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Capítulo 1:
- Introdução
- Cenário Brasileiro
- Fórmula Estrutural
- Tipos de Poliestireno
- Principais Aplicações
Capítulo 2:
- Desvantagens do EPS
Capítulo 3:
- Rotas
- Diagrama de blocos
- Fluxograma de produção de PS
- Equipamentos
- Operação e armazenamento do PS
- Estabilidade e reatividade do PS
- Impacto ambiental
- Reciclagem
- Poluição do EPS
Capítulo 5:
- Histórico do EPS
- Histórico do PS
- Análise da planta de PS
- Preços
Referência bibliográfica
PREFÁCIO
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1.1) Introdução:
O poliestireno é uma das mais antigas resinas sintéticas. Foi em 1831 que um polímero
vítreo transparente foi descoberto e, pouco tempo depois, proposto para uso prático. Mas seu
desenvolvimento comercial demorou até o momento em que métodos satisfatórios para a
produção do monômero do estireno fossem encontrados, e até a descoberta de um meio de evitar a
polimerização durante o carregamento e estocagem. O primeiro plástico industrial de poliestireno
foi introduzido na Alemanha em 1930. A produção nos Estados Unidos iniciou-se em 1937, porém
em quantidades relativamente insignificantes até 1946. Então, as tremendas facilidades para a
produção de estireno, que foram obtidas graças ao programa de borracha sintética da Segunda
Guerra Mundial, tornaram-se acessíveis para a produção de plásticos.
O poliestireno é um hidrocarboneto aromático, amorfo (não apresenta estrutura cristalina),
não saturado, e encontrado no estado sólido à temperatura ambiente. É classificado como
termoplástico, ou seja, quando se eleva a temperatura do meio onde se encontra, apresenta um
aumento em sua maleabilidade, assemelhando-se aos materiais fundidos. Por apresentar essa
natureza, é possível remodelá-lo quantas vezes se quiser, sendo a partir desse ponto de vista,
altamente reciclável.
O poliestireno é um termoplástico que se caracteriza por sua clareza brilhante, sua dureza,
sua facilidade de processamento e seu baixo custo. Sua colorização é excelente. É disponível em
vários tipos apropriados para várias aplicações e processamentos. Como modificações da resina
básica de uso geral, podem ser citados os tipos resistentes à elevação da temperatura e os vários
graus de resistência a impactos. Todavia, tanto a clareza quanto o brilho diminuem nos tipos
resistentes a impactos.
O poliestireno é processado por vários métodos, nos quais estão incluídas as moldagens
por injeção, as moldagens por sopro de injeção e extrusão, a conformação térmica ou a quente, a
extrusão de chapas e perfilados, as moldagens em espumas, as chapas de espumas por injeção
direta e o poliestireno expandido.
Durante a fase inicial da moldagem por injeção, a resina de poliestireno era um fator
importante no desenvolvimento destes processos. Os moldados do material eram prontamente
aceitos devido ao seu baixo custo, leveza e boas propriedades elétricas, quando comparados aos
polímeros vinílicos e de celulose, que, então, eram disponíveis. Sua aparência cristalina, brilho e
resistência elevada a ácidos fortes, fazem do poliestireno um concorrente em potencial nos usos
em que tais características são necessárias. Utilidades domésticas, recipientes, rádios e relógios de
parede foram algumas das primeiras aplicações de moldados de poliestireno, que ainda mantém
um importante papel na sociedade.
Basf
EDN-SUL( Subsidiária da DOW )
INNOVA
RESINOR
VIDEOLAR
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Em 2004, a demanda brasileira de poliestireno (PS) ficou próxima de 310 mil toneladas,
alta de 16% sobre 2003. Naquele ano, o mercado voltou a crescer depois de alguns períodos de
retração, e atingiu os mesmos patamares do final da década de 90. As previsões mais otimistas
apontam a manutenção do crescimento em 2005, porém em torno de modestos 2%. As estimativas
iniciais giravam em torno de 5%. Há, no entanto, os que acreditam em nova retração.
A resina fechou o semestre com queda de 0,7% na produção e alta de 5% no consumo
aparente. Já as exportações recuaram 26,9% no comparativo com o mesmo período de 2004, de
acordo com o balanço divulgado pelo Siresp.
