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Tipo de Documento: Norma Técnica

Área de Aplicação: Distribuição


Título do Documento:Projetos de redes aéreas de distribuição rural com
sistemas monofásicos

SUMÁRIO

1 Finalidade
2 Âmbito de aplicação
3 Conceitos básico
3.1 Aterramento primário
3.2 Aterramento secundário
3.3 Transformador de isolamento
4 Descrição dos sistemas
4.1 Sistema monofásico a dois fios (fase – fase)
4.2 Sistema monofásico com retorno pela terra (MRT)
5 Escolha do tipo de sistema
6 Uso do sistema mrt
6.1 Critérios para a utilização do sistema MRT
6.2 Projeto de linhas mrt
6.3 Transformador de isolamento
6.4 Aterramento e medição da resistência de aterramento e resistividade do solo
7 Uso do sistema monofásico a dois fios (fase – fase)
8 Condutores
ANEXO I - Manual para efetuar as medições
ANEXO II - Tabelas

1 FINALIDADE
1.1 Esta Norma é um complemento à Norma Técnica “Projeto de Redes Aéreas de
Distribuição Rural” e tem por objetivo fornecer critérios, dados técnicos e
metodologia básica a ser adotada na elaboração de projetos de redes de
distribuição de energia elétrica rural com sistemas monofásicos.
1.2 Os projetos feitos conforme esta Norma devem atender à Norma Técnica “Projeto
de Redes Aéreas de Distribuição Rural” em todos os pontos não especificados
nesta.
1.3 Esta Norma aplica-se somente aos projetos de redes aéreas rurais específico
para o Programa de Eletrificação Rural do Estado de São Paulo “Luz da Terra” e
para o Programa de Eletrificação Rural “Luz no Campo”.

2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Em toda a área de concessão da CPFL.

3 CONCEITOS BÁSICO
A terminologia usada nesta Norma é a mesma da Norma Técnica “Projeto de
Redes Aéreas de Distribuição Rural”, acrescido das seguintes definições:

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3.1 Aterramento primário


Sistema de aterramento construído junto ao poste onde está instalado o
transformador MRT, com a finalidade de se aterrar a carcaça do transformador e
o pára-raios.
3.2 Aterramento secundário
Sistema de aterramento construído junto ao poste onde está o quadro de
medidores, para o sistema MRT, com a finalidade de se aterrar o neutro
secundário do sistema (centro do transformador) e prover proteção nos casos de
fuga de corrente e contatos de partes energizadas com a carcaça dos
equipamentos.
3.3 Transformador de isolamento
Transformador instalado na derivação de sistemas MRT, para que a corrente de
seqüência zero fique limitada à parte do sistema onde estão os transformadores
MRT.

4 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS


4.1 Sistema monofásico a dois fios (fase – fase)
O sistema monofásico a dois fios é derivado do sistema trifásico, no qual apenas
duas fases são levadas até o transformador.
As vantagens deste sistema são:
• Vãos mais longos que no sistema trifásico, visto que a distância entre fases é
maior (as fases serão instaladas nas posições esquerda e direita do sistema
trifásico), permitindo uma quantidade menor de postes;
• Como os vão são mais longos também se usará uma quantidade menor de
materiais para a construção da rede (cruzetas, isoladores, etc.);
• Também se usará uma quantidade menor de cabo, visto que apenas duas
fases são estendidas;
• Não existência de correntes de seqüência zero, durante a operação normal
do sistema, permitido que os equipamentos de proteção sejam ajustados
para baixas correntes de defeito para terra;
• Permitir que, com o aumento das cargas servidas pelo circuito, a
transformação para o sistema trifásico tradicional se faça com o
aproveitamento de todo o material já usado na construção;
• Melhor aproveitamento do transformador, quando comparado como sistema
trifásico, principalmente quando só existir um consumidor com ligação
monofásica ou bifásico, diminuindo as perdas em vazio;

