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DE DIREITO PENAL
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contato@vouserdelegado.com.br
LÚCIO VALENTE Vou Ser Delegado
Delegado e Professor @vouserdelegadoocial
JEAN VALENTE @vouserdelegado
Assessoria Técnica e Jurídica
vouserdelegado
LÚCIO VALENTE
Orientações
A tabela é muito simples de ser consultada. Na primeira célula da esquerda está o assunto
tratado pelas teorias respectivas (ex.: tempo do crime). Nas células seguintes estão descritas
as teorias a respeito daquele assunto, com uma pequena explicação.
Ressalto que este material é apenas um guia. Para aprofundamento dos temas, consulte a doutrina.
Caso deseje indicar uma teoria não abordada, favor enviar para: contato@vouserdelegado.com.br
LÚCIO VALENTE
Ubiquidade ou mista:
Atividade: o crime reputa-se Resultado: o crime é o crime considera-se
praticado no momento da
Tempo do crime conduta comissiva
praticado no momento da praticado no momento da
produção do resultado. conduta e no momento do
ou omissiva.
resultado.
Teoria da manifestação da
personalidade ou personalista
Teoria Neoclássica (Mezger,
da ação (Roxin): é a ação ou
Frank, etc): Mezger Teoria da evitabilidade
omissão voluntária e Teoria da ação significativa
identificou, em 1915, alguns individual (Jakobs): é a ação
Teoria Naturalista Clássica A teoria finalista da ação A teoria social da ação: é, consciente capaz de (Vivés Anton): os fatos
tipos penais que exigiam voluntária e consciente capaz
Teorias da (Liszt e Beling): conduta é expressamente a finalidade (Welzel): conduta é a portanto, a causação de um evidenciar uma autêntica de evitar um resultado desde humanos só podem ser
conduta mera enervação muscular, ação/omissão consciente, resultado típico socialmente manifestação da compreendidos com base
do agente, quebrando o que lhe seja juridicamente
sem finalidade. voluntária e final. relevante. personalidade, ou seja na norma e na sua
dogma de que a vontade exigível que assim faça.
explicar a esfera anímico- significação global.
e a finalidade situam-se na (Jakobs)
espiritual do ser humano.
culpabilidade.
(cf. Roxin, Derecho penal -
Parte general, 1. 1, p. 265).
LÚCIO VALENTE
Teoria Jurídica:
Teoria Naturalística:
Teorias sobre o resultado é a modificação
resultado é a lesão ou
resultado ameaça de lesão ao bem
do mundo exterior. jurídico
Teoria da Ação Esperada
Teoria aliud agere ou aliud
(consequência da teoria
facere, que significa agir
normativa): a análise da
de outro modo, ou agir de
Teoria Normativa ou omissão relevante pode
modo diverso: pela teoria
Jurídica: omissão não é existir no campo do direito,
Teoria Naturalista (causal): do ‘‘agir de outro modo’’ os
Teorias da a omissão é causa do
causa física (pois o nada, porque na realidade ‘‘o nada,
crimes sempre são praticados
omissão resultado
nada causa). Entretanto, nada causa’’. Nesse sentido,
por ação, sendo que os
a omissão é juridicamente a doutrina tem ensinado que
crimes omissivos seriam na
relevante. a omissão seria uma
verdade, uma ação diferente
‘‘omissão de algo esperado
da determinada pela
(ou determinado) pelo
norma.
direito.’’
Jurídica ou Normativa:
resultado é toda lesão ou
Naturalística: resultado é a ameaça de lesão a um
Teorias do modificação provocada no interesse penalmente
resultado mundo exterior pela relevante. Todo crime tem
conduta. resultado jurídico porque
sempre agride um bem
jurídico tutelado.
A teoria da imputação objeti-
va: de acordo com a Teoria
Teoria da causalidade Geral da Imputação Objetiva
adequada: atribui-se a o resultado não pode ser
formulação desta teoria ao imputado ao agente quando
Teorias para Teoria da equivalência dos fisiólogo Von Kries, para decorrer da prática de um
antecedentes: toda conduta
apontar o que contribui para o
quem só é considerada risco permitido ou de uma
nexo causal causa a condição idônea à ação que visa a diminuir um
resultado é causa. produção do resultado. risco não permitido; o risco
Obs.: para Capez o art. 13, permitido não realize o
§ 1º adotou tal teoria. resultado concreto; e o
resultado se encontre fora da
esfera de proteção da norma.
LÚCIO VALENTE
Da representação: dolo é a
Do assentimento ou
vontade de realizar a conduta,
consentimento: dolo é o
prevendo a possibilidade de
assentimento do resultado,
o resultado ocorrer, sem
isto é, a previsão do resultado
Da vontade: dolo é a contudo, desejá-lo.
Teorias do vontade de realizar a conduta Denomina-se teoria da
com a aceitação dos riscos
conceito de dolo e produzir o resultado. representação, porque basta
de não produzi-lo. Não basta,
portanto, representar; é
ao agente representar
preciso aceitar como indife-
(prever) a possibilidade
rente a produção do
do resultado para a conduta
resultado.
ser qualificada como dolosa.
Diferenciadora ou da
diferenciação: o estado de Da equidade
necessidade será considerado (Adäquitätstheorie): criada
causa de exclusão da ilicitude por Kant, sustenta que o
Teorias Teoria unitária: o estado de somente quando o bem estado de necessidade não
sobre o estado necessidade é sempre causa sacrificado for reputado de exclui nem a antijuricidade,
de necessidade de exclusão da ilicitude. menor valor. De outra forma, nem a culpabilidade. O fato
será excludente de deixa de ser punido, apenas
culpabilidade (estado de por razões de equidade.
necessidade exculpante).
Teoria pluralista ou
pluralística: cada um dos
Natureza Teoria dualista: há dois
Teoria unitária ou monista: participantes responde por
crimes, quais sejam, um
jurídica do todos os que contribuem delito próprio, havendo uma
cometido pelos autores e um
concurso de para a prática do delito pelo qual respondem os
pluralidade de fatos
agentes cometem o mesmo crime. típicos, de modo que cada
partícipes.
partícipe será punido por
um crime diferente.
Objetivo-subjetiva: exige-se,
Objetiva: não exige a prova
Subjetiva: exige apenas para a prova do crime
Unidade de da unidade de desígnio, mas
continuado, não somente a
unidade de desígnio para
desígnio no única e tão somente a
demonstrar a existência do demonstração de requisitos demonstração dos requisitos
crime continuado delito continuado. objetivos, mas ainda a prova
objetivos.
da unidade de desígnio.
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Amotio (aprehensio)
O crime se consuma quando
a coisa subtraída passa para Ilatio
Ablatio
Contrectatio o poder do agente, mesmo Para que o crime se consuma,
Teorias sobre a Consuma-se quando o
Para que o crime se consuma que não haja posse mansa é necessário que a coisa seja
consumação do e pacífica e mesmo que a
agente consegue levar a
furto
basta o agente tocar na coisa, tirando-a da esfera levada para o local desejado
coisa. posse dure curto espaço de pelo agente e mantida a
patrimonial do proprietário.
tempo. Não é necessário salvo.
que o bem saia da esfera
patrimonial da vítima.
Combinação de Ponderação
Ponderação Unitária
leis penais (Lex Diferenciada
Tertia) STJ
LÚCIO VALENTE
Teoria do
Teoria da vontade Assentimento
Teorias do Teoria da Teoria da
conceito de dolo representação probabilidade
(adotada no dolo direto) (adotada no dolo
eventual)