Os quatro fabricantes (Dow, Basf, Innova e Videolar) disponibilizam um total de 620 mil t.
“O mercado tem abastecimento garantido pelos próximos dez anos”, diz o presidente da Videolar,
Lírio A. Parisotto. Segundo sua avaliação, o mercado de PS segue o desempenho
macroeconômico do país, que não demonstra o mesmo ritmo do ano passado.
Os preços no mercado local passaram por um início de ano muito instável. “Seguiram os
movimentos da demanda e das cotações internacionais. A capacidade de produção brasileira
alcança 250 mil t/ano em monômero de estireno e 120 mil t/ano em PS. “Existe um projeto para
expansão das unidades de etilbenzeno e de monômero de estireno em fase de avaliação técnica e
econômica.
A Innova exporta, aproximadamente, 10% de sua produção. Os principais mercados são
América Central, EUA e África do Sul. As exportações da Basf representam 20% da totalidade
das vendas da área de plásticos, e seguem principalmente para a América do Sul e África. Nos
últimos três anos, a Basf investiu aproximadamente 100 milhões de euros por ano na América do
Sul.
“Cerca de 85% desses investimentos foram direcionados ao Brasil, com foco em produtos
para agricultura, tintas e poliestireno. Os investimentos garantiram a ampliação da capacidade
produtiva, alicerçando as operações da companhia para o esperado crescimento econômico. A
planta brasileira de poliestireno, em São José dos Campos-SP, tem capacidade para 190 mil t/ano.
No Complexo Químico de Guaratinguetá, a Basf produz EPS (41 mil t) e EPP (1.500 t), uma
especialidade. O grupo conta ainda com unidades de PS no México, Alemanha, Espanha, Bélgica,
China, Coréia e Índia, e uma produção que soma mais de dois milhões de toneladas anuais.
O cenário nacional, no entanto, apresenta-se pouco favorável. O mercado de estirênicos
está caracterizado por margens em queda, produtos standard, competição por preço e concorrência
acirrada. Outra dificuldade refere-se aos constantes aumentos dos insumos petroquímicos,
fazendo com que a empresa não descarte a possibilidade de reajustes no decorrer do ano.
O diretor de vendas de plásticos da Dow Brasil Fernando Rodriguez defende a
recomposição de preços e margens do mercado de PS. “Estão em patamares insustentáveis.” A
defasagem, no entanto, criou algumas oportunidades de negócio. No mercado internacional, o PS
custa entre 10% e 15% a mais que o PP. “No Brasil, essa diferença praticamente não existe”, diz
Rodriguez.
Com isso, algumas aplicações do PP, como os copos descartáveis, iniciaram um processo
de migração para o poliestireno. Dentre as vantagens, Rodriguez cita a rigidez e a
processabilidade do material. A norma técnica da ABNT já obriga o uso de PS em copos de café.
Para o mercado de embalagens alimentícias e descartáveis, a Dow lançou na Brasilplast´2005, a
primeira resina de poliestireno de alto impacto transparente. Trata-se de uma evolução mundial,
desenvolvida pela Dow Europa. A resina, destinada ao segmento de termoformagem, será
produzida na planta do Guarujá-SP. Alguns clientes já testaram o material importado.
Também na Brasilplast, a Basf anunciou uma série de estratégias. Entre elas, separou os
negócios das commodities das especialidades. No campo de poliestireno, reduziu o número de
grades (três de alto impacto e três do tipo cristal). O saldo das mudanças foi bastante positivo e
elogiado, principalmente, pelos clientes, diretamente impactados pelo desenvolvimento de resinas
especiais que agregam valor ao produto.
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1.3) Fórmula Estrutural:
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PS expandido(EPS): É utilizado para a confecção de caixas térmicas para
acondicionamento de bebidas e alimentos, pranchas de surf e adornos. Também possui
grande aplicabilidade na área da construção civil, como por exemplo, seu uso na
fabricação de concreto leve, substituindo a pedra britada. É utilizado tanto como
isolamento acústico e térmico em casas ou estúdios, e também, pode substituir a
tradicional cerâmica na produção de lajotas.