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• sistema de aterramento não é ativo durante a operação normal do sistema,


só existindo para a segurança e aterramento das carcaças, podendo ser
usado o mesmo aterramento para os circuitos primário e secundário.
As desvantagens do sistema são:
• Necessidade de se controlar as fases em que cada circuito é ligado, quando
comparado com o sistema trifásico tradicional;
• Possível custo maior, quando comparado com o sistema MRT.
4.2 Sistema monofásico com retorno pela terra (MRT)
Deriva de um sistema trifásico ou de um sistema monofásico a dois fios e apenas
uma fase é estendida até o ponto de instalação do transformador. O retorno da
corrente se dá pela terra, como dito no nome do sistema.
As vantagens deste sistema são:
• Provável custo menor, quando comparado com os outros sistemas (embora
os aterramentos possam deixar com preço equivalente ou maior);
• Vão maiores permitem uma quantidade menor de materiais na construção da
rede;
• Não usa cruzetas;
• Também se usará uma quantidade menor de cabo, visto que apenas uma
fase será estendidas;
• Melhor aproveitamento do transformador, quando comparado como sistema
trifásico, principalmente quando só existir um consumidor com ligação
monofásica ou bifásico, diminuindo as perdas em vazio;
As desvantagens do sistema são:
• Necessidade de se controlar as fases em que cada circuito é ligado, quando
comparado com o sistema trifásico tradicional;
• Necessidade de se fazer um bom aterramento, visto que os aterramentos,
além de importantes para a segurança, também são elementos ativos do
circuito;
• Necessidade de se fazer aterramentos separados para os circuitos primário e
secundário;
• Maior dificuldade na transformação para o sistema trifásico;

5 ESCOLHA DO TIPO DE SISTEMA


5.1 O sistema a ser usado em cada projeto será o que atender a carga solicitada com
o menor custo.

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5.2 Para o custo de cada sistema deve ser levado em consideração todos os custos
para a construção da rede, incluindo-se os aterramentos e o transformador de
isolação para o sistema MRT, quando usado.
5.3 O projetista deverá estimar o custo pelo menos dos sistemas MRT e monofásico
a dois fios, desde que ambos atendam a carga, antes de decidir qual sistema
usar.

6 USO DO SISTEMA MRT


6.1 Critérios para a utilização do sistema MRT
6.1.1 A resistência de aterramento calculada, para o transformador de distribuição,
deverá ser menor que o da tabela I, quando em terreno seco. Caso o terreno
esteja úmido por ocasião das medições, o valor da resistência deverá ser
metade daquele mostrado na tabela.
Tabela I -Resistência de aterramento (Ω)
Potência do Tensão (kV)
transformador
11,9 13,8
(kVA)
5 35 42
10 17 21
15 11 14
25 6 8
6.1.2 A carga a ser atendida deverá ser pequena e com pouca ou nenhuma
probabilidade de crescimento a curto ou médio prazo, devido à dificuldade de
transformação no sistema trifásico.
6.1.3 Os transformadores, inclusive o de isolamento, não deverão ficar a menos de 75
m do eixo de linhas de transmissão
6.1.4 Os transformadores, inclusive o de isolamento, não deverão ser instalados em
locais com grande circulação de pessoas (área de lazer, escola rural, etc.).
6.1.5 A CPFL deverá indicar de que fase do circuito trifásico ou bifásico será derivado
o circuito MRT, de maneira à manter o circuito o mais equilibrado possível.
6.1.6 Não será permitido a ligação de cargas com correntes superiores à 6 A por
alimentador, sem usar um transformador de isolamento.
6.1.7 Um transformador de isolamento deve ser usado sempre que um ramal MRT
tiver corrente estimada maior que 6 A.
6.1.8 Quando existirem muitos ramais pequenos, derivando de um sistema trifásico, a
soma das correntes de carga não deve ultrapassar 6 A, por fase. Caso a
corrente ultrapassar 6 A, outra solução deverá ser procurada, como por exemplo
o sistema monofásico a dois fios ou o uso de transformador de isolamento.

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6.1.9 Quando houver reguladores de tensão, ligados na configuração delta aberto, na


