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MÓDULO I: O ANTIGO TESTAMENTO

6. A MONARQUIA E O PROFETISMO

6.1. A MONARQUIA (REIS)


ANTECEDENTES: DO SISTEMA TRIBAL PARA A MONARQUIA:
- Israel viveu sob o regime da Confederação das Tribos por quase 200 anos (1230 a.E.C. - 1030 a.E.C.);
- algumas vezes, as tribos se desentendiam quanto à defesa (Jz 5, 16 – 17 e 12, 1 - 7), à unidade (Jz 20) e quanto à
fé (Jz 18);
- houve uma tímida forma de governo centralizado em algumas tribos da região Central e do Norte de Canaã (ver Jz 9 )
- crescimento das dificuldades internas (unidade entre as tribos) e externas (invasões de filisteus; ver 1Sm 4, 10 – 11);
- necessidade: um governo centralizado e estável = monarquia;
- novas técnicas agrícolas trazidas pelo ferro (machado, foices, etc) e uso do boi na agricultura;
- produção de excedente e melhoria em algumas condições de vida (poços);
- prestígio de algumas tribos mais privilegiadas e desigualdades econômicas e sociais;
- Samuel, último juiz, estava velho e seus filhos, corruptos, não puderam mais governar o povo (ver 1Sm 7, 3 – 9; 12,
2; 8, 1 – 3)
- posturas conflituosas no mesmo texto de 1Sm: pró-monarquia (9, 15 – 10, 8) X contra a monarquia ( 8 e 10, 17 - 24);
- Influências: “reis” em Canaã – algumas cidades eram reinos independentes entre si, embora, vassalos dos egípcios
por algum tempo; cidades costeiras da Síria, Fenícia, Sidônias e outras eral relativamente independentes umas das
outras;
- reinos hostis, que antes, tinham sido grupos de tribos: Edom, Amon (amonitas: 1Sm 11, 1 – 11; 2 Sm 10, 1) e Moab
(Nm 21, 11 – 15; 22, 4.10; Jz 3, 12 -30);
- necessidade de uma união maior contra filisteus e amonitas;
6.1.1. SAUL (1 Sm 7,2 – 15, 31. 18-31)

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= governou de 1030 – 1010 a.E.C.;


= 3 narrativas sobre a escolha de Saul: a unção secreta (1Sm 9, 1 – 10, 8), a escolha por sorteio (1Sm 10, 9 –
27) e a aclamação do povo ( 1Sm 11, 1 – 15);
= foi mais chefe de recrutamento tribal do que rei: ele apenas mantinha uma tropa defensiva;
= frágil centralização do poder político: não chegou a governar todas as tribos (1Sm 10, 14 – 16. 26s.; 11, 12)
= falta de autoridade: não criou uma organização estatal (nação) e nem constituiu uma corte;
= não constituiu Gabaá capital de um reino e nem construiu palácio – não houve uma estrutura burocrática;
= não teve funcionários estáveis e nem promoveu mudanças no culto ou na vida religiosa (tradição oral, ainda);
= conflito com Samuel (grupo anti-monárquico);
= impotência contra os filisteus: seu exército não tinha condições de combatê-los;
= limites pessoais do rei (1Sm 16, 14 – 23) e divisões na família (Jônatas a favor de Davi) ver 1Sm 22, 7 - 8;
= infidelidade e desobediência à Palavra de Deus (1Sm 13, 7b – 14; 14, 24 – 34; 15, 10 – 30 e 31, 1 – 13).
= causou insatisfação do povo (1Sm 22, 2);
= perdeu o apoio e a confiança de Davi que, de guerreiro seu, passou a ser concorrente (1Sm 18, 5 – 8.11; 19, 10);
= matou sacerdotes em Nob, que eram a favor de Davi, manchando de sangue seu governo (1Sm 22, 6 – 23).
= morto na batalha de Gelboé (1Sm 31, 8 – 13), daí a autoridade militar ser a grande marca do governo de Saul.

6.1.2.DAVI ( 1Sm 16-31; 2Sm 1-24 e 1Rs 1-2)


ETAPAS:
I. ASCENSÃO AO TRONO: 1Sm 16 – 2Sm 4, 12
- narrativas de sua escolha e unção – acontecem antes da morte de Saul;
1ª. Narrativa: 1Sm 16, 1 – 13 = Davi é escolhido para ser rei, dentre oito irmãos, na casa de Jessé, em Belém, e
ungido por Samuel;
2ª. Narrativa: 2Sm 2 = Davi é aclamado rei pelas tribos do Sul, em Hebron; 7 anos depois, seria também
aclamado pelas tribos do Norte como rei de Israel (ver 2 Sm 5);

- presença de Davi na corte de Saul: duas narrativas:


1ª. Narrativa: Saul pediu a Jessé que cedesse o jovem Davi pra tocar lira, a fim de aliviar a depressão do rei Saul
(ver 1Sm 16, 14 – 23); depois, Davi se tornaria escudeiro do rei Saul;
2ª. Narrativa: (ver 1Sm 17, 12 – 54) Davi, no campo de batalha, derrota o soldado filisteu (Golias);Davi se
apresenta a Saul, pedindo-lhe para que deixe Davi lutar contra o gigante;
3ª. Narrativa: (ver 1 Sm 17, 55 – 18, 5) Aqui, após a derrota do gigante Golias, Saul pede a Abner, chefe do
exército, a respeito de Davi; não obtendo resposta, o próprio rei Saul chama o “herói” e o toma a seu serviço;
mas, percebendo o esplendor e o sucesso de Davi entre os súditos, Saul passa a persegui-lo, tentando matar
Davi, que escapa da morte, graças a Jônatas, filho de Saul (1Sm 20).
OBSERVAÇÕES:
- os autores das narrativas acima (de épocas e lugares diferentes) deixam bem claro a preferência por Davi;
- embora o apresentem de forma muito simpática, não ocultam as fraquezas de Davi;
-Davi: cheio de bondade, corajoso nas conquistas militares, dotado de qualidades humanas e artísticas, bem
sucedido e chega a se casar com Micol, filha de Saul (1Sm 18, 17 - 30);
-Saul: incapaz no plano político (1Sm 31), indigno no plano religioso (1Sm 15, 10 – 31) e desequilibrado no plano
psíquico (1Sm 19, 8 – 24); perde, aos poucos, o prestígio inicial;
- preocupação: ressaltar a Aliança de Deus com seu povo, portador das promessas e do futuro Messias, que
deveria vir pela família de Davi;
- cuidado: não achar que Davi era um “santo” pré-escolhido por Deus e que tudo foi “limpo” para o lado de Davi.
II.AS CONQUISTAS DE DAVI E SUA ACLAMAÇÃO E COROAÇÃO EM JUDÁ E ISRAEL (2Sm 5 – 8)
- conquistando seu espaço, Davi se impôs primeiro sobre as tribos do Sul e, depois, sobre as tribos do Norte;
- adotou uma política pessoal e paralela ao governo de Saul;
- habilidoso, conseguiu simpatia das tribos do Sul (1Sm 27, 10 – 12; 30, 26 – 31);
- não participou da batalha de Gelboé, na qual Saul foi morto, mas FOI RECONHECIDO REI EM Hebron (2Sm 2, 1 – 14);
- após a morte de Abner, general de Saul (2Sm 3, 22 – 39), e de Isbaal, filho de Saul (2Sm 4, 1 – 12), os anciãos
de Israel reconhecem Davi como rei; consolida-se o poder régio de Davi sobre o Sul e o Norte de Israel;