Tabela 2.1.1
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Poliestireno Cristal (GPPS):
1 • Grade de Injeção para ciclos rápidos
2 • Alta fluidez para uso geral
3 • Excelente processabilidade, principalmente, para peças com paredes finas
Sistema
Sistema Inglês Sistema Métrico Normas
Características Internacional
Valores Unidade Valores Unidade Valores Unidade
Índice de Fluidez g / g / g / ASTM D
16,0 16,0 16
(200 ºC / 5 Kg) 10min 10min 10min 1238
Resistência ao ASTM D
- pé-lb/pol - J/M - -
Impacto IZOD 256
Resistência ao ASTM D
- pol.-lb - J - -
Impacto Gardner 5420
Resistência à Kgf/ ASTM D
6.100 psi 42 MPa 429 2
Tração, Ruptura cm 638
ASTM D
Elongação - % - % - %
638
Kgf/ ASTM D
Módulo de Tensão 380.000 psi 2.620 MPa 26.720 2
cm 638
Kgf/ ASTM D
Resistência à Flexão 11.000 psi 76 MPa 773 2
cm 790
Kgf/ ASTM D
Módulo de Flexão 460.000 psi 3.170 MPa 32.340
cm2 790
Temperatura de
ASTM D
Amolecimento, 208 ºF 98 ºC 98 ºC
1525
VICAT
Temperatura de ASTM D
199 ºF 93 ºC 93 ºC
Deflexão @ 264 psi 648
ASTM D
Densidade 1,04 g / cm3 1,04 g / cm3 1,04 g / cm3
792
3 3 3
Densidade Aparente 0,65 g / cm 0,65 g / cm 0,65 g / cm ISO 060
0,3 – 0,3 – 0,3 –
Contração no Molde % % % -
0,6 0,6 0,6
- Características: • Boa resistência ao calor
• Boa resistência mecânica
• Excelente transparência
• Excelente propriedade de fluxo
Tabela 2.1.2
Fonte: VIDEOLAR
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Poliestireno de Alto Impacto (HIPS):
1 • Grade para injeção
2 • Média fluidez
3 • Bom equilíbrio entre rigidez e impacto
Tabela 2.1.3
Sistema
Sistema Inglês Sistema Métrico Normas
Características Internacional
Valores Unidade Valores Unidade Valores Unidade
Índice de Fluidez g / g / g / ASTM D
6,5 6,5 6,5
(200 ºC / 5 Kg) 10min 10min 10min 1238
Resistência ao Kgf/ ASTM D
2,0 pé-lb/pol 107 J/M 11 2
Impacto IZOD cm 256
Resistência ao cm - ASTM D
125 pol.-lb 14 J 145
Impacto Gardner Kg 5420
Resistência à Tração, Kgf/ ASTM D
3.300 psi 23 MPa 232 2
Ruptura cm 638
ASTM D
Elongação 50 % 50 % 50 %
638
Kgf/ ASTM D
Módulo de Tensão 310.000 psi 2.140 MPa 21.800
cm2 638
Kgf/ ASTM D
Resistência à Flexão 6.400 psi 44 MPa 450
cm2 790
Kgf/ ASTM D
Módulo de Flexão 330.000 psi 2.280 MPa 23.200
cm2 790
Temperatura de
ASTM D
Amolecimento, 205 ºF 96 ºC 96 ºC
1525
VICAT
Fonte: VIDEOLAR
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Poliestireno Expandido (EPS):
Tabela 2.1.4
Fonte: http://www.acepe.pt/eps/eps_prop_tabEN.asp
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Tabela de Marcação do EPS:
Tabela 2.1.5
EPS 200 Dupla lista preta Isolamentos sujeitos a cargas, tais como
parques de estacionamento, pavimentos de
instalações frigoríficas e aplicações
similares, que requeiram valores mais
elevados de Resistência à compressão e à
EPS 250 Lista violeta fluência sob compressão.
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NÃO Lista vermelha Aplicações em que o EPS não fique
INFLAMÁVEL complementar revistido por materiais incombustíveis.
Gráfico 2.2.1
Gráfico 2.2.2
Gráfico 2.2.3
No gráfico 2.2.3, percebemos que a resistência à compressão é tanto maior quanto maior for a
deformidade do EPS. Também podemos dizer que com o aumento da massa específica, acarreta
um aumento na resistência.
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Gráficos 2.2.4
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Notamos que nos 3 gráficos 2.2.4 , quanto maior a pressão aplicada ao EPS ao longo do tempo,
mais rapidamente se torna a compressão.
