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2015
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Sumário
Introdução .................................................................................................................................................... 3
Funcionamento do Orçamento Público ..................................................................................................... 4
Como é Feito o Orçamento do Governo Federal ....................................................................................... 4
Orçamento Público .................................................................................................................................... 6
O Modelo Orçamentário da Constituição de 1988 .................................................................................... 7
O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual ................................................... 7
A Lei do Plano Plurianual (PPA) ............................................................................................................... 7
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)................................................................................................. 7
A Lei Orçamentária Anual (LOA) ............................................................................................................. 8
O Orçamento de Investimento das Empresas Estatais ............................................................................ 9
As Agências Oficiais de Fomento ............................................................................................................... 9
Resultado Orçamentário ............................................................................................................................. 9
Resultado Primário e Nominal ................................................................................................................... 9
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ................................................................................................. 11
O Processo de Elaboração do Orçamento Anual e do Plano Plurianual.............................................. 12
A Lei Orçamentária Anual na Prática .................................................................................................... 18
Elaboração da LOA ................................................................................................................................. 18
Classificações Orçamentárias .................................................................................................................. 21
As Despesas ........................................................................................................................................................ 21
As Receitas.......................................................................................................................................................... 30
Execução dos Recursos.............................................................................................................................. 39
Como Identificar Recursos no Siafi ......................................................................................................... 39
Detalhamento de Orçamento (Detaorc) ................................................................................................... 48
Estágios da Despesa ................................................................................................................................. 62
Empenho ..................................................................................................................................................... 62
Como Emitir Empenhos ...................................................................................................................................... 64
Empenho Siafi ..................................................................................................................................................... 64
Empenho Original ............................................................................................................................................... 64
Reforço de Empenho........................................................................................................................................... 74
Cancelamento de Empenho................................................................................................................................. 76
Pré - Empenho..................................................................................................................................................... 82
Empenho Siasg.................................................................................................................................................... 85
Empenho Siasg – Contrato Continuado .............................................................................................................. 96
Glossário de Termos Orçamentários ..................................................................................................... 107
Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 112
Legislação Orçamentária ........................................................................................................................ 112
Anexo I – Acesso ao Siafi e Pesquisa de Subelementos de Despesas .................................................. 114
Anexo II – Formulários para Indicação Orçamentária, Solicitação e Autorização de Empenho . 123
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INTRODUÇÃO
O orçamento público é o instrumento por meio do qual o governo estima as receitas que irá arrecadar
e fixa os gastos que espera realizar durante o ano. Trata-se de uma peça de planejamento, no qual as
políticas públicas setoriais são analisadas, ordenadas segundo sua prioridade e selecionadas para integrar
o plano de ação do governo, nos limites do montante de recursos passíveis de serem mobilizados para
financiar tais gastos.
O sistema orçamentário brasileiro é composto por três instrumentos principais: a Lei Orçamentária
Anual (LOA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA). O Plano Plurianual,
que vigora por quatro anos, estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração federal para as
despesas de capital e os programas de duração continuada, veiculando, portanto, um planejamento de
médio prazo. Já a LDO é elaborada anualmente e objetiva detalhar as metas e prioridades da
administração para o ano subseqüente e orientar a elaboração da lei orçamentária anual. A partir dos
parâmetros definidos pela LDO e em consonância com a programação do PPA, a LOA estima as receitas
e fixa as despesas de toda a administração pública federal para o ano subseqüente. O sistema orçamentário
brasileiro está definido nos arts. 165 a 169 da Constituição Federal. O sistema orçamentário
brasileiro tem três importantes dimensões, todas de interesse direto para a sociedade.
A primeira é a dimensão jurídica: o orçamento público tem caráter e força de lei, e enquanto tal
define limites a serem respeitados pelos governantes e agentes públicos – no tocante à realização de
despesas e à arrecadação de receitas. A elaboração e a aprovação do orçamento público seguem o
processo legislativo de discussão, emenda, votação e sanção presidencial como qualquer outra lei.
A segunda dimensão é a dimensão econômica. O orçamento público é basicamente o instrumento
por meio do qual o governo extrai recursos da sociedade e os injeta em áreas selecionadas. Esse processo
redistributivo não é neutro do ponto de vista da eficiência econômica e da trajetória de desenvolvimento
de longo prazo. Tanto os incentivos microeconômicos e setoriais, quanto as variáveis macroeconômicas
relativas ao nível de inflação, endividamento e emprego na economia são diretamente afetados pela gestão
orçamentária.
A terceira dimensão – a dimensão política – é corolário da dimensão econômica. Se o orçamento
público tem um inequívoco caráter redistributivo, o processo de elaboração, aprovação e gestão do
orçamento embute necessariamente perspectivas e interesses conflitantes que se resolvem em última
instância no âmbito da ação política dos agentes públicos e dos inúmeros segmentos sociais.
Essas três dimensões revelam que, em sentido amplo, o sistema orçamentário brasileiro compõe-se
não apenas de leis – como aquelas mencionadas acima – mas de todo um arcabouço institucional
composto de vários elementos: agentes políticos e entidades dos três Poderes; as relações entre esses
agentes e os eleitores e segmentos organizados da sociedade; e as regras formais e informais que
disciplinam essas relações e normatizam o processo decisório em torno do orçamento público.
Em poucas áreas das políticas públicas a qualidade da democracia revela-se tão claramente quanto
na área do orçamento público: a democracia é uma função direta da capacidade de segmentos organizados
da sociedade de acompanharem de modo ativo e informado o processo orçamentário, caso desejem fazê-
lo.
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O Decreto de Programação Orçamentária e Financeira das despesas de custeio e investimento dos órgãos
da Administração Pública é publicado no Diário Oficial da União. O decreto corresponde ao Orçamento
Geral da União, elaborado pelo poder Executivo e aprovado pelo Congresso Nacional. O boletim a seguir
irá explicar como é feito o Orçamento.
O que é o Orçamento?
O Orçamento Geral da União (OGU) é formado pelo Orçamento Fiscal, da Seguridade e pelo Orçamento
de Investimento das empresas estatais federais. É nele que o cidadão identifica a destinação dos recursos
recolhidos sob a forma de impostos. Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no
Orçamento. O OGU autoriza e as verbas são liberadas de acordo com a receita.
O PPA define as prioridades do governo por um período de quatro anos e deve conter "as diretrizes,
objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada". O PPA estabelece a ligação entre as prioridades
de longo prazo e a Lei Orçamentária Anual.
Saiba mais sobre o PPA 2012-2015 no endereço:
http://www.planejamento.gov.br/ministerio.asp?index=10&ler=s1086
A LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração do
Orçamento, dispõe sobre alteração na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das
agências financeiras de fomento. Com base na LDO a Secretaria de Orçamento Federal elabora a proposta
para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo
e Judiciário.
O governo define no Projeto de Lei Orçamentária Anual, as prioridades (PPA) e as metas a serem
atingidas naquele ano. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do Orçamento, mas nem tudo é
feito pelo Governo Federal. As ações dos governos estaduais e municipais devem estar registradas nas
respectivas leis orçamentárias, conforme define a Constituição do Brasil.
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Ele se baseia nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB), previsão de inflação e outros
parâmetros. Com base nestes cálculos, é estimada uma receita para o exercício seguinte e, de acordo com
ela, são definidos os gastos. Este projeto é levado ao Congresso, onde deputados e senadores discutem na
Comissão Mista de Orçamentos e Planos a proposta enviada pelo Executivo. Compete ao Congresso
remanejar os investimentos para as áreas e regiões consideradas prioritárias e estas alterações são
conhecidas como emendas parlamentares.
O Orçamento deve ser votado e aprovado até o final de cada legislatura. Depois de aprovado é sancionado
pelo Presidente da República e se transforma em Lei. Se durante o exercício financeiro houver
necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo
submete ao Congresso Nacional projeto de lei de crédito adicional.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada em 2000 pelo Congresso, introduziu novas responsabilidades
para o administrador público com relação aos orçamentos da União, dos Estados e municípios, como
limite de gastos com pessoal, proibição de criar despesas de duração continuada sem uma fonte segura de
receitas, entre outros. A Lei introduziu a restrição orçamentária na legislação brasileira e cria a disciplina
fiscal para os três poderes.
Se você está interessado em saber quais os recursos disponíveis para as obras de esgotos de sua rua, deve
verificar o orçamento da prefeitura de sua cidade. Se a sua preocupação for com a construção de uma
estrada vicinal em sua região, deve consultar o orçamento de seu Estado.
A União repassa 48% do produto da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) aos Fundos de Participação dos Estados e Municípios. Os governos estaduais
contam também, para financiar seus gastos, com 25% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) e com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
As prefeituras contam, além do repasse da União, feito de acordo com o número de habitantes de cada
cidade, definido pelo censo do IBGE, com os impostos municipais como o Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), com 25% da arrecadação do ICMS parcela da receita do Imposto Territorial Rural (ITR).
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Orçamento Público
Todos nós, muitas vezes sem percebermos, elaboramos em algum período de nossas vidas um orçamento
pessoal. Levantamos, um a um, nossos desejos de gastos com vestuário, alimentação, habitação, saúde,
diversão etc., e somamos os respectivos valores. Ao mesmo tempo, somamos a renda que esperamos
receber com salário, rendimentos financeiros, dividendos etc. e confrontamos o total apurado com a nossa
estimativa de gastos.
Como um dos problemas básicos da sociedade consiste na limitação dos recursos frente às suas
necessidades, é bem possível que o nosso desejo de realizar despesas seja superior às receitas que
esperamos receber. Por essa razão, devemos estabelecer um planejamento de nossos gastos, onde
elegemos as despesas prioritárias, ou seja, as mais importantes a serem realizadas, deixando de lado, ou
para outra oportunidade, aquelas que não consideramos tão essenciais.
No caso do setor governamental, esse planejamento é consubstanciado em lei e recebe o nome de
orçamento público. Nessa lei são listadas, para um determinado exercício, todas as despesas eleitas como
prioritárias pelos Poderes da República, bem como as estimativas das receitas previstas para serem
arrecadadas e que custearão aqueles gastos. Como exemplos de despesas públicas, podemos citar os
gastos com a manutenção dos órgãos (ministérios, autarquias etc.), com o sistema de saúde, com a
educação, com os investimentos, com o pagamento de juros e amortização da dívida pública.
Como exemplos de receitas públicas, temos aquelas originadas dos tributos cobrados das pessoas e das
empresas, da exploração do patrimônio, da prestação de serviços etc. e aquelas que envolvem a tomada de
recursos de terceiros (empréstimos ou operações de créditos) e as derivadas da venda de ativos
governamentais.
O orçamento público, juridicamente, materializa-se numa lei ordinária, de validade anual, que exprime,
em termos financeiros e técnicos, as decisões políticas na alocação dos recursos públicos, estabelecendo
as ações e programas prioritários para atender às demandas da sociedade. Além de permitir o controle das
finanças públicas, evitando que sejam realizados gastos não previstos, o orçamento público atua como
instrumento da programação de trabalho do governo como um todo, e de cada um de seus órgãos em
particular. O orçamento público, e bem dizendo, as despesas e as receitas nele contidas, afeta de várias
maneiras a vida dos cidadãos.
Do lado das despesas, verificamos que, dependendo do tipo de gasto, pode-se estar beneficiando mais um
segmento social do que outro. Por exemplo, os gastos com a saúde atendem mais às camadas sociais de
menor poder aquisitivo do que às mais bem remuneradas, que contam com planos de saúde particulares.
