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Técnicas de Resumo e
Resenha
Neste livro, você trabalhará as técnicas referentes a resumos e resenhas.

Site: Metodologia de Ensino On-line - UnG


Metodologia da Pesquisa Científica - Química - CQB2009012NB380 - Prof.
Curso:
Carlos Eduardo Nascimento Sassano
Livro: Técnicas de Resumo e Resenha
Impresso
FÁBIO LOPES GAMITO
por:
Data: Thursday, 16 September 2010, 16:24

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Sumário
Resumo: Definição
Critérios para a Elaboração de um Resumo
Tipos de Resumo
Estrutura de Um Resumo
Regras Comumente Aplicadas na Elaboração do Resumo
Exemplo de Resumo
Resenha: Definição
Tipos de Resenha
Estrutura da Resenha Descritiva
Estrutura da Resenha Crítica
Referências Bibliográficas

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Resumo: Definição
Definição: Medeiros (2004) define resumo como "uma apresentação sintética e
seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele
devem aparecer as principais idéias do autor do texto" (p. 142).

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Critérios para a Elaboração de um Resumo


Medeiros (2004) afirma que o redator de um resumo deve atentar para os seguintes
critérios:

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Tipos de Resumo
Medeiros (2004) declara que a norma da ABNT traz a seguinte classificação de resumos:

z Indicativo: sumário narrativo que elimina dados quantitativos e qualitativos, não


dispensando, assim, a consulta ao original.

z Informativo: sumário que salienta o objetivo da obra, o método e as técnicas empregados,


os resultados e as conclusões tiradas pelo autor; ele dispensa, assim, a leitura do original.

z Informativo/indicativo: sumário que combina os dois anteriores; ele dispensa a leitura do


texto original quanto às conclusões, mas não quanto aos dados.

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Estrutura de Um Resumo
Segundo Medeiros (2004), o resumo deve apresentar em sua composição:

z Elementos bibliográficos
z Tipo de texto, o gênero a que ele se filia (literário, didático, acadêmico).
z Resumo do conteúdo: "assunto do texto, objetivo, métodos, critérios utilizados, conclusões
do autor da obra resumida" (p. 145).

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Regras Comumente Aplicadas na Elaboração


do Resumo
Medeiros (2004) apresenta algumas regras que ajudam o redator na elaboração do
resumo que pretende fazer:

z Selecionar as idéias principais do texto;

z Evitar elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes (ex. adjetivos e/ou


advérbios);

z Generalizar as idéias do texto (ex. "João reformou o banheiro, a cozinha, a sala,


o telhado de sua casa" fica "João reformou sua casa");

z Combinar dois ou três tópicos frasais de diferentes parágrafos quando repetem a


mesma idéia;

z Construir frases que incluam várias idéias expostas no texto, fazendo-o de forma
sintética.

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Exemplo de Resumo
Fiorin e Savioli (2003) apresentam um resumo do excerto, por eles selecionado, da
obra de Roberto da Matta (1985). Leia o texto abaixo e, depois, verifique o resumo feito
pelos autores.

Texto

Nós, antropólogos sociais, que sistematicamente estudamos sociedades


diferentes, fazemos isso quando viajamos. Em contato com sistemas sociais diferentes,
tomamos consciência de modalidades de ordenação espacial diversas que surgem aos
nossos sentidos de modo insólito, apresentando problemas sérios de orientação (...). E
foi curioso e intrigante descobrir em Tóquio que as casas têm um sistema de endereço
pessoalizado e não impessoal como o nosso. Tudo muito parecido com as cidades
brasileiras do interior onde, não obstante cada casa ter um número e cada rua um
nome, as pessoas informam ao estrangeiro a posição das moradias de modo
pessoalizado e até mesmo íntimo: "A casa do Seu Chico fica ali em cima... do lado da
mangueira... é uma casa com cadeiras de lona na varanda... tem janelas verdes e
telhado bem velho... fica logo depois do armazém do Seu Ribeiro... Aqui, como
vemos, o espaço se confunde com a própria ordem social de modo que, sem entender
a sociedade com suas redes de relações sociais e valores, não se pode interpretar
como o espaço é concebido. Aliás, nesses sistemas, pode-se dizer que o espaço não
existe como uma dimensão social independente e individualizada, estando sempre
misturado, interligado ou "embebido" - como diria Karl Polanyi - em outros valores que
servem para orientação geral. No exemplo. sublinhei a expressão "em cima" para
revelar precisamente esse aspecto, dado que a sinalização tão banalizada no universo
social brasileiro do "em cima" e do "embaixo" nada tem a ver com altitudes topografi-
camente assinaladas, mas exprimem regiões sociais convencionais e locais. Às vezes
querem indicar antigüidade (a parte mais velha da cidade fica mais "em cima"), noutros
casos pretendem sugerir segmentação social e econômica: quem mora ou trabalha
"embaixo" é mais pobre e tem menos prestígio social e recursos econômicos. Tal era o
caso da cidade de Salvador no período colonial, quando a chamada "cidade baixa", no
dizer de um historiador do período, "era dominada pelo comércio e não pela
religião" (dominante, junto com os serviços públicos mais importantes, na "cidade
alta"). "No cais - continua ele dando razão aos nossos argumentos - marinheiros,
escravos e estivadores exerciam controle e a área muito provavelmente fervilhava com
a mesma bulha que lá se encontra hoje em dia" (Cf. Schwartz, 1979: 85). Do mesmo
modo e pela mesma sorte de lógica social, são muitas as cidades brasileiras que pos-
suem a sua "rua Direita" mas que jamais terão, penso eu, uma "rua Esquerda ! Foi
assim no caso do Rio de Janeiro, que além de ter a sua certíssima rua Direita,
realmente localizada à direita do largo do Paço, possuía também as suas ruas dos
Pescadores, Alfândega, Quitanda (onde havia comércio de fazenda), Ourives -
dominada por joalheiros e artífices de metais raros - e muitas outras, que denunciavam