Gráfico 2.2.5
Gráfico 2.2.6
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Do gráfico 2.2.5, temos que com o aumento da massa específica, encontramos um coeficiente de
condutibilidade menor. Caso estejamos interessados em obter maior capacidade de resistir à
passagem de calor a 10o C, devemos ter um EPS com massa específica elevada.
Com relação ao gráfico 2.2.6, vemos que com a diminuição da temperatura, conseguimos obter
um baixo valor para o coeficiente de condutibilidade, por isso em lugares frios o uso de EPS
como isolante térmico é mais indicado.
Gráfico 2.2.7
Gráfico 2.2.8
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O gráfico 2.2.7 nos diz a variação do teor de umidade com relação ao tempo. Quando se tem EPS
com massa específica elevada, observamos que o teor absorvido de água é pequeno se
compararmos com EPS’s de massa específica menor num mesmo período de tempo.
No gráfico 2.2.8, temos a variação da condutibilidade térmica com relação ao teor de umidade.
Nota-se um aumento de condutibilidade quando se tem mais quantidade de água absorvida.
- Baixa condutibilidade térmica: Por possuir uma estrutura de células fechadas e cheias de ar, o
processo de transferência de calor é dificultado, fator que o torna um grande isolante.
- Leveza: Possuindo uma massa específica num intervalo de 10 a 30 kg/m 3, o EPS reduz,
substancialmente, o peso das construções.
- Baixa absorção de água e insensível à umidade: O EPS não é higroscópico. Mesmo quando
imerso em água, ele absorve pequenas quantidades. Ainda assim, ele mantém as suas
características térmicas e mecânicas sobre a influência desta.
- Resistência química: O EPS é compatível com os materiais usados em construções, tais como,
cimento, gesso, água, cal e etc.
- Resistente ao envelhecimento: Não apodrece nem tem suas propriedades alteradas ao longo dos
anos. O EPS também não libera nenhuma substância tóxica para o ambiente.
- Amortecedor de impactos: A estrutura de células fechadas cheias de ar do EPS proporciona um
altíssimo poder de absorção de impactos, quedas, vibrações e etc., permitindo reduzir ao mínimo
os danos aos produtos embalados durante o transporte ou armazenamento.
- Higiênico e totalmente inócuo: O EPS não constitui substrato ou alimento para o
desenvolvimento de microorganismos e nem libera qualquer substância, podendo assim, estar em
contato com produtos alimentares sem alterar suas características.
- Econômico: Tomando como base as quebras, manuseamento, mão-de-obra, transporte,
armazenagem e embalagem, o EPS torna-se uma opção economicamente vantajosa.
- Versatilidade: O EPS pode apresentar-se em uma variedade de tamanhos e formas, o que lhe
confere um amplo mercado de embalagens.
- Volume elevado: Por possuir uma estrutura de células fechadas e cheias de ar, o EPS torna-se
uma inconveniência, ao passo que, ele ocupa muito espaço quando jogado em aterros sanitários.
- Não é biodegradável: Derivado do petróleo, o EPS demora cerca de 150 anos para se degenerar
na natureza.
- Reage com o fogo: O uso de EPS normal em construções não é uma boa opção, pois o fator
risco é elevado. Vale notar, entretanto, a existência de EPS que não reage com fogo, para tal, é
acrescentado alguns aditivos durante a sua fabricação.
- Reage com alguns solventes: O EPS é sensível a alguns solventes orgânicos e também com
fortes oxidantes, como por exemplo, o flúor.
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3.1) Rota de produção de PS:
Figura 3.1.1
Figura 3.1.2
Figura 3.2.1
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As duas rotas apresentadas acima para a produção de estireno, são mais utlizadas em
escala laboratorial. Apresentamo-las com o intuito de mostrar que o estireno e, por consequência o
poliestireno, pode ser obtido através de outros processos sem ser via obtenção de etilbenzeno. Na
figura 3.2.1 caso quiséssemos produzir o poliestireno, bastaria polimerizá-lo, segunda a figura
3.2.1.
O petróleo é levado às refinarias onde será feita a extração e o refino. Os produtores de 1a geração
efetuam o craqueamento da matéria-prima ( nafta ) em insumos básicos petroquímicos ( eteno e
benzeno ). Estes por sua vez, são transportados das centrais até à fábrica, geralmente, por meio de
dutos, pois se encontram em fase líquida ou gasosa. Na fábrica ( produtores de 2a geração ) os
insumos são transformados em produtos ( estireno ou poliestireno ).
