta em valor presente de R$9.000,00, enquanto a compra a


prazo resulta em valor presente de R$9.900,00.
b) à vista, pois resulta em valor presente de R$8.800,00, enquanto a compra a
prazo resulta em valor presente de R$9.680,00.
c) a prazo, pois resulta em valor presente de R$8.000,00, enquanto a compra à
vista resulta em valor presente de R$9.000,00.
d) a prazo, pois resulta em valor presente de R$7.800,00, enquanto a compra à
vista resulta em valor presente de R$9.000,00.

17. Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados referentes ao ano de


2010:

- Estoque inicial igual a zero.


- Produção anual de 500 unidades com venda de 400 unidades.
- Custo Variável unitário de R$15,00.
- Preço de Venda unitário de R$20,00.
- Custo Fixo anual de R$2.000,00.
- Despesas Fixas anuais de R$350,00.
- Despesa Variável unitária de R$1,50 para cada unidade vendida.

Sabendo-se que a empresa utiliza o Custeio por Absorção, seu Lucro Bruto e o
Resultado Líquido em 2010, são, respectivamente:

a) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Lucro Líquido de R$1.050,00.


b) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Prejuízo de R$950,00.
c) Lucro Bruto de R$400,00 e Lucro Líquido de R$50,00.
d) Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.

18. Uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, apresentou custos com
materiais diretos no valor de R$30,00 por unidade e custos com mão de obra
direta no valor de R$28,00 por unidade. Os custos fixos totais do período foram
de R$160.000,00. Sabendo-se que a empresa produziu no mês 10.000 unidades
totalmente acabadas, o custo unitário de produção pelo Método do Custeio por
Absorção e Custeio Variável é, respectivamente:

a) R$46,00 e R$44,00.
b) R$58,00 e R$46,00.
c) R$74,00 e R$58,00.
d) R$74,00 e R$74,00.

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19. Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de agosto de


2010, R$50.000,00 de matéria-prima, R$40.000,00 de mão de obra direta e
R$30.000,00 de gastos gerais de fabricação. O saldo dos Estoques de Produtos
em Elaboração, em 31.7.2010, era no valor de R$15.000,00 e, em 31.8.2010, de
R$20.000,00.
O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de agosto, foi de R$80.000,00 e não
havia Estoque de Produtos Acabados em 31.7.2010. Com base nas
informações, assinale a opção que apresenta o saldo final, em 31.8.2010, dos
Estoques de Produtos Acabados.

a) R$35.000,00.
b) R$55.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$135.000,00.

20. Uma instituição social recebe recursos públicos e, portanto, está dentro do
campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, devendo seguir
o Princípio da Competência. A referida instituição tem ainda como fonte de
receita a contribuição mensal de seus associados, que se reuniram e resolveram
pagar de uma só vez o valor de R$30.000,00 correspondente a três exercícios,
com o objetivo de formar um fundo financeiro. Nos três exercícios, essa
organização tem custos de impressão de folhetos informativos da ordem de
R$5.000,00 em cada ano e, no segundo ano, resolveu fazer um seguro cujo
prêmio foi pago em dinheiro no valor de R$3.000,00 com cobertura para o
segundo e o terceiro anos. Com base nos valores informados e nos conceitos
relativos ao Princípio de Competência, é CORRETO afirmar que a instituição irá
apurar:

a) déficit de R$8.000,00 em todos os exercícios.


b) déficit de R$8.000,00 no segundo e de R$5.000,00 no terceiro ano; superávit
de R$25.000,00 no primeiro ano.
c) superávit de R$5.000,00 no primeiro ano e de R$3.500,00 no segundo e no
terceiro anos.
d) superávit de R$8.000,00 em todos os exercícios.

21. Indique o registro contábil CORRETO, considerando as informações disponíveis,


para registrar a Previsão Inicial da Receita Orçamentária:

a) Débito: Previsão Inicial da Receita Orçamentária


Crédito: Receita Orçamentária a Realizar

b) Débito: Receita a Realizar


Crédito: Receita Fixada

c) Débito: Variação Patrimonial Diminutiva


Crédito: Variação Patrimonial Aumentativa

d) Débito: Receita a Realizar


Crédito: Variação Patrimonial Aumentativa

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22. Em 31 de dezembro de 2010, uma determinada companhia publicou a seguinte


demonstração contábil:

Balanço Patrimonial (em R$)

2009 2010 2009 2010


ATIVO 88.400,00 107.000,00 PASSIVO E PL 88.400,00 107.000,00
Ativo Circulante 57.400,00 61.800,00 Passivo Circulante 36.600,00 43.400,00
Disponível 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00
Clientes 24.000,00 27.200,00 Contas a Pagar 5.600,00 9.400,00
Estoques 32.000,00 28.000,00 Empréstimos 9.000,00 6.000,00
Ativo Não Circulante 31.000,00 45.200,00 Passivo Não Circulante 21.800,00 30.000,00
Realizável a Longo Prazo 12.000,00 18.000,00 Empréstimos 21.800,00 30.000,00
Imobilizado 19.000,00 27.200,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 33.600,00
Capital 30.000,00 33.600,00

Com relação ao Balanço Patrimonial acima, assinale a opção CORRETA:

a) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$2.400,00 e o Quociente de


Liquidez Corrente foi reduzido em 0,15.
b) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$4.600,00 e o Quociente de
Liquidez Corrente foi reduzido em 0,10.
c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de
Liquidez Corrente foi reduzido em 0,15.
d) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$4.600,00 e o Quociente de
Liquidez Corrente foi reduzido em 0,10.

23. Uma empresa de treinamento está planejando um curso de especialização. Os


custos previstos são: Custos Variáveis de R$1.200,00 por aluno e Custos Fixos
de R$72.000,00, dos quais R$4.800,00 referem-se à depreciação de
equipamentos a serem utilizados. O curso será vendido a R$6.000,00 por aluno.
O Ponto de Equilíbrio Contábil se dá com:

a) 10 alunos.
b) 12 alunos.
c) 14 alunos.
d) 15 alunos.

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24. Uma fábrica de camisetas produz e vende, mensalmente, 3.500 camisetas ao


preço de R$5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de
venda e os custos variáveis são de R$1,20 por unidade. A fábrica tem
capacidade para produzir 5.000 camisetas por mês, sem alterações no custo fixo
atual de R$6.000,00. Uma pesquisa de mercado revelou que ao preço de
R$4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 6.000 unidades por mês.
Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de
demanda, mantendo a estrutura atual de custos fixos e capacidade produtiva, o
resultado final da empresa:
a) aumentará em R$2.200,00.
b) aumentará em R$200,00.
c) reduzirá em R$3.500,00.
d) reduzirá em R$800,00.
25. Um analista de custos resolveu aplicar as técnicas de análise do Ponto de
Equilíbrio Contábil para verificar o desempenho de uma determinada empresa.
Sabia que a empresa vinha vendendo, nos últimos meses, 30.000 pacotes de
produtos/mês, à base de R$35,00 por pacote. Seus custos e despesas fixas têm
sido de R$472.500,00 ao mês e os custos e despesas variáveis, de R$15,00 por
pacote.
A margem de segurança é de:
a) R$223.125,00.
b) R$270.000,00.
c) R$826.875,00.
d) R$1.050.000,00.
26. Uma empresa incorreu nas seguintes operações em determinado mês:
- O Departamento de Compras comprou matéria-prima no valor de R$25,00 e
incorreu em gastos próprios no valor de R$5,00.
- O Departamento de Produção recebeu a matéria-prima do Departamento de
Compras e incorreu em gastos próprios no valor de R$50,00 para produzir o
produto.
- O Departamento de Vendas recebeu o produto produzido pelo Departamento
de Produção e incorreu em gastos próprios no valor de R$20,00.
- O preço de venda para o consumidor final foi de R$120,00.
Considerando que a transferência entre os departamentos ocorreu pelo custo
total realizado, é INCORRETO afirmar que:
a) o custo total do Departamento de Produção é de R$80,00.
b) o custo total do Departamento de Vendas é de R$100,00, dos quais R$80,00
transferidos de outros departamentos.
c) o Departamento de Compras apurou um prejuízo de R$30,00.
d) os Departamentos de Compras e de Produção somaram no período receitas
com vendas internas no montante de R$110,00.

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27. A Lei no. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do


Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua
entrada em vigor.

Com relação à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias,


assinale a opção CORRETA.

a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos
geradores tenham ocorrido a partir de 1°.1.2011, devido aos Princípios da
Legalidade, da Anualidade e da Tipicidade Cerrada.
b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida
majoração somente poderá ser cobrada em face dos fatos geradores
ocorridos após noventa dias da sua publicação.
c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos
fatos geradores ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se
submete ao Princípio da Anterioridade.
d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores
ocorridos após quarenta e cinco dias da publicação na Lei n o. X, devido à
regra contida na Lei de Introdução ao Código Civil, já que aquela Lei foi
omissa quanto a sua entrada em vigor.

28. De acordo com a legislação trabalhista, julgue os itens abaixo como Verdadeiros
(V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiver sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação
de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada
uma das subordinadas.

II. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do


empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que
esteja caracterizada a relação de emprego.

III. Considera-se como “de serviço efetivo” o período em que o empregado


esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens,
salvo disposição especial expressamente consignada.

A sequência CORRETA é:

a) F, F, F.
b) F, F, V.
c) V, F, F.
d) V, V, V.

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29. No que diz respeito ao parcelamento disposto no Código Tributário Nacional,


assinale a opção CORRETA.

a) O parcelamento afasta o cumprimento da obrigação acessória.


b) O parcelamento constitui uma das modalidades de extinção dos créditos
tributários prescritas pelo Código Tributário Nacional.
c) O parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário.
d) O parcelamento extingue o crédito tributário de forma fracionada e
continuada, quando a legislação tributária não dispuser a respeito.

30. Um investidor fez uma aplicação financeira a juros compostos com capitalização
mensal a uma taxa de juros nominal de 8,7% ao semestre. Ao fim de dois anos e
meio, o aumento percentual de seu capital inicial foi de:

a) 43,50%.
b) 49,34%.
c) 51,76%.
d) 54,01%.

31. Um gestor de empresa tem três cotações de preços de fornecedores diferentes,


da mesma quantidade de uma determinada matéria-prima, nas seguintes
condições de pagamento:

Fornecedor A R$3.180,00 para pagamento à vista


Fornecedor B R$3.200,00 para pagamento em 1 (um) mês
Fornecedor C R$3.300,00 para pagamento em 2 meses

Considerando as condições de pagamento e um custo de oportunidade de 1%


(um) ao mês, é mais vantajoso adquirir a matéria-prima:

a) do Fornecedor A.
b) do Fornecedor B.
c) dos Fornecedores A ou C.
d) dos Fornecedores B ou C.

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32. A quantidade diária de unidades vendidas do produto X em uma determinada


indústria segue uma distribuição normal, com média de 1.000 unidades e desvio
padrão de 200 unidades. O gráfico abaixo representa a distribuição normal
padrão com média igual a 0 (zero) e desvio-padrão igual a 1 (um), cujas
percentagens representam as probabilidades entre os valores de desvio-padrão.

Com base nas informações fornecidas, é CORRETO afirmar que:

a) a probabilidade de a quantidade vendida ficar abaixo de 800 unidades é de


34,13%.
b) a probabilidade de a quantidade vendida ficar acima de 1.200 unidades é de
13,6%.
c) a probabilidade de a quantidade vendida ficar entre 800 e 1.200 unidades é
de 68,26%.
d) a probabilidade de a quantidade vendida ficar entre 800 e 1.200 unidades é
de 31,74%.

33. Os preços em reais (R$) para uma amostra de equipamentos de som estão
indicados na tabela abaixo.

Equipamento. 1 2 3 4 5 6 7
Preço (R$) 500,00 834,00 470,00 480,00 420,00 440,00 440,00

Com base na amostra, o valor CORRETO da mediana é igual a:

a) R$440,00.
b) R$470,00.
c) R$512,00.
d) R$627,00.

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34. Classifique os métodos de avaliação do Ativo a seguir enumerados, como valor


de entrada ou saída:

- Custo Histórico
- Valor de Liquidação
- Valor Realizável Líquido
- Custo Corrente de Reposição

A sequência CORRETA é:

a) entrada, saída, entrada, entrada.


b) entrada, saída, saída, entrada.
c) saída, entrada, saída, entrada.
d) saída, saída, saída, entrada.

35. Presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal
intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que ser
preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.

A afirmação acima tem por base o Princípio da:

a) Continuidade.
b) Oportunidade.
c) Prudência.
d) Relevância.

36. Em relação ao Passivo, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção


CORRETA.

I. Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.

II. Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são
reconhecidas por não ser possível mensurá-las de forma confiável.

III. A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.

Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.

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37. Conforme a legislação vigente que regula o exercício profissional, o contabilista


poderá ser penalizado por infração legal ao exercício da profissão. Assinale a
opção que NÃO corresponde à penalidade ético-disciplinar aplicável.

a) Advertência pública.
b) Advertência reservada.
c) Cassação do exercício profissional.
d) Suspensão temporária do exercício da profissão.

38. Um contabilista, em razão do enquadramento de empresa cliente em regime de


tributação simplificado, resolve elaborar a escrituração contábil em regime de
caixa. A atitude do contabilista:

a) está em desacordo com os Princípios de Contabilidade e consiste em infração


ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, qualquer que seja
o porte da empresa.
b) está em desacordo com os Princípios de Contabilidade, mas não consiste em
infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, qualquer
que seja o porte da empresa.
c) não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do
Contabilista e está em conformidade com os Princípios de Contabilidade,
caso a empresa em questão seja uma microempresa.
d) não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do
Contabilista, mas está em desacordo com os Princípios de Contabilidade,
caso a empresa em questão seja uma microempresa.

39. Com relação ao comportamento dos profissionais da Contabilidade, analise as


situações hipotéticas apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a
opção CORRETA.

I. Um contabilista iniciante contratou um agenciador de serviços para atuar


na captação de clientes. Para cada cliente captado, o agenciador irá
receber 1% dos honorários acertados.
II. Em razão de sua aposentadoria, o contabilista transferiu seus contratos de
serviço para seu genro, também contabilista. Os clientes foram contatados
um a um, por telefone, e se manifestaram de acordo com a mudança.
III. Um perito-contador, indicado pelo juiz para atuar em uma questão relativa
a uma dissolução de sociedade, recusou-se a assumir o trabalho por não
se achar capacitado.

De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do


profissional da Contabilidade está em DESACORDO com os deveres descritos
no Código de Ética Profissional do Contabilista nos itens:

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I, apenas.
d) II e III, apenas.

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40. A respeito dos Princípios de Contabilidade, julgue os itens abaixo e, em seguida,


assinale a opção CORRETA.

I. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da


profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
II. Os ativos avaliados pelo seu valor de liquidação baseiam-se no Princípio da
Continuidade, pressupondo que a Entidade continuará em operação no
futuro.
III. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da
informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.

Está(ao) CERTO(S) apenas o(s) item(ns):

a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) III.

41. Relacione a situação descrita na primeira coluna com o procedimento a ser


adotado na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

(1) Há obrigação presente que, ( ) Nenhuma provisão é


provavelmente, requer uma reconhecida, mas é exigida
saída de recursos. divulgação para o passivo
contingente.
(2) Há obrigação possível ou ( ) Nenhuma provisão é
obrigação presente que pode reconhecida e nenhuma
requerer, mas provavelmente divulgação é exigida.
não irá requerer uma saída de
recursos.
(3) Há obrigação possível ou ( ) A provisão é reconhecida e é
obrigação presente cuja exigida divulgação para a
probabilidade de uma saída de provisão.
recursos é remota.

A sequência CORRETA é:

a) 2, 3, 1.
b) 1, 3, 2.
c) 2, 1, 3.
d) 1, 2, 3.

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42. A Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações


Contábeis estabelece os conceitos que fundamentam a preparação e a
apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos.

Com base nessa observação, julgue os itens a seguir como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

( ) Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações financeiras


elaboradas para fins exclusivamente fiscais.
( ) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas
demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos
usuários. Por esta razão, informações sobre assuntos complexos devem
ser excluídas por serem de difícil entendimento para usuários que não
conheçam as particularidades do negócio.
( ) Regime de Competência e Continuidade são apresentados na Estrutura
Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis como pressupostos básicos.
( ) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade são
apresentadas na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação
das Demonstrações Contábeis como pressupostos básicos.

A sequência CORRETA é:

a) F, F, F, F.
b) F, F, V, F.
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, F.

43. De acordo com a NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a


Fraude no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, a fraude é
considerada o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos
responsáveis pela governança, empregados ou terceiros que envolva:

a) a obtenção de vantagem justa ou legal.


b) culpa para obtenção de vantagens.
c) dolo ou culpa para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.
d) dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.

44. De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria convergentes com as Normas


Internacionais de Auditoria, o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer
e não ser evitada, ou detectada e corrigida em tempo hábil por controles internos
relacionados é considerado um risco:

a) de controle.
b) de detecção.
c) inerente.
d) inevitável.

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45. Uma empresa apresentava um quadro societário de cinco sócios, com as


seguintes participações: sócio A: 20%; sócio B: 20%; sócio C: 20%; sócio D:
20%; e sócio E: 20%. O sócio D foi excluído da sociedade pelos demais sócios,
os quais arquivaram uma Alteração Contratual na Junta Comercial, na qual
constou em uma das cláusulas que os haveres do sócio excluído estariam a sua
disposição, cuja apuração de haveres teria sido realizada com base em Balanço
Patrimonial Especial. O sócio D ajuizou uma ação de apuração de haveres na
qual pediu a avaliação dos bens da sociedade, com base em valores de
mercado. O juiz nomeou dois peritos. Para a avaliação dos bens imóveis, foi
nomeado um perito engenheiro e para a apuração dos haveres foi nomeado o
perito-contador. O trabalho do perito-contador utilizou os dados apresentados
pela perícia de engenharia e os valores do Balanço Patrimonial Especial
juntados aos autos, para, por fim, elaborar um novo Balanço Patrimonial
Ajustado.
O Balanço Patrimonial Especial era assim representado:
Balanço Patrimonial Especial em 31.1.2011
ATIVO
Ativo Circulante R$ 742.465,53
Caixa R$ 3.466,40
Bancos Conta Movimento R$ 19.360,36
Aplicações R$ 51.656,48
Estoques R$ 124.019,03
Duplicatas a Receber R$ 214.734,00
Adiantamentos R$ 8.728,57
Impostos a Recuperar R$ 35.834,51
Despesas Pagas Antecipadamente R$ 284.666,18
Ativo Não Circulante R$ 1.899.933,61
Investimentos R$ 14.814,87
Imobilizado R$ 1.884.292,23
Intangível R$ 826,51
Total do Ativo R$ 2.642.399,14
Passivo a Descoberto R$ 389.219,93
Capital Social Realizado (R$ 121.260,00)
Prejuízos Acumulados R$ 510.479,93
Total do Ativo + Passivo a Descoberto R$ 3.031.619,07
PASSIVO
Passivo Circulante R$ 2.366.717,69
Fornecedores R$ 1.332.217,17
Empréstimos Bancários R$ 20.000,00
Obrigações Sociais a Recolher R$ 234.200,21
Impostos e Taxas a Recolher R$ 678.683,18
Obrigações Trabalhistas R$ 52.086,21
Provisões R$ 37.324,65
Adiantamento de Clientes R$ 12.206,27
Passivo Não Circulante R$ 664.901,38
Empréstimos de Longo Prazo R$ 451.765,96
Impostos Federais Parcelados R$ 213.135,42
Total do Passivo R$ 3.031.619,07

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Os bens imóveis avaliados pela perícia de engenharia foram agrupados


conforme a seguir:

Valor antes da Valor após a


DESCRIÇÃO
avaliação avaliação
Ativo Não Circulante R$ 1.899.933,61 R$ 2.456.701,90
Investimentos R$ 14.814,87 R$ 714.944,89
Propriedades para Investimento R$ 13.769,98 R$ 713.900,00
Participações em Sociedade de Crédito R$ 1.044,89 R$ 1.044,89
Imobilizado R$ 1.884.292,23 R$ 1.740.930,50
Máquinas e Equipamentos R$ 1.884.292,23 R$ 1.740.930,50
Intangível R$ 826,51 R$ 826,51
Marcas e Patentes R$ 826,51 R$ 826,51

O perito-contador realizou os ajustes necessários a um novo Balanço


Patrimonial, no qual os haveres do sócio excluído ficaram apurados em:

a) R$33.509,67.
b) R$167.548.36.
c) R$491.340,38.
d) R$639.833,49.