CONFLITOS que permearam a consolidação da realiza davídica::


- Abner X Joab, general de Davi (2Sm 12 – 3,1); Joab se vinga de Abner, matando-o (2Sm 2, 22 – 23; 3, 27),
apesar de Davi ter deixado Abner partir em paz (2Sm 3, 21); para apaziguar os ânimos das tribos no Norte, Davi
acompanha os funerais de Abner (3, 38);
- Isbaal X Davi (2Sm 2, 9 – 11); Davi puniu os assassino de Isbaal (4, 1.5 – 12);
2Sm 5, 1 – 3 = sem Abner e Isbaal, os israelitas (tribos do Norte), frente às ameaças dos filisteus, aderem a Davi.
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UNIÃO PESSOAL DE DAVI COM JUDÁ E ISRAEL:


- não houve mudanças estruturais nas duas regiões de Canaã;
- não foi constituído um reino(estado) unido, mas duas regiões sob um mesmo rei, cada qual com uma certa
autonomia, ou seja, “duas nações” são governadas pelo mesmo soberano;
- cada região manteve sua personalidade política e suas características próprias, mas submeteram-se ao poder
supremo de Davi;
- a aliança pessoal de Davi com Abner é que foi determinante para a aceitação de Davi pelas tribos do Norte;
porém, sempre ficou entre as tribos a idéia de que Judá pertencia a Israel e vice-versa;

ESTRATÉGIAS POLÍTICAS DO REI DAVI


- Davi foi sempre um guerreiro, estrategista, apoiado por uma estrutura militar, independente do controle tribal,
com uma base sólida em Judá, que prometia certa estabilidade; ao contrário, foram os juízes, líderes militares
ocasionais;
- buscou contatos com povos vizinhos (2Sm 2, 7), tinha recursos e poder, bem como uma forte autoridade sobre
Judá (2, 4);
- ato estratégico: conquista de Jerusalém (2Sm 5, 9) – lugar que favoreceu sua neutralidade e independência em
relação ao Sul(Judá) e ao Norte(Israel);
- Davi conseguiu passar do estado nacional/tribal para o estado territorial, com fronteiras mais ou menos
estáveis, congregando as tribos sob um mesmo governo;
- tratou com igualdade as tribos rurais dos cananeus e filisteus, tanto as do Norte como as do Sul;
- além de conquistar Jerusalém, Davi também comprou a colina oriental, dando-lhe o nome de “cidade de Davi”,
onde mandou construir um altar (2Sm 24, 18 – 19) – por isso, Jerusalém passou a ser um centro político,
religioso e cultural do reino unido;
- para manter a unidade, Davi enfrentou muitos inimigos (reinos vizinhos), o que lhe deu confiança do povo das
tribos.

EXPANSÃO TERRITORIAL:
- Davi conseguiu expandir ao máximo o seu reino:
1.º contingente conquistado: a área ocupada pelas dez tribos do Norte e pelas 2 tribos do Sul;
2.º contingente conquistado: conseguiu submeter Edom, Moab, Amon, Aram-Soba e Aram de Damasco,
obrigando-os a pagar-lhe tributos; em Aram de Damasco e Edom foram colocados israelitas para governar esses
estados (2Sm 8, 1 – 14; 10, 18 – 19);
3.º contingente conquistado: reinos vassalos da Filistéia (1Cr 20, 4), Gessur (2Sm 3, 3; 13, 37), Emat da Síria
(2Sm 8, 9 – 10) e Tiro, governado por Hiram (2Sm 5, 11).
Foi um domínio complexo, do ponto de vista militar, administrativo e político, porém habilmente governado pelo
rei Davi (2Sm 3,3; 13, 37).

O ESTADO DE DAVI (ISRAEL)


-aos poucos, o poder comunitário se torna CENTRALIZADO;
- formação de um grande estado = mérito pessoal de Davi;

CAUSAS:
-Egito: perdera a hegemonia e influência sobre Canaã;
-ameaças externas foram amenizadas por Davi (ex.: os filisteus, os amonitas, os edomitas, os moabitas e os
arameus);
- diplomacia de Davi com os vizinhos;
-união de forças internas: Judá(Sul) e Israel(Norte);
- manutenção de um exército profissional permanente;
- residência em Jerusalém = lugar estratégico;
- burocracia e autonomia do rei;
- organização de cargos (2Sm 8, 16 – 18; 20, 23 – 25);
- perda da influência das tribos frente ao governo estatal centralizado.

A IDOLATRIA E OS PROFETAS GAD E NATÃ


- “SINCRETISMO DE ESTADO”: visava unir as tribos no plano religioso;
- desaconselhado pelo profeta Natã a construir um “templo ao Senhor” (2Sm 7, 1 – 3);
- Elementos do culto cananeu incorporado à fé de Judá e Israel na época de Davi:
+ idolatria régia e promessa de dinastia eterna (2Sm 7, 15);
+ o rei é “filho da divindade” (Sl 2; 45, 7; 72, 17; 1Rs 21, 11 – 14);
+ pena de morte a quem ofendesse a Deus e ao rei (Is 8, 21);
+ atribuição de vida eterna ao rei (Sl 21, 5);
+ supremacia dos reis sobre os seres(S2Sm 23, 1);
+ funções de proteção e promoção social (2Sm 21, 17; Lm 4, 20);
+ relação com a fecundidade da terra (Sl 72, 6 – 7. 16);
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+ funções sacerdotais atribuídas ao rei.

2Sm 24, 1 = Natã faz uma dura crítica a Davi por causa do recenseamento.
Recensear = reconhecido como “direito de Deus”.
Interesse de Davi:
+atualizar a arrecadação de tributos;
+ explorar as forças e recursos do povo;
+ recrutar homens para o exército;
Comparar com 1Sm 8, 10 – 17.
Porém, Davi reconhece o seu ERRO! (2Sm 24, 10) E PEDE PERDÃO a Deus!

Natã também repreendeu Davi por causa do ADULTÉRIO com Betsabéia, esposa do general hitita Urias (1Sm
12, 1 – 25)
3 Problemas:
+ Davi se fez dono da vida e da morte de Urias, como se o rei fosse um Deus;
+ atentado contra a família;
+ conseqüências: 2Sm 12, 10.

SUCESSÃO AO TRONO DE DAVI: divisões e tensões na família (2Sm 9 – 20; 1Rs 1 – 2)


Problemas:
= revolta de Absalão (2Sm 15, 1 – 23) e seu desfecho (1Rs 18, 1 – 32);
= rebelião de Seba, da tribo de Benjamim (2Sm 18, 1 – 32);
= Adonias (1Rs 1, 5 – 7.9 – 10): disputa o trono com Salomão, o preferido de Davi (1Rs 1, 28 – 34).