linha que atende o sistema MRT, os ramais à montante do mesmo deverão ser
ligados na fase do meio (não regulada) e os ramais à jusante deverão ser
ligados nas fases laterais, visto que a tensão fase – terra na fase do meio
poderá ser baixa.
6.1.10 A corrente de curto-circuito fase – terra, calculada com uma impedância de falta
de 40 Ω, no final de qualquer ramal MRT não deverá ser menor que quatro
vezes a corrente nominal do elo fusível que protege o ramal.
6.2 Projeto de linhas MRT
6.2.1 As estruturas para linhas MRT estão mostradas no Padrão Técnico “Estruturas
Padronizadas para Redes Aéreas Monofilares com Retorno por Terra (MRT)”.
6.2.2 Deve-se utilizar os maiores vãos possíveis, de maneira a que o custo do projeto
seja o menor possível. O projetista deverá experimentar postes de alturas
diferentes para encontrar a solução mais barata.
6.3 Transformador de isolamento
6.3.1 Os transformadores de isolamento poderão ter as seguintes potências nominais:
25, 50, 75, 100 kVA, sendo que os dois últimos só deverão ser utilizados em
sistemas com tensão nominal de 13,8 kV. Transformadores de maior potência
que os listados exigem um valor de resistência de aterramento que dificilmente
serão obtidos nas nossa área de concessão e portanto não serão usados.
6.3.2 O transformador deverá ter tensão nominal primária igual ao do sistema trifásico
de onde derivar o ramal MRT e tensão secundária igual à essa mesma tensão
dividida pela raiz quadrada de 3.
6.3.3 As resistências de aterramento necessárias aos transformadores de isolamento
deverão ser menores que as mostradas na tabela II, quando o terreno estiver
seco. Caso o terreno esteja úmido por ocasião das medições, o valor da
resistência deverá ser metade daquele mostrado na tabela.
Tabela II - Resistência de aterramento (Ω)
Potência do Tensão (kV)
transformador
11,9 13,8
(kVA)
25 6 8
50 3 4
75 - 2,5
100 - 1,5
6.3.4 A demanda usada para o dimensionamento do transformador de isolamento é a
demanda final do ramal atendido pelo transformador. O carregamento do
transformador de isolamento no final da vida útil do ramal deve ser menor que

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187 %, onde carregamento é a relação entre a demanda calculada e a potência


nominal do transformador.
6.4 Aterramento e medição da resistência de aterramento e resistividade do
solo
6.4.1 Antes da construção do ramal MRT, é imprescindível que se faça a medição da
resistividade do solo e a estratificação do mesmo, para que se possa projetar o
sistema de aterramento e estimar o valor de sua resistência.
6.4.2 O projeto de aterramento deverá ser feito de acordo com os documentos
“Aterramentos na Distribuição” e “Medição da Resistividade do Solo”.
6.4.3 Como o aterramento do transformador usado no sistema MRT é parte ativa do
circuito primário, e de maneira à evitar que altas tensões sejam colocadas em
locais onde as pessoas manipularão os equipamentos elétricos, deverão ser
executados dois aterramentos. O primeiro, chamado de aterramento primário,
será feito junto ao poste onde se encontra o transformador e nele devem ser
ligados o pára-raios, a carcaça do transformador e o neutro primário, caso se
tenha acesso à ele através de uma bucha. O segundo, aterramento secundário,
deve ser feito à, pelo menos, 25 m do primeiro, junto ao quadro de medição, e à
ele devem ser ligados o neutro do circuito secundário. A bucha de neutro do
secundário não deve ser ligada à carcaça do transformador ou ao aterramento
primário. Registre-se que, por ocasião de descarga de surtos através dos pára-
raios, existirá possibilidade do aparecimento de sobretensões indesejáveis no
enrolamento secundário.
6.4.4 Caso o valor de resistência de aterramento calculado seja maior que aqueles da
tabela I, ou tabela II no caso de transformador de isolamento, com a
configuração para 20 hastes de 3 m, ou equivalente, então deve-se optar pelo
sistema monofásico a dois fios (fase-fase).
6.4.5 O aterramento dos transformadores de distribuição deverá ser feito de maneira
a se obter valores de resistência menores que aqueles do item 6.1, e para os
transformadores de isolamento, menores que os valores do item 6.3.
6.4.6 De modo a garantir maior confiabilidade na manutenção da ligação à terra do
sistema, o aterramento do poste do transformador deve ser sempre conectado a
duas prumadas, protegidas adequadamente até a altura de 3 metros. O
aterramento deverá possuir no mínimo o módulo básico.
6.4.7 As duas prumadas deverão ser interligadas acima das molduras de madeira e
também à malha de terra.
6.4.8 Num eventual rompimento simultâneo das duas prumadas, deverão ser
tomadas imediatas precauções, evitando-se o contato de pessoas ou animais
com a estrutura do transformador, pelo fato da parte superior das prumadas
rompidas permanecer energizada. Para isso, no momento da energização da
rede, deve-se orientar a população rural sobre essa questão.
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6.4.9 Para o aterramento secundário deve-se procurar obter um valor menor que 50
Ω.
6.4.10 Os valores dos dois aterramentos deverão ser medidos por ocasião do
recebimento da ligação.
6.4.11 Por ocasião do recebimento do ramal serão feitas as medições das tensões de
passo e de toque para o aterramento primário, conforme método do anexo I,
independente do valor obtido para a resistência de aterramento. Caso essas
tensões fiquem acima dos valores máximos, deverão ser tomadas outras
providências, como por exemplo a utilização de brita e a restrição ao acesso na
região do aterramento, cercando-o.