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46. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos


de Perícia Contábil, o Laudo Pericial Contábil é:

a) a indagação e a busca de informações, mediante conhecimento do objeto da


perícia solicitada nos autos.

b) a investigação e a pesquisa sobre o que está oculto por quaisquer


circunstâncias nos autos.

c) a peça escrita elaborada pelo perito assistente, na qual ele deve registrar, de
forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as
minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova
necessários para a conclusão do seu trabalho.

d) o documento escrito no qual o perito deve registrar, de forma abrangente, o


conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que
envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a
conclusão do seu trabalho.

47. O auditor realizou uma contagem física no caixa da empresa auditada.


Considerando que nessa data o saldo anterior existente era de R$100.000,00 e,
levando em consideração os eventos após a contagem, o CORRETO valor do
saldo final do caixa da empresa é de:

Eventos:

- Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor, efetuado por meio


de cheque no valor de R$57.000,00.
- Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$72.000,00, acrescido
de juros por atraso de 2%.
- Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$21.900,00.
- Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$51.000,00.

a) R$27.100,00.
b) R$43.540,00.
c) R$100.540,00.
d) R$173.440,00.

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Leia o texto a seguir para responder às questões 48, 49 e 50.

As Ciências Contábeis inseridas na sustentabilidade


Rosangela Beckman e Dandara Lima;
Colaboraram Fabrício Santos e Maria do Carmo Nóbrega.

Em decorrência do progresso crescente, diversos segmentos da sociedade


voltaram suas preocupações para uma esfera de que até bem pouco tempo não se
falava muito: a preservação ambiental e o ônus decorrente dessa expansão mundial.
Em vista disso, determinados setores da sociedade partiram em busca de
estratégias controladoras com a finalidade de que fossem produzidas soluções
eficazes para o desenvolvimento sustentável.
A Contabilidade, que é uma ciência que tem como objeto de estudo o
patrimônio das entidades, enveredou nessa linha social e recoloca-se como uma
ferramenta gerencial fundamental com vistas a conferir os encargos decorrentes dos
impactos ambientais deflagrados pelas atuais atividades econômicas.
Com o objetivo de tornar evidente esse relacionamento entre empresa e meio
ambiente, a Contabilidade Socioambiental, autenticada como mais um segmento das
Ciências Contábeis, que vem ganhando espaço privilegiado atualmente na
sociedade, foi concebida para fornecer informações e interpretações pontuais a
empresas, governos e demais usuários a respeito de seu patrimônio ambiental e os
respectivos efeitos ocasionados pelos danos ao meio ambiente, os quais podem ser
mensurados em moeda.
(Revista Brasileira de Contabilidade. Maio / junho de 2007 – nº 183, p. 20. Com
adaptações.)

48. Segundo o texto, é INCORRETO afirmar que

a) a Contabilidade Socioambiental tem como objeto o relacionamento entre


entidade e meio ambiente.
b) encargos relativos ao impacto ambiental são mensuráveis em moeda.
c) estratégias de controle ambiental levam ao desenvolvimento sustentável.
d) o progresso mundial implica degradação ambiental.

49. No texto, é CORRETA a substituição, sem mudança de sentido, de

a) “até bem pouco tempo” (linha 2) por a bem pouco tempo atrás.
b) “de que fossem produzidas” (linha 5) por de que se produza.
c) “eficazes” (linha 6) por eficientes.
d) “Em decorrência” (linha 1) por Como resultado.

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50. De acordo com o texto, assinale a descrição gramatical INCORRETA.

a) O uso de dois pontos, na linha 3, anuncia a identificação sumária do tema


pouco discutido.
b) Para evitar a repetição do pronome relativo, reescreve-se o enunciado das
linhas 7 a 8 da seguinte maneira, sem mudança de sentido: A Contabilidade,
ciência que o objeto de estudo é o patrimônio das entidades, enveredou
nessa linha social.
c) A próclise pronominal em “não se falava muito” (linhas 2 e 3) é o resultado da
regra de colocação do pronome átono precedido de palavra de sentido
negativo.
d) A justificativa para o emprego obrigatório da vírgula, em “danos ao meio
ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda” (linhas 16 e 17), é a
natureza explicativa da oração adjetiva.

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1º EXAME DE SUFICIÊNCIA/2011
REALIZAÇÃO: 27 DE MARÇO DE 2011

CATEGORIA: BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Questão Resposta Questão Resposta


1 B 26 ANULADA
2 D 27 B
3 A 28 D
4 C 29 C
5 B 30 D
6 C 31 B
7 A 32 C
8 C 33 B
9 D 34 B
10 D 35 A
11 C 36 A
12 A 37 A
13 A 38 A
14 B 39 B
15 B 40 B
16 D 41 A
17 D 42 C
18 C 43 D
19 A 44 A
20 C 45 A
21 A 46 D
22 C 47 C
23 D 48 D
24 B 49 D
25 A 50 B
Disponibilizado em 4 de abril de 2011
SuficienciaContabil.com.br–  Tudo  sobre  o  Exame  de  Suficiência!                                                                                              26  

RESOLUÇÃO  
Recomendações:

1)   Separe um tempo e tente resolver a prova inteira em um ambiente


tranquilo. Utilize apena caneta e a calculadora HP.
2)   Mesmo que você não saiba algumas matérias, tente resolver todas as
questões. Há questões que, por lógica, você consegue acertar.
3)   Após a resolução da prova, anote o número de acertos (isto é
importante para você verificar a evolução do aprendizado).
4)   Agora sim! Utilize o nosso gabarito comentado para compreender a
resolução das questões em que você teve dúvidas.

RESOLUÇÃO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA 2011.1

1)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Dificuldade: 2
     
    O  examinador  requer  do  candidato  o  conhecimento  acerca  da  Demonstração  
do  Valor  Adicionado  (DVA).  Façamos  uma  rápida  revisão:  
 
    A   Lei   nº   11.638/2007   trouxe   importante   alteração   à   Lei   6.404/76   no   que  
tange   à   DVA.   Incluiu   o   art.   176,   inc.   V,   estatuindo   que   a   partir   de   01/Jan/2008   a  
Demonstração   do   Valor   Adicionado   (DVA)   passa   a   ser   obrigatória   no   Brasil  
apenas  para  as  sociedades  por  ações  de  capital  aberto.    
         
PRO VA S  RE SO L VI DA S   -­   E XA M E   DE   SU FI CI ÊN CI A   CO N TÁ BI L -­   AN O   2 0 1 7  

  W WW . SU FI CI EN CI ACO NT A BI L .CO M . BR  

 
 
SuficienciaContabil.com.br–  Tudo  sobre  o  Exame  de  Suficiência!                                                                                              27  

          Art.   176.   (...)   V   –   se   companhia   aberta,   demonstração   do  


        valor     adicionado.  (Incluído  pela  Lei  nº  11.638,de  2007)  
 
  O  art.  188,  inc.  II,  com  a  Lei  11.638/2007,  passou  a  dispor  acerca  do  
Conteúdo  da  Demonstração  do  Valor  Adicionado  da  seguinte  forma:  
 
        Art.   188.   (...)II   –   demonstração   do   valor   adicionado   –   o   valor  
      da  riqueza  gerada  pela  companhia,  a  sua  distribuição  entre  
      os  elementos  que  contribuíram  para  a  geração  dessa  riqueza,  
      tais  como  empregados,  financiadores,  acionistas,  governo
      e  outros,  bem  como  a  parcela  da  riqueza  não    
      distribuída.  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.638,de  2007)  
 
    A   DVA   é   subdividida   em   duas   partes.   Na   primeira,   calcula-­se   o   valor  
adicionado  a  distribuir.  Já  na  segunda,  quem  se  beneficiou  com  a  distribuição.    
 
    Entende-­se  por  valor   adicionado   como  sendo  a  diferença   entre   a   receita  
gerada  e  os  insumos.  
 
    Valor  Adicionado  =  Receita  Gerada  -­  Insumos  
       
    O  valor  adicionado  líquido  (VAL)é  obtido  descontando  a  retenção(R)  do  
valor  adicionado  bruto  (VAB).    
     
    VAL  =  VAB  –  R  
 
    A   retenção   seriam   os   valores   correspondentes   à   depreciação,  
amortização   ou   à   exaustão.   Tais   valores   não   podem   ser   distribuídos   pois  
referem-­se  à  recuperação  de  Capital  investido  em  ativos  não  circulantes.  
 
    O  valor  total  adicionado  a  distribuir  (VTAD)  é  obtido  somando-­se  o  valor  
adicionado  recebido  de  terceiros  (VART)  ao  valor  adicionado  líquido  (VAL).  
 
    VTAD  =  VART  +  VAL  
 
    O   valor   adicionado   recebido   de   terceiros,   também   chamado   de   valor  
adicionado   recebido   em   transferência,   é   constituído   dos   ganhos   em   função   da  
aplicação   de   recursos   em   ação   ou   quotas   de   capital   (dividendos   ou   ganhos   de  
capital),  receitas  de  aluguéis  (inclusive  leasing  operacional),  licenciamento  de  
ativos  (royalties  ou  taxas  de  franquia)  e  comissões.  
 

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    Agora,  para  facilitar  sua  vida  quando  da  resolução  de  questões  que  a  DVA,  
utilize  sempre  o  modelo  a  seguir,  trazido  pela  Deliberação  CVM  557/2008:  

   

DEMONSTRAÇÃO  DO  VALOR  ADICIONADO  


1.   RECEITAS  
ATENÇÃO:  (inclui  os  valores  dos  impostos  -­‐  IPI,  ICMS,  PIS  e  COFINS)  
1.1)   Vendas  de  mercadorias,  produtos  e  serviços  
1.2)   Provisão  p/  devedores  duvidosos  –  Reversão  /  (Constituição)  
1.3)   Outras  Receitas  (Não  operacionais)  
2.   INSUMOS  ADQUIRIDOS  DE  TERCEIROS  
ATENÇÃO:  (inclui  os  valores  dos  impostos  -­‐  IPI,  ICMS,  PIS  e  COFINS)  
2.1)   Custo  das  mercadorias  e  serviços  vendidos  
2.2)   Materiais,  energia,  serviço  de  terceiros  e  outros  
2.3)   Perda  /  Recuperação  de  valores  ativos  
2.4)   Outras  (ex.  Despesas  Comerciais  e  Administrativas)  
3.   VALOR  ADICIONADO  BRUTO  (1-­‐2)  
4.   DEPRECIAÇÃO,  AMORTIZAÇÃO  E  EXAUSTÃO  
4.1)   Depreciação,  amortização  e  exaustão  
5.   VR.  ADICIONADO  LÍQUIDO  PRODUZIDO  P/  ENTIDADE  (3-­‐4)  
6.   VALOR  ADICIONADO  RECEBIDO  EM  TRANSFERÊNCIA  
ATENÇÃO:  Muito  cobrado!!!  
6.1)   Resultado  de  equivalência  patrimonial  
6.2)   Receitas  financeiras  
6.3)   Outras  (Dividendos  avaliados  ao  custo,  Aluguéis,  Direitos  de  Franquias  “RECEBIDOS”)  
7.   VALOR  ADICIONADO  TOTAL  A  DISTRIBUIR  (5+6)  
8.   DISTRIBUIÇÃO  DO  VALOR  ADICIONADO*  
8.1)   Pessoal  e  encargos  
ATENÇÃO:  Não  incluir  encargos  com  o  INSS,  pois  estão  no  item  seguinte.  
8.2)   Impostos,  taxas  e  contribuições(Inclusive  as  devidas  ao  INSS)  
8.3)   Juros(Inclusive  Variações  Cambiais  Passivas)  
8.4)   Aluguéis(Inclusive  Leasing  Operacional)  
8.5)   Outras  (Royalties,  Franquias,  Direitos  Autorais...  “PAGOS”)  
8.6)   Juros  s/  capital  próprio(Exceto  os  contabilizados  como  Reservas)  e  dividendos  /  Lucros  
Retidos/  Prejuízo  do  Exercício  
8.7)   Participação  dos  Não  Controladores  nos  Lucros  Retidos  (só  para  consolidação,  evidencia  a  
parcela  da  riqueza  obtida  destinada  aos  sócios  não  controladores)  
*  O  total  do  item  8  deve  ser  exatamente  igual  ao  item  7.  

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    Passemos  a  nossa  questão:  


 
    Dados  fornecidos:  
 
    Vlr  Merc.  adquirida  (ICMS  de  R$  1.000,00  incluso)  =  R$  5.000,00  
    Vlr  Venda  Merc.  adquirida  (ICMS  de  R$  1.800,00  incluso)  =  9.000,00  
    Desp.  c/  representação  comercial  =  R$  1.200,00  
    Depreciação  de  veíc.  =  R$  200,00  
 
    Pede-­se  o  Valor  Adicionado  a  Distribuir!!!  
 
    Ora,   utilizando   a   tabela   e   lembrando   dos   detalhes   que   vimos   acima,   fica  
fácil!   Cuidado!!!   O   ICMS,   assim   como   o   IPI,   o   PIS   e   COFINS,   não   deverão   ser  
abatidos  dos  valores  brutos  de  compra  e/ou  de  venda.    
 
DEMONSTRAÇÃO  DO  VALOR  ADICIONADO  

1.   RECEITA  

1.1)   Vendas  de  mercadorias   9.000,00  

2.   INSUMOS  ADQUIRIDOS  DE  TERCEIROS  


(5.000,00)  
2.1)   (-­‐)  Custo  das  Mercadorias  Vendidas(CMV)  
(1.200,00)  
2.4)      (-­‐)  Despesas  Comerciais    
2.800,00  
3.   VALOR  ADICIONADO  BRUTO  (1  +  2)  
(200,00)  
4.   (-­‐)  DEPRECIAÇÃO    
2.600,00  
5.   VALOR  ADICIONADO  LÍQUIDO  (3  –  4)  
0,00  
6.   VALOR  ADICIONADO  RECEBIDO  EM  TRANSFERÊNCIA    
2.600,00  
7.   VALOR  ADICIONADO  TOTAL  A  DISTRIBUIR  (5+6)  

Gabarito: B

 
 
 
 
         
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2)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Avaliação de Ativos – Ajuste a Valor Presente (AVP)
Dificuldade: 2

Questão tranquila! Bastaria o candidato lembrar do que dispõe a


Lei 6.404/76, no seu art. 183, inc. VIII, incluído pela Lei 11.638/2007,
quanto aos critérios de avaliação do ativo.

Recapitulemos, haja vista sua similaridade, também como são


avaliados os elementos do passivo:

De acordo com o Art. 183, inciso VIII, Lei 6.404/76 com redação
dada pela Lei 11.638/2007:

    “VIII   –   os   elementos   do   ativo   decorrentes   de   operações   de  


      longo   prazo   serão   ajustados   a   valor   presente,   sendo   os  
      demais  ajustados  quando  houver  efeito  relevante.”  

Consoante o art. 184, inciso III, Lei 6.404/76, com redação dada
pela Lei 11.941/2009:

“as  obrigações,  encargos  e  riscos  classificados  no  passivo  


não   circulante   serão   ajustados   a   seu   valor   presente,  
sendo    os  demais  ajustados  quando  houver  efeito  relevante.”  

Os elementos integrantes do ativo e do passivo, quando


decorrentes de operações de longo prazo, devem ser ajustados ao
seu valor presente, mediante descontos que considerem os juros
embutidos.

Caso haja efeitos relevantes, serão também ajustados os


ativos ou passivos decorrentes de operações de curto prazo.

Tais tratamentos permitem a homogeneização das operações e


possibilitam a comparação de demonstrações, independentemente de as
empresas operarem à vista ou aprazo.

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Para facilitar a assimilação acerca do assunto, segue o esquema


seguir:

LP  
Ativos  
183,  VIII  
Demais  
Ajustes  a  
Valor  Presente  
LP  
Passivos  
184,  III  
Demais  

Passemos à análise da questão:

Observem que a venda foi efetivada em dezembro de 2010 para


recebimento em 13 meses, gerando um direito para a companhia
realizável após o término do exercício seguinte.

Logo, por força do art. 179, inc. II, Lei 6.404/76, classificaremos
tal direito como um Ativo Realizável a Longo Prazo.

Por conseguinte, cumprindo com o que preceitua o art. 183, VIII,


Lei 6.404/76, a empresa deve realizar o ajuste a valor presente por
meio do seguinte lançamento:

Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circ.)R$110.000,00


Crédito: Rec. Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Rec. Financ. a Apropriar (Ativo Não Circ.)R$10.000,00

Gabarito: D

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3)

Matéria: Contabilidade Geral


Assunto: Operações com Mercadorias - Inventário Permanente
Dificuldade: 2

Nesta questão, o examinador aborda o inventário permanente. Tal


inventário consiste em controlar permanentemente o estoque de
mercadorias efetuando as respectivas anotações a cada compra ou
devolução. Dessa forma, como os estoques de mercadorias são mantidos
atualizados constantemente, as empresas podem apurar o resultado da
conta “Mercadorias” no momento em que desejarem.

Especificamente a questão trata do método do PEPS, também


conhecido como FIFO (First In, First Out), esse critério para valoração
dos estoques tem como característica principal o fato de que a empresa
atribuirá às mercadorias estocadas os custos mais recentes.

Por conseguinte, a saída dos produtos dos estoques é quantificada


nos produtos adquiridos em épocas mais antigas, ou seja, como o
próprio nome diz, a primeira mercadoria comprada é a primeira a
ser considerada como vendida.

Passemos à questão:

Dados fornecidos:

Aquisições:

03/01/2011 - 40 unidades a R$30,00


24/01/2011 - 50 unidades a R$24,00
01/02/2011 - 50 unidades a R$20,00
15/02/2011 - 60 unidades a R$20,00

Vendas:
10/02/2011 – 120 unidades a R$ 40,00

Observemos, agora, a Ficha Controle de Estoques relativa às


movimentações ocorridas até o dia da venda:

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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES (PEPS)


ENTRADA SAÍDA SALDO
Data Qtde V.Un V.Total Qtde V.Un V.Total Qtde V.Un V.Total
40 30,00 1.200,00 40 30,00 1.200,00
03/01/11
40 30,00 1.200,00
50 24,00 1.200,00
24/01/11 50 24,00 1.200,00
40 30,00 1.200,00
50 24,00 1.200,00
50 20,00 1.000,00
01/02/11 50 20,00 1.000,00
140
40 30,00 1.200,00
10/02/11 50 24,00 1.200,00
20 20,00 400,00
30 20,00 600,00
3.000,00
20 20,00 400,00
60 20,00 1.200,00
15/02/11 60 20,00 1.200,00
80 20,00 1.600,00
TOTAL

A questão pede o Lucro Bruto, logo, precisaremos achar o valor das


Vendas Líquidas, subtraí-la do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e
chegarmos, enfim, ao Lucro Bruto.