INTRIGA: 2 grupos opostos: (ver 1Rs 1, 5 - 48


A FAVOR DE ADONIAS A FAVOR DE SALOMÃO
Joab – general de Davi Betsabéia (mãe de Salomão) Natã
Abiatar – sumo-sacerdote Sadoc (sacerdote) Semei
Reí Banaías
Davi
6.1.3. SALOMÃO: (+ ou – 970-931 a.E.C.; texto: 1Rs 3-11)

+ Dois nomes:
- Salomão: dado por seu pai, Davi (2Sm 12, 24);
- Jededias (“amado do Senhor” = ver 2Sm 12, 25;
+ Nascimento de Salomão = certeza do perdão de Deus a Davi;
+ Salomão = Shalom = Paz – Davi se sentiu em paz com Deus;

Conflitos das Ascensão de Salomão ao trono (1Rs 1 – 2)


- não foi necessariamente escolhido por Deus para suceder Davi;
- foi aprovado por Davi e apoiado pelo profeta Natã e por Betsabéia (mãe de Salomão), conf. 1Rs 1, 11s. 32 - 40;
- aclamado pelo povo ( 1Rs 1, 39);
- houve um contragolpe contra os adversários de Salomão (1Rs 1, 41 – 53);
- justificativa religiosa (tradição): Salomão fez uma peregrinação (ver 1Rs 3, 4 -15; 1Cr 21, 29; 2Cr 1, 3 – 5) a um
lugar alto, onde o Senhor lhe apareceu em sonho.

O REI SÁBIO:

-narrativas enaltecem Salomão como um sábio (1Rs 5, 9 – 14);


- habilidade ligada à POLÍTICA E AO COMÉRCIO;
- livros a ele atribuídos (sapienciais): provérbios (Pv 1, 1), Sb (9, 7 – 8.12); Ct (1, 1); Sl 72 e Sl 127;
- pseudonímia: atribuir a um escrito a alguém importante do PASSADO.

O REI CONSTRUTOR:

1 - maior obra: o Templo de Jerusalém (1Rs 5, 15 – 32; 6, 1ss);


- no Templo, colocou a Arca da Aliança (1Rs 8, 1 – 13);
- exerceu funções sacerdotais: 1Rs 2, 14– 52. 54-666);
- desenvolveu e estimulou uma tradição cultual no santuário estatal de Jerusalém;
- culto: sofreu influências do Egito e de outros países;
- sacerdotes: “funcionários do rei”.
- pequenos santuários; mais fiéis á tradição religiosa do Êxodo e da Aliança, tanto em Judá como em Israel;
2 – Palácio: mínimos detalhes (1Rs 7, 1 – 51);
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3- Aterro Melo: 1Rs 9, 15 – 24)


4 – Muro de Jerusalém e fortificações (Meguido, Hason, etc).

DETALHES:
= 1Rs 5, 27: todo o Israel foi recrutado como mão-obra escrava;
= 1Rs 9, 20 – 22: os escravos eram não-israelitas, que viviam em Canaã;
= Escravidão dos ISRAELITAS: causa da rebelião ( 1Rs 12, 3 – 4. 14 – 16);

SALOMÃO: O REI COMERCIANTE (1Rs 9, 26 – 10, 29)


+ comércio: meio de se criar diplomacia com outros países (1Rs 10, 28 – 29);
+ falta de habilidade política;
+ casamentos = alianças com outros povos (1Rs 1, 11; 3, 1; 7, 8; 9, 16. 24; 11, 1);
+ manutenção da “boa vizinhança”;
+ ausência de guerras (1Rs 2, 12 – 11,43).

O TERRITÓRIO DO REINO DE SALOMÃO:


- não conservou e nem expandiu o Reino deixado por seu pai, Davi;
- deu à filha do faraó do Egito a cidade de Gazer (1Rs 9, 16);
- cedeu a Hiran, rei de Tiro (Fenícia), 20 cidades da Galiléia (Israel, Norte), conf. 1Rs 9, 11- 14), em troca de
materiais de construção e mão-de-obra;
- perdeu a parte oriental da Síria (Aram) e parte de Edom*;
- não foi um bom general, apesar de um exército bem equipado (1Rs 10, 26 – 29).

SOMBRAS NO REINO DE SALOMÃO:


- número elevado de mulheres com quem se casou = forma de aliança com outros países (1Rs 1, 11);
- mulheres = desvios na FÉ (1Rs 11, 4 s); crítica em Dt 17, 16 – 20;
- cedeu cidades pra pagar dívidas com o LUXO;
- perdeu regiões e enfrentou rebeliões*(1Rs 11, 14 – 22; 23 – 25; 26 – 40);
- perdeu a SIMPATIA DO POVO pelos elevados impostos (1Rs 5, 1 – 8);
- Organização e subdivisão do Reino em 12 distritos para sustentar a corte (1Rs 4, 7 – 19; 5, 2 – 5.7 – 8);
- Tributos e trabalhos obrigatórios / corvéia (1Rs 5, 27s; 2Cr 2, 16);
Conseqüências:
= divisão do Reino após a morte de Salomão;
= ruptura cultual e relicgiosa;
= restauração do culto em Betel por Jeroboão (1Rs 12, 26 – 33)

ALTO PREÇO DA PROSPERIDADE:


= paz com países vizinhos + obras faraônicas (templo/palácios);
= Israel: potência internacional = visita da rainha de Sabá (1Rs 10);
= desenvolvimento do comércio internacional;
= entrada dos cultos IDOLÁTRICOS (1Rs 11, 17) = adoção de cultos/deuses estrangeiros para a exploração
econômica do sagrado (religião).
= opressão maior sobre o povo X prosperidade = volta á experiência do Egito (Êxodo)
= confirma-se 1Sm 8
=Aías = indignação profética a favor do povo (1Rs 11, 26 – 12 ,19).

6.1.4.Características Gerais do Reino de Salomão:


- preocupações: criar um exército permanente, fixar uma capital (política e religiosa= Jerusalém), selecionar uma
elite a serviço do rei;
- acumulação: poder, terras, privilégios e luxo na corte (1Rs 5, 2 – 3; 7, 1 – 8; 10, 14 – 23)
- tributação abusiva: o luxo da corte, a estrutura do Estado e as guerras exigiam muito dinheiro;
- exploração sobre os agricultores e a corvéia (1Rs 5, 27 – 32; 12, 4) X resistência dos trabalhadores;
- união com princesas estrangeiras e adoção de cultos estranhos á fé do povo (1Rs 11, 1 – 8);
- concentração de riquezas nas mãos do rei e dos seus auxiliares;
- uso da religião para manipular o povo (ver 1Rs 8, 1 – 13; 6 – 7)
POVO Clamor, como no tempo da escravidão do Egito ;
REI Distância do povo (periferia), conf. Am 6, 1 – 6)
ELITE Ideologias para oprimir mais ainda o povo (literatura sapiencial)
Ex.: pobreza = fruto da preguiça, portanto, uma maldição;
Riqueza = bênção (ver Pr 10, 4; 10, 15; 13, 18)
Resultado: discriminação ao pobre e desprezo ao seu clamor (Ecl 9, 13 – 16; Eclo 13, 3 – 4)
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6.1.4. O CISMA POLÍTICO


931 a.E.C. = morte de Salomão – surgem 2 reinos:
- NORTE – Reino de Israel, composto pelas DEZ tribos, que se rebelaram contra Roboão, filho sucessor de
Salomão (1Rs 12, 10 – 12);
- SUL – Reino de Judá, composto pelas tribos de Judá e Benjamim, fiéis a Roboão (descendente de Davi).

