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SUMÁRIO

Prefácio de Introdução à Engenharia Química

Capítulo 1:

- Introdução

- Cenário Brasileiro

- Fórmula Estrutural

- Tipos de Poliestireno

- Principais Aplicações

Capítulo 2:

- Propriedades Físicas: . Poliestireno Cristal (GPPS)


. Poliestireno de Alto Impacto (HIPS)
. Poliestireno Expandido (EPS)
- Vantagens do EPS

- Desvantagens do EPS

Capítulo 3:

- Rotas

- Diagrama de blocos

- Fluxograma de produção de PS

- Fluxograma de produção de EPS

- Fluxograma de produção de GPPS

- Equipamentos

- Correlação entre as etapas dos processos com as futuras disciplinas


Capítulo 4:

- Riscos HIPS e GPPS

- Operação e armazenamento do PS

- Estabilidade e reatividade do PS

- Impacto ambiental

- Reciclagem

- Poluição do EPS

Capítulo 5:

- Histórico do EPS

- Análise da planta de EPS

- Histórico do PS

- Análise da planta de PS

- Preços

Referência bibliográfica
PREFÁCIO

O objetivo deste trabalho consiste em avaliar as condições necessárias para a construção


de uma unidade de produção. Fazendo conjecturas, podemos avaliar o quanto a unidade a ser
construída produzirá em função das necessidades do mercado, além de determinar quais das rotas
se melhor adepta ao nosso projeto. Nos primeiros dois capítulos, apresentaremos o produto de
nossa unidade, enunciando suas aplicabilidades, cenário recente do mercado brasileiro,
propriedades físicas e vantagens e desvantagens. No capítulo seguinte, será abordada as questões
sobre o processamento de PS e EPS, mostrando suas rotas e fluxogramas de produção bem como
um diagrama de blocos simplificado. Não obstante, mencionaremos alguns dos equipamentos
utilizados e faremos uma correlação entre todo o processo de produção da unidade e as matérias a
serem lecionadas no currículo de engenharia química da UERJ. No capítulo 4, falaremos sobre o
impacto ambiental de nosso produto, elucidando o leitor sobre os gases ou resíduos produzidos
durante o seu processamento. Também, falaremos sobre a reciclagem de nosso produto e a sua
utilização como fonte de energia limpa. Finalmente, no último capítulo, avaliaremos com base em
dados obtidos, projeções de produção para nossa unidade. Estimativas que se referem à 2013, ano
em que a planta deverá operar.

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1.1) Introdução:

O poliestireno é uma das mais antigas resinas sintéticas. Foi em 1831 que um polímero
vítreo transparente foi descoberto e, pouco tempo depois, proposto para uso prático. Mas seu
desenvolvimento comercial demorou até o momento em que métodos satisfatórios para a
produção do monômero do estireno fossem encontrados, e até a descoberta de um meio de evitar a
polimerização durante o carregamento e estocagem. O primeiro plástico industrial de poliestireno
foi introduzido na Alemanha em 1930. A produção nos Estados Unidos iniciou-se em 1937, porém
em quantidades relativamente insignificantes até 1946. Então, as tremendas facilidades para a
produção de estireno, que foram obtidas graças ao programa de borracha sintética da Segunda
Guerra Mundial, tornaram-se acessíveis para a produção de plásticos.
O poliestireno é um hidrocarboneto aromático, amorfo (não apresenta estrutura cristalina),
não saturado, e encontrado no estado sólido à temperatura ambiente. É classificado como
termoplástico, ou seja, quando se eleva a temperatura do meio onde se encontra, apresenta um
aumento em sua maleabilidade, assemelhando-se aos materiais fundidos. Por apresentar essa
natureza, é possível remodelá-lo quantas vezes se quiser, sendo a partir desse ponto de vista,
altamente reciclável.
O poliestireno é um termoplástico que se caracteriza por sua clareza brilhante, sua dureza,
sua facilidade de processamento e seu baixo custo. Sua colorização é excelente. É disponível em
vários tipos apropriados para várias aplicações e processamentos. Como modificações da resina
básica de uso geral, podem ser citados os tipos resistentes à elevação da temperatura e os vários
graus de resistência a impactos. Todavia, tanto a clareza quanto o brilho diminuem nos tipos
resistentes a impactos.
O poliestireno é processado por vários métodos, nos quais estão incluídas as moldagens
por injeção, as moldagens por sopro de injeção e extrusão, a conformação térmica ou a quente, a
extrusão de chapas e perfilados, as moldagens em espumas, as chapas de espumas por injeção
direta e o poliestireno expandido.
Durante a fase inicial da moldagem por injeção, a resina de poliestireno era um fator
importante no desenvolvimento destes processos. Os moldados do material eram prontamente
aceitos devido ao seu baixo custo, leveza e boas propriedades elétricas, quando comparados aos
polímeros vinílicos e de celulose, que, então, eram disponíveis. Sua aparência cristalina, brilho e
resistência elevada a ácidos fortes, fazem do poliestireno um concorrente em potencial nos usos
em que tais características são necessárias. Utilidades domésticas, recipientes, rádios e relógios de
parede foram algumas das primeiras aplicações de moldados de poliestireno, que ainda mantém
um importante papel na sociedade.

1.2) Cenário Brasileiro

No Brasil, o poliestireno é produzido por 5 empresas:

 Basf
 EDN-SUL( Subsidiária da DOW )
 INNOVA
 RESINOR
 VIDEOLAR

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Em 2004, a demanda brasileira de poliestireno (PS) ficou próxima de 310 mil toneladas,
alta de 16% sobre 2003. Naquele ano, o mercado voltou a crescer depois de alguns períodos de
retração, e atingiu os mesmos patamares do final da década de 90. As previsões mais otimistas
apontam a manutenção do crescimento em 2005, porém em torno de modestos 2%. As estimativas
iniciais giravam em torno de 5%. Há, no entanto, os que acreditam em nova retração.
A resina fechou o semestre com queda de 0,7% na produção e alta de 5% no consumo
aparente. Já as exportações recuaram 26,9% no comparativo com o mesmo período de 2004, de
acordo com o balanço divulgado pelo Siresp.
Os quatro fabricantes (Dow, Basf, Innova e Videolar) disponibilizam um total de 620 mil t.
“O mercado tem abastecimento garantido pelos próximos dez anos”, diz o presidente da Videolar,
Lírio A. Parisotto. Segundo sua avaliação, o mercado de PS segue o desempenho
macroeconômico do país, que não demonstra o mesmo ritmo do ano passado.
Os preços no mercado local passaram por um início de ano muito instável. “Seguiram os
movimentos da demanda e das cotações internacionais. A capacidade de produção brasileira
alcança 250 mil t/ano em monômero de estireno e 120 mil t/ano em PS. “Existe um projeto para
expansão das unidades de etilbenzeno e de monômero de estireno em fase de avaliação técnica e
econômica.
A Innova exporta, aproximadamente, 10% de sua produção. Os principais mercados são
América Central, EUA e África do Sul. As exportações da Basf representam 20% da totalidade
das vendas da área de plásticos, e seguem principalmente para a América do Sul e África. Nos
últimos três anos, a Basf investiu aproximadamente 100 milhões de euros por ano na América do
Sul.
“Cerca de 85% desses investimentos foram direcionados ao Brasil, com foco em produtos
para agricultura, tintas e poliestireno. Os investimentos garantiram a ampliação da capacidade
produtiva, alicerçando as operações da companhia para o esperado crescimento econômico. A
planta brasileira de poliestireno, em São José dos Campos-SP, tem capacidade para 190 mil t/ano.
No Complexo Químico de Guaratinguetá, a Basf produz EPS (41 mil t) e EPP (1.500 t), uma
especialidade. O grupo conta ainda com unidades de PS no México, Alemanha, Espanha, Bélgica,
China, Coréia e Índia, e uma produção que soma mais de dois milhões de toneladas anuais.
O cenário nacional, no entanto, apresenta-se pouco favorável. O mercado de estirênicos
está caracterizado por margens em queda, produtos standard, competição por preço e concorrência
acirrada. Outra dificuldade refere-se aos constantes aumentos dos insumos petroquímicos,
fazendo com que a empresa não descarte a possibilidade de reajustes no decorrer do ano.
O diretor de vendas de plásticos da Dow Brasil Fernando Rodriguez defende a
recomposição de preços e margens do mercado de PS. “Estão em patamares insustentáveis.” A
defasagem, no entanto, criou algumas oportunidades de negócio. No mercado internacional, o PS
custa entre 10% e 15% a mais que o PP. “No Brasil, essa diferença praticamente não existe”, diz
Rodriguez.
Com isso, algumas aplicações do PP, como os copos descartáveis, iniciaram um processo
de migração para o poliestireno. Dentre as vantagens, Rodriguez cita a rigidez e a
processabilidade do material. A norma técnica da ABNT já obriga o uso de PS em copos de café.
Para o mercado de embalagens alimentícias e descartáveis, a Dow lançou na Brasilplast´2005, a
primeira resina de poliestireno de alto impacto transparente. Trata-se de uma evolução mundial,
desenvolvida pela Dow Europa. A resina, destinada ao segmento de termoformagem, será
produzida na planta do Guarujá-SP. Alguns clientes já testaram o material importado.
Também na Brasilplast, a Basf anunciou uma série de estratégias. Entre elas, separou os
negócios das commodities das especialidades. No campo de poliestireno, reduziu o número de
grades (três de alto impacto e três do tipo cristal). O saldo das mudanças foi bastante positivo e
elogiado, principalmente, pelos clientes, diretamente impactados pelo desenvolvimento de resinas
especiais que agregam valor ao produto.

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1.3) Fórmula Estrutural:

A Fórmula estrutural da cadeia de poliestireno é representada por:


Figura 1.3.1

1.4) Tipos de Poliestireno:

Existem no mercado diversos tipos de poliestireno, dentre os quais se destacam:

 resina cristal ou Standard (GPPS): Suas características principais são a transparência e a


fácil coloração. Os maiores usos são para embalagens (principalmente copos e potes para
indústria alimentícia), copos descartáveis e caixas de CD’s /fitas cassetes;
 poliestireno expandido ou EPS (mais conhecido no Brasil pela marca comercial Isopor®,
da Basf): É uma espuma rígida obtida através da expansão da resina PS durante sua
polimerização por meio de um agente químico. É utilizado, basicamente, como
embalagem protetora e isolante térmico;
 poliestireno de alto impacto (HIPS): É um PS modificado com elastômeros de
polibutadieno. Alguns “grades” desta resina podem competir com alguns plásticos de
engenharia, como o ABS (acrilonitrila butadieno estireno) por exemplo, no segmento de
vídeo cassetes e componentes de refrigeradores e televisores.

1.5) Principais Aplicações:

 PS Cristal(GPPS): É amplamente utilizado para a fabricação de utensílios descartáveis,


tais como, copos, talheres e pratos. Também é possível encontrá-lo em caixas para CD’s,
disquetes, embalagens de alimentos, artigos médicos, produtos domésticos, gabinetes para
refrigeradores e em outras aplicações.

 PS de alto impacto(HIPS): É utilizado para confeccionar saltos de sapatos, barbeadores


descartáveis, brinquedos, caixas para fitas de vídeo-cassete, DVD’s, peças para a indústria
automobilística, puxadores para o setor moveleiro. Além dessas aplicações, podemos
encontrá-lo, ainda, em aparelhos eletroeletrônicos, em utensílios domésticos, painéis de
porta e em caixas internas de refrigeradores e freezers.

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 PS expandido(EPS): É utilizado para a confecção de caixas térmicas para
acondicionamento de bebidas e alimentos, pranchas de surf e adornos. Também possui
grande aplicabilidade na área da construção civil, como por exemplo, seu uso na
fabricação de concreto leve, substituindo a pedra britada. É utilizado tanto como
isolamento acústico e térmico em casas ou estúdios, e também, pode substituir a
tradicional cerâmica na produção de lajotas.

2.1) Propriedades Físicas:

O poliestireno comum é um termoplástico duro, transparente como cristal, rígido e


quebradiço, com uma resistência à tração bastante elevada, em torno de 550 Kgf/cm2, e um alto
índice de refração 1,59; amolece em uma faixa de temperatura entre 90 e 95ºC, enquanto que a
180ºC poderá ser facilmente moldado por injeção; emite som com característica metálica quando
cai sobre uma superfície dura. É completamente inodoro, insípido e atóxico; queima com chama
fuliginosa, amarelo-alanrajada, lentamente, e não se extingue; possui boa estabilidade dimensional e
pequena absorção de umidade. Possui excepcionais propriedades elétricas que permanecem
constantes numa ampla faixa de temperatura e freqüência. Quimicamente, é resistente aos ácidos
fortes e aos álcalis e é insolúvel com hidrocarbonetos alifáticos e álcoois inferiores. É solúvel em
ésteres, hidrocarbonetos aromáticos, álcoois superiores e hidrocarbonetos clorados. É resistente ao
impacto, sua resistência à tração e seu módulo de elasticidade são inferiores ao do poliestireno
comum, enquanto que o alongamento pode melhorar de 10 a 40%; aumentando-se o alongamento, o
material melhora sua tendência à quebra, contudo, forçando-se além de um determinado ponto, a
área que sofreu tensão torna-se branca. Pode-se inserir metais na fabricação de suas peças; a
presença de elastômeros afeta suas propriedades elétricas aumentando as perdas de potência; com
absorção de água de 2 a 3 vezes, sua resistência térmica diminui e sua resistência às intempéries é
menor do que a do poliestireno comum.