O mesmo pode-se dizer da educação pública fundamental.
Do lado das receitas, como elas advêm principalmente de tributos e contribuições, pode-se exigir maior
esforço fiscal de uma classe social do que de outra. Por exemplo, o imposto de renda da pessoa física, ao
isentar da tributação os indivíduos com renda mensal de até R$ 1.903,98 enquanto tributa os
demais com taxa de até 27,5% sobre a renda adicional recebida além desse limite, desonera grande parte
dos trabalhadores assalariados dessa incidência.
Esses pequenos exemplos ressaltam a importância da participação ativa de todos os cidadãos no processo
de elaboração orçamentária, pois é nele que são definidas as prioridades de gastos e a fonte dos recursos
extraídos da sociedade que os financiam.
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É uma lei ordinária, editada a cada quatro anos e, segundo dispõe o § 1º do art. 165 do texto
constitucional, “... estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas
aos programas de duração continuada”.
A elaboração do projeto de lei do PPA inicia-se no Poder Executivo, sendo coordenado pela Secretaria de
Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
(SPI/MPO). Esse projeto deve ser enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto do primeiro ano de
cada mandato presidencial e tem validade para um período de quatro exercícios financeiros. A sua
execução inicia-se no segundo ano do mandato presidencial e encerra-se no primeiro ano do mandato
presidencial subseqüente. O PPA veio substituir o antigo Orçamento Plurianual de Investimentos.
Comparativamente ao seu antecessor, que abrangia apenas três exercícios, o PPA apresenta, além do valor
das despesas de capital (construção de edificações públicas, estradas etc.), também as metas físicas a
serem atingidas por tipo de programa e ação, bem como lista as despesas de duração continuada (e.g.
benefícios previdenciários), condicionando toda a programação do orçamento ao planejamento de longo
prazo.
Por sua vez, é uma lei ordinária com validade apenas para um exercício. De acordo com o § 2º do art. 165
do texto constitucional, a LDO “compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações da legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras de fomento”.
Estabelece, assim, de forma antecipada, as diretrizes, as prioridades de gastos e as normas e parâmetros
que devem orientar a elaboração do projeto de lei orçamentária para o exercício seguinte (e.g., lista de
projetos prioritários, normas sobre convênios, fixação das metas de resultado primário, relação dos riscos
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fiscais).
As prioridades e metas definidas pela LDO para os programas e ações são apresentadas em anexo ao texto
legal, constituindo-se num detalhamento anual de metas estabelecidas no PPA e que foram selecionadas
para constar do projeto de lei orçamentária de cada exercício.
Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a LDO passou também a conter dois Anexos de
extrema importância para orientar o governo e a sociedade sobre a condução da política fiscal. Trata se do
Anexo de Metas Fiscais, onde são estabelecidos os resultados primários esperados para os próximos
exercícios, e que dão uma dimensão da austeridade dessa política; e o Anexo de Riscos Fiscais, onde são
enumerados os chamados passivos contingentes, ou seja, aquelas dívidas que ainda não estão
contabilizadas como tal, mas que, por decisão judicial, poderão vir a aumentar a dívida pública.
A elaboração do projeto da LDO inicia-se no Poder Executivo e o projeto é encaminhado até 15 de abril
de cada ano ao Congresso Nacional, devendo por este ser aprovado até 30 de junho, sob pena de não se
interromper o primeiro período da sessão legislativa.
No Poder Executivo, o órgão que coordena a elaboração desse projeto da LDO é a Secretaria de
Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) do Ministério da Fazenda (MF) também colabora na feitura desse documento,
principalmente nas questões relacionadas à dívida mobiliária federal e às normas sobre execução
orçamentária.
Cabe apontar que as normas de direito financeiro, baixadas pela Lei n.º 4.320 de 1964, são ainda as que
estabelecem as regras básicas de elaboração, execução e controle dos planos e orçamentos. Porém, face,
principalmente, aos novos comandos orçamentários introduzidos pela Constituição de 88, essa lei ficou
desatualizada.
Assim, diante da ausência da lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF, que viria a substituir a
referida lei, a LDO tem exercido também o papel de suprir as lacunas e imperfeições legais sobre a
matéria, atuando de forma a compatibilizar as normas infraconstitucionais com as disposições contidas no
texto da Lei Maior.
É igualmente uma lei ordinária com validade para cada exercício fiscal1. Consoante o § 5.º do art. 165 da
Constituição, essa lei deve conter três orçamentos:
O orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas
estatais. Os dois primeiros envolvem toda a programação de gastos dos Poderes da União, seus fundos,
autarquias e fundações. Em suma, abrangem toda a administração pública, direta e indireta. O orçamento
de investimentos das empresas estatais contém a previsão de investimentos das entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Os orçamentos fiscal e da
seguridade social listam todos os gastos da União, como os destinados à manutenção da máquina pública,
os desembolsos com saúde, educação, defesa, estradas, portos, benefícios previdenciários, folha de
pessoal, juros da dívida etc., bem como todas as receitas que são esperadas para serem arrecadadas.
Pela análise conjunta desses três instrumentos, depreende-se que a concepção do processo de
planejamento e orçamento no Brasil confere ao PPA, à LDO e à LOA uma atuação integrada, que pode
ser assim resumida: o PPA estabelece o planejamento de longo prazo, por meio dos programas e ações de
1
A possibilidade de inscrição de empenhos de despesas como restos a pagar num exercício seguinte
estende um pouco a validade dessa lei.
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governo, enquanto a LOA fixa o planejamento de curto prazo, ou seja, materializa anualmente as ações e
programas a serem executados por meio de projetos, atividades e operações especiais. À LDO, por sua
vez, cabe o papel de estabelecer a ligação entre esses dois instrumentos, destacando do PPA os
investimentos e gastos prioritários que deverão compor a LOA, e definir as regras e normas que orientam
a elaboração da lei orçamentária que irá vigorar no exercício seguinte ao da edição da LDO.
Resultado Orçamentário
Quando as receitas são superiores às despesas, dizemos que ocorre um superávit orçamentário; quando
acontece o contrário, dizemos que há um déficit e, quando os dois fluxos são iguais, dizemos que ocorre
um equilíbrio orçamentário.
Mas um ponto é importante. Os desequilíbrios e equilíbrios que efetivamente interessam são aqueles
decorrentes da confrontação das receitas próprias que o governo arrecada, em sua maioria derivada de
impostos, taxas, contribuições, aluguéis, alienações patrimoniais, serviços etc., com as despesas que
espera realizar.
Quando, por exemplo, há um déficit orçamentário e, ainda assim, o governo resolve realizar sua
programação de gastos, então será preciso recorrer a empréstimos junto ao setor privado, por meio de
operações de crédito ou emissão de títulos da dívida pública, para cobrir essa deficiência de recursos
próprios.
Como, do ponto de vista da escrituração, as operações de crédito integram a receita do governo, resulta
que, contabilmente e apenas contabilmente, o orçamento acha-se equilibrado.
Do mesmo modo, na hipótese de haver um superávit orçamentário, o equilíbrio será também
apenas do ponto de vista contábil, pois o excesso de receita terá como contrapartida a destinação de
recursos para o resgate da dívida pública.
Então, podemos concluir que o déficit aumenta a dívida pública e o superávit diminui esta mesma dívida.
Destaque-se, entretanto, que o resultado orçamentário difere conceitualmente dos chamados
resultados primário e nominal, calculados segundo a metodologia das Necessidades de Financiamento do
Setor Público (NFSP). Embora o resultado orçamentário seja importante, pois repercute nas apurações da
NFSP, não é suficientemente abrangente para mostrar um quadro completo da situação das finanças do
governo como os resultados primário e nominal.
O quadro que mais corretamente espelha a situação das contas públicas é denominado de
“Necessidades de Financiamento do Governo Central” ou NFGC, pois reflete a posição corrente das
contas públicas. Seu interesse é de maior importância para os analistas econômicos, organismos
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internacionais de crédito e outros agentes do mercado, pelo fato de retratar o comportamento das finanças
governamentais de forma mais abrangente que o resultado orçamentário.
Nesse quadro são apresentados os resultados primário e nominal do Governo Central, envolvendo as
informações de receitas e despesas contidas no orçamento da União, bem como o resultado das operações
do Banco Central, como autoridade monetária, em termos de pagamentos e recebimentos de juros.
Por resultado primário, entende-se a diferença, podendo ser positiva ou negativa, entre as receitas não
financeiras, arrecadadas no exercício, e as despesas não financeiras do mesmo período, previstas no
orçamento da União.
As receitas não financeiras compreendem, principalmente, os tributos, as contribuições sociais
e econômicas, as receitas diretamente arrecadadas por órgãos da administração indireta, as receitas
patrimoniais etc. Não se incluem nesta categoria as receitas de juros e as receitas de capital (receitas de
privatizações, de operações de crédito etc.).
Por sua vez, as despesas não financeiras referem-se ao conjunto de gastos com pessoal, previdência,
manutenção da máquina administrativa e investimentos. Não são computados nesta categoria os encargos
da dívida pública (juros e correção monetária e amortizações). Se a diferença for positiva, dizemos que há
um superávit primário e, se negativa, dizemos que há um déficit primário. Já o resultado nominal
expressa a mesma situação, mas considera no cálculo a diferença decorrente entre os juros ativos e os
juros passivos do Governo Central. Em outras palavras, se do valor apurado como resultado primário,
deduzirmos os valores dos juros nominais líquidos incorridos (juros ativos menos juros passivos),
obtemos o resultado nominal.
Há ainda dois importantes detalhes metodológicos: os juros considerados no quadro das NFGC são os
juros nominais incorridos porque, neste item, e apenas neste, os valores são calculados em regime de
competência (todas as demais receitas e despesas não financeiras são contabilizadas em regime de caixa).
Pelo regime de competência são considerados os juros devidos, ainda que não tenham sido pagos.
Os juros sobre a dívida mobiliária, contidos no orçamento, referem-se ao regime de caixa, ou seja, são
aqueles que são pagos, assim como as demais despesas. Essas são as razões pelas quais os valores
daqueles juros diferem daqueles contidos no orçamento.
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Até bem pouco tempo atrás, o desequilíbrio fiscal, ou seja, os gastos fiscais sistematicamente
superiores às receitas fiscais, predominou na administração pública brasileira. As conseqüências disso
para a sociedade foram bastante negativas, refletindo-se em inflação descontrolada, redução dos
investimentos, baixa taxa de crescimento econômico e perda de bem-estar social.
A recuperação da credibilidade do Estado tem sido possível com a geração de sucessivos superávits
primários, visando gerar recursos para o pagamento dos juros da dívida e, assim, contribuir para uma
evolução controlada do grau de endividamento do Estado. Como conseqüência, hoje vivenciamos uma
situação orçamentária tal que tem limitado a realização de investimentos por parte do Estado, bem como o
atendimento pleno das necessidades básicas da população mais carente, por gastos com saúde, educação,
moradia e saneamento.
Nesse contexto, a edição da Lei Complementar n.º 101/00, conhecida como Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) representa um marco institucional para delimitar a ação dos governantes e evitar que erros
de gestão orçamentária e financeira cometidos no passado tornem a se repetir. Seus dispositivos aplicam-
se a todos os gestores de recursos públicos e a todas as esferas de governo, nas diversas ações,
destacando-se, em particular, as regras que visam disciplinar os níveis de endividamento e os gastos com
pessoal.