Causas:
a. Impostos abusivos:
- taxas do santuário: aspecto sagrado, desde Moisés – dois tipos:
- obrigatórias: dízimo anual e tributo anual por pessoa;
- eventuais (casos especiais): taxa pelo pecado e resgates de pessoas ou bens consagrados a Deus
(comutação) Ver Lv 4; 5, 15 – 16; 27, 30 – 33; Dt 14, 22 – 29.
- impostos “do rei”:
- meios de se apossar dos bens de seus súditos – diversas formas de exploração;
- Samuel já prevenira o povo desse risco: 1Sm 8, 11 – 17);
Tipos:
- dízimo do rei – ver 1 Rs 10, 15; 21;Am 7, 1;
- impostos por vassalagem - ver 2Rs 15, 19 – 20; 23, 33 – 35 = casos de Manaém e Joacaz;
- outros impostos: tributo territorial, tributo por pessoa e pedágios (Esd 4, 13).

b. Violência e opressão:
- política de Salomão: cruel e opressora (corvéia = trabalhos forçados);
- manipulação religiosa;
- surgimento de dois inimigos: Síria (Aram) e Edom;
- tributos para manter um exército forte e bem equipado (1Rs 11, 14 – 25);
- riqueza do rei = miséria do povo do Norte.

c. Influências do paganismo:
– casamentos de Salomão – número exagerado de esposas = gastos excessivos na corte;
- inserção da IDOLATRIA no Templo de Jerusalém (deuses);
- pactos comerciais e políticos com outros países.

d. Escravidão: o povo do Norte tornou-se mercadoria de barganha política e econômica (1Rs 5, 20 – 25; 9,
10 – 14) e colocado como escravo do rei (1Rs 5, 27; 11, 26).

Fatos:
- Rebelião contra Roboão, apoiada pelo profeta Aías, de Silo (1Rs 11, 29 – 32.37 - 38; 12, 4 – 11).
- Jeroboão: tornou-se o “Davi do Norte” – porém, a dinastia dele não cumpriu o ideal que Aías propôs
(1Rs 11, 37 – 38).

REINO DO NORTE (ISRAEL)


- cinco dinastias diferentes reinaram: 19 reis; 7 foram assassinados e 1 se suicidou;
- foram 209 anos de rebeliões contra Deus (Aliança);
- crescimento da violência, injustiça, suborno, luxo, ao lado do empobrecimento de muitos;
- Escritos sobre o Reino do Norte: surgiram relatos bem POSTERIORES aos fatos narrados, com interpretações
bem determinadas (1Rs 12, 1 – 2 Rs 17).

PERSONAGENS:

A. REIS QUE IMPRIMIRAM SUAS MARCAS PROFUNDAS NO REINO DO NORTE (ISRAEL):

A.1. Jeroboão I (931 – 910 a.C.)


= morou em Tersa (1ª. Capital do Reino do Norte;
= liderou uma revolta contra o rei Salomão;
= chamado a ser rei pelo profeta Aías de Silo (1Rs 11, 29 s);
= construiu santuários em Betel e em Dã, colocando neles o bezerro de ouro (uma representação de Deus);
= durante seu reinado, Aías se distanciou (1Rs 14, 1s);
= favoreceu a idolatria no reino, como forma de manipulação e exploração política;
= deixou seu filho Nadab no trono;
= após dois anos, Baasa assassinou Nadab e tomou o trono de Israel.

A.2. Amri – ver 1Rs 16, 21 - 28


= 885 a.E.C. – começa seu reinado em Tersa;
= 891 a.E.C. – comprou de Semer o monte Samaria e ali construiu a capital do Reino (=Samaria) – ver 1 Rs
16, 23 - 26
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= euforia: grandeza do Reino de Israel – “prosperidade”;


= controle curto sobre Moab;
= Amri reinou 11 anos, mas sua dinastia ficou por 3 gerações (toal: 33 anos!);
= assumiu o trono por decisão democrática (aclamação pelo povo), após o suicídio de Zambri
Obs.: Suicídio é um caso rara na Bíblia – apenas Zambri e Judas Iscariotes se utilizaram desse recurso pra fugir dos
problemas que criaram..

A.3. Acab (874 – 853 aEC)- ver 1Rs 16, 29 – 22, 40


= política de exploração e violência, sendo ambicioso e sem escrúpulos;
= episódio da vinha de nabot (1Rs 21, 1 – 29) – o rei foi condenado pelo profeta Elias;
= cumprimento da condenação do profeta (2Rs 9, 22 – 26);
= o rei “arrependeu-se e fez “penitência” e obteve a misericórdia do Senhor;
= casou-se com Jezabel, princesa fenícia de Sidon e adotou o culto a Baal;
= Jezabel: violenta perseguição aos profetas do Senhor e extermínio;
= Abdias, alto funcionário da corte, protegeu muitos profetas (1Rs 18, 9 – 15);.
= durante seu reinado ocorre o “ciclo de Elias” (1Rs 17 – 19; 21; 2Rs 1, 1 – 2; 18);
= mostrava certo desprezo pelo Senhor (Aliança) e confiança nas armas (veja os textos de 1Rs 20 e ! Rs 22);
= cumpre-se a palavra de Elias em relação a Acab: 1 Rs 22, 28 – 38; 21, 19);
= seu filho Ocozias reinou apenas 1 ano (853 – 852 aEC);
= Jorão assume o Reino de Israel (irmão de Ocozias);

= Eliseu, o profeta, ungiu Jeú como rei de Israel, que, depois, foi aclamado pelo povo (2Rs 9, 1ss; 9, 11ss);
= Jeú usurpou o trono e exterminou a família real, inclusive Jezabel ( 2Rs10, 1 – 36);
A.4.Jeú (841 – 814 aEC) – ver 2Rs 9, 1 – 10, 36
= dinastia mais longa de Israel: 4 gerações e 98 anos!
= apoio do profeta Eliseu – fundamental para manter o governo equilibrado;
= enfrentou guerra contra a Síria (Aram = Damasco): perdeu algumas cidades para Bem-Adad III (2Rs 6, 24 e
13, 3);
= expansão do Império Assírio: Jeú pagou tributos a Salmanasar III (imperador da Assíria);
= narrativas breves e brutais: defensor irresoluto do Javismo (política religiosa positiva), porém o autor
deuteronomista o condena, por ele ter mantido o culto em Dã e Betel (bezerros de ouro), conf. 2Rs 13, 6);

A.5. Jeroboão II (783 – 743 a.EC)- ver 2Rs 14, 23 – 29


= no tempo de seu pai Joás morreu o profeta Eliseu;
= Joás: obteve vitórias nas batalhas contra a Síria (Aram) e recuperou territórios;
= cresceu a euforia diante do desenvolvimento do Reino de Israel;
= o rei Jeroboão II restabeleceu a extensão do Reino;
= A Assíria deixou de execer influências sobre a região, por causa dos conflitos internos no Império;
= Israel se fortaleceu e floreceu (“milagre econômico”);
= aumento da produtividade e euforia religiosa;
= desigualdades na distribuição dos bens produzidos;
PROFETAS DESTACADOS NESSE PERÍODO;
= Amós: denunciou a exploração dos camponeses, a injustiça e a alienação religiosa (Am 7, 9);
= Oséias: crpitica à atitude dos dirigentes do Reino;
= Samaria; cidade do luxo = fruto da opressão e do roubo contra os trabalhadores;
= uso da religião para explorar: santuários de Dã e Betel (“templos do rei”), conf. Am 7, 13;

A RUÍNA DO REINO DO NORTE:


=Zacarias, filho de Jeroboão II, reinou só 6 meses e foi assassinado por Selum;
= após 1 ano, Selum foi assassinado por manaém;
= Manaém promoveu um governo violento por 5 anos (1Rs 15, 16);
=Assíria: retomou p o controle sobre a palestina;
= Facéias, filho de Manaém, reinou só 2 anos;
= Facéias, escudeiro do rei Facéias, assassinou o rei e usurpou o trono, chegando a governar por 5 anos;
= Facéias articulou uma coalizão contra a Assíria , reunindo outros pequenos reinos (sírios/aramitas, fisliteus,
amonitas, moabitas e edomitas); mas a coalizão fracassa (1Rs 15, 23 – 29), pois Acaz, rei de Judá, não aderiu à
coalizão; ameaçado por Israel e seus aliados, Acaz pediu ajuda à Assíria, que subjugou a coalizão;

OSEÍAS:
= último rei em Israel: assasinou Facéias e usurpou o trono;
= submeteu-se à Assíria, pagando altos tributos;
= tentou uma vã aliança com o Egito, para tentar se rebelar contra a Assíria;
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= Salamanasar V, imperador Assírio, descobriu a trama, marchou contra Israel, aprisionou Oséias e destruiu a
capital (Samaria); depois, deportou a população e trouxe para Israel gente de outros povos dominados (2Rs 15,
30; 17, 1 – 6 – veja a “Origem dos Samaritanos”);
Em 721 aEC o Reino de Israel deixou de existir, sendo totalmente destruído pela Assíria.

B. REIS QUE SE DESTACARAM NO REINO DO SUL(JUDÁ):


TRIBO DE JUDÁ
- aparente tranquilidade; manteve-se fiel à dinastia Davídica (2Sm 7, 8 – 16; Sl 89, 4)
- Templo de Jerusalém: único lugar “autorizado” pelo Senhor para o culto, conf. Dt 12, 4 – 11);
- Jerusalém; Capital escolhida por Deus para habitar (1Rs 11, 36; 14, 21; Sl 48);
- Salmos: falam da Monarquia e da cidade e de uma liturgia a serviço do poder;
- Reis: avaliação negativa =” fizeram o que é mal aos olhos do Senhor”, exceto Ezequias e Josias;
- alguns reis marcaram muito a história do Reino de Judá.

Roboão, de 931 – 913 aEC (ver 1Rs 14, 21 – 31 e 2Cr 10 – 12)


= problemas econômicos e políticos internos ausentes;
= problemas ocxm países vizinhos:
- Egito: o faraó Sesac atacou e saqueou Jerusalém (1Rs 14, 25 – 28 ; 2Cr 12, 2.9 – 11)
- Reino do Norte: Roboão, em guerra contra Jeroboão I, tentou em vão recuperar territórios perdidos
para o Reino do Norte (ver 1Rs 14, 30; 2Cr 12, 15b); as rixas continuaram no tempo de Abiam (913 – 911
aEC) e de Asa (911 – 870 aEC).

Ozias/Azarias, de 781 – 740 aEC (ver 2Rs 15, 1 – 7; 2Cr 27, 1 – 9)


= enfraquecomento do Egito;
= restabeleciemnto do poder político ao Sul de Judá.

Acaz, de 736 – 716 aEC (ver 1Rs 16, 1 – 20; 2Cr 28, 1 – 27)
=Assíria: seu poder se firmou na região;
= dúvida: unir-se à Assíria ou ao Egito – pressões;
= conflito com Israel e Damasco (Aram/Síria), que queriam uma coalizão contra a Assíria;
= Isaías (profeta) aconselhou a neutralidade em relação à coalizão e recomendou confiança no Senhor;
= Israel e Damasco atacaram Judá;
= Acaz fez um acordo com a Assíria e tornou-se seu vassalo;
= Isaías e Miquéias (profetas) viram nesse acordo do rei Acaz com a Assíria uma violação à Aliança com
Deus;
= Assíria: derrotou Israel e Damasco e tomou grande parte do território de Judá (Is 1, 7 – 8; 2Rs 18, 13 – 16).

Ezequias : de 716 – 687 aEC – ver 2Rs 18, 1 – 20; 2Cr 29, 3 – 32, 33
= promoveu uma ampla reforma religiosa em todo o Reino de judá (ver 2Rs 18, 4 e 2Cr 29, 3 – 32, 33);
- purificação do Templo;
- celebração da expiação pelos pecados;
- restabeleceu o culto legítimo, conforme a Aliança;
- convocou a solene celebração da Páscoa;
- reformou o sacerdócio em Judá.
= mereceu do Senhor um milagre de cura, apoado por Isaías, o profeta (2Rs 20, 1 – 11);
= enfrentou o cerco da Assíria em 701 aEC (2Rs 19, 20 – 34);
= libertação: não trouxe a conversão proposta por Isaías;
= o povo achava que a Monarquia e o Templo garantiriam por si mesmos sua sorte (Is 22, 1 – 4);
= a Assíria começou a declinar e surge um outro Império: a Babilônia;
= uma embaixada babilônica visita Ezequias: Isaías viu nesse fato um presságio do futuro Exílio de Judá
(2Rs 20, 12 – 19).

Manassés: de 687 – 642 aEC – ver 2Rs 21, 1 – 18; e 2Cr 33, 1 – 20
= período difícil: foi um rei cruel e ímpio;
= foi abolida a reforma religiosa de Ezequias;
= violência e opressão pesada sobre o povo (2Rs 21, 16);
= ausência de grandes profetas, mas alguns advertiram o povo (2Rs 21, 10 – 15);
= adoção de sacrifícios humanos (2Rs 21, 6).

Amon: 642 – 640 aEC – ver 2Rs 21, 19 – 26; 2Cr 33, 21 – 25
= fez o mesmo que seu pai: idolatria, violência, opressão;
= seus próprios servos o mataram: 2Rs 21, 23;
= “povo da terra” (=líderes do povo): queriam mudanças e defendiam a fidelidade à monarquia davídica (2Rs
11, 20; 14, 21; 21, 24);
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= eliminação dos rebeldes pelo “povo da terra”;

Josias: de 640 – 609 aEC – ver 2Rs 22, 1 – 23, 30 e 2Cr 34, 1 – 35, 27
= colocado aos 8 anos no trono pelo “povo da terra”;
= retomada da reforma de Ezequias, seu bisavô (reforma Deuteronomista);
Política:
- um só rei, um só poder, uma só capital;
- resgate do sistema que Davi havia adotado;
- reintegração de territórios do Norte ao reino de Judá;
Religiosa:
- abolição radical de cultos cananeus e estrangeiros;
- combate ao culto a Baal em “lugares altos”;
- a religião de Baal legitimava a opressão e a tirania
- resgate dos valores éticos da Aliança.

= Deuteronômio (livro da Lei do Senhor):


- achado no Templo, que estava em reforma (2Rs 22, 4 – 6. 8 – 10);
- tinha sido abandonado, pelo descaso de Manassés e Amon;
- ao escutar o conteúdo do livro, o rei Josias “rasgou as vestes” (2Rs 22, 11);
- Código da Aliança: a autenticidade foi confirmada pela profetisa Hulda (2Rs 22, 12 – 20);
- Eixo ideológico da Reforma Deuteronômica (2Rs 23, 4 – 27); um só rei, um só culto, um só Deus, uma
só fé, um só Templo com promessa de prosperidade, como recompensa à fidelidade à Aliança;
- referencial para os profetas da época para explicar as dificuldades do povo (Jeremias, sobretudo).