Tabela 2.1.1

Fonte: Livro “ O plástico na prática” de Jorge A. C. Albuquerque, Editora Sagra-Porto


Alegre 1990

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Poliestireno Cristal (GPPS):
1 • Grade de Injeção para ciclos rápidos
2 • Alta fluidez para uso geral
3 • Excelente processabilidade, principalmente, para peças com paredes finas

Sistema
Sistema Inglês Sistema Métrico Normas
Características Internacional
Valores Unidade Valores Unidade Valores Unidade
Índice de Fluidez g / g / g / ASTM D
16,0 16,0 16
(200 ºC / 5 Kg) 10min 10min 10min 1238
Resistência ao ASTM D
- pé-lb/pol - J/M - -
Impacto IZOD 256
Resistência ao ASTM D
- pol.-lb - J - -
Impacto Gardner 5420
Resistência à Kgf/ ASTM D
6.100 psi 42 MPa 429 2
Tração, Ruptura cm 638
ASTM D
Elongação - % - % - %
638
Kgf/ ASTM D
Módulo de Tensão 380.000 psi 2.620 MPa 26.720 2
cm 638
Kgf/ ASTM D
Resistência à Flexão 11.000 psi 76 MPa 773 2
cm 790
Kgf/ ASTM D
Módulo de Flexão 460.000 psi 3.170 MPa 32.340
cm2 790
Temperatura de
ASTM D
Amolecimento, 208 ºF 98 ºC 98 ºC
1525
VICAT
Temperatura de ASTM D
199 ºF 93 ºC 93 ºC
Deflexão @ 264 psi 648
ASTM D
Densidade 1,04 g / cm3 1,04 g / cm3 1,04 g / cm3
792
3 3 3
Densidade Aparente 0,65 g / cm 0,65 g / cm 0,65 g / cm ISO 060
0,3 – 0,3 – 0,3 –
Contração no Molde % % % -
0,6 0,6 0,6
- Características: • Boa resistência ao calor
• Boa resistência mecânica
• Excelente transparência
• Excelente propriedade de fluxo

Tabela 2.1.2

Fonte: VIDEOLAR

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Poliestireno de Alto Impacto (HIPS):
1 • Grade para injeção
2 • Média fluidez
3 • Bom equilíbrio entre rigidez e impacto

- Características: • Excelente resistência mecânica


• Excelente resistência ao calor

Tabela 2.1.3

Sistema
Sistema Inglês Sistema Métrico Normas
Características Internacional
Valores Unidade Valores Unidade Valores Unidade
Índice de Fluidez g / g / g / ASTM D
6,5 6,5 6,5
(200 ºC / 5 Kg) 10min 10min 10min 1238
Resistência ao Kgf/ ASTM D
2,0 pé-lb/pol 107 J/M 11 2
Impacto IZOD cm 256
Resistência ao cm - ASTM D
125 pol.-lb 14 J 145
Impacto Gardner Kg 5420
Resistência à Tração, Kgf/ ASTM D
3.300 psi 23 MPa 232 2
Ruptura cm 638
ASTM D
Elongação 50 % 50 % 50 %
638
Kgf/ ASTM D
Módulo de Tensão 310.000 psi 2.140 MPa 21.800
cm2 638
Kgf/ ASTM D
Resistência à Flexão 6.400 psi 44 MPa 450
cm2 790
Kgf/ ASTM D
Módulo de Flexão 330.000 psi 2.280 MPa 23.200
cm2 790
Temperatura de
ASTM D
Amolecimento, 205 ºF 96 ºC 96 ºC
1525
VICAT

Fonte: VIDEOLAR

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Poliestireno Expandido (EPS):

Tabela 2.1.4

EPS EPS EPS EPS EPS EPS


EPS TIPO EN 13163
30 60 100 150 200 250
EN 12667 ou
Condutibilidade
EN 12939 0,044 0,040 0,038 0,036 0,035 0,035
térmica
W/mºC
Resistência à
EN 826
compressão 5 15 25 35 50 70
kPa
- deformação < 2%
Resistência à
EN 826
compressão 30 60 100 150 200 250
kPa
- deformação 10%
EN 12089
Resistência à flexão 50 100 150 200 250 350
kPa
Factor de difusão do EN 12086
20-40 20-40 30-70 30-70 40-100 40-100
vapor de água μ
Absorção de água por EN 12087
<5 <3 <2 <2 <2 <1
imersão % volume
Coef. de dilatação
ºC-1 5-7*10-5
térmica linear
Estabilidade de forma
ºC 85
à temperatura

Reacção ao fogo (EPS EN 13501-1 Euroclasse E


não inflamável) Especificação LNEC E365 M1 - Não Inflamável

Fonte: http://www.acepe.pt/eps/eps_prop_tabEN.asp

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Tabela de Marcação do EPS:

Tabela 2.1.5

EPS Tipo Marcação Aplicação

EPS 30 Lista castanha Não aconselhável para isolamento térmico.

EPS 60 Dupla lista azul

Isolamentos sujeitos a cargas ligeiras, tais


como os empregues em caixas de ar,
telhados ventilados e multicamada, sob
EPS 100 Lista preta pavimentos e em aplicações similares onde
podem ocorrer temperaturas elevadas e é
requerida resistência à fluência sob
compressão.

EPS 150 Lista amarela

EPS 200 Dupla lista preta Isolamentos sujeitos a cargas, tais como
parques de estacionamento, pavimentos de
instalações frigoríficas e aplicações
similares, que requeiram valores mais
elevados de Resistência à compressão e à
EPS 250 Lista violeta fluência sob compressão.

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NÃO Lista vermelha Aplicações em que o EPS não fique
INFLAMÁVEL complementar revistido por materiais incombustíveis.

2.2) Gráficos de algumas Propriedades Físicas do EPS:

Gráfico 2.2.1

Gráfico 2.2.2

Gráfico 2.2.3

No gráfico 2.2.1, vemos que para


um mesmo percentual de
deformação, aquele que apresenta
maior resistência à compressão é o
EPS com maior massa específica.

No gráfico 2.2.2, um aumento da


massa específica implica tanto um
aumento da resistência à tração como a flexão, pois o EPS está se tornando mais rígido.