7 USO DO SISTEMA MONOFÁSICO A DOIS FIOS (FASE – FASE)


7.1 O sistema monofásico a dois fios não tem outras restrições de uso que as do
sistema trifásico tradicional.
7.2 O sistema monofásico a dois fios deve ser projetado sempre que o uso do
sistema MRT não atender às suas prescrições ou ainda quando o custo deste,
principalmente devido aos aterramentos, for superior ao do sistema monofásico a
dois fios e desde que este atenda à carga.
7.3 O sistema monofásico a dois fios deve ser projetado com vão longos e com
comprimentos que permitam a intercalação de um poste, se houver necessidade
de transformação do sistema monofásico a dois fios em um sistema trifásico.
Assim, recomendamos que os vão tenham comprimentos em torno de 160 m.
Vãos com esses comprimentos, embora necessitem de quantidade menor de
postes, este deverão ser de maior altura (10 ou 11 m) em terrenos planos.
Quando for instalada a terceira fase a distância da fase ao solo ficará muito maior
que a mínima, entretanto essa prática permitirá um custo menor na instalação do
sistema e também um custo pequeno para a transformação do sistema.
7.4 Para vão com comprimento até 160 m usar o gabarito E-14 (conforme Norma
Técnica “Projeto de Redes Aéreas de Distribuição Rural”), considerando que a
rede é construída com vão contínuos. Vãos maiores deverão ser
obrigatoriamente encabeçados (dos dois lados). Para os vãos encabeçados usar
os valores de flecha e tração do anexo II.
7.5 As estruturas para as linhas monofásicas a dois fios serão as mesmas das linhas
trifásicas (“Estruturas Padronizadas para Redes Aéreas de Distribuição Rural”),
sem a fase do meio. Essas estruturas deverão ser projetadas como se tivessem
as três fases, com exceção dos vãos e dos postes que deverão ser conforme
acima.
7.6 Para que se possa distinguir, nos projetos e orçamentos, se a estrutura está
sendo usada para um sistema trifásico ou bifásico, os estruturas usadas no
sistema bifásico deverão ter a letra “B” acrescentadas ao seu final. Assim a

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estrutura N1 será usada no sistema trifásico e a estrutura N1B será usada no


sistema bifásico.
7.7 A CPFL deverá indicar de quais fases o sistema monofásico a dois fios derivará,
a partir de um sistema trifásico, de maneira à manter a melhor distribuição de
cargas entre as três fases e diminuir as tensões e correntes de seqüência
negativa.

8 CONDUTORES
O condutor padronizado para uso nas redes primárias MRT ou bifásico é o cabo de
alumínio com alma de aço, na bitola 4 AWG cujas características podem ser vistas
na Norma Técnica “Projeto de Redes Aéreas de Distribuição Rural”.

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ANEXO I

Manual para efetuar as medições


Cada operação deverá ser executada conforme as normas e orientações técnicas e de
segurança pertinentes, e conforme a ordem abaixo:

1 MEDIR A RESISTÊNCIA DO ATERRAMENTO


Para medir a resistência de aterramento é necessário que o pára-raios esteja
desconectado, abrindo a chave-fusível que atende o ramal.
Nesta medição, o eletrodo remoto de corrente (terminal C2), deve estar a 48 m do
poste e o de tensão deverá estar a 31 m. Para verificar se o valor medido está no
patamar, deve-se variar o eletrodo de tensão para ± 5 m de 31 m (ou seja 26 e 36
m).
Se os valores de resistência forem superiores a 20 % do valor medido em 31 m,
deve-se distanciar o eletrodo de corrente para 60 m e refazer novas medidas,
observando que o eletrodo de tensão sempre deve estar a 61,8 % da distância
entre o eletrodo de corrente C2 e o poste. A variação da distância do eletrodo de
tensão deve ser de ± 10 % dessa distância, para verificar se foi atingido o patamar.
O valor medido é a resistência de aterramento Rat.

2 MEDIR A RESISTIVIDADE SUPERFICIAL DO SOLO


A medição deve ser realizada pelo método de Wenner, para a = 1 m, e será
considerada como a resistividade superficial no local.
Essa medição deverá ser feita fora da área de atuação do aterramento instalado.