Para chegarmos ao valor das Vendas Líquidas, sigamos o caminho


abaixo:

(=) Receita Bruta de Vendas

(-) Deduções da Receita Bruta


•   Devoluções de Vendas
•   Abatimentos s/ Vendas
•   Descontos Incondicionais Concedidos
•   Impostos e Contribuições sobre Vendas

(=) Receita Líquida de Vendas

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Observem que o examinador foi bondoso e não incluiu na questão


nenhuma dedução da Receita Bruta e, portanto, nessa questão a
Receita Líquida de Vendas será igual à Receita Bruta.

(=) Receita Bruta de Vendas 120u x R$ 40,00 = R$ 4.800,00


(-) Deduções da Receita Bruta = 0,00
(=) Receita Líquida de Vendas = R$ 4.800,00

Podemos, agora, calcular o Lucro Bruto, também chamado


Resultado com Mercadorias:

(=) Vendas Líquidas = R$ 4.800,00


(-) CMV = 40u x 30,00 + 50u x 24,00 + 30u x 20,00 = R$
3.000,00

(=) Lucro Bruto = 4.800,00 – 3.000,00 = R$ 1.800,00

Chegando ao valor do Lucro Bruto, o candidato já poderia partir


para outra questão, pois somente a alternativa “A” apresenta como
resposta o valor de R$ 1.800,00. Mas continuemos! Lembro que na sua
prova você, de olho sempre nas alternativas, NÃO PERDERÁ TEMPO!
Prossiga na missão!!!

A questão pede, ainda, a quantidade final em estoque e seu valor


unitário de custo. Calculemos:

Observem na Ficha Controle que no dia 01/02/2011 tínhamos um


total de 140 unidades em estoques. Utilizando o método PEPS,
vendemos 120 unidades. Restou 20 unidades a R$ 20,00.

No dia 15/02/2011, a empresa adquiriu mais 60 unidades ao custo


também de R$ 20,00.

Logo, somando essa aquisição às 20 unidades que havia


restado após a venda, teremos em estoque final um total de 80
unidades a um custo de R$ 20,00.

Gabarito: A

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4)

Matéria: Contabilidade Geral


Assunto: Classificação de Contas Contábeis
Dificuldade: 2

“Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos
afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está
visível.” (Sun Tzu)

É de fundamental importância conhecermos muito bem as contas


contábeis e sua classificação. Não somente para responder questões
específicas sobre o assunto, mas, principalmente, para se ter agilidade
nas resoluções que envolvam a aplicação do método das partidas
dobradas.
Quando precisarem efetuar um lançamento contábil, sabendo a
função, funcionamento e classificação de cada conta envolvida no fato
em análise, perceberão tamanha importância desse conhecimento.
Antes de iniciarmos a análise das contas apresentadas na questão,
observem que o examinador alerta para fazê-lo após a apuração do
Resultado do Período e antes da sua destinação.

Sendo assim, vamos apurar o resultado do exercício:

Dados fornecidos:

Caixa R$ 6.500,00
Bancos Conta Movimento R$ 14.000,00
Capital Social R$ 20.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 56.000,00
Depreciação Acumulada R$ 1.500,00
Despesas Gerais R$ 23.600,00
Fornecedores R$ 9.300,00
Duplicatas a Receber em 60 dias R$ 20.900,00
Equipamentos R$ 10.000,00
Reserva de Lucros R$ 3.000,00
Estoque de Mercadorias R$ 4.000,00
Receitas de Vendas R$ 97.700,00
Salários a Pagar R$ 3.500,00

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Apuração do Resultado do Exercício

(=) Receita de Vendas Brutas = R$ 97.700,00


(-) Deduções da Receita Bruta = (R$ 0,00)

(=) Receita Líquida de Vendas = R$ 97.700,00


(-) CMV = (R$ 56.000,00)

(=) Lucro Bruto ou Res. c/ Merc.= R$ 41.700,00


(-) Despesas Operacionais = (R$ 23.600,00)

(=) Lucro Líquido do Exercício = R$ 18.100,00

O Lucro Líquido do Exercício entra no Patrimônio Líquido (PL) pelo


crédito na conta “Lucros Acumulados”, aumentando-o, com débito na
conta transitória “Apuração do Resultado do Exercício.

Logo, classificaremos o Lucro Líquido do Exercício como uma conta


do Patrimônio Líquido.

Analisemos as contas apresentadas em nossa questão:

Contas Saldo Classificação


Lucro Líquido do Exercício 18.100,00 PL
Caixa 6.500,00 AC
Bancos Conta Movimento 14.000,00 AC
Capital Social 20.000,00 PL
Custo das Mercadorias Vendidas 56.000,00 Despesa
Depreciação Acumulada 1.500,00 Retificadora do ANC Imobilizado
Despesas Gerais 23.600,00 Despesa
Fornecedores 9.300,00 PC
Duplicatas a Receber em 60dias 20.900,00 AC
Equipamentos 10.000,00 ANC Imobilizado
Reserva de Lucros 3.000,00 PL
Estoque de Mercadorias 4.000,00 AC
Receitas de Vendas 97.700,00 Receita
Salários a Pagar 3.500,00 PC

Logo, em verde grifamos as contas do Patrimônio Líquido e em


laranja as do Ativo Circulante.
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PL = 18.100 + 20.000 + 3.000 = R$ 41.100,00

AC = 6.500 + 14.000 + 20.900 + 4.000 = R$ 45.400,00

Gabarito: C

 
5)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
Dificuldade: 1

O examinador presenteia o candidato com esta questão. Aquele


que estivesse afiado, levaria não mais que 30 segundos em sua
resolução.

A questão aborda, simploriamente, a Demonstração das Mutações


do Patrimônio Líquido (DMPL). Façamos uma rápida revisão:

A Lei 6.404/76permite que a DLPA seja incluída na DMPL, sendo


esta última, portanto, mais abrangente que a primeira:

§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos


acumulados deverá indicar o montante do
dividendo por ação do capital social e poderá
ser incluída na demonstração das mutações
do patrimônio líquido, se elaborada e
publicada pela companhia.

A Instrução CVM nº 59/86 tornou a DMPL obrigatória para as


companhias abertas:

Art. 1º - As companhias abertas deverão


elaborar e publicar, como parte integrante de
suas demonstrações financeiras, a
demonstração das mutações do patrimônio

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líquido, referida ao artigo 186, § 2º "in fine",


da LEI Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

O CPC 26 (R1) passa a dispor que a DMPL será obrigatória para


praticamente todas as empresas e substituiria a DLPA (conforme
preceitua o FIPECAFI – Livro Manual de Contabilidade Societária, 2010).

Informação a ser apresentada na demonstração


das mutações do patrimônio líquido

106. A entidade deve apresentar a demonstração das


mutações do patrimônio líquido conforme requerido no
item 10. A demonstração das mutações do
patrimônio líquido inclui as seguintes
informações:

(a) o resultado abrangente do período, apresentando


separadamente o montante total atribuível aos
proprietários da entidade controladora e o montante
correspondente à participação de não controladores;

(b) para cada componente do patrimônio líquido, os


efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecidos de acordo
com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de
Erro;

(c) [eliminado];

(d) para cada componente do patrimônio líquido,


a conciliação do saldo no início e no final do
período, demonstrando-se separadamente as
mutações decorrentes:

(i) do resultado líquido;


(ii) de cada item dos outros resultados
abrangentes; e
(iii) de transações com os proprietários
realizadas na condição de proprietário, demonstrando
separadamente suas integralizações e as distribuições
realizadas, bem como modificações nas participações
em controladas que não implicaram perda do controle.

Informação a ser apresentada na demonstração


das mutações do patrimônio líquido ou nas notas
explicativas

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106A. Para cada componente do patrimônio


líquido, a entidade deve apresentar, ou na
demonstração das mutações do patrimônio
líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos
outros resultados abrangentes por item (ver item 106
(d)(ii)).

106B. O patrimônio líquido deve apresentar o


capital social, as reservas de capital, os ajustes de
avaliação patrimonial, as reservas de lucros, as
ações ou quotas em tesouraria, os prejuízos
acumulados, se legalmente admitidos os lucros
acumulados e as demais contas exigidas pelos
Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo CPC.

Observem que o item 106, "d", dispõe que na DMPL deverá


haver a conciliação dos saldos inicial e final de cada componente
do Patrimônio Líquido, o que inclui a Reserva de Lucros!!!

Gabarito: B

6)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Provisões, Folha de Pagamento e Encargos Sociais
Dificuldade: 2

O examinador adentra, agora, às principais operações contábeis


efetuadas no quotidiano de uma empresa comercial.
Embora não seja, propriamente, uma operação contábil (como uma
operação com mercadorias, financeira ou com pessoal), a constituição
de provisões, assim como suas reversões, é um importante fator de
avaliação de ativos e passivos e prática muito importante nas
sociedades.
As provisões são contas que representam quantificações cujos
valores corretos dependem de fatos ainda não ocorridos, mas que devem
ser contabilizados em função dos princípios da Oportunidade,
Competência e principalmente da Prudência.
Na análise da questão, observem que o que se pede, na verdade,
é o valor a ser contabilizado como provisão no mês de janeiro de 2011,
relativa ao 13º salário e aos encargos sociais sobre o 13º, cujo
percentual estabelecido é de 20% sobre o total da folha de pagamentos.
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O 13º salário é calculado sobre o salário integral do trabalhador a


partir da seguinte fórmula: valor do salário ÷ 12 x nº de meses
trabalhados.
O trabalhador deixará de ter direito a 1/12 avos relativos ao mês
de trabalho se, porventura, tiver mais de 15 faltas não justificadas no
mês.
As médias dos demais rendimentos como hora extra e
comissões adicionais deverão também ser somadas ao valor do salário
usado como base para o cálculo para o 13º.
Aqueles trabalhadores que só recebem comissão, devem ter
como base de cálculo para o 13º a média aritmética das comissões
recebidas durante o ano.
Apesar de a questão não ter pedido, é fundamental que o
candidato saiba diferenciar, por exemplo, o INSS do empregado e o INSS
patronal. Pois, enquanto o INSS do empregado é apenas uma
retenção que a empresa faz, o INSS patronal é um gasto extra, ou
seja, despesa da empresa.

Assim, a despesa total com empregados é basicamente:

1. Salários;
2. Horas Extras;
TOTAL DE DESPESAS
3. INSS Patronal;
COM PESSOAL
 
4. FGTS.

Passemos aos cálculos:

Dados fornecidos:

Empregados Salário mensal


Empregado A R$1.500,00
Empregado B R$1.200,00
Total da Folha R$ 2.700,00

- % total dos Encargos Sociais =20%


Total de encargos R$ 2.700,00 x 20% = R$ 540,00

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Valor da Provisão para 13º salário e Encargos Sociais:

- Valor do 13º = R$ 2.700,00


- Encargos =R$ 540,00

Provisão p/ jan de 2011 = 2.700 + 540 = 3.240,00 = R$


270,00

Gabarito: C

7)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Lucros Não Realizados no Método de Equivalência Patrimonial
Dificuldade: 1

A banca examinadora aborda aqui o caso de transações da


investida com a investidora que geram lucro para a investida e, assim,
acarretarão aumento do PL desta.

Caso os bens objetos destes lucros venham permanecer no


patrimônio da investidora, estes lucros deverão ser excluídos do
resultado da aplicação da equivalência patrimonial.

O objetivo seria não superestimar o ativo, obedecendo, assim, o


princípio da prudência, haja vista que este lucro, caso não seja excluído,
estaria computado em duplicidade no ativo da investidora (dentro do
valor do investimento e embutido no custo de aquisição dos estoques).

A Lei nº 6.404/76 dispõe, em seu artigo 248, inciso I, que no


patrimônio líquido da investida não serão computados os resultados não
realizados decorrentes de negócios com a entidade ou com outras
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas.

Art. 248, I –(...) no valor de patrimônio líquido não


serão computados os resultados não realizados
decorrentes de negócios com a companhia, oucom
outras sociedades coligadas à companhia, ou por
ela controladas;

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Passemos à análise de nossa questão:

Dados fornecidos:

Venda da investida p/ controladora = R$ 300.000,00


Lucro na venda = R$ 50.000,00
Estoque final da controladora = 50% da aquisição

Pede-se o valor a ser ajustado referente ao lucro não


realizado no MEP.

Lucro da investida contra a controladora = R$ 50.000,00;


Lucro realizado= R$ 50.000,00 x 50% = R$ 25.000,00
Lucro não realizado = R$ 50.000,00 x 50% = R$ 25.000,00

Como a controladora vendeu 50% da mercadoria adquirida, o lucro


é 50% não realizado.

Devemos excluir esse lucro não realizado da seguinte forma:

Primeiramente, aplicamos o % de participação da controladora na


investida (sempre em relação ao capital total) ao PL da investida, como
se não houvesse lucro não realizado:

P% x Vlr PL da Investida = I’

Note que I’ seria o valor do investimento da controladora na


investida, caso não houvessem lucros não realizados a excluir. Mas como
eles existem, deveremos excluí-los do valor obtido nesse primeiro passo:

I’ – Vlr Lucro não realizado = I’ - R$ 25.000,00

Logo, o valor do investimento seria de I’ - R$ 25.000,00.

Muito cuidado! Observem que, conforme prevê a Instrução CVM


247/96, primeiro aplicaremos o percentual de participação da

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controladora na investida e, só depois, eliminaremos os lucros não


realizados.

Esta é a forma que vocês utilizarão na sua prova. Caso


eliminássemos primeiro os lucros não realizados do PL da controlada e
depois aplicássemos o percentual de participação, encontraríamos outro
valor e erraríamos a questão.

Agora relaxem...rs, pois, o examinador brindou-os nesta questão e


não pediu nada disso. Apenas exigiu do candidato o valor a ser
expurgado, conforme prevê o art. 248, I, da Lei 6.404/76, para fins de
ajuste no MEP, referente aos lucros ainda não realizados.

Portanto, bastaria chegarmos ao valor do lucro não realizado no


estoque da controladora, qual seja, 50% de R$ 50.000,00 = R$
25.000,00, e já mataríamos a questão!

Gabarito: A

8)  
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Depreciação, amortização e exaustão.
Dificuldade: 2

O examinador trata nesta questão do assunto depreciação,


amortização e exaustão. Que são formas de consumo do valor econômico
dos ativos imobilizado (depreciação, amortização ou exaustão) ou
intangível (apenas amortização), conforme preceitua o art. 183, incs. V e
VII, da Lei 6.404/76.

Observem as definições destes fenômenos contidas no §2º do


mesmo artigo supramencionado:

Depreciação: perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;

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Amortização: perda do valor do capital aplicado na aquisição de


direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com
existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens
de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

Exaustão: perda do valor, decorrente da sua exploração, de


direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.

Cabe salientar que há diversos métodos para calcularmos a


depreciação. Dentre os quais, destacamos os três que são aceitos pela
Deliberação CVM 583/2009 (CPC 27 – Ativo Imobilizado), quais sejam,
Método Linear, Método da Soma dos Dígitos em Quotas Decrescentes
(Método Cole) e Método das Unidades Produzidas.

No entanto, o mais utilizado na prática e na esmagadora maioria


das questões de prova (não foi diferente nesta prova) é o Método Linear
também chamado Método das Quotas Constantes ou da Linha Reta).

No Método Linear a depreciação acumulada varia de forma


constante e diretamente proporcional ao tempo.

Passemos a nossa questão:

Dados fornecidos:

Data aquisição: 01/01/2009


Vlr contábil = R$ 15.000,00
Vida útil estimada = 5 anos
Vlr residual=R$ 3.000,00

*não houve modificação na vida útil estimada e nem no valor


residual.

O primeiro passo é sabermos qual será o Valor Depreciável:

Valor Depreciável = Custo de Aquisição -Valor Residual*

Valor Depreciável = 15.000 – 3.000 = R$ 12.000,00

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Já o Valor Residual será sempre o valor estimado que a entidade


obteria com a venda do ativo caso o mesmo já tivesse a idade e a
condição esperadas para o fim de sua vida útil. Ou seja, será o valor da
provável realização dobem após totalmente depreciado.

A questão pede o valor contábil do ativo líquido que


corresponde ao Custo de Aquisição do ativo deduzido da
Depreciação Acumulada.

Calculemos, portanto, a Depreciação Acumulada:

Observem que o bem tem vida útil de 5 anos (60 meses) e que de
1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2010 temos 2 anos (24
meses).

Dep. Acum.=(15.000 – 3.000)x 24 meses = 12.000 = 200 x


24=R$4.800
60 meses 60

Depreciação Acumulada = R$ 4.800,00

Desta forma, o valor contábil líquido do bem ao final do ano de


2010 era:

Máquinas e Equipamentos R$ 15.000,00

(−) Depreciação Acumulada (R$ 4.800,00)

(=) Valor contábil R$ 10.200,00

Gabarito: C

 
9)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Balanço Patrimonial - Classificação de Contas Contábeis.
Dificuldade: 2

Conforme vimos nos comentários da questão 4, é de EXTREMA


IMPORTÂNCIA conhecermos muito bem as CONTAS CONTÁBEIS E
SUA CLASSIFICAÇÃO. O edital do Exame de Suficiência traz um plano
de contas orientativo para os candidatos. Vale a pena consultar.

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Observem que nesta prova temos, com esta, 02 questões de mera


classificação de contas contábeis, o que corrobora o que falamos acerca
da importância do candidato dominar muito bem esse assunto.

Passemos à análise das contas da questão:

O examinador pede que o candidato apure o saldo do Ativo


Circulante. Classifiquemos, portanto, cada conta:

Contas em 31/12/2010 Saldo Classificação


Ações de Outras Emp. p/ Neg. Imed. 400,00 AC
Ações em Tesouraria 300,00 Retif. PL
Ajustes de Avaliação Pat.(saldo devedor) 900,00 Retif. PL
Aplic. em Fundos Inv. c/ Liquidez Diária 2.600,00 AC
Bancos Conta Movimento 6.000,00 AC
Caixa 700,00 AC
Capital Social 40.000,00 PL
Clientes - Vencimento em março/2011 12.000,00 AC
Clientes - Vencimento em março/2012 6.600,00 ANC
Clientes - Vencimento em março/2013 4.000,00 ANC
Depreciação Acumulada 8.800,00 Retif. ANC Imob.
Desp. Pg. Antec. (prêmio seg. vig.dez/11 300,00 AC
Estoque de Matéria-Prima 5.000,00 AC
Fin. Banc.(pg 12 parc. mens., 1ª em jan/11) 30.000,00 PC
Fornecedores 19.000,00 PC
ICMS a Recuperar 600,00 AC
Imóveis de Uso 26.000,00 ANC Imob.
Impostos a Pagar (Venc. em janeiro/2011) 6.400,00 PC
Máquinas 18.000,00 ANC Imob.
Obras de Arte 4.000,00 ANC Investimento
Participação Societária em Emp. Controladas 14.000,00 ANC Investimento
Part. Perm. no Capital de Outras Emp. 1.000,00 ANC Investimento
Reserva Legal 4.000,00 PL
Reservas de Capital 2.200,00 PL
Veículos 8.000,00 ANC Imob.