Além disso, a Lei consagra a transparência da gestão como mecanismo de controle social, através da
exigência de publicação de relatórios, demonstrativos de execução orçamentária e a presença, em
audiência pública na CMO, de autoridades econômicas, de forma a fornecer à sociedade explicações de
política e um quadro mais preciso da utilização dos recursos que são colocados à disposição dos
governantes.
Entre as normas e princípios contidos na LRF, merecem destaque:
a) limites de gastos com pessoal: a lei fixa limites para essa despesa em relação à receita corrente líquida
para os Três Poderes e para cada nível de governo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios);
b) limites para o endividamento público: são estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do
Presidente da República, conforme previsto na Constituição;
c) definição de metas fiscais: resultados primários que deverão ser alcançados anualmente e indicativos
para os três exercícios seguintes;
e) mecanismo de compensação para despesas de caráter permanente: o governante não poderá criar
uma despesa continuada (prazo superior a dois anos), sem indicar uma fonte de receita ou uma redução de
outra despesa, de modo a manter o equilíbrio fiscal; e
f) mecanismo para controle das finanças públicas em anos de eleição: impede a contratação de
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO) no último ano de mandato e proíbe o
aumento das despesas com pessoal nos 180 dias que antecedem o final do mandato.
A fixação dessas novas regras, sem dúvida, está contribuindo para um controle permanente das finanças
públicas no Brasil e auxiliando na criação de pré-condições necessárias para a retomada sustentada do
crescimento econômico no País.
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primário fixado em lei. É evidente que, na medida em que as dúvidas sobre a receita esperada forem-se
dissipando, o governo pode rever as contingências das programações.
Transparece, assim, a necessidade de elaborar-se um orçamento realista, pois, em paralelo com as
finanças pessoais, ninguém consegue financiar indefinidamente seus gastos à custa de tomadas crescentes
de empréstimos junto a terceiros.
Porém, o esforço continuado em busca de um ajuste fiscal sustentado tem tido reflexos indesejados em
outros setores, principalmente os investimentos, cujos gastos têm crescido em proporção inferior ao que a
sociedade almeja. Isso ressalta como é grande a responsabilidade de todos na definição das metas de
resultado primário e como é difícil elaborar um orçamento em uma sociedade carente de investimentos de
infra-estrutura básica e de ações na área social.
Retornemos ao processo de elaboração do orçamento. Uma vez concluída a proposta, esta é
encaminhada ao Presidente da República, juntamente com uma Exposição de Motivos do Ministro
do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde são apresentadas as perspectivas da economia e das
finanças públicas para o exercício referido. Estando de acordo, o Presidente da República remete-a, em
forma de projeto de lei, ao Congresso Nacional, por meio de Mensagem Presidencial, até o dia 31 de
agosto de cada ano.
Como co-responsável e participante na elaboração dos instrumentos de planejamento e orçamento, cabe
ao Congresso Nacional analisar e aprovar os projetos de leis que compõem o processo orçamentário.
Os projetos relativos ao PPA, à LDO e à LOA são apreciados conjuntamente pelas duas Casas do
Congresso Nacional, cabendo à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO -
examinar e emitir parecer sobre os referidos projetos, também em sessão conjunta. Essa Comissão é
composta por 10 Senadores e 30 Deputados, com igual número de suplentes.
A forma constitucional prevista para a atuação do Congresso Nacional, em sua participação na elaboração
dos planos e orçamentos dá-se por meio de emendas aos referidos projetos de lei.
Nos planos e orçamentos, os parlamentares, por meio das emendas, procuram aperfeiçoar a proposta
encaminhada pelo Poder Executivo, visando a uma melhor alocação dos recursos públicos. Desse modo,
identificam as localidades onde desejam que sejam executados os projetos ou inserem novas
programações com o objetivo de atender às demandas das comunidades que representam.
As emendas parlamentares são sujeitas a restrições de diversas ordens. A norma constitucional, conforme
art. 166, § 3.º, estabelece as regras fundamentais para a aprovação de emendas parlamentares ao projeto
de lei orçamentária anual, quais sejam:
I. não pode acarretar aumento na despesa total do orçamento, a menos que sejam identificados omissões
ou erros nas receitas, devidamente comprovados;
II. é obrigatória a indicação dos recursos a serem cancelados de outra programação, já que normalmente
as emendas provocam a inserção ou o aumento de uma dotação;
III. não pode ser objeto de cancelamento as despesas com pessoal, benefícios previdenciários, juros,
transferências constitucionais e amortização de dívida;
V. examinar e emitir parecer sobre os PLs do Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias, Orçamento
Anual, Créditos Adicionais e Extraordinários e Contas apresentadas pelo Poder Executivo, que incluirá,
além das suas, as relativas aos outros Poderes e ao Ministério Público (ao Tribunal de Contas da União –
TCU - cabe emitir parecer prévio sobre essas contas);
VI. examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais;
VII. examinar e emitir parecer sobre a execução orçamentária e financeira, informações do TCU sobre
obra com indício de gestão irregular, a gestão fiscal dos órgãos, a avaliação quadrimestral das metas
fiscais, os contingenciamentos e a avaliação do impacto fiscal das políticas monetária, creditícia e
cambial.
As emendas parlamentares obedecem a dois níveis de intervenção: as emendas individuais, que podem
atingir um máximo de 25 emendas por parlamentar, e as emendas coletivas - no máximo 8. Essas se
subdividem em emendas de bancadas estaduais, regionais e emendas de comissões permanentes do
Senado e da Câmara dos Deputados.
A Resolução n.º 01/2006 prevê também a edição anual de um Parecer Preliminar, votado pela CMO, logo
após a chegada do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso, onde são definidas normas
adicionais a serem observadas pelos parlamentares no processo de intervenção no PLOA.
O Parecer Preliminar destaca também todas as restrições a que estão sujeitos os parlamentares no
processo de intervenção no orçamento. Em particular, delimita essa ação tendo em vista a existência de
recursos com aplicação vinculada (ex.: receitas da seguridade social devem ser aplicadas apenas nesse
segmento orçamentário).
Desse modo, não se pode destacar recursos dessa esfera para acolher emenda que trate de gasto típico do
orçamento fiscal. Em outras situações a aprovação de emendas está vinculada ao remanejamento dos
recursos dentro de uma mesma região.
Nesse sentido, a despeito de o valor total do projeto de lei orçamentária ser bastante expressivo, a verdade
é que a grande maioria dos recursos apresenta algum tipo de vinculação ou restrição legal, o que faz com
que a margem de remanejamento livre pelo Congresso Nacional seja bastante modesta.
Conforme apontado, os recursos para o acolhimento de emendas, além de provir dos cancelamentos de
dotações que estão fixadas no projeto, podem também se originar de eventual reestimativa de receitas,
desde que devidamente fundamentada, e proveniente de erros ou omissões expressamente identificados.
Em outras palavras, se o Congresso Nacional demonstrar, de forma inequívoca, que as receitas estimadas
estão fundamentadas em hipóteses irrealistas e cujos valores ficarão abaixo daqueles que provavelmente
serão realizados, então esse Poder poderá utilizar a diferença para financiar o acolhimento de emendas.
Somente nessa situação a Constituição admite o aumento do total de despesas do orçamento,
relativamente aos valores enviados no Projeto de Lei pelo Poder Executivo.
Pela Resolução n.º 01/2006, a CMO pode organizar os seus trabalhos de análise do PL e apreciação das
emendas em até dez áreas temáticas, envolvendo diversos setores.
Os trabalhos da CMO para a apreciação do Orçamento de 2015 foram desse modo, estruturados em 10
Relatorias Setoriais, a saber: 1) Poderes do Estado e Representação; 2) Justiça e Defesa; 3) Fazenda,
Desenvolvimento e Turismo; 4) Agricultura e Desenvolvimento Agrário; 5) Infra-Estrutura; 6) Educação,
Cultura, Ciência e Tecnologia e Esporte; 7) Saúde; 8) Trabalho, Previdência e Assistência Social; 9)
Integração Nacional e Meio-ambiente, 10) Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
A apreciação das emendas dá-se inicialmente no âmbito dessas relatorias, cujos relatórios são discutidos e
votados separadamente no plenário da Comissão Mista.
A harmonização dos relatórios setoriais e sua consolidação são feitas pelo Relator-Geral, que submete o
seu Parecer, com o respectivo Substitutivo (ou seja, o Projeto de Lei Modificado pelas emendas
15
parlamentares), ao Plenário da CMO. Após a aprovação por esta Comissão, o substitutivo segue para a
apreciação pelo Plenário do Congresso Nacional.
Uma vez aprovado o substitutivo pelo Plenário do Congresso, agora chamado de autógrafo, este é
enviado ao Presidente da República para sanção e publicação da lei orçamentária, dentro de um prazo
máximo de quinze dias úteis. Ocorrendo vetos, o Congresso terá trinta dias para apreciá-los, podendo
torná-los sem efeito, caso seja esta a decisão da maioria dos congressistas.
Após a metade da década de 1990, a CMO tem aperfeiçoado os mecanismos de controle,
procurando evitar que projetos que contenham indícios de irregularidades na gestão sejam
aquinhoados com novas dotações orçamentárias.
Para tanto, tem contado com a cooperação do TCU que, após 30 dias do envio da PLOA, envia ao
Congresso Nacional uma relação das obras que estejam nessa situação. Ao elaborar o substitutivo, a CMO
lista essas programações em anexo específico, suspendendo a sua execução orçamentária até que o gestor
comprove a adoção de medidas saneadoras. Feito isto, e se a CMO concluir pela correção das
providências, essa expede um projeto de Decreto Legislativo, que deverá ser aprovado pelo Congresso
Nacional, liberando a execução das referidas programações.
O processo de apreciação de projetos de créditos adicionais e do PPA segue as mesmas linhas do
empregado no PLOA.
O Brasil reúne condições especiais que o diferenciam da grande maioria dos países do mundo. Assim, o
país possui uma base industrial diversificada, uma produção agropecuária extremamente competitiva e
ainda pode contar com a disponibilidade de recursos naturais (terra e água) e energéticos (petróleo e
fontes renováveis como hidroeletricidade e etanol).
Ademais, ainda possui um expressivo contingente populacional a ser incorporado ao mercado de
consumo.
A estratégia que se coloca no horizonte do PPA 2012-2015, portanto, consiste em utilizar todas estas
potencialidades como base para alcançar um patamar de desenvolvimento centrado no progresso técnico e
na redução das desigualdades.
A preservação do padrão de desenvolvimento baseado no crescimento sustentado com inclusão social
requer que, ao longo do período do PPA 2012-2015, sejam enfrentados novos desafios que emergem de
um novo contexto internacional e das profundas transformações em andamento na sociedade e na
economia brasileira. Dentre estes desafios, estão: a compatibilização das taxas de juros e câmbio com os
objetivos de crescimento e estabilidade macroeconômica, ampliação das fontes de financiamento de longo
prazo, aperfeiçoamento do sistema tributário, redução das desigualdades, erradicação da pobreza extrema
e dinamização do mercado interno, elevação do investimento, ampliação da oferta e eficiência da rede de
infra-instrutora, aproveitamento das oportunidades do pré-sal e fomento à inovação.
A consolidação do padrão de desenvolvimento baseado no crescimento e na manutenção do ambiente
macroeconômico estável pressupõe que se evolua para uma taxa de juros básica e margens bancárias
semelhantes às praticadas nos demais países, o que, sem prejuízo da estabilidade de preços, propiciará um
menor custo de acesso ao crédito para consumo e investimento. Por sua vez, a taxa de câmbio deve
evoluir no período para um patamar que possibilite harmonizar os objetivos de controle da inflação,
melhoria distributiva, elevação da competitividade e redução da vulnerabilidade externa.
