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DOMENICA LUCAS
LANDISLAU
MANOEL GENTIL
PAULO CESAR
ERISANDRA
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
CABO
SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
Dessa forma percebe-se que há muita burocracia ao redor do setor público, o que o
torna complexo de ser administrado, comparado ao setor privado. Para beneficio da
sociedade é importante usar o planejamento público como forma de alcançar os
objetivos e prioridades definidas pela administração pública, porém esse
planejamento requer mais seriedade, ser usada uma análise mais cuidadosa, por
que precisa ser viável tecnicamente, economicamente e socialmente.
Introdução
O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes,
objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Cabe à LDO,
anualmente, enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício
seguinte. Já a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a
programação das despesas para o exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar
no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte torna-se o elo
entre o PPA, que funciona como um plano de médio-prazo do governo, e a LOA, que
é o instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício a que se
refere.
Em relação ao PPA, a primeira questão que pode ser colocada neste contexto se
refere ao entendimento da expressão "de forma regionalizada". Sua finalidade está
ligada ao mandato constitucional de "redução das desigualdades regionais" (§ 7º do
art. 165 da CF 88). Ou seja, sendo apresentado de forma regionalizada, o plano
permitirá ser devidamente avaliado em relação àquele objetivo.
Mas que regiões seriam estas a que se refere a Constituição? Uma primeira
indicação encontra-se no art. 35 do ADCT - CF 1988
Além disso, é mister lembrar que o mandado constitucional exige que estados,
municípios e o Distrito Federal também pratiquem o sistema de planejamento
esboçado na Carta Magna. Nesse caso, quais seriam os parâmetros da
regionalização a ser adotada?
Então, um programa que abrigue tal tipo de despesa corrente poderia ser
caracterizado também como programa de duração continuada! Foi nesse sentido as
interpretações dadas por ocasião do PPA 1991-96 e na apreciação dos Projetos de
Lei Complementar nº 222, de 1990, e nº 135, de 1996. Todas focalizavam apenas no
caráter finalístico das ações.
O PPA é peça de mais alta hierarquia dentre a tríade orçamentária, embora esta
seja somente constituída de leis ordinárias. Esse é o modelo disposto em nossa
Carta Magna, que determina em seu art. 165, § 7º, que os orçamentos devem ser
compatibilizados com o plano plurianual. No § 2º desse artigo exige que a LOA deve
ser elaborada conforme dispuser a LDO. E no art. 166 § 3º, I, prevê a admissão de
emendas ao orçamento somente se compatíveis com o plano plurianual e com a
LDO.
Todas as leis orçamentárias são de iniciativa do Poder Executivo que as envia, sob
a forma de proposta, para apreciação e aprovação do Poder Legislativo. Cabe ao
Chefe do Poder Executivo sancioná-las e executá-las. Compete ao Poder Legislativo
acompanhar e fiscalizar sua execução. O ciclo integrado de planejamento e
orçamento pode ser ilustrado da seguinte maneira:
Cada proposta de PPA, LDO ou LOA recebe proposições acessórias durante sua
tramitação, que auxiliarão na análise das proposições principais e determinarão
regras para atuação dos relatores e a apresentação de emendas. Dentre essas
proposições acessórias destacam-se o parecer preliminar, os relatórios setoriais
(somente no caso do projeto da LOA), as emendas e os destaques.
Essa técnica orçamentária foi introduzida na esfera federal pelo Decreto-Lei nº 200,de
23 de fevereiro de 1967, que menciona o orçamento-programa como plano de ação do
governo federal, quando, em seu art. 16, determina:
Em cada ano será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa do
programa plurianual a ser realizado no exercício seguinte e que servirá de roteiro à
execução coordenada do programa anual.
Contudo, o marco legal que cristalizou a adoção do orçamento-programa no Brasil foi a
Portaria da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República nº
9, de 28 de janeiro de 1974, que instituiu a classificação funcional-programática. Essa
portaria vigorou - com alterações no decorrer dos anos, porém sem mudanças
estruturais - até 1999.
A partir do exercício de 2000, houve sua revogação, pela Portaria nº 42, de 14 de abril
de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, que instituiu uma classificação
funcional e remeteu a estrutura programática aos planos plurianuais de cada governo e
esfera da federação.