3 CALCULAR AS TENSÕES DE PASSO E DE TOQUE MÁXIMAS


Os cálculos das tensões de passo e de toque máximas suportáveis pelo corpo
humano devem ser realizados conforme segue, baseado na norma ANSI/IEEE
80–96:
116 + 0,696 × ρs
Vpasso =
t
116 + 0,174 × ρs
Vtoque =
t
Onde:
ρs é a resistividade superficial, medida no item 2;
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção, que deverá estar entre 0,03 s e
3,0 s.

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Vft
I = Iccft =
Rat
Onde:
Vft é a tensão fase – terra do sistema;
Rat é a resistência de aterramento, medida no item 1.
Como os transformadores utilizam elos do tipo H, deverão ser utilizados os
seguintes valores de tempo:
a. Para valores de corrente de curto fase – terra até 150 A, adotar t = 0,14s;
b. Para valores de corrente de curto fase – terra entre 150 e 500 A, adotar
t = 0,09s;
c. Para valores de corrente de curto fase – terra maiores que 500 A, adotar
t = 0,04s.
A estes tempos já estão adicionados os tempos de arco.

4 MEDIR AS TENSÕES DE PASSO E DE TOQUE


Observar que o cartucho da chave fusível primária deverá estar retirado, o pára-
raios desconectado da rede primária (vide item 1).
4.1 Disposição das hastes de prova
Cravar três hastes de prova no solo, alinhadas, na bissetriz do ângulo formado
pelos módulos adicionais do sistema de aterramento e distanciadas
respectivamente de 1, 2 e 3 metros do poste.
Caso o projeto não apresente módulos adicionais, as hastes devem ser
colocadas na direção de 45° em relação aos cabos de conexão dos anéis,
conforme figura I-1.
As medições deverão ser realizadas em quatro direções perpendiculares entre si.

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Figura I-1 – Disposição das hastes de prova

4.2 Tensão de passo


O potencial de passo é a diferença de potencial que uma pessoa experimentaria
entre seus pés ao caminhar num solo em que passa um fluxo de corrente .
Utilizando-se de um Megger de terra, seguir os seguintes procedimentos:
a - Conectar o terminal "C1" a descida do aterramento, no poste;
b - Conectar o terminal "C2" na haste cravada na terra, distante a 48 m do poste;
c - Conectar firmemente os terminais "P1" e "P2" às hastes de teste, cravadas no
solo, distanciadas de 1 metro, nas posições A e B respectivamente (vide
figura I-1);
d - Medir a resistência efetiva entre a Primeira e a Segunda haste. Anote a
resistência indicada. Esta é a resistência efetiva Rp1-2, através das posições
A e B;
e - Conectar agora firmemente os terminais "P1" e "P2" às hastes de teste,
cravadas no solo, distanciadas de 1 metro, nas posições B e C
respectivamente (vide figuras I-1 e I-2);
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f - Medir a resistência efetiva entre a Segunda e a Terceira haste. A resistência


medida agora é entre os pontos B e C, Rp2-3.

Figura I-2 – Diagrama de ligação para medição dos potenciais de passo

4.3 Tensão de Toque


Potencial de Toque é a diferença de potencial que uma pessoa experimentaria
através de seu corpo se ela estivesse, por exemplo, permanecendo em pé e
tocasse o poste no momento de ocorrer uma falta.
Procedimentos:
a - Conectar o terminal "C1" e “P1” na descida do aterramento no poste;
b - Conectar o terminal "C2" na haste cravada na terra, distante a 48 m do poste;
c - Conecte o terminal "P2" na haste de potencial cravada a 1 metro do poste
(A). (Vide figuras I-1 e I-3);
d - Tire a leitura do aparelho. Esta é a resistência efetiva Rt, entre o ponto de
teste e o poste;

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Figura I-3 – Diagrama de ligação para medição dos potenciais de toque

4.4 Calculo as tensões de passo e de toque relativas à corrente de


curto-circuito

4.4.1 Tensão de passo


Vpasso = Rp × Iccft
onde:
Iccft é a corrente de curto-circuito calculada conforme item 3;
Rp é resistência medida em 4.2.d e 4.2.f.

4.4.2 Tensão de toque


Vtoque = Rt × Iccft
Onde:
Rt é a resistência medida em 4.3.d;
Iccft é a corrente de curto-circuito calculada conforme item 3;
4.5 Aprovação
Para efeito de aprovação da instalação, as tensões de passo entre as hastes de
prova A e B, e entre B e C, e a tensão de toque entre a descida do aterramento e
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a primeira haste de prova, obtidas conforme os itens 4.2 e 4.3, devem ser
menores do que as tensões de passo e de toque calculadas no item 3.