Gabarito: D

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10)  
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Demonstrações Contábeis - DFC
Dificuldade: 2
A questão trata da Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC).
Geralmente, o Exame de Suficiência cobra uma ou duas questões sobre o
tema. Relembrando:

- A DFC é a demonstração que tem o objetivo de evidenciar os fatos que


modificam o valor das disponibilidades em determinado exercício social.
- A DFC é obrigatória às Sociedades por Ações de Capital aberto e às
Sociedades por Ações com Capital Fechado e patrimônio líquido superior
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) na data do balanço.
- Os “fluxos de caixa” referem-se ao caixa, bancos conta movimento,
poupanças e outras contas que podem ser facilmente convertidas em
moeda sendo pouco provável a alteração de valores (títulos públicos ou
privados resgatáveis em até 3 meses, por exemplo).
- Pode ser elaborada pelo “método direto” ou pelo “método indireto”.
- A sua estrutura é dividia em:
Fluxo das Atividades Operacionais
Fluxo das Atividades de Financiamento
Fluxo das Atividades de Investimento

Vamos resolver esta questão pelo método indireto. Vejamos:

A questão informa que a sociedade


1-   Apresentou variação positiva de caixa e equivalente-caixa no valor
de 18.000,00.
2-   Caixa Gerado pelas atividades Operacionais foi de 28.000,00
(valor foi positivo pois houve “caixa gerado”)
3-   Caixa Consumido pelas atividades de financiamento foi de (
25.000,00) – Valor negativo pois o caixa foi “consumido”, ou seja,
as atividades de financiamento provocaram uma redução de

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25.000,00 nas disponibilidades, caixa e equivalentes caixa, da


empresa.
4-  
Por fim, a questão requer o fluxo gerado/consumido pela atividade de
financiamento. Veja só como a questão é fácil, basta colocar os valores
na estrutura:

Fluxo das Atividades Operacionais (AO): 28.000,00


Fluxo das Atividades de Finaciamento (AF): (25.000,00)
Fluxo das Atividades de Investimento(AI): ?
Variação das disponibilidades (TOTAL): 18.000,00

Agora, basta somar:

TOTAL = AO + AF + AI

18.000,00 = 28.000,00 – 25.000,00 + AI

18.000,00= 3.000,00 + AI

18.000,00 – 3.000,00 = AI

15.000,00 = AI

Logo, as atividades de Investimento Geraram, pois foi positivo, R$


15.000,00.

Gabarito: D.  

11)  
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Escrituração Contábil
Dificuldade: 1
 
Primeiramente, vamos contabilizar a ocorrência da despesa relativa
ao aluguel da fábrica, que ocorreu em dezembro de 2009:

D- Despesa com aluguéis

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C- Aluguéis a pagar

Pelo princípio da competência, temos que lançar a despesa no


período em que ela foi incorrida, no caso, em dezembro de 2009.
Posteriormente, houve o pagamento, que deve ser contabilizado da
seguinte forma:
D- Aluguéis a pagar – Passivo
C- Caixa ou Bancos Conta Movimento – Ativo
Logo, como o passivo reduz a débito e o ativo reduz a crédito,
tivemos uma redução do passivo e do ativo.

Gabarito: C.

12)

Matéria: Contabilidade Geral


Assunto: Demonstrações contábeis - DRE
Dificuldade: 2

A questão solicita o Resultado Líquido do Exercício. O Resultado


Líquido do Exercício é evidenciado na Demonstração do Resultado do
Exercício. Quando nos deparamos com uma questão como essa, o
primeiro passo é diferenciar as contas. Neste caso, vamos agrupá-las
didaticamente de três formas:

1-   Contas que compõem o Balanço Patrimonial (BP)


2-   Contas que irão diretamente para a DRE (Demonstração do
Resultado do Exercício).
3-   Contas que serão encerradas para formar o Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV). Lembrando que o CMV, depois de calculado, irá
compor a DRE.

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CONTA VALOR Destinação


Caixa R$ 80.000,00 BP
Capital Social R$ 50.000,00 BP
Compras de Mercadorias R$ 800.000,00 Cálc. CMV
Depreciação Acumulada R$ 65.000,00 BP
Despesas com Juros R$ 110.000,00 DRE
Despesas Gerais R$ 150.000,00 DRE
Duplicatas a Pagar R$ 355.000,00 BP
Duplicatas a Receber R$ 140.000,00 BP
Estoque Inicial de Mercadorias R$ 200.000,00 Cálc. CMV
Móveis e Utensílios R$ 70.000,00 BP
Receita com Juros R$ 80.000,00 DRE
Receitas com Vendas R$ 1.000.000,00 DRE
Estoque Final de Mercadorias * R$ 350.000,00 Cálc. CMV
* Dado do enunciado
   
Relembrando...

Custo das Mercadorias Vendidas = Estoque inicial + Compras - Estoque Final

Agora, vamos substituir os valores para encontrarmos o CMV:

CMV = 200.000 + 800.000 – 350.000


CMV= 650.000

Pronto! Agora vamos ver como fica a distribuição das contas:

CONTA VALOR DEMONSTRAÇÃO


Caixa R$ 80.000,00 BP
Capital Social R$ 50.000,00 BP
Depreciação Acumulada R$ 65.000,00 BP
Despesas com Juros R$ 110.000,00 DRE
Despesas Gerais R$ 150.000,00 DRE
Duplicatas a Pagar R$ 355.000,00 BP
Duplicatas a Receber R$ 140.000,00 BP
Móveis e Utensílios R$ 70.000,00 BP
Receita com Juros R$ 80.000,00 DRE
Receitas com Vendas R$ 1.000.000,00 DRE
Custo das Merc. Vendidas R$ 650.000,00 DRE

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Agora é só montarmos a estrutura da DRE:

Receita de Vendas 1.000.000,00


(-)Deduções (0)
= Receita Líquida 1.000.000,00
(-)CMV (650.000,00)
=Lucro Bruto 350.000,00
(-) Despesas Gerais (150.000,00)
= Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras 200.000
(+) Receitas Financeiras 80.000
(-) Despesas Financeiras (110.000)
= Resultado Líquido do Exercício 170.000

Gabarito: A.

 
 
13)  
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Classificação de custos e Nomenclatura aplicada a custos
Dificuldade: 1

Questão tranquila! O candidato precisava apenas lembrar da


nomenclatura aplicada à contabilidade de custos e diferenciar custos x
despesas.

Recapitulemos a nomenclatura aplicada a custos:

- Gastos: é a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera


sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro). (Eliseu Martins, “contabilidade de custos”.)

Todo gasto importa em desembolso, mas eles podem ocorrer em


momentos distintos. Isso porque o gasto ocorre no momento em que há
a transmissão da propriedade de um de um bem ou serviço. E não
necessariamente coincide com o desembolso (pagamento a prazo, por
exemplo, por tais bens ou serviços).

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Exemplos de gastos:
•   Gastos com aquisição de equipamentos;
•   Gastos com o consumo de energia elétrica;
•   Gastos com aquisição de mercadorias para revenda;
•   Gastos com aquisição de matérias-primas para
industrialização;
•   Gastos com aquisição de máquinas;

- Desembolso: pagamento pela aquisição de bem ou serviço.

Os gastos subdividem-se em:

1)   Investimentos;
2)   Custos; e
3)   Despesas.

- Investimentos: gasto ativado em função de sua vida útil ou de


Benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). (Eliseu Martins,
“contabilidade de custos”.)

Exemplos:
•   aquisição de imóveis;
•   despesas pré-operacionais;
•   aquisição de marcas e patentes;
•   aquisição de móveis e utensílios.

- Custos: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de


outros bens ou serviços. (Eliseu Martins, “contabilidade de custos”.)

Os custos são gastos diretamente relacionados ao consumo


durante a atividade de produção.

Exemplos:
•   Matéria-prima utilizada no processo produtivo;
•   Combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica;
•   Seguro das instalações da fábrica;
•   Aluguéis das instalações da fábrica;
•   Seguros do maquinário utilizado na produção.

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- Despesa: Bem ou serviço consumido diretamente ou


indiretamente para a obtenção de receitas.(Eliseu Martins, “contabilidade
de custos”.)

As despesas são gastos relacionados às atividades de


administração, vendas, e financiamento.

Para melhor diferenciar os Custos das Despesas adote o seguinte


posicionamento: custos são todos os gastos realizados até que o
produto fique pronto; a partir deste ponto, todos os gastos
passam a ser despesas.

Passemos a outras nomenclaturas importantes para a resolução da


questão:

- Custo de Produção do Período(CPP):são os custos incorridos


no processo de produção num determinado período de tempo. A fórmula
do CPP é a seguinte:

CPP = MD + MOD + CIF em que “MD” seriam os Materiais


Diretos(matéria-prima, materiais secundários apropriados diretamente
ao produto e embalagens), “MOD” seria a Mão-de-Obra Direta(mão-de-
obra que é diretamente apropriável ao produto) e “CIF” seriam os
demais gastos indiretos de fabricação.

Observem que os CIF também podem ser chamados Gastos Gerais de


Fabricação, Despesas Indiretas de Fabricação e Gastos Gerais de
Produção.

- Custo de Transformação (CT) ou de Conversão: é a soma de


todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matérias-primas e
outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação
pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas,
etc.). (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”.)

É definido pela seguinte fórmula:

CT = MOD + CIF.

- Custos Primários (CP): é a soma dos Materiais Diretos e da


Mão-de-obra direta.

CP = MD + MOD.

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Vamos às alternativas:
a)   O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00,
pois o custo de transformação é a soma da mão de obra direta e
custos Indiretos de fabricação.
CT = MOD + CIF
- MOD = 100.000,00
- CIF = 56.000 + 38.000 + 70.000 + 38.000 = 202.000,00

Logo, CT = 100.000 + 202.000 = 302.000,00

Eis o gabarito! Já podemos partir pro abraço!!! rsrs

Vamos verificar o erro das outras alternativas.

b)   O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o


custo da empresa é a soma de todos os itens de sua atividade.
Item errado.

Como dissemos anteriormente, os custos de produção do


período, o nosso CPP, são os gastos diretamente relacionados à
produção, portanto, entendendo que o examinador quis dizer
“sua atividade de produção” estaria perfeita a definição do
item, ocorre que o valor apresentado na alternativa não
corresponde com o CPP.

CPP = MD + MOD + CIF

- MD = 82.000,00
- MOD = 100.000,00
- CIF = 56.000 + 38.000 + 70.000 + 38.000 = 202.000,00

Logo,
CPP = 82.000 + 100.000 + 202.000 = 384.000,00

c)   O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o


custo da empresa é a soma de todos os itens
apresentados.Item errado. Conforme vimos no item anterior, o
CPP seria a soma dos gastos diretamente relacionados à
produção.

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d)   O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o


custo primário leva em consideração a soma da mão de
obra*(direta) e do material direto. Item errado.

O custo primário é a soma do Material Direto e da Mão-de-obra


DIRETA. Muito cuidado pois a mão-de-obra INDIRETA é CIF,
ou seja, um GASTO INDIRETO DE FABRICAÇÃO.

CP = MD + MOD

- MD = 82.000,00
- MOD = 100.000,00
Logo,

CP = 82.000 + 100.000 = 182.000,00

Gabarito: A

 
14)
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: O Custeio por Processo e Produção Equivalente
Dificuldade: 2

A questão trabalhou o conceito de Produção Equivalente ou


Equivalente de Produção que é utilizado quando a produção é
contínua e, ao final do período, a indústria apresenta estoques de
produtos acabados e estoques de produtos em processo ou em
elaboração.

A solução consiste em determinar o nível equivalente de


produção dos produtos em elaboração para, a partir de então, estimar o
custo médio dos produtos acabados.

Portanto, se 300 unidades possuem um percentual de conclusão de


65%, elas são equivalentes a 195 unidades (ou seja, 65% de 300 unid.)
acabadas.

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Então, no mês em consideração, foram produzidas 1200 unidades


acabadas e 300 semiacabadas, que equivalem a 195 acabadas,
totalizando 1395 unidades acabadas.

Neste caso, o Custo Médio(CM) seria dado por

CM = CPP/EP

Em que EP é o Equivalente de Produção do período e CPP corresponde


ao Custo da Produção.

Passemos aos cálculos da questão:

I) Determinação do Equivalente de Produção:

Produtos Acabados: 1200unid.

Produtos em Elaboração: 300 unid. x 65% processados = 195 unid.

Equivalente de Produção do Período: 1395 unidades.

II) Cálculo do Custo Médio por unidade acabada:

CM = 558.000,00/1395 unid. = R$ 400,00/unid.

III) Atribuição dos custos:

Produtos Acabados = 1200 x R$ 400,00 = R$ 480.000,00

Produtos em Elaboração = 300 x R$ 400,00 x 65% = R$ 78.000,00

Total do Custo = 558.000,00

Gabarito: B

15)
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Materiais Diretos
Dificuldade: 2

Questão em que o candidato deveria ficar atento ao que integrará


o custo da mercadoria adquirida!

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Recuperação de Impostos

São compensáveis/recuperáveis os Impostos que apesar de pagos


pelo contribuinte de direito, numa primeira etapa, podem ser
compensados ou deduzidos do que tiver de ser pago pelo mesmo
contribuinte, numa etapa seguinte, ou seja, quando haja incidência desse
tributo na saída das mercadorias ou produtos.

Exemplos:
a. O IPI pago na aquisição de matéria-prima pela indústria;
b. O ICMS pago na aquisição de matéria-prima pela indústria;
c. O ICMS pago na aquisição de mercadorias pelo comerciante.

Os impostos compensáveis/recuperáveis são registrados em contas


representativas de direitos realizáveis, enquanto que os não recuperáveis
integram o custo das mercadorias.

Os tributos não-cumulativos sobre compras serão considerados


como “Tributos a Recuperar” ou recuperáveis (direito da empresa –
Ativo), caso a empresa seja contribuinte de tais tributos.

Então, caso o adquirente dos produtos sobre os quais incidiu o


imposto seja contribuinte do IPI (empresa industrial ou equiparada a
industrial) e os produtos adquiridos sejam utilizados em seu
processo de industrialização, o IPI incidente na operação de compra
poderá ser recuperado quando das vendas dos bens industrializados
pelo industrial (imposto não cumulativo).

Entretanto, se o adquirente não for contribuinte do IPI ou,


sendo contribuinte, não utilize os produtos adquiridos em seu
processo de fabricação, o IPI incidente na operação de compra não
poderá ser recuperado e INTEGRARÁ O CUSTO DE AQUISIÇÃO do
produto.

O tratamento dado ao ICMS se assemelha ao do IPI quanto ao


mecanismo da não-cumulatividade. Ou seja, o valor do ICMS pago ao
fornecedor por ocasião da compra corresponde a um direito da empresa
(ICMS a Recuperar). E o valor do ICMS que a empresa recebe de um
cliente por ocasião da venda de mercadorias representa uma obrigação
(ICMS a Recolher).
Reforçando todo o exposto, transcrevemos a lição da professora
Misabel Derzi quanto ao princípio da não-cumulatividade:

"O princípio da não-cumulatividade, como já


realçamos, quer no Imposto sobre Produtos
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Industrializados, quer no Imposto sobre Operações de


Circulação de Mercadorias e Serviços, atribui ao
produtor ou ao promotor da operação tributada
o direito- dever de compensar o crédito gerado
pelo imposto incidente na matéria-prima OU
NA OPERAÇÃO ANTERIOR, recolhendo o
contribuinte aos cofres públicos apenas a
diferença." (Grifo nosso)

Quanto ao frete, especial atenção deve ser dada!

O frete, assim como o valor correspondente a eventual seguro e


outras despesas de movimentação de estoques, INTEGRARÃO O
CUSTO DA MERCADORIA quando forem pagos diretamente ao
fornecedor ou a uma empresa transportadora ou companhias
seguradoras (seguro).

Resumo dos Ajustes das Compras de MD


- Devoluções de compras(-);
- Fretes(+);
- Seguros(+);
- Abatimentos(-);
- Carga e Descarga(+);
- Armazenagem(+);
- Descontos Incondicionais Obtidos(-);
- Tributos recuperáveis(-); e
- Tributos não-recuperáveis(+).

(+) Compras
(-) Tributos a Recuperar (recuperáveis)

(=) Compras Brutas


(-) Devoluções
(+) Fretes + Seguros
(+) Carga + Descarga + Armazenagem
(-) Abatimentos
(-) Descontos Incondicionais Obtidos

(=) Compras Líquidas


Vamos a nossa questão!

Uma matéria-prima foi adquirida por R$3.000,00. Observem que o


examinador diz que ESTÃO INCLUÍDOS nesse valor o IPI (R$ 150,00) e o
ICMS (R$ 342,00). E diz, ainda, que tais impostos SÃO RECUPERÁVEIS.

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Então, como vimos, os valores desses impostos deverão ser


abatidos do custo da mercadoria adquirida.

Custo de aquisição = 3.000 - 150 - 342 = 2508,00

Além disso o examinador dispõe que o vendedor arcou com o frete


até o aeroporto no valor de R$ 306,00. Este valor não integrará o custo
de aquisição, pois não onerou o adquirente.

Já o frete do aeroporto até a fábrica foi pago pelo comprador e


portanto INTEGRARÁ o custo de aquisição da matéria-prima.

Portanto, o valor a ser registrado em estoques será:

Custo de aquisição = 3.000 - 150 - 342 = 2508,00

Custo de aquisição = 2508 + 204 = 2.712,00

Gabarito: B

16)
Matéria: Contabilidade Avançada
Assunto: Ajuste a Valor Presente
Dificuldade: 2

Vejamos o que o art. 183, inciso VIII e o art. 184, inciso III, da Lei
6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) dizem:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados
segundo os seguintes critérios:
...
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo
prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante.

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de


acordo com os seguintes critérios:
...
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo
não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os
demais ajustados quando houver efeito relevante.
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Ou seja, Ajuste a Valor Presente (AVP) nada mais é do que


trazer para valores monetários atuais algo que está previsto para ser
realizado somente numa data futura.

Vamos à analise das compras à vista e a prazo.

À vista:

Matéria-prima: 5.000 Kg x R$ 2,00 = R$ 10.000,00

ICMS: R$ 10.000,00 x 12% = R$ 1.200,00

IPI: R$ 10.000,00 x 10% = R$ 1.000,00

Total = R$ 11.000,00

Na compra à vista, devemos ajustar a valor presente apenas os


impostos recuperáveis em um mês. O valor total, como foi à vista, já
está a valor presente.
!"
VP =
($%&)(

).)++
VP =
($%+,$)¹

).)++
VP =
$,$

VP = 2.000 (impostos a recuperar a valor presente).

O valor que entrará no estoque de matéria-prima deve ser o valor


total descontado dos impostos a recuperar. Portanto, esse valor será de
R$ 9.000,00.

Matéria-prima = Valor total - impostos

Matéria-prima = 11.000 - 2.000

Matéria-prima = 9.000

A prazo:

Matéria-prima: 5.000 Kg x R$ 2,20 = R$ 11.000,00

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ICMS: R$ 11.000,00 x 12% = R$ 1.320,00

IPI: R$ 11.000,00 x 10% = R$ 1.100,00

Total = R$ 12.100,00

Na compra a prazo, devemos ajustar a valor presente tanto o


valor total a pagar quanto o valor dos impostos recuperáveis.

Valor a pagar:
!"
VP =
($%&)(

$).$++
VP =
($%+,$)²

$).$++
VP =
$,)$

VP = 10.000

Impostos:
!"
VP =
($%&)(

).-)+
VP =
($%+,$)¹

).-)+
VP =
$,$

VP = 2.200 (impostos a recuperar a valor presente).