A concepção do orçamento-programa está ligada à ideia de planejamento. De acordo
com ela, o orçamento deve considerar os objetivos que o governo pretende alcançar,
durante um período determinado de tempo.
Figueiredo e Caggiano (2004) definem o orçamento como sendo um norteador
direcional que deve ser seguido pelos gestores em busca do atingimento dos objetivos
organizacionais, a curto prazo. Conforme Padoveze (2000), orçamento é colocar tudo a
frente do que está acontecendo hoje. Seria introduzir para o exercício posterior todos os
dados que consta no sistema de informação atual.
Com base nessa característica, o orçamento-programa ultrapassa a fronteira do
orçamento como simples documento financeiro, aumentando sua dimensão. Sendo
assim, pode-se dizer que o orçamento passa a ser um instrumento de operacionalização
das ações do governo, em consonância com os planos e diretrizes formuladas no
planejamento . Alguns autores têm destacado vantagens do orçamento-programa em
relação a métodos de elaboração orçamentária tradicionais, para tanto algumas ações e
tabelas devem-se ser pensadas para que este orçamento seja efetivado :
• • Melhor planejamento de trabalho;
Por outro lado, nesse modelo de orçamento, há uma preocupação exagerada com o
controle contábil do gasto, refletida no obsessivo detalhamento da despesa. Outra
característica dessa técnica é a elaboração orçamentária com viés inercial (ou
incremental), que procura introduzir pequenos ajustes nas receitas e despesas.
Ao tomar essa direção, a distribuição dos recursos para unidades orçamentárias se
dá com base na proporção dos recursos gastos em exercícios anteriores e não em
função do programa de trabalho que pretendem realizar. Nesse caso, as distorções
são inevitáveis, promovendo um ciclo vicioso baseado no incentivo ao gasto
indiscriminado, apenas para garantir maior "fatia" nos orçamentos seguintes.
Em sua elaboração, o orçamento-programa tem uma lógica que o distingue de
outros modelos. Essa lógica pode ser traduzida em fases que, ao serem cumpridas,
dão a esse modelo toda a sua peculiaridade. Exemplo:
FASES CARACTERÍSTICAS
Princípios Orçamentários
Receita Pública
Instrumento criado para assegurar que receitas vinculadas por lei a finalidade
específica sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem a
consecução desse objetivo. As fontes/destinações de recursos agrupam
determinadas naturezas de receita, conforme haja necessidade de mapeamento
dessas aplicações de recursos no orçamento público. Como mecanismo integrador
entre a receita e a despesa, o código de fonte/destinação de recursos exerce duplo
papel no processo orçamentário: na receita, indica o destino de recursos para o
financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a origem dos
recursos que estão sendo utilizados
Despesa Pública
Despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade
ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para a
execução de fim a cargo do governo.
Com base nas receitas arrecadadas, o governo realiza os gastos previstos na
Constituição, na legislação e no respectivo plano de governo, tendo em vista atender
as demandas da sociedade.
Nesse sentido, o orçamento deve abranger todos os gastos dos órgãos e entidades
da Administração Pública, que são responsáveis por fornecer bens e serviços em
quantidade e qualidade adequadas à população. Cabe lembrar que todas as
despesas públicas devem ser autorizadas por lei. Assim, a Lei Orçamentária é
fundamental para viabilizar as políticas públicas do governo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o projeto que deu origem à LRF, a nação brasileira tem em mãos
instrumento legal que favorece as consideráveis transformações na forma de
planejamento, execução e gestão de recursos, onde é voltada para o interesse do
público e de passível controle da sistemática. O descaso e a desonestidade que
andam lado a lado no emprego das receitas, e na ausência de políticas sociais
consequentes, sempre são justificadas pela falta de recursos públicos, e o
desinteresse da pesada carga tributária, não resta dúvida da relevância de uma
legislação para regulamentar e disciplinar o assunto. E por outro lado, é preciso
atribuir responsabilidades inclusive penais para aqueles governantes que não
cumprem com suas obrigações, ou seja, o mandato não confere aos gestores
públicos o privilégio da impunidade ou a prerrogativa de isenção de controle e
prestação de contas à própria sociedade.
A Lei Complementar nº 101/2000 trouxe inúmeras alterações e mudanças para a
área governamental, e constituindo-se em importante instrumento legal de
estabelecimento de normas voltadas para as finanças públicas, em que a maior
contribuição está voltada para a transparência nos gastos públicos e para a
responsabilidade na gestão fiscal.