O outro desafio que se coloca para a economia brasileira consiste em elevar as fontes privadas de
financiamento para os projetos de longo prazo com destaque para o aprofundamento do mercado de
capitais e de crédito. Cabe ressaltar que a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF) nesse financiamento de
longo prazo continuará sendo fundamental, mas se reduzirá com o fortalecimento de fontes privadas de
financiamento.
A simplificação do regime tributário capaz de estimular a produção e o investimento também se coloca
16
como outro desafio. Por outro lado, deve-se buscar uma maior progressividade do sistema como forma de
acentuar a dinâmica em curso de distribuição da renda.
O aprofundamento do modelo de consumo e produção de massa também será perseguido durante o
período de 2012 a 2015. Desta forma, pelo lado da demanda, buscar-se-á o aprofundamento do processo
de redução das desigualdades por meio das políticas de transferência de renda, valorização do salário
mínimo, expansão dos postos de trabalho formais e inclusão produtiva. Neste contexto, ganha importância
o desafio da erradicação da pobreza extrema com o Plano Brasil Sem Miséria que possibilitará a
incorporação de um contingente ainda maior de brasileiros ao mercado interno. Cabe apontar que a
estratégia de dinamização do mercado interno deve ainda ser ancorada em uma forma de produção e
consumo ambientalmente sustentáveis.
A expansão das taxas de investimentos no horizonte do PPA 2012-2015 se apresenta como outro desafio
para sustentação do ciclo de crescimento econômico e consolidação do modelo de consumo e produção de
massa. Neste contexto, no período de 2012-2015, a elevação das taxas de investimento viabilizará a
expansão da produção com geração de emprego e elevação da produtividade e competitividade sistêmicas
da economia.
A dinamização, sobretudo dos investimentos em infraestrutura durante o período do PPA 2012-2015,
possibilitará superar os gargalos para o setor produtivo que poderiam inviabilizar a sustentação do
crescimento - especialmente nos setores de energia, transporte rodoviário, ferroviário, portos, aeroportos e
nas condições de armazenagem.
A constituição de uma adequada e eficiente rede de infraestrutura promoverá uma redução dos custos e
melhoria da competitividade das empresas nacionais no mercado internacional. Ademais, os
investimentos em infraestrutura terão um rebatimento direto sobre as condições sociais de vida da
população como, por exemplo, no caso da melhora da mobilidade urbana e da universalização do acesso à
energia - Luz para Todos - e aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
A ampliação dos investimentos em infraestrutura será perseguida durante o período do plano por meio da
continuidade do PAC. Há significativas oportunidades de inversões para reforçar nossa infraestrutura,
como destacado no lançamento da segunda fase do PAC, em que foi reafirmado o compromisso com o
desenvolvimento econômico e com o combate às desigualdades, enfatizado o eixo de infraestrutura social-
urbana.
A possibilidade de exploração das novas reservas de petróleo e gás nos campos do présal também
provocará uma significativa expansão dos investimentos. Além do mais, permitirá reduzir a
vulnerabilidade externa do país com afluxo, no primeiro momento, dos investimentos diretos para a
cadeia produtiva do setor e, no segundo momento, pelo acúmulo de divisas oriundas da exploração dos
recursos naturais.
A exploração e utilização dos recursos do pré-sal despontam como outro desafio referente ao
aproveitamento desta possibilidade para consolidar uma cadeia produtiva de conteúdo nacional. Por sua
vez, outro desafio está associado à destinação de parte dos recursos oriundos da exploração do pré-sal
para a educação, ciência e tecnologia, saúde, meio ambiente e combate à pobreza. Cabe ressaltar ainda
que as possibilidades abertas pelo pré-sal não impedirão que o país amplie esforços na direção da
utilização crescente das fontes de energia limpa e renovável.
O progresso científico e tecnológico se apresenta como outro importante desafio a ser enfrentado pelo
PPA 2012-2015 devido ao contexto internacional de aceleração das transformações tecnológicas –
especialmente nas áreas de tecnologia da informação, nanotecnologia e biotecnologia. Neste sentido,
observa-se uma transformação contínua de processos e produtos e o acirramento da concorrência
internacional por mercados, o que amplia a necessidade de intensificar os esforços nacionais em Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação (PD&I) como forma de reduzir o hiato econômico em relação às economias
desenvolvidas.
O país conseguiu estruturar um sistema de ciência e tecnologia amplo e logrou avanços expressivos em
algumas áreas como no caso do setor agrícola e energético. Contudo, apesar dos avanços, observa-se que
a emergência de novos paradigmas tecnológicos tende a ampliar o hiato tecnológico em relação às
17
economias avançadas.
Neste contexto, colocam-se importantes desafios para o país como: a elevação do investimento do setor
privado em PD&I, a criação de um Sistema Nacional de Inovação com capacidade de articular empresas,
universidades e agentes financiadores e a promoção de uma forte desconcentração regional das atividades
científica e tecnológica. Ademais, todo esforço de ampliação dos investimentos em PD&I deve ser
orientado para as especificidades da realidade brasileira em termos de estrutura demográfica e de renda,
bem como condições climáticas e epidemiológicas.
O enfrentamento adequado dos desafios ao longo do Plano Mais Brasil possibilitará ao país atingir o
cenário desejado de dinamismo econômico, a melhor distribuição de renda e riqueza, a erradicação da
pobreza e a confirmar a inserção econômica internacional ativa.
18
Elaboração da LOA
Para apresentar o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, vamos dividir o conteúdo em
etapas:
1) A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) distribui o montante de recursos a ser alocado nos órgãos
setoriais do Poder Executivo. Para os poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público da União e
Defensoria Pública da União (DPU), os limites de gastos são definidos na LDO.
2) Os ministérios realizam a distribuição dos recursos a cada Unidade Orçamentária (UO) pertencente a
sua estrutura. No caso das Universidades Federais de Ensino, o Ministério da Educação distribui os
valores para as instituições de acordo com a Matriz de Orçamento de Outros Custeios e Capital – Matriz
OCC, elaborada de acordo com critérios estabelecidos no Decreto Nº 7.233 de 19 de Julho de 2010 e
Portaria 651 de 24 de Julho de 2013.
Conforme artigo nº 4 do Decreto Nº 7.233/2010:
“Na elaboração das propostas orçamentárias anuais das universidades federais, o Ministério da Educação deverá observar
matriz de distribuição, para a alocação de recursos destinados a despesas classificadas como Outras Despesas Correntes e de
Capital.
§ 1o A matriz de distribuição será elaborada a partir de parâmetros definidos por comissão paritária, constituída no âmbito
do Ministério da Educação, integrada por membros indicados pelos reitores de universidades federais e por aquele Ministério.
§ 2o Os parâmetros a serem definidos pela comissão levarão em consideração, entre outros, os seguintes critérios:
I - o número de matrículas e a quantidade de alunos ingressantes e concluintes na graduação e na pós-graduação em cada
período;
II - a oferta de cursos de graduação e pós-graduação em diferentes áreas do conhecimento;
III - a produção institucionalizada de conhecimento científico, tecnológico, cultural e artístico, reconhecida nacional ou
internacionalmente;
IV - o número de registro e comercialização de patentes;
V - a relação entre o número de alunos e o número de docentes na graduação e na pós-graduação;
VI - os resultados da avaliação pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, instituído pela Lei no
10.861, de 14 de abril de 2004;
VII - a existência de programas de mestrado e doutorado, bem como respectivos resultados da avaliação pela Fundação
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES; e
VIII - a existência de programas institucionalizados de extensão, com indicadores de monitoramento.”
3) As UOs, por sua vez, são encarregadas de alocar os valores recebidos nas ações orçamentárias e
rubricas de despesas conforme planejamento interno de cada instituição. Este procedimento é denominado
Proposta Orçamentária das UOs que, em conjunto, dão origem à proposta orçamentária total dos
respectivos ministérios.
19
5) Após sanção presidencial, é publicada a Lei Orçamentária Anual (LOA), onde estão discriminados
os valores correspondentes a cada unidade orçamentária. O acesso à Lei Orçamentária Anual de cada
exercício pode ser realizado por uma consulta ao site do Ministério do Planejamento ou da Câmara
dos Deputados, através dos links
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/sof/LOA%202015/150520_LOA_2015_
Volume_5.pdf e
http://www.camara.gov.br/internet/comissao/index/mista/orca/orcamento/OR2015/red_final/vol5/262
56_26273.pdf
20
Este documento é denominado Quadro de Detalhamento das Despesas (QDD), no qual constam os valores
detalhados por categoria de despesa: Pessoal, OCC - Outros Custeios e Capital, Benefícios e Recursos
Próprios.
O Orçamento de Pessoal e Benefícios é considerado de execução obrigatória, ou seja, são os recursos
previstos para atender o pagamento de despesas com pessoal (vencimentos, vantagens, encargos sociais,
aposentadorias, pensões e outros), e os benefícios com as despesas de auxílio alimentação, auxílio
transporte, assistência pré-escolar, assistência médica e odontológica.
Sendo o OCC – Outros Custeios e Capital consideradas despesas discricionárias, ou seja, aquelas
destinadas a atender as despesas com o funcionamento, manutenção, assistência estudantil, capacitação,
modernização e recuperação da infra-estrutura, funcionamento dos cursos, extensão, pesquisa e outros.
Os Recursos Próprios constituem os recursos arrecadados provenientes de serviços administrativos,
educacionais, de estudos e pesquisas, serviços hospitalares, convênios com os centros de estudos dos
cursos de extensão e especialização como também com convênios celebrados com outros órgãos de
fomento, Secretaria Estadual e Municipal da Saúde, Prefeitura e outros, são destinados a atender os gastos
provenientes dos serviços e convênios acima citados.
21
Classificações Orçamentárias
AS DESPESAS
Como podemos observar, o QDD é estruturado a partir de códigos, que constituem as classificações das
despesas públicas. Estas, por sua vez, podem ser analisadas das seguintes maneiras:
Portanto, antes de consultar este documento, será necessário entender alguns conceitos, que serão
explicados nas próximas páginas.
Exemplo: 26.262 – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em que o número 26 representa o
Ministério da Educação e os demais (262) a Unifesp.
Logo após os códigos referentes ao órgão e unidade, estão listadas as demais classificações da despesa
orçamentária, bem como a fonte de recursos:
demonstrado a seguir.
Para explicar este conceito, usaremos como exemplo o Plano de Trabalho referente à Ação “20RK:
Funcionamento de Instituições Federais de Ensino Superior”, que é a principal ação orçamentária
utilizada pela universidade para a execução das despesas de manutenção (serviços de limpeza, vigilância,
telefonia, energia elétrica, pagamento de bolsas, etc):
12.364.2032.20RK.0035, em que:
12. Função: Ministério da Educação
364. Subfunção: Educação Superior
2032. Programa: Educação Superior – Graduação, Pós-Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão
20RK: Ação Orçamentária: Funcionamento de Instituições Federais de Ensino Superior
0035: Localizador da Ação Orçamentária: No Estado de São Paulo
10 Orçamento Fiscal
20 Orçamento da Seguridade
Social
30 Orçamento de Investimento
- Orçamento Fiscal (código 10): referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
- Orçamento da Seguridade Social (código 20): abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público; e
- Orçamento de Investimento (código 30): orçamento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
O § 2o do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
A classificação por função, ou funcional, procura identificar a área de atuação característica do
órgão/unidade em que as despesas serão executadas, fornecendo a alocação dos recursos públicos por
24
finalidade de gasto.