No gráfico 2.2.3, percebemos que a resistência à compressão é tanto maior quanto maior for a
deformidade do EPS. Também podemos dizer que com o aumento da massa específica, acarreta
um aumento na resistência.

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Gráficos 2.2.4

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Notamos que nos 3 gráficos 2.2.4 , quanto maior a pressão aplicada ao EPS ao longo do tempo,
mais rapidamente se torna a compressão.

Gráfico 2.2.5

Gráfico 2.2.6

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Do gráfico 2.2.5, temos que com o aumento da massa específica, encontramos um coeficiente de
condutibilidade menor. Caso estejamos interessados em obter maior capacidade de resistir à
passagem de calor a 10o C, devemos ter um EPS com massa específica elevada.

Com relação ao gráfico 2.2.6, vemos que com a diminuição da temperatura, conseguimos obter
um baixo valor para o coeficiente de condutibilidade, por isso em lugares frios o uso de EPS
como isolante térmico é mais indicado.

Gráfico 2.2.7

Gráfico 2.2.8

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O gráfico 2.2.7 nos diz a variação do teor de umidade com relação ao tempo. Quando se tem EPS
com massa específica elevada, observamos que o teor absorvido de água é pequeno se
compararmos com EPS’s de massa específica menor num mesmo período de tempo.

No gráfico 2.2.8, temos a variação da condutibilidade térmica com relação ao teor de umidade.
Nota-se um aumento de condutibilidade quando se tem mais quantidade de água absorvida.

2.3) Vantagens do EPS:

- Baixa condutibilidade térmica: Por possuir uma estrutura de células fechadas e cheias de ar, o
processo de transferência de calor é dificultado, fator que o torna um grande isolante.
- Leveza: Possuindo uma massa específica num intervalo de 10 a 30 kg/m 3, o EPS reduz,
substancialmente, o peso das construções.
- Baixa absorção de água e insensível à umidade: O EPS não é higroscópico. Mesmo quando
imerso em água, ele absorve pequenas quantidades. Ainda assim, ele mantém as suas
características térmicas e mecânicas sobre a influência desta.
- Resistência química: O EPS é compatível com os materiais usados em construções, tais como,
cimento, gesso, água, cal e etc.
- Resistente ao envelhecimento: Não apodrece nem tem suas propriedades alteradas ao longo dos
anos. O EPS também não libera nenhuma substância tóxica para o ambiente.
- Amortecedor de impactos: A estrutura de células fechadas cheias de ar do EPS proporciona um
altíssimo poder de absorção de impactos, quedas, vibrações e etc., permitindo reduzir ao mínimo
os danos aos produtos embalados durante o transporte ou armazenamento.
- Higiênico e totalmente inócuo: O EPS não constitui substrato ou alimento para o
desenvolvimento de microorganismos e nem libera qualquer substância, podendo assim, estar em
contato com produtos alimentares sem alterar suas características.
- Econômico: Tomando como base as quebras, manuseamento, mão-de-obra, transporte,
armazenagem e embalagem, o EPS torna-se uma opção economicamente vantajosa.
- Versatilidade: O EPS pode apresentar-se em uma variedade de tamanhos e formas, o que lhe
confere um amplo mercado de embalagens.

2.4) Desvantagens do EPS:

- Volume elevado: Por possuir uma estrutura de células fechadas e cheias de ar, o EPS torna-se
uma inconveniência, ao passo que, ele ocupa muito espaço quando jogado em aterros sanitários.
- Não é biodegradável: Derivado do petróleo, o EPS demora cerca de 150 anos para se degenerar
na natureza.
- Reage com o fogo: O uso de EPS normal em construções não é uma boa opção, pois o fator
risco é elevado. Vale notar, entretanto, a existência de EPS que não reage com fogo, para tal, é
acrescentado alguns aditivos durante a sua fabricação.
- Reage com alguns solventes: O EPS é sensível a alguns solventes orgânicos e também com
fortes oxidantes, como por exemplo, o flúor.

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3.1) Rota de produção de PS:
Figura 3.1.1

O etilbenzeno é obtido através da reação de Friedel-Crafs entre o benzeno e o etileno.


Aquecendo o etilbenzeno à uma temperatura de 600o C em presença de catalisadores, Al2O3 ou
Cr2O3, é possível obter um rendimento de, aproximadamente, 90% no rendimento da reação. Os
produtos por ela formados são: o estireno e o gás hidrogênio.

Figura 3.1.2

Formado o estireno, este entra em um processo de polimerização através de peróxidos para


formar o poliestireno. A reação é espontânea, ou seja, dG < 0, pois dH < 0 ( reação exotérmica).
Vide a fórmula: dG = dH – TdS, onde dS é a variação de entropia.

3.2) Rotas alternativas de produção de PS:

Figura 3.2.1

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As duas rotas apresentadas acima para a produção de estireno, são mais utlizadas em
escala laboratorial. Apresentamo-las com o intuito de mostrar que o estireno e, por consequência o
poliestireno, pode ser obtido através de outros processos sem ser via obtenção de etilbenzeno. Na
figura 3.2.1 caso quiséssemos produzir o poliestireno, bastaria polimerizá-lo, segunda a figura
3.2.1.

3.2) Diagrama de blocos da obtenção do PS:

O petróleo é levado às refinarias onde será feita a extração e o refino. Os produtores de 1a geração
efetuam o craqueamento da matéria-prima ( nafta ) em insumos básicos petroquímicos ( eteno e
benzeno ). Estes por sua vez, são transportados das centrais até à fábrica, geralmente, por meio de
dutos, pois se encontram em fase líquida ou gasosa. Na fábrica ( produtores de 2a geração ) os
insumos são transformados em produtos ( estireno ou poliestireno ).

ETENO

PETRÓLEO NAFTA

BENZENO

MONÔMERO ETIL-
POLIESTIRENO DE BENZENO
ESTIRENO

Figura 3.2.1

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3.3) Fluxograma da produção de PS em massa:

Figura 3.3.1

O estireno é misturado com solventes especiais em reatores. Geralmente, neste processo,


são utilizados cinco reatores, embora a figura só mostre três deles. A próxima etapa consiste em
passar mistura num devolatilizador. A parte de solvente que não se misturou, volta ao processo
inicial. Após o devolatilizador, a mistura é encaminhada à uma extrusora, em seguida passa por
uma unidade resfriadora. Finalmente, o produto é cutilado em uma máquina específica, formando
grânulos de PS.