5 EXEMPLO
5.1 Medições realizadas
• resistência do aterramento instalado: Rat = 26 Ω;
• resistividade superficial do solo: ρs = 552 Ω.m;
• resistências efetivas medidas nas haste de prova:
R1a /2a haste = 0,86 Ω
R2a /3a haste = 2,87 Ω
Rposte/1a haste = 0,5 Ω
• corrente de curto-circuito fase-terra calculada:
13800
Vft 3 = 309 A
Iccft = =
Rat 26
• tempo de atuação do dispositivo de proteção:
t = 0,09 s
5.2 Cálculo das tensões de passo e de toque nos pontos medidos
Conforme itens 4.4.1 e 4.4.2:
Vpasso1a /2a haste = Rp1a /2a haste x Iccft = 0,86 x 309 = 265 V
Vpasso2a /3a haste = Rp2a /3a haste x Iccft = 2,87 x 309 = 886 V
Vtoque poste = Rtposte/1a haste x Iccft = 0,5 x 309 = 154 V
5.3 Cálculo das tensões de passo e de toque máximas suportáveis pelo corpo
humano:
Conforme item 3:
Vpasso = (116 + 0,696 x 552) / 0,09 = 1.118 V

Vtoque = (116 + 0,174 x 552) / 0,09 = 695 V


5.4 Conclusão
Mesmo em condições de curto franco, não aparecerão no local tensões maiores
que as suportáveis pelo corpo humano, estando as instalações aptas para o
funcionamento normal.

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ANEXO II

Tabelas

Tabela II-1 - Tração para vãos ancorados (daN)


Temperatura Vão (m)
(ºC) 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320
0 190 190 190 190 190 190 190 190 190 190 190 190
5 174 175 176 177 178 179 180 181 182 182 183 183
10 159 161 163 166 168 169 171 173 174 175 176 177
15 145 148 152 155 158 160 163 165 167 169 170 172
20 132 136 141 145 148 152 155 158 160 162 164 166
25 120 126 131 136 140 144 148 151 154 157 159 161
30 109 116 122 128 133 137 141 145 148 151 154 157
35 100 108 114 121 126 131 135 139 143 146 150 152
40 92 100 108 114 120 125 130 134 138 142 145 148
45 85 94 101 108 114 120 125 130 134 138 141 144
50 79 88 96 103 109 115 120 125 130 134 137 141

Tabela II-2 - flecha para vãos ancorados (m)


Temperatura Vão (m)
(ºC) 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320
0 0,56 0,81 1,10 1,44 1,82 2,25 2,72 3,24 3,80 4,41 5,06 5,75
5 0,61 0,88 1,19 1,54 1,94 2,38 2,87 3,40 3,97 4,59 5,25 5,96
10 0,67 0,95 1,28 1,65 2,07 2,52 3,02 3,56 4,15 4,78 5,45 6,16
15 0,74 1,04 1,38 1,77 2,20 2,67 3,18 3,73 4,33 4,97 5,65 6,37
20 0,81 1,13 1,49 1,89 2,33 2,81 3,34 3,90 4,51 5,15 5,84 6,57
25 0,89 1,22 1,60 2,01 2,47 2,96 3,50 4,07 4,69 5,34 6,04 6,78
30 0,98 1,32 1,71 2,14 2,61 3,11 3,66 4,24 4,86 5,53 6,23 6,98
35 1,07 1,43 1,83 2,27 2,75 3,26 3,82 4,41 5,04 5,71 6,43 7,18
40 1,16 1,53 1,95 2,40 2,89 3,41 3,98 4,58 5,22 5,90 6,62 7,37
45 1,25 1,64 2,07 2,53 3,03 3,56 4,13 4,74 5,39 6,08 6,81 7,57
50 1,35 1,75 2,18 2,66 3,16 3,71 4,29 4,91 5,57 6,26 7,00 7,76
As tabelas II-1 e II-2 deverão ser usadas para o cálculo das trações e flechas para vão
ancorados no dois lados.
Vãos com ângulos até 15 graus poderão ser construídos com até 260 m de
comprimento. Vãos com ângulos maiores poderão ser construídos com até 320 m.

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263 Procedimento 1.1 Paulo Sergio Dato 19/10/2000 15 de 15

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