A classificação funcional da despesa é constituída por cinco dígitos, correspondentes a códigos de funções
e subfunções: a função representa o maior nível de agregação da classificação da despesa por finalidade e
está relacionada ao respectivo Ministério. A subfunção, por sua vez, é um detalhamento da função.
Assim, para as despesas a serem executadas com recursos provenientes do Ministério da Educação, para
o Ensino Superior, utilizaremos a Função 12- Educação e a Subfunção 364- Ensino superior, resultando
na classificação 12.364.
3 – Despesas correntes
3 - Outras despesas correntes
90 – Aplicações diretas
39 – Serviços de terceiros – pessoa jurídica
78 – Serviços de limpeza
Para entender a codificação acima, vamos recorrer às definições constantes dos artigos 12 e 13 da Lei n.
4.320/1964 e Portaria Interministerial Nº 163/2001. Representado os códigos identificadores da natureza
da despesa de forma genérica, teríamos a seguinte estrutura:
X Categoria Econômica;
X Grupo de Natureza da Despesa;
XX Modalidade de Aplicação;
XX Elemento de despesa;
XX Subitem da natureza da despesa
Categoria econômica
A categoria econômica é classificada como:
3 - Despesas Correntes: despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um
bem de capital.
4 - Despesas de Capital: despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem
de capital.
25
2
O conteúdo deste item foi extraído na íntegra da Portaria Interministerial Nº 163/2001
26
Elementos de despesa3
01 - Aposentadorias do RPPS, Reserva Remunerada e Reformas dos Militares (40)(A) (52)(A) 03 -
Pensões, exclusive do RGPS (52)(A)
04 - Contratação por Tempo Determinado
05 - Outros Benefícios Previdenciários do RPPS (52)(A)
06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
08 - Outros Benefícios Assistenciais
09 - Salário-Família
10 - Seguro Desemprego e Abono Salarial (52)(A)
11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar
13 - Obrigações Patronais
14 - Diárias - Civil
15 - Diárias - Militar
16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
18 - Auxílio Financeiro a Estudantes
19 - Auxílio-Fardamento
20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores
21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
3
O conteúdo deste item foi extraído na íntegra da Portaria Interministerial Nº 163/2001
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CÓDIGO DESCRIÇÃO
0 Recursos não destinados à contrapartida
1 Contrapartida de empréstimos do BIRD
2 Contrapartida de empréstimos do BID
3 Contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque setorial amplo
4 Contrapartida de outros empréstimos
5 Contrapartida de doações
6 Recursos não destinados à contrapartida, para identificação dos recursos
destinados à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde
Fonte: Manual Técnico do Orçamento, 2015
Identificador de Resultado Primário (RP)
Os códigos referentes ao Identificador de Resultado Primário indicam se os recursos serão destinados à
realização de despesas primárias ou financeiras, de acordo com as classificações constantes no Artigo 7º
da LDO 2015: Lei 13.080 de 02/01/2015:
I - financeira (RP 0);
II - primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da meta, sendo:
a) obrigatória, quando constar da Seção I do Anexo III (RP 1);
b) discricionária não abrangida pelo PAC (RP 2);
c) discricionária abrangida pelo PAC (RP 3); ou
d) discricionária decorrente de programações incluídas ou acrescidas por emendas individuais (RP 6).
III - primária constante do Orçamento de Investimento e não considerada na apuração do resultado
primário para cumprimento da meta, sendo:
a) discricionária e não abrangida pelo PAC (RP 4); ou
b) discricionária e abrangida pelo PAC (RP 5).
30
AS RECEITAS
A receita pública é o conjunto de recursos que o governo espera arrecadar para custear as despesas que
pretende realizar. Se excluídas a emissão de títulos para o refinanciamento da dívida pública e as
operações de crédito para cobrir eventuais déficits orçamentários, a receita é arrecadada em sua maioria de
forma compulsória, principalmente por meio de impostos e contribuições sociais.
Para efeito orçamentário, as receitas do orçamento fiscal e da seguridade são classificadas segundo a
categoria econômica, subdividindo-se em receitas correntes (tributos, contribuições, receitas de serviços,
incluindo os juros recebidos, receitas patrimoniais etc.) e de capital (empréstimos obtidos junto ao setor
privado, retorno de operações de crédito concedidas ao setor privado, alienação de ativos etc.)
Os principais itens são: a) tributária (impostos e taxas); b) contribuições sociais e econômicas; c) serviços;
d) patrimonial; e) emissão de títulos para refinanciamento da dívida; f) operações de crédito contraídas
junto ao setor privado; g) alienação de bens; h) demais receitas correntes; e i) demais receitas de capital.
Cabe destacar que, como as receitas de contribuições sociais (contribuição ao INSS,
contribuição sobre o faturamento - COFINS, contribuição sobre o lucro líquido - CSLL, etc.) são
insuficientes para atender à totalidade dos gastos com a seguridade social (previdência e assistência
social) há transferências de recursos, do orçamento fiscal para o orçamento da seguridade social.
Um ponto importante: como o ajuste fiscal feito pelo governo para gerar o superávit primário foi
construído em grande parte sobre o aumento das contribuições sociais, houve a necessidade de ser
aprovada uma emenda constitucional (EC n.º 27/00) desvinculando os recursos da seguridade social
(DRU), pois, de outro modo, os recursos teriam que ser integralmente gastos nessa finalidade.
A classificação das receitas públicas a ser utilizada por todos os Entes da Federação obedece à
padronização estabelecida pela Portaria Interministerial SOF/STN Nº 163, de 4 de maio de 2001, sendo
facultativo o desmembramento para atendimento das respectivas peculiaridades.
Conforme Ementário de Classificação das Receitas Orçamentárias da União, elaborado pela SOF, as
receitas classificam-se de acordo com os seguintes critérios4:
1. Natureza da Receita;
2. Fonte de Recursos;
3. Grupos;
2 O conteúdo desta seção foi reproduzido integralmente do Ementário de Classificação das Receitas
Orçamentárias da União, 2015, que pode ser consultado no endereço eletrônico
http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias/arquivos-receitas-publicas/receitas-
publicas
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Categoria Econômica
Origem
Espécie
Rubrica
Alínea
Subalínea
C O E R AA SS
1 1 1 2 04 10
Pessoas Físicas
Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza
Impostos sobre o Patrimônio e a Renda
Impostos
Receita Tributária
Receita Corrente
A classificação da receita por natureza visa a identificar a origem do recurso segundo o fato gerador.
A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres públicos, esta
classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que a subdivide em seis níveis - Categoria
Econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea:
C O E R AA SS
Categoria
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea
Econômica
Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a receita
pública correspondente na Natureza de Receita código “1112.04.10”, segundo esquema abaixo:
Categoria econômica
CÓDIGO CATEGORIA
O1 ECONÔMICA
Receitas Correntes
2 Receitas de Capital
32
1 - Receitas Correntes:
Origem
Espécie
É o nível de classificação vinculado à Origem que permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das
receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária, identifica-se as espécies “Impostos”, “Taxas”
e “Contribuições de Melhoria”.
Rubrica
Agrega determinadas espécies de receitas cujas características próprias sejam semelhantes entre si; dessa
forma, detalha a espécie, por meio da especificação dos recursos financeiros que lhe são correlatos.
Exemplo: A Rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a Renda” é detalhamento da Espécie “Impostos”.
Alínea
A alínea é o detalhamento da Rubrica e exterioriza o “nome” da receita que receberá o registro pela
entrada de recursos financeiros.
Exemplo: A Alínea “Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza” é o detalhamento da
Rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a Renda”.
Subalínea
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, utilizado quando há necessidade de se detalhar a
Alínea com maior especificidade.
Exemplo: A subalínea “Pessoas Físicas” é detalhamento da Alínea “Impostos sobre a Renda e Proventos
de Qualquer Natureza”.
Essa classificação orçamentária busca identificar as origens dos ingressos financeiros que financiam os
gastos públicos. Determinadas Naturezas de Receita, são agrupadas em Fontes de Recursos obedecendo a
uma regra previamente estabelecida. Por meio do orçamento público, essas Fontes são alocadas em
determinadas despesas de forma a evidenciar os meios para atingir os objetivos públicos.
Frente ao exposto, é a classificação que permite demonstrar a correspondência entre as fontes de
financiamento e os gastos públicos, pois exterioriza quais são as Receitas que financiam determinadas
Despesas.
A classificação de fonte de recursos consiste de um código de três dígitos:
1º DÍGITO 2º e 3º DÍGITOS
Grupo Fontes de Recursos Especificação das Fontes de Recursos
Exemplos:
1 Recursos do Tesouro -
Exercício Corrente; Fonte Recursos do Tesouro - Exercício Corrente (1);
100 Recursos Ordinários (00);
2 Recursos de Outras Fonte Recursos do Tesouro - Exercício Corrente (1);
Fontes - Exercício Corrente; 152 Resultado do Banco Central (52);
5
O conteúdo desta seção foi reproduzido integralmente do Ementário de Classificação das Receitas
Orçamentárias da União, 2015, que pode ser consultado no endereço eletrônico
http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias/arquivos-receitas-publicas/receitas-
publicas
36
Classificam-se neste grupo, segundo o art. 4º da Portaria SOF nº 10, de 22 de agosto de 2002, receitas
cuja arrecadação tem origem no esforço próprio de órgãos e demais entidades nas atividades de
fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração econômica do próprio patrimônio e
remunerada por preço público ou tarifas, bem como o produto da aplicação financeira desses recursos.
Geralmente, têm como fundamento a bilateralidade, cuja natureza é contratual, e, por isso, criam
obrigações recíprocas para as partes contratantes. Via de regra, são amparadas pelo Código Civil e
legislação correlata.
São recursos que, por um lado, não possuem destino específico e, por isso, não são vinculadas por lei à
determinada despesa; por outro, pertencem à Unidade Orçamentária Arrecadadora.
São arrecadadas por meio de Guia de Recolhimento da União - GRU e depositadas na Conta Única do
Tesouro no Banco Central*.
*
CF/88, art. 164, §3o: “As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central”. O dia
considerado como “Data de Recolhimento” é aquele no qual o recurso ingressa efetivamente no Banco
Central.
37
Contribuições Sociais
Para integrarem o Orçamento da Seguridade Social, devem cumprir dois requisitos básicos:
1 - Quanto à origem, a norma constitucional ou infraconstitucional instituidora deve explicitar que a
receita se destina ao financiamento da Seguridade Social; e
2 - Quanto à finalidade, a receita criada deve ser destinada para as áreas de saúde, previdência ou
assistência social.
38
A partir de agora vamos procurar no Siafi o crédito consignado na LOA no Plano de Trabalho (PT)
12.364.2032.20RK.0035, referente à ação Funcionamento de Instituições Federais de Ensino Superior,
que está destacada na figura abaixo. Ou seja, precisamos encontrar no Siafi um recurso com PT
12.364.2032.20RK.0035, com a seguinte estrutura orçamentária:
Esfera: F - Fiscal (F, que é o mesmo que esfera 1)
Grupo de Natureza da Despesa (GND): 3 – ODC (Outras Despesas Correntes)
Resultado Primário (RP): 2
Modalidade de aplicação: 90
IU: 0
Fonte: 112
6
As orientações para acessar o sistema Siafi estão descritas no ANEXO I
40
Quando um recurso ingressa no Siafi, é registrado na conta crédito disponível. Portanto, é esta conta que
iremos procurar.