3.4) Fluxograma da produção de EPS:

Figura 3.4.1

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O estireno é processado no reator com água, um agente em suspensão e com um iniciador.
Durante a reação no processador e na centrifugação, água é constantemente adicionada, a fim de
abaixar a temperatura. Na centrífuga, vapor d’água é liberado, e a mistura é encaminhada, então, à
um secador, ficando em repouso. Depois desta etapa, o estireno é levado à uma extrusora e,
posteriormente à uma resfriadora. Agora, o PS está pronto pra ir para a cuteladora, que mais tarde,
sob ação do pentano será inflado até atingir um volume de, aproximadamente, 50 vezes o tamanho
dos grânulos obtidos.

3.5) Fluxograma de produção de GPPS:


Figura 3.5.1
2º CONDE NS ADOR
WO SISTE MA DE
V ÁCUO
ChainTransfer
3 º CONDENSA DOR
Zn St
Reciclo
ChainTransfer Forno

CAT.
1º DE VO
2 º DEVO

CONDE NSA DOR

Forno

PRÉ-POLIMERIZ ADOR REATOR

Reciclo

Estireno

Efluente

S EÇAO DE PELE TIZ AÇÃO

MATRIZ

SILOS S ECADOR PELE TIZA DORA

TORRE DE ALUMINA

ACA BAMENTO
CLIE NTE

O estireno, primeiramente, é levado à uma torre de alumina (Al 2O3), que depois, é pré-
polimerizado com catalisadores na presença de zinco. As próximas etapas consistem na passagem
pelo reator e devolatilizador. No último estágio, o estireno é pelitizado, transformando-se em
grânulos de GPPS. Após a secagem, ele é armazenado em silos de alumínio ou de aço inoxidável
e, posteriormente, repassado às indústrias para dar-lhe acabamento final para ser comercializado.

3.6) Equipamentos:

Figura 3.6.1

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Figura 3.6.2

A extrusora Mark V também integrou a exibição da Davis-Standard. Com possibilidade de


adaptação a diversos tipos de roscas da alimentação e sistemas de controle, a linha possui modelos
na faixa entre 2” e 3 ½” (50 mm a 90 mm) com a relação L/D variando de 24:1 a 30:1. Outra
linha, de extrusoras verticais DS, utilizadas normalmente em coextrusão, foi exibida nos tipos
20:1, 24:1 e 30:1, com diâmetros de rosca de 1” (25 mm), 1 ¼” (30 mm), 1 ½” (40 mm) e 1 ¾”
(45 mm).

Reator:

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Representação esquemática:

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Extrusora – Máquina que funde o poliestireno, tornando-o homogêneo, filtrando possíveis
impurezas através de telas de aço inoxidável (as telas são periodicamente trocadas, de acordo com
a quantidade de impurezas).
Os principais componentes de uma extrusora são cilindro e rosca.

Representação esquemática:

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Injetora – Assim como a extrusora, funde todo material, retendo suas impurezas, com o
diferencial de que, na injetora o processo não é contínuo, seu processo consiste no aquecimento
do material e sua injeção de massa quente em um molde frio.

Representação esquemática:

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Condensador – A função do condensador é de resfriar o vapor do líquido que evaporou por
aquecimento. Com a entrada de água na parte de baixo, o vapor no interior do condensador
encontrará progressivamente um ambiente cada vez mais "frio", conseqüentemente uma melhor
eficiência na diminuição de temperatura.

3.7) Correlação entre as etapas dos processos com as futuras disciplinas:

Algumas das áreas de conhecimentos envolvidas no processo de produção do poliestireno


podem ser comparadas com as matérias que constituem o curso de Engenharia Química da
seguinte forma:

 Processo de Polimerização – Química Orgânica (2º, 3º e 4º períodos)


 Etapas seqüenciais na linha de produção industrial do poliestireno – Operações Unitárias
(6º, 7º e 8º períodos)
 Estabelecimento de balanços de energia térmica nas reações – Fenômenos de
Transferência (5º, 6º e 7º períodos)
 Avaliação das rotas de produção, utilização do catalisador mais apropriado e determinação
dos tempos de reação – Cinética e Catálise (5º período)
 Obtenção do produto desejado a partir das matérias­primas selecionadas ou disponíveis –
Processos Químicos (4º, 5º e 6º períodos)
 Desenvolvimento de todo o trabalho, caracterizando o produto, selecionando as rotas,
fazendo estudos do mercado – Projetos de Processos na Indústria Química (9º e 10º
períodos)

4.1) Riscos do Poliestireno de Alto Impacto(HIPS) e do Poliestireno Cristal(GPPS):

- Contato com os olhos: Pode a vir a causar irritação quando em contato com os olhos. Há chances
de ocorrer queimaduras graves nos olhos caso o polímero seja aquecido, devido à liberação de
vapores.
- Contato com a pele: Não há relatos sobre acidentes ocorridos durante o manuseio. Todavia, é
aconselhável se evitar ao máximo a exposição por se tratar de um composto químico.
- Inalação: Pode causar irritação nas mucosas da via respiratória ou mesmo falta de ar quando
aquecidos a temperatura de 200 oC.
- Ingestão: Não provoca nenhum efeito quando ingeridas pequenas quantidades.
- Efeitos Ambientais: Não é biodegradável e nem provoca a poluição dos solos e águas.

4.2) Operação e Armazenamento

- Medida técnica: Uso de filtros no circuito de transportes pneumáticos, a fim de evitar o acúmulo
de poeira.
- Prevenção de incêndios e explosões: É recomendável esvaziar os sacos longe de atmosferas
explosivas. Uma atmosfera explosiva poderá resultar da presença de gases inflamáveis ou da
evaporação de líquidos inflamáveis, como por exemplo, os solventes. Esta atmosfera explosiva
poderá existir por cima dos misturadores aonde o produto é descarregado.

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- Armazenamento: Armazenar à temperatura ambiente e à pressão atmosférica na embalagem de
origem (sacos de plásticos) ou em silos construídos com materiais adequados (aço inoxidável ou
alumínio). Mantenha-os em locais frescos e secos.

4.3) Estabilidade e Reatividade

- Estabilidade: Os produtos não oferecem nenhuma instabilidade durante seus processamentos em


condições normais de operação.
- Condições a evitar: Carga estática, faíscas, chamas e fontes de ignição.
- Materiais a evitar: Evite o contato com oxidantes fortes, especialmente, o flúor.
- Produtos da decomposição: Na presença de excesso de ar, a combustão completa gera díóxido de
carbono (CO2) e vapor d´agua . A combustão incompleta gera monóxido de carbono (CO),
fuligem e estireno.

4.4) Impacto ambiental:

Figura 4.4.1

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A figura 4.4.1. nos fornece um diagrama de blocos do ciclo de vida do EPS.