Portanto:

O valor que entrará no estoque de matéria-prima, líquido dos


impostos recuperáveis será de R$ 7.800,00.

Matéria-prima = Valor total - impostos

Matéria-prima = 10.000 - 2.200

Matéria-prima = 7.800

GABARITO: D

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17)    
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Tipos de Custeio (Custeio por Absorção)
Dificuldade: 2

O Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os


custos de produção (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção
do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos.

Este método de Custeio distingue custos e despesas. As despesas


são contabilizadas diretamente no resultado do período, ao passo que
somente os custos relativos aos produtos vendidos recebem tratamento
similar. Os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos
acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques
destes produtos.

O Custeio por Absorção utiliza o seguinte mecanismo:

1. Separação de Custos e Despesas;


2. Apropriação dos Custos Diretos diretamente à produção do
período;
3. Rateio dos Custos Indiretos à produção realizada no período;
4. Inventário dos estoques; e
5. Apuração do resultado.

Já no Custeio Variável ou Direto, considera-se para o cálculo do


Custo de Produção do Período (CPP) somente os ""custos" variáveis"
incorridos (entendam que o termo “custos” engloba também as despesas
variáveis), ou seja, apropria-se ao produto somente os custos e as
despesas variáveis, excluindo-se os Custos Fixos, que não são
considerados como custos de produção e sim como despesas. São,
portanto, encerrados diretamente no resultado do período.

A apuração segue o seguinte esquema (custeio por absorção):

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APURAÇÃO DO CPV

1) Estoque inicial de Materiais Diretos (EIMD)


2) (+) Compras de Materiais Diretos
3) (-) Estoque Final de Materiais Diretos (EFMD)

4)(=) Materiais Diretos Consumidos (MD)

5) (+) Mão-de-Obra Direta (MOD)


6) (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF)

7) (=) Custo de Produção do Período (CPP)

CPP = MD + MOD + CIF

8) (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EIPE)


9) (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (EFPE)

10) (=) Custo da Produção Acabada (CPA) do período

11) (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA)


12) (-) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA)

13) (=) CPV

Compras de materiais Diretos

1) Valor da Compra
2)(-) Impostos Recuperáveis
3) (+) Valor do frete suportado pelo adquirente
4) (-) ICMS recuperável incidente no frete
5) (+) Seguros
6) (+) Armazenagem, Carga e Descarga
7) (+) Gastos com Desembaraço Aduaneiro (importação)
8) (-) Descontos Incondicionais Obtidos

9) (=) Compras de Materiais Diretos

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APURAÇÃO DO RESULTADO

1) Vendas Líquidas
2) (-) CPV

3) (=) Lucro Bruto (LB)

4) (-) Despesas Operacionais


5) (+) Receitas Operacionais
6) (-) Outras Despesas
7) (+) Outras Receitas

8) (=) Lucro Operacional (LOp)

9) (-) Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL)


10) (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)
11) (-) Participações

12)(=)Lucro Líquido do Exercício ou Resultado


Líquido(LLEx)

Passemos à questão:

Dados fornecidos:

- Estoque inicial igual a zero.


- Produção anual de 500 unid..
- Venda de 400 unid..
- Custo Variável unitário de R$15,00.
- Preço de Venda unitário de R$20,00.
- Custo Fixo anual de R$2.000,00.
- Despesas Fixas anuais de R$350,00.
- Despesa Variável unitária de R$1,50 p/unidade vendida.

Apuração do Lucro Bruto no Custeio por absorção:

LB = Vendas Líquidas (VL) - Custo dos produtos vendidos


(CPV)

Foi dada a quantidade vendida de 400 unid. a R$ 20,00 a unid.

Logo, as vendas totalizaram R$ 8.000,00

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Pelo custeio por absorção devemos apropriar todos os custos de


produção (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção do
período.

Foi dado o custo variável unitário(CVu) no valor R$ 15,00. Quanto


ao custo fixo, ATENÇÃO!!!

Foi dado o custo fixo (CF)ANUAL de R$ 2.000,00. Portanto,


devemos dividir pela produção anual para termos o valor custo fixo
unitário(CFu).

Ou seja, CF (anual) = 2.000,00 = 4,00


500 unid. 500

Logo, o Custo Total Unitário (CTu)= CFu + CVu = 4,00 + 15,00 =


19,00

Em seguida, multiplicando pela quantidade vendida, obtém-se o


Custo dos Produtos Vendidos (CPV):

CPV = 19,00 x 400 unid. = 7.600,00

Portanto, LB = VL - CPV = 8.000 - 7.600 = 400

LB = 400,00

Apuração do Resultado Líquido (2010) no Custeio por absorção:

3) (=) Lucro Bruto (LB)

4) (-) Despesas Operacionais


5) (+) Receitas Operacionais
6) (-) Outras Despesas
7) (+) Outras Receitas

8) (=) Lucro Operacional (LOp)

9) (-) Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL)


10) (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)
11) (-) Participações

12)(=)Lucro Líquido do Exercício ou Resultado


Líquido(LLEx)

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Na nossa questão, o RL = LB - Despesas Totais

As Despesas Operacionais de 2010 foram dadas:

- Desp. Fixas anual = R$ 350,00


- Desp. Variável p/ unid. vendida = R$ 1,50
- Desp. Variável TOTAL =R$ 1,5 x 400 unid. vendidas = R$ 600,00

Logo, o total das despesas é igual a R$ 350,00 + R$ 600,00 = R$


950,00

Desp. Total = 950,00

RL = LB - Desp. Totais = 400,00 - 950,00 = (550,00)

Ou seja, o Resultado Líquido foi um Prejuízo de R$ 550,00.

Gabarito: D

18)  
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Tipos de Custeio
Dificuldade: 2

Como vimos na questão 17, no Custeio por Absorção devemos


apropriar todos os custos de produção (fixos ou variáveis, diretos ou
indiretos) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas)
deverão ser excluídos.  

Já no Custeio Variável ou Direto, devemos considerar para o


cálculo do Custo de Produção do Período (CPP) somente os ""custos"
variáveis" incorridos (os “custos” englobam também as despesas
variáveis).

Vamos à questão:

Apuração do Custo Unitário de Produção no Custeio por


Absorção:

Custo Prod. Período Unit.(custeio por absorção)(CPPu) = CFu +


CVu

- CFu = 160.000,00 =R$ 16,00

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10.000unid.

- CVu = 30,00 (MD) + 28,00 (MOD) = R$ 58,00

CPPu = 16,00 + 58,00 = R$ 74,00

Apuração do Custo Unitário de Produção no Custeio Variável:

Custo Prod. Período Unit.(custeio variável) (CPPu) = CVu + Desp.


Variáveis Unit.

- CVu = 30,00 (MD) + 28,00 (MOD) = R$ 58,00

CPPu = 58,00

Gabarito: C

19)    
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Tipos de Custeio (Apuração do Inventário de Estoques)
Dificuldade: 2

APURAÇÃO DO CPV

1) Estoque inicial de Materiais Diretos (EIMD)


2) (+) Compras de Materiais Diretos
3) (-) Estoque Final de Materiais Diretos (EFMD)

4)(=) Materiais Diretos Consumidos (MD)

5) (+) Mão-de-Obra Direta (MOD)


6) (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF)

7) (=) Custo de Produção do Período (CPP)

CPP = MD + MOD + CIF

8) (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EIPE)


9) (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (EFPE)

10) (=) Custo da Produção Acabada (CPA) do período

11) (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA)


12) (-) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA)

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13) (=) CPV

Para facilitar a resolução da maioria das questões em que se faz


necessária a apuração do inventário de estoques, é interessante o
uso de razonetes, conforme o esquema abaixo:

Materiais Diretos (MD)


Estq. inic. de MD (EIMD) MD (consumo produção)
Compras

Estq. final de MD (EFMD)

Produtos em Processo/Elaboração (PE)


Estq. Inic. Prod.Elab. (EIPE) Custo Prod. Acabados (CPA)
MD
MOD
CIF

Estq. Final Prod. Elab. (EFPE)

Produtos Acabados (PA)


Estq. Inic. Prod. Acab.(EIPA) Custo Prod. Vendidos (CPV)
Custo Prod. Acabados (CPA)

Estq. Final Prod. Acab.(EFPA)

Passemos à questão:
Produtos em Processo/Elaboração (PE)
EIPE = R$ 15.000,00 CPA = R$ 115.000,00
MD = R$ 50.000,00
MOD = R$ 40.000,00
CIF = R$ 30.000,00
R$ 135.000,00

EFPE = R$ 20.000,00

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CPA = EIPE + MD + MOD + CIF - EFPE = 15.000 + 50.000 +


40.000 + 30.000 - 20.000 = R$ 115.000,00

Produtos Acabados (PA)


EIPA = 0CPV = R$ 80.000,00
CPA = R$ 115.000,00

EFPA = ?

CPV = EIPA + CPA - EFPA

Logo, EFPA = EIPA + CPA - CPV = 0 + 115.000 - 80.000 =


35.000,00

EFPA = 35.000,00 em 30.08.2010.

Gabarito: A
 
 
 
20)
Matéria: Contabilidade Pública
Assunto: Princípio da Competência
Dificuldade: 1

A Resolução 1.282/2010 do CFC, em seu artigo 9º, diz que:

"O Princípio da Competência determina que os efeitos das


transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se
referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas."

Por isso, os R$ 30.000,00 referente às contribuições dos associados


da entidade filantrópica em questão, mesmo tendo sido recebido
totalmente no primeiro ano, não devem ser apurados em sua totalidade

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já no primeiro ano, mas sim devidamente divididos igualmente pelos três


anos aos quais o valor corresponde.

Pelo mesmo motivo o seguro de R$ 3.000,00 deve ser apropriado


em duas parcelas de R$ 1.500,00 no segundo e no terceiro anos.

Sendo assim, vamos à apuração dos resultados de cada exercício:

A receita total de R$ 30.000,00 refere-se aos três exercícios. Logo,


a receita é de R$ 10.000,00 por exercício (R$ 30.000,00 / 3).

As despesas com os custos de impressão de folhetos informativos


somam R$ 5.000,00 em cada ano.

No segundo ano fez-se o seguro no valor de R$ 3.000,00, com


cobertura para o segundo e o terceiro anos. Portanto, o custo anual do
seguro é de R$ 1.500,00 (R$ 3.000,00 / 2).

Apurando-se o resultado (Receitas – Despesas), temos:


- No primeiro ano: R$ 10.000,00 - R$ 5.000,00 = R$ 5.000,00;
- No segundo ano: R$ 10.000,00 - R$ 5.000,00 - R$ 1.500,00 = R$
3.500,00;
- No terceiro ano: R$ 10.000,00 - R$ 5.000,00 - R$ 1.500,00 = R$
3.500,00.

Portanto, temos superávit de R$ 5.000,00 no primeiro ano e de R$


3.500,00 no segundo e no terceiro anos.

GABARITO: C

21)
Matéria: Contabilidade Pública
Assunto: Lei Orçamentária Anual (LOA), Receita Orçamentária e de
Contas Aplicado ao Setor Público
Dificuldade: 3

De acordo com o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público


(PCASP), a natureza das informações das contas pode ser:

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-Patrimonial: fatos financeiros e não financeiros relacionados com


as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público,
representadas pelas contas que integram o ativo, o passivo, o patrimônio
líquido, as variações patrimoniais diminutivas e as variações patrimoniais
aumentativas.

-Orçamentárias: atos e fatos relacionados à execução


orçamentária, representadas pelas contas que registram aprovação e
execução do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar.

-Típica de Controle: atos de gestão cujos efeitos possam produzir


modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como
outras que tenham função precípua de controle.

A previsão da receita orçamentária não é uma receita, nem


representa item patrimonial. Por isso, a previsão inicial da receita
orçamentária deve ser tratada como um ato administrativo de natureza
orçamentária.

O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) da


Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em sua parte IV, diz que o Plano
de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) foi elaborado para
estabelecer conceitos básicos, regras para registro dos atos e fatos e
estrutura contábil padronizada, de modo a atender a todos os entes da
Federação e aos demais usuários da informação contábil, permitindo a
geração de base de dados consistente para compilação de estatísticas e
finanças públicas.

Esta questão trata apenas da previsão da receita, um dos quatro


estágios da receita orçamentária.

Os quatro estágios são:

- Previsão: é a estimativa de arrecadação da receita. Será


calculada através de uma metodologia de projeção de receitas
orçamentárias.

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- Lançamentos: são onde serão identificados e relacionados os


contribuintes, sucessores tributários ou responsáveis (sujeitos passivos),
as matérias tributárias, os vencimentos e os valores devidos;

- Arrecadação: é o estágio em que os sujeitos passivos irão


entregar, aos agentes arrecadadores, os valores devidos;

- Recolhimento: é a transferência, feita pelos agentes


arrecadadores, para a conta específica de cada tributo do Tesouro.

Portanto, para registrar a Previsão Inicial da Receita


Orçamentária, ou seja, a aprovação do orçamento anual (LOA),
devemos realizar o seguinte lançamento:

Débito: Previsão Inicial da Receita Orçamentária


Crédito: Receita Orçamentária a Realizar

A título de curiosidade, caso a questão pedisse o registro do


momento da arrecadação, ou seja, o recebimento dos valores, o registro
seria o seguinte:

Débito: Receita Orçamentária a Realizar


Crédito: Receita Orçamentária Realizada
GABARITO: A

22)

Matéria: Análise de Balanço


Assunto: Capital Circulante Líquido e Liquidez Corrente
Dificuldade: 1

O Capital Circulante Líquido (CCL) e a Liquidez Correntes


(LC) são dois índices que comparam o Ativo Circulante com o Passivo
Circulante.

Estes índices evidenciam se há, neste momento, recursos a curto


prazo (ativo circulante) para cobrir as obrigações com terceiros a curto
prazo (passivo circulante), caso fossem agora exigidos.

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A diferença entre os dois é que, enquanto com o CCL teremos um


valor monetário resultando desta comparação, na LC teremos um índice
proporcional.

Quando o AC for maior do que o PC, o CCL será maior do que R$


0,00 e o LC maior do que 1,00. Sendo assim, serão denominados
positivos.

Quando o PC for maior do que o AC, o CCL será menor do que R$


0,00 e o LC menor do que 1,00. Sendo assim, serão denominados
negativos.

Vamos à questão:

Essa questão envolve o Capital Circulante Líquido (CCL) e a


Liquidez Corrente (LC), fazendo uma comparação dos resultados desses
dois índices em dois anos subsequentes.

É facilmente resolvida com as fórmulas destes índices, que utilizam


apenas os valores do Ativo Circulante (AC) e do Passivo Circulante (PC):
𝐀𝐂
CCL=AC-PC e LC=
𝐏𝐂

Em 2009:
AC = 57.400 e PC = 36.600
Então:
12.-++
CCL = 57.400 - 36.600 LC =
34.4++
CCL = 20.800 LC = 1,57

Em 2010:
AC = 61.800 e PC = 43.400
Então:
4$.5++
CCL = 61.800 - 43.400 LC =
-3.-++
CCL = 18.400 LC = 1,42

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Comparando 2010 com 2009 temos:


CCL = 18.400 - 20.800 LC = 1,42 - 1,57
CCL = - 2.400 LC = - 0,15

GABARITO: C

 
 
 
23)
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Análise das Relações Custo/Volume/Lucro (Ponto de Equilíbrio)
Dificuldade: 2

A questão aborda importante e muito cobrado assunto em


Contabilidade de Custos. Questão certa em cada exame e ponto
praticamente ganho, haja vista seu grau de dificuldade, geralmente uma
questão muito tranquila!!!
Vamos aos conceitos e fórmulas aplicáveis:

O Ponto de Equilíbrio é o ponto em que o Custo Total (CT) se iguala


à Receita Total (RT).

PE  =Ponto  de  Equilíbrio  


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O Custo Total corresponde à soma de todos os custos e


despesas fixos (chamaremos de CF) com todos os custos e
despesas variáveis (chamaremos de CV), ou seja:

CT = CF + CV

A Receita Total é dada por:

RT=Preço Venda Unitário(PVu)xQuantidade produzida(Q)

RT = PVu x Q

Outro conceito de fundamental importância é o de Margem


de Contribuição Unitária (MCu) que representa o quanto a
produção e venda de uma unidade de produto resulta em recursos
monetários para a empresa, para que esta possa amortizar seus
custos fixos e obter lucro.

MCu = PVu – Cvu*

em que *CVu = CV
Q

O Ponto de Equilíbrio Contábil(Qe) corresponde à quantidade


que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesas
relativos aos produtos vendidos, cuja fórmula é dada por:

Qe = Custos Fixos (CF)______


Margem de Contrib. Unit.(MCu)

O Ponto de Equilíbrio Econômico(QeE) corresponde à


quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e
despesas acrescidos do Custo de Oportunidade(CO).

QeE = CF + CO
MCu

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O Custo de Oportunidade representa a remuneração que a


empresa obteria se aplicasse seu capital em outro lugar qualquer,
ao invés de no seu próprio negócio.

O Ponto de Equilíbrio Financeiro (QeF) corresponde à


quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e
despesas que representam desembolso financeiro para a empresa.

Dessa forma, tem-se, por exemplo, que os encargos de


depreciação são excluídos do cálculo do ponto de equilíbrio
financeiro:

QeF = CF - Deprec.
MCu

Leve para sua prova a seguinte relação entre os pontos de


equilíbrio:

QeE ≥ Qe ≥ QeF

Breve Formulário:
 
1)   CT = CF + CV (Custo Total = Custo Fixo + Custo Variável)

2)   RT = PVu x Q (Receita Total = Preço de Venda Unitário x


Quantidade Produzida)

3)   MCu = PVu–CVu (Margem de Contribuição Unitária =


Preço de Venda Unitário – Custo Variável Unitário)
 
4)   CVu = CV/Q (Custo Variável Unitário = Custo
Variável/Quantidade)
 
5)   CFu = CF/Q (Custo Fixo Unitário = Custo Fixo/Quantidade)
 
6)   Qe = CF/MCu(Ponto de Equilíbrio = Custo Fixo/Margem de
Contribuição Unitária)
 

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7)   LT = (Q –Qe) x MCu(Lucro Total = (Q – Qe ) x Margem de


Contribuição Unitária)
 
8)   QeE =CF + CO
MCu
(Ponto de Equilíbrio Econômico = (Custo Fixo + Custo de
Oportunidade)/MCu)
 
9)   QeF =CF –Deprec.
MCu
(Ponto de Equilíbrio Financeiro = (Custo Fixo –
Depreciação)/MCu)
 
10)   QeE≥Qe≥QeF
 
11)   Margem de Segurança (MS)= (Q – Qe)/Q
 
12)   Grau de Alavancagem Operacional (GAO)= variação do
lucro total/variação das vendas)

Passemos à questão:

Dados fornecidos:

- CVu = 1.200,00
- CF = 72.000,00
- Depreciação = 4.800,00
- PVu = 6.000,00

O examinador quer que achemos o Ponto de Equilíbrio


Contábil(Qe).
Vimos que o Qe é dado pela fórmula:
Qe = CF_
MCu

Calculemos, portanto, a MCu, cuja fórmula é nossa velha


conhecida:

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MCu = PVu - CVu

MCu = 6.000 – 1.200 = 4.800,00

Logo,

Qe = 72.000 = 15 alunos
4.800

*Simples, não? Pois é, mas observe a maldade do examinador em


tentar confundir o candidato colocando informações desnecessárias na
questão, qual seja, a da depreciação. Como vimos tal informação só nos
interessa quando do cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro.
CUIDADO!!!