Sob a perspectiva de análise, carecíamos de instrumentos definidores de princípios,
regras e sanções, que enfatizam as responsabilidades do poder executivo, no
estabelecimento da política fiscal e da correspondente gestão do orçamento da
União, dos Estados e dos Municípios. Por isso, com essa persistência desses
pontos, a Lei Complementar 101/2000, veio preencher a grande lacuna quanto a
medidas punitivas contra a má gestão da administração pública, que poderá se
deparar com problemas sérios, e for chamado para se responsabilizar por seus atos,
e assim procedendo a LRF como este instrumento hábil e eficaz, pode-se construir
um novo modelo de gestão publica nacional, ou caso contrário, poderá vir a ser mais
um episodio falho para uma mudança e modernização administrativa e da
transformação social.
A partir a vigência da LRF, o desequilíbrio orçamentário, o nepotismo, que resultam
em gasto excessivo com pessoal, as operações irresponsáveis de crédito, o
descuido com o patrimônio público, tudo passou a ser fiscalizado e de passível
sanção. Através da efetiva aplicação dos quatro suportes que se apóia a LRF, que
seja eles: o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade, onde se
sustenta para a administração responsável e fundamentada em princípios éticos.
O estudo fez um levantamento da evolução histórica da Contabilidade Pública em
um âmbito geral, onde explica a sua estrutura frente às necessidades do Estado, e
também leva em questão o lado pratico e teórico, os desafios, as oportunidades e as
perspectivas da implantação correta de suas ferramentas. As Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, que passaram por diversos estudos e
alterações, levaram a gestão pública a uma ferramenta critica e se embasa na
tomada de decisões, e nesse processo evolutivo, nessas normas, tem encontrado
barreiras para a sua implantação, pois sua aplicabilidade exige o comprometimento
do gestor público para com a sociedade em geral.
Neste mesmo contexto a transparência na gestão pública, cria mecanismos que
auxiliam no processo democrático brasileiro, dando abertura para a participação
popular, participação esta que, antes quase inexistentes, e esta abertura onerava a
administração publica sem conseguir atingir seu alvo certo, a sociedade. Com isso
podemos observar que a administração pública está se direcionando para uma das
atividades de referência do governo brasileiro, mesmo obrigado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, o incentivo a participação popular tem se alastrado em
todo país, se tornando um ser ativo dentro das medidas que se envolvem na sua
realidade ampliando o papel do cidadão inserido na sociedade, papel este que até
em pouco tempo poderia ser visto como impossível manter relação desta proporção.
E temos a consciência de que a lei, embora tenha a condição necessária, não é por
si, suficiente para garantir a mudança de mentalidade e, em conseqüência para os
propósitos de uma administração responsável.
Constatamos que a Contabilidade Pública foi impactada com a edição
da Lei de Responsabilidade Fiscal, em foco aos aspectos que envolvem a
consolidação de contas e a exigência do Relatório de Gestão Fiscal. Impactos na
qual, no entanto, não alteram a estrutura conceitual da contabilidade, e que foi
implementando novos procedimentos e técnicas contábeis, e a realização de ajustes
nos procedimentos que já existem para que as informações produzidas e
evidenciadas pela contabilidade governamental pudessem dar o
auxilio aos gestores públicos para identificar os instrumentos e meios necessários ao
cumprimento das normas estabelecidas pela referida lei. A comparação entre o
principal instrumento que rege a Contabilidade Pública com a Lei de
Responsabilidade Fiscal está voltada para a responsabilidade na gestão fiscal, e
esses dois normativos apresentam diferenças quanto ao alcance das referidas
legislações, que são pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em questão
da periodicidade do orçamento, previsão de receitas,
prestação de contas, divida pública, as obrigações do setor público, restos a pagar,
ao cumprimento dos prazos para consolidação e a divulgação das contas destes
entes federativos.
Este trabalho, dentro das expectativas, teve como direcionamento em sua
realização, o alcance dos objetivos propostos, e foram atingidos pela identificação
de pontos que impactaram a contabilidade pública, bem como a realização do
quadro comparativo entre os pontos convergentes e conflitantes tratados dentro da
Lei Complementar nº101/2000 e a Lei nº 4.320/1964.
SANTOS, C.S. Introdução à gestão pública. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006
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