ETENO
PETRÓLEO NAFTA
BENZENO
MONÔMERO ETIL-
POLIESTIRENO DE BENZENO
ESTIRENO
Figura 3.2.1
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3.3) Fluxograma da produção de PS em massa:
Figura 3.3.1
Figura 3.4.1
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O estireno é processado no reator com água, um agente em suspensão e com um iniciador.
Durante a reação no processador e na centrifugação, água é constantemente adicionada, a fim de
abaixar a temperatura. Na centrífuga, vapor d’água é liberado, e a mistura é encaminhada, então, à
um secador, ficando em repouso. Depois desta etapa, o estireno é levado à uma extrusora e,
posteriormente à uma resfriadora. Agora, o PS está pronto pra ir para a cuteladora, que mais tarde,
sob ação do pentano será inflado até atingir um volume de, aproximadamente, 50 vezes o tamanho
dos grânulos obtidos.
CAT.
1º DE VO
2 º DEVO
Forno
Reciclo
Estireno
Efluente
MATRIZ
TORRE DE ALUMINA
ACA BAMENTO
CLIE NTE
O estireno, primeiramente, é levado à uma torre de alumina (Al 2O3), que depois, é pré-
polimerizado com catalisadores na presença de zinco. As próximas etapas consistem na passagem
pelo reator e devolatilizador. No último estágio, o estireno é pelitizado, transformando-se em
grânulos de GPPS. Após a secagem, ele é armazenado em silos de alumínio ou de aço inoxidável
e, posteriormente, repassado às indústrias para dar-lhe acabamento final para ser comercializado.
3.6) Equipamentos:
Figura 3.6.1
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Figura 3.6.2
Reator:
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Representação esquemática:
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Extrusora – Máquina que funde o poliestireno, tornando-o homogêneo, filtrando possíveis
impurezas através de telas de aço inoxidável (as telas são periodicamente trocadas, de acordo com
a quantidade de impurezas).
Os principais componentes de uma extrusora são cilindro e rosca.
Representação esquemática:
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Injetora – Assim como a extrusora, funde todo material, retendo suas impurezas, com o
diferencial de que, na injetora o processo não é contínuo, seu processo consiste no aquecimento
do material e sua injeção de massa quente em um molde frio.
Representação esquemática:
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Condensador – A função do condensador é de resfriar o vapor do líquido que evaporou por
aquecimento. Com a entrada de água na parte de baixo, o vapor no interior do condensador
encontrará progressivamente um ambiente cada vez mais "frio", conseqüentemente uma melhor
eficiência na diminuição de temperatura.
- Contato com os olhos: Pode a vir a causar irritação quando em contato com os olhos. Há chances
de ocorrer queimaduras graves nos olhos caso o polímero seja aquecido, devido à liberação de
vapores.
- Contato com a pele: Não há relatos sobre acidentes ocorridos durante o manuseio. Todavia, é
aconselhável se evitar ao máximo a exposição por se tratar de um composto químico.
- Inalação: Pode causar irritação nas mucosas da via respiratória ou mesmo falta de ar quando
aquecidos a temperatura de 200 oC.
- Ingestão: Não provoca nenhum efeito quando ingeridas pequenas quantidades.
- Efeitos Ambientais: Não é biodegradável e nem provoca a poluição dos solos e águas.
- Medida técnica: Uso de filtros no circuito de transportes pneumáticos, a fim de evitar o acúmulo
de poeira.
- Prevenção de incêndios e explosões: É recomendável esvaziar os sacos longe de atmosferas
explosivas. Uma atmosfera explosiva poderá resultar da presença de gases inflamáveis ou da
evaporação de líquidos inflamáveis, como por exemplo, os solventes. Esta atmosfera explosiva
poderá existir por cima dos misturadores aonde o produto é descarregado.
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- Armazenamento: Armazenar à temperatura ambiente e à pressão atmosférica na embalagem de
origem (sacos de plásticos) ou em silos construídos com materiais adequados (aço inoxidável ou
alumínio). Mantenha-os em locais frescos e secos.