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Todos os processos de fabricação produzem um impacto sobre o meio ambiente - seja sobre a
forma de consumo de energia e de recursos, ou de emissões atmosféricas, de contaminação de
água ou de geração de resíduos. Para se avaliar a importância deste impacto, tal como para
poder comparar diversos produtos, desenvolveu-se uma técnica - o ecobalanço ou a análise do
ciclo de vida.
O ecobalanço de um produto efetua-se, contabilizando todas as etapas que intervêm na sua
vida, desde o seu "nascimento" à sua "morte". Em cada uma destas etapas verifica-se quanta
energia é consumida, a quantidade e o tipo das emissões atmosféricas, a quantidade de água
contaminada e a quantidade de resíduos sólidos gerados. Na tabela a seguir, mostraremos o
impacto ambiental durante a produção de EPS comparados com os outros materiais
concorrentes, baseado numa escala de 1 a 10.

Tabela 4.4.2

COPOS EM COPOS DE
COPOS DE MÁQUINAS DE BEBIDAS
EPS PAPEL
PRODUTOS QUÍMICOS 1 1,5
ELECTRICIDADE 1 1,3
ÁGUA DE REFRIGERAÇÃO 1 1,3
ÁGUA DE PROCESSAMENTO 1 1,7
VAPOR 1 6
PETRÓLEO 1 0,6
CARTÃO E
EMBALAGENS MOLDADAS EPS PASTA DE
CELULOSE
CONSUMO DE ENERGIA 1 2,3 - 3,8
CONTAMINAÇÃO DO AR 1 3,1 - 4,1
CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA 1 2,3 - 2,8
POTENCIAL CONTRIBUIÇÃO PARA O EFEITO
1 4,0 - 4,4
ESTUFA
CONSUMO DE ENERGIA 1 0,7 - 0,8
MADEIRA,
MATERIAIS DE EMBALAGEM EPS
PAPEL, ETC.
CUSTO 1 1,3
PESO 1 6,4
CONSUMO DE ENERGIA 1 2,0
VOLUME DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1 1,2

Para a embalagem em EPS as principais fases, em termos de impacto ambiental, estão


limitadas à fase da produção da matéria prima virgem e à fase da expansão (consumo de recursos
e emissões para a atmosfera). No caso do consumo de recursos, a principal parte do consumo de
energia primária é utilizada para a produção da matéria prima virgem, enquanto durante a
expansão é consumida água.

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A maioria das emissões para a atmosfera ocorre durante a produção da matéria prima virgem
enquanto, especificamente para a formação de oxidantes fotoquímicos, o processo de
expansão do EPS domina os resultados.

Os impactos relacionados com o transporte de embalagens de EPS são mínimos (as distâncias
de transporte são tipicamente curtas devido ao baixo peso do EPS).

4.4.1) Poluição do EPS:

Figura 4.4.1.1

Com respeito ao nível de geração de resíduos, o EPS distingue-se pelo seu nível de
poluição visual. Peças de embalagem grandes, que criam grandes volumes nos pontos de
recolha e sua cor branca tornam o EPS muito visível, produzindo um efeito de grande
desperdício. Tal não é a contaminação real, pois o EPS consiste em 98% de ar. Ao analisar as
percentagens dos componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), verifica-se que o EPS
representa uma parte muito inferior à que se poderia supor face à poluição visual.
Os plásticos em geral correspondem a 7% dos RSU, e o EPS representa menos de 2 % destes,
ou seja, 0,1% dos RSU. Tal situação não impede que a indústria, em conjunto com as outras
entidades que atuam nesta área, esteja constantemente desenvolvendo políticas de gestão de
resíduos mais adequadas.

4.4.1.1) A camada de ozônio e o pentano:

O pentano está incorporado no poliestireno expansível e é o gás que serve de agente


expansor durante a fabricação, fazendo expandir a matéria prima e conferindo-lhe a estrutura

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celular. O pentano é um hidrocarboneto saturado que pertence à mesma família de outros gases
mais conhecidos como o metano(o gás natural), o propano e o butano. Tal como estes, encontra-se
presente em muitos processos naturais, tal como na digestão dos animais e na decomposição de
matéria vegetal pelos microorganismos. O pentano não deve ser confundido com os gases da
família dos CFCs e HCFCs. Após a fabricação, o pentano é libertado para a atmosfera e converte-
se por meio de reações fotoquímicas em dióxido de carbono e água. Como não contém cloro, não
pode causar qualquer danos à camada do ozônio - ao contrário dos agentes expansores como os
CFCs e HCFCs. As libertações de compostos orgânicos e dióxido de carbono para a atmosfera
contribuem para o efeito estufa. A quantidade destes compostos atribuível à produção do EPS é
ínfima quando comparada com aquela proveniente da decomposição de resíduos domésticos e
outra matéria orgânica. Por exemplo, foi demonstrado que a decomposição de um copo de papel
liberta 50 vezes mais metano que o pentano resultante da produção de um copo em EPS.
Apesar dos baixos valores em causa, indústria está constantemente a pesquisar maneiras para
reduzir o uso do pentano. Por outro lado, ao ter em conta que o EPS é empregado como um
material de isolamento, a quantidade de CO 2 resultante do pentano proveniente da fabricação das
placas do EPS é insignificante quando comparado com o CO 2 que se evita através da poupança de
combustível.
O pentano não é considerado como uma substância perigosa.

4.4.1.2) Curiosidades:

Em termos de redução na fonte, uma redução de 20% do peso de EPS obtida através dum
melhor design reduz o impacto ambiental em 10 a 20%.

Em termos de reciclagem, uma taxa de reciclagem de 35% reduz o impacto ambiental em


10 a 20% para a maioria dos critérios de avaliação e em 30% para os oxidantes fotoquímicos.

Em termos de gestão de resíduos, a substituição total do envio para aterro por recuperação
energética (mesmo sem reciclagem) permitiria um melhoramento do desempenho ambiental de 15
a 30% na maioria dos critérios de avaliação, segundo a ACEPE( Associação Industrial do
Poliestireno Expandido ).

4.5) Reciclagem:

Figura 4.5.1

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Os resíduos provenientes de embalagens industriais e de distribuição são viáveis de serem
sujeitos a reciclagem mecânica por se encontrarem limpos. Outras vantagens do EPS são que
este é facilmente reconhecível, e em muitos casos é empregue na embalagem de artigos que
não contaminam o material. Existem diversas alternativas para este processo de reciclagem.
Dentre elas:

- Fabricação de novas peças de EPS: Os resíduos de EPS são moídos e reintroduzidos no


processo de fabricação, sendo misturados com material virgem.
Segundo as aplicações e os processos, podem chegar-se a taxas de incorporação superiores a
50 %.