O Começo do Fim:
= crescimento do Império Babilônico e decad~encia do Império Assírio;
= Egito; união com a Assíria contra a Babilônia;
= Faraó Necao (ou Neco): união com a Assíria contra a Babilônia;
= Josias; tentou barrar Necao que passava por Israel, para se unir às tropas Assírias contra a Babilônia, mas
foi morto em batalha em 609 aEC;
= fim das esperanças da Reforma Deuteronomista;

Necao:
- após conquistar a Síria, prendeu Joacaz, filho de Josias e o exilou no Egito (Jr 20, 10 – 12);
- colocou Eliacim, irmão de JOacaz, como rei de Judá e lhe deu o nome de Joaquim (2Rs 23, 36 – 24 , 7);

Joaquim (=Eliacim) - governou de 609 a 598 aEC


- pagou 100 talentos de prata e 100 talentos de ouro ao faraó do Egito;
- para isso, aumentou tributos e impostos sobre o povo, o que provocou crítica por parte de Jeremias, o
profeta;

Babilônia:
- avançava para aumentar sua área de domínio;
- 604 aEC – primeira expedição contra Judá, que lhe pagou tributos por 3 anos;
- o rei Joaquim, de Judá, tentou rebelar-se contra a Babilônia e sofreu uma nova investida (2Rs 24, 1 – 7).

Joaquin = Jeconias (filho de Joaquim):


- ficou só 3 meses no governo de Judá – foi um “mau governo”, conforme a Bíblia em Jr 22, 20 – 30 e 2Rs
24, 8 - 9;
- foi afastado do trono e exilado para a Babilônia, onde viveu 37 anos, num “suave” cativeiro (2Rs 25, 27 –
30).

A QUEDA DE JUDÁ
Sedecias = Matanias – de 598 – 586 aEC
= não foi um bom governo: foi o último rei de Judá (2Rs 24, 18 – 25, 21 e 2Cr 36, 11 – 16);
= vassalo da Babilônia – erro; rebelar-se contra a Babilônia e confiança excessiva no Templo (fetiche);
= Templo: lugar de roubo e idolatria (Jr 7, 1 – 15; Mt 21, 13) e ritos apenas externos;
= esquecimento das exigências éticas da Aliança;
= pediu ajuda ao Egito, apesar de Jeremias adverti-lo (Jr 37, 5. 7);
= 2Rs 25, 3 – A Babilônia promove um cerco feroz à cidade;
= o rei Sedecias e seu exército tentam fugir;
= o rei foi aprisionado, seus filhos foram degolados diante do rei, o rei teve seus olhos vazados e foi
deportado para a Babilônia(2Rs 25, 5 – 7);
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Nabucodonosor, Imperador da Babilônia:


= levou todo o tesouro do Templo para a Babilônia;
= Jerusalém ficou deserta (2Rs 25, 8 – 21);

Cercos contra Jerusalém:


= 701 aEC – Senaquerib, imperador Assírio, na época do rei Ezequias (ver 2Rs 19, 35 – 36);
= 597 aEC – Nabucodonosor, imperador da Babilônia, na época do rei Joaquim (ver 2Rs 24, 10 – 16);
= 586 aEC – Nabucodonosor, imperador da Babilônia, na época do rei Sedecias (ver 2Rs 25, 1 – 21).

Autor Deuteronomista:
= relacionou a Queda de Israel(Norte) e a Queda de Judá (Sul) com a infidelidade dos reis e do povo à
Aliança (Dt): idolatria, espoliação e exploração dos pobres, abandono das responsabilidades políticas e
sociais, etc;
= Templo e Monarquia: crítica – transformados em “amuletos”;
= Fé do povo = sincretismo: reduziu Javé a um ídolo como Baal;
= Jeremias = maior representante da defesa ao Javismo e ao Deuteronômio (= fidelidade irrestrita à Aliança).

6.2.OS PROFETAS: Começo e Evolução do Profetismo


Profetas = vários sentidos, hoje; NABI = perfil – pontos de vista diferentes
- previsor de futuro (precognitivo, vidente – 1Sm 9,9): “doidos em transe” (1Sm 10, 5 – 6; 19, 24; 10, 10;
Dt 13, 2 – 4; 1Rs 17, 17 – 18; 2Rs 2, 19 – 22; Nm 22, 2- 6; intérpretes de sonhos(Dt 13, 2 – 4) ou consultores de
Deus( 1Sm 8, 6 – 7);
- conselheiro de reis (Khalil Gibran), integrados à corte, como Natã e Isaías – ver: 1Sm 10, 1.24; 16, 12
-13; 2Sm 7, 1 – 7; 24, 11 – 19; 1Rs 1, 34; 11, 29 – 31; 22, 5;

- defensor dos pobres e ferrenhos críticos dos desmandos dos monarcas – profetismo clássico da Bíblia; - o
homem da fé em IAHWEH (“Homem de Deus”)
- fé num Deus Libertador do Êxodo (go ‘ el);
- grupos proféticos = vigilância crítica sobre os abusos dos reis;

- consolador dos sofredores: durante o Exílio (ver Is 40 – 55 e Ez)


O MOVIMENTO PROFÉTICO:
Presente em outros povos do Oriente Antigo (Egito, Mesopotâmia, Pérsia, etc)
Afinidade entre os escritos de Mari (Mesopotâmia) e profetas de Israel: o profeta era um ser humano que
recebia uma missão nos momentos de crise.
Diferenças:
- Egito: o profeta é um “mensageiro” celeste da corte dos deuses;
- Israel: os profetas se dirigiam aos reis e ao povo exigindo uma transformação interior e exterior;
anunciavam a Palavra de Deus e denunciavam as injustiças, arriscando suas vidas e certos anúncios eram feitos
com ações simbólicas.

6.2.1. PROFETAS NO AT: fases do profetismo em Israel


PROFETISMO e MONARQUIA
1º momento: apoio à monarquia (ver 1 Sm 22, 5; 2 Sm 24, 11-19).

2º momento: crítica/combate à monarquia (ver 1Rs 19, 10.14) = independência do Profetismo.

6.2.2. SEPARAÇÃO ENTRE PROFETISMO E MONARQUIA


O Deus anunciado pelos profetas era o Deus da Aliança (Iahweh), um Deus que não existia para legitimar
tudo o que os reis faziam.
Os profetas de Israel estavam a serviço da Aliança entre Deus (Iahweh) e o povo. Por isso, era preciso
estabelecer uma certa independência ou até oposição aos atos dos reis (Elias, Jeremias, Amós, Oséias,
Miquéias, etc). E quando falam em nome de Deus, contra os desmandos dos reis, encontram dificuldades para a
missão (perseguições, por exemplo).
OS PRIMEIROS PROFETAS:
Samuel: opositor da monarquia (1Sm 8), mas acabou ungindo Saul e Davi (1Sm 10; 15, 10 – 23).
Natã: presente na corte de Davi (2Sm 7, 2; 12 e 1Rs 1); favorável á dinastia davídica.
Gad: “vidente” = era mais severo (ver 2Sm 24, 11 – 14. 18 – 19; 1Cr 21, 9 – 13 . 29; 29, 9; 1Sm 22, 5).
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Natã e Gad: conselheiros severos do rei Davi (2Sm 7; 12; 24).