Figura 4.4.1
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A figura 4.4.1. nos fornece um diagrama de blocos do ciclo de vida do EPS.
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Todos os processos de fabricação produzem um impacto sobre o meio ambiente - seja sobre a
forma de consumo de energia e de recursos, ou de emissões atmosféricas, de contaminação de
água ou de geração de resíduos. Para se avaliar a importância deste impacto, tal como para
poder comparar diversos produtos, desenvolveu-se uma técnica - o ecobalanço ou a análise do
ciclo de vida.
O ecobalanço de um produto efetua-se, contabilizando todas as etapas que intervêm na sua
vida, desde o seu "nascimento" à sua "morte". Em cada uma destas etapas verifica-se quanta
energia é consumida, a quantidade e o tipo das emissões atmosféricas, a quantidade de água
contaminada e a quantidade de resíduos sólidos gerados. Na tabela a seguir, mostraremos o
impacto ambiental durante a produção de EPS comparados com os outros materiais
concorrentes, baseado numa escala de 1 a 10.
Tabela 4.4.2
COPOS EM COPOS DE
COPOS DE MÁQUINAS DE BEBIDAS
EPS PAPEL
PRODUTOS QUÍMICOS 1 1,5
ELECTRICIDADE 1 1,3
ÁGUA DE REFRIGERAÇÃO 1 1,3
ÁGUA DE PROCESSAMENTO 1 1,7
VAPOR 1 6
PETRÓLEO 1 0,6
CARTÃO E
EMBALAGENS MOLDADAS EPS PASTA DE
CELULOSE
CONSUMO DE ENERGIA 1 2,3 - 3,8
CONTAMINAÇÃO DO AR 1 3,1 - 4,1
CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA 1 2,3 - 2,8
POTENCIAL CONTRIBUIÇÃO PARA O EFEITO
1 4,0 - 4,4
ESTUFA
CONSUMO DE ENERGIA 1 0,7 - 0,8
MADEIRA,
MATERIAIS DE EMBALAGEM EPS
PAPEL, ETC.
CUSTO 1 1,3
PESO 1 6,4
CONSUMO DE ENERGIA 1 2,0
VOLUME DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1 1,2
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A maioria das emissões para a atmosfera ocorre durante a produção da matéria prima virgem
enquanto, especificamente para a formação de oxidantes fotoquímicos, o processo de
expansão do EPS domina os resultados.
Os impactos relacionados com o transporte de embalagens de EPS são mínimos (as distâncias
de transporte são tipicamente curtas devido ao baixo peso do EPS).
Figura 4.4.1.1
Com respeito ao nível de geração de resíduos, o EPS distingue-se pelo seu nível de
poluição visual. Peças de embalagem grandes, que criam grandes volumes nos pontos de
recolha e sua cor branca tornam o EPS muito visível, produzindo um efeito de grande
desperdício. Tal não é a contaminação real, pois o EPS consiste em 98% de ar. Ao analisar as
percentagens dos componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), verifica-se que o EPS
representa uma parte muito inferior à que se poderia supor face à poluição visual.
Os plásticos em geral correspondem a 7% dos RSU, e o EPS representa menos de 2 % destes,
ou seja, 0,1% dos RSU. Tal situação não impede que a indústria, em conjunto com as outras
entidades que atuam nesta área, esteja constantemente desenvolvendo políticas de gestão de
resíduos mais adequadas.
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celular. O pentano é um hidrocarboneto saturado que pertence à mesma família de outros gases
mais conhecidos como o metano(o gás natural), o propano e o butano. Tal como estes, encontra-se
presente em muitos processos naturais, tal como na digestão dos animais e na decomposição de
matéria vegetal pelos microorganismos. O pentano não deve ser confundido com os gases da
família dos CFCs e HCFCs. Após a fabricação, o pentano é libertado para a atmosfera e converte-
se por meio de reações fotoquímicas em dióxido de carbono e água. Como não contém cloro, não
pode causar qualquer danos à camada do ozônio - ao contrário dos agentes expansores como os
CFCs e HCFCs. As libertações de compostos orgânicos e dióxido de carbono para a atmosfera
contribuem para o efeito estufa. A quantidade destes compostos atribuível à produção do EPS é
ínfima quando comparada com aquela proveniente da decomposição de resíduos domésticos e
outra matéria orgânica. Por exemplo, foi demonstrado que a decomposição de um copo de papel
liberta 50 vezes mais metano que o pentano resultante da produção de um copo em EPS.