- Redução no peso dos terrenos: Os resíduos de EPS são triturados e misturados com terra. Tal
contribui para a drenagem e a areação dos solos.

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- Incorporação à outros materiais de construção: O EPS moído com diferentes grânulometrias
são misturados com diversos materiais para produzir materiais de construção, tais como tijolos
porosos, rebocos isolantes betões aligeirados, etc.

- Sinterização, fusão e granulagem: O EPS moído com diferentes grânulometrias são


misturados com diversos materiais para produzir materiais de construção, tais como tijolos
porosos, rebocos isolantes betões aligeirados, etc.

- Reciclagem química: É uma tecnologia em fase de desenvolvimento. Trata-se de uma


maneira de obter as matérias primas com que são fabricados os plásticos.

4.5.1) Aproveitamento energético:

A reciclagem pode nem sempre ser o destino mais adequado a dar aos resíduos - seja por motivos
econômicos, de logística, ou ambientais (resíduos muito sujos ou contaminados). Nestes casos,
muitos estudos e ecos-balanços apontam para a valorização energética dos plásticos. A combustão
limpa dos mesmos com recuperação da energia liberada constitue uma boa solução alternativa
para reduzir o fluxo destinado aos aterros.
A incineração dos resíduos plásticos e a recuperação da energia produzida para a geração de
eletricidade ou calor, constituem uma alternativa muito válida e eficaz.
Como todos os plásticos, o EPS contém um alto poder calorífico. Um kg de EPS contém tanta
energia quanto 1,3 litros de combustível para aquecimento. A utilização de resíduos de EPS como
fonte energética reduz a necessidade de consumir combustíveis fósseis, conservando os recursos
naturais.
No que respeita às emissões provenientes da combustão do EPS nas inceneradoras, estas são
análogas às dos outros combustíveis - vapor de água, dióxido de carbono e quantidades pequenas
de cinzas não tóxicas.

5.6) Importação e Exportação de PS:

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Vemos no gráfico acima, que a capacidade instalada de PS não se alterou nos anos de 2002 a
2004. Ou seja, é bem provável que estas empresas consigam atender o mercado consumidor
mesmo operando com sua linha de produção abaixo dos 80% ao longo desses períodos. Fato
evidente, ao verificarmos o gráfico 5.7.

5.7) Histórico da Produção de PS:


Figura 5.7.1

Analisando o gráfico, percebemos que houve um aumento na produção de PS. Um dos motivos
seria sua grande aplicabilidade nos setores de eletroeletrônico, de descartáveis e outros. Como a
produção de PS aumentou, esperamos que o consumo aparente aumente, como conseqüência.

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5.8) Histórico do Consumo Aparente e falta Cap instalada de PS:

Figura 5.8.1

O Consumo Aparente de PS aumentou pouco se compararmos este gráfico com o de produção.


Uma possível explicação seria o fato de as exportações terem aumentado, ou seja, a necessidade
mundial por PS fez com que as empresas aumentassem suas produções.

5.9) Análise Econômica de uma Planta de PS:

Figura 5.9.1

A partir da linha de tendência, podemos observar que o consumo aparente de poliestireno


aumentará com o passar dos anos. Fator positivo, pois se estamos interessados em construir uma
planta, devemos ter pelo menos perspectiva de crescimento no consumo interno brasileiro.
Através da equação da linha de tendência y = 7306x + 227580, podemos predizer de modo
satisfatório a quantidade de poliestireno que será consumida em 2013. Ano em que a planta estará

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concluída e a unidade entrará em operação. Basta para isso, observar que quando x = 0, o valor de
y será bem próximo do valor encontrado em 1995. Ou seja, para x = 1 obteremos um valor
aproximado em 1996, e seguindo esse raciocínio, quando x = 18 encontraremos um valor de y =
359088 toneladas de PS em 2013.

Figura 5.9.2

Considerando o gráfico de produção acima a quantidade de PS produzida em 2013, é dada por: y


= 21627x + 90522 para x = 18, temos y = 479808 ton.. A partir dos fatos apresentados acima,
percebemos que em 2013 a produção de PS será maior que o consumo aparente,atendendo toda a
demanda interna, e portanto, produzindo um excedente de aproximadamente 120720 ton.
Conseqüentemente, a construção da nossa planta atenderá as necessidades de outros mercados,
logo a capacidade instalada dependerá da demanda mundial por poliestireno. O preço do PS
produzido pela nossa unidade estará em torno de 97.00 US CTS/LB ( unidade a ser esclarecido no
item 5.10), considerando um pequeno aumento com relação ao ano de 2007, baseado na oferta de
etilbenzeno.

5.1) Histórico da Capacidade Instalada de PS Expandido ( EPS ):


Figura 5.1.1

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A partir do gráfico acima, vemos que houve um aumento discreto na capacidade instalada das
empresas. Pode-se ter como uma explicação, o fato de que a demanda da população brasileira por
EPS não foi significativa durante os anos de 2003 à 2005. Isto, porém, não significa que o
mercado de EPS não esteja em expansão, pois em nosso análise não obtivemos dados concretos
sobre a capacidade instalada em anos anteriores.

5.2) Histórico da Produção de EPS:

Figura 5.2.1

Analisando o gráfico, observamos que há uma aparente discrepância com relação aos dados
obtidos, pois a produção de EPS aumentou, vertiginosamente, em um período curto de tempo. Um
aumento do poder aquisitivo da população brasileira em geral, possibilitou um maior consumo de
produtos eletroeletrônicos, uma vez que estes são protegidos de avarias por suportes de EPS. Uma

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outra possível razão, é que cada vez mais está sendo utilizado EPS em construções de casas e até
mesmo em lajotas para esta, pois aquele é mais barato que os tradicionais materiais usados.
Todavia, infelizmente, não obtivemos dados relevantes sobre a produção nos períodos de 2000 à
2002.

5.3) Histórico do Consumo Aparente de EPS:

Figura 5.3.1

A partir do gráfico acima, vemos que houve um aumento elevado do consumo aparente em
relação ao tempo. Os motivos para isto, foram mencionados no item 5.2. Porém, estenderemos a
análise anterior, acrescentando que, além de um aumento de capital por parte da população, ainda
temos que os processos industriais ao longo dos anos são aperfeiçoados, visando a otimização do
processo. Com isso, é possível adquirir certos produtos por um menor valor agregado.