Já no tempo do rei Saul, os profetas reagem contra os erros dos reis, que prejudicavam o povo (ex.:
Samuel). Alguns eram até próximos dos palácios, mas não eram coniventes com tudo o que os reis faziam!
Após os Cisma:
6.2.3. OS PROFETAS DO NORTE (ISRAEL)
Aqui, o profetismo floresceu em fidelidade às tradições javistas do tribalismo; os profetas eram “mais
conservadores” e exerciam severas intervenções como “homens de Deus”, criando uma distância cada vez maior
entre eles e o palácio dos reis e dos templos oficiais do culto nacional (ex.: Elias e Eliseu).
Contexto: Israel (Reino do Norte)

Elias + Eliseu X Acab + Jesabel

= defesa da Lei (Aliança) e da vida do povo;


= Denúncia; abusos do poder do rei / idolatria;
= Perseguições: ( ver 1Rs 18,3; 19, 10; Jr 18, 18; 26,11)

Profetas = fiéis à Aliança ou coniventes em relação aos atos do rei?


= discernimento difícil.
ELIAS (“O Ciclo de Elias”) - Textos: 1Rs 17 – 19; 21; 2Rs 1, 1 – 2, 18.
Maior representante do profetismo e figura-síntese do profetismo do Antigo Testamento (veja Lc 9, 30 =
Mt 17, 4 = Mc 9,4).
Natural de Tesb (Galaad, mais tarde, Galiléia), distanciado do poder político (rei) num nível bem profundo.
Seu lugar é o deserto, refúgio diante das perseguições. Defensor dos pobres e crítico da ganância e do
abuso do poder dos ricos e reis. Estabelece uma convivência com os pobres: a viúva de Sarepta, em Sidônia
(1Rs 17, 7 – 24).
Sofreu a feroz perseguição ao ponto de se considerar “o único que sobrou” (1Rs 18 e 19).
Era um “homem de Deus”: trazia a experiência do Deus Libertador, a fé que brota da partilha e a
esperança (nuvem) diante da seca.
Expressou certa indignação contra a ambição sem medida do rei Acab (1Rs 21).
Traz uma singular experiência de Deus: a “brisa suave” (1Rs 19, 9 – 14); arrebatado aos céus num “carro
de fogo” (2Rs 2, 11 – 12).
Malaquias: anuncia a “volta de Elias” (Ml 3, 23 – 24).
Jesus: nova interpretação da “volta de Elias” (Mt 17, 9 – 13).
ELISEU:
“Herdeiro” da profecia e do “espírito de Elias” (2Rs 2, 13s).
Profeta mais popular (2Rs 2 – 13), chamado por Elias (1Rs 19, 19 – 21).
Em sua história, há “causos”: narrativas com tons exagerados, com milagres e ações “esquisitas”.
Ex.: “milagres aquáticos” (2Rs 2, 14; 2, 21; 5, 10; 6, 6) e “histórias de cunho popular” (2Rs 2, 23 – 24; 4, 1
– 7; 4, 9 – 44; 13, 21).
Cuidado: o gosto pelo “extraordinário”. A mensagem mais profunda do profeta é mais importante.
A ação profética de Eliseu é fundamental no contexto político em que viveu (Eclo 48, 13): veja os
envolvimentos do profeta em eventos políticos: 2Rs 3, 4 – 27; 6, 8 – 23; 8, 7 – 15; 6, 24 – 7, 2; 9, 1 – 10 e 13, 14
-20.
AMÓS:
Era camponês (ver Am 7, 14), de Técua, de Judá (Sul); viveu no séc. VII aEC, no tempo do rei jeroboão
II.
O lugar de sua ação profética era Betel, o “santuário do rei”. Ali, Amós denuncia a falsa prosperidade do
Reino de Israel, apoiada no roubo, na corrupção e na injustiça social (Am 6, 1 – 7). Os sacerdotes – líderes
religiosos e espirituais – eram cúmplices dessa estrutura, pois eram funcionários do rei.
Amós é uma voz que se eleva contra o sistema de exploração e o abandono à Aliança (projeto do
Senhor), mostrando a idolatria escravizadora do culto corrompido.
As raízes de sua vocação profética se traduzem em dois termos próprios de Amós: “rugido do Senhor”
(1,2) e a ordem irresistível (3, 3 – 8). Suas intervenções e oráculos mostram a opção de Deus pelos oprimidos,
excluídos e injustiçados (ver 2, 6 – 8; 3, 13 – 15; 5, 10 – 13; 8, 4 – 6).
Entra em conflito com os poderosos: apenas 2 anos de ação profética – dá pra se ter uma idéia do
quanto incomodava! Anunciou a morte do rei, a deportação do povo, a destruição dos santuários reais e o avanço
das tropas assírias sobre Israel.
Com Amós, inicia-se a “época de ouro” dos profetas bíblicos: eleva-se o questionamento do sistema do
poder dos reis e o anúncio da falência dos prevalecidos.
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OSÉIAS
Luta contra o processo do Senhor a um ídolo qualquer (Baal): denunciou a “prostituição” do povo, que
abandonara o Senhor e o trocara por Baal (Os 4, 2 – 10; 6, 7 – 10; 10, 4; 12, 28 -29).
Sua experiência pessoal nos informa que sua esposa o abandonou para prostituir-se; isso serviu de base
para denunciar o erro do povo, que abandonara o Senhor e o traíra.
Porém, em Os 1, 2 – 3, 5 quando a esposa do profeta retorna a casa, ele a acolhe porque a ama! Por
isso, a causa da situação difícil do povo era a infidelidade do povo à Aliança. A saída seria a “conversão” do povo
(retorno o Senhor), traduzindo-se numa sociedade articulada na justiça e no direito, no amor e na ternura (Os 2,
21; 6, 6) sinais da “bênção do Senhor”.
Sua pregação foi sem efeito: o povo, de fato, caminhava rumo à ruína e a invasão assíria foi o “fruto”
dessa infidelidade do povo (Esposa) ao Senhor (Esposo).