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com seus nomes as atividades que nelas se desenrolavam. Daniel P. Kidder,


missionário norte-americano que aqui residiu entre 1837 e 1840, escreveu uma viva e
sensível descrição das ruas do Rio de Janeiro e do seu "movimento", não deixando de
ressaltar no seu relato alguma surpresa pelos seus estranhos nomes e sua notável,
diria eu, metonímia ou unidade de continente e conteúdo.
Ora, tudo isso contrasta claramente com o modo de assinalar posições das cidades
norte-americanas, onde as coordenadas de indicação são positivamente geométricas,
decididamente topográficas e, por causa disso mesmo, pretendem-se estar
classificadas por um código muito mais universal e racional. Assim, as cidades dos
Estados Unidos se orientam muito mais em termos de pontos cardeais - Norte/Sul.
Leste/Oeste - e de um sistema numeral para ruas e avenidas, do que por qualquer
acidente geográfico, ou qualquer episódio histórico, ou - ainda - alguma característica
social e/ou política. Nova lorque, conforme todos sabemos, é o exemplo mais bem-
acabado disso que é, porém, comum a todos os Estados Unidos. Se lá então é mais
difícil para um brasileiro navegar socialmente nas cidades e estradas, é simplesmente
porque ele (ou ela) não está habituado a uma forma de denotar o espaço onde a forma
de notação surge de modo muito mais individualizado, quantificado e impessoalizado.

DA MATTA. Roberto. A casa e a rua:


espaço, cidadania, mulher e morte no
Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1985.
p. 25-7.

Resumo

DA MATTA. Roberto. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. São
Paulo: Brasiliense, 1985. p. 25-27.

Cada sistema social concebe a ordenação do espaço de uma maneira típica. No Brasil,
o espaço não é concebido como um elemento independente dos valores sociais, mas
está embebido neles. Expressões como "em cima" e "embaixo", por exemplo, não
exprimem propriamente a noção de altitudes, mas indicam regiões sociais. As avenidas
e ruas recebem nomes indicativos de episódios históricos, de acidentes geográficos ou
de alguma característica social ou política. Nas cidades norte-americanas, a orientação
espacial é feita pelos pontos cardeais e as ruas e avenidas recebem um número e não
um nome. Concebe-se, então, o espaço como um elemento dotado de impessoalidade,
sem qualquer relação com os valores sociais.

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Resenha: Definição
Medeiros (2004) define resenha como

um relato minucioso das propriedades de um objeto, ou de suas partes constitutivas;


é um tipo de redação técnica que inclui variadas modalidades de textos: descrição,
narração e dissertação. Estruturalmente, descreve as propriedades da obra (descrição
física da obra), relata as credenciais do autor, resume a obra, apresenta suas
conclusões e metodologia empregada, bem como expõe um quadro de referências
em que o autor se apropriou (narração) e, finalmente, apresenta uma avaliação da
obra e diz a quem a obra se destina (dissertação) (p. 158).

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Tipos de Resenha
Medeiros (2004) apresenta dois tipos de resenha: a descritiva e a crítica.

z Resenha Descritiva - visa a "transmitir ao leitor um conjunto de propriedades do objeto


resenhado" (p. 162).
z Resenha Crítica - apresenta, "além dos elementos descritivos e narrativos, os
dissertativos, (...) os dissertativos, a defesa de um ponto de vista, a apresentação de
argumentos, provas" (p. 167).

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Estrutura da Resenha Descritiva


Medeiros (2004, 163) apresenta a seguinte estrutura de uma resenha descritiva:

z Referência bibliográfica
z Credenciais do autor
z Resumo da obra, salientando objeto, objetivo, gênero (poesia, prosa,
dramaturgia, ensaio literário, político, etc.)
z Tom do texto / método utilizado (como o autor construiu sua obra) / ponto de vista
que o autor defende

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Estrutura da Resenha Crítica


Para Medeiros (2004, p. 169, 170), a resenha crítica deve apresentar a seguinte estrutura:

z Referência bibliográfica
z Credenciais do autor (informações sobre o autor, nacionalidade, formação
universitária, títulos, livro ou artigo publicado)
z Resumo da obra
z Conclusões da autoria
z Metodologia da autoria (Que métodos utilizou? Dedutivo? Indutivo? Histórico?
Comparativo? Estatístico?
z Crítica do resenhista (julgamento da obra. Qual a contribuição da obra? As idéias
são originais? Como é o estilo do autor: conciso, objetivo, simples? Idealista?
Realista?)
z Indicações do resenhista (A quem é dirigida a obra? A obra é endereçada a que
disciplina? Pode ser adotada em algum curso? Qual?)

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Referências Bibliográficas
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto : leitura e redação. 16.
ed. São Paulo: Ática, 2003.

MEDEIROS, J.B. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1997.

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