5.4) Análise Econômica de uma Planta de EPS:

Figura 5.4.1

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Através do gráfico, podemos perceber um aumento no consumo ao longo dos anos, assim, esta
análise serve de motivação caso queiramos montar uma planta. A partir da equação da reta y =
3377,1x + 21498 atribuiremos x = 0 para o ano de 1995 e, então, y = 21498 ton. Quando x =1,
correspondente ao ano de 1996, temos y = 28252,2 ton., ou seja, o valor encontrado é bem
próximo do valor real que é yreal = 27936 ton. Seguindo este raciocínio, temos que quando x = 18,
y = 82285,8 ton., o que corresponderia à um valor aproximado do consumo aparente em 2013,
ano da conclusão da planta.

Figura 5.4.2

A partir da equação da reta acima y = 4853,2x + 388,46, faremos x =18 ( valor relativo ao ano de
2013) e obteremos um y = 87746,06 ton. Agora, se compararmos os valores obtidos do consumo
aparente em 2013 com o de produção, percebemos que a sua diferença é considerada pequena.
Como não sabemos o quão próxima estará a linha de tendência do futuro real valor em 2013, não

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saberemos se haverá excesso de produção. Todavia, intuitivamente, podemos perceber que o
consumo aparente tenderá a ser maior que o da produção, fator estimulante, pois o objetivo do
trabalho é construir uma planta que atenda o mercado interno.

5.5) Estimação da Produção da Planta de EPS:

Estipulando um valor aproximado de 80000 ton. de EPS produzido e um valor de 87000 ton. para
o consumo aparente, podemos verificar que há um déficit de 7000 ton., quantidade esta que será a
produção da nossa planta. Além disso, como sabemos, a planta nunca opera com sua capacidade
máxima, pois se houvesse uma súbita demanda por EPS, as empresas precisariam fazer um
“revamp” , o que além de gastar muito dinheiro para isso, perderia bastante tempo e
oportunidades de novos mercados. Do fato acima, o valor da produção P = 7000 corresponde à
70% da capacidade instalada (CI).
Logo, P = 0,70 CI  Então: CI = 10000 ton.

5.10) Preços do PS na América Latina:

Tabela 5.10.1

DOMESTIC PRICES

GENERAL PURPOSE (CRYSTAL) – PACKAGE


Click for Price History Price Range Four weeks ago USD/MT
ARGENTINA (DEL) US CTS/LB n/c 77.57-84.37 n/c 78.47-84.37 1710-1860
BRAZIL (FOT) US CTS/LB+0.47 87.56-92.10 +0.47 87.54-92.08 1930-2030
COLOMBIA (FOT) US CTS/LB+2.27 96.64-97.09 +2.27 88.68-89.13 2131-2140
MEXICO (DEL) US CTS/LB n/c 75.00-80.00 n/c 74.00-80.00 1653-1764
VENEZUELA (FOT) US CTS/LB n/c 83.01-88.00 n/c 83.01-88.00 1830-1940

HIGH IMPACT – PACKAGE


ARGENTINA (DEL) US CTS/LB n/c 78.93-84.82 n/c 78.93-84.82 1740-1870
BRAZIL (FOT) US CTS/LB+0.47 88.47-93.01 +0.48 88.45-92.99 1950-2051
COLOMBIA (FOT) US CTS/LB+2.72 98.00-98.45 +2.49 89.81-90.27 2161-2170
MEXICO (DEL) US CTS/LB n/c 79.00-82.00 n/c 79.00-82.00 1742-1808
VENEZUELA (FOT) US CTS/LB n/c 83.46-88.45 n/c 83.46-88.45 1840-1950

Unidades: US CTS/ LB = centavos de dóllar americano/ libra ; 1 libra = 453,59g


USD/ MT = dóllares americanos/ tonelada

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Tabela 5.10.2

INTERNATIONAL PRICES

GENERAL PURPOSE (CRYSTAL) – PACKAGE


Click for Price History Price Range Four weeks ago USD/MT
ARGENTINA (FOB) US CTS/LBn/c 71.67-72.58 n/c 71.67-72.58 1580-1600
BRAZIL (FOB) US CTS/LBn/c 70.31-71.21 n/c 70.31-71.21 1550-1570
CHILE (CFR) US CTS/LBn/c 74.39-74.84 n/c 74.39-74.84 1640-1650
COLOMBIA (FOB) US CTS/LBn/c 68.04-70.31 n/c 68.04-70.31 1500-1550
MEXICO (FOB) US CTS/LBn/c 65.77-70.31 n/c 65.77-70.31 1450-1550
VENEZUELA (FOB) US CTS/LBn/c 73.94-74.39 n/c 73.94-74.39 1630-1640

HIGH IMPACT – PACKAGE


ARGENTINA (FOB) US CTS/LBn/c 72.58-73.48 n/c 72.58-73.48 1600-1620
BRAZIL (FOB) US CTS/LBn/c 70.76-72.58 n/c 70.76-72.58 1560-1600
CHILE (CFR) US CTS/LBn/c 76.20-76.66 n/c 76.20-76.66 1680-1690
COLOMBIA (FOB) US CTS/LBn/c 68.49-70.76 n/c 68.49-70.76 1510-1560
MEXICO (FOB) US CTS/LBn/c 68.04-71.21 n/c 68.04-71.21 1500-1570
VENEZUELA (FOB) US CTS/LBn/c 74.39-74.84 n/c 74.39-74.84 1640-1650

Se compararmos os preços relativos à um mês de pesquisa das datas 11 de abril à 11 de maio


referentes a tabela 5.10.1, podemos perceber que o preço de GPPS no mercado interno é bem
elevado no Brasil, sendo superado somente pela Colômbia. Infelizmente, não foram obtidos dados
relevantes sobre a análise dessa tabela. Já na tabela 5.10.2, o Brasil se mantém com um preço
internacional intermediário com relação aos demais países.

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Referência bibliográfica:

Textos:
- Introdução: Livro “ O plástico na prática” de Jorge A. C. Albuquerque, Editora Sagra-Porto
Alegre 1990

- Cenário brasileiro: Revista “Plástico moderno”


- Propriedades físicas: Livro “ O plástico na prática” de Jorge A. C. Albuquerque, Editora Sagra-
Porto Alegre 1990
- Capítulo 4: www.acepe.pt

Tabelas e Figuras:
- Figura 1.3.1: www.pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno
- Tabela 2.2.1: Livro “ O plástico na prática” de Jorge A. C. Albuquerque, Editora Sagra-Porto
Alegre 1990
- Figuras 3.1.1; 3.1.2; 3.2.1: Química Orgânica de Robert T. Morrison e Robert N. Boyd, Editora
Fundação Calouste Gulbenkian 6a Edição 1978
- Figuras 3.3.1; 3.4.1; 3.5.1: http://www.innova.ind.br/portal/site/PB-eInnova
- Figuras e tabelas do Capítulo 4: www.acepe.pt

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