Para realizar uma pesquisa, utilizamos códigos/transações, que são precedidos pelo símbolo >. Para
acessar uma conta contábil, a transação a ser utilizada é denominada conrazao. Então escrevemos no
campo COMANDO a palavra conrazao precedida do símbolo >:
Teclar Enter
41
Preencher os campos conta contábil e o mês. A conta crédito disponível é representada pelo código
622110000 (este número é encontrado no Siafi utilizando-se a transação >conconta).
Teclar Enter
42
A figura a seguir mostra como os créditos consignados na LOA são apresentados no Siafi. Podemos
observar que a estrutura do Siafi é totalmente diferente daquela encontrada no QDD e, por este motivo,
precisamos encontrar uma forma de compatibilizar estas informações. A ferramenta que viabiliza este
processo é o Programa de Trabalho (PT), um conceito imprescindível para a compreensão do orçamento,
uma vez que permite a decodificação dos recursos no Siafi a partir das informações contidas na LOA.
Cada linha na figura representa uma conta corrente. Utilizando como exemplo a conta em destaque,
temos que:
N 1 086744 0112000000 339000 30.545.290,90
Indicador da Lei Calmon Esfera Programa Fonte de Natureza da Valor
Orçamentária de recursos despesa
Trabalho
Resumido
(Ptres)
No Siafi, o Programa de Trabalho é registrado de forma resumida, que denominamos Ptres. Prosseguindo
com o exemplo do PT 12.364.2032.20RK.0035, o Ptres correspondente é 086744, ou seja, o terceiro
campo da linha (conta corrente) destacada na figura.
Como identificar um Ptres a partir do Plano de Trabalho?
No Siafi há uma transação (>conptres) que permite este tipo de consulta:
43
Enter
Enter
Na tela acima aparecem seis opções de PTRES (043503, 061034,086744, 094206, 078634 e 097816) para
o Programa de Trabalho 12364203220RK0035. Como saber qual a opção correta?
Para responder a esta questão, vamos voltar ao documento original do qual extraímos o Plano de
Trabalho, que é o QDD:
45
Em primeiro lugar, devemos observar a coluna RES LEI (Resultado de Lei), na tela do Siafi. Este termo
significa o mesmo que Resultado Primário (RP) que consta no QDD.
O recurso que estamos procurando está no RP 2. Portanto, podemos eliminar as duas alternativas que
estão relacionadas ao RP 6 no Siafi.
A análise das alternativas restantes requer informações mais detalhadas. Para isso, posicionamos o cursor
na linha que queremos detalhar:
46
Apertar a tecla F2
Verificamos que tanto o Ptres 043503 como o 061034 são anteriores ao exercício de 2015 e devem ser
descartados porque estamos pesquisando os valores do orçamento referente ao ano de 2015.
Já o código 094206 está relacionado ao Tipo de Crédito G – Extraordinário (este tipo de recurso é
utilizado somente em situações emergenciais e não está previsto na LOA). Como estamos procurando os
48
créditos consignados na LOA (Tipo de Crédito A), eliminamos essa opção também.
Desta forma, chegamos ao resultado final, que é o PTRES 086744, que mostramos no início desta seção.
Uma vez que encontramos o recurso no Siafi, podemos iniciar a execução das despesas, como será
mostrado na próxima seção.
O código 339000 nos diz que vamos fazer uma despesa corrente por meio de aplicação direta. Agora
precisamos detalhar mais este código, pois o Siafi ainda não tem elementos suficientes para entender que
iremos realizar um gasto para uma pessoa jurídica, que prestará serviços de limpeza à Universidade.
Este procedimento é denominado Detalhamento de Orçamento (detaorc) e será demonstrado nas páginas
seguintes.
Nota de Dotação
A Nota de Dotação é um documento utilizado para registro de informações orçamentárias.
Permite o detalhamento dos créditos orçamentários em nível de Fonte de Recursos, Natureza de Despesa,
Subitem, UGR e PI.
Geralmente é emitida uma Nota de Dotação com intuito de efetuar uma Nota de Empenho.
PARA EMISSÃO DA NOTA DE DOTAÇÃO:
49
1. DATA:
Identifica automaticamente a data em que o documento será emitido.
Composição: DDMMMAA
2. ESPÉCIE:
Informar a espécie do detalhamento de crédito, sendo:
1 - DETALHA ND, FONTE, UGR E PI
50
3. NÚMERO:
A numeração acontecerá automaticamente, deixe o campo em branco.
Após a confirmação do documento, o número a ele atribuído lhe será informado.
4. UG/GESTAO EMITENTE:
É um evento automático que informa o código da Unidade Gestora emitente do documento – 153031 e
informa o código da Gestão emitente do documento – 15250.
5. ESFERA ORÇAMENTÁRIA:
Informar o código da ESFERA a qual está consignado o orçamento;
1 - ORCAMENTO FISCAL
2 - ORCAMENTO DE SEGURIDADE SOCIAL
6. PTRES:
Composição numérica de 6 posições:
Corresponde ao relacionamento entre UO, PT, indicador de resultado primário, tipo de crédito, plano
orçamentário e código do autor da emenda.
Exemplo: 086744
7. FONTE:
Informar o código da Fonte que identifica os créditos orçamentários;
X – IDENTIFICADOR DE USO
X – ORIGEM DO RECURSO
XX – FONTE SOF
Exemplo: 0112
8. GRUPO DA DESPESA:
Informar as duas posições iniciais:
X – CATEGORIA ECONÔMICA
X – GRUPO DE DESPESA OU CATEGORIA DE GASTO
Exemplo: 33
9. INSTRUMENTO LEGAL:
Informar o código do Instrumento Legal ao qual está consignado o Orçamento:
0 - AJUSTE DE ARQUIVO
1 - LEI
2 - MEDIDA PROVISORIA
3 - DECRETO
4 - PORTARIA
5 - PORTARIA INTERMINISTERIAL
6 - TRANSFERENCIA CONSTITUCIONAL
9 - NAO IDENTIFICADO
51
10. NÚMERO:
Identifica o documento que autorizou o crédito. Podendo ser decreto, Lei, portaria, oficio, memorando do
DOU, etc.
Campo numérico de 6 posições.
Exemplo: o número da LOA do exercício corrente, (Lei 13.115 de 20 de abril de 2015) ou da LDO caso
o orçamento ainda não tenha sido sancionado (Lei 13.080 de 02 de janeiro de 2015)
11. DATA:
Informar a data de publicação da autorização do crédito orçamentário.
Composição: DDMMMAA
DD – Dia
MMM – 3 primeiras letras do mês
AA – 2 últimos dígitos do ano
Exemplo: 20ABR15
12. IDOC:
Identifica uma operação de crédito.
Composição: 4 posições numéricas.
Identifica a unidade orçamentária responsável pela operação de crédito e o agente financeiro. Quando não
há recursos decorrentes de operação de crédito, usa-se o código 9999 - OUTROS RECURSOS, não
decorrentes de operações de crédito.
Observação:
Preenchimento obrigatório, somente se ESPÉCIE 1.
14. OBSERVAÇÃO:
Esclarece os motivos pelos quais o documento foi gerado.
Exemplo:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE VIGILÂNCIA DESARMADA NO CAMPUS SP.
DISPENSA DE LICITAÇÃO 43/2014, CONTRATO 95/2014 E RL 606/2014.
PROCESSO 23089.036315/2014-71.
15. REDUÇÃO/ACRÉSCIMO:
Campo alfabético de uma posição.
R – REDUÇÃO (para redução de crédito)
A – ACRESCIMO (para acréscimo de crédito)
18. SUBITEM:
Como o preenchimento deste campo é facultativo, nunca é informado, desta forma é possível utilizar o
mesmo detalhamento (DETAORC) para realização de empenho com subitens diferentes.
Composição: 2 posições alfanuméricas
19. UGR:
Identifica a Unidade Gestora Responsável pela realização de parte do recurso do programa de trabalho a
ela destinado.
Composição: 6 posições numéricas (consulte CONUG).
21. VALOR:
Identifica o valor do evento a ser contabilizado.
Composição até: 17 dígitos, sendo 15 inteiros e 2 decimais.
Observação:
Nunca utilizar vírgula, por exemplo para escrever Cem Reais colocar 10000.
7
O Plano Interno é um código que permite um maior nível de detalhamento da despesa,
conforme disposto na Portaria SPO/MEC Nº 4, de 04 de novembro de 2014 (endereço
eletrônico portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task...
53
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO:
NA PRÁTICA:
1º passo: Identificar qual será a classificação orçamentária da Nota de Dotação:
• PTRES;
• Fonte de Recursos;
• Natureza de Despesa;
• UGR;
• Plano Interno – PI; e
• Valor.
Teclar Enter
Após o ENTER aparecerá a tela do CRÉDITO DISPONÍVEL
Agora conseguiremos responder aquelaseguinte pergunta: “Será necessário detalhar o Crédito Disponível
para emitir a Nota de Empenho?” A resposta é sim.
Repare que, na tela abaixo, na estrutura em destaque, é preciso retirar do crédito destacado
R$ 1.000,00para acrescentar na estrutura da Nota de Empenho desejada.
• Lembrando que o intuito é emitir a Nota de Empenho com a seguinte estrutura: PTRES: 086744 /
Fonte de Recursos: 0112000000 / Natureza de Despesa: 339039 / UGR: 152493 / Plano Interno – PI:
M20RKG01SPN / Valor: 1.000,00
56
Teclar enter
58
Teclar enter:
Após o ENTER será emitida a Nota de Dotação no valor de R$ 1.000,00 com a classificação que foi
escolhida:
60
Consultando novamente o CRÉDITO DISPONÍVEL é possível observar o efeito que a Nota de Dotação
provocou:
Agora é possivel emitir a Nota de Empenho que atenderá os serviços de limpeza e conservação no campus
São Paulo.
ESTÁGIOS DA DESPESA
Conforme a Lei Nº 4.320/1964, a despesa pública é realizada em três etapas: empenho, liquidação e
pagamento.
Em termos gerais, na primeira etapa (empenho) a instituição comprova para os fornecedores que tem os
recursos necessários para realizar a contratação de um serviço ou aquisição de um bem/material.
Na segunda etapa (liquidação) é o fornecedor que deve comprovar que entregou o material ou prestou o
serviço à administração e que, portanto, tem o direito de receber o valor contratado.
O último estágio da despesa (pagamento) consiste no efetivo desembolso dos recursos para os
fornecedores.
Neste manual trataremos apenas da etapa relativa ao empenho, pois os processos de liquidação e
pagamento serão explicados no Manual referente à execução financeira.
Empenho
O empenho é o primeiro estágio da despesa, sendo assim conceituado conforme o art. 58 da Lei nº
4.320/64: “O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição.”
O empenho é prévio, ou seja, precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito
63
orçamentário, na forma do art. 59 da Lei nº 4.320/64: “O empenho da despesa não poderá exceder o
limite dos créditos concedidos.” Em complemento, o art. 60 da Lei 4.320/64 define que: “É vedada a
realização de despesa sem prévio empenho.”
De forma simplificada, podemos entender o empenho como um tipo de planejamento de gastos para cada
recurso alocado no orçamento. Assim, se no Ptres 086744 a Unifesp dispõe do valor de R$ 30.545.290,90
e, supondo-se que o planejamento de gastos para esta verba tenha sido estabelecido da seguinte maneira:
CARACTERÍSTICAS DO EMPENHO
.
a) O empenho para compras, obras e serviços só pode ser efetuado de acordo com a licitação ultimada,
salvo no caso de sua dispensa, cabendo às repartições observar as instruções específicas, ou a justificação
para sua dispensa ou inexigibilidade.