Gabarito: D

24)
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de
Produção
Dificuldade: 2

Ainda aplicaremos aqui alguns dos conceitos vistos na questão 23.

Vimos que a MCu representa o quanto a venda de uma unidade


adicional de um produto canaliza de recursos monetários para a
empresa, para que esta possa amortizar seus custos fixos e obter um
resultado positivo.

Aqui, o cenário é outro! Existem limitações na capacidade


produtiva da fábrica, ou seja, não há fatores de produção suficientes
para se produzir toda a demanda prevista para os produtos no próximo
período.

Sem problemas. Vamos à questão:

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Dados fornecidos:

Situação Atual:
- Qtde vendida mensal = 3.500 camisetas
- PVu = R$ 5,00
- Desp. Variáveis = 20% PVu = R$ 1,00
- CVu = R$ 1,20
- Capacidade de Produção = 5.000 camisetas por mês
- CF = R$ 6.000,00

Situação Nova:

- Qtde demandada mensal = 6.000 camisetas


- PVu = R$ 4,00
- Desp. Variáveis = 20% PVu = R$ 0,80
- CVu = R$ 1,20
- Capacidade de Produção = 5.000 camisetas por mês
- CF = R$ 6.000,00

Observem que o examinador diz que uma pesquisa de


mercado revelou que reduzindo o preço para R$ 4,00 a demanda
que antes era de 3.500 camisetas por mês, sofreria um aumento e
iria para 6.000 camisetas/mês.

Muito cuidado! Apesar de a demanda com a redução do


preço aumentar para 6.000 camisetas/mês, a capacidade de
produção da fábrica é de 5.000 camisetas/mês.

Portanto, a fábrica fabricará e poderá vender 5.000


camisetas por mês.

Passemos aos cálculos para sabermos qual será o resultado


dessa medida de redução de preço:

Antes (R$ 5,00):

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MCu = PVu – CVu(inclui-se as despesas variáveis)

MCu = 5,00 – (1,20 + 1,00) = 5,00 – 2,20 = R$ 2,80

MCT = MCu x Quantidade vendida (Qv)

MCT = 2,80 x 3.500 = R$ 9.800,00

Logo, o resultado da fábrica quando o preço da camiseta era


de R$ 5,00 era R$ 9.800,00.

Situação Nova (R$ 4,00):

MCu = PVu – CVu(inclui-se as despesas variáveis)

MCu = 4,00 – (1,20 + 0,80) = 4,00 – 2,00 = R$ 2,00

MCT = MCu x Quantidade vendida (Qv)

MCT = 2,00 x 5.000 = R$ 10.000,00

Logo, o resultado da fábrica com a alteração do preço para


R$ 4,00 será R$ 10.000,00.

Portanto, o resultado final da empresa sofrerá um aumento


na receita de R$ 200,00.

Gabarito: B

25)
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Análise das Relações Custo/Volume/Lucro(Margem de
Segurança)
Dificuldade: 2

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O examinador nessa questão requer seu conhecimento acerca da


Margem de Segurança(MS). Muito simples e ponto imperdível no seu
exame. Bastaria aplicar a fórmula e partir para o abraço!!!
A Margem de Segurança é o percentual de redução de vendas que
a empresa pode suportar sem que tenha prejuízo e é dada pela fórmula
já vista:
MS = Q − Qe
Q
Ou seja, quanto mais distante o volume de vendas Q estiver do
ponto de equilíbrio Qe, maior será o valor de MS.
Vamos a nossa questão:

Dados fornecidos:
- Quantidade vendidas/mês = 30.000 pacotes
- PVu = R$ 35,00
- CF + DF = R$ 472.500,00
- CVu + DVu = R$ 15,00

Sabemos que a fórmula da Margem de Segurança é:


MS = Q - Qe
Q

Ora, observem que o examinador não forneceu o Ponto de


Equilíbrio Contábil. E nem precisava não é mesmo? Já está na massa do
sangue!!! rs

Calculemos o Qe:

Qe = CF + DF
MCu

MCu = PVu – (CVu + DVu) = 35,00 – 15,00 = R$ 20,00


Qe = 472.500= 23.625
20,00
Qe = 23.625

Agora já temos todas as informações necessárias para


calcularmos nossa MS.
MS = 30.000 – 23.625= 6.375_= 0,2125

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30.000 30.000

Ou seja, MS = 21,25% das vendas. Como a empresa vende


mensalmente 30.000 pacotes a R$ 35,00, temos que MS = 21,25% de
30.000 x R$ 35,00.
Logo, MS = 21,25% de 1.050.000,00 = R$ 223.125,00.

Gabarito: A

26)
Matéria: Contabilidade de Custos
Assunto: Apropriação de Custos (Departamentalização)
Dificuldade: 2

Essa questão gerou polêmica neste exame e, por fim, acabou


sendo anulada.
Mas vamos aproveitar para discorrer acerca do assunto
“Departamentalização”.
Para o professor Valnir Alberto Brandt (2000), por meio da
departamentalização a empresa pode segmentar suas atividades internas
como se existissem outras pequenas empresas dentro de um
sistema maior.
Nesta sistemática, a empresa seria dividida em segmentos,
chamados de departamentos, aos quais são debitados todos os custos de
produção neles incorridos.
O departamento é considerado um centro de custos que são
acumulados para posterior alocação aos produtos (departamento
de produção) ou a outros departamentos (departamentos de
serviços).
Entendemos por Centro de Custo como sendo a menor fração de
atividade ou área de responsabilidade para a qual é realizada a
acumulação de custos.
A Departamentalização assegura uma determinação mais
precisa dos custos, uma vez que o critério de rateio dos CIF fica menos
arbitrário.
Observem os exemplos abaixo:
1) Alguns custos, embora indiretos em relação aos produtos, são
diretamente atribuíveis aos Departamentos.

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1.1) Exemplos: a Depreciação das Máquinas do Departamento


(custo indireto em relação aos vários tipos de produtos fabricados, mas
direto em relação ao Departamento);

2) Material Indireto (como cola e verniz) usado no Departamento;

3) Mão-de-Obra Indireta usada no Departamento.

Passemos à análise da questão:


Dados fornecidos por Departamentos:
Departamento de Compras:
- Compra de MP = R$ 25,00
- Gastos próprios = R$ 5,00______
Custo Dep. Compras = R$ 30,00

Departamento de Produção:
- recebeu a MP do Dep. de Compras (R$ 30,00)
- Gastos próprios = R$ 50,00______
Custo Dep. Produção = R$ 80,00

Departamento de Vendas:
-Recebeu o produto produzido pelo Dep. Produção: R$ 80,00
- Gastos próprios = R$ 20,00_____
Custo Dep. Vendas = R$ 100,00

- PVu = R$ 120,00
- A transferência entre os departamentos pelo custo total
realizado.

a) o custo total do Departamento de Produção é de


R$80,00.(Correto)

Vimos que o Departamento de Produção recebeu em


TRANSFERÊNCIA do Departamento de Compras matéria-prima, com
todos os custos já devidamente apropriados de tal departamento,
somando R$ 30,00. Além de ter incorrido em gastos próprios de R$
50,00. Acarretando um total de R$ 80,00:

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Departamento de Produção:
- recebeu a MP do Dep. de Compras (R$ 30,00)
- Gastos próprios = R$ 50,00______
Custo Dep. Produção = R$ 80,00

b) o custo total do Departamento de Vendas é de R$100,00, dos


quais R$80,00 transferidos de outros departamentos. (Correto)

O Departamento de Vendas recebeu em TRANSFERÊNCIA do


Departamento de Produção o produto produzido, com todos os custos já
devidamente apropriados de tal departamento, somando R$ 80,00. Além
de ter incorrido em gastos próprios de R$ 20,00. Acarretando um total
de R$ 100,00:

Departamento de Vendas:
-recebeu o produto produzido pelo Dep. Produção(R$ 80,00)
- Gastos próprios = R$ 20,00_____
Custo Dep. Vendas = R$ 100,00

c) o Departamento de Compras apurou um prejuízo de R$30,00.


(Incorreto)

Observem que o Departamento de Compras efetuou compras de


matéria-prima no valor de R$ 25,00 e incorreu em gastos próprios de R$
5,00. E, no período, apropriou todos os custos do departamento, dando
um total de R$ 30,00.

O examinador informa que as transferências entre os


departamentos ocorreram pelo custo total realizado em cada
departamento.

Por conseguinte, os R$ 30,00 acumulados no Departamento de


Compras, referentes à matéria-prima, foram totalmente repassados para
o Departamento de Produção. Não havendo, portanto, prejuízo algum.

d) os Departamentos de Compras e de Produção somaram no


período receitas com vendas internas no montante de R$110,00.
(Incorreto)

Observem a impropriedade em dizer que houve receita de


vendas internas.

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Ora, vimos acima que o que ocorreu entre os departamentos foram


meras transferências e repasse de todos os custos realizados por tais
departamentos.

Portanto, essas transferências entre departamentos não geram


receita de vendas. Até porque existe um departamento específico com tal
função, qual seja, a de “Vendas”: Departamento de Vendas”.

A banca preliminarmente apresentou como gabarito a alternativa


“c”. E oficialmente decretou a anulação da questão. Muito provavelmente
pela polêmica acima descrita.

Gabarito Preliminar: C

Gabarito Oficial: ANULADA

 
 
27)
Matéria: Direito Tributário
Assunto: Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar (Princípios)
Dificuldade: 2

Questão capciosa, CUIDADO!!!

O examinador aborda nesta questão os princípios constitucionais ao


poder de tributar. Mais especificamente, quais tributos, quando criados
ou majorados, deverão respeitá-los. Ou melhor ainda, e o que vai cair
no seu exame, quais seriam as exceções a tais princípios!???

Vamos passear pelos princípios, cujo conhecimento exigiu-se nessa


questão:

Os princípios são os seguintes:

1)   Legalidade Tributária;
2)   Isonomia Tributária;
3)   Irretroatividade Tributária;
4)   Anterioridade Tributária;
5)   Não-confisco;
6)   Liberdade de Tráfego;
7)   Uniformidade Geográfica;

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8)   Não diferenciação da tributação da dívida públicae da


remuneração dos agentes públicos;
9)   Vedação às Isenções Heterônomas;
10)   Não discriminação tributária em razão da procedência ou
destino.

Princípio da Legalidade Tributária

A Constituição Federal, no seu art. 150, I, estatui o Princípio da


Legalidade Tributária:

Art. 150.Sem prejuízo de outras(Rol exemplificativo ou não


taxativo) garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados e aos Municípios:

I - Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.  

Alinhado a esse princípio, podemos afirmar que a instituição ou


majoração de um tributo deve ocorrer por meio de uma lei. Como não
foi especificado que tipo de lei seria, podemos afirmar que o dispositivo
constitucional acima refere-se a uma lei ordinária, salvo quando o
próprio texto constitucional (e somente ele) dispuser em contrário.

Ocorre que há tributos que só podem ser instituídos por Lei


Complementar, por expressa disposição da própria CF/88. São eles:

1)   Empréstimos Compulsórios – Art. 148;


2)   Imposto sobre Grandes Fortunas – Art. 153, VII;
3)   Impostos Residuais – Art. 154, I; e
4)   Contribuições Residuais – Art. 195, §4º.

São exceções à legalidade tributária:

1)   Instituir obrigações tributárias acessórias.Art.113, §2º, CTN.


2)   Definir prazo de vencimento de tributo. Art.160, CTN
(Entendimento do STF).
3)   Atualização monetária da base de cálculo de tributo. Art. 97,
§2º,CTN.
4)   A atualização do IPTU não pode ser superior ao índice oficial de
correção monetária (Súmula 160 do STJ).
5)   Majorar/reduzir as alíquotas do II, IE, IPI e IOF.Art.153,
§1º,CF/88.

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6)   Reduzir/restabelecer as alíquotas do ICMS-combustíveis (ICMS-


monofásico). Art.155, §4°,IV,“c”, CF/88.
7)   Reduzir/restabelecer as alíquotas da CIDE-combustíveis.
Art.177, §4º,I, “b”, CF/88.
8)   Conceder benefícios fiscais do ICMS. Art. 155, §2º, XII,“g”,
CF/88.

O princípio citado na alternativa “a”, qual seja, o da Tipicidade


Cerrada, também chamada de Tipicidade Fechada ou de Legalidade
estrita, está previsto no art. 97, do CTN. Tal princípio, intimamente
ligado ao da Legalidade Tributária, preceitua que a lei que instituiu o
tributo deve prever todos os seus elementos descritivos, vale dizer, o seu
fato gerador, sua alíquota, os sujeitos ativo e passivo. Ou seja, a lei do
tributo deve trazer o tipo tributário.

O princípio da anualidade citado também na alternativa “a” não


foi acolhido por nosso regime tributário-constitucional. Tal
princípio foi substituído pelo princípio da anterioridade, consagrado
pela Constituição da República em seu art. 150, III, alínea b, que
veremos a seguir.

Muito cuidado!!!De acordo com o ordenamento constitucional


vigente, não há mais a necessidade dos tributos se submeterem ao
princípio da anualidade tributária, ou seja, de que tivesse sido autorizado
na Lei Orçamentária Anual a sua cobrança em determinado ano.

Princípio da Anterioridade Tributária

Tal princípio estabelece que nenhum tributo pode ser cobrado


no mesmo exercício financeiro em que foi instituído ou
aumentado. Visa, portanto, propiciar uma maior segurança jurídica
aos contribuintes.

Encontra previsão no art. 150, CF/88:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:

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(...)

III - cobrar tributos:

(...)

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada


a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja


sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado
o disposto na alínea b;

Anterioridade Anual

Poderemos nos deparar com alguns sinônimos em nossa prova,


tais como: Anterioridade dos Exercícios, “Anterioridade” ou
“Anterioridade Genérica”. Esse princípio seria a aplicação isolada da
alínea “b” do dispositivo constitucional supracitado, qual seja, aquele que
veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro da
publicação da lei instituidora ou majoradora de tributos.

Cabe salientar que as regras da anterioridade anual e da


nonagesimal são ditas relativas, pois comportam exceções, como
veremos a seguir.

Anterioridade Nonagesimal

Assim como vimos na Anterioridade Anual, poderemos também


encontrar alguns sinônimos em nossa prova para a Anterioridade
Nonagesimal, tais como: “Noventena” ou “Anterioridade
Mitigada”.

Tal princípio veda a aplicação (eficácia) da lei que institui ou


majora tributos antes de decorridos 90 dias de sua PUBLICAÇÃO.

Vale dizer que os princípios da Anterioridade Anual e a


Nonagesimal deverão ser interpretadas e aplicadas cumulativamente. Em
outras palavras, o Princípio da Anterioridade Tributária exige que uma lei
que crie ou majore tributo somente entre em vigor no primeiro dia do
exercício se houver ao menos 90 dias entre a data da publicação da lei e
o primeiro dia do exercício seguinte.

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As EXCEÇÕES constitucionais a ambos os princípios estão


veiculadas no art. 150, §1º, CF/88 e pela incidência recorrente em prova
esquematizamos abaixo para facilitar sua assimilação:

Exceções à Anterioridade Anual Exceções à Noventena (90


dias)
(exceções à anterioridade anual e à noventena)
II,IE, IOF, IEG,
Empréstimos Compulsórios (Guerra ou calamidade pública)

IR
IPI
Restabelecimento de alíquotas:
Alteração de base de cálculo:
ICMS – combustíveis
IPVA
CIDE – combustíveis
IPTU

Contribuições para a seguridade


social

Passemos a nossa questão:

Uma Lei foi publicada em 30 de agosto de 2010 e majorou a


alíquota do IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor.

a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em


que os fatos geradores tenham ocorrido a partir de 1°.1.2011,
devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da Tipicidade
Cerrada.(Incorreto)

Ora, como vimos, o IPI é exceção à Anterioridade Anual, mas deve


respeitar a Anterioridade Nonagesimal. Portanto, a referida majoração
poderá ser cobrada a partir de 90 dias da PUBLICAÇÃO da lei que
majorou a alíquota, devido, logicamente ao Princípio da Anterioridade
Nonagesimal ou Mitigada.

Observem que a entrada em vigor em nada interfere na contagem


do prazo de anterioridade, seja anual ou dos 90 dias, haja vista que a

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CF/88 exigiu que fosse contado da PUBLICAÇÃO e não da vigência ou


entrada em vigor da lei.

b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a


referida majoração somente poderá ser cobrada em face dos fatos
geradores ocorridos após noventa dias da sua
publicação.(Perfeito!!!)

c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados


em face dos fatos geradores ocorridos a partir de sua publicação,
já que o IPI não se submete ao Princípio da
Anterioridade.(Incorreto)

Como vimos, o IPI é sim exceção à Anterioridade Anual, no


entanto deve respeito à Anterioridade Nonagesimal.

d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos


geradores ocorridos após quarenta e cinco dias da publicação na
Lei no. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao Código
Civil, já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor.

Vimos que a entrada em vigor da lei(vigência) em nada interfere


na contagem do prazo de anterioridade, seja anual ou dos 90 dias,
haja vista que a CF/88 exigiu que fosse contado da PUBLICAÇÃO e
não da vigência ou entrada em vigor da lei.

Outra correção a ser feita na alternativa “d” é quanto à lei


mencionada que teve sua redação de seu título alterada pela Lei nº
12.376/2010 e hoje chama-se Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro.

Gabarito: B

28)
Matéria: Direito do Trabalho
Assunto: Contrato individual de trabalho, relação de emprego e
remuneração.
Dificuldade: 1

Questão muito tranquila!!! Explora, mais uma vez, a letra seca da


CLT e, ainda, de artigos iniciais da consolidação, como veremos a seguir.
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Analisemos cada item:

I. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma


delas, personalidade jurídica própria, estiver sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de
emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada
uma das subordinadas. (Correto)

O item trata de responsabilidade solidária de um grupo


econômico.

A responsabilidade, conforme a leitura do art. 264 do Código Civil,


será solidária quando em uma mesma obrigação houver mais de um
responsável pelo seu cumprimento.

Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação


concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada
um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

Logo, quando a responsabilidade for solidária, poderá o credor


exigir o cumprimento dessa responsabilidade de ambos os devedores ou
de apenas um deles, cabendo àquele que cumprir a obrigação o direito
de regresso contra o devedor solidário.

A definição de grupo econômico é veiculada no art. 2º, § 2º, da


CLT. Observem o dispositivo:

Art. 2º, § 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo,


embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos
da relação de emprego, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das subordinadas.

A lição de Maurício Godinho Delgado acerca de grupo econômico


afirma ser esse grupo “a figura resultante da vinculação jus trabalhista
que se forma entre dois ou mais entes favorecidos direta ou
indiretamente pelo mesmo contrato de trabalho, em decorrência de
existir entre esses entes laços de direção ou coordenação em face de
atividades industriais, comerciais, financeiras, agroindustriais ou de
qualquer outra natureza econômica”.

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Portanto, configura-se o grupo econômico uma


verdadeira garantia ao trabalhador, haja vista que todos
os integrantes desse grupo respondem solidariamente pelo
crédito trabalhista. Ou seja, qualquer das empresas do grupo é
responsável da mesma forma, ainda que o serviço não lhes tenha sido
diretamente prestado.
II. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento
do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que
esteja caracterizada a relação de emprego. (Correto)

Muito cuidado!!! Não obstante a correção do item II, conforme o


art. 6º, vigente à época da prova, há que ser considerada uma
importante alteração nesse dispositivo naquele mesmo ano de 2011.
Senão vejamos:

Art. 6º. Não se distingue entre o trabalho realizado no


estabelecimento do empregador e o executado no domicílio
do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de
emprego.