Apesar dos baixos valores em causa, indústria está constantemente a pesquisar maneiras para
reduzir o uso do pentano. Por outro lado, ao ter em conta que o EPS é empregado como um
material de isolamento, a quantidade de CO 2 resultante do pentano proveniente da fabricação das
placas do EPS é insignificante quando comparado com o CO 2 que se evita através da poupança de
combustível.
O pentano não é considerado como uma substância perigosa.
4.4.1.2) Curiosidades:
Em termos de redução na fonte, uma redução de 20% do peso de EPS obtida através dum
melhor design reduz o impacto ambiental em 10 a 20%.
Em termos de gestão de resíduos, a substituição total do envio para aterro por recuperação
energética (mesmo sem reciclagem) permitiria um melhoramento do desempenho ambiental de 15
a 30% na maioria dos critérios de avaliação, segundo a ACEPE( Associação Industrial do
Poliestireno Expandido ).
4.5) Reciclagem:
Figura 4.5.1
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Os resíduos provenientes de embalagens industriais e de distribuição são viáveis de serem
sujeitos a reciclagem mecânica por se encontrarem limpos. Outras vantagens do EPS são que
este é facilmente reconhecível, e em muitos casos é empregue na embalagem de artigos que
não contaminam o material. Existem diversas alternativas para este processo de reciclagem.
Dentre elas:
- Redução no peso dos terrenos: Os resíduos de EPS são triturados e misturados com terra. Tal
contribui para a drenagem e a areação dos solos.
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- Incorporação à outros materiais de construção: O EPS moído com diferentes grânulometrias
são misturados com diversos materiais para produzir materiais de construção, tais como tijolos
porosos, rebocos isolantes betões aligeirados, etc.
A reciclagem pode nem sempre ser o destino mais adequado a dar aos resíduos - seja por motivos
econômicos, de logística, ou ambientais (resíduos muito sujos ou contaminados). Nestes casos,
muitos estudos e ecos-balanços apontam para a valorização energética dos plásticos. A combustão
limpa dos mesmos com recuperação da energia liberada constitue uma boa solução alternativa
para reduzir o fluxo destinado aos aterros.
A incineração dos resíduos plásticos e a recuperação da energia produzida para a geração de
eletricidade ou calor, constituem uma alternativa muito válida e eficaz.
Como todos os plásticos, o EPS contém um alto poder calorífico. Um kg de EPS contém tanta
energia quanto 1,3 litros de combustível para aquecimento. A utilização de resíduos de EPS como
fonte energética reduz a necessidade de consumir combustíveis fósseis, conservando os recursos
naturais.
No que respeita às emissões provenientes da combustão do EPS nas inceneradoras, estas são
análogas às dos outros combustíveis - vapor de água, dióxido de carbono e quantidades pequenas
de cinzas não tóxicas.
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Vemos no gráfico acima, que a capacidade instalada de PS não se alterou nos anos de 2002 a
2004. Ou seja, é bem provável que estas empresas consigam atender o mercado consumidor
mesmo operando com sua linha de produção abaixo dos 80% ao longo desses períodos. Fato
evidente, ao verificarmos o gráfico 5.7.
Analisando o gráfico, percebemos que houve um aumento na produção de PS. Um dos motivos
seria sua grande aplicabilidade nos setores de eletroeletrônico, de descartáveis e outros. Como a
produção de PS aumentou, esperamos que o consumo aparente aumente, como conseqüência.
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5.8) Histórico do Consumo Aparente e falta Cap instalada de PS:
Figura 5.8.1
Figura 5.9.1
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concluída e a unidade entrará em operação. Basta para isso, observar que quando x = 0, o valor de
y será bem próximo do valor encontrado em 1995. Ou seja, para x = 1 obteremos um valor
aproximado em 1996, e seguindo esse raciocínio, quando x = 18 encontraremos um valor de y =
359088 toneladas de PS em 2013.
Figura 5.9.2
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A partir do gráfico acima, vemos que houve um aumento discreto na capacidade instalada das
empresas. Pode-se ter como uma explicação, o fato de que a demanda da população brasileira por
EPS não foi significativa durante os anos de 2003 à 2005. Isto, porém, não significa que o
mercado de EPS não esteja em expansão, pois em nosso análise não obtivemos dados concretos
sobre a capacidade instalada em anos anteriores.