.
64
b) As despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orçamentários iniciais e créditos
orçamentários adicionais, e de acordo com o cronograma de desembolso da UG, devidamente aprovado.
.
c) Nenhuma despesa poderá ser realizada sem prévio empenho. Admite-se, todavia, quando a despesa não
decorrer de contrato, que a extração da NE seja concomitante ao ato que autorizar o pagamento ou a
inscrição em Restos a Pagar.
.
d) O empenho será formalizado através da NE, onde se indicarão, entre outros itens requeridos no
formulário, a classificação orçamentária e a importância da despesa, o nome, CNPJ ou CPF e endereço do
credor, a especificação dos bens ou serviços a adquirir, e o número do processo da licitação ou, no caso de
sua dispensa, o dispositivo legal autorizativo.
.
e) Para o empenho de despesa relativa a produtos de origem externa observar-se-á o limite para o
exercício financeiro e os registros específicos que a UG deve organizar.
.
f) O empenho para aquisição de bens mediante permuta limita-se à diferença a ser paga, quando não
sejam coincidentes os valores dos bens permutados.
.
g) As despesas com diárias e ajudas de custo são empenhadas à conta da dotação própria relativa ao
exercício financeiro em que forem concedidas, e realizadas..
É vedada a concessão de diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos para pagamento em exercício
posterior, bem como a inscrição em Restos a Pagar do saldo de empenhos correspondentes a tais
despesas.
.
h) A despesa correspondente à cobertura cambial para as importações autorizadas é empenhada em nome
do próprio fornecedor, à taxa vigente. Havendo diferença de variação cambial, esta ocorrerá à conta da
mesma dotação. Já os gastos relativos à comissão bancária e demais despesas operacionais com a remessa
ocorrerão, do mesmo modo, à conta da dotação original, mas empenhadas por estimativa em nome do
Banco do Brasil S.A.
1- Empenho Original
O campo “espécie de lista” deve ser preenchido de acordo com empenho a ser efetuado:
1- Original
2- Reforço
3- Anulação
Neste caso utilizaremos o tipo 1, ou seja, Original (quando o empenho é realizado pela primeira vez).
O campo “natureza de despesa” identifica o gasto orçamentário, e deve ser preenchido nesta tela.
A lista é vinculada ao empenho. Portanto, após a realização da lista, utilizaremos a opção >Ne
68
Informar a estrutura.
Preencher os campos:
Favorecido: CNPJ
Observação/Finalidade: informar os dados solicitados no formulário de autorização de empenho8
Valor
Tipo: 1-Ordinário, 2- Estimativo e 3- Global
Processo
Modalidade Licitação: Nos casos de empenhos realizados diretamente no Siafi, como não estão
vinculados a uma licitação utilizaremos a opção: Não se aplica.
UF Beneficiada
Apertar a tecla enter:
8
O formulário para autorização de empenho encontra-se no Anexo II
70
Antes de mais nada, habilitar a impressora no sistema Siafi: ir até o painel de controle e dar um duplo
clique no desenho da impressora:
Enter
72
Enter
2- Reforço de Empenho
Nesta tela se faz necessário preencher a espécie de lista, que no caso específico é o tipo 2, ou seja, reforço.
Não é necessário preencher a natureza de despesa, pois, como se trata de um reforço o sistema trará as
informações do empenho original.
A lista de referência é o número da lista que foi gerada na ocasião do empenho original.
Após preencher esses dados, aperte a tecla enter.
Verifique que nesta tela a natureza de despesa já vem preenchida conforme o empenho original, portanto,
agora se faz necessário preencher a quantidade e o valor unitário a ser reforçado, incluindo o descritivo.
75
Após preenchidos esses campos o sistema perguntará: Confirma inclusão? Sim, Não ou Altera.
Como já descrito anteriormente, agora o comando a ser utilizado será: >Ne.
Nesta tela o campo número da lista será preenchido com o número da lista que foi gerado para este
reforço.
A espécie será o tipo 2, ou seja, reforço.
Passivo anterior: N
Documento de referência: trata-se do número do empenho original o qual se está reforçando.
Aperte a tecla enter.
76
Preenchimento
conforme já descrito anteriormente, na ocasião do empenho original, a única diferença neste caso, é que o
sistema já traz preenchida a estrutura, que será sempre a mesma do empenho original.
3- Cancelamento de empenho
Transação >Atuli
77
Após preenchidos esses campos o sistema perguntará: Confirma inclusão? Sim, Não ou Altera.
Próximo passo, >Ne.
Apertar a tecla enter:
Preencher os campos:
Número da lista: será utilizado o número da lista que foi gerada para a anulação.
Espécie de empenho: será o tipo 3, ou seja, anulação.
Documento de referência: número do empenho a ser cancelado.
Apertar a tecla enter:
79
Transação: >NE
80
Enter
Logo após preencher o valor na tela anterior o sistema solicitará a confirmação de inclusão: Sim, Não ou
Altera.
O sistema permite ainda o estorno de anulação de empenho, o qual se deve proceder da mesma forma que
o apresentado no cancelamento de RP, no entanto, será necessário escolher na segunda tela a espécie: 5
(Estorno da anulação de empenho).
PRÉ-EMPENHO
.
a) O Pré-empenho é utilizado para registrar o crédito orçamentário pré-compromissado, para atender
objetivo específico, nos casos em que a despesa a ser realizada, por suas características, cumpre etapas
com intervalos de tempo desde a decisão até a efetivação da emissão da NE.
.
b) Todos os saldos de Pré-Empenhos não utilizados até 31 de dezembro de cada ano serão
automaticamente cancelados naquela data.
.
c) Os eventos utilizados nesta rotina são automaticamente preenchidos pelo Sistema, quando da indicação
da Espécie de Empenho, na transação NE.
.
d) Não existe transação específica para impressão do Pré-Empenho. As cópias eventualmente necessárias
deverão ser obtidas pelo mesmo comando de impressão de uma consulta no SIAFI.
EMPENHO SIASG
PRIMEIRA ETAPA
CAMINHO: SIASG>SISME>EMPATUAL>INFESTPROC
SEGUNDA ETAPA
CAMINHO:
SIASG>SISME>EMPATUAL>INFESTPROC
Informar :
1) UASG (153031)
2) Modalidade de Licitação
(Mais comuns 05 Pregão, 06 Dispensa, 07 Inexigibilidade. Demais consultar F1)
TERCEIRA ETAPA
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>INFESTPROC
Informar :
1) Natureza de Despesa e Subitem
2) UG PAG (153031)
3) Fonte (Classificação Orçamentária)
4) Gestão (15250)
5) PTRES (Classificação Orçamentária)
6) PI (Consultar DGO)
7) UGR<ENTER>
87
QUARTA ETAPA
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>INFESTPROC
Após o preenchimento.
<ENTER>
88
QUINTA ETAPA
CAMINHO:
SIASG>SISME>EMPATUAL>INFESTPROC
89
C – CONFIRMA ( Confirma e grava. Próxima etapa, o usuário deve entrar em GERA MINUTA);
N – NÃO CONFIRMA
A – ALTERA
P – PRÓXIMA (Esta opção grava a estrutura e passa automaticamente para a tela GERA MINUTA).
SEXTA ETAPA
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>GERAMIN
<ENTER>
<ENTER>
<ENTER>
90
SÉTIMA ETAPA
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>GERAMIN
<ENTER>
91
OITAVA ETAPA
Caminho: SIASG>EMPENHO>GERAMIN
C – CONFIRMA
N – NÃO CONFIRMA
A - ALTERA
<ENTER>
92
NONA ETAPA
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>ENVIEMP
<ENTER>
93
DÉCIMA ETAPA
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>ENVIEMP
1 – ORDINÁRIO
2 – ESTIMATIVO
3 – GLOBAL
<ENTER>
94
Caminho: SIASG>SISME>EMPATUAL>ENVIEMP
1) Data da Liquidação
2) Vencimento
(deixar em branco)
3) Valor do Compromisso
(confirmar o valor)
<ENTER>
95
96
- ACESSAR O SIASG
- SELECIONAR SISME
- CLIQUE ENTER
98
- CLIQUE ENTER
101
- CLIQUE ENTER
104
- CLIQUE ENTER
105
1. ATIVIDADE: de acordo com a Portaria 42/99, do Ministério do Orçamento e Gestão, que instituiu a
nova classificação da despesa, atividade é “um instrumento de programação para alcançar o objetivo de
um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente,
das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo”. Exemplo de classificação
até o nível de atividade:
3. BANCO DE FONTES: somatório dos recursos resultantes de cancelamento nas dotações da proposta
orçamentária e que serão utilizados para o atendimento das emendas ao orçamento aprovadas pelo
Congresso Nacional.
5. CICLO ORÇAMENTÁRIO: seqüência de fases ou etapas que devem ser cumpridas, como parte do
processo orçamentário. A maioria dos autores adota como fases do ciclo orçamentário as seguintes:
elaboração, apreciação legislativa, execução e acompanhamento, controle e avaliação, quando, então, se
inicia o ciclo seguinte.
de programas de trabalho constantes da lei de orçamento. O convênio requer, para a sua formalização, o
cumprimento de uma série de exigências, normalmente definidas na LDO em vigor, por exemplo: clara
definição do objeto; não inadimplência do convenente para com o governo federal; fornecimento de
contrapartida dos recursos a serem recebidos; definição do cronograma de execução das obras/serviços
etc. Durante a execução do convênio, o responsável está sujeito à fiscalização, inclusive pelo Tribunal da
Contas da União e, ao final do prazo nele previsto, o convenente deve prestar contas dos recursos
recebidos, sob pena de incorrer nas penalidades da lei.
11. CRÉDITO ADICIONAL: de acordo com o art. 40 da Lei n.º 4.320/64, “São créditos adicionais as
autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento”.
Dependendo da sua finalidade, classificam-se em: suplementares, especiais e extraordinários. Os
suplementares destinam-se ao reforço de uma dotação orçamentária já existente, ao passo que os especiais
visam atender a uma necessidade não contemplada no orçamento. Já créditos extraordinários pressupõem
uma situação de urgência ou imprevisão, tal como guerra, comoção interna ou calamidade pública. Os
créditos suplementares e especiais dependem de autorização legislativa, ao passo que os extraordinários
são abertos por decreto do Executivo, que deles dará ciência imediata ao Legislativo. Os créditos
adicionais, uma vez aprovados, incorporam-se ao orçamento do exercício.
13. DESPESAS CORRENTES: despesas de custeio e de manutenção das atividades dos órgãos da
administração pública, como por exemplo: despesas com pessoal, juros da dívida, aquisição de bens de
consumo, serviços de terceiros, manutenção de equipamentos, despesas com água, energia, telefone etc.
Estão nesta categoria as despesas que não concorrem para ampliação dos serviços prestados pelo órgão,
nem para a expansão das suas atividades.
15. DESTAQUE PARA VOTAÇÃO EM SEPARADO: procedimento por meio do qual uma parte de
qualquer matéria em apreciação legislativa é separada para ser votada à parte do restante do texto. O
destaque de qualquer matéria é solicitado, durante a fase de discussão, através de requerimento, que deve
inicialmente ser aceito para, então, submeter-se à matéria principal, ressalvando-se a parte destacada, que
é votada posteriormente e, caso aprovada, incorpora-se ao texto da proposição.
16. EMENDA PARLAMENTAR: modificação que é feita numa lei já existente ou que está em
discussão.