Art. 6º. Não se distingue entre o trabalho realizado no


estabelecimento do empregador, o executado no domicílio
do empregado e o realizado a distância, desde que
estejam caracterizados os pressupostos da relação de
emprego. (Redação dada pela Lei nº 12.551, de 2011)

Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de


comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de
subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de
comando, controle e supervisão do trabalho
alheio. (Incluído pela Lei nº 12.551, de 2011)

O item trata acerca de Relação de emprego, a qual, na lição de


Maurício Godinho Delgado, seria "o fenômeno sócio-jurídico da relação de
emprego deriva da conjugação de certos elementos inarredáveis
(elementos fático-jurídicos), sem os quais não se configura a
mencionada relação".

Cabe lembrarmos dos 5 elementos caracterizadores da


relação de emprego:

1) Prestação de trabalho por pessoa física;

2) Pessoalidade;

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3) Não eventualidade;

4) Subordinação; e

5) Onerosidade (intuito oneroso).

III. Considera-se como “de serviço efetivo” o período em que o


empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

Art. 4º. Considera-se como de serviço efetivo o período


em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição
especial expressamente consignada.

Tal dispositivo da CLT estabelece que o tempo que o empregado


estiver aguardando ordens deve ser considerado como à disposição e
remunerado como se de efetivo trabalho fosse!!!

Gabarito: D

 
29)
Matéria: Direito Tributário
Assunto: Crédito Tributário (Suspensão, Extinção e Exclusão)
Dificuldade: 1
O examinador aborda o conhecimento acerca do parcelamento,
como uma das modalidades de suspensão do crédito tributário.
Façamos uma pequena revisão:
As modalidades de suspensão do crédito tributário estão previstas
no art. 151 do Código Tributário Nacional (CTN), senão vejamos:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito


tributário:

I - Moratória;

II - o Depósito do seu montante integral;

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III - as Reclamações e os recursos, nos termos das


leis reguladoras do processo tributário administrativo;

IV - a Concessão de medida liminar em mandado de


segurança.

V – a Concessão de medida liminar ou de tutela


antecipada, em outras espécies de ação
judicial;

VI – o Parcelamento.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não


dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias dependentesda obrigação principal cujo
crédito seja suspenso, ou dela consequentes.

Para facilitar a assimilação e lembrança das modalidades de


suspensão do crédito, observem o processo mnemônico:

Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

- Mo De Re Co Co Pa!!!

As modalidades de extinção do crédito são veiculadas no art. 156


do CTN:

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do


lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§
1º e 4º;

PRO VA S  RE SO L VI DA S   -­   E XA M E   DE   SU FI CI ÊN CI A   CO N TÁ BI L -­   AN O   2 0 1 7  

  W WW . SU FI CI EN CI ACO NT A BI L .CO M . BR  

 
 
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VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto


no § 2º do artigo 164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a


definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser
objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e


condições estabelecidas em lei.

E por fim, as modalidades de exclusão do crédito encontram


previsão no art. 175 do CTN:

Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a Isenção;

II - a Anistia.

Observem o processo mnemônico para a exclusão:


Ele I A, não vai mais!!! rs...ridículo, eu sei, mas por isso mesmo
funcionará!!!rs
Agora pessoal, observem que quanto às modalidades de extinção
do crédito, seria um tanto quanto complicado decorarmos, a não ser que
tivéssemos o contato bastante frequente com o dispositivo.
Mas, muita calma nessa hora!!!rsrs Segue um macete pra sua vida
de concurseiro!!!
Quanto às modalidades que afetam o crédito tributário, observem
que basta lembrarmos do Mo, De, Re, Co, Co, Pa (Suspensão) e do I,
A (Exclusão).
Pois todas as outras modalidades serão hipóteses de extinção
do crédito!!!

Passemos à análise das questões:


a) O parcelamento afasta o cumprimento da obrigação acessória.
(Incorreto) Art. 151, § único, CTN.
b) O parcelamento constitui uma das modalidades de
extinção dos créditos tributários prescritas pelo Código Tributário
Nacional. (Incorreto) Art. 151, VI, CTN.

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c) O parcelamento é uma modalidade de suspensão da


exigibilidade do crédito tributário. (Correto) Art. 151, VI, CTN.
d) O parcelamento extingue o crédito tributário de forma
fracionada e continuada, quando a legislação tributária não dispuser a
respeito. (Incorreto) Art. 151, VI, CTN.

Gabarito: C

30)

Matéria: Matemática Financeira


Assunto: Taxas nominal, proporcional, efetiva e equivalente
Dificuldade: 2

Nessa questão deve-se inicialmente encontrar o montante dos juros


conforme a periodicidade de capitalização. Na questão foi informada a
taxa de juros semestral (nominal) de 8,7%, capitalizada mensalmente.

Como 1 semestre possui 6 meses, para encontrar a taxa efetiva mensal


basta dividir a taxa pela quantidade de meses.
5,2%
Logo, a taxa efetiva corresponde a 1,45% = .
4

O próximo passo é encontrar a acumulação de juros no período de dois


anos e meio, que equivale a 30 meses. É necessário encontrar a taxa de
juros acumulada nesse período:

(1 + i30 meses) = (1 + imensal)30

(1 + i30 meses) = (1 + 0,0145)30

(1 + i30 meses) = (1,0145)30

(1 + i30 meses) = (1,5401)

i30 meses = 0,5401 ou 54,01%.

COMO RESOLVER NA CALCULADORA HP12C:

Devemos encontrar o valor total dos juros aplicáveis sobre um período


de tempo. Para encontrar, basta simular um determinar um valor para o
valor presente (PV), encontrar o valor futuro (FV) e calcular o percentual

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de acumulação no período. Considerando o valor presente = 100, temos


a seguinte situação:

Inicialmente, devemos configurar o visor de modo a apresentar 4 casas


decimais. Para tanto, efetuar os seguintes comandos:

[f] 4;

Posteriormente, encontrar a taxa mensal:

8.7 / [ENTER] / 6 / [÷]

Encontra-se o valor de i = 1,45%. Devemos agora informar os valores do


tempo (n), valor presente (PV), pagamentos (PMT), taxa (i) e encontrar
o valor futuro:

30 [n] / 1,45 [i] / 0 [PMT] / 100 [PV] / [FV]

A calculadora retornará o valor de -154,0145. Posteriormente selecionar


a tecla de troca de sinal [CHS] para que o valor fique positivo.

Para encontrar o valor da taxa de juros, basta subtrair o valor presente


(PV) do resultado e depois dividir pelo próprio PV.

154,01 / 100 / [-] / 100 / [÷]. A calculadora retornará o valor de


0,5401, que corresponde a 54,01%.

GABARITO: ITEM “D”.

31)

Matéria: Matemática Financeira


Assunto: Análise de investimentos
Dificuldade: 1

A resolução dessa questão passa inicialmente pelo entendimento do


conceito de “custo de oportunidade”. Este representa o custo causado
pela renúncia de um ente econômico. Não representa um desembolso da
empresa, mas sim um custo implícito de algo que poderia ser ganho no
melhor uso alternativo (um investimento, por exemplo).

Na questão, devemos comparar as três propostas, considerando o custo


de oportunidade calculado à base de 1% ao mês.
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Fornecedor A:

0  

  R$  3.180,00  

Fornecedor B:

0                      1  

                                 R$  3.200,00  

Para que seja comparar corretamente com a proposta do fornecedor “A”,


é necessário que os lançamentos sejam considerados em um mesmo
espaço de tempo. Logo, atualizando o pagamento realizado em t = 0,
assim como ocorre na primeira opção, temos:

89
A0 =
($%:);

3.)++
A0 =
($%+,+$)9

3.)++
A0 =
$,+$

A0 = 3.168,32

Fornecedor C

0                      1                    2  

                                    R$  3.300,00  

Utilizando o mesmo raciocínio do fornecedor B, é necessário atualizar o


valor em t=2 para t=0.
8<
A0 =
($%:);

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3.3++
A0 =
($%+,+$)<

3.3++
A0 =
($,+$)<

3.3++
A0 =
$,+)+$

A0 = 3.234,98

Logo, temos a seguinte situação, considerando os valores atuais:

Fornecedor A: R$ 3.180,00

Fornecedor B: R$ 3.168,32

Fornecedor C: R$ 3.234,98

Dentre as três possibilidades, devemos escolher o menor valor, haja


vista se tratar de custo de aquisição de material prima. Logo, a melhor
opção corresponde à do fornecedor B.

GABARITO: ITEM “B”.

COMO RESOLVER NA CALCULADORA HP12C:

Devemos encontrar o valor presente (PV – Present Value) para cada


cenário e compará-los:

Fornecedor A: PV = 3.180,00

Para achar PV para o fornecedor B:

1 [n] / 1 [i] / 0 [PMT] / 3200 [FV] / [PV]

A calculadora retornará o valor de 3.168,32.

Para encontrar o valor de PV para o fornecedor C:

2 [n] / 1 [i] / 0 [PMT] / 3300 [FV] / [PV]

A calculadora retornará o valor de 3.234,98

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32)    

Matéria: Estatística
Assunto: Probabilidades (Distribuição Normal)
Dificuldade: 3

Essa questão se refere a distribuição normal. Nela a distribuição é


reduzida a uma variável aleatória Z, denominada como "Normal Padrão"
ou "reduzida".

=>  ?
z é encontrada a partir da equação , onde:
@
X = Variável Aleatória
𝜇= Valor esperado ou média
σ = desvio padrão

As probabilidades, segundo a distribuição normal, correspondem à área


abrangida pelos intervalos da variável Z.

Analisando as proposições, temos:

Item “A”: A probabilidade de a quantidade vendida ficar abaixo de 800


unidades é de 34,13%.

Primeiramente é necessário encontrar Z, considerando X = 800.


=>  ?
Z=
@

Temos que µ = 1000 e 𝜎 = 200

5++  –  $.+++
Z=
)++

>)++
Z=
)++

Z = -1

Logo, a probabilidade de que a quantidade vendida seja inferior a 800


unidades corresponde à área encontrada para Z < -1, ou seja: 13,60% +
2,14% + 0,.13% = 15,87% (item falso)

Item “B”: a probabilidade de a quantidade vendida ficar acima de 1.200


unidades é de 13,6%.

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Devemos encontrar Z, considerando X > 1200


=>  ?
Z=
@

Temos que µ = 1000 e 𝜎 = 200

$)++  –  $.+++
Z=
)++

)++
Z=
)++

Z=1

Logo, a probabilidade de que a quantidade vendida seja superior a 1200


unidades corresponde à área encontrada para Z > 1, ou seja: 13,60% +
2,14% + 0,.13% = 15,87% (item falso)

Item “C”: a probabilidade de a quantidade vendida ficar entre 800 e


1.200 unidades é de 68,26%.

Devemos encontrar Z, considerando 800 < X < 1200

Dos itens anteriores sabemos que Z800 = -1 e Z1200 = 1

Logo, temos que identificar a probabilidade para -1 < Z < 1:

P[z] = 34.13% + 34,13% = 68,26% (item verdadeiro)

GABARITO: ITEM “C”

33)

Matéria: Estatística
Assunto: Descrição de dados
Dificuldade: 1

A mediana corresponde ao elemento central em um determinado


conjunto, que separa a metade superior de uma amostra de dados, uma
população ou uma distribuição de probabilidade, a partir da metade
inferior.

Devemos ordenar os elementos conforme o critério de preço, indicado na


questão:
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{420,00; 440,00; 440,00; 470,00; 480,00; 500,00; 834,00}

A amostra apresentada contém 7 elementos.

Para uma amostra de “n” elementos, com “n” impar, o elemento central
é obtido a partir da seguinte equação:
G%$
EC = , onde “n” é o número de elementos da amostra.
)

2%$
EC = =4
)

Logo, em um conjunto ordenado de 7 elementos, a mediana


corresponderá ao 4º elemento.

Resposta = 470,00.

GABARITO: ITEM “B”

34)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Princípios Contábeis
Dificuldade: 1

Atenção – Esta questão está desatualizada pois a resolução


750/93 foi revogada.
Por questões didáticas, utilizaremos ainda nesta questão a
Resolução 750/93, haja vista que não haveria outra forma de se
chegar ao gabarito senão pela utilização desta norma.
No entanto, a revogação da Res. 750/93 não significa que
os princípios contábeis deixaram de existir ou que não serão
cobrados no Exame de Suficiência. Os princípios contábeis
continuam presentes na NBC TG Estrutura Conceitual, embora
com redação diversa da Res. 750/93.
--------------------

Resolução:

A Resolução CFC 750/93, em seu art. 7º, diz que o Princípio do


Registro pelo Valor Original determina que os componentes do
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Patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das


transações, expressos em moeda nacional.

Este princípio determina bases de mensuração a serem utilizadas


em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes
formas, entre as quais:

Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos ou


a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos
recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Valor
de entrada, pois será pago na aquisição desse ativo.

Custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em


caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses
ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período
das demonstrações contábeis. Valor de entrada, pois será pago na
aquisição desse ativo.

Valor realizável: os ativos são mantidos pelos valores em caixa


ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em
uma forma ordenada. Valor de saída, pois será obtido com a venda do
ativo.

Por último, o Valor de liquidação, que não está previsto entre as


bases de mensuração do Princípio do Registro pelo Valor Original, mas
alguns autores como, por exemplo, o Iudícibus, o reconhece como um
dos valores de saída.

Valor de liquidação: normalmente indica a descontinuidade da


empresa. Portanto, na grande maioria das vezes, os valores obtidos são
muito abaixo do valor de custo. É um valor de saída, pois será obtido
com a liquidação (venda) do ativo.

GABARITO: B

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35)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Princípios Contábeis
Dificuldade: 1

Atenção – Esta questão está desatualizada pois a resolução


750/93 foi revogada.
Por questões didáticas, utilizaremos ainda nesta questão a
Resolução 750/93, haja vista que não haveria outra forma de se
chegar ao gabarito senão pela utilização desta norma.
No entanto, a revogação da Res. 750/93 não significa que
os princípios contábeis deixaram de existir ou que não serão
cobrados no Exame de Suficiência. Os princípios contábeis
continuam presentes na NBC TG Estrutura Conceitual, embora
com redação diversa da Res. 750/93.

--------------------

Resolução:

Pontos principais sobre os Princípios Contábeis:

- A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no


exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBC).
- A essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos
formais.
PRINCÍPIOS

1-ENTIDADE: reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou
finalidade, com ou sem fins lucrativos. O Patrimônio da empresa não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de
sociedade ou instituição.
O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira.
A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em
nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

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2- CONTINUIDADE: pressupõe que a Entidade continuará em operação


no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes
do patrimônio levam em conta esta circunstância.

3- OPORTUNIDADE:   Refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na
produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda
de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da informação.

4- REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: Determina que os


componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

5- COMPETÊNCIA: Determina que os efeitos das transações e outros


eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da
Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e
de despesas correlatas.

6- PRUDÊNCIA: Determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O enunciado afirma que a entidade “não tem a intenção nem a


necessidade de entrar em liquidação” . A liquidação ocorre quando a
entidade está encerrando as suas atividades. Portanto, a afirmação do
enunciado da questão tem por base o princípio da continuidade, o qual
pressupõe que a empresa irá continuar operando no futuro (pois não tem
intenção e nem necessidade de entrar em liquidação).

Gabarito: A.

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36)
Matéria: Teoria da Contabilidade
Assunto: CPC 00 - Estrutura Conceitual
Dificuldade: 2

Essa questão tem por base o CPC 00. Vamos analisar cada item.

I. Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente


exigíveis.

Segundo o CPC 00, passivo é definido como uma obrigação


presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação
se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos.

Portanto, para se configurar a existência de um passivo, é


necessário que a entidade tenha uma obrigação presente.

Ainda, de acordo com o CPC 00: “Uma característica essencial para


a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação
presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou
fazer de uma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente
exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos estatutários.
Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por
mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de
práticas usuais de negócios, usos e costumes e o desejo de manter boas
relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Se, por exemplo, uma
entidade decide, por uma questão de política mercadológica ou de
imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos
tenham se tornado conhecidos depois que expirou o período da garantia,
as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos
constituem-se passivos.” CERTA.

II. Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são
reconhecidas por não ser possível mensurá-las de forma confiável.

Conforme o CPC 00, alguns passivos somente podem ser


mensurados com o emprego de um elevado grau de estimativa. No Brasil
esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo, já

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descrita na resolução do item anterior, tem um enfoque amplo e assim,


se a provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz os demais
critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha que
ser estimado. Exemplos incluem provisões por pagamentos a serem
feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para
fazer face a obrigações de aposentadoria. CERTA.

III. A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de


serviços.

Por fim, a liquidação de uma obrigação presente geralmente


implica na utilização, pela entidade, de recursos capazes de gerar
benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A
extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas
maneiras, por exemplo, por meio de:

a) pagamento em dinheiro;
b) transferência de outros ativos;
c) prestação de serviços;
d) substituição da obrigação por outra; ou
e) conversão da obrigação em capital.

Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais
como pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.
CERTA.

GABARITO: A

37)
Matéria: Ética
Assunto: Infrações ao exercício profissional
Dificuldade: 1
 
Questão bem fácil, para resolvê-la bastava saber quais são as
penalidades previstas no Resolução CFC 1370/11:
 
RESOLUÇÃO CFC 1370/11
Art. 25. As penas consistem em:

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I – multas;
II – advertência reservada;
III– censura reservada;
IV – censura pública;
V – suspensão do exercício profissional;
VI – cassação do exercício profissional.

Vamos às alternativas da questão:

a) Advertência pública. à Não há previsão de advertência pública,


mas tão somente da censura pública. Este é o gabarito!
b) Advertência reservada. à Inciso II, do art. 25 da Res. 1370/11.
c) Cassação do exercício profissional. à Inciso VI, do art. 25 da Res.
1370/11.
d) Suspensão temporária do exercício da profissão. à Inciso V, do art.
25 da Res. 1370/11.

Gabarito: A
 
 
 
 
38)
Matéria: Ética
Assunto: Infrações
Dificuldade: 1

Quando o contabilista elaborou o enquadramento da empresa do cliente


conforme o regime de caixa, ele deixou de observar o Princípio
Contábil da Competência, o qual determina que os efeitos das
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se
referem, independente de pagamentos ou recebimentos.

A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício


da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras
de Contabilidade (NBC). O Código de Ética do Profissional, por sua vez,
considera transgressão a não observância dos princípios contábeis,
vejamos:

PRO VA S  RE SO L VI DA S   -­   E XA M E   DE   SU FI CI ÊN CI A   CO N TÁ BI L -­   AN O   2 0 1 7  

  W WW . SU FI CI EN CI ACO NT A BI L .CO M . BR  

 
 
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Art. 24. Constitui infração:


...

V – transgredir os Princípios de Contabilidade e as


Normas Brasileiras de Contabilidade;

Portanto, a atitude do contabilista está em desacordo com os Princípios


de Contabilidade e consiste em infração ao disposto no Código de Ética
Profissional do Contabilista, qualquer que seja o porte da empresa.

Gabarito: A.

39)
Matéria: Ética
Assunto: Diversos
Dificuldade: 2

Vamos analisar os itens:

I. Um contabilista iniciante contratou um agenciador de


serviços para atuar na captação de clientes. Para cada
cliente captado, o agenciador irá receber 1% dos
honorários acertados.
à O item está em desacordo com os preceitos do código de ética. O
contabilista não pode utilizar de agenciador de serviços para a captação
de clientes!