6.2.4. OS PROFETAS DO SUL (JUDÁ)


No Sul (Judá), os profetas estão “ausentes” no contexto, entre o século X aEC e o séc. VIII aEC, porque
a “teologia da dinastia davídica” delineava as relações sociais e políticas, de modo que houve um período de
relativa paz.
Em Judá, os profetas eram “arautos” do Javismo radical (um só Deus, um Deus Uno/Ehad) e grandes
defensores da fé, tornando-se uma instância crítica no meio dos reis, criadores de uma “consciência popular” de
ética e fidelidade á lei de Iahweh. Eles também denunciaram os desmandos dos reis e a idolatria vinculada a um
culto desligado da justiça social.
Isaías e jeremias serão os maiores críticos dos reis durante mais de 3 décadas (cada um!), exigindo
fidelidade mais sincera à Aliança e adaptando a Palavra de Deus às novas situações.
ISAÍAS:
“Rompeu” o silêncio do profetismo em Judá.
Em 740 aEC, foi “chamado” por Deus(Is 6, 1 – 8), exercendo 40 anos de ministério profético!
Sua mentalidade urbana é inserida na política, na corte e no Templo, de Jerusalém, capital de
Judá.Demonstra muita sensibilidade em relação aos marginalizados (mulher, criança, etc) e excluídos (ver 1, 17 –
23; 9, 16; 10, 2) e conhecimento profundo do cenário internacional.
Suas intervenções, palavras e ações simbólicas densas de sentido atravessaram séculos e ainda não se
esgotaram o seu sentido. Ex.: o nascimento do Emanuel (Is 7, 14), o “rebento de jessé” (11, 1 s) e a
“cegueira/surdez do povo” (29, 18 – 19).
Intervenções:
- no tempo de Acaz (732 aEC) – ver 2Rs 16, 5 – 6 e Is 7, 3 – 9 = proposta do profeta ao rei Acaz;
- no tempo de Ezequias (700 aEC): houve o cerco de Senaquerib, imperador assírio, a cidade de
Jerusalém (ver: 2Rs 18, 33 – 35; 19, 10 – 13. 21 – 28. 32 - 34; Is 10, 5 – 19; 37, 33 – 39).
De fato, a retirada das tropas assírias foi considerada uma ação divina (Sl 46/45, 1 – 8), mas a euforia do
povo colocou excessiva confiança no Templo, como se fosse um fetiche (=amuleto) e na dinastia davídica, que
prometia um messianismo “fácil”. O profeta censurou essa postura do povo em relação aos fatos.
Divisão do Livro do Profeta Isaías:
1 – 39 = refere-se ao tempo em que o profeta atuou (séc. VIII aEC), exceto 24 – 27 e 34 – 35 ; este
bloco é chamado de Proto-Isaías, ou seja, o “Primeiro Isaías”;
40 – 55 = refere-se ao tempo do Exílio da Babilônia (587 – 538 aEC) e é chamado de “Livro da
Consolação”, ou “Livro do Servo Sofredor de Iahweh”, ou ainda de Deutero-Isaías (Segundo Isaías).
56 – 66 = refere-se ao tempo pós-Exílio (séc. V aEC), também chamado de Trito-Isaías (Terceiro Isaías)
ou o “Livro da Nova Criação”.

MIQUÉIAS E SOFONIAS
Ambos os profetas exortam o povo à conversão, ou seja, à mudança no estilo de vida, conforme os
critérios da Aliança com o Senhor.
Eles viveram um contexto complexo: a injustiça social estava crescente em Judá.

MIQUÉIAS:
Denúncias contra os abusos sociais aos camponeses (Mq 2, 1 – 5) e superação do reino davídico (Mq 4,
1 – 5).
SOFONIAS:
Tomou a defesa dos pobres e dos simples, que viviam com retidão e justiça; foi contra o privilégio dos
ricos e proclamava o “dia do Senhor” em Judá bem como os oráculos contra as nações e contra Jerusalém
corrompida pela injustiça e pela impiedade, porém, anunciava a promessa de Salvação do Senhor (Sf 3, 14 – 15).
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HULDA
Ùnica mulher profetisa mencionada no tempo dos reis, no tempo de Josias. Era contemporânea de
Jeremias. Interveio, a pedido do rei Josias, para confirmar a autenticidade do “Livro da Lei” (Deuteronômio),
encontrado no Templo (ver 2Rs 22, 15 – 20; 22, 13).
JEREMIAS
Deixou marcas profundas na história de Judá, pois previu a ruína do reino por causa da surdez do povo
aos “oráculos do Senhor”. Teve a infelicidade de testemunhar a desgraça (ruína de Judá) que ele mesmo
anunciava (em 597 e 587 aEC, a Babilônia invadira Jerusalém e causara grandes destruições na cidade e no
Templo).
Jeremias viveu a euforia da reforma deuteronomista do rei Josias.
Iniciou seu ministério ainda jovem (Jr 1, 6); tentou escapar, por causa da grande responsabilidade, mas
Deus garantiu que a Sua palavra seria eficaz, mesmo diante dos que iriam perseguir o profeta (1, 8.17 – 19). Jr 1,
10 resume o que seriam a vida, os ensinamentos e as atitudes que iriam perseguir o profeta.
Enquanto o povo nutria a esperança de ficar livre do domínio babilônico, Jeremias pregava a rendição ao
inimigo dominador (37, 13), motivo pelo qual seria visto como contradição ao seu tempo. No fundo, o profeta
desejava que o povo se preservasse de uma aniquilação total diante da força do Império Babilônico.
Apoiou a reforma religiosa de Josias (640 – 609 aEC), já no início de seu ministério (Jr 11, 2, 14), mas,
após a morte do rei, crescem os desvios em relação a Aliança, a supervalorização dos rituais e a omissão da
ética.
O Templo tornara-se um talismã para Judá, no tempo do rei Joaquim (609 – 598 aEC) e esta perversão
foi condenada severamente por Jeremias (ver Jr 7, 1 – 8, 3), pois o templo tornara-se um “covil de ladrões” (7,
11).
De fato, o Templo tornara-se um instrumento do rei para recolher tributos; assim, o rei explorava o povo e
pagava seus tributos ao Imperador da Babilônia (200 talentos de ouro e prata = 6.840 kg!).
Suas denúncias das infidelidades do rei e do povo custaram-lhe a liberdade e quase a própria vida! (ver
Jr 18, 18; 26, 8 – 9. 11. 16 e comparar com Lc 19, 45 – 46).
NAUM
Expressa a alegria do povo ao ver a derrota do Império Assírio, cuja capital era Nínive (612 aEC). É
pouco ortodoxo, pois alegra-se com a “desgraça” do antigo inimigo opressor, que destruíra, em 722 aEC, o reino-
irmão (Israel/Norte), conforme 2 RS 17, 1 – 41.
A lição que tiramos de Na: todo opressor verá seu dia no juízo de Deus (ver o magnificat: Lc 1, 50 – 54).
HABACUC:
Lamenta o crescimento da violência: os babilônios não eram melhores que os Assírios. As guerras só
trouxeram fome, miséria e dor para o povo.
O desejo mais profundo do profeta é o mesmo do povo fiel: não a vingança, mas a paz!

6.2.5. REFERÊNCIA DOS PROFETAS:


a. Experiência profunda de Deus, o Deus do Êxodo, e de Sua presença (Is 52, 6; 58, 9; 65, 1);
Despertar a memória afetiva e crítica do povo + exigência: fidelidade á Aliança.

b. Experiência da realidade do Povo de Deus


= o pecado X santidade (Is 6,5);
= quebra da Alaiança = exclusão dos pobres (Dt 14, 29; 15, 1-11; 16, 11-14; 24, 14-22; Lv 25, 35-43; Is 1,
6; Jr 30,12-15; 14, 17-18; 15, 18)
= apelo dos pobres = clamor (Dt 15, 4.7)

6.2.6.CAMINHOS DO PROFETISMO
= Justiça:
- cumprir a vontade/Lei de Deus;
- ver o que está errado!
- atualizar a Torah (Lei);
- rei X Profeta
-mudar estruturas injustas = transformar a sociedade

= Solidariedade:
- após a Queda da Samaria (722 a.C.) = insistência na solidariedade;
- ser comunidade. Sem diferenças sociais. Sem opressão;
- base da vida durante o exílio na Babilônia (587 a.C. – 534 a. C.);
- mudar o relacionamento = renovar a Comunidade!

= Mística:
- combate à consciência de inferioridade dos pobres;
- combate à consciência de superioridade dos ricos;
- estímulo à Solidariedade = nasce do Amor de Deus!
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- proposta: “Nova Criação” = re-criar a imagem e semelhança de Deus no Ser Humano! (Is 65, 17-25);
- Mudar o modo de pensar = recriar a consciência do Ser Humano.

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