Figura 5.2.1
Analisando o gráfico, observamos que há uma aparente discrepância com relação aos dados
obtidos, pois a produção de EPS aumentou, vertiginosamente, em um período curto de tempo. Um
aumento do poder aquisitivo da população brasileira em geral, possibilitou um maior consumo de
produtos eletroeletrônicos, uma vez que estes são protegidos de avarias por suportes de EPS. Uma
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outra possível razão, é que cada vez mais está sendo utilizado EPS em construções de casas e até
mesmo em lajotas para esta, pois aquele é mais barato que os tradicionais materiais usados.
Todavia, infelizmente, não obtivemos dados relevantes sobre a produção nos períodos de 2000 à
2002.
Figura 5.3.1
A partir do gráfico acima, vemos que houve um aumento elevado do consumo aparente em
relação ao tempo. Os motivos para isto, foram mencionados no item 5.2. Porém, estenderemos a
análise anterior, acrescentando que, além de um aumento de capital por parte da população, ainda
temos que os processos industriais ao longo dos anos são aperfeiçoados, visando a otimização do
processo. Com isso, é possível adquirir certos produtos por um menor valor agregado.
Figura 5.4.1
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Através do gráfico, podemos perceber um aumento no consumo ao longo dos anos, assim, esta
análise serve de motivação caso queiramos montar uma planta. A partir da equação da reta y =
3377,1x + 21498 atribuiremos x = 0 para o ano de 1995 e, então, y = 21498 ton. Quando x =1,
correspondente ao ano de 1996, temos y = 28252,2 ton., ou seja, o valor encontrado é bem
próximo do valor real que é yreal = 27936 ton. Seguindo este raciocínio, temos que quando x = 18,
y = 82285,8 ton., o que corresponderia à um valor aproximado do consumo aparente em 2013,
ano da conclusão da planta.
Figura 5.4.2
A partir da equação da reta acima y = 4853,2x + 388,46, faremos x =18 ( valor relativo ao ano de
2013) e obteremos um y = 87746,06 ton. Agora, se compararmos os valores obtidos do consumo
aparente em 2013 com o de produção, percebemos que a sua diferença é considerada pequena.
Como não sabemos o quão próxima estará a linha de tendência do futuro real valor em 2013, não
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saberemos se haverá excesso de produção. Todavia, intuitivamente, podemos perceber que o
consumo aparente tenderá a ser maior que o da produção, fator estimulante, pois o objetivo do
trabalho é construir uma planta que atenda o mercado interno.
Estipulando um valor aproximado de 80000 ton. de EPS produzido e um valor de 87000 ton. para
o consumo aparente, podemos verificar que há um déficit de 7000 ton., quantidade esta que será a
produção da nossa planta. Além disso, como sabemos, a planta nunca opera com sua capacidade
máxima, pois se houvesse uma súbita demanda por EPS, as empresas precisariam fazer um
“revamp” , o que além de gastar muito dinheiro para isso, perderia bastante tempo e
oportunidades de novos mercados. Do fato acima, o valor da produção P = 7000 corresponde à
70% da capacidade instalada (CI).
Logo, P = 0,70 CI Então: CI = 10000 ton.
Tabela 5.10.1
DOMESTIC PRICES
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Tabela 5.10.2
INTERNATIONAL PRICES
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Referência bibliográfica:
Textos:
- Introdução: Livro “ O plástico na prática” de Jorge A. C. Albuquerque, Editora Sagra-Porto
Alegre 1990
Tabelas e Figuras:
- Figura 1.3.1: www.pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno
- Tabela 2.2.1: Livro “ O plástico na prática” de Jorge A. C. Albuquerque, Editora Sagra-Porto
Alegre 1990
- Figuras 3.1.1; 3.1.2; 3.2.1: Química Orgânica de Robert T. Morrison e Robert N. Boyd, Editora
Fundação Calouste Gulbenkian 6a Edição 1978
- Figuras 3.3.1; 3.4.1; 3.5.1: http://www.innova.ind.br/portal/site/PB-eInnova
- Figuras e tabelas do Capítulo 4: www.acepe.pt
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