II. Em razão de sua aposentadoria, o contabilista transferiu


seus contratos de serviço para seu genro, também
contabilista. Os clientes foram contatados um a um, por
telefone, e se manifestaram de acordo com a mudança.
à O item está em desacordo com os preceitos do código de ética. O
Profissional da Contabilidade pode transferir o contrato de serviços a seu
cargo para outro profissional, mas a anuência deve ser por escrito.

III. Um perito-contador, indicado pelo juiz para atuar em


uma questão relativa a uma dissolução de sociedade,

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recusou-se a assumir o trabalho por não se achar


capacitado.
à O item está de acordo com os preceitos do código de ética. Se o
contador não se considerar capacitado, ele deve recusar a prestação do
serviço contábil.

Gabarito: B

40)
Matéria: Ética
Assunto: Diversos
Dificuldade: 2

Vamos à análise dos itens:


I. A observância dos Princípios de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição
de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
à Conforme vimos na questão 38, o item está correto.

II. Os ativos avaliados pelo seu valor de liquidação


baseiam-se no Princípio da Continuidade, pressupondo que
a Entidade continuará em operação no futuro.
àErrado! Conforme vimos na questão 35, o princípio da Continuidade
pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro, portanto os
ativos não devem ser avaliados pelo seu valor de liquidação.

III. A falta de integridade e tempestividade na produção e


na divulgação da informação contábil pode ocasionar a
perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a
relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.
à O item está correto. É a literalidade do parágrafo único do artigo 6º
da Resolução CFC 750/93.

Gabarito: B.

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41)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Provisões e Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
Dificuldade: 2

A questão aborda o Pronunciamento CPC 25, que trata de


Provisões, Passivos e Ativos Contingentes, aprovado pela CVM em
sua Deliberação 594/2009.

A provisão deverá ser reconhecida quando:

a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não


formalizada) como resultado de evento passado;
b) seja provável que será necessária uma saída de
recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e
c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da
obrigação.

Muito cuidado!!! Não confundam as provisões do passivo


com o chamado "passivo contingente", pois este último
corresponde a:

a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados


e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de
um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle
da entidade; ou
b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados,
mas que não é reconhecida porque:

- não é provável que uma saída de recursos que incorporam


benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
- o valor da obrigação não pode ser mensurado com
suficiente confiabilidade.

Gravem a tabela abaixo:

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NÃO É
PASSIVO PROVISÃO E
PROVISÃO
CONTINGENTE NEM PASSIVO
CONTINGENTE

Há obrigação presente Há obrigação possível ou Há obrigação


que provavelmente obrigação presente que possível ou
requer uma saída de pode requerer (mas obrigação presente
recursos. provavelmente não irá cuja probabilidade
requerer) uma saída de de uma saída de
recursos. recursos é remota.
A provisão é Nenhuma provisão é Nenhuma provisão é
reconhecida. (item 14) reconhecida. (item 27) reconhecida. (item
27)
Divulgação(NotasExpli Divulgação(NotasExplicat Nenhuma divulgação
cativas) é exigida para ivas) é exigida para o é exigida. (item 86)
a provisão. (item 84 e 85) passivo contingente. (item
86)

A sequência da questão fica, portanto, 2, 3 e 1.

Gabarito: A

42)
Matéria: Normas de Contabilidade
Assunto: NBC T 1 - Estrutura Conceitual
Dificuldade: 2

Essa é uma questão literal retirada da NBC T 1 - Estrutura


Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis. Lembrando que esta é uma prova do primeiro semestre de
2011 e que, em dezembro de 2011, tivemos alterações nas normas de
contabilidade através da Resolução CFC 1.374/11, inclusive alterando o
nome desta norma em questão para "NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL
– Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro". Vamos analisar cada item:

(_) Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações


financeiras elaboradas para fins exclusivamente fiscais.

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"Alcance

6. Esta Estrutura Conceitual trata das demonstrações contábeis


para fins gerais (daqui por diante designadas como "demonstrações
contábeis"), inclusive das demonstrações contábeis consolidadas. Tais
demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas pelo menos
anualmente e visam atender às necessidades comuns de informações de
um grande número de usuários. Alguns desses usuários talvez
necessitem de informações, e tenham o poder de obtê-las, além
daquelas contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários,
todavia, têm de confiar nas demonstrações contábeis como a principal
fonte de informações financeiras. Tais demonstrações, portanto, devem
ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas necessidades. Estão
fora do alcance desta Estrutura Conceitual informações financeiras
elaboradas para fins especiais, como, por exemplo, aquelas incluídas em
prospectos para lançamentos de ações no mercado e ou elaboradas
exclusivamente para fins fiscais. Não obstante, esta Estrutura Conceitual
pode ser aplicada na preparação dessas demonstrações para fins
especiais, quando as exigências de tais demonstrações o permitirem."

Item verdadeiro.

(_) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas


demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas
pelos usuários. Por esta razão, informações sobre assuntos
complexos devem ser excluídas por serem de difícil entendimento
para usuários que não conheçam as particularidades do negócio.

"Compreensibilidade

25. Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas


demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas
pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários tenham
um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e
contabilidade e a disposição de estudar as informações com
razoável diligência. Todavia, informações sobre assuntos
complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis
por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de
decisão pelos usuários não devem ser excluídas em nenhuma

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hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos


usuários as entenderem."

Item falso.

(_) Regime de Competência e Continuidade são apresentados na


Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis como pressupostos básicos.

"Pressupostos Básicos

Regime de Competência

22. A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são


preparadas conforme o regime contábil de competência. Segundo esse
regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos
quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são
recebidos ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados
nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. As
demonstrações contábeis preparadas pelo regime de competência
informam aos usuários não somente sobre transações passadas
envolvendo o pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos
financeiros, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e
sobre recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, apresentam
informações sobre transações passadas e outros eventos que sejam as
mais úteis aos usuários na tomada de decisões econômicas. O regime de
competência pressupõe a confrontação entre receitas e despesas que é
destacada nos itens 95 e 96."

"Continuidade

23. As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no


pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro
previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção
nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente
a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as
demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente e,
nesse caso, tal base deverá ser divulgada."

Item verdadeiro.

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(_) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e


comparabilidade são apresentadas na Estrutura Conceitual para
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis como
pressupostos básicos.

"Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis

24. As características qualitativas são os atributos que tornam as


demonstrações contábeis úteis para os usuários. As quatro principais
características qualitativas são: compreensibilidade, relevância,
confiabilidade e comparabilidade."

Item falso.

GABARITO: C

 
 
43)  
Matéria: Auditoria
Assunto: Responsabilidade do Auditor em relação a fraude
Dificuldade: 1

Outra questão literal tratando do conceitos e definições de fraude


previsto na NBC TA 240 (R1) no item 11. Vejamos:

11. Para efeito desta Norma, os termos abaixo têm os


seguintes significados:

Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da


administração, dos responsáveis pela governança,
empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção
de vantagem injusta ou ilegal.

Fatores de risco de fraude são eventos ou condições que


indiquem incentivo ou pressão para que a fraude seja
perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra.

Analisemos nossa questão:

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Ora, bastaria o candidato lembrar que Fraude é um ATO


INTENCIONAL!!! Logo, nunca poderia envolver CULPA, haja vista que
na culpa o agente não tem a intenção de produzir o resultado.

Com a análise supra restariam a alternativa "a" e a "d".

Eliminemos a "a", haja vista que estamos falando de FRAUDE,


portanto a vantagem não seria justa, muito menos legal.

Logo, até por eliminação o candidato conseguiria resolver a


questão, caso não lembrasse da definição de fraude veiculada na NBC TA
240.

Portanto, não há outra alternativa a ser marcada que não a "D".

Gabarito: D

 
 
 
44)  
Matéria: Auditoria
Assunto: Risco de Auditoria
Dificuldade: 2

A questão trata do Risco de auditoria. Façamos uma pequena


revisão do assunto:

Riscos de Auditoria

Definição:

É o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria


inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção
relevante e do risco de detecção. (NBC TA 200 R1)

Tipos de Risco

Risco de detecção:

É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor


para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não

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detectem uma distorção existente que possa ser relevante,


individualmente ou em conjunto com outras distorções.

Risco de distorção relevante:

É o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção


relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes,
descritos a seguir no nível das afirmações:

a) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito


de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles
relacionados;

b) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa


ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil
ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente PELO CONTROLE INTERNO DA
ENTIDADE.

Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção

Levem também para sua prova a seguinte correlação:

Se, CI =R = P = VT = A

Se, CI =R = P = VT = A

Legenda:
CI – Controle Interno
R – Risco
P – Prioridade
VT – Volume de Testes
A – Amostragem
- Forte ou Maior
- Fraco ou Menor
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Levem, ainda, o seguinte:

Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos


de distorção relevante (inerente e controle). Quanto maior o
risco de distorção relevante encontrado pelo auditor, menor o risco
de detecção a ser aceito por ele.
Há uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível
estabelecido de relevância, isto é, quanto maior for o nível
estabelecido de relevância, menor será o risco de auditoria e vice-
versa.

Diante de todo o exposto, não há outra alternativa a ser marcada


que não a "A".

Gabarito: A

45)
Matéria: Contabilidade Geral
Assunto: Exclusão de sócio e Avaliação Patrimonial
Dificuldade: 2

O sócio excluído terá direito ao seu percentual de participação


multiplicado pelo Patrimônio Líquido da entidade.

Antes da avaliação, havia um passivo a descoberto, pois:

Patrimônio Líquido (PL) = Ativo Total (AT) – Passivo Exigível (PE)

PL = 2.642.399,14 – 3.031.619,07

PL = R$ (389.219,93)

Passivo a Descoberto ocorre quando o PL é menor do que a


equação Ativo Total - Passivo Exigível.

Contudo, após a avaliação dos bens a valor de mercado (pedida


pelo sócio excluído), apurou-se um ativo não circulante superior ao
apresentado anteriormente. Dessa forma, apurou-se uma situação
líquida positiva:

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Balanço Ajustado (após Avaliação dos Bens a Valor de Mercado)


ATIVO
Ativo Circulante R$ 742.465,53
Caixa R$ 3.466,40
Banco Conta Movimento R$ 19.360,36
Aplicações R$ 51.656,48
Estoques R$ 124.019,03
Duplicatas a Receber R$ 214.734,00
Adiantamentos R$ 8.728,57
Impostos a Recuperar R$ 35.834,51
Despesas Pagas Antecipadamente R$ 284.666,18
Ativo Não Circulante R$ 2.456.701,90
Investimentos R$ 714.944,89
Imobilizado R$ 1.740.930,50
Intangível R$ 826,51
TOTAL DO ATIVO R$ 3.199.167,43

PASSIVO
Passivo Circulante R$ 2.366.717,69
Fornecedores R$ 1.332.217,17
Empréstimos Bancários R$ 20.000,00
Obrigações Sociais a Recolher R$ 234.200,21
Impostos e Taxas a Recolher R$ 678.683,18
Obrigações Trabalhistas R$ 52.086,21
Provisões R$ 37.324,65
Adiantamentos a Clientes R$ 12.206,27
Passivo Não Circulante R$ 664.901,38
Empréstimos de Longo Prazo R$ 451.765,96
Impostos Federais Parcelados R$ 213.135,42
Patrimônio Líquido R$ 167.548,36
Capital Social Realizado R$ 121.260,00
Prejuízos Acumulados R$ 510.479,93
Ajuste de Avaliação Patrimonial R$ 556.768,29
TOTAL DO PASSIVO R$ 3.199.167,43

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Ajuste de Avaliação Patrimonial foi criada a partir da aprovação


da Lei 11.638/07, que alterou a lei 6.404/76. É uma conta do PL onde
serão debitados e/ou creditados os ajustes, podendo ser para mais ou
para menos, de valores de ativos e/ou passivos que, por algum motivo,
tiveram seus valores avaliados a valor justo (valor de mercado).

Sendo assim:

PL = AT – PE

PL = 3.199.167,43 – 3.031.619,07

PL = R$ 167.548,36

Como cada sócio tem uma participação de 20%, os haveres do


sócio excluídos serão:

20% x PL = 20% x 167.548,36 = R$ 33.509,67

GABARITO: A

46)
Matéria: Perícia Contábil
Assunto: Laudo Pericial
Dificuldade: 1

Vale informar que as novas normas de perícia contábil já irão ser


cobradas pela primeira vez no próximo exame. Mas não há motivo para
se preocupar, nós iremos resolver as questões explicando a legislação
atualizada.

Nesta questão o examinador requereu a interpretação do que seria


“laudo pericial”. Conforme a nova NBC TP 01:

48. O laudo pericial contábil e o parecer técnico-


contábil são documentos escritos, nos quais os peritos
devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da
perícia e particularizar os aspectos e as minudências
que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos
de prova necessários para a conclusão do seu
trabalho.

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O laudo pericial é confeccionado pelo Perito do Juízo (antigamente


denominado perito-contador). O Perito do Juízo é aquele que foi
nomeado pelo Juiz ou outra autoridade para verificar determinada
situação e dar o seu parecer sobre o assunto. O nome deste documento
(parecer) é laudo pericial.

O Perito Assistente é o perito contábil que é contratado por uma das


partes envolvidas no processo. Ele descreve a sua opinião por meio de
um parecer pericial.

Memorize:

Perito do Juízo à Nomeado pelo Juiz ou autoridade à Laudo Pericial

Perito assistenteà Contratado pela parte no processoà Parecer Pericial

Gabarito:  D  
 
47)
Matéria: Auditoria
Assunto: Auditoria da conta caixa
Dificuldade: 2

A questão aborda a auditoria da conta caixa. Os procedimentos de


auditoria na conta caixa têm como escopo o exame de bens
numerários.
A auditoria fiscal contábil da conta caixa tem por finalidade
constatar erros e irregularidades, em decorrência, principalmente, da
falta de contabilização das receitas operacionais e não operacionais das
empresas, mormente conhecida como omissão de receitas.    

Passemos à questão:

1ª Solução:

Caixa

Débitos
Saldo anterior 100.000,00

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Rec. duplicatas 73.440,00*


173.440,00

Créditos
Pg Despesas 21.900,00
Pg Serviços 51.000,00
72.900,00

Saldo = Débitos - Créditos = 173.440 - 72.900 = 100.540,00

Cálculo do recebimento das Duplicatas:

*Duplicatas acrescidas de juros: 72.000 + 2% de 72.000 = 72.000,00 +


1.440,00 = 73.440,00

2ª Solução:

Resolveremos matematicamente:

  Saldo final de caixa = Estoque inicial de caixa + Entradas - Saídas


O saldo anterior do exercício (100.000,00) é igual ao saldo inicial
de outro.

Logo,
SF = 100.000,00 + 72.000 + 1.440 - 21.900 - 51.000 = R$ 100.540,00.

Muito cuidado!!!
- Os pagamentos ou recebimentos EM CHEQUE são irrelevantes,
haja vista que estamos auditando a conta CAIXA e não a conta bancos.
 

Portanto, só nos interessam os pagamentos e recebimentos


efetuados em dinheiro!!!

- Quando nada for dito acerca da forma que se houveram os


pagamentos ou recebimentos, considerem que foram feitos em dinheiro.

48. Segundo o texto, é INCORRETO afirmar que (lembre-se sempre


de destacar a essência da questão, neste caso podemos agilizar a

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resolução adiantando as questões que parecerem corretas, a principio, e


procurar a que destoe do que você entendeu sobre o texto lido)

a) a Contabilidade Socioambiental tem como objeto o relacionamento


entre entidade e meio ambiente. CORRETA

Trecho do texto correspondente “Contabilidade Socioambiental, (...)


foi concebida para fornecer informações e interpretações pontuais a
empresas, governos e demais usuários (podem ser substituídas por
“entidade”) a respeito de seu patrimônio ambiental e os respectivos
efeitos ocasionados pelos danos ao meio ambiente (os trechos em
destaque podem ser substituídos por “meio ambiente”, sem perda ou
alteração do sentido)”

b) encargos relativos ao impacto ambiental são mensuráveis em


moeda. CORRETA

Trecho do texto correspondente “os quais podem ser mensurados em


moeda”.

c) estratégias de controle ambiental levam ao desenvolvimento


sustentável. CORRETA

Trecho do texto correspondente “determinados setores da sociedade


partiram em busca de estratégias controladoras com a finalidade de que
fossem produzidas soluções eficazes para o desenvolvimento
sustentável.”

d) o progresso mundial implica degradação ambiental. INCORRETA


Não há trecho correspondente no texto. Pela leitura do primeiro
paragrafo “Em decorrência do progresso crescente, diversos segmentos
da sociedade voltaram suas preocupações para uma esfera de que até
bem pouco tempo não se falava muito: a preservação ambiental e o ônus
decorrente dessa expansão mundial.” entendemos que a afirmação da
opção não está de acordo com o contexto. A posição dos autores não é
tão objetiva e pessimista quanto o afirmado na questão.

Gabarito: D

• Contexto é crucial para a interpretação do discurso.

• Um texto pode ser interpretado de maneiras bastante diferentes em


contextos diferentes.

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• Contexto desfaz ambiguidade.

49. No texto, é CORRETA a substituição, sem mudança de sentido, de

a) “até bem pouco tempo” (linha 2) por a bem pouco tempo atrás.
INCORRETA

As duas expressões não produzem o mesmo sentido na leitura da


oração.

b) “de que fossem produzidas” (linha 5) por de que se produza.


INCORRETA

A alteração da voz verbal produz alteração de sentido

c) “eficazes” (linha 6) por eficientes. INCORRETA

As palavras possuem significados diferentes, embora sejam usadas


vulgarmente como sinônimos:

Eficaz: que tem eficácia. 1. que tem a virtude ou o poder de produzir,


em condições normais e sem carecer de outro auxílio, determinado
efeito; efetivo;

Eficientes: que se caracteriza pelo poder de produzir um efeito real;  


que obtém resultados efetivos com o mínimo de perdas ou na
consecução de um fim; competente, capaz;

Devemos considerar a incoerência de sentido que a flexão em


número provoca nesta afirmação.

d) “Em decorrência” (linha 1) por Como resultado. CORRETA

A substituição provoca não alteração de sentido, pois “em


decorrência” há uma certa subjetividade, que exprime a ideia da autora
assim como em “Como resultado”

Gabarito: D

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50. De acordo com o texto, assinale a descrição gramatical


INCORRETA.

a) O uso de dois pontos, na linha 3, anuncia a identificação sumária


do tema pouco discutido. CORRETA

Os dois pontos servem para introduzir uma explicação sobre o que se


afirmou antes.

b) Para evitar a repetição do pronome relativo, reescreve-se o


enunciado das linhas 7 a 8 da seguinte maneira, sem mudança de
sentido: A Contabilidade, ciência que o objeto de estudo é o patrimônio
das entidades, enveredou nessa linha social. INCORRETA

Para que não haja a mudança de sentido e o texto acompanhe a


norma culta, deveria ser usado o pronome “cujo” ao invés de “que o”

c) A próclise pronominal em “não se falava muito” (linhas 2 e 3) é o


resultado da regra de colocação do pronome átono precedido de palavra
de sentido negativo. CORRETA

Palavras e expressões negativas atraem o pronome oblíquo para


antes do verbo.

d) A justificativa para o emprego obrigatório da vírgula, em “danos ao


meio ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda” (linhas 16 e
17), é a natureza explicativa da oração adjetiva. CORRETA

A vírgula é usada nesse caso para separar a oração subordinada


adjetiva explicativa.

Gabarito: B

***FIM***

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