17. EMENDA DE BANCADA: o mesmo que emenda de Comissão, porém de autoria das bancadas
estaduais e regionais no Congresso Nacional. As emendas de bancada devem ter como objeto ações de
interesse dos respectivos estados ou regiões geográficas.
18. EMENDA DE COMISSÃO: modalidade de emenda prevista na Resolução n.º 2-CN, de 1995, que
prevê a apresentação de emendas pelas comissões técnicas permanentes do Congresso Nacional, em
número limitado e para atender objetivos relacionados à matéria de competência de cada Comissão. A
título de exemplo, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados somente poderá apresentar
emenda versando sobre temas ligados à agricultura.
19. EMENDA DE RELATORIA / EMENDA DE RELATOR: instrumento através do qual os relatores
109
do projeto de lei orçamentária nele introduzem alterações, geralmente de caráter técnico. Por exemplo, um
erro ou omissão pode ser corrigido por meio de emenda de relator, já que esta é sujeita à aprovação do
plenário da Comissão; entretanto, a Resolução que rege os trabalhos da Comissão de Orçamento proíbe a
utilização de emenda de relator com o objetivo de criar projeto novo.
20. EMPENHO: primeiro estágio das despesas, garantia do fornecedor e controle de gastos. Nenhuma
despesa pode ser realizada sem a emissão da nota de empenho.
23. ID-USO: informação constante da lei orçamentária e que indica se os recursos compõem
contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou outras aplicações, a saber: 0 = recursos não
destinados à contrapartida; 1 = contrapartida de empréstimos do BIRD; 2 = contrapartida de empréstimos
do BID; e 3 = outras contrapartidas.
24. INVERSÕES FINANCEIRAS: grupo de natureza da despesa que abrange os gastos com: aquisição
de imóveis em utilização, aquisição de bens para revenda, aquisição de títulos de crédito e de títulos
representativos de capital já integralizado, constituição ou aumento de capital de empresas e concessão de
empréstimos, entre outros.
25. INVESTIMENTOS: grupo de natureza da despesa que agrupa toda e qualquer despesa relacionada
com: planejamento e execução de obras, aquisição de imóveis e instalações, equipamentos e material
permanente, constituição ou aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou
financeiro.
27. OUTRAS DESPESAS CORRENTES: grupo de natureza da despesa em que se computam os gastos
com a manutenção das atividades dos órgãos, cujos exemplos mais típicos são: material de consumo,
material de distribuição gratuita, passagens e despesas de locomoção, serviços de terceiros, locação de
mão de obra, arrendamento mercantil, auxílio alimentação etc.
28. OPERAÇÕES ESPECIAIS: segundo a nova metodologia de classificação da despesa, são as que
“não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não
geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços”. Exemplo: Programa 0905 Operações
Especiais: Serviço da Dívida Interna (Juros e Amortizações).
30. PARECER PRELIMINAR: documento elaborado pelo Relator Geral do projeto de lei orçamentária
e que contém, além de uma análise detalhada da proposta do Poder Executivo, os parâmetros e critérios a
serem observados pelos Relatores setoriais na apreciação das partes que compõem as respectivas
relatorias, bem como dos critérios para o cancelamento ou remanejamento de dotações e, ainda, para o
atendimento das emendas de suas áreas.
31. PARECER SETORIAL: documento em que o Relator setorial do projeto de lei orçamentária
expressa a sua avaliação sobre a programação de despesa a cargo dos órgãos integrantes da sua relatoria,
bem como o parecer sobre cada uma das emendas apresentadas ao setor. Uma vez concluído, o Parecer do
Relator setorial é submetido à votação na respectiva Subcomissão e, caso aprovado, passa a constituir o
parecer dessa Subcomissão.
32. PROGRAMA DE TRABALHO: termo usado para designar o conjunto de projetos e atividades a
cargo de um Órgão ou Unidade Orçamentária, em determinado exercício, podendo também se referir à
programação de todo o setor público.
34. PROJETO: segundo a definição contida na Portaria n.º 42/99, do Ministério do Orçamento e Gestão,
trata-se de “instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão
ou o aperfeiçoamento da ação de governo”. Diferentemente da atividade, que é contínua no tempo e não
resulta em um produto final, e destina-se apenas à manutenção ou funcionamento da ação estatal.
37. RECEITA CONDICIONADA: valor incluído como item de receita, cuja realização está
condicionada à aprovação de uma lei, já encaminhada ao Congresso. Normalmente, quando não ocorre a
aprovação tempestiva da lei, as dotações que são financiadas por esse tipo de receita devem ser
automaticamente canceladas.
38. RECEITA ORDINÁRIA / RECURSOS ORDINÁRIOS: receitas cuja aplicação é livre, ou seja,
isenta de qualquer tipo de vinculação ou destinação específica. Como exemplos típicos, temos a parcela
resultante da arrecadação de impostos, após as transferências da parte devida aos Estados e aos
Municípios (Fonte 100); receitas obtidas da emissão de títulos públicos, exceto as destinadas à rolagem da
dívida (Fonte 144); e, das receitas incorporadas ao Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que resultam de
desvinculações de outras receitas (Fonte 199).
111
40. RECEITA PRÓPRIA: sob o título “Recursos Diretamente Arrecadados”, compreende as receitas
das entidades da administração indireta (autarquias, fundações e empresas públicas) e dos fundos. Após
transitar pelo Tesouro, essas receitas retornam à Unidade Orçamentária de origem, para serem aplicadas
em sua programação de despesa.
41. RECEITA VINCULADA: receita arrecadada com finalidade específica e previamente determinada.
Normalmente tem sua destinação vinculada a um órgão ou a um programa governamental, com base em
disposição constitucional ou legal. Exemplos: Contribuições Sociais para o Financiamento da Seguridade
Social; Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF, para custeio da saúde pública.
45. RESTOS A PAGAR: de acordo com a Lei n.º 4.320/64, resultam de despesas empenhadas mas não
pagas até o dia 31 de dezembro, ou seja, até o encerramento do exercício financeiro. Constituem
obrigações a pagar do exercício seguinte e são classificados como processados ou não processados,
conforme o estágio de execução da respectiva despesa.
46. SEQÜENCIAL: código numérico que identifica cada dotação constante do projeto de lei
orçamentária, utilizado para facilitar o processamento das alterações introduzidas pelo Congresso
Nacional.
47. SUBTÍTULO: de acordo com o § 2º do art. 3º da LDO/2000, “As atividades, projetos e operações
especiais serão desdobrados em subtítulos especialmente para especificar a localização física integral ou
parcial das respectivas atividades,projetos e operações especiais, não podendo haver,por conseguinte,
alteração da finalidade e da denominação das metas estabelecidas”.
112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEGISLAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - Seção II - DOS ORÇAMENTOS, Artigos 165 a 169
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
PLDO 2015
www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-2015/arquivos-pldo/pldo2015.pdf
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2015 e dá outras
providências.
ACESSO AO SIAFI
Para acessar o Siafi, é necessário solicitar uma senha aos cadastradores habilitados –
servidores lotados nos setores de orçamento, contabilidade e finanças.
Após liberação da senha, o acesso ao sistema é realizado da seguinte forma:
No primeiro acesso será necessário trocar a senha fornecida pelo cadastrador. Digite e
confirme sua nova senha e tecle Enter
Inserir Código (CPF) e senha. No caso de primeiro acesso, será necessário trocar a
senha nesta tela também. Teclar Enter
Após a escolha das mensagens a serem lidas ou descartadas, teclar Enter e aparecerá
cada mensagem escolhida para leitura. Para ler as próximas mensagens é necessário
confirmar o recebimento, como mostrado no final da tela abaixo:
Para mostrar como realizar uma pesquisa no Siafi, vamos utilizar um exemplo em que
estamos interessados em encontrar os códigos de subelementos relacionados ao
elemento material de consumo (339030).
Para fazer uma pesquisa, utilizamos códigos/transações, que são precedidos pelo
símbolo >. Neste caso, a transação que iremos utilizar é connatsof. Então escrevemos no
campo COMANDO a palavra connatsof precedida do símbolo >:
Preencher a opção “NATUREZA DE DESPESA”, exemplo: 339030 para material de consumo, 339036
serviços de PF, 339039 serviços de Pessoa Jurídica, 449052 equipamentos e material permanente.
Mova o cursor na linha na linha que se deseja detalhar, pressione F2 no teclado, surgirá a tela abaixo:
Para verificar a descrição detalhada do subitem pressione a tecla F4 que aparecerá toda descrição do
subitem.
123
UNIFESP
Nº
INDICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
RUBRICA
PEDIDO DE COMPRA /
DOCUMENTO DE
REFERÊNCIA
DESCRIÇÃO DA VERBA:
FONTE DE RECURSOS:
PROGRAMA DE TRABALHO:
SUBAÇÃO:
NATUREZA DE DESPESA:
OBSERVAÇÃO:
_______________________________________
DESPESAS DIVERSAS
Número do Processo :
Número do Contrato: Vigência do Contrato:
Número do Termo Aditivo (TA): Vigência do TA:
Licitação (pregão, dispensa, inexigibilidade, etc.): Número da licitação:
Número do Resultado de Licitação (RL):
Tipo de despesa:
Credor:
Para locação de imóvel/condomínio: informar endereço
Para banca examinadora: informar curso/disciplina e data
Para capacitação: informar evento e data
Valor (caso haja diversos itens, informar os números e seus respectivos valores):
Departamento:
Informações complementares:
*Observação: Nos casos em que houver dificuldades na execução do contrato, gerando a necessidade de
emissão de empenho NÃO SE APLICA, é obrigatório anexar justificativa e ciência/autorização do
Ordenador de Despesa, que deverá ser providenciada antes de encaminhar a solicitação/processo à
Controladoria.
Classificação Orçamentária:
UGR/Órgão/Seq.ne: Subação:
Descrição da verba: PI – Plano Interno:
Fonte de recursos: Natureza da despesa:
Programa de Trabalho: Valor:
Para descentralizações: Número da Nota de Crédito:
Número da Transferência:
Observação:
_____________________________________________________
Nome do servidor responsável pela classificação orçamentária
____________________________________
Nome do chefe do Departamento/Divisão
Processo: Verba:
Informações complementares:
Obs.: Deverá constar no processo o endereço completo do credor.
Classificação Orçamentária:
UGR/Órgão/Seq.ne: Subação:
Descrição da verba: PI – Plano Interno:
Fonte de recursos: Natureza da despesa:
Programa de Trabalho: Valor:
Para descentralizações: Número da Nota de Crédito:
Número da Transferência:
Observação:
_____________________________________________________
Nome do servidor responsável pela classificação orçamentária
____________________________________
Nome do chefe do Departamento/Divisão
UNIFESP
AUTORIZAÇÃO DE REFORÇO DE EMPENHO Nº
RUBRICA
DOCUMENTO REFERÊNCIA:
EMPENHO ORIGINAL:
VALOR:
OBSERVAÇÃO:
_______________________________________
Nome do servidor responsável pela classificação orçamentária
_______________________________________
Nome do chefe do Departamento/Divisão
________________________________________
Ordenador de Despesa
UNIFESP
AUTORIZAÇÃO DE CANCELAMENTO DE Nº
EMPENHO
RUBRICA
DOCUMENTO REFERÊNCIA:
EMPENHO ORIGINAL:
VALOR:
OBSERVAÇÃO:
_______________________________________
Nome do servidor responsável pela classificação orçamentária
_______________________________________
Nome do chefe do Departamento/Divisão
________________________________________
Ordenador de Despesa